Ciência Da Informação II
Ciência Da Informação II
Ciência Da Informação II
BIBLIOTECONOMIA AULA 7
Ciência da
Informação II
Abertura
Olá!
BONS ESTUDOS!
Referencial Teórico
• Compreender a museologia.
• Entender a importância da arquivologia e suas subdivisões.
• Conhecer as áreas afins da Biblioteconomia.
BOA LEITURA!
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - PARTE II
Conteúdos
• Ciência da Informação e interdisciplinaridade.
• Arquivologia e Museologia.
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2.3. A CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
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Os termos information science e information retrieval fo-
ram adotados para substituir o antigo termo documentation.
Assim entendemos a Ciência da Informação, como a aplicação
de áreas especializadas, como arquivos, bibliotecas e serviços de
informação corporativa, nas quais as bases teóricas da Bibliote-
conomia e da Documentação estão relacionadas às da Ciência da
Informação.
Dentre as abordagens mais consistentes sobre Ciência da
Informação está a de Saracevic (1996).
Saracevic é um teórico de produção relevante no campo
da Comunicação. Ele considera como objeto da Ciência da Infor-
mação tanto o comportamento, as propriedades e os efeitos da
informação em todas as suas facetas, quanto os vários processos
da comunicação que afetam e são afetados pelo homem.
De acordo com ele, a Ciência da Informação estuda:
1) a dinâmica e a estática do conhecimento, ou seja, suas
fontes, organização, criação, dispersão, distribuição,
utilização, expressão bibliográfica e obsolescência;
2) os aspectos comunicacionais relacionados ao homem
enquanto produtor e usuário de informação;
3) os problemas da representação simbólica da informa-
ção, como na classificação e indexação;
4) e, por extensão, o funcionamento de sistemas de in-
formação como as bibliotecas e os serviços de armaze-
nagem, recuperação e processamento de dados.
Para Mendonça (2000), o campo da construção teórica
da Ciência da Informação está situado entre o tecnológico e o
humano, pois os avanços tecnológicos afetam o conceito e o
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uso da informação, que por sua vez influem na estruturação do
conhecimento.
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Museologia
Na Museologia, a informação é o eixo das ações museoló-
gicas (BRUNO, 2010) e não necessariamente da Museologia en-
quanto disciplina.
Tal distinção é extremamente importante, pois nos ajuda
a compreender a diferença entre a abordagem da informação
feita pelos profissionais da Museologia e pelos da Ciência da
Informação.
Ainda é muito comum encontrarmos publicações que de-
finem a Museologia apenas a partir do museu. Esse tipo de de-
finição costuma traçar uma espécie de genealogia dos museus
e apontar, para cada época, um perfil de museologia (ARAÚJO,
2012). De fato, não se pode separar a experiência histórica dos
museus da constituição do campo da Museologia.
No Brasil, um campo mais ou menos homogêneo compon-
do o contexto teórico e o prático (de maneira ampla) criou-se
a partir da profissionalização da Museologia, que se consolidou
pela criação dos cursos de graduação junto a universidades e pe-
las leis de regulamentação da profissão.
Confira a seguir uma citação da lei que regulamenta o exer-
cício da profissão de museólogo no Brasil, sendo tal exercício
privativo:
I – dos diplomados em Bacharelado ou Licenciatura Plena em
Museologia, por cursos ou escolas reconhecidos pelo Ministé-
rio da Educação e Cultura;
II – dos diplomados em Mestrado e Doutorado em Museologia,
por cursos ou escolas devidamente reconhecidos pelo Ministé-
rio da Educação e Cultura;
III – dos diplomados em Museologia por escolas estrangei-
ras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos
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tenham sido revalidados no Brasil, na forma da legislação;
IV – dos diplomados em outros cursos de nível superior que, na
data desta Lei, contem pelo menos 5 (cinco) anos de exercício
de atividades técnicas de Museologia, devidamente comprova-
dos. Parágrafo único. A comprovação a que se refere o inciso IV
deverá ser feita no prazo de 3 (três) anos a contar da vigência
desta Lei, perante os Conselhos Regionais de Museologia, aos
quais compete decidir sobre a sua validade (BRASIL, 1984).
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Mais recentemente a Museologia inclui outras variáveis: os
brinquedos utilizados pelas crianças da classe baixa, os vasos de
flor feitos a partir de latas de óleo ou o martelo utilizado pelos
operários de determinada fábrica. Assiste-se assim a uma mu-
dança de critérios do que é "informacional".
Arquivologia
Na teoria arquivística, todo documento produzido ou rece-
bido carrega poder informacional. Atualmente, com o desenvol-
vimento da tecnologia da informação, a produção de documen-
tos arquivísticos transformou-se por completo.
A partir do final do século 20, o aumento da massa docu-
mental e as novas formas de produção de documentos (advindas
das tecnologias de informação e que vêm influenciando a Arqui-
vística) têm feito os profissionais da área a repensar os conceitos
e princípios arquivísticos.
Assim, delineia-se melhor os objetivos e objetos de estu-
do da Arquivologia, firmando-se enquanto área. Os primórdios
da Arquivologia datam do século 16, quando rotinas da profis-
são começam a ser desenvolvidas e regulamentadas (FONSECA,
2005).
Assim, a Ciência da Informação posiciona-se como grande
área que abarca as demais, buscando garantir que a informação
institucionalizada e registrada tenha condições de ser acessada
e disseminada de modo rápido e eficaz.
Nessa conjuntura, a Arquivística tem a finalidade de estudar
os processos em que se produz, organiza e utiliza a informação.
As outras disciplinas colocam em prática esses procedimentos.
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Para entender melhor os períodos da Arquivística, Schmidt
(2012) elaborou o seguinte quadro:
• Arquivologia clássica ou tradicional: a fase de confec-
ção de manuais;
• Arquivologia moderna: divide-se em records and archi-
ves, records management e sistemas de séries;
• Arquivologia contemporânea: divide-se em records
continuum, pós-custodial, arquivística integrada, arqui-
vística funcional ou pós-moderna, diplomática arquivís-
tica ou contemporânea e estudos sobre tipologia docu-
mental e identificação.
A Arquivística pós-custodial tem como principais represen-
tantes os portugueses Armando Malheiros da Silva e Fernanda
Ribeiro. Eles entendem a Arquivologia como uma disciplina inse-
rida em uma ciência maior, a Ciência da Informação, que abrange
também outras disciplinas como a Biblioteconomia.
Schmidt (2012) acredita que na perspectiva informacional
pós-custodial podemos constituir um paradigma científico para
o campo arquivístico. Essa visão contraria as antigas atribuições
custodiais, patrimonialistas e tecnicistas, preocupando-se mais
com os pontos científicos e com o acesso a informação do que
com a custódia ou guarda dos documentos.
Outra questão, bem diferente, diz respeito à ênfase, perce-
bida na literatura arquivística, quando esta assume que não há
seleção e que todo documento produzido ou recebido por uma
instituição deverá ser encaminhado ao arquivo.
A referida afirmação procede para quase todos os casos,
mas sempre há documentos que – produzidos ou recebidos –
não acabam adquirindo estatuto arquivístico, por exemplo: mala
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direta recebida; documentos menores; controles internos, que
normalmente nem são conhecidos da instituição; minutas de do-
cumentos descartados (mas que, caso preservados, permitiriam
analisar opiniões divergentes no encaminhamento de determi-
nado tema).
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Portfólio
ATIVIDADE
Partindo do princípio de que o homem sempre aspirou desenvolver meios que permitissem reunir
e disponibilizar informações, descreva os paradigmas que alicerçam a construção do
conhecimento em Ciência da Informação.
OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com
no mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira
pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho
12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado.
Pesquisa
AUTOESTUDO
https://www.youtube.com/watch?v=km6CUoEl7OY
https://www.youtube.com/watch?v=Tj5hsynosoc
Assista aos vídeos selecionados para esta pesquisa e elabore um quadro colocando as
principais características das profissões de Arquivologista e Museólogo.