Material de Apoio Bio 9 Novo
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A importância do estudo da Biologia
A Biologia tem como objeto de estudo os seres vivos e as suas interações com o meio. É a ciência
que estuda a vida dos seres vivos nos seus mais variados aspectos. O estudo da biologia é muito
importante, pois, com ela aprenderemos como lidar com a Natureza e conheceremos as fontes que
servem de subsistência, para que se viva melhor.
O ensino da Biologia está praticamente relacionado com o nosso cotidiano, pois relaciona-se com
muitos dos grandes problemas sociais, tecnológicos e ambientais de hoje.
Por esta razão, o ensino da Biologia deve, sempre proporcionar, valores e princípios de ética, tais
como: o respeito pela vida, a preservação do meio ambiente, o controlo da taxa de natalidade, as
carências e os excessos alimentares, assim, como evitar e prevenir doenças, prever os
desequilíbrios ecológicos, entender os processos biológicos (conhecer a história evolutiva dos
seres vivos) e assim, promover acções que contribuem para uma boa biodiversidade. Isto é fazer
previsões sobre o impacto que o ser humano tem sobre a natureza e como as suas acções pode
prejudicar a própria vida, tais como as emissões de gases poluentes, a desertificação provocando o
aquecimento global, a extinção das espécies, entre outros.
A descoberta da célula foi um processo lento que envolveu a colaboração de muitos investigadores
e dependeu de vários processos tecnológicos. Com a invenção do microscópio, eles puderam
verificar que todos os seres vivos são constituídos por pequenas unidades denominadas células.
No ano de 1300, descobriu-se que certo tipo de lentes específicas tinha capacidade para aumentar
o tamanho das imagens dos corpos. Com a invenção dos óculos, as propriedades de lentes passaram
a ser muito estudadas e os métodos de fabricos e polimento melhoraram.
Galileu Galilei = no final do século XVI construiu o 1º Telescópio para a visualização de objetos
distantes e do lado oposto, permitia observar objetos pequenos, invisíveis a olho nu, ou seja,
funcionava como microscópio.
Antonie Van Leeuwenhoek (1632 – 1723) = era um abastado comerciante de tecidos holandeses.
Polir lentes e construir microscópios era o seu Passa-Tempo. Porém, a sua curiosidade levou a
construir um microscópio (com apenas uma lente) com a capacidade de ampliação na ordem de
(40 a 270X), que usou na observação de bactérias e protozoários numa gota de água. Contribuiu
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ainda com a descrição dos capilares que ligam as artérias e as veias dos vertebrados, da estrutura
microscópica dos músculos, dos dentes e de outros órgãos.
Malpighi (1628 – 1694) = foi um médico, anatomista e biólogo italiano que realizou uma série de
estudos sobre a anatomia microscópica dos animais e plantas. Foi ele que descobriu a camada mais
interna da pele, as papilas da língua e os glóbulos vermelhos do sangue, entre outros…
Hooke (1635 – 1703) = foi um dos maiores cientistas experimentais ingleses do século XVII.
Estudou entre outras coisas, a estrutura das penas das aves, das patas das moscas e da cortiça. Foi
com ele que surgiu pela 1ª vez o conceito célula (1665) = que designou de pequena “cela” ou
pequenas cavidades. Com Hooke surge também pela primeira vez um sistema de duas lentes uma
ocular e outra objetiva = que serviu de base aos modernos microscópios ópticos compostos
(MOC).
Depois desta primeira descoberta, os estudos microscópicos progrediram muito pouco, e nos
duzentos anos seguintes nenhuma descoberta importante foi feita. Em 1830, começaram a produzir
lentes de melhor qualidade que, ao fornecerem melhores imagens, permitiram o desenvolvimento
científico.
Dutrochet (1824) = depois de comparar sistematicamente tecidos animais e vegetais, concluiu que
a célula é a unidade de constituição de todos os organismos vivos. Esta teoria teve dificuldade em
se impor, já que implicava uma modificação da concepção básica dos organismos.
Em 1833, Robert Brown = encontrou em células de orquídeas uma formação densa e globosa,
que denominou núcleo. Brown admitiu que estes núcleos se encontravam também nas células de
outras plantas.
NOTA: Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado no final do século XVI por Hans
Janssen e seu filho Zacharias Janssen, dois holandeses fabricantes de óculos. Porém, tudo indica
que o primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi Leeuwenhoek.
A Teoria celular é um dos conhecimentos fundamentais da Biologia. Essa teoria indica que todos
os seres vivos são constituídos por células. Seus idealizadores foram Schleiden e Schwann
(alemães), marcando um dos momentos mais significativos na história da Biologia ao elaborarem
essa teoria.
Mathias Jakob Schleiden (Botânico) em 1838 fez a seguinte generalização: «as plantas inferiores
são todas constituídas por uma única célula, enquanto as superioras por muitas células».
Em 1958 Rudolf Virchow postulou que a célula não só é a unidade estrutural dos seres vivos, mas
também a sua fisiologia, onde ocorrem em conjunto de reações químicas necessárias para a
manutenção da vida. Acrescentou ainda o seguinte princípio: «toda a célula tem origem em outra
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célula pré-existente» que teve grande importância no estudo da Biologia celular (Citologia) –
ciência que estuda as células.
Recentemente foi acrescentada a Teoria celular uma outra generalização: «todas as células
contêm material hereditário através do qual as características específicas passam de uma célula -
mãe para as células – filhas».
A Teoria celular tem os seguintes princípios, ou seja, Teorias que sustentam as ciências
biológicas:
2- Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos são constituídos por
células, nas quais ocorrem um conjunto de reações químicas necessárias á manutenção da vida;
3- Todas as células provêm de células pré-existentes pois, qualquer célula se forma por
divisão de uma outra;
Por possuírem um tamanho muito reduzido, a maioria das células são microscópicas, isto é, só se
consegue observar com ajuda de um instrumento chamado microscópio. Os microscópios
dividem-se basicamente em duas categorias: microscópio óptico (amplia imagens transpassada
por um feixe de luz) e microscópio eletrónico (amplia imagens por meio de feixes de elétrons –
é um equipamento com potencial de aumento muito superior ao óptico. Foi inventado pelo físico
alemão “Ernest Ruska”), mas a nossa atenção estará voltada para o estudo do Microscópio óptico.
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O Microscópio óptico é um instrumento com a capacidade de ampliar imagens de objectos
pequenos graças ao seu poder de resolução.
Este pode ser simples (com apenas uma lente) ou composto (com duas ou mais lentes associadas).
Está composto por uma Parte óptica e outra mecânica:
1- A Parte óptica (permite a iluminação e a ampliação da imagem). Está composta por um sistema
de iluminação e por um sistema de ampliação:
Espelho = tem a função de refletir para a preparação a luz que recebe da fonte luminosa exterior.
Braço ou coluna = suporta todos os componentes. É por onde se segura para o transportar;
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1.3.2 Características da imagem obtidas em microscopia óptica.
Uma das características da imagem obtida em microscopia óptica diz respeito a sua ampliação,
permitindo a observação de estruturas invisíveis à vista desarmada. O aumento proporcional dado
pelo microscópio deve-se a conjugação de dois poderes ampliadores: Objectiva e a Ocular.
Se ampliarmos demasiadamente uma imagem, esta pode apresentar-se pouco nítida, mas se for
menor terá uma excelente nitidez. Dito de outra forma, quando maior for a ampliação utilizada
nos sistemas de lentes, menor será a superfície que é possível observar.
- Uma outra característica da imagem dada pelo microscópio é de ser duplamente invertida (sentido
oposto). Ex: F Ⅎ …
- O que torna possível a observação de objectos microscópicos é a ampliação total dada pelo
microscópio óptico. Esta ampliação resulta do valor da ampliação da ocular e do valor da
ampliação da objectiva. Estes valores, por norma estão escritos na própria ocular e em cada uma
das objectivas do microscópio.
Fórmula:
Exercícios:
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1.3.4 Técnicas citológicas para a microscopia óptica
►Preparações temporárias = são aquelas feitas com células vivas, montadas no seu meio natural
de vida ou numa substância inofensiva como água doce ou salgada, soro fisiológico, sangue, etc.
(Neste tipo de preparação, observa-se o material vivo, numa curta duração de tempo, por causa da
degradação ou autodestruição da célula).
► Preparações definitivas = são aquelas feitas com células mortas. Nesta preparação as células
são fixadas ou mortas instantaneamente e coradas para melhor a observação dos seus componentes.
(Neste tipo de preparação, observa-se o material por longa duração de tempo).
- Inclusão e corte consistem na imersão do material biológico numa substância chamada parafina,
posteriormente cortadas com o micrómetro para a devida análise. Mas como a parafina e a água
não são miscíveis, vai ser necessário proceder a desidratação do material através da remoção
gradual da água dos tecidos, sendo esta substituída por álcool.
- Esfregaço e coloração consistem em misturar o material com líquidos orgânicos (sangue, soro
fisiológico) e colonias de bactérias. Depois deixar secar numa lamela. Depois de seco pode ser
fixado e colorado.
- Esmagamento é uma técnica usada quando as células a animais ou vegetais têm uma fraca
aderência (ex.: células da cebola). Esmaga-se o tecido, formando uma camada fina que facilita a
passagem da luz durante a observação no MOC.
- Hidratação consiste em hidratar o material com água e colorá-lo para pôr em evidência as
estruturas celulares.
Para pôr em evidência certas estruturas celulares deve-se proceder a coloração do material,
utilizando diferentes corantes. Para a preparação temporária deve-se utilizar corantes vitais que
permitem que as células continuem vivas.
Cada corante reage apenas com certos elementos celulares, facilitando a observação.
Não existe uma técnica de coloração que sozinha ponha em evidência todas as estruturas celulares.
É necessário conhecer a morfologia de todos os constituintes de um determinado tipo de célula,
para evidenciar a cada estrutura.
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Eosina Citoplasma
Azul – de – Núcleo
metileno
- Corantes naturais = são extraídos de animais e plantas. Ex: carmim; hisnotoxilina; licopénio.
- Existem dois grandes grupos de células designadas de acordo com a sua organização, que são:
procariotas e eucariotas.
O termo procariota vem do grego, onde “pro” significa «antes» e “karyon” «núcleo». O material
nuclear designa-se por nucleoide (com o ADN), pois não constitui um verdadeiro núcleo
individualizado.
São chamadas de células procariotas por não se verificar a existência de núcleo individualizado.
Os seres constituídos por células procarióticas são designados por seres procariontes. O
citoplasma (com pucos organelos) é desprovido de organelos como mitocôndrias, plastos,
complexo de Golgi e outros. São células simples e estão associadas as bactérias e as
cianobactérias (algas azuis).
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- Rápida reprodução;
A designação da célula eucariota vem do grego onde o (“eu” significa «verdadeiro» e “karyon”
«núcleo». Os seres vivos constituídos por células eucarióticas são designados por seres
eucariontes.
São células complexas. Ao observarmos uma célula eucariota ao microscópio, pode notar-se uma
estrutura geralmente arredondada – o núcleo (com o ADN). Aparece ainda um líquido homogéneo
– o citoplasma (com vários organelos), e a membrana citoplasmática. Os vacúolos,
mitocôndrias, plastos, centrómeros, complexos de Golgi e reticulo endoplasmáticos são outros
constituintes da célula eucariota, que apresentam diferentes funções. Estão associados os animais,
as plantas, os fungos e protistas.
Protistas = grupo específicos de seres vivos ao qual pertencem as algas e o plasmódio (parasita causador da malária)
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1.4.3 Comparação estrutural da célula animal com a célula vegetal
As células eucariotas são constituídas por um grande número de organelos. Estes na sua maioria
são comuns as células animais e vegetais, como é o caso das mitocôndrias, núcleo, retículo
endoplasmático, ribossomas, complexo de Golgi, citoplasma e membrana celular.
No entanto, há organelos que, apenas se encontram presentes num tipo de células: as células
vegetais contêm: parede celular, cloroplastos e vacúolos de grandes dimensões. Já as células
animais possuem centríolos, os vacúolos são pequenos e numerosos. Apesar de existir uma
estrutura básica comum a todas as células eucariotas, existem algumas diferenças entre a célula
animal e a células vegetal. A estrutura seguinte sumaria uma comparação entre esses dois tipos de
células.
- O hialoplasma apresenta uma certa viscosidade, variável em diferentes tipos de célula e dentro
da mesma célula, em função da idade e da actividade celular. Entre os organitos existentes no
hialoplasma, podem destacar:
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intercâmbio de substâncias entre o citoplasma e o nucleoplasma. No suco nuclear ou
nucleoplasma, podes observar os nucléolos, formações mais ou menos esféricas, e muitas
granulações irregulares que no seu conjunto tomam o nome de cromatina.
- A cromatina faz parte dos elementos nucleares chamados cromossomas. Estes só se podem
observar nitidamente aquando da divisão celular. A estrutura do núcleo varia, conforme é observado
no decorrer da divisão nuclear ou durante o período que separa duas divisões.
Em todas as células somáticas de uma mesma espécie, o número de cromossomas é constante. Por
exemplo:
►Centrossoma – é uma região mais ou menos amorfa, localizada perto do núcleo em células
animais e em algumas células de plantas, não tendo sido nunca observada nas células das plantas
superiores (angiospérmicas). O centro desta zona está um par de estruturas cilíndricas designadas
centríolos e dispostas perpendicularmente, formando um L.
►Vacúolos cavidades limitadas por uma membrana contendo produtos inorgânicos (água e sais
minerais) e produtos orgânicos (absorvidas ou elaboradas pela célula – armazenamento de
substancias). Os vacúolos são pequenos e numerosos nas células animais e nas células vegetais
jovens; nas células mais diferenciadas das plantas, apresentam-se bastante desenvolvidos
(grandes), chegando a ocupar quase todo o interior da célula.
►Mesossomo – secreta enzimas, replicação, divisão celular (respiração das bactérias – só nas
procariotas).
►Plastos são organitos típicos das células vegetais. Eles elaboram e acumulam determinadas
substâncias. De acordo com a função nos plastos encontram-se as seguintes estruturas:
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- Cromoplastos - onde estão localizados outros pigmentos não verdes que são responsáveis pelas
diversas cores das flores e frutos.
Existem ainda outros organitos que só com técnicas especiais são observáveis ao microscópio
óptico. Estão neste caso o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi, e o centrossoma.
- Reticulo endoplasmático rugoso – deve o seu nome ao facto de as suas membranas conterem
ribossomas, locais da síntese proteica. As proteínas são lançadas para o interior das membranas,
onde serão transformadas ou dirigidas a outras localizações da célula.
- Reticulo endoplasmático liso – não apresenta ribossomas nas suas membranas. Nele, as proteínas
sintetizadas no retículo rugoso são quimicamente alteradas. No entanto, intervém na síntese de
lípidos e de algumas glicoproteínas e polissacarídeos.
►Complexo de Golgi – deve o seu nome ao cientista italiano que primeiro o observou ao
Microscópio óptico composto. É formado por sacos membranosos designados cisternas e por
pequenas vesículas.
Estruturas fotossintéticas Não existe plastos – a fotossíntese Existem cloroplastos, onde tem lugar
realiza-se em lamelas fotossintética. o processo da fotossíntese- só
existem nas plantas.
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1.5 Seres unicelulares e seres pluricelulares
- Designam-se por seres unicelulares, todos os seres vivos constituídos apenas por uma célula.
São exemplos as bactérias, alguns fungos (como as leveduras), os protozoários (como o
tripanossoma, ameba, plasmódio), entre outros…
Apesar de só terem uma célula, os seres unicelulares conseguem realizar todas as actividades
essenciais a vida, tais como respiração, alimentação, crescimento e reprodução, nalguns casos,
locomovem-se. Podem ter vida livre ou serem parasitas de animais e vegetais, provocando nestes
sérios transtornos e, em muitos casos, a morte.
Cada ser unicelular é a própria célula, estando bem delimitado. Os seres unicelulares podem ser
procariontes ou eucariontes.
- Chamam-se seres pluricelulares, todos os seres vivos constituídos por mais de uma célula.
Exemplos: as plantas, os animais, a maioria dos fungos e alguns protistas, como as algas.
A maioria dos seres pluricelulares contém células especializadas, isto é, existe uma divisão de
trabalho entre as células (divisão celular) – processo em que, a partir de uma célula-mãe, se
formam duas células-filhas, em que cada uma tem uma função específica. Esta divisão de funções
resultou no processo de diferenciação celular (processo que permite que as células se
especializem numa função específica).
Pode-se, assim, dizer que a divisão celular é o primeiro passo para a diferenciação celular. Esta
diferenciação, que pela divisão, conduz á especialização, arrasta consigo vantagens e
desvantagens:
Vantagens
Desvantagens
1- Quanto mais especializada for uma célula para a realização de uma determinada função,
menor será a sua capacidade de divisão. Por exemplo, as células nervosas (neurónios), são tão
especializadas na condução de impulsos nervosos que não se podem dividir.
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1.6 Metabolismo celular(movimento da matéria).
Para a realização dos processos vitais a nível celular são utilizadas as moléculas e nutrientes
absorvidos no tubo digestivo. Nos processos vitais celulares ocorrem numerosas reações químicas
ou bioquímicas.
O conjunto de todas as reações químicas que têm lugar em todas as células vitais constitui o
metabolismo celular. As reações químicas implicam que haja intercâmbio de substâncias com o
ambiente onde o organismo se desenvolve. O metabolismo assegura a manutenção das estruturas
celulares, o crescimento, o desenvolvimento, divisão e a transferência de energia necessária á
manutenção da vida. No metabolismo celular há a considerar dois tipos de reações metabólicas:
Anabolismo e Catabolismo.
1.6.1 Anabolismo
a) Biossíntese de proteínas
É a partir das moléculas mais simples e recorrendo a energia utilizável (ATP – Adenosina
Trifosfato) que as células constroem moléculas mais complexas. Essas moléculas são essenciais
para a renovação dos materiais celulares, para o crescimento e a multiplicação celular e para
substituição das células que vão morrendo no organismo.
No material genético está a informação necessária para ordenar os aminoácidos (a.a). Esta
informação é transportada do núcleo (local onde se encontra o material genético) para o
citoplasma. No citoplasma encontra-se os organelos responsáveis pela síntese de proteínas (os
ribossomas). Estes ordenam e ligam os aminoácidos para obter a proteína pretendida.
Todas as proteínas são formadas por sequências de aminoácidos (a.a) - (unidades básicas das
proteínas), ou seja, moléculas orgânicas simples que são nutrientes obtidos na alimentação e outros
sintetizados pelo organismo. Conhecem-se apenas cerca de 20 (a.a) diferentes que fazem parte das
proteínas biológicas. O modo como os (a.a) estão ordenados determina a existência de diferentes
proteínas. Suponhamos três (a.a) diferentes, representados pelas letras A, M e E. podem existir
diferentes sequências desses (a.a), como, por exemplo, AME, MAE ou EMA. A cada sequência
corresponde uma porção de proteína diferente.
A captação da energia pelos seres vivos pode ser realizada através de dois processos:
Quimiossíntese e fotossíntese.
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b) Fotossíntese
A vida na Terra depende da energia luminosa do sol. As plantas superiores, as algas e
determinadas bactérias são capazes de captar energia luminosa solar e convertê-la em energia
química, que fica armazenada em compostos orgânicos constituídos a partir de substâncias
minerais simples, como, por exemplo, a água e o dióxido de carbono (CO2).
A fotossíntese é o processo que permite aos seres vivos autotróficos produzir matéria orgânica a
partir de matérias inorgânicas, na presença da luz solar. Ocorre nos cloroplastos das células. Os
seres vivos que recorrem a este processo para a obtenção de energia luminosa denominam-se seres
fototróficos. Ex: plantas, algas e algumas bactérias.
É sabido que, para realizar a fotossíntese, as plantas precisam de água, dióxido de carbono,
energia luminosa (luz do sol) e pigmentos fotossintéticos. Quando existe variação de alguns
destes factores, a fotossíntese é directamente influenciada.
►Os Factores que influenciam a actividade fotossintética são: intensidade da luz; concentração
de dióxido de carbono; temperatura; quantidade de água disponível no meio.
- Água disponível no meio- é pouco provável que o funcionamento de água afecte directamente
a fotossíntese. Pode, no entanto, ter efeitos indirectos. A água não funciona como factor limitante.
►Factor limitante é quando vários factores interferem simultaneamente num mesmo processo
(na reacção da fotossíntese), o factor que estiver em menor quantidade é o que vai limitar a
eficiência desse processo.
A água, o dióxido de carbono e a luz solar são fornecidos pelo ambiente e indefinidamente
renováveis, enquanto as clorofilas e outras moléculas implicadas no processo são sintetizadas
pelas plantas.
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O processo da fotossíntese é muito importante, para a vida, já que é durante o processo
fotossintéticos que a planta liberta o oxigénio, importante para o processo de respiração e absorve
o dióxido de carbono resultante dos processos metabólicos dos seres vivos. é fundamental para
manutenção da vida quer dos produtores quer dos consumidores e dos outros níveis tróficos das
cadeias alimentares: os decompositores.
Através de várias experiências sabe-se actualmente, que o oxigénio provém da água. A água por
Accão da luz solar é dissociada em oxigénio e hidrogénio e a este processo dá-se o nome de
hidrólise da água.
- Depois de fazer a fotossíntese, a planta realiza ainda outros processos como a respiração (as
plantas absorvem oxigénio do ar e eliminam gás carbónico e libertam energia).
Nas plantas superiores são as folhas os órgãos fotossintéticos mais importantes, pois é nelas que
se encontra a maior densidade de cloroplastos, e, consequentemente maior quantidade de
pigmentos fotossintéticos (substâncias que existem em alguns seres vivos que absorvem a luz).
Nos cloroplastos estão contidos todas as enzimas e pigmentos fotossintéticos, nomeadamente as
clorofilas.
-D - Verde
1.6.2 Catabolismo
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Todas as actividades desenvolvidas pelos seres vivos necessitam de energia. Existem
fundamentalmente dois processos pelos quais as células mobilizam e transferem a energia dos
nutrientes: respiração aeróbia e a fermentação.
a) Respiração aeróbia
Em 1870, o cientista francês Paul Bert realizou numerosas investigações para compreender as
principais alterações que acompanham a respiração aeróbia «concluiu que na respiração aeróbia
as células vivas de um órgão (músculos) consomem oxigénio e libertam dióxido de carbono».
A respiração aeróbia é um processo catabólico com rendimento energético elevado, que ocorre
na presença de oxigénio em que compostos orgânicos (glicose) são decompostos, originando
compostos inorgânicos muito simples, dióxido de carbono e água, com libertação de energia sob
forma de (ATP). - Ocorre a nível das mitocôndrias.
b) Fermentação
A fermentação é um processo catabólico em que na degradação de nutrientes não intervém o
oxigénio, mas resulta um produto orgânico. Existem dois tipos de fermentação: alcoólica e láctica.
A fermentação alcoólica consiste na degradação da glicose provocada por leveduras que existem
nos frutos. Durante a reacção ocorrem transferências de energia, havendo formação de moléculas
de (ATP) e libertação de calor. Os produtos resultantes da degradação da glicose na fermentação
alcoólica são o dióxido de carbono, o álcool etílico e (ATP).
No fabrico de pão ocorre também uma fermentação alcoólica. O amido do pão é desdobrado em
glicose, que por fermentação, origina dióxido de carbono e álcool. O dióxido de carbono forma
bolhas que fazem o pão aumentar de volume e torna-o mais fofo, enquanto o álcool evapora-se.
Glicose presença de levedura →dióxido de carbono + álcool etílico + energia ATP + calor.
A fermentação láctica acontece no fabrico dos derivados de leite, como o queijo e o iogurte. O
açúcar do leite é transformado em ácido láctico. Os produtos resultantes da degradação da glicose
na fermentação láctica são ácido láctico e ATP.
A fermentação láctica também ocorre nas células do homem. Sempre que os músculos são
solicitados a fazer grande esforço, poderá desencadear num produto de fermentação láctica,
porque a quantidade de oxigénio fornecida pelo sangue não é suficiente para ocorrer a respiração
aeróbia.
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Glicose →ácido láctico + energia ATP.
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Tema2 - Organização das plantas
2.1 Estrutura e funções dos Tecidos vegetais
Estes órgãos são formados por diversos tipos de células especializadas, que se organizam em
tecidos (conjunto de células estruturalmente idênticas, especializadas em determinada função).
Os tecidos podem ser simples (constituído apenas por um tipo de célula) ou complexos
(constituído por diferentes tipos de células).
Diferentes tecidos associam-se para formar os vários órgãos que constituem uma planta (raízes,
caules, folhas, peças florais, frutos e sementes).
Numa planta em desenvolvimento, certos órgãos, como as folhas e as flores têm um crescimento
limitado. Contudo, outros órgãos como as raízes e o caule podem crescer continuamente durante
toda a vida da planta.
Os tecidos vegetais incluem os meristemas (formados por células não especializadas e por esse
motivo, têm a capacidade de se dividir, permitindo assim, o crescimento contínuo da planta) como
também, pelos tecidos definitivos que resultam da diferenciação das células meristemáticas.
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►Quando as células meristemáticas perdem a capacidade de se dividir e passam por um processo
de diferenciação celular que dão origem aos Tecidos definitivos.
2.1.1Tecidos dérmicos
Revestem os diferentes órgãos da planta. Têm como funções principais proteger a planta e permitir
a troca com o meio. A epiderme e a periderme fazem parte deste tecido.
a) A epiderme é um tecido vivo constituído por uma camada de células que reveste certos
órgãos, como as folhas, caule, raízes jovens, peças florais, frutos e sementes. As células da
epiderme dos órgãos aéreos apresentam membranas externas mais espessas devido á existência
de uma cutícula formada por uma substância impermeável chamada cutina (celulose da planta).
Nas epidermes cutinizadas existem estruturas chamadas estomas, que controlam as trocas
gasosas com o meio. (quer dize, que nas células da epiderme encontram-se a cutina e os
estomas). Um estoma é constituído por duas células labiais ou células - guardas que delimitam
uma abertura chamada ostíolo. O ostíolo dá acesso a um pequeno espaço chamado câmara
estomacal.
A epiderme da raiz não possui cutícula pelo que as suas células são permeáveis. A epiderme por
vezes, contém pêlos que podem realizar várias funções.
b) A Periderme substitui a epiderme na raiz e no caule, a nível de zonas não tão jovens. A
zona mais externa da periderme é constituída por células mortas de parede impregnadas de uma
substância impermeável, a suberina. Por esse facto, esse tecido denomina-se súber, que pode se
tornar muito espesso em alguns vegetais como é o caso do sobreiro, constituindo a cortiça.
2.1.2Tecidos fundamentais
São tecidos simples que fazem parte da planta. São classificados em parênquima, colênquima e
esclerênquima. Localizam-se nos diferentes órgãos da planta e desempenham várias funções,
tais como suporte, secreção, armazenamento e fotossíntese.
a) Parênquima: são tecidos formados por células vivas. A forma da célula é variável, desde
a prismática á esférica. Se a forma da célula for esférica, o tecido apresenta espaços entre as
células que se designa por meatos (se forem pequenas) e por lacunas (se forem grandes).
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- Parênquima secretor: com funções secretoras, elaboram substâncias que são utilizadas na
nutrição da planta. Nele encontram-se o parênquima resinífero (que produz a resina – existente
no pinheiro) e o parênquima lactífero (que produz látex – existente na borracheira).
b) Colênquima: são formados por células vivas. Possui parede com espessura
variada, devido ao depósito da celulose (um dos principais constituintes da parede
celular da planta). Tem a função de suporte e resistência e encontram-se nas raízes,
caules jovens e folhas abaixo da epiderme. No colênquima a disposição da celulose
pode se verificar de modos diferentes:
- Se as células iniciais apresentam a forma esférica, o depósito da celulose faz-se tanto no interior
como no exterior da parede celular, preenchendo os meatos.
- Se as células iniciais são de forma prismática e sem meatos, o espessamento verifica-se ao longo
das arestas do prisma, formando um colênquima angular.
- Noutros casos ainda, o espessamento verifica-se nas paredes tangenciais, ficando as radiais
sem espessamento.
São tecidos complexos, formados por células em forma de tubos, especializados em funções
específicas como o transporte de água, sais minerais, hormonas e outras substâncias produzidas
pelas plantas. Quando os tecidos de transporte são agrupados, designam-se por feixes condutores.
Existem dois tipos de tecidos de transportes o xilema e o floema.
- Elementos de vasos: constituído por células mortas, alongadas, com parede lenhificadas e
colocada topo a topo. A sua função é conduzir a água e os sais minerais.
- Traqueídos ou tracoides: constituídos por células mortas, com parede lenhificadas, longas e
pontiaguda nas extremidades. A sua função é conduzir água e sais minerais.
- Fibras lenhosas: constituídas por células mortas, semelhantes as fibras do esclerênquima. Tem a
função de resistência e suporte.
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►Floema (também conhecido por líber ou tecido crivoso) = especializado no transporte da seiva
elaborada (água e substâncias orgânicas). Este tecido também é constituído por quatro tipos de
células:
- Células do tecido crivoso: constituído por células vivas, alongadas e ligadas topo a topo. As
células comunicam entre si através dos poros (placas crivosas).
- Células de companhia: constituídas por células vivas e alongadas. Encontram-se associados aos
tubos crivosos e ajudam na condução da seiva elaborada.
- Parênquima liberino: constituídas por células vivas pouco diferenciadas, tem a função de reserva.
Os tecidos das plantas estão associados aos diferentes órgãos, como a raiz, o caule, as folhas entre
outros. Estes são especializados diferentemente de órgãos para órgãos.
2.2.1 A raiz
As raízes constituem os órgãos subterrâneos da planta. Fixam a planta ao solo; absorvem água e
sais minerais; permite a condução dessas substâncias às outras partes da planta situadas acima
do solo. Servem ainda em muitos casos, local de armazenamento de substâncias de reserva
produzidas a partir do processo da fotossíntese. Algumas raízes são comestíveis como é o caso
da mandioca, inhame, cenoura, batata – doce, etc.
A partir da semente, por desenvolvimento da radícula do embrião, forma-se a raiz principal, da qual
se originam outras raízes chamadas secundárias. As raízes apresentam três zonas distintas: Zona de
ramificação, Zona pilosa (ou zona de diferenciação) Zona de alongamento (crescimento ou
meristema apical)
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As principais diferenças observáveis ao (MOC) entre a estrutura celular da raiz de uma
monocotiledónea e de uma dicotiledónea é a nível da epiderme e da disposição do xilema e do
floema no cilindro central.
A secção transversal de uma raiz mostra também que os tecidos estão organizados em três zonas
que são: Epiderme, Zona cortical, Cilindro central
- Epiderme = revestimento externo formado por uma só camada de células. A nível da zona
pilosa, as células da epiderme são providas de pêlos radiculares que intervém na absorção da
água e sais minerais e aumentam a área de contacto com o solo.
- Zona cortical = formada por parênquima com células mais ou menos esféricas deixando alguns
espaços entre elas. A célula do parênquima cortical tem a função de reserva. A camada mais
interna da zona cortical designa-se por endoderme e é constituído por células que apresentam
espessamento de substâncias impermeável a lenhina ou suberina.
►Nas dicotiledóneas: o espessamento forma um anel sobre as paredes radiais e transversais das
células. Esses espessamentos constituem as bandas de caspary, que em corte transversal,
aparecem com uma forma lenticular, designadas pontuações de caspary.
- Cilindro central = começa no periciclo. No seu interior possui vasos condutores xilema e
floema. É a partir do periciclo que se desenvolvem as raízes secundárias, ligadas directamente a
raiz principal. Tanto nas monocotiledóneas como nas dicotiledóneas, os feixes condutores são
simples e alternos. O número de feixes nas monocotiledóneas é superior em relações as
dicotiledóneas.
-Estrutura primária: epiderme, zona cortical, cilindro central, endoderme e feixes condutores.
2.2.2 O caule
O caule suporta as folhas, flores e frutos. Através dele, circula a seiva. Na sua organização,
apresentam: nós, entrenós e gomos laterais. Estes podem desenvolver-se, originando ramos com
folhas e flores.
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Num corte transversal do caule é possível observar três zonas: epiderme, zona cortical e cilindro
central.
- Epiderme = formadas por células cuja membrana está coberta por cutícula que impede a perda de
água. Também pode apresentar estomas.
- Cilindro central= muito desenvolvido em relação a zona cortical. É constituído por esclerênquima
e parênquima medular, que envolve os tecidos condutores (xilema e floema). Os tecidos condutores
desenvolvem-se em feixes duplos, lado a lado, em que o xilema ocupa a parte interna e o floema a
parte externa.
Nas monocotiledóneas = os feixes condutores formam várias séries entre os tecidos fundamentais,
os feixes condutores estão dispersos por todo o parênquima.
Nas dicotiledóneas = os feixes condutores organizam-se numa única série que separa os tecidos
fundamentais nas zonas externas e medular. Os feixes condutores estão organizados em círculo.
- Estrutura primária: epiderme sempre cutinizada e com estomas; parênquima cortical; feixes
condutores duplos e colaterais; diferenciação centrífuga do xilema.
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2.2.3 Folhas
As folhas são os órgãos importantes para as plantas. É constituído por três estruturas principais:
limbo, pecíolo e bainha. Cada uma destas estruturas tem a sua função especifica, apresentando
diferenças nas monocotiledóneas e nas dicotiledóneas.
A principal função das folhas é captar a luz solar e fazer as trocas gasosas a partir do processo da
fotossíntese. É no limbo, que ocorre a maior parte do processo da fotossíntese da planta. Através
do pecíolo, os tecidos condutores o limbo comunica-se com o caule.
O limbo possui duas páginas (superior e inferior) – na página inferior existem nervuras onde se
encontram os vasos condutores e tecidos de suporte.
- Nas monocotiledóneas as nervuras são paralelas entre si e - nas dicotiledóneas as nervuras são
ramificadas. Nas folhas é possível distinguir três zonas: epiderme, mesofilo foliar e feixes
condutores:
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Tema 3 - Organização dos animais
3.1 Estruturas e funções dos Tecidos animais.
- A pele forma a superfície externa do organismo. Está em contacto com variadíssimos agentes
agressivos existentes no meio exterior, como as substâncias químicas diversas, bactérias
patogénicas, vírus, fungos patogénicos, radiações prejudiciais, entre outros.
A sua função de protecção contra agentes agressivos é essencial. Além desta importante função, a
pele é também o principal órgão de regulação da temperatura do corpo e ainda de sensibilidade. A
pele possui vários anexos como: pêlos, unhas, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
Existem também os receptores nervosos variados relacionados com o tacto, pressão, dor e
temperatura.
Na estrutura da pele podemos distinguir uma zona superficial a epiderme (constituído pelo
tecido epitelial) e a derme (camada mais profunda constituída pelo tecido conjuntivo). Considera-
se quatro tipos de tecidos básicos que são: tecidos epiteliais, conjuntivos, muscular e nervoso.
1- Tecido epitelial
Tecido epitelial é o conjunto de células que se encontram encostadas uma das outras, sem deixar
qualquer espaço entre si. Estas células formam uma camada contínua, que reveste a superfície do
corpo e a cavidade interna dos órgãos. De acordo com a função que desempenham no
organismo, os tecidos epiteliais classificam-se em três tipos: revestimento, glandular e
neuroepitélios.
Apresentam células com diferentes disposições. Estes epitélios revestem a superfície externa do
organismo constituindo a epiderme, assim como cavidades internas dos órgãos do tubo
digestivo, respiratório e dos vasos sanguíneos.
Devido a justaposição das células e as fortes ligações entre elas, os epitélios de revestimento
desempenham funções de protecção, difusão, absorção e secreção. Os epitélios de
revestimento são classificados atendendo a dois critérios: quanto ao número de células e quanto
a forma das células da camada superficiais:
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Quanto ao número de camada Quanto á forma das células da Localização no corpo humano
camada superficial (alguns exemplos)
Simples (apenas uma camada de Pavimentoso (células achatadas) Alvéolos pulmonares, parede dos
células) capilares
Cúbico Tubos uriníferos
Cilíndrico ou prismático Intestinos
Estratificado (mais de uma Pavimentoso Epiderme
camada de células) Cúbico Bexiga
Cilíndrico Uretra
Os epitélios glandulares são constituídos por células que produzem secreções. As secreções
produzidas são levadas para o exterior ou interior das células secretoras, podendo intervir em
vários processos. As glândulas podem ser classificadas atendendo ao local onde o produto de
secreção é lançado. Assim, podem ser:
- Glândulas endócrinas = os produtos de secreção designam-se por hormonas e são lançadas nos
vasos capilares envolventes. Exemplos: tiroide, hipófise, fígado, pâncreas.
- Glândulas exócrinas = os produtos de secreção são lançados para o exterior através de canais
excretores. Exemplos: glândulas sudoríparas, sebáceas, salivares…
c) Neuroepitélios
Os neuroepitélios são formados por células especializadas em receber estímulos. Existem vários
tipos de células receptores, cada um sensível a determinado agente e localizados nos órgãos de
sentidos. Exemplos:
2- Tecido conjuntivo
Tecido conjuntivo é um grupo muito diversificado com origem mesodérmica, tornando as células
menos notórias. Tem como funções: o suporte, revestimento, armazenamento, protecção e defesa
imunitária. Todos os tecidos conjuntivos são constituídos pelos elementos básicos que são:
células, fibras e matriz.
- As células são de diferentes tipos, separadas por uma grande quantidade de material extracelular.
Este material é constituído por fibras (formações longas e finas formadas por proteínas de vários
tipos de tecidos elásticos ou resistentes a atracção) e por uma substancia fundamental ou matriz
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(lugar onde gera alguma coisa). A quantidade e a qualidade destes componentes definem os
diversos tipos de tecidos conjuntivos.
►Os tecidos conjuntivos são classificados pelo tecido conjuntivo propriamente dito que são:
(laxo, denso e elástico) e pelo tecido conjuntivo especializado que são: (ósseo, adiposo,
cartilaginoso, sanguíneo).
1- Osteoblastos = produzem matriz e fibras. Depois de 8 dias entram nas células osteócitos.
2- Osteócitos = são células fusiformes, cada célula localiza-se numa cavidade na osseína designada,
osteoblastos.
3- Osteoclastos = encontram-se em contacto com o osso, no qual o destroem para retirar o fósforo
e o cálcio.
- A osteona ou sistema de havers é a unidade estrutural dos ossos longos. No seu interior,
encontra-se o canal de havers por onde passa os vasos sanguíneos e os nervos. Em redor do canal
de havers estão localizadas as lamelas ósseas, onde se encontram os osteócitos (tecido ósseo
esponjoso).
- O Periósteo é a membrana dupla que reveste os ossos. Rica em fibroblastos (células que
produzem matriz e fibras) e colagénio (fibras responsáveis pelos vários processos de
envelhecimento – faz a regeneração).
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2.2 Tecido cartilaginoso
É formado por células de forma quase arredondada ou oval. Tem como funções: suportar os
tecidos moles, amortecer os choques mecânicos, facilitar o deslizamento dos ossos nas
articulações. A matriz do tecido cartilaginoso é abundante, constituída essencialmente por água,
sais minerais de sódio e matéria proteica. Este tecido é muito resistente e elástico. Encontra-se
tecido cartilaginoso no nariz, orelha, no esterno, entre as vertebras, na traqueia do homem. Neste
tecido encontram-se dois tipos de células:
a) Condroblastos = formadas por água, sais minerais de sódio e uma substância chamada
albuminoide (tipo gelatina) com a combinação de compostos orgânicos como carbono,
oxigénio e hidrogénio.
►As Células do sangue são: (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas
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b) Glóbulos brancos ou leucócitos = são de dois tipos:
- Granulares como os eosinófilos, basófilos e os neutrófilos. Que tem como função a defesa do
organismo contra infecções. Possuem núcleo com forma diversificada; apresentam grânulos no
citoplasma. Tem origem na medula vermelha dos ossos.
►Plasma
O quadro seguinte sumaria as características e funções dos diferentes componentes do plasma:
3- Tecido muscular
Os tecidos musculares são constituídos por células alongadas designadas por fibras musculares.
Tem como função: permitir a movimentação do corpo e a contração dos órgãos. As fibras
musculares possuem elasticidade, o que lhes permite após uma contração voltar á sua posição
inicial. De acordo com a sua forma e função, os tecidos musculares classificam - se em: tecido
muscular liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
a) Tecido muscular liso: Não possuem estrias. São pequenas se alongadas com extremidades
estreitas; possuem um único núcleo, localizado no centro; realiza contrações involuntárias
contínuas e de fraca potência; origina movimentos lentos. Localizam-se nos vasos sanguíneos,
órgãos do tubo digestivo.
c) Tecido muscular estriado cardíaco: Possuem estrias transversais; são longas e cilíndricas
ramificadas em forma de Y; possuem um núcleo, que se situa no centro; unem-se às células
vizinhas longitudinalmente através de discos intercalares; realizam contrações potentes (com
gasto de muita energia) contínuas e involuntárias. Localiza-se no coração.
4-Tecido nervoso
O tecido nervoso é constituído pelos neurónios (células especializadas em coordenar todo o
organismo) e pela glia ou nevróglia (estrutura constituída por células cuja função é sustentar e
defender os neurónios). Apesar de existir diferentes tipos de neurónios, quanto á estrutura, todos
são constituídos pelo corpo celular, dendrites e axónios. Ao conjunto formado pelo axónio e
pelo seu revestimento, dá-se o nome de fibras nervosas.
- Corpo celular = contém todos os organelos da célula, incluindo o núcleo. Tem como função:
assegurar a vida do neurónio, armazenar a energia da célula.
- Dendrites = são prolongamentos do corpo celular, finos e muito ramificado. Tem como função.
Receber informações (estímulos nervosos) do meio ambiente e de outras células e transmitem-na
ao corpo celular.
- Axónios = são prolongamento único em forma de tubo, que existe em cada neurónio, inicia no
corpo celular e termina de forma ramificada. O seu comprimento é variável. Conduz os estímulos
do corpo celular para outras células (neurónios, fibras musculares ou glândulas através das
Sinapses (contacto que um neurónio estabelece com o outro neurónio ou com uma célula
muscular).
Estrutura de um neurónio
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4- Estrutura e funções dos Sistemas de órgãos dos animais
Os animais vertebrados são constituídos por vários tecidos que se organizam e formam os órgãos.
Os órgãos cooperam entre si exercendo determinadas funções, constituindo assim, os sistemas de
órgãos. Para que um organismo tenha um funcionamento pleno, é necessário que vários sistemas
de órgãos comuniquem entre si, ou seja, nenhum funciona de forma independente.
O Sistema tegumentar reveste toda a superfície externa do organismo e a sua principal função é
de proteger o organismo dos agentes físicos existentes no meio exterior; actua como uma barreira
natural contra os microorganismos; regula a temperatura corporal; protege o corpo da
desidratação; possibilita a realização de hematose cutânea nos anfíbios (trocas gasosas através da
pele); permite que o organismo tenha sensibilidade; liberta excreções, em alguns vertebrados.
Este sistema é formado pela pele e pelos anexos (pêlos, unhas, penas, escamas e glândulas):
- Na pele dos mamíferos existem pêlos, glândulas sudoríparas (produtoras de suor), glândulas
sebáceas (produtoras de sebo) e glândulas mamárias (produtoras de leite).
- Nos peixes a pele é coberta por escamas e alguns possuem glândulas mucosas, cuja função é
proteger e lubrificar os órgãos.
- As aves têm uma pele seca e fina. Com apenas uma glândula (glândula uropigial), que se localiza
na zona dorsal da cauda.
►A pele é considerada o maior órgão que reveste o organismo e é composta por dois tecidos entre
si – a epiderme e a derme. Nos mamíferos e nas aves verifica-se ainda a presença de outro tecido
a hipoderme.
- Epiderme = zona mais externa da pele constituída por tecido epitelial estratificado pavimentoso.
O Sistema muscular é constituído por três tipos de tecido muscular: tecido muscular liso, tecido
muscular estriado cardíaco e tecido muscular estriado esquelético. Os responsáveis pela
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movimentação do corpo são os músculos esqueléticos. Para que os movimentos corporais
ocorram, é necessário que estes músculos estejam ligados ao esqueleto articulado.
Nas suas extremidades, os músculos prolongam-se e formam os tendões, que são porções
esbranquiçadas e resistentes, unidas fortemente aos ossos. Os ossos têm a capacidade de se mover
uns em relação aos outros, devido á presença de articulações. Quando os músculos se distendem
ou contraem, vão provocar movimentos nos tendões, que transferem a força gerada para as
articulações e permitem que o animal se mova.
Articulações = zonas de contacto entre os ossos. As articulações podem ser móveis (como as do
joelho), semimóveis (como as da coluna vertebral) ou imóveis (como as do crânio).
Afecções do SOMA
Na tabela seguinte são apresentadas algumas afecções do SOMA:
Artrite reumatoide Inflamação nas articulações dos dedos, punhos, tornozelos, cotovelos e joelhos, que
causam dor e inchaço.
Osteoporose Diminuição da massa óssea, que aumenta fragilidade do osso e provoca fractura com
facilidade. Atinge principalmente as mulheres após a menopausa.
Raquitismo infantil Amolecimento dos ossos em crianças, que pode levar á ocorrência de deformação
esquelética e fracturas. A principal causa é a falta de vitamina D, no entanto, a carência de
cálcio também pode levar ao aparecimento do raquitismo.
Fractura Quebra de um osso, provocada por traumatismo, osteoporose, entre outras causas.
Deformações da Escoliose – desvio lateral da coluna vertebral para a esquerda ou direita, que resulta num
Coluna vertebral formato de S ou C.
As afecções do SOMA são uma importante causa de procura dos serviços médicos, por isso é
necessário ter alguns cuidados para o seu bom funcionamento e manutenção:
- Adoptar uma postura correcta; consumir alimentos ricos em cálcio, vitaminas D e ferro; realizar
uma dieta equilibrada; praticar exercícios físicos regularmente e de acordo com o peso e a idade;
fazer um aquecimento de cerca de 15 minutos, antes da actividade física, para evitar lesões;
carregar e transportar objectos pesados com os devidos cuidados.
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Este sistema desempenha várias funções importantes, tais como dar forma e sustentação ao corpo;
apoiar e proteger os órgãos vitais; armazenar minerais (Ex: cálcio e fósforo) e intervir na produção
de células sanguíneas. Para além destas funções, o sistema esquelético em conjunto com o sistema
muscular e articular, é responsável pelo movimento do organismo.
Nos animais vertebrados o sistema esquelético divide-se em:
►Esqueleto axial = constituído pelo crânio (que protege o encéfalo) e pela caixa torácica (que
inclui a coluna vertebral, as costelas e o esterno).
A coluna vertebral, para além de proteger a medula espinal, sustenta o corpo e permite que alguns
animais se mantenham em pé. Alguns vertebrados não possuem esterno. Nas aves e mamíferos
voadores, o esterno é muito desenvolvido e apresenta uma lâmina vertical e saliente (a quilha),
onde se apoiam os músculos peitorais responsáveis pelo batimento das asas.
A união com o esqueleto axial faz-se através de cinturas: os membros superiores ligam-se através
da cintura escapular e os membros inferiores através da cintura pélvica.
Nos peixes o esqueleto apendicular é constituído pelos elementos de sustentação das barbatanas.
Alguns répteis, como por exemplo as serpentes, não apresentam esqueleto apendicular. Nas aves,
os membros superiores estão transformados em asas, para estas poder voar.
O Sistema digestivo dos vertebrados é formado pelo tubo digestivo e pelas glândulas ou órgãos
anexos. O tubo digestivo possui duas aberturas: uma por onde ocorre a ingestão dos alimentos (a
boca), no caso das aves (o bico) e por outra, onde saem os resíduos alimentares (o ânus) – nos
mamíferos ou (a cloaca) – nas aves, nos anfíbios e nos répteis.
Boca (nas aves bico) = local de entrada dos alimentos, onde ocorre a mastigação e insalivação dos
alimentos. No interior da cavidade bucal encontra-se a língua e os dentes. Os dentes têm grande
importância para a mastigação e trituração dos alimentos (as aves, a tartaruga, alguns peixes e
alguns mamíferos não possuem dentes). Todos os vertebrados possuem língua, excepto certas
rãs.
Faringe = serve como via de passagem tanto para o sistema digestivo como para o sistema
respiratório. As cavidades orais e nasais terminam na faringe.
Esófago = possibilita a passagem do bolo alimentar para o estômago. Nas aves, apresenta uma
dilatação denominada papo, cuja função é armazenar e hidratar alimentos.
Estômago = possui dois esfíncteres (a cárdia) – que comunica com o esófago e (o piloro) – que
comunica com o duodeno. Armazena e mistura o bolo alimentar com o suco gástrico ou estomacal.
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estômago mecânico – que serve para triturar os alimentos. No interior da moela encontra-se
pequenas pedras cuja finalidade e auxiliar na trituração dos alimentos.
- Nos mamíferos, anfíbios e répteis em geral, o estômago é constituído apenas por um
compartimento ou cavidade.
- Nos ruminantes como o boi, búfalo, girafa, ovelhas, entre outros, o estômago está dividido em
quatro compartimentos: pança ou rúmen, barrete, folhoso e coalheira. Após a ingestão, os
alimentos vão para a pança e de seguida deslocam-se para o barrete onde o alimento é
comprimido. Quando estão em repouso, os alimentos voltam á boca para serem mastigados e
insalivados (ruminação). Após a deglutição os alimentos passam da pança (onde a celulose é
degradada), para o folhoso e posteriormente para a coalheira (onde é produzido o suco gástrico).
Intestino delgado = Quando os alimentos saem do estômago e vão para o intestino delgado. Este
é composto por três partes: duodeno (que recebe a bílis e o suco pancreático para decompor a
maior parte dos nutrientes); o jejuno e o íleo (onde ocorre a finalização da digestão e a absorção
dos nutrientes para o sangue e para a linfa. Os animais herbívoros possuem um intestino delgado
mais longo do que os carnívoros, pois os vegetais são mais difíceis de digerir do que a carne. As
substâncias que não foram absorvidas no intestino delgado passam para o intestino grosso, onde
ocorre a absorção de água e sais minerais e se formam as fezes.
Intestino grosso = nos mamíferos, o intestino grosso é constituído por três partes: ceco, cólon e
recto. Este intestino é curto nos vertebrados, excepto nos mamíferos. O ceco é mais desenvolvido
em certos mamíferos roedores, nele ocorre a absorção da água e dos sais minerais, formando-se
fazes sólidas ou semi-sólidas. Nos peixes ósseos e mamíferos, o recto comunica com o exterior
através do ânus por onde são expulsas as fezes. Nos anfíbios, répteis e aves, o recto abre numa
cavidade chamada cloaca.
Os órgãos anexos não fazem parte do tubo digestivo. A sua função é produzir secreções, que são
lançadas no interior do tubo digestivo, para auxiliar na digestão dos alimentos. Eles são:
- Glândulas salivares = apenas existem nos animais vertebrados terrestres. Produzem a saliva,
que é lançada para a boca. A saliva mistura-se com os alimentos, humedecendo-os e origina o bolo
alimentar.
- Pâncreas = existe quase em todos os vertebrados, é uma glândula mista pois tem funções
endócrinas e exócrinas. Produz o suco pancreático, que é lançado no duodeno e actua sobre os
nutrientes, decompondo-os. Também produz a insulina e glucagon, que têm a função de regular
o teor do açúcar no sangue.
A respiração é um fenómeno que ocorre nas células vivas. Para que ela se realize é necessário
oxigénio, e durante o processo forma-se dióxido de carbono. O sistema respiratório tem como
função o fornecimento de oxigénio ao sangue e a eliminação do dióxido de carbono presente no
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mesmo. Essas trocas são efetuadas entre o ar e o sangue, a nível dos pulmões. O oxigénio é
importante na respiração porque permite a renovação constante do ar a nível dos alvéolos
pulmonares. Transforma o sangue venoso em sangue arterial.
A esta dupla troca gasosa (entrada de oxigénio e saída de dióxido de carbono) nas superfícies
respiratórias denomina-se hematose. Após a hematose o sangue venoso (rico em dióxido de
carbono) é convertido em sangue arterial (rico em oxigénio). O processo pelo qual o oxigénio e o
dióxido de carbono passam do meio onde existem em maior concentração para o meio onde
existem em menor concentração designa-se por difusão.
Existem três tipos de superfícies respiratórias nos vertebrados: tegumento ou pele, brânquias ou
guelras e pulmões.
- A hematose que ocorre através do tegumento denomina-se hematose cutânea. Para que isso
ocorra é necessário que o tegumento permaneça húmido, passando o oxigénio para o sangue e
libertando o dióxido de carbono. Ex: os anfíbios, a minhoca.
- A hematose branquial ocorre através das brânquias. As brânquias são estruturas constituídas
por filamentos delgados, onde uma fina camada de células percorre uma rede de vasos sanguíneos.
As trocas gasosas consistem na permuta entre o oxigénio da água e do dióxido de carbono que
chega as brânquias através dos vasos sanguíneos. Ex: os peixes, os girinos.
- A hematose pulmonar é realizada nos pulmões que realizam as trocas gasosas no meio aéreo.
Existem pulmões nos vertebrados terrestres desde os anfíbios até aos mamíferos. Os pulmões são
órgãos ocos e vascularizados de cor rosada revestido por uma membrana (a pleura).
- Nas aves não são de tipo alveolar, apresentam grande rede de canais que permitem o arejamento
e uma oxigenação eficiente do sangue.
Os alvéolos são sacos de pequeno tamanho cujas paredes são revestidas por uma rede capilar, na
qual ocorrem as trocas gasosas com sangue. O espaço interno dos pulmões liga-se ao meio externo
por canais, que permitem a entrada e a saída do ar, ou seja, permite a ventilação pulmonar.
Ventilação pulmonar é a entrada e saída do ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares.
-Os anfíbios possuem hematose cutânea, hematose branquial e hematose pulmonar. A branquial
na fase larval; a cutânea a mais desenvolvida que a pulmonar na fase adulta. Os sapos, as rãs
apresentam laringe e duas cordas vocais que lhes permitem coaxar.
- Nas aves a hematose é pulmonar em comunicação com os pulmões. Existem cinco pares de
bolsas denominados sacos aéreos, que têm a função de diminuir o peso, promover o contínuo
arejamento dos pulmões e refrigerar o corpo.
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- Nos mamíferos, a hematose é pulmonar. O diafragma separa a cavidade torácica do abdómem.
- Pela inspiração o ar penetra nos pulmões. Ocorre a contração do diafragma e dos músculos
intercostais. Ou seja, o ar entra nos pulmões, aumenta a caixa torácica porque a pressão
atmosférica é maior que a pressão alveolar.
O Sistema circulatório constitui um circuito fechado, pois, o sangue em toda a trajectória flui nos
vasos sanguíneos. Tem como função o transporte de substâncias pelo corpo, garante a chegada de
nutrientes e oxigénio á todas as células e faz a remoção de produtos nocivos produzidos pelo
metabolismo celular. O Sistema circulatório é constituído pelo Sistema circulatório sanguíneo e
pelo Sistema circulatório linfático.
►O Sistema circulatório linfático é constituído pela linfa (líquido circulante a nível tecidual)) e
tem como componentes: os capilares, as veias, os gânglios linfáticos, o timo e o baço. A linfa
circula graças aos movimentos dos músculos. Na trajectória dos vasos linfáticos existem gânglios
linfático no pescoço, nas axilas e virilhas. No interior destes gânglios existem linfócitos que têm
a função de defesa imunitária.
O sangue e a linfa mantêm sempre húmido o meio interior e desempenham um papel importante
no transporte de substâncias e na defesa do organismo contra os agentes patogénicos.
O sangue sai do coração através das artérias, que se ramificam em vasos menores e regressa ao
coração através das veias. Ao estabelecer a ligação entre as artérias e as veias existem os capilares
sanguíneos. Todo o percurso do sague é realizado no interior dos vasos sanguíneos e por esse
motivo diz-se o que o sistema circulatório dos vertebrados é fechado.
►Na circulação pulmonar, o sangue venoso sai do coração pela artéria pulmonar e vai para os
pulmões para ser oxigenado e regressa ao coração sob a forma de sangue arterial pelas veias
pulmonares. Nos anfíbios, a oxigenação do sangue ocorre nos pulmões e na pele.
►Na circulação sistémica, o sangue arterial sai do coração pela artéria aorta e vai para todos
os órgãos (onde passa o oxigénio para os fluidos que banham as células e recolhe o dióxido de
carbono) e regressa ao coração sob a forma de sangue venoso através das veias cavas.
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Sistema Trajecto do sangue:
circulatório dos:
A circulação é simples: o sangue passa uma só vez no coração sob a forma de sangue venoso.
O coração apresenta duas cavidades (uma aurícula e um ventrículo).
Peixes
A circulação é dupla: o coração apresenta três cavidades duas aurículas e um ventrículo.
A circulação é incompleta, pois há possibilidade do sangue venoso se misturar com o sangue
Anfíbios arterial no ventrículo.
O coração possui quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos. A circulação é dupla
e completa: os ventrículos estão totalmente separados pelo septo interventricular, não
havendo mistura de sangue venoso com sangue arterial. Do lado direito do coração circula
o sangue venoso e no lado esquerdo circula o sangue arterial.
Aves e Mamíferos - Uma diferença significativa do sistema circulatório das aves e mamíferos consiste na
curvatura da artéria aorta que sai do ventrículo esquerdo. Nas aves, a artéria aorta curva-
se á direita, enquanto que nos mamíferos, a curva apresenta-se á esquerda.
O vírus da SIDA, como já sabes, pode existir no sangue do homem, destruindo o seu sistema
imunitário. O doente infectado pelo VIH fica progressivamente débil, frágil e pode contrair várias
doenças que podem levar á morte. Esta doença normalmente, não atacam as pessoas com o sistema
imunitário que funcione bem, pelo que são designadas por «doenças oportunistas».
- Adquirida quer dizer que a doença não é hereditária e se desenvolve após o nascimento por
contacto com um agente no caso (VIH/SIDA). Portanto, a SIDA é uma doença causada por um
vírus. Vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV, na língua inglesa), que ataca o sistema
imunitário do nosso organismo, destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas
doenças.
Os medicamentos para doentes com vírus da SIDA permitem ter uma vida mais longa, porque
reduzem a carga viral no organismo e protegem o sistema imunológico, quando são tomados
regularmente. Mas nalguns doentes pode aparecer efeitos colaterais, uma vez que estes
medicamentos são muito fortes. Esses efeitos podem levar dias ou semanas até diminuírem ou até
mesmo desaparecerem.
Ao tomar qualquer medicamento devem-se ter sempre em conta os efeitos colaterais. Quase todas
as drogas para tratamento de doenças causam estes efeitos, como, por exemplo, os medicamentos
tomados para a gripe, pode provocar sonolência (efeito colateral – reacção ou sintoma que
apresentam quando se toma os medicamentos.
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É relevante que o doente seja esclarecido sobre as consequências de não tomar regularmente os
medicamentos. Saltar doses, pode fazer com que o medicamento deixe de funcionar
completamente. Também é importante que o doente conheça bem o medicamento e o efeito
colateral que este pode ter. *Para tal, pode questionar o médico ou o enfermeiro que o acompanha.
A infecção pelo VIH/SIDA é transmissível. A sua transmissão pode acontecer de três formas:
relações sexuais sem protecção; contacto com o sangue infectado; de mãe para filho durante o
parto. As formas de transmissão são conhecidas; por isso, podem e devem ser evitadas.
- Na fase de prevenção secundária = além dos tratamentos que possam ser aplicados é importante
que exista atenção a solidariedade para com as pessoas infectadas pelo VIH/SIDA; - Na fase
terciária = é crucial a recuperação dos doentes de SIDA.
“Têm - se visto muito, no nosso país, jovens que foram violadas e que, por uma questão de
vergonha, não comentam com ninguém. Em alguns casos, passado algum tempo, descobrem que
são seropositivas e não lhes ocorrem como foi possível isso acontecer. É bom que saibas, que se
alguma vez isso acontecer, a jovem deve ir de imediato ao hospital. Já existem tratamentos com
antirretrovirais que podem ser aplicados no espaço de as 24horas após o acontecimento, durante
um período de quatro semanas, e que garantem uma certa segurança para não contração do vírus”.
Dependendo do tipo de animal e da substância a excretar, existem vários órgãos cuja função é
eliminar resíduos. É o caso dos pulmões, das brânquias e da pele (através das glândulas
sudorípara).
- Nos vertebrados a maior parte das excreções é eliminada através dos rins, (que são as unidades
funcionais do sistema urinário ou excretor). Os rins têm como principal função eliminar os
resíduos azotados (substâncias que resultam do metabolismo das proteínas), presentes na corrente
sanguínea e controlar as concentrações de água e de sais minerais no organismo, de modo a manter
as características do meio interno – a homeostasia (capacidade de o organismo manter o seu
equilíbrio dinâmico).
►Nos vertebrados podem ser identificados três tipos de rins, classificados de acordo com o
período de vida em que surgem, com o tipo de resíduos que eliminam e com a sua localização
corporal:
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Rim prónefro = localizado na região anterior do corpo e está presente durante o desenvolvimento
embrionário de todos os vertebrados, no entanto não é funcional na fase adulta. Encontra-se activo
em peixes jovens e girinos (nome dado aos anfíbios, na sua fase embrionária – aquática).
Rim mesonefro = localizada na região intermédia do corpo e está presente em peixes e anfíbios
adultos. Nos répteis, aves e mamíferos funcionam apenas durante a vida embrionária.
Rim metânefro = localizado na região posterior do corpo. Está presente nos répteis, aves e
mamíferos. É totalmente evoluído e composto por milhões de nefrónios que recolhem do sangue
todo o material de excreção resultante do metabolismo.
Os rins podem variar de forma, de tamanho e de posição entre as espécies animais. No entanto,
são sempre constituídos por unidades básicas funcionais – os nefrónios.
- Nos mamíferos os rins estão ligados aos ureteres, que transportam a urina para a bexiga e daqui
para o exterior através da uretra.
*As glândulas endócrinas são aquelas que produzem substâncias (hormonas) que são enviadas
directamente para a corrente sanguínea (Ex. a adrenalina). Já as glândulas exócrinas são as que
produzem secreções, que através de canais são lançadas para outros órgãos ou para o exterior do
organismo (como por exemplo o suco pancreático, que vai para o duodeno para completar a
digestão, ou o suor que é libertado para o exterior do organismo através da pele).
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No seguinte quadro indica as principais glândulas e as respectivas hormonas e funções:
Glucagon
Tal como o sistema endócrino, o sistema nervoso é responsável pelo funcionamento e regulação
do organismo. É através dele que o corpo recebe os estímulos do meio e controla os movimentos
e as funções dos diferentes sistemas de órgãos. Este sistema tem essencialmente três funções:
- Motora (resposta aos estímulos já processados pelo sistema nervoso central, através dos músculos
ou secreções glandulares).
Existem diferentes tipos de sistema nervoso no que respeita á estrutura e organização dos animais,
no entanto, os animais vertebrados apresentam um sistema nervoso tubular, que se encontra
dividido em: Sistema Nervoso Central (SNC) e pelo Sistema Nervoso Periférico (SNP).
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►Sistema Nervoso Central (SNC)
O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal. Nos vertebrados, o
encéfalo divide-se em:
- Telencéfalo ou cérebro (uma massa grande, encerrada na caixa craniana. É protegida por três
membranas denominadas meninges. Possui dois hemisférios (direito e esquerdo). Na superfície
dos hemisférios existem numerosos sulcos que dividem o cérebro em quatro lobos (frontal,
parietal, temporal e occipital). Num corte longitudinal do cérebro identificam-se duas substâncias
branca (no centro) e cinzenta (na periferia), formando o córtex cerebral. A função do córtex nos
seres humanos está relacionada com a memoria, pensamento, consciência, atenção, percepção e
linguagem.
- Diencéfalo - na parte superior é constituída pelo tálamo - local por onde passa a maior parte da
informação que chega ao córtex cerebral e a parte inferior pelo hipotálamo - para além da função
endócrina, é onde se localizam os centros que regulam, entre outros estados, a emoção, a fome, a
sede e o sono.
- Mesencéfalo (também designado por cérebro médio, é constituído por dois grandes lobos
ópticos, onde chegam os nervos ópticos – centro visual. Possui funções sensoriais e motoras).
- Metencéfalo (constituído pelo cerebelo) está situado abaixo do cérebro, cuja função é coordenar
o equilíbrio, algumas habilidades motoras, as contrações musculares e a postura.
- Mielencéfalo ou (bolbo raquidiano) = prolonga-se pelo buraco occipital da caixa craniana e faz
ligação com a medula espinal. É onde se situa o centro cardiovascular, que controla os batimentos
cardíacos, a pressão arterial, regula a respiração, a digestão e outras funções involuntárias.
Dele saem vários pares de nervos cranianos.
É o centro nervoso responsável por uma série de actos reflexos, nomeadamente os que estão
relacionadas com o instinto de autoconservação e defesa. Além de estar protegida pela coluna
vertebral, a medula tal como acontece com o encéfalo, está envolvida por três membranas
denominadas meninges (dura-máter, aracnoide e pia-máter). Através de um corte transversal
também é possível distinguir duas zonas:
- Na parte interna a substância é cinzenta (apresenta a forma da letra H, local onde se situam os
corpos celulares dos neurónios) é percorrida por um canal, onde circula o líquido
cefalorraquidiano. A sua função é produzir os impulsos nervosos.
- Na parte externa a substância é branca formada por fibras nervosas mielinizadas (fibras
nervosas constituídas por neurónios, cujos axónios são revestidos por uma bainha de mielina). A
sua função é conduzir os impulsos nervosos do corpo para o cérebro.
O SNP é formado pelos nervos (cranianos e raquidianos) e pelos gânglios nervosos. Os nervos
são constituídos por feixes de fibras nervosas cuja função é conduzir os impulsos nervosos através
de duas vias:
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- Via aferente ou sensitiva = conduz a informação dos órgãos sensoriais (situados na periferia do
organismo) até ao SNC.
- Via eferente ou motora = transmite a informação do SNC até aos outros órgãos (como por
exemplo os músculos e as glândulas).
►Os Nervos que têm origem no encéfalo designam-se por (Nervos cranianos) Nos peixes e
anfíbios, encontram-se dez pares de nervos cranianos. Os répteis, aves e mamíferos possuem
doze pares de nervos cranianos.
►Os Nervos que têm origem na medula espinal designam-se por (Nervos espinais ou
raquidianos) e no ser humano existem trinta e um pares.
Fazem parte das vias eferentes do SNP o Sistema Nervoso Autónomo (SNA) - responsável pelas
respostas involuntárias do organismo: contracção da pupila, batimentos cardíacos…
E pelo Sistema Nervoso Somático (SNS) - que intervém nas respostas voluntárias do organismo
através da acção dos músculos esqueléticos: falar, escrever, pegar num objecto, atender o
telemóvel…
- Sistema Nervoso Simpático = tem origem nas regiões torácica e lombar da medula. A sua
função é de excitação. Prepara o organismo para a situação de stress físico e psíquico.
- Sistema Nervoso Parassimpático = tem origem no encéfalo e na zona inicial da medula. Actua
de forma oposta ao sistema nervoso simpático. Restabelece o funcionamento para conservar a
energia., activando a recuperação das condições normais do organismo.
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4.10 Sistema Reprodutor
O Sistema reprodutor é formado por um conjunto de órgãos que têm como função permitir a
formação de novos seres. Nos vertebrados a reprodução é sexuada, ou seja, resulta da fusão de
duas células sexuais (as gâmetas) originados geralmente, a partir de indivíduos de sexos diferentes
(o macho e a fêmea). Os gâmetas são produzidos nas gónadas (órgãos que produzem as células
sexuais). Os espermatozoides nos testículos e os óvulos nos ovários.
A união do espermatozoide com o óvulo dá-se o nome de fecundação, da qual resulta a formação
do ovo ou zigoto, que se desenvolve, originando um novo ser.
- Fecundação externa: os gâmetas são libertados para o exterior, normalmente para a água, onde
se dá a sua união. Exemplo: os peixes e anfíbios.
- Fecundação interna: ocorre no interior do corpo materno. Muitas vezes, o macho possui um
órgão copulador que permite a transferência de espermatozoides para a fêmea. Exemplo: aves,
répteis e mamíferos.
►Os animais podem ser classificados de acordos com as condições em que o novo ser se
desenvolve a partir do ovo em:
- Ovíparos (o embrião desenvolve-se dentro do ovo, mas fora do corpo materno. O ovo contém
reservas alimentares para o embrião se nutrir até a eclosão - abertura natural de um ovo, fora do
corpo da mãe, após ter terminado o desenvolvimento embrionário) Ex: as aves, a tartaruga e
algumas cobras.
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- Vivíparos (o embrião desenvolve-se dentro do corpo materno, alimentando-se das substâncias
produzidas pela placenta) Ex: a maioria dos mamíferos.
- Ovovíparos (os ovos ficam dentro do corpo da mãe até os filhotes se desenvolverem e saírem para
o exterior) Ex: as víboras.
- Directo (quando este apresenta características semelhantes aos progenitores) como é o caso dos
mamíferos, ou
- Indirecto (quando este nasce com um aspectos diferente do progenitor) - sofre um conjunto de
transformações (metamorfoses) até atingir a forma adulta, como acontece com os anfíbios.
4ª Tiragem: 2022/2023
Fonte: Manual de Biologia 9ª classe; Atlas básico de botânica; Atlas do corpo humano.
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