Estrutura Celular - Apostila UNESA

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27/02/2023 22:42 Estrutura Celular

Estrutura Celular
Prof.ª Rosaura Leite Rodrigues

Descrição

Teorias sobre a origem das células, os tipos celulares básicos, seus componentes inorgânicos e orgânicos, seus
constituintes, morfologia e funções, além dos métodos de análise das células e tecidos.

Propósito

O estudo da estrutura, da composição e da função celular possibilita o entendimento da sua importância como
unidade básica de todo ser vivo, sendo fundamental para o reconhecimento das alterações morfológicas e
funcionais nas células resultantes de doenças que acometem os indivíduos das diferentes espécies animais.

Objetivos

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Módulo 1

Células procariontes e eucariontes

Distinguir células procariontes e eucariontes, as teorias sobre sua origem e os métodos de análise de células e
tecidos.

Módulo 2

Bases químicas da constituição celular

Reconhecer a composição e a função dos constituintes químicos presentes nas células.

Módulo 3

Membrana plasmática, matriz citoplasmática, citoesqueleto e organelas

Reconhecer a estrutura e a função da membrana plasmática e das organelas celulares, assim como o transporte
transmembrana e a sinalização celular.

Módulo 4

Núcleo celular
Identificar os constituintes do núcleo celular, suas funções e sua relação com as diversas fases do ciclo celular.

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Introdução
As células são fundamentais para a existência de um ser vivo. Neste conteúdo, abordaremos as principais teorias
sobre como as primeiras células se formaram e como é possível analisá-las com a utilização de microscópios.

O processo de diferenciação celular envolve a capacidade que uma única célula primitiva ou embrionária tem de se
transformar em vários tipos celulares morfologicamente distintos e com funções altamente especializadas,
compondo os tecidos, órgãos e sistemas do corpo dos animais. Para que tal processo seja devidamente entendido,
é fundamental o estudo dos tipos celulares, de sua composição química, sua morfologia e da função de cada
constituinte de uma célula. Isto é o que aprenderemos aqui.

Ainda, conheceremos quais são os tipos de transporte celular e de sinalização transmembrana, os mecanismos de
divisão celular (mitose e meiose) e de replicação do DNA.

1 - Células procariontes e eucariontes


Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir células procariontes e eucariontes, as teorias
sobre sua origem e os métodos de análise de células e tecidos.

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Descoberta das células e teoria celular

Descoberta das células

Antonie Van Leeuwenhoek (1632 - 1723) foi o primeiro a observar microrganismos ao microscópio.

Diversos pesquisadores contribuíram para a descoberta das células. Alguns tiveram maior destaque, como o biólogo
Robert Hooke, em 1665, que, ao observar finas fatias de cortiça em um aumento de 270 vezes, identificou pequenos
“buracos” que lembravam um favo de mel e nomeou tais estruturas de célula (do latim: cella, que significa pequena
câmara).

Em 1674, o pesquisador holandês Antonie Van Leeuwenhoek, utilizando um microscópio rudimentar, observou, pela
primeira vez em amostras de solo, saliva e fezes, entre outras substâncias, estruturas muito pequenas que se
movimentavam e naquela época as chamou de “animáculos” (pequenos animais), que, na verdade, eram células
bacterianas ou protozoários.

Microscópio rudimentar
Réplica do microscópio usado por Van Leeuwenhoek.

O botânico Matthias Schleiden, em 1838, descreveu a célula como a unidade básica dos vegetais, e o fisiologista
Theodor Schwann, em 1939, descreveu, de forma similar, as células animais. O patologista Rudolf Virchow, em 1855,
com base em seus estudos afirmava que as células são compostas de outras células e que nelas ocorre a divisão
celular. Este ficou famoso por sua frase “Omnis cellula ex cellula”, que significa: toda célula se origina de outra célula.

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Mattias Jacob Schleiden (1804 - 1881).

Theodor Schwann (1810 -1882).

Rudolf Virchow (1821 - 1902).

A origem da vida e a Teoria celular


A abiogênese ou geração espontânea foi uma das primeiras teorias surgidas, em que se pensava que seres vivos
poderiam surgir espontaneamente do inanimado, isto é, de algo que não tem vida. Acreditava-se que larvas ou
moscas que apareciam em frutas e cadáveres em decomposição surgiam de forma espontânea, por um tipo de
“força vital”.

Somente depois, em 1668, a teoria da biogênese foi desenvolvida pelo cientista e biólogo Francesco Redi, um
italiano que questionou a abiogênese, se utilizando de experimentos que defendiam a hipótese de que a vida surge
somente da vida. Redi utilizou vários potes contendo pedaços de carne. Parte dos potes foi mantida aberta; parte foi
lacrada e outra parte foi parcialmente coberta, permitindo a passagem de oxigênio, mas não das moscas. Nos potes
cobertos, não apareceram larvas na carne e, nos potes abertos, sim, comprovando que onde as moscas pousavam e
depositavam seus ovos as larvas se desenvolviam. A imagem a seguir ilustra este experimento.

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Reprodução do experimento de Francesco Redi.

Tempos mais tarde, em 1861, Louis Pasteur provou definitivamente que a teoria da abiogênese ou geração
espontânea não é verdadeira. Em seu experimento, ele se utilizou de um balão volumétrico com um bico torcido
contendo um caldo nutritivo. Ao ser fervido, o ar conseguia chegar até o caldo, mas os microrganismos não, a não
ser que o bico fosse quebrado, permitindo a entrada dos microrganismos após a fervura.

Experimento de Pasteur.

Com a realização desse experimento, Louis Pasteur comprovou que a geração espontânea não é possível.

Curiosidade

Com base nesse experimento, surgiu o processo de pasteurização, amplamente utilizado na indústria de alimentos,
que consiste na esterilização dos alimentos por meio do aquecimento seguido de resfriamento, com consequente
eliminação dos microrganismos ali presentes.

Mas, afinal, como surgiram os primeiros seres vivos da Terra? Existiam diferentes hipóteses, conforme explicamos a
seguir.

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Panspermia (origem extraterrestre) expand_more

Propõe que a vida teria surgido fora da Terra e teria sido transportada por meteoritos; esta hipótese não é
sustentada, já que nenhum microrganismo resistiria ao calor excessivo e demais pressões sofridas pelos
meteoritos, além de não explicar como seriam formadas as células.

Criacionismo (origem divina) expand_more

Propõe que Deus teria criado todos os seres vivos como são; neste caso, as espécies não evoluíram ou não
se modificam ao longo do tempo. Esta hipótese não é suportada pela Ciência.

Evolução química expand_more

Propõe que os seres vivos surgiram por associação de moléculas inorgânicas que formaram as moléculas
orgânicas e que permitiram o posterior surgimento dos organismos; esta é a hipótese aceita no mundo
científico, criada em 1920 pelos pesquisadores Aleksandr Ivanovich Oparin (biólogo russo) e John Burdon
Sanderson Haldane (biólogo britânico).

Após o estudo e observações de muitos cientistas, foi proposta a teoria celular, por Matthias Schleiden e Theodor
Schwann, que é baseada em três pilares:

1. Todo o ser vivo é formado por uma ou mais células. Se for composto por uma única célula, é um organismo
unicelular e se for composto por mais de uma célula, é um organismo pluricelular.

2. As células são as unidades morfológicas e funcionais dos organismos vivos.

3. Todas as células surgem a partir de outra célula preexistente.

Tipos de células
Antes de estudarmos os tipos de células, é importante definir o que é uma célula. Com base na teoria celular, a
célula corresponde à menor unidade funcional e estrutural de um ser vivo, isto é, todos os seres vivos são feitos de
uma ou mais células.

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Curiosidade

O corpo humano de um adulto é composto por dezenas de trilhões de células.

Existem dois tipos básicos de células, uma mais primitiva, denominada procarionte (como as células bacterianas) e
uma mais complexa, denominada eucarionte, a qual compõe todos os tecidos de um corpo, seja ele humano, animal
ou vegetal; também são células eucariontes as que compõem organismos como os fungos (unicelulares ou
pluricelulares) e os protozoários (unicelulares).

Estima-se que as células procariontes surgiram há aproximadamente 3,5 bilhões de anos e as células eucariontes há
1,7 bilhão de anos.

Células procariontes
As bactérias são exemplos de células procariontes, medindo cerca de 1-5 micra. Elas possuem uma membrana
envolta por uma parede e não apresentam envoltório nuclear separando o material genético. Não possuem proteínas
básicas especiais denominadas histonas e não possuem organelas citoplasmáticas envoltas por membranas.
Apresentam DNA (informação genética essencial) em um único cromossoma circular disposto em dupla hélice e
superenovelado, bem como plasmídios (DNA extracromossomal) contendo informação genética adicional livre no
citoplasma.

Os ribossomas também se encontram livres no citoplasma.

A membrana plasmática compartimentaliza a célula e promove um transporte de substâncias seletivo, entre outras
funções.

A parede celular é rica em peptideoglicanos e tem uma série de funções: é responsável pelo formato da bactéria,
conferindo-lhe rigidez, protege a célula bacteriana, é importante no processo de multiplicação, é receptora de
moléculas e é através dessa parede que as bactérias são classificadas em diferentes grupos.

A célula bacteriana (célula procarionte) e seus constituintes.

Outros componentes também podem estar presentes, embora nem todas as bactérias os apresentem, como, por
exemplo: a cápsula, responsável por mecanismos de defesa ou de patogenicidade da bactéria; o flagelo, que lhe
confere motilidade; o pili, capaz de transferir material genético de uma bactéria para a outra; a fímbria, que lhe

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fornece poder de adesão; bem como o endósporo, sendo uma forma de resistência bacteriana ao calor, dessecação,
agentes físicos e químicos.

Células eucariontes
As células eucariontes são maiores do que as células procariontes; medem entre 10-100 micra e contêm: uma
membrana denominada membrana plasmática, que a separa do meio externo; uma membrana nuclear, que segrega
o material genético (DNA) do restante dos componentes celulares; proteínas histonas associadas ao DNA, e uma
matriz citoplasmática onde se localizam uma série de estruturas delimitadas por membranas denominadas
organelas celulares, bem como substâncias de ocorrência transitória nas células denominadas depósitos. Os
depósitos podem ser nutrientes, como os glicídeos, lipídeos e proteínas ou pigmentos, como a melanina e a
lipofuscina.

Células eucariontes animais e vegetais são similares em relação aos seus constituintes, porém com algumas
diferenças. Dentre as estruturas encontradas somente na célula vegetal, temos:

O cloroplasto, organela que contém o pigmento clorofila, responsável pelo processo de fotossíntese;

A parede celular externa composta por celulose;

O vacúolo, cuja função é armazenar substâncias;

Os plasmodesmas, estruturas que correspondem a poros de comunicação na parede entre as células vegetais.

A seguir, podemos ver as estruturas de uma célula animal.

A célula animal e seus constituintes.

Para compreendermos melhor as semelhanças e diferenças entre as estruturas da célula animal e da célula vegetal,
na próxima imagem, apresentamos uma célula vegetal.

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Célula vegetal e seus constituintes.

Os herbívoros, animais que se alimentam de plantas, contém, no rúmen, bactérias capazes de digerir a celulose que
compõe as paredes das células vegetais.

Você já ouviu falar em endossimbiose?

A teoria da endossimbiose foi proposta em 1967, pela pesquisadora Lynn Margulis, e explica como as mitocôndrias
e os cloroplastos (das células vegetais) surgiram nas células eucarióticas. Ela sustenta a ideia de que há
aproximadamente 1,7 bilhão de anos, quando só havia seres unicelulares habitando a Terra, as mitocôndrias eram
organismos de vida livre, procariontes, heterotróficos e aeróbios. Procariontes porque não possuíam organelas,
heterotróficos porque não eram capazes de sintetizar seu próprio alimento por meio da fotossíntese e aeróbios
porque precisavam de oxigênio para produção de energia. Já os cloroplastos eram autotróficos, porque eram
capazes de produzir seu próprio alimento a partir da fotossíntese.

Segundo esta teoria, tais células procariontes (mitocôndrias e cloroplastos) teriam sido englobadas por uma célula
maior, ocorrendo uma troca mútua de benefícios entre elas, o que caracteriza a simbiose. As células maiores teriam
sofrido invaginações da sua membrana plasmática, separando em compartimentos o núcleo e as demais organelas.
Assim, teriam surgido as células eucariontes. Vamos entender cada tipo celular a seguir: procariontes e eucariontes.

Processo de endossimbiose.

Métodos de análise de células e tecidos


A invenção do primeiro microscópio ocorreu na Holanda, no final do século XVI, por volta de 1590. No entanto, foi em
1674 que o primeiro pesquisador, o holandês Antonie Van Leeuwenhoek, começou a fazer observações de materiais
biológicos em microscópio. Desde essa data, o microscópio vem sendo aprimorado com o avanço da ciência.

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Reprodução do microscópio criado por Antonie Van Leeuwenhoek.

Atualmente, com o uso do microscópio óptico, é possível observar em uma célula eucarionte: seu núcleo como um
ponto preto e sua membrana plasmática como uma linha que a envolve. Todas as estruturas que compõem as
células só podem ser visualizadas detalhadamente por meio da utilização do microscópio eletrônico. Vamos
entender, a seguir, os diferentes recursos para análise das células.

Microscopia óptica
O microscópio óptico, ou de luz, permite obter um aumento de até 1.000 vezes daquilo que se deseja analisar e é
composto por uma parte mecânica e uma parte óptica.

Para o funcionamento deste equipamento, há a necessidade de uma luz incandescente, lentes de um condensador,
que vão direcionar o foco de luz sobre o espécime que se deseja estudar, e um conjunto de lentes denominadas
objetivas e oculares.

As objetivas recebem a luz que atravessou o espécime e projetam uma imagem aumentada deste em direção às
oculares, que ampliam a imagem novamente e a projetam na retina do observador.

Os microscópios binoculares de uma rotina em um laboratório possuem duas oculares (uma para cada olho do
observador), que fornecem um aumento de dez vezes. Os microscópios podem possuir objetivas de 4x, 10x, 20x, 40x
e 100x. A ampliação total é calculada multiplicando-se o aumento da objetiva pelo aumento da ocular.

Exemplo
Se utilizarmos a objetiva de 4x, teremos um aumento final de 40 vezes. Se utilizarmos as objetivas de 10x, 20x 40x e
100x, teremos, respectivamente, um aumento final de 100, 200, 400 e 1000 vezes.

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As objetivas estão marcadas de modo padronizado por linhas coloridas para facilitar a identificação durante o uso
do microscópio. A linha vermelha identifica a objetiva de 4x, a amarela identifica a de 10x, a verde identifica a de 20x,
a azul identifica a de 40x e a branca identifica a de 100x. A objetiva de 100x é utilizada muitas vezes acompanhada
de um óleo de imersão, para facilitar a visualização do material que está sendo analisado. Veja, na imagem a seguir,
um exemplo de objetivas de um microscópio.

Microscópio com quatro lentes objetivas e as respectivas marcações.

E em que situações usamos o microscópio óptico?

O microscópio óptico pode ser utilizado, por exemplo, para visualização de tecidos celulares, de parasitas, de
bactérias, de fungos, de esfregaços de sangue ou urina. Os materiais devem ser preparados ou corados para que
possam ser visualizados corretamente. Os tecidos animais, por exemplo, passam por várias fases de preparação –
técnica denominada histotécnica – para que possam ser transformados de tecidos grandes e sem cor em cortes
finos de 4-5 micra de espessura devidamente corados. Assim, as células destes tecidos podem ser identificadas ao
microscópio óptico. Objetos menores ou mais delgados que 0,2 micra, como, por exemplo, a membrana plasmática
ou uma organela celular, não podem ser distinguidos com este tipo de microscópio.

Microscopia eletrônica
O microscópio eletrônico pode ser utilizado quando se necessita visualizar constituintes celulares, como as
organelas e os depósitos intracelulares. Ainda, permite a visualização detalhada de agentes biológicos, como as
bactérias e os protozoários, entre outros. O microscópio eletrônico nos permite obter um aumento de até 400 mil
vezes. Por outro lado, o grande nível de ampliação só pode ser usado para analisar partículas ou moléculas isoladas.

Microscópio eletrônico.

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A microscopia eletrônica se baseia na interação entre elétrons e componentes dos tecidos. A configuração deste
microscópio se assemelha a do microscópio óptico. No entanto, como a retina não é sensível aos elétrons, é
necessário que estes sejam captados por um detector, como, por exemplo, por uma câmera, para se observar a
imagem. Tal imagem é produzida pelo balanço da quantidade de elétrons que alcança o detector e dos elétrons que
ficam retidos no tubo do microscópio, sendo a mesma em preto e branco, onde as áreas escuras são chamadas de
elétron-densas e as áreas claras de elétron-lucentes.

Célula de tecido vegetal vista ao microscópio eletrônico de transmissão.

Microscopia de contraste de fase


Alguns sistemas ópticos permitem a observação de células e cortes não corados. Este tipo de microscópio usa um
sistema de lentes que produz imagens visíveis de objetos quase transparentes.

Fungo da espécie Morchella elata, vista através de um microscópio de contraste de fase.

Microscopia de fluorescência
Neste tipo de microscopia, substâncias fluorescentes que tenham afinidade por moléculas encontradas nas células
ou na matriz extracelular podem ser usadas como corantes fluorescentes, que permitem a identificação de
componentes celulares por meio da fluorescência que irão emitir.

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Corte da traqueia visto em microscópio de fluorescência.

Que tal saber mais sobre o processo de focalização com o microscópio óptico? Não perca o vídeo a seguir.

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Técnica de focalização em histologia
Neste vídeo, a especialista demonstrará o passo a passo da técnica de focalização e de como manusear de forma
simples e adequada um microscópio óptico, com a finalidade de se observar cortes histológicos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A teoria da abiogênese foi aceita durante muitos anos, até que alguns pesquisadores conseguiram comprovar,
por meio de experimentos, que a vida não surge de modo espontâneo. Com base no que foi estudado, verifique
e responda quais afirmativas são falsas (F) e quais são verdadeiras (V).

( ) A origem da vida por meio de meteoritos vindos de fora da terra ou a hipótese de que todos os seres vivos
foram criados por Deus, sem evoluírem ao longo dos anos, foram sustentadas antes da teoria da biogênese ser
aceita.

( ) De acordo com os pilares da teoria celular, todo ser vivo é constituído por células, as quais podem se originar
ou não de um organismo preexistente.

( ) Os pesquisadores continuam desenvolvendo teorias sobre a evolução das células, pois mesmo com todo o
conhecimento científico existente hoje, novas ideias podem surgir com os avanços tecnológicos, como a
relativamente recente teoria da endossimbiose.

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( ) A invenção do microscópio foi fundamental para os avanços científicos que comprovaram a existência das
células como constituintes de todos os seres vivos.

A F–V–F–V

B F–F–V–V

C V–F–V–V

D V–F–V–F

E V–V–F–F

Parabéns! A alternativa C está correta.

Segundo a teoria celular, todo ser vivo é formado de células, sua menor unidade funcional; além disso, toda
célula deve se originar a partir de uma célula preexistente, portanto, a segunda afirmativa é falsa.

Questão 2

As células procariontes e eucariontes apresentam diferenças muito importantes em sua constituição. No


entanto, algumas estruturas estão presentes em ambas. Marque a alternativa que contém estruturas que
podem estar presentes somente nas células procariontes.

A Membrana plasmática, parede e flagelos.

B Cápsula e plasmídios.

C Núcleo, parede e fímbria.

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D Pili, parede e organelas.

E Parede, ribossomos e mitocôndria.

Parabéns! A alternativa B está correta.

As células eucariontes não possuem cápsula nem plasmídios. As células eucariontes contêm todo o material
genético em um espaço delimitado por uma membrana, chamado núcleo. De modo diferente, a célula
procarionte não possui organelas, apresenta um cromossomo único e plasmídios, material genético adicional
livre no citoplasma.

2 - Bases químicas da constituição celular


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a composição e a função dos constituintes
químicos presentes nas células.

Componentes inorgânicos

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Água
A água é uma molécula vital das células e corresponde à substância química mais abundante nas células,
compondo cerca 70% ou mais do peso do corpo dos seres vivos. Cada molécula de água tende a se unir a outras
quatro, essa propriedade é chamada adesão, em que um átomo de hidrogênio de uma molécula se une ao átomo de
oxigênio de outra molécula, formando as pontes de hidrogênio.

A água exerce diversas funções na célula e no corpo dos animais, como: dissolver substâncias orgânicas e
inorgânicas, permitindo reações químicas; realizar o transporte de substâncias para dentro ou para fora da célula; e
manter o equilíbrio térmico, isto é, impedir grandes variações de temperatura, em que o excesso de calor pode ser
dissipado pelo suor através da transpiração. A água também age como lubrificante, diminuindo o atrito entre os
ossos e está presente na saliva, lubrificando os alimentos, e nas narinas, para umedecer o ar.

Minerais
São diversos os minerais presentes nas células, como por exemplo: sódio, potássio, cloro, cálcio, iodo, ferro, zinco,
fósforo e magnésio; eles correspondem a 1-2 % da composição celular, sendo encontrados solúveis, isto é,
dissolvidos em água ou sob a forma de íons insolúveis, como é o caso do cálcio.

Os minerais regulam diversas funções do corpo, vamos conhecer algumas:

O cálcio faz parte da constituição de estruturas esqueléticas (ex.: ossos, cascos, chifres) e participa ativamente do
processo de contração muscular e da coagulação sanguínea.

O sódio e o potássio realizam o equilíbrio iônico osmótico do corpo, mantendo a concentração de água equilibrada
no interior ou no exterior das células e atuam no funcionamento das membranas e do impulso nervoso.

O ferro é constituinte da hemoglobina das hemácias e auxilia no transporte de oxigênio.

O iodo é componente fundamental na constituição de hormônios da tireoide, os quais controlam o metabolismo de


todas as células do corpo.

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Componentes orgânicos
Os compostos orgânicos são aqueles que possuem obrigatoriamente carbono em sua composição. São os
carboidratos, os lipídeos, as proteínas e os ácidos nucleicos. Contudo, existem compostos inorgânicos que também
possuem carbono em sua composição, como é o caso do gás carbônico (CO2). A seguir, vamos conhecer alguns
dos componentes orgânicos e suas funções.

Carboidratos
Os carboidratos correspondem a 3% dos constituintes das células. São conhecidos popularmente como açúcares,
também denominados glicídios ou hidratos de carbono, e apresentam em sua formulação o carbono (C), o
hidrogênio (H) e o oxigênio (O).

São classificados em:

Monossacarídeos
São os açúcares simples. Incluem as pentoses com cinco átomos de carbono, como a ribose (constituinte do RNA)
e a desoxirribose (constituinte do DNA), e as hexoses com seis moléculas de carbono, como a glicose (encontrada
no sangue), a frutose (encontrada no esperma) e a galactose (encontrada no leite).

Dissacarídeos
São compostos por duas moléculas de monossacarídeos. Incluem a sacarose (glicose associada à frutose,
encontrada na cana de açúcar), a lactose (glicose associada à galactose, encontrada no leite) e a maltose (duas
moléculas de glicose, encontrada em alguns vegetais e proveniente da digestão do amido no tubo digestório de
alguns animais).

Polissacarídeos
São os açúcares complexos, formados pela combinação de muitas moléculas de monossacarídeos, principalmente
a glicose. Incluem a celulose (presente na parede celular dos vegetais), a quitina (presente na parede celular de
fungos e no exoesqueleto de artrópodes), o amido (carboidrato de reserva das plantas) e o glicogênio (carboidrato
de reserva dos animais).

Os carboidratos exercem função energética e participam da constituição química da membrana plasmática e dos
ácidos nucleicos. A glicose é a principal responsável por fornecer energia para o trabalho celular e é a base para a

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formação da maioria dos carboidratos mais complexos.

Molécula de glicose.

Lipídeos
Os lipídeos correspondem a 2% dos constituintes das células, sendo compostos pela união de um ácido graxo e um
álcool. Caracterizam-se por apresentar insolubilidade em água e solubilidade em solventes orgânicos, como o éter, o
álcool e o clorofórmio. São considerados lipídeos as gorduras, ceras (que recobrem frutas e folhas) e óleos.

Os lipídeos são transportados pelo plasma e exercem diversas funções biológicas diferentes, sendo os fosfolipídeos
e o colesterol essenciais na constituição das membranas celulares, associados às proteínas e aos glicídios
(glicolipídeos); são, ainda, responsáveis no controle da temperatura corporal, ajudando no equilíbrio do corpo
(homeostasia) e compõem a maioria dos componentes não proteicos das células.

Molécula de colesterol.

Existem diversos hormônios de natureza esteroidal, como os hormônios sexuais testosterona e estrogênio, e os
corticoides, que regulam diversas funções do corpo.

Os carotenoides são exemplos de lipídeos que podem formar a vitamina A. O colesterol é necessário para a síntese
de vitamina D na pele. Os triglicerídios são a forma de reserva de energia em animais, sendo acumulados em células
do tecido adiposo denominadas adipócitos.

Saiba mais

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Os lipídeos mais comuns encontrados no organismo são os triglicerídeos (três moléculas de ácidos graxos
associadas ao glicerol, que é um tipo de álcool), os fosfolipídeos (duas moléculas de ácido graxo e uma contendo
fosfato, ligado a uma molécula de glicerol) e os esteroides (como o colesterol).

Proteínas
As proteínas correspondem a 15% dos constituintes celulares. São macromoléculas complexas formadas pela união
de várias moléculas menores denominadas aminoácidos. Os aminoácidos possuem um grupamento de amina e um
grupamento de carboxila ou ácido. A síntese de proteínas resulta da leitura do código genético, o DNA.

Triptofano, um aminoácido essencial.

As proteínas são classificadas em:

Proteínas insolúveis em água


Fibrosas e filamentosas e geralmente estruturais (como, por exemplo, o colágeno);

Proteínas solúveis em água


Globulares, relacionadas à manutenção e regularização de processos vitais como os enzimáticos, de transporte, de
defesa e hormonais.

As proteínas podem ser simples, compostas somente por peptídeos (albuminas e globulinas) ou conjugadas,
compostas por outros elementos (hemoproteínas, lipoproteínas e glicoproteínas) e têm função predominantemente
estrutural, podendo exercer também função energética. Proteínas estruturais estão presentes na constituição das
membranas celulares, onde formam, por exemplo, as junções de adesão celular (como os desmossomos,
hemidesmossomos, zônula de oclusão e de adesão) e as junções comunicantes (canais revestidos por proteínas
entre as células), ou apresentam-se como receptores de membrana, regulando a entrada de substâncias nas células,
entre outras funções.

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Anticorpos.

O colágeno compõe tecidos importantes dos animais, como o conjuntivo. As miofibrilas actina e miosina são
exemplos de proteínas importantes na constituição do músculo e no processo de contração muscular.

A queratina compõe a pele e o pelo. Há diversos hormônios de natureza proteica, como a insulina e o hormônio do
crescimento.

O pigmento hemoglobina é uma proteína importante no transporte de oxigênio no sangue, os anticorpos são de
natureza proteica e protegem o corpo contra organismos causadores de doenças.

Existem proteínas plasmáticas que circulam pelo sangue e enzimas proteicas que regulam, facilitam ou aumentam a
velocidade de reações químicas, como a lipase (atua na digestão de lipídeos), lactase (facilita a digestão da lactose),
catalase (decompõe a água oxigenada) e amilase (quebra o amido).

Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos correspondem a 7% da composição celular, sendo representados pelo ácido desoxirribonucleico
(DNA) e pelo ácido ribonucleico (RNA). São macromoléculas formadas por moléculas menores denominadas
nucleotídeos. A cadeia de nucleotídeos é composta por fosfato, açúcar (que no DNA é a desoxirribose e no RNA é a
ribose) e base nitrogenada. As bases nitrogenadas podem ser: púricas (adenina e guanina) e pirimídicas (timina,
citosina e uracila).

As bases adenina, guanina e citosina são comuns às moléculas de DNA e RNA. Já a base timina só ocorre no DNA e
a base uracila só ocorre no RNA. Desta forma, a molécula de DNA é formada por uma longa hélice dupla, cujas
cadeias são unidas por pontes de hidrogênio entre bases púricas e pirimídicas complementares.

A adenina sempre pareia com timina (ligação com duas pontes de hidrogênio) e a guanina pareia com a citosina
(ligação com três pontes de hidrogênio). O RNA é constituído por uma molécula de fita única.

Os ácidos nucleicos comandam e coordenam toda a atividade celular. O DNA é o principal constituinte dos
cromossomos e o RNA vai coordenar a síntese de proteínas junto com os ribossomos.

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Diferenças entre o DNA e o RNA.

video_library
Constituição da molécula de DNA
Neste vídeo, a especialista explica como ocorre a formação da dupla hélice da molécula de DNA, sua constituição e
função.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As células apresentam, na sua constituição, componentes inorgânicos, como a água e os minerais, e


componentes orgânicos, como os carboidratos, lipídeos e proteínas. Cada um desses exerce seu papel,
colaborando para a existência da célula. Baseado neste conhecimento, correlacione a coluna da direita de
acordo com a da esquerda no quadro a seguir. Depois, marque a alternativa que inclui a sequência correta.

CONSTITUINTE CELULAR COMPOSIÇÃO E/OU FUNÇÃO

( ) sua produção é dependente da leitura do DNA; sua principal função é a


1) água
estrutural.

( ) apresentam CHO em sua constituição; função predominantemente


2) lipídeos
energética.

( ) podem ser solúveis ou insolúveis; regulam funções distintas no corpo,


3) minerais
entre elas a contração muscular.

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CONSTITUINTE CELULAR COMPOSIÇÃO E/OU FUNÇÃO

( ) são acumulados na forma de triglicerídeos; constituem a membrana


4) carboidratos
plasmática e alguns hormônios.

( ) substância química mais abundante nas células; dentre suas funções,


5) proteínas
está a manutenção do equilíbrio térmico do corpo.

A 5–4–3–2–1

B 2–4–3–1–5

C 4–3–1–5–2

D 5–3–2–4–1

E 1–5–4–2–3

Parabéns! A alternativa A está correta.

A água é a substância química mais abundante em todo o tipo celular. O triglicerídeo é a forma de acúmulo de
gordura na célula. O cálcio participa ativamente do processo de contração muscular. Os carboidratos
apresentam como principal função a energética, enquanto as proteínas têm função predominantemente
estrutural.

Questão 2

A cadeia de nucleotídeos possui sempre três constituintes básicos. No entanto, há diferenças entre os
nucleotídeos de DNA e de RNA. Baseado nesta afirmativa, marque a opção correta:

A Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam apenas pela base nitrogenada.

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B Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam apenas pelo tipo de açúcar (pentose).

C Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam no tipo de base nitrogenada e grupo fosfato.

D Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam pelo tipo de açúcar (pentose) e base nitrogenada.

E Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam apenas pelo grupo fosfato.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Os nucleotídeos de DNA e RNA se diferenciam pelo tipo de açúcar e pela base nitrogenada. No DNA, o açúcar é
a desoxirribose e no RNA, a ribose. No DNA, encontram-se como bases nitrogenadas a citosina, a adenina, a
guanina e a timina. No RNA, são encontradas a citosina, a adenina, a guanina e a uracila.

3 - Membrana plasmática, matriz citoplasmática,


citoesqueleto e organelas
Ao final deste módulo, vocês será capaz de reconhecer a estrutura e a função da membrana
plasmática e das organelas celulares, assim como o transporte transmembrana e a sinalização
celular.
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Membrana plasmática
Toda célula eucarionte é revestida por uma membrana denominada membrana plasmática, também conhecida
como plasmalema, a qual forma uma barreira seletiva entre o meio intracelular e o meio extracelular.

A membrana plasmática é constituída por fosfolipídeos, colesterol, proteínas e carboidratos e mede de 7,5 a 10
nanômetros de espessura.

A membrana plasmática é denominada “modelo mosaico fluido” e isto se deve ao fato de sua aparência ter sido
comparada a uma obra de arte feita por pequenas pedras denominada mosaico, em que as proteínas presentes
nesta membrana se assemelham a tais pedras; e fluida, pois tais proteínas estão em constante movimento na
membrana.

Membrana plasmática – modelo mosaico fluido.

Conforme podemos ver na imagem anterior, a membrana plasmática é sempre composta por uma bicamada
molecular de fosfolipídeos, onde cada molécula de fosfolipídeo possui uma porção globosa hidrofílica voltada para
fora e uma porção filamentosa hidrofóbica voltada para dentro. A composição lipídica de cada metade da bicamada
é diferente, criando uma assimetria. Moléculas proteicas se inserem parcial ou totalmente na membrana plasmática.
Associadas fracamente à camada externa ou interna são encontradas as proteínas periféricas e transpassando a
membrana são encontradas as proteínas transmembrana ou integrais, as quais podem fazer passagem única ou
múltipla pela membrana.

Detalhe da distribuição das proteínas na membrana plasmática.

A distribuição das proteínas é desigual nas duas camadas, acentuando a assimetria. As moléculas de carboidratos
podem estar associadas aos fosfolipídeos, compondo os glicolipídeos, ou às proteínas, compondo as
glicoproteínas.
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A superfície externa da membrana é recoberta por carboidratos que compõem o que se conhece como glicocálice.

E qual é a função da membrana plasmática?

Além de delimitar a célula, servindo como barreira entre o seu meio externo e o meio interno, as proteínas da
membrana exercem uma série de funções diferentes, podendo formar canais de comunicação (poros) entre as
células de um determinado tecido, por onde transitam determinadas moléculas e íons; outras são receptores de
hormônios e outras podem funcionar como sinalizadores de macromoléculas do meio extracelular.

Exemplo
A contração muscular só ocorre de forma coordenada, pois as células musculares se comunicam através de poros
da membrana plasmática, fazendo com que as fibras musculares contraiam-se juntas; o hormônio insulina só entra
na célula mediante a presença de um receptor na membrana plasmática que é uma proteína, permitindo, com isso, a
entrada de glicose nas células; é através das proteínas da membrana que as células são capazes de detectar a
presença de possíveis microrganismos agressores (como bactérias e vírus).

As proteínas da membrana também são capazes de formar junções de adesão, como as zônulas de adesão e de
oclusão (ou impermeável) e os desmossomas, muito importantes para a manutenção da forte aderência verificada
entre as células dos tecidos epiteliais ou musculares animais.

ônulas
A palavra zônula se refere à morfologia da adesão, como se fosse um cinturão onde proteínas da membrana estão
dispostas, promovendo uma aderência à célula vizinha.

Zônula de adesão
Nesta região ocorre aderência, embora ainda seja possível a passagem de micromoléculas.

Zônula de oclusão
Nesta região, há um efeito selador, em que nada passa no local, isto é, a aderência é ainda mais forte.

Desmossomas (ou máculas de adesão)


São morfologicamente pontos de adesão entre uma célula e outra, também formados por proteínas das duas
membranas.

A membrana plasmática, de modo seletivo, também permite a entrada (endocitose) e saída de substâncias
(exocitose). Vamos entender melhor os tipos de transporte e a sinalização transmembrana a seguir.

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Transporte transmembrana e sinalização celular

Tipos de transporte transmembrana


Existem tipos diferentes de transporte de substâncias através da membrana plasmática, ocorrendo com ou sem
modificações morfológicas da mesma. Vamos conhecê-los melhor a seguir.

Transporte de substâncias com modificação morfológica da membrana


plasmática
Neste tipo de transporte de substâncias temos dois diferentes processos: a endocitose e a exocitose.

Endocitose

Trata-se de um processo de transporte de substâncias com modificação morfológica da membrana plasmática e se


refere à entrada de macromoléculas ou de partículas maiores na célula, em que a superfície celular “perde” parte da
membrana, já que ocorre invaginação desta durante o processo. Com isso, parte da membrana vai constituir, por
exemplo, uma vesícula formada para transportar as macromoléculas e partículas maiores. Há três importantes
processos de endocitose, descritos a seguir:

Pinocitose de fase fluida expand_more

Ocorre quando se formam pequenas invaginações na membrana contendo fluido extracelular e substâncias
presentes nesse fluido, que depois irão se destacar da membrana, compondo as chamadas vesículas de
pinocitose e que, com o auxílio do citoesqueleto, atravessarão a célula, podendo se unir à organela
denominada lisossomo, que realizará a destruição enzimática do material endocitado; ou passando para o
meio extracelular novamente.

Um exemplo é o que ocorre com os capilares sanguíneos, onde as vesículas de pinocitose transpassam a
célula endotelial levando moléculas do sangue para o meio extracelular.

Endocitose mediada por receptores expand_more

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Os receptores são proteínas da membrana que podem estar localizados em áreas conhecidas como fossetas
cobertas ou disseminados pela superfície celular, sendo capazes de mediar o transporte, permitindo a
entrada de certas substâncias na célula.

Um exemplo deste processo é a entrada de hormônios proteicos ou de lipoproteínas de baixa densidade na


célula. A molécula com afinidade pelo receptor é o seu ligante. A união do ligante com o receptor ocorre
como se fosse a união da chave com a fechadura, ativando moléculas do citoesqueleto e “abrindo a porta de
entrada na célula”. As fossetas cobertas serão arrastadas por filamentos do citoesqueleto, se destacando da
membrana plasmática, formando as vesículas cobertas que penetram no citoplasma. Tais vesículas podem
ou não se unir a vesículas do citoplasma denominadas endossomos, formando o compartimento
endossomal, o qual pode seguir por caminhos diferentes. Os receptores separam-se de seus ligantes e
podem retornar à superfície celular para serem reutilizados. Outras vezes, o complexo receptor-ligante pode
ser transferido do endossomo para o lisossomo, onde ocorrerá sua destruição pelas enzimas lisossomais.

Fagocitose expand_more

A fagocitose é um tipo de transporte importante como meio de defesa do organismo, sendo exercida por
células como os macrófagos ou os neutrófilos, em que ocorre o englobamento de agentes agressores, como
bactérias, fungos e protozoários, bem como o englobamento de células mortas ou alteradas, com a
finalidade de destruí-los.

É um processo que depende da ligação da partícula a ser fagocitada com os receptores da superfície celular.
A membrana plasmática emite prolongamentos denominados pseudópodes (ou “falsos pés”) com a
finalidade de englobar a estrutura a ser fagocitada, formando o vacúolo intracelular (ou fagossomo). O
fagossomo se unirá ao lisossomo, formando o fagolisossomo. Com isso, as enzimas lisossomais irão
destruir o material fagocitado. O produto desta digestão intracelular poderá ser expelido pela célula por
exocitose ou mantido dentro dela em uma estrutura denominada vacúolo residual.

A imagem a seguir demonstra os diferentes processos de endocitose.

Tipos de endocitose.

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Exocitose
O processo de exocitose se refere à saída de macromoléculas ou de partículas maiores da célula.

Ocorre a partir da fusão de estruturas ou vesículas membranosas à membrana plasmática, com consequente
expulsão do material da célula. Por isso, diz-se que, no processo de exocitose, a superfície celular “ganha”
membrana.

Contudo, não há ruptura da membrana plasmática. Exemplos de exocitose incluem a liberação de saliva pelas
glândulas salivares e a secreção enzimática do pâncreas.

Representação simplificada do processo de exocitose.

Transporte de substâncias sem modificação morfológica da membrana


plasmática
Esse tipo de transporte pode ocorrer através de três processos diferentes: transporte passivo, transporte passivo
facilitado e transporte ativo, como podemos ver na imagem a seguir.

Vamos conhecer melhor estes processos na sequência.

Transporte passivo (Difusão passiva)

Processo pelo qual moléculas pequenas e íons atravessam a membrana sem consumo de energia, por diferença de
gradiente de concentração. Um exemplo de difusão passiva ocorre na respiração: o oxigênio presente no ar que
chega aos alvéolos se difunde para o sangue dos capilares, enquanto o gás carbônico presente no sangue se
difunde para o interior dos alvéolos.

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Saiba mais
A osmose é um tipo especial de difusão, em que a água passa livremente para dentro ou para fora da célula, de
acordo com o gradiente de concentração. Isto é, se o meio intracelular está mais concentrado, a água passa para
dentro da célula e, assim, tem-se o equilíbrio, e vice-versa.

Na imagem a seguir, demonstramos o processo de transporte passivo.

Difusão passiva.

Transporte passivo facilitado

Processo de passagem de moléculas e íons pela membrana com auxílio de proteínas carreadoras, denominadas
permeases, sem consumo de energia. Um exemplo deste processo é o transporte de glicose para dentro da célula.

Transporte ativo

Processo de travessia de moléculas e íons pela membrana com auxílio de proteínas transportadoras e com
consumo de energia, geralmente contra um gradiente de concentração. Um exemplo bem conhecido desse tipo de
transporte é a “bomba de sódio e potássio”.

Bomba de sódio e potássio.

Ocorre bombeamento de sódio para fora da célula e de potássio para dentro, com a participação de proteínas e
gasto de energia (ATP), porque funciona contra o gradiente de concentração.

O fosfato é gasto, o qual se liga à proteína da membrana e o ATP (trifosfato de adenosina) se transforma em ADP
(difosfato de adenosina); com isso, a proteína se abre para um dos lados da membrana (jogando o sódio para fora
da célula); após, o fosfato se desliga da proteína e ela se abre então para o outro lado da membrana, jogando o
potássio para dentro da célula.
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Tipos de sinalização celular


A membrana plasmática é capaz de captar sinais, de realizar comunicações entre as células, coordenando a
proliferação mitótica, o crescimento tecidual e a função dos órgãos. Isso pode ocorrer com a participação de canais
das junções comunicantes formados pelas proteínas da membrana. Vamos conhecer os tipos de sinalização celular
logo a seguir.

Tipos de sinalização.

Sinalização endócrina

Neste caso, as moléculas sinalizadoras são substâncias químicas conhecidas como hormônios, os quais chegam às
células-alvo onde vão atuar por meio da circulação sanguínea. Estas células geralmente estão distantes e vão conter
receptores para tais hormônios.

Sinalização parácrina e autócrina

Neste caso, as moléculas sinalizadoras agem apenas no local, em células próximas, não sendo transportadas para
regiões distantes do corpo. Um exemplo de sinalização parácrina é a que ocorre com a participação dos
neurotransmissores liberados pelos neurônios na fenda sináptica, realizando a comunicação entre neurônios
vizinhos. Vamos ver em detalhes mais a frente.

Contudo, se a secreção tiver ação na própria célula que a sintetizou, é denominada sinalização autócrina. Um
exemplo desta autossinalização é a que ocorre na maturação das células de defesa denominadas linfócitos, que
liberam substâncias denominadas interleucinas, que estimulam a própria célula a se proliferar.

Sinalização sináptica

Este tipo de sinalização é parácrina e exclusiva do tecido nervoso, em que moléculas de neurotransmissores agem
em contatos celulares denominados sinapses, proporcionando a comunicação entre os neurônios. Há dois tipos de
sinapses nervosas: a sinapse elétrica e a sinapse química. Na química, o neurônio pré-sináptico vai encaminhar a

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informação e o pós-sináptico vai receber a informação, sempre neste sentido. O espaço entre os dois neurônios é
denominado fenda sináptica.

Os neurotransmissores são substâncias químicas que vão funcionar como mensageiros, passando a informação
entre os neurônios. Tais neurotransmissores são produzidos pelo neurônio e armazenados em vesículas na porção
terminal do neurônio conhecida como botão terminal. A liberação do neurotransmissor ocorre por exocitose e o
neurônio pós-sináptico possui receptores para ele. A serotonina é um exemplo de neurotransmissor.

Sinalização sináptica.

Matriz citoplasmática
A matriz citoplasmática, ou citoplasma, contém uma malha microtrabecular denominada citoesqueleto, as organelas
e os depósitos celulares. Como mencionado, depósitos são substâncias presentes nas células de forma transitória e
incluem glicídios, lipídios, proteínas e pigmentos. A matriz citoplasmática possui milhares de enzimas e todo o
substrato necessário para a síntese de proteínas. Vamos estudar o citoesqueleto e as organelas em detalhes, a
seguir.

Citoesqueleto
O citoesqueleto é uma rede complexa de microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermediários, constituídos
por proteínas. O citoesqueleto é responsável pelo formato celular, bem como participa do transporte intracelular de
vesículas e organelas pelo citoplasma.

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Citoesqueleto.

Vamos conhecer melhor os componentes do citoesqueleto:

Estrutura do espermatozoide com destaque para os microtúbulos.

Microtúbulos

Formam os cílios, especializações da superfície livre da membrana e importantes no revestimento epitelial do


trato respiratório; bem como o flagelo do espermatozoide, importante para sua movimentação.

Microvilosidades do intestino.

Microfilamentos

Compõem as microvilosidades, especializações nas membranas celulares que aumentam a superfície de


absorção, o que é muito importante em células absortivas do intestino e dos rins, por exemplo; bem como
exercem papel fundamental na movimentação de algumas células como os macrófagos. Os microfilamentos
actina e miosina são essenciais no processo de contração muscular.

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A célula com destaque para os filamentos intermediários.

Filamentos intermediários

Possuem função essencialmente estrutural.

Organelas
As organelas estão para as células assim como os órgãos estão para o corpo. Todas as células eucariontes
possuem organelas, variando em quantidade, de acordo com a função de cada célula no corpo. As organelas são
estruturas membranosas; cada organela tem suas próprias morfologia (formato) e funções. Elas executam todo o
trabalho necessário para o adequado funcionamento da célula. As principais organelas são: a mitocôndria, o retículo
endoplasmático rugoso (conhecido como RER), o retículo endoplasmático liso (conhecido como REL), o complexo
Golgiense (também conhecido como Aparelho de Golgi ou Complexo de Golgi), o lisossomo e o peroxissomo.
Vamos conhecer cada uma.

Mitocôndria expand_more

É composta por duas membranas, uma externa e uma interna, com um compartimento entre elas
denominado espaço intermembranoso. Pode ser esférica ou alongada, e tem sua membrana interna em
forma pregueada. Tais pregas são denominadas cristas mitocondriais, envolvendo um espaço preenchido
por um líquido viscoso conhecido como matriz mitocondrial.

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Função: é responsável pela produção de energia, sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP), o que ocorre
mediante um fluxo de elétrons com gasto de oxigênio (processo de fosforilação oxidativa) nas partículas
elementares das cristas mitocondriais. Participam, ainda, na síntese de alguns lipídios e proteínas.

Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) expand_more

É composto por túbulos achatados contínuos à membrana externa do núcleo e sua superfície externa, em
contato com o citoplasma, possui ribossomos aderidos à mesma, conferindo-lhe um aspecto rugoso. Os
ribossomos, por sua vez, são estruturas não membranosas, compostas por duas subunidades proteicas, uma
maior e uma menor.

Função: é responsável principalmente pela síntese de proteínas, com a participação dos ribossomos, que
contém o RNA ribossomal (rRNA); tais proteínas serão empacotadas em vesículas ou grânulos de secreção,
sendo as proteínas de secreção, lisossomais e de membrana. As proteínas não empacotadas serão
sintetizadas por ribossomos livres no citoplasma.

Retículo endoplasmático liso (REL) expand_more

É composto por túbulos achatados, em cuja superfície externa não contém ribossomos aderidos, conferindo-
lhe um aspecto liso.

Função: é responsável pela síntese de colesterol e lipídios, assim como pela desintoxicação de alguns
fármacos e toxinas. Atua, ainda, na captação e liberação de íons cálcio nas células musculares esqueléticas,
regulando a contração e o relaxamento musculares.

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Complexo Golgiense (Aparelho de Golgi ou Complexo de Golgi) expand_more

É composto por um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, com as porções laterais dilatadas. Possui
uma superfície convexa denominada cis e uma superfície côncava denominada trans.

Função: é responsável por empacotar e dar um destino às proteínas sintetizadas pelo RER. As vesículas
vindas do RER se fusionam às membranas do Complexo de Golgi na face cis e saem sob a forma de grânulos
de secreção na face trans. Alguns produtos de secreção serão armazenados, como, por exemplo, alguns
hormônios que só serão liberados de acordo com a necessidade.

Lisossomo expand_more

É uma vesícula esférica delimitada por membrana, de aspecto granuloso e rica em enzimas, podendo medir
de 0,05 a 0,5 micra.

Função: o lisossomo possui mais de quarenta enzimas hidrolíticas, sendo responsável pelo processo de
digestão intracelular, quando há renovação das organelas ou de demais componentes celulares. Atua, ainda,
na digestão intracitoplasmática de substâncias ou agentes biológicos resultantes do processo de fagocitose.
São exemplos de enzimas lisossomais: a fosfatase ácida, a ribonuclease, desoxirribonuclease, protease,
sulfatase e lipase, entre outras, sendo capazes de digerir todo tipo de molécula orgânica.

Peroxissomo expand_more

É uma vesícula esférica delimitada por membrana e rica em enzimas, medindo de 0,5 a 1,2 micra.
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Função: o peroxissomo utiliza grandes quantidades de oxigênio e realiza a oxidação de substratos orgânicos
específicos. Retira átomos de hidrogênio que, combinados com o oxigênio, originam peróxido de hidrogênio
(H2O2). O H2O2 é uma substância oxidante e, portanto, prejudicial à célula, sendo então eliminado pela

enzima catalase, originando, ao final, água (H2O). No fígado, esta organela realiza a síntese de ácidos biliares

e de colesterol.

Ao apresentarmos o retículo endoplasmático, falamos sobre o RNA e o “empacotamento” de proteínas, mas você
sabe como ocorre a síntese dessas proteínas?

O processo pelo qual a molécula de DNA é copiada sob a forma de RNA é denominado transcrição. As cópias de
RNA obtidas a partir de segmentos de DNA são usadas diretamente como moldes para direcionar a síntese proteica.
A síntese proteica requer o RNA mensageiro (mRNA), vindo do núcleo, que contém o código de sequência de
aminoácidos; o RNA de transferência ou transportador, que transporta os aminoácidos e os ribossomos; e o RNA
ribossomal (rRNA) presente nos ribossomos. O complexo formado por uma molécula de mRNA e por ribossomos a
ela ligados é chamado de polissomo ou poliribossomo. Já no processo de tradução, o código genético será lido, isto
é, a informação genética codificada nos ácidos nucleicos será traduzida em uma sequência de aminoácidos. A
transcrição e a tradução são assuntos estudados de modo mais aprofundado em genética.

Poliribossomo e síntese proteica.

Agora vamos relembrar como ocorre a fagocitose no organismo? Assista ao vídeo a seguir para obter as respostas!

video_library
O processo de fagocitose e sua importância

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Neste vídeo, a especialista explica as etapas do processo de fagocitose, citando exemplos e enfatizando sua
importância como meio de defesa do organismo e em processos que ocorrem naturalmente no corpo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Na membrana plasmática esquematizada a seguir, são ilustrados seus componentes. Marque a alternativa que
corresponde corretamente aos componentes indicados pelas setas, na ordem da esquerda para a direita.

A Proteína, fosfolipídio e carboidrato.

B Proteína, carboidrato e fosfolipídeo.

C Fosfolipídeo, carboidrato e proteína.

D Fosfolipídio, proteína e carboidrato.

E Carboidrato, proteína e lipídio.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Segundo o modelo mosaico fluido, os constituintes da membrana plasmática incluem, na ordem: fosfolipídeo,
proteína e carboidrato. As estruturas com uma porção globosa e outra filamentosa são os fosfolipídeos; as

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estruturas com filamento central com ramificações laterais são os carboidratos e as estruturas globosas
maiores são as proteínas.

Questão 2

As células eucariontes apresentam no citoplasma estruturas separadas por membranas denominadas


organelas, as quais possuem morfologia e função distintas, para que a célula possa exercer todos os processos
metabólicos adequadamente. Baseado nessa afirmativa, correlacione a coluna da direita de acordo com a da
esquerda, no quadro a seguir, e marque a alternativa correta, no sentido de cima para baixo.

ORGANELA MORFOLOGIA E FUNÇÃO

1) Retículo endoplasmático ( ) estrutura arredondada e repleta de enzimas; participa do processo de


rugoso (RER) fagocitose.

2) Retículo endoplasmático ( ) estrutura esférica com dupla membrana e cristas internas; responsável
liso (REL) pela produção de energia (ATP).

( ) uma série de vesículas achatadas; responsável pela síntese de


3) Mitocôndria
fosfolipídeos.

( ) composta por vesículas achatadas, com dilatação nos bordos; dá um


4) Complexo Golgiense
destino final às proteínas.

( ) vesículas achatadas com ribossomos externamente aderidos; faz a


5) Lisossomo
síntese de proteínas.

A 4–3–1–5–2

B 1–5–4–2–3

C 5–4–3–2–1

D 5–3–2–4–1

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E 2–4–3–1–5

Parabéns! A alternativa D está correta.

Todas as organelas são estruturas membranosas. O RER, o REL e o Complexo de Golgi são compostos por
diversas saculações, sendo que o RER tem ribossomos aderidos à membrana externa, e, por isso, é denominado
rugoso; já o REL não os possui. O Complexo de Golgi é o único que vai apresentar dilatações nas laterais. O
lisossomo é uma vesícula esférica repleta de enzimas. A mitocôndria tem morfologia peculiar com uma dupla
membrana e formação de cristas internas. O RER está relacionado à síntese de proteínas direcionadas ao
Complexo de Golgi, que, por sua vez, dá um destino a essas proteínas. O REL está relacionado à síntese de
substâncias de natureza esteroidal. O lisossomo é a única organela que participa do processo de fagocitose e a
mitocôndria é responsável pela síntese de energia sob a forma de ATP.

4 - Núcleo celular
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os constituintes do núcleo celular, suas funções
e sua relação com as diversas fases do ciclo celular.

Estrutura e função do núcleo celular

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O núcleo celular
O núcleo contém o material genético (DNA) da célula que, de modo geral, é conhecido como genoma. O genoma
compreende o conjunto da informação genética de um indivíduo codificada no DNA. Nos tecidos, geralmente as
células contêm um núcleo cada, o qual é arredondado ou ovoide. Exceções incluem, por exemplo, células de defesa
multinucleadas (como os macrófagos, conhecidos como células gigantes multinucleadas) ou até células
binucleadas, como é o caso das células do fígado dos coelhos, e núcleos divididos em lóbulos, como ocorre nas
células de defesa denominadas neutrófilos (com o núcleo subdividido em três lóbulos) e eosinófilos (com o núcleo
subdividido em dois lóbulos).

O núcleo é o centro de controle de todas as atividades celulares e está para a célula, assim como o cérebro está para
o corpo. Nada acontece na célula sem que haja o comando do núcleo. E isto acontece por meio de mensagens, que
resultarão na síntese de proteínas pela célula. Para que ocorra, é necessária a leitura do código genético.

O núcleo é constituído por: envoltório nuclear, cromatina nuclear (eucromatina e heterocromatina), nucléolo, matriz
nuclear e nucleoplasma, como podemos ver na imagem a seguir.

Núcleo celular.

Vamos conhecer os componentes do núcleo com maiores detalhes na sequência.

Envoltório nuclear
O envoltório nuclear, também conhecido como carioteca, separa o núcleo do citoplasma e é composto por duas
membranas separadas por um espaço denominado cisterna perinuclear. Existem pontos de união destas
membranas onde são formados locais de comunicação do núcleo com o citoplasma (complexo do poro), por onde
podem passar moléculas e íons, de modo seletivo. Essa passagem pode ocorrer por difusão passiva ou transporte
ativo, conforme estudamos no módulo anterior. Cada complexo do poro é uma estrutura cilíndrica composta por
mais de cem proteínas.

Cromatina nuclear
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Genoma é a palavra usada quando queremos nos referir à informação genética total contida no DNA de uma célula
ou de um organismo. Cromatina é o nome dado à forma como visualizamos o material genético na célula, por meio
da microscopia óptica. Há dois tipos de cromatina:

Heterocromatina
É denominada desta forma quando condensada. Aparece como áreas mais densas ou grumos enegrecidos no
núcleo

Eucromatina
É denominada desta forma quando não condensada. Aparece de modo disperso, como um pontilhado ou de forma
granulosa.

Mas, o que significa o condensamento ou não da cromatina? Vamos compreender melhor?

Se a cromatina está condensada, significa que ela está inativa, os cromossomos estão espiralizados e não está
ocorrendo a leitura do código genético contido nela.
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Se, por outro lado, a cromatina está dispersa, significa que os cromossomos estão desespiralizados e está
ocorrendo a leitura do código genético, com consequente síntese de proteínas.

Para entendermos melhor como a informação genética está organizada dentro do núcleo celular, é preciso
esclarecer que a cromatina, quando condensada e enrolada em si mesma, adquire aspecto morfológico diferente e
forma os cromossomos. Vamos estudar os cromossomos e sua constituição adiante. E mais, vamos entender a
relação dos cromossomos com o cariótipo. Veja, na imagem a seguir, como se dá a relação entre a cromatina e o
cromossomo:

DNA associado às histonas formando os nucleossomos organizados em cromatina, que, por sua vez, formam os cromossomos.

O número total de cromossomos da célula de um indivíduo é denominado cariótipo e varia em função da espécie. O
ser humano possui 46 cromossomos, incluindo os cromossomos sexuais X e Y. O humano com dois cromossomos

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X é geneticamente uma mulher e o humano com um cromossomo X e um Y é um homem. O restante são 22


cromossomos pareados, totalizando os 46 cromossomos.

Cariótipo humano.

Os cromossomos correspondem à forma codificada do DNA, em que cada cromossomo é composto por duplos
filamentos em formato de hélice (helicoidais) de DNA associados a proteínas denominadas histonas, onde oito
moléculas de proteínas são envoltas por duas voltas de DNA, constituindo um nucleossomo.

O DNA, por sua vez, é uma macromolécula composta por moléculas menores denominadas nucleotídeos.

O DNA e seus componentes.

Vale lembrar que os nucleotídeos do DNA são compostos por fosfato, açúcar desoxirribose e bases nitrogenadas
(adenina, guanina, timina e citosina) unidas por pontes de hidrogênio. Cada sequência de bases nitrogenadas ou
segmento do DNA que contenha a informação genética capaz de produzir uma determinada proteína se chama
gene. Por isso, se diz que o DNA é formado por vários genes. Cada gene será capaz de determinar uma ou mais
características do indivíduo, como a cor dos olhos, da pele, entre outras. Vale ressaltar que alguns genes produzem
RNA em vez de proteínas como produto final.

Curiosidade

O cariótipo varia em função das espécies: os cães possuem 78 cromossomos; o cavalo possui 64; vacas e cabras
possuem 60, as ovelhas possuem 54 e os porcos e gatos possuem 38 cromossomos. Não existe correlação entre o
número de cromossomos e a complexidade da espécie. É por meio da análise do cariótipo que se pode realizar um
teste de paternidade ou de irmandade, ou determinar se determinado material biológico encontrado na cena de um
crime é proveniente de um animal humano ou de um animal não humano, por exemplo.

Nucléolo

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Os nucléolos são, geralmente, uma ou duas formações intranucleares arredondadas, onde são produzidos os
ribossomos, sendo mais evidentes em células secretoras de proteínas ou em intensa atividade mitótica, como as
células embrionárias ou células neoplásicas (cancerígenas).

Matriz nuclear

A matriz nuclear é uma parte do núcleo que não é reconhecida por todos os pesquisadores. Alguns reconhecem sua
existência e afirmam que esta fornece o esqueleto para os cromossomos interfásicos. Outros pesquisadores
argumentam que esta é só um artefato de técnica, isto é, um defeito que pode ocorrer no preparo do material a ser
analisado.

Nucleoplasma
É o componente granuloso que preenche o espaço entre os demais elementos bem caracterizados do núcleo, como
a cromatina e o nucléolo. É constituído por água, íons, aminoácidos, enzimas, receptores para hormônios, entre
outros.

Ciclo celular
Ao pensarmos em renovação celular, temos que ter em mente de que há três tipos de células somáticas (do corpo):
as lábeis, as estáveis e as permanentes.

Células lábeis

Temos como exemplos as células de revestimento da pele (epiderme) ou da mucosa da boca ou do


restante do trato gastrointestinal, que estão sempre em processo de renovação, isto é, estão sempre
morrendo e sendo substituídas por novas células.

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Células estáveis

Temos como exemplos os fibroblastos e as células que compõem as glândulas, em que ocorre a
renovação celular, caso haja necessidade, no caso de ocorrência de uma lesão ou morte celular.

Células permanentes

Temos como exemplos as células que não são renovadas durante a vida do indivíduo, como é o caso
dos neurônios e das células musculares cardíacas.

E quais são as fases do ciclo celular?

O ciclo celular se divide em fases: intérfase e mitose. Na intérfase, não está ocorrendo o processo de divisão celular
ainda; o código genético é duplicado, bem como os centríolos, e se formam os cromossomos mitóticos. A intérfase,
por sua vez, se divide em três fases: G1, S e G2.

Fase G1 expand_more

Nesta fase, ocorre a síntese de RNA e de proteínas, bem como o aumento do número de organelas celulares.
Após a fase G1, a célula que não está se multiplicado vai para a fase G0, que corresponde a uma fase de
repouso.

Fase S expand_more

Nesta fase, ocorre a síntese e duplicação de DNA e de centríolos.

Fase G2 expand_more

Nesta fase, há o acúmulo de energia para ser usada na mitose e na síntese de tubulina para formar os
microtúbulos do fuso mitótico.

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No caso das células que não se renovam, estas permanecerão na fase G0, que corresponde à fase de repouso e não
entrarão no ciclo mitótico.

Curiosidade
Existe um processo de morte celular programada denominado apoptose, em que uma determinada célula é
programada para morrer e o processo de multiplicação mitótica ocorre para repor aquela célula. Um erro no ciclo
celular causado por uma mutação pode fazer com que a célula permaneça se multiplicando sem parar, originando
os tumores do câncer.

Divisão celular: mitose, meiose e citocinese

Mitose
A mitose é um processo contínuo, em que a “célula-mãe”, após realizar a duplicação dos cromossomos, se divide
em duas “células-filhas”, as quais manterão o mesmo número de cromossomos da célula-mãe.

A mitose ocorre nos processos de crescimento do corpo do indivíduo, de regeneração (após uma lesão) ou de
renovação celular das células do corpo. A mitose inicia logo após a intérfase, ou seja, inicia a partir da fase G2 da
intérfase.

A mitose ocorre em diferentes fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Veja como ocorre cada uma:

Prófase Metáfase Anáfase Te

Nesta fase, há a condensação Nesta fase, os cromossomos Nesta fase, os N


gradual da cromatina e o estão dispostos em uma “cromossomos-filhos” ou d
centrossomo se divide em placa no equador da célula, “cromátides-irmãs” separam- fi
dois, migrando cada um para com divisão do cromossomo se e migram para os pólos da t
cada um dos pólos da célula, em duas cromátides, isto é, célula, com a participação m
formando o fuso mitótico; o eles estão alinhados no meio das fibras do fuso que puxam r
nucléolo desaparece e o da célula pra que a divisão as cromátides para lados c
núcleo vai se desfazendo. seja exata. opostos, movimentando uma n
cópia de DNA para cada lado.

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A divisão do material nuclear é acompanhada da divisão do citoplasma, denominada citocinese, a qual se inicia na
anáfase e termina na telófase, sendo um processo de constrição da célula.

Na citocinese, ocorre a divisão do citoplasma mediante um estrangulamento gradual na região central da célula,
com a participação de filamentos proteicos que vão se contrair e puxar a membrana para dentro, formando um
sulco; ao final deste processo, ocorre a separação da célula em duas células-filhas.

Meiose
O processo de meiose ocorre durante a gametogênese, quando se formam os gametas masculinos
(espermatozoides) ou os gametas femininos (ovócitos). Ao final do processo, cada gameta conterá metade do
número de cromossomos do indivíduo (células haploides ou n). Com isso, o espermatozoide traz consigo o material
genético vindo do pai (n) e o ovócito carrega o material genético vindo da mãe (n).

O processo de meiose é dividido em duas fases, então há dois processos de divisão (meiose I e meiose II). Vejamos
a seguir:

Meiose I

Essa fase é a meiose verdadeira, isto é, é a reducional, em que ao final teremos metade do número de
cromossomos. Na meiose I, ocorrem as seguintes fases: prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. A prófase I é
subdividida em várias fases e é onde ocorre o crossing over, em que há uma troca de material genético entre os
cromossomos, resultando em grande variabilidade genética da espécie. Na metáfase I, os cromossomos estão aos
pares, um ao lado do outro. Na anáfase I, metade dos cromossomos vai para cada lado da célula. Segue-se a
telófase I e a citocinese.

Meiose II

Essa fase é composta de subfases: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II, de modo semelhante ao descrito
na mitose. A primeira célula formada após a fecundação, isto é, após a fusão do espermatozoide como o ovócito, é
chamada de zigoto (célula diploide ou 2n) e vai conter as características genéticas do pai e da mãe. O zigoto vai

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entrar no processo de mitose constante para então formar os tecidos, órgãos, sistemas e o corpo como um todo,
durante a fase de embriogênese.

Na imagem a seguir, podemos ver de forma bem resumida os processos de mitose e meiose.

Mitose e Meiose.

Replicação do DNA
A replicação do DNA deve ocorrer com extrema precisão, para que a informação genética da “célula-mãe” seja
idêntica a de suas “células-filhas”. Para que ocorra, haverá a separação das duas fitas da hélice de DNA, permitindo
pareamento com o nucleotídeo livre a ser incorporado. Participa deste processo uma enzima denominada DNA
polimerase, e os nucleotídeos livres servem como substrato para essa enzima. Cada uma das fitas originais atua
como molde para a formação de uma fita inteiramente nova.

Replicação do DNA.

A fita dupla de DNA é aberta e a síntese do DNA ocorre no sentido 5’ para 3’, sendo que uma das fitas vai ser
contínua (fita líder) e a outra vai ser descontínua ou fragmentada, isto é, vai apresentar fragmentos denominados de

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fragmentos de Okazaki. A região de abertura é chamada de forquilha de replicação. A enzima helicase vai atuando,
rompendo as ligações ou pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. A primase é uma enzima que vai criar
um ponto de iniciação denominado primer de RNA, onde atuará outra enzima denominada DNA polimerase, a qual irá
percorrer a fita, encaixando os nucleotídeos e montando uma nova fita. Essa mesma enzima vai preencher os
espaços ou fragmentos de Okazaki. Ao final, a enzima ligase atuará unindo os espaços que ainda restaram,
completando o processo.

Etapas da replicação do DNA.

Quer relembrar as etapas de divisão celular que constituem a mitose? Não deixe de ver o vídeo a seguir.

video_library
Mitose
Neste vídeo, a especialista apresenta as etapas do processo de mitose.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O núcleo é o centro de controle de todas as atividades de uma célula eucarionte. Dos constituintes celulares
listados, qual está presente nas células eucariontes, não existindo nas células procariontes, inclusive auxiliando
no processo de distinção entre estes dois tipos celulares?

A Envoltório nuclear

B
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Parede com peptideoglicanos

C Ribossomo

D Membrana celular

E DNA

Parabéns! A alternativa A está correta.

As células procariontes possuem DNA. Contudo, este não é separado por uma membrana (envoltório nuclear)
compondo o núcleo, o que só ocorre nas células eucariontes. As células procariontes apresentam, igualmente
às células eucariontes, estruturas como a membrana celular e os ribossomos (livres no citoplasma).

Questão 2

O ciclo celular envolve diferentes fases. Na mitose, as “células-filhas” são idênticas à “célula-mãe” que as
originou, inclusive mantendo o número de cromossomos. Já no processo de meiose, que ocorre durante a
gametogênese, a célula produzida ao final vai possuir metade do material genético da célula que a originou.
Com base nessas considerações, leia as afirmativas, a seguir, e marque a resposta correta.

I) Na intérfase, não está ocorrendo o processo de divisão celular, sendo uma fase de repouso total da célula
(G0).
II) A duplicação dos cromossomos ocorre na fase S da intérfase.
III) Na prófase da mitose, os cromossomos migram para os pólos opostos da célula.
IV) Na prófase I da meiose, ocorre o crossing over, o qual não ocorre na mitose.

A Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

B Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.

C Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

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D Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

E Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A intérfase não corresponde à fase de repouso (G0), e sim a uma fase em que a célula se prepara para entrar no
ciclo celular, ocorrendo, por exemplo, a síntese de RNA e de proteínas, o aumento do número de organelas na
fase G1, a síntese e duplicação de DNA e de centríolos na fase S e o acúmulo de energia e a síntese de tubulina
na fase G2.

Considerações finais
Após estudar este conteúdo, podemos refletir sobre como a vida foi possível na Terra, sobre a diversidade de
espécies existentes, as semelhanças e diferenças entre indivíduos da mesma espécie, como nos mantemos vivos, o
porquê adoecemos e envelhecemos. Todos esses processos estão ligados às células – as unidades básicas da vida
– e à sua capacidade de produzir energia, se dividir, se comunicar com o meio extracelular e com outras células e
transportar substâncias.

É somente com o conhecimento básico sobre a célula, suas organelas e demais constituintes e sobre as funções
que desempenham que podemos entender sua importância para a manutenção dos seres vivos. São diversas as
consequências prejudiciais a um organismo, caso as atividades celulares não ocorram de forma adequada,
programada e precisa.

headset
Podcast
Neste podcast, a especialista irá abordar de uma forma resumida as funções exercidas pelos principais constituintes
de uma célula eucarionte.

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Referências
ALBERTS, B.; JOHNSON,A.; LEWIS, J.; MORGAN, D.; RAFF, M; ROBERTS, K.; WALTER, P.; WILSON, J.; HUNT, T. Biologia
molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2010.

ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKIN, K.; JOHNSON.A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P. Fundamentos da
biologia celular. 4. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2019.

GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Atlas colorido de histologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

RODWELL, V. W.; BENDER, D.; BOTHAM, K. M. Bioquímica ilustrada de Harper. 31. ed. Porto Alegre: AMGH Editora
Ltda. 2021.

TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2012.

Explore +
Conheça um pouco mais sobre os constituintes das células:

Assistindo ao vídeo Organelas Celulares: estrutura celular e citoplasma - Animação 3D, no canal Ciência Traduzida,
do Youtube.

Estudando o Atlas colorido de histologia, de Gartner e Hiatt, e o livro Biologia Molecular da Célula, de Alberts e
colaboradores.

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