Patologia Ii

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PATOLOGIA II de seguro)
O MÉDICO E O LABORATÓRIO Definição de condições basais para futuras
comparações: Após período de tempo ou
OS EXAMES TORNAM-SE UM MEIO PARA O intervenção terapêutica.
MÉDICO FORMULAR SUA HIPÓTESE
DIAGNÓSTICA, AO INVÉS DE SER UMA Tranquilização do paciente: Até o momento não
CONFIRMAÇÃO DA MESMA! há comprovação de que ocorra um efeito
favorável nesse sentido. Deve-se pesar o risco do
aumento da ansiedade de um resultado falso-
objetivo clínico específico: Detectar e quantificar positivo.
risco futuro de doença, Detectar doenças
subclínicas, Estabelecer e excluir diagnósticos, Solicitação do paciente: O acesso a informação
Avaliar a gravidade da doença e definir aumentou o número de pacientes solicitando os
prognóstico, Selecionar a terapia adequada, próprios exames, a cautela é necessária, a decisão
Monitorizar a evolução da doença e a resposta final é do médico.
terapêutica
A ordem mais comumente seguida é a seguinte:
Para buscar informações: Avaliar a função de um Do menor para o de maior CUSTO; Do menor para
órgão Avaliar a atividade metabólica Avaliar o o de maior RISCO; Do mais SIMPLES para o mais
estado nutricional Detectar e monitorar COMPLEXO.
neoplasias Detectar e quantificar dano tissular
Exceção:
Detectar e identificar doenças genéticas Detectar
e identificar doenças imunológicas Detectar e Em casos de urgência: testes com maior
identificar agente infecciosos Detectar e capacidade de definição serão utilizados primeiro,
identificar elementos intoxicantes e venenos mesmo que tenha maior risco ou custo.
Monitorizar agente terapêuticos.
Fatores logísticos como tempo de realização do
Principais indicações de exames: exame, comodidade, velocidade para definir alta
hospitalar ou li lista de espera, também
Diagnóstico: testar hipóteses e questões
participam da decisão.
específicas após anamnese e exame físico; Ajuda a
detectar, confirmar, documentar ou a excluir Desempenho técnico do exame: Precisão
determinada doença. (reprodutibilidade); Acurácia (exatidão);
Linearidade (faixa de valores mensuráveis e
Monitorização: Medir a progressão ou regressão
interferentes); Fatores de variabilidade pré-
de uma doença, a resposta ao tratamento ou os
analítica (coleta, variabilidade biológica e
níveis de um fármaco no organismo.
estabilidade da amostra);
Prognóstico: Definido pela presença de
Desempenho diagnóstico do exame: Sensibilidade
determinado marcador ou pelo seu maior ou
e especificidade (biomédico deve dominar, mas o
menor grau de anormalidade.
médico deve saber);
Rastreamento: Como medida de diagnóstico
Desempenho diagnóstico do exame de maior
precoce ou preventivo (aspectos éticos relevantes
interesse clínico: VPP: probabilidade da presença
– resultados falso-positivos, impacto emocional e
da doença quando o teste é positivo (a/a+b); médico: Preparação imprópria e Seleção
VPN: probabilidade da ausência de doença equivocada dos testes laboratoriais.
quando o teste é negativo (d/c+d); Razão de
verossimilhança Leva em consideração a Os pontos de variabilidade podem ser: Pré-
prevalência da doença na população em estudo analítico, Analítico, Pós-analítico.
(probabilidade pré-teste); Número necessário
pré-analítica: Pode ser derivado do preparo
para diagnosticar A curva ROC Define as
inadequado do paciente: Hora da coleta, jejum,
características operacionais de um teste com
certos alimentos, exercício físico e medicações Ou
valores numéricos contínuos
da manipulação da amostra (responsabilidade do
Benefício ou impacto clínico do exame: É a laboratório).
evidência mais difícil de encontrar na literatura;
Analítica: Engloba o método analítico (reagentes,
Desempenhos técnico e diagnóstico são mais
equipamento, procedimentos e recursos
comumente estudados.
humanos); Atualmente, tal fase contribui com
Pode ser dividido no efeito que o uso do teste uma fração pequena da variabilidade total dos
terá: Na estratégia diagnóstica (melhora do testes. Devido à melhoria na acurácia e na
desempenho diagnóstico); Na estratégia precisão das metodologias modernas, em especial
terapêutica (uso e otimização de terapia, evitação a automação crescente dos processos; bem como
de complicações); No desfecho clínico devido à adoção por parte dos laboratórios de
(consequência dos itens anteriores). programas de garantia de qualidade e testes de
proficiência externos.
Benefício operacional do exame: Pode ser a
diminuição do tempo de internação ou da pós-analítica: Ocorre entre o término do método
necessidade de recursos humanos e, ainda, a analítico e a assimilação do resultado pelo clínico;
redução da utilização de outros recursos de saúde. Mais comum: transcrição de resultados. A
interligação entre os equipamentos de automação
A interpretação correta da informação, ou seja, o e o sistema de informática do laboratório
ato de discernir o significado e a importância do diminuem a possibilidade desse erro ocorrer.
resultado de um determinado teste laboratorial Interpretação incorreta do resultado.
no contexto da questão médica ou hipótese que
desencadeou o pedido é a etapa final e mais resultado pode ser questionado: É estapafúrdio
crítica de uma série de eventos complexos que Não fisiológico ou impossível, É inconsistente com
pode ser conhecida como o “ciclo do exame” resultados prévios do mesmo paciente Ou é
incompatível com os resultados de outros testes
o clínico deve reconhecer as etapas mais críticas reaizados na mesma amostra, Difere do que é
do ciclo do exame e averiguar o que os esperado pelos achados clínicos A dúvida neste
laboratórios têm feito para diminuir a caso pode ser razoável, mas pode existir.
variabilidade desses diversos processos.

Os fatores de variabilidade podem derivar: Do


próprio paciente (variabilidade biológica de um
determinado analito), Do próprio paciente
(variabilidade biológica de um determinado
analito), Do próprio paciente (variabilidade
biológica de um determinado analito); Do
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS na população, maior o rendimento (VPP) do teste de
rastreamento.

Mantenha informado: Precisão Acurácia VPN: É a proporção de resultados verdadeiro-


Sensibilidade Especificidade. negativos entre os indivíduos com teste negativo.

Prevalência ou Probabilidade Pré-teste: Se um ↑VPP = fundamenta razoavelmente o diagnóstico


paciente fosse escolhido ao acaso a partir de uma ↑VPN = elimina com alta probabilidade o
população, a probabilidade pré-teste de doença para diagnóstico
o paciente seria a prevalência de doença naquela
população. Rastreamento

Mesmo que a Sensibilidade e a Especificidade sejam Os testes laboratoriais e de imagem não apresentam
características importantes do teste, elas não são as o diagnóstico dessa doença, mas possibilitam
probabilidades de que se necessita para decidir caracterizar as pessoas com maior risco para que
como manejar um paciente. São as probabilidades testes mais específicos sejam realizados e seja
dos resultados dos testes considerando a presença confirmado ou afastado tal diagnóstico
ou a ausência da doença.
Biópsia Anatomopatológico – Altamente específico
Probabilidade de doença = Valor preditivo + (VPP)
O uso de testes laboratoriais para rastrear pacientes
VPP: É a proporção de resultados verdadeiro- assintomáticos é um procedimento diagnóstico com
positivos em relação ao total de indivíduos com teste características particulares, em que uma das metas é
positivo. detectar as doenças cuja morbidade e mortalidade
possam ser reduzidas por detecção precoce e
Com sensibilidade e a especificidade do teste tratamento.
constantes, quanto maior a prevalência da doença
Testes em paralelo: condicionada ao resultado do teste anterior. No
entanto, os testes em série levam mais tempo para a
Situação em que o médico solicita diversos testes definição diagnóstica.
simultaneamente de forma que um resultado
alterado, de qualquer um deles, seja relevante; Hemograma Completo: Visão geral do sangue;
Geralmente utilizada em serviços de emergência, Contagem diferencial; Infecção viral ou bacteriana;
para uma avaliação rápida; ↑VPN para uma Anemias;
determinada prevalência em comparação com cada
teste isolado; ↓Probabilidade de uma doença passar Gasometria: Concentração de gases no sangue, pH e
despercebida; Entretanto, também aumenta a equilíbrio ácido-base (acidose, alcalose, metabólica
chance de que ocorram diagnósticos falsos-positivos. ou respiratória).

Testes em série: A decisão de solicitar um teste Coagulograma: Capacidade Coagulativa do paciente;


depende do teste anterior; ↑ a Especificidade e o TAP, TTPA; Tempo de coagulação; Inibidores da
VPP da investigação diagnóstica; Entretanto, ↑ o função plaquetária: AAS, Dextran, fenilbutazona,
Risco de que a doença passe despercebida; anticoagulantes e outros...
Indicação: sem necessidade de rápida avaliação
Glicemia em jejum: 8-12 horas de jejum
(consultórios); quando existem testes muito caros
ou que apresentam riscos à saúde e devem ser Hemoglobina glicada: Diagnóstico e
indicados somente após os testes mais simples e acompanhamento de pacientes com DM.
mais seguros sugerirem a doença.
Urina: EAS ou urina tipo 1: aspectos físicos, químicos
Testes em série X Testes em paralelo: Os testes em e elementos anormais.
série levam a um uso mais racional de exames
laboratoriais do que os testes em paralelo, Função renal: Urina de 24 horas (clearance de
considerando que a avaliação seguinte é creatinina) • Ureia e Creatinina
Função Hepática: TGO, TGP, Gama GT, Fosfatase
Alcalina
Há indicação quando: O fármaco tem intervalo
Bilirrubina total e frações: Bilirrubina total e frações terapêutico estreiro, Alteração função hepática e
renal (excreção), Em altas doses produz os mesmos
Ácido úrico: Gota efeitos da doença tratada, Paciente tem doença
hepática e/ou renal (excreção), A absorção do
Íons: Doenças metabólicas
fármaco é influenciada pela dose, Há suspeita de não
PSA: Antígeno prostático adesão ao tratamento, Há suspeita de intoxicação e
Há suspeita de interação medicamentosa.
PCR: Marcador inflamatório sistêmico
A hora da coleta, o tipo de amostra de sangue e a
Função tireoidiana: TSH, T3 total e livre, T4 total e técnica laboratorial empregada são passos
livre. importantes,

Colesterol Total e frações: LDL, HDL, VLDL no tempo correto para avaliação da concentração do
Dislipidemias, síndromes metabólicas; Uso de fármaco
medicações
1 a 2 horas após a administração oral (NÍVEL DE
Proteinas totais e frações: Albumina, globulina PICO);
(Função hepática). ↓ hipertireoidismo, falta de
vit.D, cirrose, insuficiência cardíaca e alcoolismo ↑ nível de pico é útil na avaliação da toxicidade e, no
Doença autoimune, hepatite B e C, artrite nível de vale, para demonstrar a [ ] terapêutica
reumatoide e lúpus satisfatória.

MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA DE O momento da coleta e o horário da última dose


FÁRMACOS devem ser informados.

Antibióticos no paciente em hemodiálise continua:


A monitorização terapêutica pode ser usada para: Pode alterar a farmacocinética dos antibióticos,
Aumentar a probabilidade de eficácia do Aumentando o risco de toxicidade ou diminuindo a
medicamento, Reduzir a frequência dos efeitos ação por doses subterapêuticas, É obrigatória a
adversos, Avaliar a variabilidade inter e dosagem sanguínea de antibióticos para ajustar a
intraindivíduo dos parâmetros farmacocinéticos e dose e A efetividade do tratamento será maior,
farmacodinâmicos. reduzindo a mortalidade.

é o intervalo terapêutico de um fármaco em que há Um imunoensaio é um teste bioquímico que mede a


uma ↑ probabilidade de se alcançar eficácia presença ou concentração de uma macromolécula
terapêutica, com ↓ toxicidade, na maioria dos ou uma pequena molécula em uma solução através
pacientes do uso de um anticorpo ou um antígeno.
Estes testes são específicos Entretanto Alguns Hemólise: O nível de hemólise interfere em
metabólitos ou substância similares podem ser diferentes graus na concentração de diversos
reconhecidas pelo teste Reação cruzada com analitos
metabólitos da medicação Compostos endógenos ou
medicamentos com estruturas semelhantes. Insulina e a hemólise: A insulina é um teste que sofre
interferência da hemólise, apresentando resultados
Pode provocar resultados falsamente elevados ou falsamente BAIXOS. Uma enzima que degrada a
diminuídos da medicação insulina é encontrada nas hemácias, sendo
responsável por essa interferência
Concentrações MENORES do que as esperadas
podem estar relacionadas a: Não adesão ao Lipemia: É uma turvação causada pela alta
tratamento, Erros na dose, Uso errado do concentração de lipídeos na amostra. Triglicerídeos >
medicamento, Baixa absorção ou biodisponibilidade, 400 mg/dL e VR:<150mg/dL. Colesterol, Bilirrubina,
Momento inadequado da coleta Albumina, FA, TGO, TGP, PT totais, Ca, Cr, Amilase,
Lipase e Coagulograma
Concentrações MAIORES do que as esperadas,
indicando maior risco de efeito tóxico, deve-se Hiper bilirrubinemia: Coloração
considerar: Maior absorção ou biodisponibilidade do amarelada/alaranjada da amostra. • Bilirrubina total
fármaco, Diminuição da excreção do fármaco, >2,5 mg/dL • VR: até 1,2 mg/dL
Volume de distribuição diminuído
Cr, Lactato, Fósforo e Ácido úrico
Em alguns casos pode haver: Dosagem correta no
sangue, Sem resposta terapêutica, Pode ser por Medicamentos: Os efeitos dos medicamentos
diminuição da sensibilidade de receptores do podem manifestar-se por meio de: 1. Lesão de
fármaco Ou antagonismo em relação a outros tecidos ou de órgãos (Hepatite medicamentosa –
fármacos isoniazida); 2. Alteração na função de tecidos
(Fenitoína induz aumento da produção de GGT por
RESUMINDO: hepatócitos); 3. Interferência do medicamento na
análise do analito (ligação, liberação de enzima,
Uso adequado da MTF requer muito mais do que aumento de secreção, diminuição de excreção).
apenas a dosagem sanguínea do mesmo em
comparação com intervalos terapêuticos Exercício Físico: Lactato (Pode aumentar em até
preestabelecidos. Para a correta interpretação deve- 300%), Coagulação, fibrinólise e plaquetas (ativas),
se considerar: o momento da coleta, o tempo de uso CK, aldolase, TGO, testosterona, androstenediona e
do fármaco, a resposta do paciente à medicação, as LH (aumentadas)
condições individuais de um determinado paciente e
o alvo clínico desejado. A MTF tem um papel Jejum: 48h: ↑ Bilirrubina / 72h: ↓ glicose em
importante no desenvolvimento de medicações mulheres ↑ triglicerídeos, glicerol e ácidos graxos
seguras e terapeuticamente efetivas, no uso livre em homens.
individualizado dessas medicações e na identificação
Consumo de Álcool: Aumenta a concentração de:
da adesão ao tratamento. As informações obtidas
Lactato; Ácido úrico; Triglicerídeos; GGT; VCM.
com a MTF podem ser utilizadas para identificar a
dosagem adequada para alcançar a resposta Fumo: Aumenta a carboxiemoglobina,
terapêutica ideal com toxicidade minima catecolaminas, cortisol sérico, lactato, insulina,
adrenalina, GH, IgG, Hb, VCM, além da contagem de
FATORES INTERFERENTES EM ANÁLISES
leucócitos e espermatozoides, Diminui o nível de vit.
CLÍNICAS
B12 e IgA e IgM
HEMOGRAMA

ERITROGRAMA, LEUCOGRAMA EPLAQUETOGRAMA

Eritrograma Série Vermelha

HM-GV; Hemácia – Eritrócito; VR: 3,6-5,9


milhões/mm3.

Hemoglobina: 13,5-17,5 d/Dl; HB abaixo de 13 g/dL =


Anemia.

Hematócrito: VR: 41-53%.

Volume Corpuscular médio: 80-100 fL, (Tamanho da


HM); Microcítica, Normocítica e Macrocítica

Hemoglobina Corpuscular Média: 26-34 pg (Peso da


HB/HM); Hipocromia, Normocromia e Hipercromia

Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média:


31-37 g/dL( Qtd de HB/HM).

Amplitude de distribuição das HM: 11-15%

Anisocitose ≠ tamanho celular; Poiquilocitose;


Drepanócito: foice; Dacriócito: Gota; Rouleaux:
empilhamento.

Avaliação Qualitativa:

Sangue periférico normal; Eritrócitos apresentam-se


em discos circulares homogêneos; Tamanho e
coloração normais e uniformes;
Poiquilocitose - Variação no formato das hemácias:
Dacriócito: Gota; VCM e RDW; Doenças que atingem
a medula óssea – Mielofibrose;Alterações genéticas
ou relacionadas com o baço.

Caracterização Morfológica: Macro-ovalócitos –


anisocitose e poiquilocitose; Corpúsculos de Howell-
Jolly.

Borda periférica de hemoglobina e área central


escurecidas com Hb – Codócito (hemácias em alvo);
HCM e CHCM; Podem ser encontrados nas
hemoglobinopatias (SS, SC), talassemias,
hepatopatias, em pacientes esplenectomizados e na
anemia ferropriva.

Policromatofilia (HCM e CHCM alterados); Eritrócitos


jovens (reticulócitos); Apresentam-se em tamanho
aumentado comparados à hemácias maduras (VCM
↑); Anisocitose (RDW); Ausência de área central
pálida;

ANEMIA

Doença caracterizada pela redução na concentração


de hemoglobina no sangue. A anemia pode causar
fadiga, mas especialmente se for crônica, é
assintomática”.
Causas: Perdas de sangue; Uso crônico de AINES; o DOENÇAS:
Processos patológicos diversos: carcinomas, Doenças
infecto- parasitárias; o Gravidez e lactação.
Anemia Ferropriva -> Quando a perda de ferro
Eritropoiese: Diferenciação Proliferação excede a ingestão: Tempos suficiente para a
(multiplicação) Maturação 5-7 dias. depleção; Quando bem desenvolvida: microcítica
hipocrômica;
Tipos de Anemia: Determinação dos índices de
volume celular do eritrócito e conteúdo de Hb. HB –
VCM – HCM – CHCM.

1. Anemia Hipocrômica ou microcítica: eritrócitos


pequenos com pouca concentração de Hb perda
crônica de sangue e deficiência de ferro;

2. Anemia macrocítica: eritrócitos grandes em pouca


quantidade;

3. Anemia normocrômica ou normocítica: Hemácias


em tamanho normal mas redução na quantidade de
Hb normal (VCM e HCM normais com Volume total
de HM e HB baixo).

Principais Causas: QUANDO OCORRE DEFICIÊNCIA DE FERRO?


Deficiência de nutricional de elementos
fundamentais para hematopoese: Fe, Ác. Fólico, Aumento da necessidade de ferro (crescimento
Vit.B12, B6 e C; rápido na lactância/infância ou durante a gestação);
Perda excessiva de sangue reduz as reservas de ferro
Cirurgias: Gastrectomia, Bariátrica, Intestinais,
do organismo (p. ex., após hemorragias repetidas,
Hepáticas e Esplênicas (reserva de eritrócitos);
menstruação excessiva ou gestações múltiplas); A
Depleção da MO: Quimio/radioterapia, absorção defeituosa de ferro: gastrectomia
farmacológica, IRC, AIDS. total/subtotal. Tratamento prolongado de ulceras
pépticas e de refluxo ácido;
Destruição excessiva de eritrócitos: Anemia
hemolítica, hemoglobinopatias – anemia falciforme e ANEMIA MACROCÍTICA
respostas imunes.

ALTERAÇÕES BÁSICAS Caracterizada por eritrócitos anormalmente grandes


VCM > 98fL; MEGALOBLÁSTICA: Deficiência de B12
Ou B12 + Ac. Fólico; Não MEGALOBLÁSTICA:
Secundária a outras doenças; Nutrientes
indispensáveis para hematopoiese e que precisam
ser ingeridos

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
HM maior que o núcleo do linfócito; Neutrófilo
polilobócito.

NÃO MEGALOBLÁSTICA
Aumento da destruição de plaquetas

Abuso de álcool, Síndromes Mielodisplásicas,


Hipotireoidismo, Hepatopatia, Anemia Aplástica.

HEMATOLOGIA
PLAQUETOGRAMA
Distúrbios de distribuição plaquetária;
PDW: Amplitude de distribuição de plaquetas
(≈RDW), MPV: Volume plaquetário médio (≈VCM), P-
LCR: Percentual de plaquetas grandes (% de
plaquetas acima de 12 fL), PCT: Plquetócito (≈HTC)

Avaliar condição qualitativa deste componente;


Associar com os demais componentes do
Coagulograma.
COAGULOGRAMA
Trombocitose/Plaquetocitose >400 mil/mm3
HEMOSTASIA (PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA)
Trombocitopenia/Plaquetopenia <150 mil

ETIOLOGIA Mecanismos essenciais à vida; Interrupção de


TROMBOCITOSE/PLAQUETOCITOSE sangramentos de vasos sanguíneos lesados. Adesão
plaquetária seguida de agregação plaquetária ○
Fator de FvW.
Infecciosas e/ou inflamatórias: retocolite ulcerativa,
poliarterite nodosa, artrite reumatóide, sarcoidose,
cirrose hepática; Distúrbios do baço: após
esplenectomia, atrofia ou agenesia do baço,
trombose da veia esplênica; Neoplasias: carcinomas,
linfomas; Doenças hematológicas: síndromes
mieloproliferativas, anemia ferropriva, anemias
crônicas, hemofilia, mieloma múltiplo; Outros: após
procedimentos cirúrgicos e traumas, doenças renais, Primária: Ativação de plaquetas leva à formação de
síndrome de Cushing e uso de medicamentos um tampão hemostático, que interrompe o
(epinefrina, isotretinoína, vincristina). sangramento e, em seguida, é reforçado pela
FIBRINA
TROMBOCITOPENIA/ PLAQUETOPENIA

Redução na produção de plaquetas;


TESTES DE FUNÇÃO HEMOSTÁTICA

Hemograma completo – Plaquetograma; Triagem da


coagulação do sangue; ○ Tempo de Protrombina –
TP/TAP, Avalia: VII, X, V, protrombina, fibrinogênio
(Vias extrínseca e comum); Fatores dependentes de
vitamina K; É o exame utilizado para monitoramento
da anticoagulação realizada com o uso de
medicamentos antagonistas da vitamina K, como a
VARFARINA e a FEMPROCUMONA.

Tempo de Tromboplastina parcial ativada – TTPA ○


Avalia as vias intrínseca (fatores XII, XI, IX e VIII,
precalicreína e cininogênios de alto peso molecular)
e comum (fatores X, V, II e fibrinogênio) da
coagulação; ○ A Tromboplastina inativa heparina –
importância clínica.

Tempo de Trombina – TT ○ Adiciona-se Trombina


exógena na amostra, para avaliar o tempo de
formação do coágulo; ○ Avalia: Funcionalidade do
fibrinogênio; ○ ↑: Hipofibrinogenemia (doença
hemorrágica rara – deficiência quantitative de
fibrinogênio);

Dosagens específicas de fatores da coagulação;

Tempo de sangramento – TS ○ Tempo de Função


Sistema fibrinolítico plaquetária – Hemostasia primária; ○ Pode estar
alterado em deficiências ou anormalidades de
proteínas do plasma, como o fator de von
Willebrand (FvW), em Hipofibrinogenia grave, ou
devido ao uso de medicamentos que alteram a
função plaquetária; ○ Não se altera na maioria dos
distúrbios que resultam em alterações do TAP e do
TTPA. ○ Não deve ser realizado com contagem de
plaquetas inferior a 100.000/μl

Doença de Von Willebrand: Genética e hereditária; 3


tipos – cada uma com um grau de deficiência.
Ausência ou defeito do fator; Defeito na adesão e
agregação plaquetária (hemostasia primária).

Púrpura Trombocitopênica Idiopática: Doença


autoimune - diminuição do número de plaquetas; •
Formação de petéquias na pele e sangramento pelo
nariz; • Plaquetopenia:<10 mil/mm3, • Tratamento
depende da gravidade dos sintomas: -
Medicamentos que diminuam a função do sistema
imune, - Injeção de imunoglobulinas; - ou
medicamentos que estimulem a produção de
plaquetas pela medula óssea, como o Romiplostim

Púrpura Trombocitopênica Trombótica: Condição


rara - aumento da agregação plaquetária, levando a Trombocitopenia Farmacológica ou Medicamentosa
formação de trombos e rompimento de hemácias;
Geralmente associado com Anemia hemolítica; Coagulação Intravascular Disseminada – CIVD:
Tratamento rápido para evitar a anemia, perda de
plaquetas e alterações neurológicas. Tratamento:
Plasmaférese; - Processo de filtração do sangue em
que o excesso de anticorpos que podem estar
prejudicando o funcionamento do organismo e da
circulação sanguínea seja removida.

Hemofilia: Via extrínseca fator VIII tipo A, tipo B


intrínseca Fator IX.
monitora o pH plasmático e utiliza as alterações na
ventilação para equilibrar o pH.

HEMATOLOGIA
GASOMETRIA

Funções do sangue: Proteção e defesa (fagocitose);


Transporte (gases, nutrientes, metabólitos);
Coagulação (hemostasia primária e secundária);
Homeostase: - Temperatura; - Controle eletrolítico; - Alterações patológicas que podem resultar em
Equilíbrio ácido baseProteção e defesa (fagocitose); hipoventilação alveolar: - Diminuição da
Transporte (gases, nutrientes, metabólitos); complacência pulmonar; - Aumento da resistência
Coagulação (hemostasia primária e secundária); das vias aéreas; - Depressão do SNC, que diminui a

Homeostase: - Temperatura; - Controle eletrolítico; - frequência respiratória e a profundidade da


Equilíbrio ácido base. respiração. 70

Hipóxia e Hipercapnia: Se a difusão dos gases entre


os alvéolos e o sangue é prejudicada, ou se o
transporte de oxigênio no sangue é inadequado, há Transporte de CO2:
hipóxia. A hipóxia é frequentemente (mas não
O CO2 é potencialmente tóxico se não for excretado
sempre) acompanhada de hipercapnia,
a. A hipercapnia faz o pH diminuir (acidose); b.
(concentração elevada de dióxido de carbono).
Extremos de pH interferem com as ligações de
Homeostasia: Para evitar a hipóxia e a hipercapnia, o hidrogênio das moléculas e podem desnaturar
corpo utiliza sensores que monitoram a composição proteínas; c. Hipercapnia deprime a função do SNC,
do sangue arterial. Esses sensores respondem a três causando confusão, coma e até mesmo morte.
variáveis: 1. O2 : fornecimento arterial suficiente
O CO2 é mais solúvel nos fluidos corporais do que o
para as células; 2. CO2 : deve ser excretado (é um
oxigênio, porém as células produzem muito mais
depressor do SNC e provoca acidose); 3. pH: deve se
CO2 do que a capacidade de solubilização plasmática
manter em homeostasia para impedir a
desse gás; 2. Apenas cerca de 7% do CO2 está
desnaturação de proteínas; a. O sistema respiratório
dissolvido no plasma do sangue venoso.
O restante, aproximadamente 93%, difunde-se para
os eritrócitos; • Sendo que 23% desse conteúdo se
liga à hemoglobina (Carboemoglobina - Hb CO2 ); • E
70% são convertidos em bicarbonato (HCO3 ).

CO2 e Bicarbonato:

A conversão de CO2 a HCO3 - serve a duas


finalidades: a. fornecer uma via adicional para o
transporte de CO2 das células para os pulmões; b.
fazer o HCO3 - estar disponível para atuar como um
tampão para os ácidos metabólicos, ajudando assim,
a estabilizar o pH do corpo.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Principal Tampão Biológico: bicarbonate ORIENTADA CONFORME A
PRÁTICA CLÍNICA – CARDIOLOGIA
Os rins e o pH:
Infarto: É a área localizada de necrose isquêmica. Em
Para manter o pH na faixa normal, os rins realizam órgãos de circulação terminal = INFARTO BRANCO
duas funções fisiológicas. 1. A primeira é a
reabsorção do HCO– 3 filtrado no túbulo contorcido Isquemia: É a redução ou a cessação do fluxo
proximal (qualquer perda de HCO– 3 é igual a adição sanguíneo para um órgão ou território do
de uma quantidade equimolar de H+ baixando o pH - organismo. Resultando em hipóxia e/ou Anóxia.
ACIDOSE); 2. A segunda é a excreção da carga diária
de H+ no tubo coletor (a perda de H+ é igual a adição Necrose Isquêmica
de quantidade equimolar de HCO– 3 elevando o pH -
ALCALOSE).

Distúrbios do Equilíbrio Ácido-Base


INFARTO BRANCO: Esbranquiçada, Halo hiperêmico
hemorrágico inflamatório.

Aspectos microscópicos CK – Enzima Creatinocinase

É uma enzima encontrada na membrana


mitocondrial e no citoplasma de células de tecidos
com alto gasto energético; ○ Coração, músculo
esquelético e cérebro. Catalisa a transferência de
grupos fosfato. Viabilidade celular – atividade
energética da célula.

A CK é dimérica: ○ As duas subunidades são


denominadas M (para músculo) e B (cérebro); ○ As
três isoenzimas resultantes são a CK1 (BB), CK2 (MB)
e CK3 (MM).

A CK é encontrada em pequenas quantidades no


corpo, mas encontra-se em maior concentração
somente no músculo e no cérebro

CK ↑: pacientes com IAM após 4 a 8 horas do início


dos sintomas, atingindo pico sérico, em média, em
24 horas.

Após 2 a 3 dias, observa-se queda dos níveis


plasmáticos com normalização dos valores.
A elevação dos níveis de CK é um marcador sensível As formas de Tn encontradas no músculo
de IAM, mas não é específico. esquelético e no músculo cardíaco são diferentes.

A elevação dos níveis de CK é um marcador sensível A TnI e a TnT possuem formas cardioespecíficas (cTnl
de IAM, mas não é específico. e cTnT), Além de formas distintas das fibras
musculares esqueléticas dos tipos 1 e 2, cada uma
Apresentando resultados falso-positivos em codificada por um gene separado. Entretanto, a cTnT
pacientes com doença muscular, intoxicação por foi detectada no músculo esquelético fetal e no
álcool, trauma musculoesquelético, exercício músculo esquelético doente.
vigoroso, convulsões, injeções intramusculares e
embolia pulmonar (EP). Algumas modificações pós-translacionais causam
diferenças detectáveis entre a cTnT produzida no
CK -MB miocárdio e a cTnT produzida no músculo
esquelético doente. Pode ser solicitado um exame
imunoquímico com anticorpos anti-cTnT
No músculo esquelético: ○ a CK-MB representa 0-1
(especificidade miocárdica próxima de 1oo%).
º/o da CK total nas fibras tipo l; ○ e 2-6°/o da CK nas
fibras tipo 2. A cTn atinge um pico sérico aproximadamente 24
horas após um IM.
No coração: ○ uma média de 15-20% da CK é CK-MB.
○ A sua distribuição não é uniforme, com uma É importante que o leve aumento não seja
porcentagem de CKMB maior no coração direito que interpretado como evidência de reinfarto.
no coração esquerdo.
A cTn circulante retorna aos níveis basais em
É um marcador mais específico do que a CK total. aproximadamente 5 a 10 dias, dependendo da
magnitude do infarto.
Entretanto, é menos sensível e específica do que a
troponina para o diagnóstico de IAM. A cTnT e a cTnl estão quase ausentes no soro normal
(é raro ser >0,1 ng/mL) em indivíduos saudáveis
Quando a dosagem de troponina está disponível,
dosar CK-MB parece ser útil apenas em algumas A elevação da cTn pode ser causada por outros tipos
situações, como no diagnóstico de reinfarto de lesão que não isquêmicas: Pericardite,
Miocardite, Embolia pulmonar, Insuficiência renal e
Troponina – Tn
Sepse. Pequenas elevações mensuradas da cTn
A troponina (Tn) é um complexo formado por três também podem ser artefatos analíticos (Erros
proteínas e localizado em intervalos regulares no analíticos).
filamento fino do músculo estriado.

As três proteínas são: • TnT (subunidade ligadora de


Tropomiosina, 37 kDa); • Tnl (subunidade inibidora,
24 kDa); • Tnc (subunidade ligadora de cálcio, 18
kDa).

Ca2+ , disparador da contração muscular, é


transmitido por meio do complexo Tn, que causa
uma alteração conformacional na Tropomiosina,
permitindo então que ocorra a interação entre a
actina e a miosina
Método: Eletroquimioluminescência ou
quimioluminescência;

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório e evitar


atividade física previamente à coleta.

Não há discriminação entre a mioglobina cardíaca e


muscular, podendo estar aumentada em dano
As diretrizes atuais colocam as troponinas como o muscular esquelético, distrofias, insuficiência renal,
marcador padrãoouro para o diagnóstico de IAM: uremia, choque, trauma, pósoperatórios e injeções
Como permanecem elevadas por cerca de 10 dias, as intramusculares. Uso de esteroides, intoxicações
troponinas permitem a identificação tardia de medicamentosas, isquemias e imobilização
infartos. Tem sido indicado seu uso também para os prolongada também podem causar dosagens
reinfartos: aumento superior a 20% entre duas elevadas
medidas com intervalo de 3 a 6 horas.
Dislipidemias
TnI: Eleva-se em cerca de 3 horas, atinge o pico em
Compreende as anormalidades nos lipídeos;
15 horas e normaliza-se em 5 a 10 dias. Apresenta
sensibilidade e especificidade em torno de 90 e 95%, Grande importância no desenvolvimento de Doenças
respectivamente. Parece ser menos influenciada cardiovasculares decorrentes da aterosclerose e da
pela insuficiência renal do que a troponina T trombose Associam-se a grande morbidade,
mortalidade e perda de qualidade de vida.
TnT: Eleva-se em aproximadamente 4 horas, tem seu
valor de pico em 20 horas e atinge valores normais As condições clínicas mais importantes são: ○
entre 10 e 14 dias. Os valores de sensibilidade e Doença arterial coronariana (DAC) - Aterosclerose; ○
especificidade são de 85 e 90%, respectivamente. O acidente vascular encefálico (AVE); ○ E a Doença
arterial periférica (Trombose venosa profunda).
MIOGLOBINA:
É estimado, por exemplo, que a dislipidemia esteja
É uma proteína heme citoplasmática de baixo peso presente em mais de 70% dos casos de DAC
molecular encontrada na musculatura cardíaca e prematura.
esquelética. É considerado um marcador precoce de
FISIOPATOLOGIA DA
lesão miocárdica, precedendo a liberação da CK-MB
em 2 a 5 horas. Sua dosagem pode ser útil quando o
ATEROSCLEROSE
paciente se apresentar precocemente à emergência, Depósito de colesterol, seus ésteres e, em menor
em menos de 4 horas do início dos sintomas. quantidade, de fosfolipídeos e glicerídeos, na
camada íntima de artérias de médio e grande
É liberada na circulação após 1 hora de morte calibre.
miocárdica, com pico em 5 a 12 horas e retorno aos
valores normais em 16 a 36 horas. Multifatorial (fatores genéticos e ambientais);

Seus valores têm correlação com a área de infarto. Dislipidemia (aumento de triglicerídeos e colesterol
no plasma), HAS, tabagismo, Diabetes, estresse e
Tem sensibilidade de 95% até a 6ª hora, com uma sedentarismo.
especificidade de 93% se for medida no momento da
admissão, e de 4% se medida 3 horas depois.

Amostra: soro;
Polimorfismos em genes relacionados com o
metabolismo lipídico, biologia do tecido adiposo e
resposta inflamatória

Etiopatogênese da Trombose

A formação de trombos envolve o processo de


coagulação sanguínea e a atividade plaquetária,
estando associada a três componentes: Lesão
endothelial, Modificação na coagulabilidade
sanguínea e Alteração no fluxo sanguíneo

Dois ou 3 desses fatores implicam na formação de


trombos

Colesterol

As três principais classes de Lp encontradas no


plasma são: Lp de baixa densidade (LDL, do inglês
low density lipoprotein); Lp de alta densidade (HDL,
do inglês high density lipoprotein); Lp de muito
baixa densidade (VLDL, do inglês very low density
lipoprotein). PROVAS DE ATIVIDADE
INFLAMATÓRIA
O chamado colesterol não HDL compreende à soma
das frações LDL e VLDL do colesterol. Miocardite

Lipidograma: CT, HDL, LDL, VLDL, colesterol não HDL É definida pela presença de infiltrado inflamatório no
e triglicérides. miocárdio associado a agressão e lesão de
cardiomiócitos.
Manejo Diagnóstico
Pode ser isolada ou associada a doença sistêmica,
Os níveis absolutos de lipídeos séricos têm perdido a geralmente de natureza infecciosa ou imunitária.
importância em detrimento da avaliação do risco
cardiovascular global do paciente. VHS – Velocidade de Hemossedimentação

Marcador sistêmico de atividade inflamatória;

VHS ↑ indica inflamação, mas não difere a etiologia


(↓ especificidade);

Mede a velocidade de separação dos eritrócitos e o


plasma

Quando há inflamação, forma-se proteínas que


aumentam a viscosidade do sangue e diminuem a
velocidade de hemossedimentação.

PROTEÍNA C REATIVA
Produzida pelo fígado; INTENSIVISMO
Se eleva em processos inflamatórios/infecciosos
(marcador sistêmico de atividade inflamatória - ↓
especificidade); Sepse: Disfunção orgânica potencialmente fatal
causada por uma resposta imune desregulada a uma
VR variável a depender da etiologia. infecção.

Normal:<0,,1 mg/dl Choque Séptico: Sepse concomitante por profundas


anormalidades circulatórias e celulares/metabólicas
MIOCARDITE – DIAGNÓSTICO
capazes de aumentar a mortalidade.

Obs.: O conceito de Síndrome da Resposta


VHS alto e PCR acima dos VRs.
Inflamatória Sistêmica (SIRS) não é mais utilizado
Hemograma: Leucocitose ou linfocitose leves. para o diagnóstico de sepse.

Solicitar sorologias virais e Hemocultura DIRETRIZES INTERNACIONAIS PARA O


MANEJO DE SEPSE E CHOQUE SÉPTICO 2021
SOROLOGIAS VIRAIS

1. SOFA – Score de Avaliação Sequencial de


Os vírus são a principal causa das miocardites. Disfunção Orgânica (13 variáveis);

As espécies classicamente implicadas são:


Coxsackievírus B (enterovírus) – Agente etiológico
mais comum de miocardite; Adenovírus (doenças 2. qSOFA - Score de Avaliação Sequencial de
respiratórias, de resfriado à pneumonia); Parvovírus Disfunção Orgânica rápida (3 variáveis);
B19 (Eritrovírus B19) – Eritema infeccioso; Vírus da
qSOFA: PA Sistólica <100mm/Hg; FR >22ipm,
imunodeficiência humana (HIV); ○ Vírus da hepatite
Alteração de estado mental (Glasgow <15)
C (HCV).

Podem ser direcionados à detecção de partículas


virais (Sorologia direta);

Ou para a detecção de anticorpos de fase aguda


(IgM) e crônica (IgG) específicos para determinado
vírus (Sorologia indireta).
Se qSOFA positivo, aplicar o SOFA que avalia a
função orgânica.

CRITÉRIOS CLÍNICOS

Sepse: Suspeita ou certeza de infecção e aumento AVALIAÇÃO LABORATORIAL


agudo de ≥2 pontos no SOFA (2 ou 3 no qSOFA) em
resposta a uma infecção (representando a disfunção
orgânica). Lactato; Clearance de Lactato; Proteína C reativa
(PCR) e Procalcitonina.
Choque Séptico: Sepse + necessidade de
vasopressores para elevar a pressão arterial média LACTATO:
acima de 65 mmHg e lactato >2 mmol/L (18 mg/dL)
O lactato é um subproduto do metabolismo da
após reanimação volêmica adequada.
glicose, formado a partir do piruvato.

Hipóxia -> Aumento de Lactato = processo


adaptativo de geração de energia

Por outro lado, qualquer condição que aumente a


geração de piruvato (mesmo sem evidência de
hipóxia tecidual) vai ocasionar aumento da geração
de lactato.

HIPERLACTATEMIA

Na sepse: Há hipóxia tecidual; Aumento do


metabolismo da glicose; E redução do clearance de
lactato.

Hiperlactatemia ocorre quando a produção de


lactato excede seu consumo.

As causas mais frequentes de hiperlactatemia são


classificadas como: Distúrbios associados com
hipóxia tecidual (tipo A), Distúrbios em que a hipóxia É uma proteína de fase aguda com secreção
tecidual está ausente (tipo B). as duas condições predominantemente hepática utilizada como
podem coexistir. biomarcador de inflamação/infecção.

Cinética da PCR

Essa dinâmica limita seu uso em pacientes críticos

A concentração pode ser normal nas primeiras horas


do quadro infeccioso/inflamatório. [ ] Normal = 0,8
mg/L Pode aumentar até 1.000 vezes

LACTATO A proteína C reativa é provavelmente o biomarcador


de infecção/inflamação mais utilizado
Metabolismo basal: lactato arterial = 0,5 e 1 mEq/L. Obs.: Geralmente, a [ ] de PCR é maior em infecções
bacterianas, entretanto, não serve de parâmetro
Tecidos com maior produção: Músculo esquelético,
para diagnóstico diferencial isoladamente.
Cérebro, Intestino E hemácias.

Em quadros de doença crítica: Os pulmões parecem


ser os principais produtores de lactato.

O lactato é metabolizado principalmente no fígado O nível de PCR diminui à medida que ocorre
(até 70%) e nos rins, e a disfunção desses órgãos tem resolução da sepse.
sido associada com redução do seu clearance.
Ótimo marcador prognóstico
NÍVEL INICIAL DE LACTATO
PROCALCITONINA (PCT)

↑ Lactato está associado com pior prognóstico em


A procalcitonina (PCT) é o pró-hormônio precursor
pacientes sépticos.
da calcitonina, produzida nas células C da tireoide.
Quanto mais elevado o lactato, maior a mortalidade. Nos casos de sepse, ocorre uma elevação
significativa dessa proteína por meio de secreção
CLEARANCE DE LACTATO extratireoidiana, principalmente por leucócitos.

Tem maior valor prognóstico do que o nível inicial.


10-15 %: Qt ↓, pior o prognóstico. A [ ] sérica inicial de PCT não adiciona informação
relevante quanto ao prognóstico.
Queda dos níveis de lactato está associada a ↓
mortalidade em pacientes críticos. Por outro lado, o padrão de resposta da PCT, por
meio de medidas seriadas nas primeiras 72 horas,
A normalização do lactato é um objetivo terapêutico tem associação significativa com mortalidade.
em pacientes sépticos com níveis iniciais elevados de
lactato. Pacientes que apresentam queda da PCT nos
primeiros 3 dias de tratamento apresentam melhor
PROTEÍNA C REATIVA prognóstico.
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Métodos:

Indiretos: Não detectam a presença do HPV, mas as


alterações estruturais visíveis sugestivas de infecção
HPV: O papilomavírus humano é um vírus de DNA de viral
dupla-hélice, pertencente à família Papillomaviridae.
Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos de Diretos: Identificam o DNA viral presente no sítio da
HPV, que podem ser designados como baixo ou alto infecção
risco para progressão para doença maligna.
Indiretos: Avaliação Clínica Inspeção da genitália;
Rastreamento do câncer: Lesões condilomatosas no colo do útero ou na
genitália externa.
Objetivo: identificar e tratar as mulheres com
doença assintomática, utilizando procedimentos de Baixo risco: 6, 11, 40, 42... baixo grau: condilomas
baixo risco.
Alto risco: 16, 18, 31, 33... alto grau
O rastreamento efetivo reduz drasticamente a
Citologia: Esfregaço cervicovaginal – Papanicolau; A
incidência da doença e o estágio da doença
infecção pelo HPV causa alterações celulares
diagnosticada.
específicas no colo do útero;
A associação entre a infecção pelo HPV e o câncer de
Inspeção com ácido acético: Lesões cervicais podem
colo de útero, vulva e vagina, além de suas
ser realçadas com a aplicação de ácido acético 3-5%,
respectivas lesões pré-invasoras, é amplamente
que torna branca a região de lesão (aparência
aceita.
acetobranca); Processos inflamatórios (candidíase) e
Não existe Câncer de Colo de útero sem que haja metaplásicos também adquirem aspecto
uma infecção por HPV para iniciar o processo de acetobranco (interpretação errônea); Quanto mais
oncogênese displasia, mais intenso e duradouro é o efeito
acetobranco na lesão.
Regressão e Progressão:
Colposcopia: Avaliação da área com um colposcópio;
NIC I tem alta taxa de regressão: Principalmente em Vaginoscopia, Vulvoscopia e anuscopia; Permite a
pacientes jovens, Quanto mais tempo a lesão for identificação da área de alteração mais significativa
visível, maior a taxa de regressão para a biópsia.

NIC II e III alto risco de progressão para carcinoma Histológico: Permite identificação das alterações
invasor: Recomenda-se tratar ambos morfológicas do epitélio; Padrão-ouro para o
diagnóstico das lesões causadas pelo HPV.

Direto:
Manejo
PCR – Reação em Cadeia de Polimerase:
O objetivo é dual:
Amplificação e detecção do DNA viral; Difere o tipo
Prevenir a progressão da doença invasiva de HPV (dentro daqueles 20 que podem causar
doença em humanos); Altamente sensível e
Evitar o excesso de tratamento daquelas lesões que específico.
regredirão espontaneamente, evitando as
complicações possíveis das diferentes formas de INFECÇÕES NA GESTAÇÃO
tratamento dessas lesões precursoras
Suspeita: O teste de avidez de IgG é importante para
determinar a época da infecção pelo toxoplasma na
Rotina: Hemograma; Exame qualitativo de urina; gestante, visto que alta avidez indica maior tempo
Urocultura. de produção dos anticorpos.

Exames STORCH: Sífilis; Toxoplasmose; CMV;


Rubéola; Herpes.

Hemograma: Leucocitose >15.000 leucócitos/mm3,


Desvio à esquerda Ex: >500 bastonetes/mm3

Urina: Urocultura Crescimento de patógeno, Urina CMV


comum Leucocitúria Nitritos Esterase leucocitária

Se houver confirmação da infecção, mas não a Citomegalovírus – Família Herpesviridae, É a infecção


identificação da etiologia Seguir com os exames de intrauterina mais comum na gestação; Não
STORCH apresenta grandes riscos para a mãe (assintomática
ou sintomas gripais leves); Alto risco para o feto (má-
Sífilis: Treponema Pallidum; VDRL (Venereal Disease formação congênita, infecções severas nos primeiros
Research Laboratory); Teste sorológico não meses de vida, Hepatoesplenomegalia, microcefalia,
treponêmico que mede os anticorpos; Deve ser calcificações intracranianas, surdez....)
solicitado no 1o e no 3o trimestres da gestação;
90% das gestantes apresentam anticorpos IgG
Resultado: Titulação 1:1, 1:2, 1:4, 1:6, 1:8, 1:16.... detectáveis, o que inviabiliza testes de rastreamento
Falso-positivo Testes treponêmicos no pré-natal; Quando há suspeita de infecção por
CMV: Isolamento do vírus em líquidos corporais
(cultura ou PCR); IF (IgM e IgG); ELISA (IgM).

TOXOPLASMOSE

Toxoplasma Gondii; Gestantes imunocompetentes


com infecção ativa – assintomáticas,ou sintomas
inespecíficos (febre, fadiga e mialgias); IF é realizada
no pré-natal visando a proteção do feto;

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