TIC SZ
TIC SZ
TIC SZ
Cadeira: TIC
Tutor:
2
Índice
Introdução.............................................................................................................................. 4
Objectivos.............................................................................................................................. 4
Geral ...................................................................................................................................... 4
Metodologia .......................................................................................................................... 4
Preservação de documentos................................................................................................... 6
Conclusão ............................................................................................................................ 10
3
Introdução
Uma das vantagens dos documentos digitais é que são mais acessíveis. Isto é, algumas
vezes não é necessário ir a uma instituição para tê-lo, o que é sem dúvida um atrativo
para a digitalização de documentos, e isso está ocorrendo com os documentos
históricos. Um dos exemplos de documento histórico digitalizado é o da Abolição da
Escravatura, conhecida como Lei Áurea, oficializada em maio de 1888 (BRASIL, 1888)
promulgada pela princesa imperial do Brasil, Isabel de Bragança, que se encontra
digitalizada no Arquivo Nacional e na Biblioteca do Senado Federal, entre outros
documentos históricos de igual importância. É fundamental atentarmos para o fato de
que digitalizar é um processo técnico e, por si só, não garante a longevidade dos
acervos, sendo também importante salientar que os documentos nato-digitais estão em
maior risco de serem perdidos. Nesse sentido, é necessária uma implementação de
políticas de preservação dos documentos digitais que visem salvaguardar esses
documentos dos problemas inerentes ao contexto tecnológico
Objectivos
Geral
Compreender a importância da Preservação digital de documentos Históricos
Específicos
Metodologia
Revisao daLiterartura
4
O conceito de documento, documento digital e os documentos históricos
Um documento existe a partir de alguma forma de registro e em algum tipo de suporte.
De acordo com Briet (1951, p. 60), o documento “é todo indício concreto ou simbólico,
conservado ou registrado, com a finalidade de representar, reconstituir ou provar um
fenômeno físico ou intelectual”. Ainda sobre a questão da definição do documento,
podemos entendê-lo em suas mais múltiplas formas. De acordo com Otlet (1937, p. 2),
“documento é o livro, a revista, o jornal, é a peça do arquivo, a estampa, a fotografia, a
medalha, a música, e atualmente o filme, o disco e toda parte documental que preze e
sucede a emissão radiofônica”. No caso do documento digital temos outra definição,
que o caracteriza como “informação registrada, codificada em dígitos binários, acessível
e interpretável por meio de sistema computacional” (CONSELHO NACIONAL DE
ARQUIVOS - CONARQ, 2014, p.19)
5
Preservação de documentos
Ao se discorrer sobre preservação de documentos alguns cuidados devem ser tomados,
pois, estes documentos aqui vislumbrados não são apenas documentos administrativos
de empresas os quais também devem se ter as maiores preocupações, e sim todos e
qualquer documento, livro, informativo, revista, literaturas, jornal entre outras
modalidades atuais.
6
O exposto nos leva a entender que a preocupação com a preservação e disciminação de
conhecimentos não seja assim um assunto tão recente, pois, nota-se que desde o inicio
da humanidade já se pensava em métodos a serem utilizados para que os dados
pudessem ser guardados e passados aos mais novos de alguma forma para orienta-los
para a vida, de modo que seus feitos e produções intelectuais servissem de exemplo.
Mas havia algo que poderia impedir que este conhecimento durasse para sempre que é a
fragilidade dos materiais existentes em todas as épocas, pois com a evolução outros
métodos e materiais foram surgindo e como consequência deixando os métodos antigos
obsoletos.
Com isso notamos que os arquivos os quais guardavam todos estes materiais foram de
suma importância para a preservação do conhecimento, embora muitos acidentes
aconteceram e levaram ao descarte de parte destes materiais, outros foram perdidos,
queimados ou extraviados, mesmo com tantos imprevistos uma parte foi preservada e
serviu grandemente a sociedade para que fossem estudados.
7
Mais as formas de arquivamentos não começaram nesta era, mais sim desde o início da
civilização assim como apresentado por PAES (1997, P. 15) o qual comenta que “logo
que os povos passaram a um estágio de vida social mais organizado, os homens
compreenderam o valor dos documentos e começaram a reunir, conservar e sistematizar
os materiais em que fixavam, por escrito, o resultado de suas atividades [...]”.
Percebemos que um arquivo público não só atua nas três áreas acima citadas mais
também em uma área que não se fala muito que é a área cultural, na qual o arquivo é de
grande importância para a preservação, guarda e compartilhamento de informações e
conhecimentos a respeito de nossa e de outras culturas sejam por meios convencionais
impressos ou digitais.
8
Por isso se compreende que deve haver uma valorização dos arquivos sejam eles
públicos ou privados na medida em que contribui para a preservação de nossos feitos
históricos e conhecimentos desenvolvidos em milênios de evolução cultural e
intelectual.
Até mesmo a valorização dada aos arquivos, já vem de antigas tradições, os quais já se
percebiam a necessidade de se cuidar dos conhecimentos e informações, sua veracidade
e formas seguras de disciminação, a proteção destes documentos ajuda na conservação
verídica dos acontecimentos.
Com isso pode-se intuir que a tecnologia pode ser uma aliada, desde que a mesma possa
ser atualizada constantemente, e os suportes consigam estabelecer esta conecção entre o
modelo atual e o modelo novo de tecnologia de armazenamento.
9
Conclusão
Os documentos históricos são de grande relevância para a sociedade. Eles são os
produtos da memória social a partir do momento em que refletem as vivências, eventos
e ações de um grupo ou sociedade. Tais documentos costumam estar em lugares de
memória como arquivos, museus e bibliotecas. Com o advento de novas tecnologias, a
forma de armazenar tais documentos está cada vez mais vinculada ao meio digital.
Outro fator importante é considerarmos que a digitalização como forma de salvaguarda,
sem políticas de preservação definidas para tal, não garante a preservação desses
documentos no longo prazo e que os documentos nato-digitais históricos correm mais
risco de serem perdidos. O fato de um documento histórico ficar armazenado em
ambiente digital não faz dele um documento preservado. Portanto, a discussão consiste
em ressaltarmos o quanto tais documentos podem ser comprometidos pelo contexto
tecnológico ao serem codificados, lidos e interpretados por meio de uma infraestrutura
tecnológica que muda rapidamente, pois o que é moderno hoje, amanhã não será. E isso
implica no processo de digitalização também. Diante desses fatos, precisamos pensar e
planejar as políticas de preservação que precisam ser implementadas para que o
patrimônio documental, a memória social em nível digital, não fique perdida para as
futuras gerações.
10
Referencias Bibliográficas
FLORES, Daniel; SANTOS, Henrique Machado dos. Os impactos da obsolescência
tecnológica frente à preservação de documentos digitais. Brazilian Journal of
Information Science: Research Trends, v. 11, n. 2, p. 28–37, 2017. Disponível em:
https://doi.org/10.36311/1981-1640.2017.v11n2.04.p28. Acesso em: 22 ago. 2020
FRIDMAN, Patrícia Claudia da Costa. The Logic of Writing and the Organization of
Society de Jack Goody. Resenha. Revista ACOALFAPLP: Acolhendo a Alfabetização
nos Países de Língua Portuguesa, São Paulo, a. 1, n. 1, 2006. Disponível em:
http://www.acoalfaplt.net. Acesso em: 28 set. 2020.
JARDIM, Maria José. A invenção da memória nos arquivos públicos. Revista Ciência
da Informação, v.25, n.2, p.1-13, 1995. Disponível em:
http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/659/663. Acesso em: 22 ago.2020.
11