Aula Estudo Caso Serie e Transversal

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MÉTODOS

EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo de Casos

Série de Casos

Estudos Transversais
MÉTODOS Tema
EPIDEMIOLÓGICOS

Hipóteses de causa
e/ou efeito

Local de coleta de dados Unidade de observação Metodologia

DESENHO
DO ESTUDO
Propósito geral Modo de exposição
das pessoas ao
fator em foco

Informar sobre a Sem intervenção -


distribuição de um Condições do estudo
evento - quantitativos não são controladas
OBSERVACIONAIS

Grupo de comparação;
Causa – efeito
Exposição - doença

Intervenção
Condições do estudo
são controladas

Unidade de observação: EXPERIMENTAIS


Grupo de indivíduos
 Os estudos analíticos diferem dos descritivos pela presença de um GRUPO
CONTROLE, que serve para comparação dos resultados.
 O modo como os grupos são formados gera os diversos tipos de estudo.

DESCRITIVOS Estudo de Caso; Série de casos; Estudo Transversal

ANALÍTICOS

Estudo de Coorte
Causa Doença
Exposição Efeito
Estudo de Caso-Controle

Estudo Transversal
ESTUDO DE CASO SÉRIE DE CASOS
1 a 9 casos mínimo 10 casos

 Costumam ser a primeira abordagem de um tema;


 Problemas ainda mal conhecidos e cujas características
ou variações naturais não foram convenientemente
detalhadas;
 Úteis para levantar problemas (sugerir hipóteses)
Deve-se evitar tirar conclusões

OBJETIVO PRINCIPAL: Aprofundar a descrição de


determinado caso ou realidade
 Levantar Hipóteses

 Sugerir Explicações

IMPORTÂNCIA:
 Informa sobre ocorrência/manifestação/evolução atípica de
determinado agravo  Alerta para os profissionais/pesquisadores
Prudência na
interpretação e em
generalizações

VANTAGENS LIMITAÇÕES

 Fáceis de ser realizado;  Indivíduos são altamente


 Baixo custo; selecionados;
 Sugerem explicações  Raramente abrange pacientes
(hipóteses) sobre elementos em todas as fases de
pouco conhecidos; manifestação da doença;
 Em clínica, há possibilidade  Subjetividade na apreciação
de acompanhar pacientes dos fatos;
durante anos  aspectos  Falta de indivíduos-controle
evolutivos; para comparar os resultados 
 Permitem a observação difícil interpretação de
intensiva de cada caso. coincidências
Estudo de caso - Exemplo

 Manifestação atípica

 Descrição detalhada

 Evolução

 Hipótese
Série de casos - Exemplo
ESTUDO TRANSVERSAL
Estudo Transversal - Objetivos

 Estimar a prevalência da doença na população total ou em estratos


dessa população;

 Comparar taxas de prevalências de diferentes populações ou grupos


populacionais;

 Determinar as características
epidemiológicas de um agente;

 Avaliar condições de saúde com fins de


política de saúde.
Estudo Transversal - Características
 Maior poder de generalização,
dependendo da amostra

 A população do estudo é selecionada por


amostra e pode ser estratificada por
grupos que se deseja comparar

 Costumam ser mais rápidos e relativamente mais baratos quando


comparados com estudos de coortes e caso-controle

 Aplica-se, particularmente, a doenças comuns e de duração


relativamente longa

 Pode ser realizado juntamente com outros estudos  Híbridos


VANTAGENS LIMITAÇÕES
 É mais rápido e com menor Não permite estabelecer relação
custo temporal entre exposição e efeito
 Não há acompanhamento  Doentes com evolução rápida
 Identificação de casos e a (cura ou morte)  viés da
detecção de grupos de risco sobrevivência
 Adequado para descrever  Doenças com períodos de
situações de saúde exacerbação/remissão também são
 Informações para o problema
planejamento de serviço e  Evento raro: pouco adequado
programa de saúde  Amostras pequenas  viés de
 Subsídio para estudos seleção
etiológicos mais complexos (caso-  Geralmente utiliza-se
controle, coorte) informações referidas
Estudo Transversal - Fases

PLANEJAMENTO EXECUÇÃO

Justificativa; Objetivos; Materiais


Projeto de Pesquisa
e Métodos; Conduta prevista em
casos de problemas
Instrumento – Claros; Informações: possíveis
questionários, medidas fatores de risco, variáveis de
(técnicas) confundimento, doença/evento de
interesse
Depende dos objetivos;
Amostragem
representatividade?; amostra
probabilística?
Seleção e treinamento dos Padronização de procedimentos
pesquisadores de campo
EXECUÇÃO

Estudo piloto  Ensaio; teste

Coleta de dados  Mais breve possível; pode ser precedida


pela divulgação em massa dos objetivos da pesquisa

Controle da qualidade  Supervisão; cumprimento do foi


previsto no projeto

Banco de dados  Análise e divulgação dos resultados


Estudo Transversal - Delineamento

Amostra
representativa da
População com População
características que
possibilitem a investigação
exposição - doença
Organização dos Dados: TABELA DE CONTINGÊNCIA
ou TABELA2 X 2

Dados de exposição e desfecho (doença) apresentados


simultaneamente
• Qual o total de pessoas expostas? A+B

• Qual o total de pessoas não expostas? C+D

• Qual o total de pessoas doentes? A+C


• Qual o total de pessoas não doentes? B+D
• Qual a prevalência da doença em questão? (A + C) / N
• Qual a prevalência da doença entre os expostos? A / (A + B)
• Qual a prevalência da doença entre os não expostos? C / (C + D)
Exemplo

Em um estudo transversal, foi investigada a associação entre o hábito de fumar


e a presença de doença cardiovascular (DCV). Foram avaliados 8000
indivíduos, sendo 3000 fumantes e 5000 não fumantes. Dos indivíduos
fumantes, 84 apresentaram DCV, e dos indivíduos não fumantes 87
apresentaram DCV

Tabela de Contingência

84 2916 3000
87 4913 5000
171 7829 8000
Prevalência
Estudo Transversal - Análise
Razão de Prevalência (RP)

Odds Ratio (OR)

Prevalência

Nº de casos
População em estudo

- Qual a prevalência de doença cardiovascular na população?


171
= 0,02  2 casos de doença cardiovascular em cada
8000
100 indivíduos
Razão de Prevalência (RP)

Informa quantas vezes a prevalência da doença entre expostos é maior


(ou menor) em relação aos não expostos.
RP: Prevalência nos expostos
Prevalência nos não expostos

PE= Prevalência da doença entre expostos  a/(a+b)

PE= Prevalência da doença entre não expostos  c/(c+d)


Exemplo

PE = a/(a+b)  84/3000 = 0,028 = 2,8%

PE = c/(c+d)  87/5000 = 0,017 = 1,7%

RP = 0,028/0,017 = 1,6

Interpretação: A prevalência de doença cardiovascular é 1,6 vezes


maior em fumantes do que em não fumantes
ou Razão de Chances
Odds Ratio (OR) ou Razão de Produtos Cruzados

Informa quantas vezes a CHANCE da doença entre expostos é maior (ou


menor) em relação aos não expostos.

Razão de Chances ou Odds Ratio: Chance da doença nos expostos


Chance da doença nos não expostos

a/c = axd
b/d cxb

Doentes expostos x Não doentes não expostos


Doentes não expostos x Não doentes expostos

Odds Ratio = A x D
CxB
Interpretação da OR
OR SIGNIFICADO

=1 Ausência de associação entre a exposição e o desfecho

>1 Associação positiva - “Fator de risco”

Associação negativa - “Fator de proteção” (ex: Exposição  vacinação, medicamento


<1

Exemplo

OR: Doentes expostos X Não doentes não expostos = ad = 84 x 4913


Doentes não expostos X Não doentes expostos cb 87 x 2916
412692 = 1,62 Interpretação: A chance de doença
253692 cardiovascular em fumantes é 1,62 vezes maior
do que em não fumantes
Intervalo de Confiança (IC)

Toda a amostra por melhor que seja feita está sujeita ao acaso, e é por
isto que a odds ratio deve ser expressa na forma de intervalo de
confiança, calculado a partir de uma margem de erro pré-determinada.

IC  representa o intervalo onde deve se encontrar o parâmetro, ou


seja, a verdadeira medida de associação na população.

Assim, desejando saber se uma OR=10,68 representa um


efeito presente na população e não apenas na amostra
estudada, pode-se calcular um intervalo de confiança para
esta estimativa.
IC = (valor inferior – valor superior)

Para tanto, é importante fixar um nível de significância ( α): em geral, utiliza-


se α = 0,05 (IC 95%)

Se o valor 1 (referente à nulidade de associação) não estiver contido no


intervalo, temos uma confiança de 1-α que na população de onde nossa
amostra foi extraída a OR é diferente de 1, sendo, portanto, significativo o
achado da amostra.

Interpretação: Há 95% de chances de que o verdadeiro e desconhecido


valor do parâmetro, na população, esteja incluído entre os dois
limites que definem o intervalo de confiança
Exemplos:

 OR = 1,6(1,19-2,15)
A interpretação desse achado é que a OR é significativa (IC não contém
o valor 1), ou seja, a amostra reflete um efeito real da exposição na
população.

OR = 8,1(0,6-9,2)
A interpretação deste achado é a de que o OR não é significativo (o
intervalo contém o valor 1).

OR = 0,5 (0,2-0,6)


A interpretação deste achado é a de que o OR é significativo (o
intervalo não contém o valor 1) *Neste caso, a OD indica que a
exposição refere-se à um fator de proteção
Fonte: Jardim et al. Hipertensão Arterial e Alguns Fatores de Risco em uma Capital Brasileira. Arq Bras Cardiol 2007;88(4):452-457
Exercícios
Em um hospital universitário foi feito um estudo para verificar a associação entre consumo

de álcool e câncer de estômago. Foram incluídos na investigação 300 pacientes, do sexo

masculino, com diagnóstico comprovado de câncer de estômago. Desses, 30 eram casos de

alcoolismo crônico. Entre 500 controles (ou seja, pessoas em que o diagnóstico de

câncer foi excluído), 40 foram considerados alcoólatras, pelos mesmos critérios

diagnósticos usados no grupo de casos.

30 40 70
270 460 730
300 500 800
1- Calcule a prevalência de CA de estômago nesta população.
2- Calcule a Razão de Prevalência deste estudo e interprete-a.

Prevalência de CA de estômago entre alcoólatras de um hospital universitário, 2008.

Prevalência = A +C/ N Prevalência = 300/ 800 Prevalência = 0,37

A prevalência de CA de estômago é de 37 casos a cada 100 indivíduos

RP = PE/Pe = A/A+B/C/C+D RP = 30/70/270/730 RP = 1,15


A prevalência de CA de estômago entre alcoólatras é 1,15 vezes maior do que entre
não alcoólatras
3- Calcule a Odds Ratio de CA de estômago nesta população.
4- Interprete os resultados.

Prevalência de CA de estômago entre alcoólatras de um hospital universitário, 2008.

OR = a x d/c x b OR = 30 x 460/270 x 40 OR = 1,27

A chance de CA de estômago entre os alcoólatras é 1,27 vezes superior aos não


alcoólatras.
Revisando...
ESTUDOS DE CASO e SÉRIE DE CASOS
Objetivo: aprofundar a DESCRIÇÃO de determinado caso , grupo ou
realidade
Medida: frequência  descrição

ESTUDO TRANSVERSAL
Objetivos: Determinar a PREVALÊNCIA de uma doença ou condição
de saúde em uma população em um dado momento; comparar as
características dos grupos
Medida: frequência  descrição;
Prevalência;
Razão de Prevalência  quantas vezes a prevalência entre expostos é maior ou
menor que entre não expostos;
Razão de CHANCES ou Odds Ratio  quantas vezes a chance de doença é maior ou
menor entre expostos e não expostos
Obrigada!

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