Circ 78
Circ 78
Circ 78
78
Introdução
O trigo é uma das culturas de maior adaptação em todo o mundo, sendo cultivado sob condi-
ções extremas de temperatura variando desde –350C na fase vegetativa em Ontario, até 400C
durante o enchimento de grãos, no Sudão. Esta ampla capacidade de adaptação permite o
cultivo dessa gramínea em diferentes regiões do mundo, assumindo portanto uma importância
destacada na alimentação humana. De uma forma geral, a aptidão dos trigos para os diferentes
usos é determinada por várias características do grão e da farinha, que são dependentes tanto
das condições ambientais quanto do genótipo. As qualidades nutricionais do trigo colocam esse
cereal em posição destacada na dieta alimentar do Brasil e do mundo, juntamente com outros
cereais, como o arroz e o milho.
A expansão e intensificação das áreas agricultáveis estão entre Para cálculo da quantidade de sementes por hectare, pode-
os desafios globais predominantes neste século. A intensifica- se adotar a fórmula abaixo;
ção da agricultura pela utilização de cultivares altamente
produtivas, fertilização, irrigação e pesticidas contribuíram D = (1 / E x L x M ) / 100, onde D= Quantidade de sementes
substancialmente para o enorme incremento na produção de por hectare, E = espaçamento entre linhas, L = Número de
alimentos nos últimos 50 anos. Entretanto, a utilização e sementes por metro linear e M = Massa de mil grãos.
conservação dos solos também altera as interações bióticas e
os padrões de disponibilidade dos recursos ambientais nos O espaçamento entre linhas indicado para trigo irrigado varia
ecossistemas e pode ter sérias conseqüências ambientais nos entre 16 a 18 cm. De maneira geral, o espaçamento indicado
níveis local, regional e global. O uso de estratégias de manejo é de 17 cm. A profundidade de semeadura deve ser de 2 a 5
cientificamente embasadas do ponto de vista ecológico pode cm, utilizando-se menor profundidade em solos argilosos.
proporcionar a sustentabilidade da produção agrícola reduzindo
essas conseqüências. Controle de plantas daninhas
As plantas daninhas reduzem a produtividade devido ao
Cultura aumento das perdas por ocasião da colheita. Estimativas de
perdas em produtividade na cultura do trigo em função da
Época de semeadura incidência de plantas daninhas não são precisas. O grau de
competição das plantas daninhas varia com as espécies
A cultura do trigo irrigado no Cerrado adapta-se a ambientes infestantes, com as suas densidades populacionais, com a
com altitudes acima de 400 m, em Minas Gerais; acima de duração da competição e com as condições do ambiente. A
500 m em Goiás e no Distrito Federal e acima de 600 m no redução mais acentuada na produtividade da cultura ocorre
Mato Grosso e Bahia. Recomenda-se a semeadura a partir de quando a competição acontece nos estádios iniciais de
10 de abril a 31 de maio. Para o cultivo de trigo irrigado em desenvolvimento da cultura. Além da redução na produtivida-
áreas de várzeas, deve-se obedecer às condições de época e de, as plantas daninhas podem ter outros efeitos negativos
altitudes acima descritas, além da seleção de várzeas com sobre a cultura, uma vez que os grãos contaminados com
boa drenagem, mediante a aplicação de boro junto à aduba- plantas daninhas e/ou suas sementes sofrem depreciação.
ção de base, por ocasião da semeadura, e exclusão das Além disso, as plantas daninhas podem dificultar a colheita
várzeas com solos orgânicos ou turfosos. podendo, também, elevar o conteúdo de umidade dos grãos,
A cultura do trigo irrigado no sistema plantio direto 3
do ar por simbiose, reduzindo, assim, a quantidade de adubo revolver o solo, expondo-o ao ar, ao sol e à ação das
nitrogenado a ser aplicada. máquinas, além de incorporar restos de culturas, fertilizantes
ou corretivos, e enterrar a cobertura vegetal como forma de
eliminar plantas daninhas. Para preparo de solos, no cerrado,
Calagem e Adubação
são utilizados arados de discos e aivecas, grades aradoras e o
Amostragem de solo SPD. Em geral, no sistema convencional recomenda-se a
combinação dos sistema de preparo do solo usando arados e
A análise do solo constitui-se numa técnica essencial para
grades visando a diminuição dos aspectos negativos de cada
calcular a necessidade de calcário e de fertilizante, mas ela é
um desses implementos. O SPD é um sistema de semeadura
válida somente se a amostra analisada representar, adequada-
mente, a área em que se pretende aplicar calcário ou fertilizan- no qual a semente e o adubo são colocados diretamente no
te. A capacidade de uma amostra composta representar a solo não revolvido, usando-se máquinas específicas para
média de certa gleba depende da variabilidade do teor dos essa finalidade. No SPD, a reaplicação do calcário deve ser
elementos químicos a considerar e do número de feita a lanço, na superfície do solo, sem incorporação e, no
subamostras coletadas nesta gleba. Se cada subamostra convencional, aplicar metade da dose recomendada antes da
contribuir com volume igual para a amostra composta, então, primeira aração e metade após a aração, antes da gradagem
o resultado analítico representará a fertilidade média dos niveladora. Os solos dos cerrados apresentam elevada acidez
pontos amostrados na área. Quanto maior a área da qual se subsuperficial, uma vez que, em nível de lavoura, a incorpo-
pretende obter uma amostra composta, maior deverá ser o ração profunda de calcário nem sempre é possível. Assim,
número de subamostras. camadas de solo abaixo de 35 a 40 cm podem continuar
com excesso de alumínio tóxico, mesmo quando se tenha
efetuado calagem considerada adequada. Esse problema,
Calagem
aliado à baixa capacidade de retenção de água desses solos,
O cálculo da quantidade de calcário a ser aplicada varia em pode causar decréscimo na produtividade da cultura. Com o
função do pH do solo e de outros fatores, como, por uso de gesso, é possível diminuir a saturação de alumínio
exemplo, do teor de argila. Assim, em solos com teor de nessas camadas mais profundas, uma vez que o sulfato
argila acima de 20%, o cálculo é baseado nos teores de existente no gesso pode arrastar o cálcio para camadas
alumínio (Al), de cálcio (Ca) e de magnésio (Mg) trocáveis. abaixo de 40 cm. Além disso, todo esse processo pode ser
Os solos arenosos têm uso agrícola limitado, por apresenta- realizado em período de tempo de um a dois anos. Deve-se
rem baixa capacidade de troca de cátions, baixa capacidade ressaltar que o gesso não é corretivo de acidez do solo, mas
de retenção de água e maior suscetibilidade à erosão. Mas, pode ser utilizado como fonte dos nutrientes enxofre e cálcio
independente do “tipo” de solo e em função do método de e para minimizar problemas adversos de acidez subsuperfície.
correção, é possível que, a partir do quarto ano de cultivo,
seja necessária nova aplicação de calcário. Isso poderá ser
Adubação
comprovado por meio da análise do solo. Outro método de
recomendar calcário, que vem sendo utilizado na região do Para obtenção de elevada produtividade com a cultura de trigo
cerrado, baseia-se na saturação por bases do solo. na região dos cerrados, é imprescindível a adoção de uma
adubação equilibrada. Como os solos desta região são pobres
Em sistemas irrigados, considerando a intensidade de em fósforo e em potássio, torna-se necessária a aplicação de
cultivos, pode-se aplicar calcário para saturação por bases de elevada quantidade desses nutrientes. O programa de melhora-
60%. É necessário ter umidade suficiente no solo, no mento de trigo para o desenvolvimento de cultivares indicadas
momento da aplicação do calcário, para se ter os efeitos para esse sistema de cultivo tem como principal objetivo a
desejáveis do corretivo. Na região dos cerrados, entretanto, indicação de cultivares de alto potencial produtivo, bem como
existe uma estação seca que se prolonga de maio a setembro, alta performance na qualidade industrial. Para que o potencial
quando o solo, de modo geral, contém pouca umidade. produtivo dessas cultivares possa se expressar nesse ambien-
Assim, as épocas mais adequadas para a calagem seriam no te, o manejo correto dos fatores produtivos deve ser uma
final ou no início da estação chuvosa. O calcário apresenta premissa básica em qualquer empreendimento agrícola. A
efeito residual que persiste por vários anos. Assim, após a utilização de fertilizantes é de importância crucial nos sistemas
primeira calagem, sugere-se nova análise de solo depois de de produção de trigo irrigado, uma vez que o potencial
três anos de cultivo. Nos sistemas de cultivo irrigado e SPD, produtivo é alto, levando a uma remoção intensiva desses
aplicar o corretivo quando a saturação por bases for menor nutrientes. Uma produtividade de 7.000 kg/ha de trigo com
que 40%, elevando-a para 60% no sistema irrigado. Na índice de colheita de 40% remove aproximadamente 207 kg/
expansão da agricultura nos cerrados, houve a adoção de ha de nitrogênio. Além disso, em função da disponibilidade de
sistemas de mecanização utilizados em outras regiões do país irrigação, usualmente mais de uma cultura é cultivada a cada
no preparo de solo. Entende-se por preparo de solo o ano, intensificando a retirada de nutrientes, sendo necessária a
conjunto de operações realizadas antes da semeadura para reposição dos mesmos para manter ou aumentar a produtivida-
A cultura do trigo irrigado no sistema plantio direto 5
de do sistema. Adicionalmente, os custos de produção nesse A adubação fosfatada de manutenção, feita por ocasião da
sistema são elevados e a eficiência do sistema depende da semeadura, depende dos resultados da análise de solo em
maximização dos tetos de produtividade para compensar o função da disponibilidade desse nutriente no solo de acordo
investimento em irrigação e energia. O monitoramento da com o teor de argila do solo. Para uma disponibilidade baixa
irrigação deve ser planejado e executado de acordo com a muito baixa, recomenda-se a aplicação de 100 kg/ha de
critérios técnicos de forma a minimizar os impactos ambientais P2O5 e de 80 e 60 kg/ha, respectivamente, para classes de
negativos dessa tecnologia. Portanto, a fertilização da cultura solo com disponibilidade média e alta.
do trigo irrigado no cerrado difere substancialmente da cultura
do trigo de sequeiro. Nesta última, predomina um sistema de Adubação potássica
baixa tecnologia, com aproveitamento da adubação residual da Para adubação potássica, sugerem-se, a exemplo do fósforo,
soja e utilização de cultivares melhoradas para tolerância a duas alternativas:
estresses ambientais bióticos e abióticos, atingindo tetos de
produtividade que raramente superam 2.000 kg/ha. a) Corretiva total, em aplicação a lanço;
utilizada somente em lavouras tecnicamente planejadas e que As principais doenças que ocorrem no trigo irrigado no
apresentem potencial elevado de rendimento. cerrado são:
Tratamento de sementes
Brusone do trigo
Na maioria das vezes, mesmo sem apresentar sintomas
Embora a brusone do trigo, causada pelo fungo P. grisea,
externos, as sementes podem estar infectadas por organis-
seja um problema maior para o trigo de safrinha, a sua
mos, agentes causais de doenças. Para evitar que fungos
incidência na cultura irrigada tem sido observada em alguns
patogênicos, como B. sorokiniana, D. tritici-repentis e
Pyricularia grisea sejam reintroduzidos na lavoura, as anos. São escassas as informações da pesquisa em relação
sementes devem ser tratadas com fungicidas. à epidemiologia e, conseqüentemente, ao controle da
brusone. Sabe-se, entretanto, que a ocorrência da doença é
muito dependente das condições climáticas, principalmente
Controle das doenças de órgãos aéreos de altas temperaturas durante a fase de espigamento,
Devido às condições climáticas adversas (alta umidade e período em que os prejuízos causados pela brusone são
temperatura), aliadas à suscetibilidade das cultivares, a maiores. Portanto, se há previsão de condições favoráveis
cultura de trigo pode ter seu rendimento reduzido pelo ataque ao desenvolvimento da brusone nesta fase, torna-se viável
de fungos causadores de doenças. Em razão disso, o economicamente o seu controle preventivo, por meio de
controle das doenças, pela aplicação de fungicidas nos uma aplicação efetuada no início do espigamento,
órgãos aéreos, pode ser um fator de estabilização de rendi- complementada por mais uma, 10 a 12 dias após, se as
mento, em níveis econômicos. condições favoráveis à doença persistirem.
As principais doenças-alvo do controle químico são: O fungo pode ser transmitido pelas sementes, pode sobrevi-
mancha marrom (B. sorokiniana) e a mancha bronzeada (D. ver nos restos culturais e, também, tem várias gramíneas
tritici-repentis). como hospedeiros. A ocorrência de Magnaporthe grisea foi
relatada em mais de 50 gramíneas, incluindo outros cereais
A aplicação de fungicidas é uma prática que exige a como arroz, cevada, aveia, milho e milheto. No Brasil, o
planificação da lavoura por parte da assistência técnica e/ou fungo ocorre em gramíneas comumente encontradas nas
do agricultor. A adoção desta prática, bem como dos lavouras de trigo como Brachiaria plantaginea, Cenchrus
produtos a serem utilizados, deve ser decidida anteriormente echinatus, Digitaria sanguinalis, Echinocloa crusgalli,
ao surgimento da doença e associada a outras técnicas que Eleusine indica, Pennisetum setosum, Hyparrhenia rufa,
assegurem potencial elevado de rendimento da lavoura. A Rhynchelytrum roseum. Estudos realizados no Japão
escolha da cultivar, a prática de rotação de culturas e o demonstram que nenhum isolado de gramíneas infecta
tratamento de sementes poderão ser fundamentais para o arroz, enquanto um grande número de isolados das diversas
sucesso do tratamento com fungicidas. Na escolha do
espécies de gramíneas são patógenos potenciais para a
produto ou da mistura dos fungicidas indicados, é importan-
cultura do trigo. A esporulação abundante de M. grisea em
te considerar fatores como o modo de ação, eficiência,
trigo está condicionada a condições ambientais com
persistência, aspectos toxicológicos e econômicos.
umidade relativa igual ou superior a 95% e temperatura em
A cultura do trigo irrigado no sistema plantio direto 7
torno de 280C. Prevalecendo estas condições favoráveis por Entre os inseticidas sugeridos para o controle de pulgões,
um período de 48 horas e existindo fonte de inóculo e deve-se dar preferência aos que tenham menor toxicidade
hospedeiro abundante presume-se que poderá ocorrer o aos inimigos naturais e aos mamíferos. O uso generaliza-
desenvolvimento intenso da brusone. do de produtos seletivos permitirá o aumento das
populações de inimigos naturais e o incremento do
Como medidas gerais de controle indica-se o uso de controle biológico.
variedades resistentes e de sementes livres do fungo, bem
como controle eficaz de plantas invasoras hospedeiras Após o estádio de grão em massa, não é necessário o
naturais do patógeno. Um planejamento estratégico visando controle de pulgões. A determinação da população média de
o manejo correto da brusone deve levar em consideração pulgões deve ser efetuada semanalmente, por meio da
todas as práticas de produção em cada um dos sistemas amostragem de plantas em vários pontos representativos da
ecológicos e não somente o controle da doença. lavoura.
O sucesso de um programa de tratamento fitossanitário O efeito dos inseticidas para o controle de Pseudaletia spp.
depende, fundamentalmente, da utilização de produtos de dá-se mais pela ação de ingestão dos produtos do que pela
eficiência comprovada, de uma tecnologia adequada para ação de contato. Recomenda-se, portanto, o início do
sua aplicação com segurança e da dose correta no momento controle nos focos de infestação quando ainda existirem
adequado. Tratando-se de cultura que ocupa extensas áreas folhas verdes nas plantas de trigo.
de plantio, os tratamentos fitossanitários são, normalmente,
realizados com equipamentos tratorizados ou com aerona- Em relação à lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus),
ves agrícolas. tem-se observado que a mesma ocorre em populações
mais elevadas em anos de seca prolongada. Trabalhos
Controle de Pragas realizados demonstram que a cultura do trigo no SPD
apresenta menor incidência da lagarta-elasmo, quando
Pragas de campo comparada com o plantio convencional.
Controle de pulgões
Diversas espécies de pulgões podem ocorrer associadas à
Pragas de grãos armazenados
cultura de trigo no Brasil. As mais comuns são Schizaphis
graminum (pulgão-verde-dos-cereais) que ataca principal- Recomenda-se o uso do manejo integrado de pragas no
mente folhas e no início do ciclo da cultura; armazenamento, que compreende várias etapas, como as
Metopolophium dirhodum (pulgão-da-folha); Sitobion medidas preventivas:
avenae (pulgão-da-espiga) que ataca folhas e, principal-
mente, espigas; Rhopalosiphum padi (pulgão-do-colmo) e a) Armazenamento de trigo com teor de umidade máximo
Rhopalosiphum rufiabdominale (pulgão-da-raiz). de 13%;
b) higienização e limpeza de silos, depósitos e equipamentos;
Os pulgões podem provocar perdas no rendimento de grãos c) eliminação de focos de infestação mediante a retirada e
pela redução da massa de mil grãos, da massa do hectolitro a queima de resíduos do armazenamento anterior;
e do número de grãos por espiga, bem como no poder d) pulverização das instalações que receberão os grãos;
germinativo das sementes. Além desses danos, os pulgões e) atenção para evitar a mistura de lotes de grãos não
podem ser vetores de virose (Vírus do Nanismo Amarelo da infestados com outros já infestados, dentro do silo ou
Cevada) e a espécie Schizaphis graminum possui saliva armazém.
tóxica às plantas, que pode causar amarelecimento e Além dessas medidas preventivas, recomenda-se as medidas
necrose de tecidos e até morte de plântulas. curativas, como fazer o expurgo dos grãos, caso apresentem
8 A cultura do trigo irrigado no sistema plantio direto
infestação, usando o produto fosfina. Esse processo deve ser correlacionada com o armazenamento de água no solo. Desta
feito em armazéns, em silos de concreto, em câmaras de maneira, aqueles sistemas de preparo que provocam maior
expurgo, em porões de navios ou em vagões, sempre com revolvimento do solo e, portanto, aumentam o seu volume,
vedação total, observando-se o período de exposição necessá- armazenam menos água na camada revolvida em comparação
rio para controle de pragas e a dose indicada do produto. à outra camada idêntica sem revolvimento. Aliado ao aspecto
armazenamento, fatores como temperatura e cobertura
Os grãos podem ser tratados preventivamente da maneira a superficial têm garantido ao perfil do solo com menor
seguir: Após limpos e secos, os grãos que ficarem armaze- revolvimento, em muitas situações, maiores conteúdos de
nados por períodos longos, podem ser tratados com água para as plantas.
inseticidas protetores, de origem química ou natural, para
garantir a eliminação de qualquer praga que venha a infestar Pode-se deduzir, portanto, que o manejo da irrigação deve
o produto armazenado. ser diferenciado no SPD em relação ao sistema de preparo
convencional do solo, principalmente em relação à lâmina
Uma vez armazenado, o trigo deve ser monitorado durante total de água e ao intervalo entre irrigações.
todo o período em que permanecer estocado. O acompanha-
mento de pragas que ocorrem na massa de grãos armazenados Retenção da Água do Solo
é de fundamental importância, pois permite detectar o início da
A forma da curva característica de retenção da água do solo é
infestação que poderá alterar a qualidade final do grão. Esse
afetada pelo manejo a que é submetido o solo. O preparo de
monitoramento tem por base um sistema eficiente de
solo, em geral, modifica sua estrutura, alterando o conteúdo
amostragem de pragas, independentemente do método
de água, pela mudança no volume, dimensão e forma do
empregado, e a medição das variáveis, temperatura e umidade
sistema poroso.
do grão, que influem na conservação do trigo armazenado.
Com o passar dos anos, entretanto, a densidade do solo temeroso que a cultura sofra déficit hídrico que possa
sob SPD pode vir a diminuir, devido, em parte, ao aumen- comprometer a produção. Por outro lado, o objetivo de
to do conteúdo de matéria orgânica na camada superficial, racionalizar a irrigação não é economizar água, aplicando
que favorece a melhoria da estrutura do solo, e pode quantidade menor que a necessidade da cultura.
modificar a capacidade de retenção da água.
Manejo Da Irrigação
Pode ser utilizado um dos três métodos apresentados a seguir
para o manejo da irrigação do trigo. Eles combinam o uso de
tensiômetro com curva de retenção da água do solo ou tanque
USWB Classe A, ou o tanque com curva de retenção da água
do solo. Comparando os três métodos nas condições de
Senador Canedo, GO, observou-se que não diferiram significa-
tivamente quanto à eficiência do uso da água.
a. Tensiômetro com vacuômetro da base. Nesta localização, cada bateria representa, aproxi-
madamente, 33,3% da área irrigada pelo pivô central.
Ts = 0,01 (L – 0,098h)............................................. (3)
Deve-se ter cuidado e uma certa flexibilidade, permitindo-
onde: L = leitura do vacuômetro em centibar; h = altura se pequenos deslocamentos, para que estes pontos sejam
da coluna de água dentro do tubo, em cm. representativos da precipitação média e não pontos de
precipitação máxima ou mínima.
b. Tensiômetro com manômetro de mercúrio
Para isto é importante que seja calculada a precipitação
média e plotados gráficos da precipitação coletada em
Ts=(12,6h-h1-h2)/1020..............................................(4)
milímetros em relação à distância ao centro do pivô (Figura
7). Neste exemplo, verifica-se que é necessário deslocar as
onde: h = altura da coluna de mercúrio, em cm; h 1 =
baterias de tensiômetros para que elas sejam instaladas em
altura do nível de mercúrio no recipiente em relação ao
pontos em que a precipitação esteja próxima da média.
solo, em cm; h 2 = profundidade de instalação do
tensiômetro, em cm.
Uma vez fixado o espaçamento entre os coletores, o termo Alguns estudiosos têm considerado na determinação do CUD
2πe2 é constante; portanto, na ponderação, considera-se (i – para pivô central 25% dos coletores com menor precipitação.
0,5). Isto não permite a interpretação anterior pois pode não haver
_ correspondência com 25% da área total.
A precipitação média ponderada (X), em milímetros, é igual a:
_ Em culturas de alto rendimento econômico, como o trigo,
X =Σni=1(i– 0,5) Xi / Σni=1 (i – 0,5)................................ (6) com sistema radicular raso, o CUC deve estar acima de 88%
onde: X i = precipitação observada no coletor de ordem i. ou o CUD acima de 80%.
A lâmina bruta de irrigação (LB), em mm, é dada pela LL = (0,377 – 0,30) x 300 = 21 mm
divisão da lâmina líquida pela eficiência de aplicação de
água (Ea). No caso de pivô central, a Ea pode ser considera- Considerando a eficiência de aplicação de água igual a 0,83,
da igual ao CUD. Assim: pela equação 10 a lâmina bruta de irrigação será igual a:
Verificando a tabela de lâmina de água de irrigação, fornecida Logo, toda vez que a média dos tensiômetros instalados a 15
pelo fabricante do pivô, aplicada conforme a velocidade de cm de profundidade atingir 40 kPa, deverá ser regulado o
deslocamento do pivô, estimada pela regulagem do percentímetro do pivô central para uma velocidade de desloca-
percentímetro, o irrigante seleciona a regulagem que fornece a mento que permita o fornecimento da lâmina de 25,3 mm.
lâmina bruta calculada.
Exemplos de Cálculo
Tanque USWB Classe A e curva de reten-
Tensiômetro e curva de retenção da água ção da água do solo
do solo Utilizando-se este método, a lâmina líquida de irrigação é igual
Considerando a curva de retenção apresentada na Figura 8 a 21,0 mm, calculada pela equação 9. A irrigação será
como representativa de um perfil de 0-30 cm de profundida- realizada quando a evapotranspiração máxima acumulada,
de de um solo sob SPD, observa-se que a quantidade de calculada pelas equações 1 e 2, atingir valores em torno de 21
água na capacidade de campo, correspondente à tensão de mm. Pela Tabela 3 observa-se que isto ocorreu seis dias após
10 kPa, é igual a 0, 377 cm3 cm-3 e a quantidade de água a irrigação anterior, quando se utilizou valores de Kc do trigo
correspondente à tensão recomendada para irrigar o trigo, para solo coberto 100% de sua superfície. Quando se usa o
considerada aqui 40 kPa, é igual a 0,30 cm3 cm-3. Assim, Kc referente ao solo sem cobertura a irrigação ocorre cinco dias
para irrigar o perfil de solo de 30 cm será necessário, pela após a anterior, mostrando o efeito da cobertura prevenindo a
equação 9, aplicar uma lâmina líquida de irrigação igual a: evaporação da água da superfície do solo.
AZEVEDO, J. A. de; SILVA, E. M. da; RESENDE, M.; GUERRA, A. INDICADORES DA AGROPECUÁRIA. Brasília, DF: CONAB, v.
F. Aspectos sobre o manejo da irrigação por aspersão para o 15, n. 8, p. 1-64, ago. 2006.
Cerrado. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1983. 52 p.
(EMBRAPA-CPAC. Circular Técnica, 16). JOBIN, R. W. Dams and disease: ecological design and health
impacts of large dams, canals, and irrigation systems. London:
BACALTCHUK, B. Estratégias para a recuperação da triticultura E. & F. N. Spon, 1999. 544 p.
nacional. In: REUNIÃO DA COMISSÃO CENTRO BRASILEIRA DE
PESQUISA DE TRIGO, 11., 2002, Rio Verde. Atas e resumos KELLER, J. Sprinkler irrigation. In: SOIL CONSERVATION
expandidos. Rio Verde: FESURV, 2002. p. 12-16. SOCIETY. National engineering handbook. 2. ed. Washington,
(RVdocumentos, 4). 1979. cap. 11.
BERNARDO, S. Manual de irrigação. 5. ed. Viçosa, MG: Universi- LAL, R. No-tillage effects on soil properties and maize (Zea
dade Federal de Viçosa, 1989. 596 p. mays L.) production in Western Nigeria. Plant and Soil,
Amsterdam, v. 40, n. 2, p. 321-331, 1974.
BRIDI, S. Análise de uniformidade de distribuição de água em
sistema de irrigação por pivô central. 1984. 87 p. Dissertação LORINI, I. Conservação de grãos armazenados. In: CUNHA, G.
(Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. R.; BACALTCHUK, B. (Org.). Tecnologia para produzir trigo no
Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Assembléia Legislativa; Passo
CÁNOVAS, A. D.; TRINDADE, M. G. Densidade de trigo: uma Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 404 p. (Série Culturas, 2).
questão de economia. Santo Antônio de Goiás: EMBRAPA-CNPAF,
2003. 4 p. (EMBRAPA-CNPAF. Comunicado Técnico, 54). MAROUELLI, W. A.; SILVA, W. L. de C. e; SILVA, H. R. da.
Manejo da irrigação em hortaliças. 5. ed. Brasília, DF:
CASTRO, O. M.; VIEIRA, S. R.; MARIA, I. C. Sistemas de preparo EMBRAPA-CNPH: EMBRAPA–SPI, 1996. 72 p.
do solo e disponibilidade de água. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO
DE ÁGUA NA AGRICULTURA, 1987, Campinas. Anais... MATSON, P. A.; PARTON, W. J.; POWER, A. G.; SWIFT, M. J.
Campinas: Fundação Cargill, 1987. p. 27-51. Agricultural intensification and ecosystem properties. Science,
Washington, v. 277, n. 5325, p. 504-509, July 1997.
CHIEPPE JUNIOR, J. B. Métodos de controle de irrigação na
cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) sob três tensões de água MEDA, A. R.; CASSIOLATO, M. E.; PAVAN, M. A.;
do solo. 1998. 112 p. Tese (Doutorado em Irrigação e Drenagem) MIYAZAWA, M. Alleviating soil acidity through plant organic
– Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu. compounds. Brazilian Archives of Biology and Technology,
Curitiba, v. 44, n. 2, p. 185-189, 2001.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DE SOLOS DE GOIÁS. Recomenda-
ções de corretivos e fertilizantes para Goiás: 5a aproximação. MERRIAN, J. L.; KELLER, J. Farm irrigation system evaluation:
Goiânia: UFG: EMGOPA, 1988. 101 p. (Informativo Técnico, 1). a guide for management. Logan: Utah State University, 1979.
271 p.
CORRÊA, J. C. Efeito de métodos de cultivo em algumas proprie-
dades físicas de um Latossolo Amarelo muito argiloso do Estado do MERRIAN, J. L.; KELLER, J.; ALFARO, J. Irrigation system
Amazonas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 20, n. evaluation and improvement. Logan: Utah State University,
11, p. 1317-1322, nov. 1985. 1973. 164 p.
DERPSCH, R.; ROTH, C. H.; SIDIRAS, N.; KOPKE, U.; KRAUSE, MOREIRA, J. A. A. Estudo da tensão da água do solo para as
R.; BLANKEN, J. Controle da erosão no Paraná, Brasil: sistemas de culturas do feijão, milho e trigo, cultivados em plantio direto,
cobertura do solo, plantio direto e preparo conservacionista do solo. visando a irrigação por aspersão. Santo Antônio de Goiás:
Eschborn: GTZ, 1991. 272 p. Embrapa Arroz e Feijão, 1999. 6 p. (Embrapa. Programa
Recursos Naturais. Subprojeto 01094337-18). Relatório de
DOORENBOS, J.; KASSAM, A. H. Efectos del agua sobre el Andamento.
rendimiento de los cultivos. Roma: FAO, 1979. 212 p. (Estudio
FAO. Riego y Drenaje, 33). MOREIRA, J. A. A.; SANTOS, A. B. dos; DINIZ, A. J. Relação
massa/volume e retenção de água de um Latossolo Vermelho-
FARIAS, G. S.; CASSOL, E. A.; MIELNICZUK, J. Efeito de Amarelo de Jussara, GO. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
sistemas de cultivo sobre a porosidade e retenção de água em um CIÊNCIA DO SOLO, 25, 1995, Viçosa, MG. Resumos... Viçosa,
solo Laterítico Bruno-Avermelhado distrófico (Paleudult). Pesquisa MG: SBCS, 1995. v. 3, p. 1746-1748.
Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 20, n. 12, p. 1389-1393,
dez. 1985. MOREIRA, M. A.; ANGULO FILHO, R.; RUDORFF, B. F. T.
Eficiência do uso da radiação e índice de colheita em trigo
FERNANDES, B.; GALLOWAY, H. M.; BRONSON, R. D.; submetido a estresse hídrico em diferentes estádios de desenvol-
MANNERING, J. V. Efeito de três sistemas de preparo do solo na vimento. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 56, n. 3, p. 597-
densidade aparente, na porosidade total e na distribuição dos poros, 603, jul./set. 1999.
em dois solos (Typic Argiaquoll e Typic Hapludalf). Revista
Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 7, n. 3, p. 329-333, PICININI, E. C.; FERNANDES, J. M. C. Controle das doenças de
set./dez. 1983. trigo. In: CUNHA, G. R.; BACALTCHUK, B. (Org.). Tecnologia
para produzir trigo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Assem-
GUERRA, A. F. Manejo da irrigação do trigo para obtenção de bléia Legislativa; Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 404 p.
máxima produtividade na região dos Cerrados. Pesquisa (Série Culturas, 2).
Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 30, n. 4, p. 515-521, abr.
1995. PRADO, R. de M.; NATALE, W. Uso de grade aradora
superpesada, pesada e arado de discos na incorporação de
HEERMANN, D. F.; HEIN, P. R. Performance characteristics of calcário em profundidade e na produção de milho. Engenharia
self-propelled center-pivot sprinkler irrigation system. Transactions Agricola, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 167-176, jan./abr.
of the ASAE, St. Joseph, v. 11, n. 1, p. 11-15, Jan./Feb. 1968. 2004.
16 A cultura do trigo irrigado no sistema plantio direto
REEVES, D. W. Soil management under no-tillage: soil physical SIDIRAS, N.; VIEIRA, S. R.; ROTH, C. H. Determinação de
aspects. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO SISTEMA PLANTIO algumas características físicas de um Latossolo Roxo distrófico sob
DIRETO, 1., 1995, Passo Fundo. Resumos... Passo Fundo: plantio direto e preparo convencional. Revista Brasileira de Ciência
EMBRAPA-CNPT, 1995. p. 127-130. do Solo, Campinas, v. 8, n. 3, p. 265-268, set./dez. 1984.
REUNIÃO DA COMISSÃO CENTRO BRASILEIRA DE PESQUISA DE SILVA, E. M. da; PINTO, A. C. de Q.; AZEVEDO, J. A. de.
TRIGO, 13., 2004, Goiânia. Informações técnicas para a cultura Manejo de irrigação e fertirrigação na cultura da mangueira.
de trigo na região do Brasil Central: safras 2005 e 2006. Santo Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1976. 77 p. (EMBRAPA-CPAC.
Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão; Planaltina, DF: Embrapa Documentos, 61).
Cerrados; Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2005. 82 p. (Embrapa
Arroz e Feijão. Documentos, 173). SILVEIRA, P. M. da; STONE, L. F. Manejo da irrigação do feijoeiro:
uso do tensiômetro e avaliação do desempenho do pivô central.
REYNOLDS, M. P.; TRETHOWAN, R.; CROSSA, J.; VARGAS, M.; Brasília, DF: EMBRAPA-SPI, 1994. 46 p. (EMBRAPA-CNPAF.
SAYRE, K. D. Physiological factors associated with genotype by Circular Técnica, 27).
environment interaction in wheat. Field Crops Research,
Amsterdam, v. 75, n. 2/3, p. 139-160, May 2002. SILVEIRA, P. M. da; SILVA, O. F. da; STONE, L. F.; SILVA, J. G.
da. Efeitos do preparo do solo e de rotações de culturas sobre o
ROMAN, E. S.; RODRIQUES, O. Manejo de plantas daninhas em rendimento e economicidade do feijoeiro irrigado. Pesquisa
trigo. In: CUNHA, G. R.; BACALTCHUK, B. (Org.). Tecnologia Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 36, n. 2, p. 257-263, fev.
para produzir trigo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Assembléia 2001.
Legislativa; Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 404 p. (Série
Culturas, 2). STONE, L. F.; MOREIRA, J. A. A. Efeitos de sistemas de preparo
do solo no uso da água e na produtividade do feijoeiro. Pesquisa
ROTH, C.; VIEIRA, M. J. Infiltração de água no solo. Plantio Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 35, n. 4, p. 835-841, abr.
Direto, Ponta Grossa, v. 1, n. 3, p. 4, 1983. 2000.
SALTON, J. C.; MIELNICZUK, J. Relações entre sistemas de STONE, L. F.; MOREIRA, J. A. A. A irrigação no plantio direto.
preparo, temperatura e umidade de um Podzólico Vermelho-Escuro Direto no Cerrado, Brasília, DF, v. 3, n. 8, p. 5-6, 1998.
de Eldorado do Sul (RS). Revista Brasileira de Ciência do Solo,
Campinas, v. 19, n. 2, p. 313-319, maio/ago. 1995. STONE, L. F.; SILVEIRA, P. M. da. Efeitos do sistema de preparo
na compactação do solo, disponibilidade hídrica e comportamento
SANTOS, H. P. dos. Interação entre sistemas de rotação de do feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 34,
culturas, sistemas de manejo de solo e severidade doenças em n. 1, p. 83-91, jan. 1999.
trigo. In: CUNHA, G. R.; BACALTCHUK, B. (Org.). Tecnologia
para produzir trigo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Assembléia URCHEI, M. A. Efeitos do plantio direto e do preparo convencional
Legislativa; Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2000. 404 p. (Série sobre alguns atributos físicos de um Latossolo Vermelho-Escuro
Culturas, 2). argiloso e no crescimento e produtividade do feijoeiro (Phaseolus
vulgaris L.) sob irrigação. 1996. 131 f. Tese (Doutorado em
SANTOS, R. L. L.; CORRÊA, J. B. D.; ANDRADE, M. J. B.; Irrigação e Drenagem) - Universidade Estadual Paulista, Botucatu.
MORAIS, A. R. Comportamento de cultivares de feijoeiro-comum
em sistema convencional e plantio direto com diferentes palhadas. VIEIRA, M. J. O preparo do solo e o comportamento da planta.
Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 28, n. 5, p. 978-989, set./ Plantio Direto, Ponta Grossa, v. 1, n. 5, p. 4-5, 1984.
out. 2004.
VIEIRA, M. J. Propriedades físicas do solo. In: IAPAR. Plantio direto
SAYRE, K. D. Management of irrigated wheat. In: CURTIS, B. C.; no Estado do Paraná. Londrina, 1981. p. 19-32. (IAPAR. Circular,
RAJARAM, S.; GÓMEZ MACPHERSON, H. (Ed.). Bread wheat: 23).
improvement and production. Rome: FAO, 2002. p. 395-406.
VIEIRA, M. J.; MUZILLI, O. Características físicas de um Latossolo
SIDIRAS, N.; DERPSCH, R.; MONDARDO, A. Influência de Vermelho-Escuro sob diferentes sistemas de manejo. Pesquisa
diferentes sistemas de preparo do solo na variação da umidade e Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 19, n. 7, p. 873-882, jul.
rendimento da soja, em Latossolo Roxo distrófico (Oxisol). Revista 1984.
Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 7, n. 1, p. 103-106,
jan./abr. 1983. WIETHÖLTER, S. Calagem no Brasil. Passo Fundo: Embrapa Trigo,
2000. 104 p. (Embrapa Trigo. Documentos, 22).
Circular Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Comitê de Presidente: Carlos Agustín Rava
Técnica, 78 Embrapa Arroz e Feijão publicações Secretário-Executivo: Luiz Roberto R. da Silva
Rodovia GO 462 Km 12 Zona Rural Alberto Baêta dos Santos
Caixa Postal 179 Cléber Morais Guimarães
75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO Pedro Luiz Oliveira Almeida Machado
Fone: (62) 3533 2123 Pedro Marques da Silveira
Fax: (62) 3533 2100
E-mail: [email protected] Expediente Supervisor editorial: Marina A. Souza de Oliveira
Revisão de texto: Vera Maira T. Silva
1a edição Normalização bibliográfica: Ana Lúcia D. de Faria
1a impressão (2006): 1.000 exemplares Editoração eletrônica: Fabiano Severino
CGPE: 6123