Tradição e Futuro Na Amazônia

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TRADIÇÃO E FUTURO NA AMAZÔNIA

Apresentação
O Projeto Tradição e Futuro na Amazônia (TFA), iniciativa patrocinada pelo Programa
Petrobras Socioambiental, visa a fortalecer a manutenção da cobertura vegetal e a
conservação da biodiversidade por meio da proteção e da gestão territorial e
ambiental de cinco Terras Indígenas (TI) do povo Mêbẽngôkre-Kayapó: Baú,
Capoto/Jarina, Kayapó, Las Casas e Mẽnkragnoti, entre as divisas do norte do estado
do Mato Grosso e sul do estado do Pará.

As áreas de atuação do projeto constituem grandes remanescentes florestais, com


importante papel para o estoque de carbono e para evitar ações promotoras das
mudanças do clima.

Para alcançar este propósito, o projeto se propõe a atuar em três eixos temáticos:
estratégico, que visa à manutenção da floresta em pé e à valorização dos
conhecimentos tradicionais; tático, com a implementação de ferramentas de gestão
territorial e ambiental; e operacional, com o apoio ao monitoramento do estoque de
carbono e o fortalecimento de sistemas produtivos sustentáveis nas áreas de atuação
do projeto.

Programa Petrobras Socioambiental


O Programa Petrobras Socioambiental foi criado em 2013 para estruturar os
investimentos socioambientais da Petrobras, fortalecendo os planos e estratégias de
responsabilidade social e ambiental a fim de apoiar iniciativas de sustentabilidade no
Brasil.

O Programa reúne projetos nos quais a Petrobras investe de forma voluntária e


representa um dos seus compromissos de sustentabilidade. O Programa inclui ações
de conservação de ambientes e espécies, manutenção e recuperação de biomas,
fixação de carbono e emissões evitadas, gestão de recursos hídricos, proteção e defesa
dos direitos da criança e do adolescente, educação para o trabalho, educação
ambiental, esporte educacional, entre outras.

O projeto Tradição e Futuro da Amazônia faz parte do grupo de projetos que atuam
na linha de Florestas. As iniciativas desse grupo contemplam ações voltadas para a
conservação e recuperação de florestas e áreas naturais, proteção da biodiversidade
com foco em remoção e manutenção dos estoques de carbono e adaptação à
mudança climática, gerando benefícios ambientais e sociais, além de estimular a
educação ambiental.

Parceiros
O Projeto Tradição e Futuro na Amazônia é executado pelo Fundo Brasileiro para a
Biodiversidade (FUNBIO) em parceria com três organizações indígenas do Povo Mêbẽngôkre-
Kayapó: a Associação Floresta Protegida, o Instituto Kabu e o Instituto Raoni, atuantes nas
interlocuções locais com os indígenas, e com a Conservação Internacional Brasil, parceira
estratégica do projeto.

Associação Floresta Protegida

A Associação Floresta Protegida (AFP) é uma organização indígena do Povo Mêbẽngôkre-


Kayapó que representa aproximadamente 3 mil indígenas de 31 aldeia situadas nas Terras
Indígenas Kayapó, Mẽnkragnoti e Las Casas, no sul do estado do Pará.

A AFP foi criada em 1998 e atua em quatro linhas de ação através da execução de seus projetos
estratégicos: cultura e conhecimento, atividades produtivas e geração de renda,
monitoramento ambiental e territorial e fortalecimento institucional e político.

Neste projeto, a AFP é responsável pela execução das atividades realizadas dentro da área das
Terras Indígenas Las Casas, Kayapó e norte da TI Mẽnkragnoti.

Instituto Kabu

O Instituto Kabu foi criado em 2008, por uma iniciativa de três aldeias pioneiras das Terras
Indígenas Baú e Mẽnkragnoti - Baú, Pykany e Kubenkokre – com o objetivo de atuar na
implementação do componente indígena do Plano Básico Ambiental da BR-163.

Ao longo dos anos, o Instituto Kabu trabalhou em diversas frentes para defender os direitos
do povo Kayapó-Mẽnkragnotire, bem como a integridade da floresta e na criação de soluções
sustentáveis e novas fontes de renda para garantir a melhoria das condições de vida e
manutenção e valorização da cultura e legado indígena.

No Projeto Tradição e Futuro na Amazônia, o Instituto Kabu é responsável pela execução das
atividades realizadas dentro da área das Terras Indígenas Baú e Mẽnkragnoti.

Instituto Raoni

O Instituto Raoni é uma organização indígena, sem fins lucrativos, criada em 2001 para
defender os interesses dos povos Mêbẽngôkre-Kayapó, Trumai, Tapayuna e Panará
localizados nas Terras Indígenas Capoto/Jarina, Mẽnkragnoti e Panará, na divisa entre o norte
do estado do Mato Grosso e o sul do estado do Pará, na bacia hidrográfica do rio Xingu.

O objetivo do Instituto Raoni é garantir o acesso as políticas públicas e recursos para


fortalecimento e proteção de seus direitos, territórios e recursos naturais, bem como a
promoção de autonomia e cultura tradicional.

No Projeto Tradição e Futuro na Amazônia, o Instituto Raoni é responsável pela execução das
atividades realizadas dentro da área das Terras Indígenas Capoto/Jarina e sul da TI
Mẽnkragnoti.
Conservação Internacional Brasil

A Conservação Internacional Brasil (CI – Brasil), é uma organização internacional sem fins
lucrativos, fundada em 1990 no Brasil para incentivar e apoiar a conservação do meio ambiente
e de atividades de desenvolvimento sustentável, bem como a promoção da educação
ambiental, bem-estar humano e assistência social e cultural.

No Projeto Tradição e Futuro na Amazônia, a CI-Brasil apoia as atividades relacionadas a


implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da TI Mẽkragnotire junto às
organizações indígenas parceiras.

O Povo Mẽbẽngôkre-Kayapó

O povo Mêbẽngôkre-Kayapó tem uma população atual estimada em doze mil pessoas que
vive em cerca de 50 aldeias, em um vasto território de 13 milhões de hectares, entre os estados
do Mato Grosso e Pará, ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e afluentes do
rio Xingu. Seu território é completamente coberto por floresta equatorial, exceto pela porção
oriental, que tem algumas áreas remanescentes de Cerrado.

Em sua origem, o povo Mêbẽngôkre-Kayapó estava dividido em três grandes grupos:


Irã’ãmranh-re (“os que passeiam nas planícies”), Goroti Kumrenhtx (“os homens do
verdadeiro grande grupo”) e Porekry (“os homens dos pequenos bambus”), que descenderam
os sete subgrupos atuais: Gorotire, Kuben-Krân-Krên, Kôkraimôrô, Kararaô, Mekrãgnoti,
Metyktire e Xikrin.
Destes, o projeto Tradição e Futuro na Amazônia apoia 5 subgrupos do povo Mẽbẽngôkre
que estão dentro da nossa área de atuação: Gorotire, Kuben-Krân-Krên e Kôkraimôrô (TI
Kayapó e Las Casas), Menkrãgnotire (TI Baú e Mẽnkragnoti) e Metyktire (TI Capoto/Jarina).

A denominação Mêbẽngôkre significa “os homens do buraco d’água” e é a forma como os


indígenas se referem a si mesmos. Entretanto, no século XIX o povo Mêbẽngôkre foi nomeado
como Kayapó, termo em tupi, (“aqueles que se assemelham aos macacos”) por outros grupos
indígenas, devido à pintura corporal e às máscaras de macacos utilizadas durante uma dança
curta em um ritual tradicional.

A língua do povo Mêbẽngôkre pertence à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. Apesar
de existirem diferenças dialetais entre os vários subgrupos existentes, a língua é um elemento
de maior abrangência étnica, resultando no reconhecimento de uma cultura comum.

A riqueza cultural desse povo é extremamente vasta e complexa e se expressa pela busca por
uma apropriação simbólica da natureza, por meio dos seus grafismos, mitos, cerimônias e
rituais tradicionais, em que ocorre uma constante troca entre o homem e os elementos da
natureza.

O povo Mêbẽngôkre-Kayapó é mundialmente reconhecido pela sua luta para a proteção e


conservação de seus territórios e recursos naturais, atuando na garantia dos direitos dos povos
indígenas no Brasil e na implementação de atividades produtivas sustentáveis que mantém a
floresta em pé e contribuem para o equilíbrio climático do planeta.

Principais ações e resultados do TFA


Estas são algumas ações realizadas pelo Projeto Tradição e Futuro na Amazônia em parceria
com as organizações indígenas:

Preservando a identidade e a garantia dos direitos


O povo Mêbẽngôkre-Kayapó fala fluentemente a sua língua materna Jê e três dos principais
documentos nacionais e internacional sobre direitos dos povos indígenas foram traduzidos, a
fim de ampliar a informação e o acesso sobre os direitos fundamentais para os povos
indígenas no Brasil. São eles, os artigos 231 e 232 da Constituição Federal Brasileira de 1988,
os artigos da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e artigos da
Declaração das Nações Unidas. As traduções desses marcos legais ampliam o entendimento
e o acesso sobre os direitos assegurados na legislação brasileira e internacional, fortalecendo
a garantia e soberania desses direitos na sociedade.

Os documentos traduzidos foram apresentados em duas oficinas voltadas para jovens e


mulheres do povo Mêbẽngôkre-Kayapó e serão impressos e distribuídos em formato de
livretos nas aldeias beneficiadas pelo projeto.

Em cada traço, uma tradição.


O grafismo indígena é um dos principais símbolos da identidade do povo Mêbẽngôkre-
Kayapó. Diante da importância desse conhecimento ancestral, foram realizadas cerca de XX
oficinas voltadas para a produção de grafismos e de trocas de saberes tradicionais nas
comunidades apoiadas pelo projeto. O objetivo principal dessas oficinas é transmitir e ampliar
os conhecimentos tradicionais do povo Mêbẽngôkre-Kayapó para os jovens e mulheres, com
a finalidade de manter, fortalecer e valorizar a cultura desse povo e perpetuar a troca de
saberes entre os jovens e anciãos, por meio da produção de ilustrações que relatam os mitos
e as histórias e produção dos grafismos tradicionais que retratam as pinturas corporais
realizadas pelas mulheres indígenas.

Construindo um futuro sustentável

A educação ambiental para as crianças é um dos grandes pilares para a conservação do


território e do fortalecimento da cultura tradicional, visto que a transmissão de saberes pelos
anciãos às crianças garante o bem viver e o futuro para as comunidades indígenas. O projeto
Tradição e Futuro na Amazônia realizou XX atividades de educação ambiental para jovens e
crianças indígenas nas comunidades apoiadas, apresentando os temas de conservação
territorial, segurança alimentar e os impactos sobre o excesso de produção de resíduos sólidos
nas aldeias, através de aulas educativas e atividades lúdicas desenvolvidas junto aos
professores indígenas.

O projeto também apoiou a elaboração de um livro paradidático na língua Jê para o público


infantojuvenil produzido por professores indígenas das Terras Indígenas beneficiadas, tido
como um material valioso - por sua temática sobre o território indígena e suas riquezas - a ser
trabalhado no projeto pedagógico das escolas indígenas do povo Mêbẽngôkre-Kayapó,
Monitoramento e Estudo sobre Estoques de Carbonos nas Terras Indígenas do Povo
Mêbẽngôkre-Kayapó

As Terras Indígenas do Povo Mêbẽngôkre-Kayapó têm um importante papel como


prestadoras de serviços ecossistêmicos para a população, ou seja, a conservação e a proteção
florestal das mesmas contribuem para a regulação das condições ambientais e climáticas de
todo esse ecossistema. Um dos mais importantes serviços é a manutenção dos estoques de
carbono, por meio da remoção e da fixação do CO2 da atmosfera pela fotossíntese das plantas.
O CO2 é transformado em oxigênio, e o processo impacta diretamente a redução dos efeitos
das mudanças climáticas.

O Projeto Tradição e Futuro na Amazônia apoiou a elaboração de um estudo sobre os


estoques de carbono nas terras indígenas apoiadas, a fim de contribuir para as discussões
acerca do tema e contribuir para a manutenção da cobertura vegetal, a conservação da
biodiversidade e a proteção e gestão dos territórios, por meio do levantamento, da
quantificação e da valoração desses estoques.

O estudo apresentou o levantamento e valoração dos estoques de carbono por meio de


ferramentas de sensoriamento remoto e a metodologia para monitoramento dos estoques de
carbono nos territórios Kayapó, concluindo que há aproximadamente 879 milhões de
toneladas de carbono estocadas nas cinco terras indígenas apoiadas. Assim, pode-se concluir
que os Mêbẽngôkré evitam, por ano, o lançamento de 3,5 mil toneladas de CO2 na atmosfera,
o equivalente às emissões de 750 viagens de avião entre Brasília e Tóquio.

Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Mẽnkragnoti

O Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) é o principal instrumento da Política Nacional


de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) instituída em 2012 com o
objetivo de garantir e promover a proteção, recuperação, conservação e uso sustentável dos
recursos naturais nas Terras Indígenas, assegurando a integridade do patrimônio indígena,
bem como a melhoria da qualidade de vidas das gerações atuais e futuras dos povos
indígenas.

Desta forma, o PGTA é comumente conhecido como “Plano de Vida”, pois ele materializa todo
o planejamento discutido e pactuado entre as comunidades de um povo indígena envolvidas
naquele território. Estabelece o seu uso sustentável para fins sociais, culturais, ambientais e
econômicos, a fim de garantir a integridade, o bem viver e o futuro da população indígena em
questão.

O Projeto Tradição e Futuro na Amazônia apoiou a elaboração do PGTA da Terra Indígena


Mẽnkrãngnoti, a maior em extensão territorial apoiada pelo projeto, com a elaboração de seu
etnomapeamento e a promoção de reuniões e oficinas com as lideranças indígenas deste
território. Nelas, foram realizadas discussões sobre a composição do PGTA e estabelecer as
principais diretrizes e ferramentas para a construção desse importante documento.

Segurança alimentar e bem viver

A segurança alimentar é um dos principais pilares para garantir qualidade de vida de um povo.
A implementação de sistemas produtivos sustentáveis garante o acesso físico, social e
econômico permanente a alimentos seguros e nutritivos, resultando na satisfação das
necessidades nutricionais e do bem viver.

O povo Mêbẽngôkre-Kayapó tem como uma das principais atividades de subsistência e de


geração de renda, o cultivo de seus alimentos por meio das roças tradicionais e de sistemas
produtivos sustentáveis (SAFs). O projeto apoiou o fortalecimento dessas atividades, bem
como a implementação de novas áreas e manejos, a fim de garantir a segurança alimentar e a
conservação desses territórios.

Encontro de saberes
A troca de saberes entre dois povos indígenas com conhecimentos riquíssimos é umas das
experiências mais valiosas que se pode promover. O Tradição e Futuro na Amazônia uniu as
ancestralidades do povo Mêbẽngôkre-Kayapó com as do povo Ashaninka, por meio do
intercâmbio indígena realizado na aldeia Apiwtxá, no Acre, com participação de cerca de trinta
pessoas, entre lideranças de diferentes aldeias dos territórios Kayapó, educadores indígenas e
profissionais das três organizações indígenas parceiras.

Cerca de duas mil pessoas do povo Ashaninka vivem em sete terras indígenas homologadas
no Brasil, reconhecidas há anos pela gestão organizada e pela adoção de processos produtivos
sustentáveis. A aldeia Apiwtxá é a maior dos Ashaninka no Brasil e está localizada no município
de Marechal Thaumaturgo, no oeste do Acre. A cultura riquíssima desse povo tem
características únicas e que se diferenciam das tradições de muitos povos originários do Brasil,
bem como suas experiências consolidadas em sistemas agroflorestais, gestão e proteção
territorial e educação diferenciada indígena.

O encontro teve o objetivo de trocar experiências dos dois povos sobre sistemas agroflorestais
(SAFs), segurança alimentar, educação e gestão e proteção territorial. Além das celebrações e
dos contatos sociais, a programação do intercâmbio também incluiu visitas à horta de espécies
exóticas e aos sistemas agroflorestais locais, plantações cultivadas a partir de técnicas de
agroecologia que combinam espécies nativas e frutíferas e visitação ao centro de pesquisa e
de produção de polpas de frutas da Cooperativa Agroextrativista Asheninka do Rio Amônia -
AYÕPARE.

Fortalecimento institucional das organizações indígenas parceiras


As organizações indígenas parceiras do projeto (AFP, IK e IR) têm um papel muito importante
na gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas apoiadas e, por conta disso, garantir o
fortalecimento institucional das mesmas é importante para a continuidade dos trabalhos
realizados.

O projeto Tradição e Futuro na Amazônia apoiou as atividades realizadas pelas organizações,


bem como a contratação de equipe local, custeio de despesas administrativas e aquisição de
3 barcos a motor para o fortalecimento da gestão e patrimônio (?).

Dois mundos numa mesma exposição

A cultura é um dos bens mais valiosos de um povo e mantê-la viva é um dos principais desafios
da modernidade.

A exposição de arte “Mekukradjà Abikàrà” do povo Mêbẽngôkre-Kayapó será realizada no


MAC Niterói, apresentando as narrativas e as visões de mundo da nova geração, que caminha
com os pés entre dois mundos, o tradicional e o moderno. Essa manifestação cultural tem o
objetivo de ilustrar o olhar decolonial do universo indígena, rompendo com as bolhas e
estereótipos enraizados nas populações urbanas e não-indígenas.

Publicações temáticas produzidas na língua indígena Jê

O acesso ao conhecimento, a saberes tradicionais e à cultura é extremamente importante para


o desenvolvimento humano. Livros são fontes de sabedoria e garantem registro,
compartilhamento e manutenção da cultura para as futuras gerações, principalmente quando
produzidos na língua materna.

O Projeto Tradição e Futuro na Amazônia produziu 3 publicações na língua Jê do Povo


Mêbẽngôkre-Kayapó sobre os seguintes temas: direitos dos povos indígenas, estoques de
carbono em terras indígenas e um livro paradidático para jovens e crianças sobre a história do
território do povo Mêbẽngôkre e suas riquezas.

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