Módulo de Ciências Da Natureza e Suas Tecnologias.

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Módulo Especial

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias

Obs: Módulo para ser devolvido.


BIOLOGIA

Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida: desde o seu surgimento,


composição e constituição até a sua história evolutiva, aspectos comportamentais e a
relação com outros organismos e com o ambiente.
Assim, a Biologia tem como objeto de estudo os seres vivos. Tais organismos
diferenciam-se dos demais por serem constituídos, predominantemente, de moléculas
de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio e por apresentarem constituição celular,
necessidade de se nutrirem, capacidade reprodutiva e de reação a estímulos.
Citologia

Abiogênese

A abiogênese, conhecida como geração espontânea, foi uma das primeiras hipóteses
sobre a origem da vida. Baseada na ideia de que a vida poderia surgir da matéria
orgânica, essa teoria começou a partir de experimentos e foi supostamente
comprovada pelo surgimento de moscas em uma carne em decomposição e ratos em
trapos sujos.

Essa teoria perdurou durante a Antiguidade, quando muitos pesquisadores e filósofos,


como Aristóteles, acreditavam que os seres vivos brotavam a partir da matéria.
Vermes nasceriam das frutas podres e sapos surgiriam dos pântanos.

Redi e biogênese

Francesco Redi (1626 - 1698), um biólogo italiano, foi o primeiro a gerar dúvidas sobre
a hipótese da abiogênese, com ajuda do método científico. Dessa forma, ele
experimentou colocar alimentos em vários vidros e deixou alguns fechados com gaze
e outros abertos, como na imagem abaixo.

Experimento de Francesco Redi (Foto: Reprodução)

Ele observou dentro de alguns dias que apenas os potes abertos continham larvas
dentro, concluindo que as larvas só surgiram porque foram depositados por moscas e
não por matéria não viva, conforme afirmava a teoria da abiogênese. A partir dessa
conclusão, Redi afirmou que todos os seres vivos vêm sempre de outros seres vivos e
daí surgiu a teoria da biogênese.

Em 1862, Louis Pasteur (1822 - 1895), ferveu um caldo de carne e armazenou o


líquido estéril por certo tempo em um recipiente que permitia apenas a entrada de ar,
mas não a poeira. Após alguns meses, Pasteur colocou o líquido em contato com a
poeira e pouco tempo depois surgiram micróbios.

Ilustração do experimento de Pasteur (Foto: Slideplayer)

Dessa forma, a teoria da abiogênese foi realmente desfeita, já que após Redi mostrar
seu experimento, alguns defensores da geração espontânea afirmavam que os
micróbios, que são seres mais simples, poderiam sim surgir da matéria não viva.

Origem da terra

Atualmente, a hipótese aceita surgiu nos trabalhos do bioquímico russo Aleksandr


Ivanovich Oparin (1894-1980) e do geneticista escocês Jonh B. S. Haldane (1892-
1964). Estudos geológicos concluíram que a atmosfera da Terra era composta por
diferentes gases que não são os atuais.

Oparin acreditava que os gases, como o metano (CH4), amoníaco (NH3), hidrogênio
(H2) e o vapor da água (H2O) formariam após muito tempo as primeiras moléculas
orgânicas e, dessa forma, após anos originariam os primeiros seres vivos. Muitos
outros cientistas acham que, além desses gases, outros também poderiam estar
nessa atmosfera, como o gás carbônico (CO2), sulfetos de hidrogênio (H2S) e
monóxido de carbono (CO).

A teoria é que o gás oxigênio (O2) estaria ausente, pois caso estivesse presente, esse
gás oxidaria os compostos químicos e consequentemente, não formaria as primeiras
moléculas e mais tarde os seres vivos.
As descargas elétricas proveniente dos relâmpagos e os raios ultravioletas do Sol
foram fontes de energia que por muitos anos promoveram variadas reações químicas
e dessa forma teria dado origem a moléculas, como álcoois, aminoácidos e açucares
constituída por cadeias de carbono.

As moléculas orgânicas simples ficaram reunidas no mar por conta das chuvas e
ficaram reunidas no mar e ao longo prazo, estas simples moléculas teriam dado
origem a moléculas mais complexas, como as proteínas, polissacarídeos, entre
outros.

Em 1953, o cientista americano Staley Miller experimentou testar essa hipótese e


construiu um aparelho colocando alguns gases submetidos a fortes descargas
elétricas e vapor de água, simulando as condições naquela época. Após uma semana,
Miller relatou a presença de aminoácidos no líquido formado. Staley Miller, com o seu
experimento apoiou a ideia da hipótese de Oparin.

Experimento de Miller simula Terra primitiva (Foto: Julia Rocha)

Foi chamado de coacervado a mistura de um ácido nucleico, originada das sínteses de


moléculas orgânicas, a uma solução de proteínas. Esta formava um aglomerado que
possuía no seu interior proteínas enzimáticas e teria sido considerado o primeiro ser
vivo já que era capaz de realizar metabolismo, reproduzir apresentando
hereditariedade e até mesmo de evoluir.

O primeiro ser vivo teria capacidade de se alimentar absorvendo as moléculas que


estavam no mar, o que seria a nutrição heterotrófica, e como não existia oxigênio na
atmosfera, provavelmente a energia conseguida era de forma anaeróbia, por
fermentação.

Esses seres vivos teriam também a capacidade de mutação, fazendo com que, a
longo prazo, surgissem seres autotróficos, capazes de realizar fotossíntese e, dessa
forma, isso foi favorável, pois a Terra foi se modificando e diminuindo as substâncias
orgânicas que serviam de alimento. Assim, a seleção natural fazia com que os seres
vivos mais adaptados estivessem uma maior probabilidade de sobrevivência e de se
multiplicar.

Os seres vivos que possuíam atividade autotrófica modificaram a atmosfera, que


passou a ter oxigênio livre em sua composição química, possibilitando o surgimento de
seres vivos que eram capazes de usar o oxigênio pela respiração aeróbica.

Em suma, os primeiros seres vivos eram muito simples, lembrando os procariontes


atuais; a longo prazo, foram surgindo células mais complexas, os eucariontes e,
assim, podem ter sido capazes de formar colônias e dar origem aos primeiros seres
pluricelulares.

A Biologia Celular, também chamada de Citologia, é a parte da Biologia que se


dedica ao estudo das células e suas estruturas. É uma área bastante importante, uma
vez que a célula é a menor unidade viva de um organismo e é utilizada para
diferenciar um ser vivo daquele que não apresenta vida.
As células começaram a ser estudadas a partir dos trabalhos com cortiça realizados
por Robert Hooke em 1665. Esse pesquisador inglês foi o primeiro a visualizar células
em um microscópio. Como ele verificou células de cortiça mortas, acreditou que essas
estruturas eram apenas câmaras vazias, daí a denominação célula, que significa
pequena cela.
Com o desenvolvimento dos microscópios e estudos mais aprofundados em outros
materiais, percebeu-se que todos os seres vivos apresentavam células e estas eram
muito mais complexas do que as estruturas visualizadas por Hooke. Os trabalhos do
botânico Mathias Schleiden e do zoólogo Theodor Schwann foram fundamentais para
a construção da chamada Teoria Celular, que dizia que todos os seres vivos eram
compostos por células.
Em 1855, Rudolf Virchow publicou um trabalho em que ele afirmava que todas as
células originavam-se de outra célula preexistente. Entretanto, somente em 1878,
Walther Flemming observou o processo de divisão celular e conseguiu provar como a
multiplicação das células ocorria.

O conjunto de várias células formam um tecido;

O conjunto de vários tecidos formam um órgão, esses formam um sistema.

As conclusões obtidas nesses dois trabalhos foram incorporadas à Teoria Celular,


que, atualmente, é conhecida por três pontos principais:

→ Todos os organismos vivos são formados por uma ou várias células;


→ As células são as unidades funcionais dos seres vivos;
→ Uma célula somente se origina de outra existente.
Atualmente, admite-se que as células são formadas por três partes básicas: a
membrana, o citoplasma e o núcleo. Vale destacar, no entanto, que o mais correto é
admitir que todas as células possuem material genético, uma vez que nem todas
possuem um núcleo delimitado por uma membrana nuclear, também chamada de
carioteca. As células que não possuem membrana nuclear são chamadas de células
procarióticas, e as que possuem a membrana recebem a denominação
de eucarióticas.
A membrana plasmática de uma célula possui como função principal controlar o que
entra e o que sai dessa estrutura. Graças a essa importante característica, dizemos
que ela possui permeabilidade seletiva. O modelo que melhor representa a estrutura
da membrana atualmente é o modelo do mosaico fluido, que admite que ela é
formada por uma bicamada fosfolipídica onde estão imersas proteínas.
O citoplasma é um líquido viscoso presente entre o núcleo e a membrana onde estão
localizadas as organelas, que são estruturas responsáveis pelas mais variadas
funções da célula. Analisando as organelas celulares, também é possível perceber a
diferença entre uma célula eucariótica e uma procariótica. Nessas últimas são
encontrados apenas ribossomos, enquanto nas eucarióticas uma variada gama de
organelas é observada.
Veja a seguir as principais organelas visualizadas em uma célula:

→ Retículo endoplasmático liso – Relaciona-se, principalmente, com a síntese de


lipídios e carboidratos.
→ Retículo endoplasmático rugoso – Responsável pela síntese intensa de
proteínas.
→ Ribossomo – Relaciona-se com a síntese de proteínas.
→ Complexo Golgiense – Possui como principal função a secreção celular.
→ Mitocôndrias – Envolvidas no processo de respiração celular.
→ Lisossomo – Organela exclusiva das células animais, o lisossomo está relacionado
com a digestão intracelular.
→ Centríolo – Possui importante papel na divisão celular.
→ Peroxissomo – Destrói substâncias tóxicas.
→ Cloroplasto – Atua no processo de fotossíntese, não sendo encontrado, portanto,
nas células animais.
→ Vacúolo – Relacionado com a digestão intracelular e acúmulo de substâncias.

.
Tipos de células:
1- Célula Animal – possui todas as organelas acima citadas menos vacúolo,
cloroplastos e parede celular.

2- Célula Vegetal – possui todas as organelas citadas acima.

Veja as imagens abaixo, com as estruturas de cada tipo de célula.


Célula 1

Célula 2

Histologia
. Nos organismos multicelulares, as células com características semelhantes e que
exercem a mesma função geral formam os tecidos. A parte da Biologia que estuda a
função dos tecidos e suas interações recebe o nome de Histologia.
O termo histologia começou a ser utilizado em 1819 por Mayer, que o criou baseando-
se na palavra tecido, do grego histos, proposta anos antes pelo francês Xavier Bichat.
Esse último pesquisador denominou de tecido as estruturas macroscópicas
encontradas no corpo que apresentavam diferentes texturas. Segundo Bichat,
tínhamos no corpo 21 tipos diferentes de tecidos.
Para que o estudo da histologia fosse possível, foi necessário o uso de equipamentos
que possibilitassem a visualização das estruturas microscópicas. Assim sendo, a
histologia desenvolveu-se juntamente à evolução dos microscópicos. A cada
melhoria nesses equipamentos, mais descobertas eram feitas.
Entre as descobertas que os histologistas realizaram graças ao desenvolvimento do
microscópio podemos citar os princípios que compõem a teoria celular: as células
constituem todas as formas de vida; são as unidades morfológicas e funcionais dos
organismos; e originam-se de outras preexistentes.

Além do uso de microscópio, o desenvolvimento da histologia esteve diretamente


relacionado com o desenvolvimento de técnicas que permitiram o preparo de tecidos
mortos e in vivo. Atualmente, o método mais utilizado é a preparação de lâminas
histológicas permanentes, que são utilizadas para a análise em microscópios
ópticos.
Para a preparação de lâminas histológicas, o histologista deve seguir os seguintes
passos: coleta, fixação, processamento, desidratação, diafanização,
impregnação, microtomia, colagem do corte à lâmina, coloração e
montagem. Para a coleta de amostra, o histologista poderá realizar uma biópsia, uma
cirurgia ampla ou a necrópsia. Feita a coleta, deve-se fixar o material utilizando-se
calor, frio ou produtos químicos chamados de fixadores, tais como o formol e o aldeído
glutárico.
Após a fixação, o material é processado, ou seja, passa por técnicas que permitem
que ele fique coeso o suficiente para garantir cortes. Para isso, são utilizados materiais
de inclusão, como a parafina. Dependendo do produto a ser utilizado para a inclusão,
o tecido deve ser desidratado, ou seja, a água deve ser retirada. Após essa etapa, faz-
se necessária a realização do processo de diafanização, que clarifica o material,
tornando-o translúcido. No processo de impregnação, o material deve ser submetido a
técnicas que garantam a total inclusão dos agentes de impregnação, tais como a
parafina e o polietileno glicol. No final da impregnação, obtém-se um bloco com tecido
no seu interior, que é cortado com o uso do micrótomo em um processo chamado de
microtomia.

O material cortado é então colocado na lâmina para a colagem e passa por técnicas
de coloração, que variam de acordo com o tecido a ser verificado e com a estrutura
que se pretende observar. Por fim, temos a montagem da lâmina, que consiste na
retirada da água e na colocação do meio de montagem e da lamínula para selar o
corte.
Com a preparação dessas lâminas, garantiu-se uma grande evolução no estudo da
histologia, além de permitir que o material ficasse em perfeito estado por muito mais
tempo. A vantagem do maior prazo de conservação é que estruturas podem ser
analisadas por vários pesquisadores em diferentes momentos sem que haja perda do
material.

Atualmente, pode-se classificar os tecidos dos seres humanos em quatro diferentes


grupos utilizando como critério suas diferenças morfológicas e suas funções no
organismo. Esses tecidos são: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
O tecido epitelial possui células justapostas com pouco material intercelular. O tecido
conjuntivo, por sua vez, apresenta grande quantidade de substância intercelular. Já o
tecido muscular caracteriza-se pelo sua capacidade de contração. O tecido nervoso,
por sua vez, possui a capacidade de transmitir impulsos nervosos.
Além da divisão desses quatro grupos, podemos classificá-los em outros subtipos, tais
como:

→ Tecido epitelial
Tecido epitelial de revestimento;

Tecido epitelial glandular.

→ Tecido conjuntivo
Tecido conjuntivo propriamente dito;

Tecido adiposo;
Tecido cartilaginoso;
Tecido ósseo;
Tecido hematopoético.

→ Tecido muscular
Tecido muscular estriado esquelético;

Tecido muscular estriado cardíaco;

Tecido muscular não estriado.

→ Tecido nervoso

Tecido Epitelial

Os seres humanos, assim como outros animais, são formados por quatro grupos
básicos de tecidos: o epitelial, também chamado de epitélio, é constituído por células
justapostas com pouca quantidade de substância extracelular.
Os tecidos epiteliais possuem principalmente duas funções: revestir e secretar. Os
epitélios de revestimento formam uma cobertura nas superfícies e nas cavidades do
corpo que impede a perda excessiva de água e a entrada de organismos patogênicos.
Além disso, eles também permitem a troca de substâncias e a absorção de nutrientes,
entre várias outras funções. Já os tecidos epiteliais com a função de secreção são
chamados de glandulares e exercem importantes papeis no nosso organismo, tais
como controle da temperatura e controle do crescimento e desenvolvimento.
As células dos tecidos epiteliais de revestimento apresentam diferentes formatos e
características, sendo esses fatores usados para a sua classificação. Dentre os
principais critérios utilizados para classificar os epitélios, destacam-se o número de
camadas e as formas da célula.

Segundo o número de camadas, os epitélios podem ser classificados em:


→ Simples: Apresentam apenas uma camada de células.
→ Estratificados: Possuem mais de uma camada de células.
→ Pseudoestratificados: Tecido formado apenas por uma camada de células,
entretanto, a posição variada dos núcleos promove a falsa sensação de que ele
apresenta várias camadas. Apesar de todas as células estarem apoiadas na lâmina
basal, elas diferenciam-se em altura e, portanto, nem todas chegam à superfície do
tecido.

Levando em consideração a forma das células, o epitélio pode ser classificado


em:
→ Pavimentoso: Células com formato achatado que muitas vezes lembram azulejos.
Os epitélios pavimentosos, que podem ser simples ou estratificados, podem ser
encontrados revestindo vasos sanguíneos e formando a epiderme, por exemplo (Leia
mais sobre a pele);
→ Cúbico: Células de formato cúbico. Os epitélios cúbicos podem ser simples ou
estratificados e podem ser observados no ovário e folículos ovarianos, por exemplo.
→ Prismático, colunar ou cilíndrico: Células alongadas e retangulares. Os epitélios
prismáticos podem ser simples ou estratificados e podem ser encontrados revestindo a
traqueia e a cavidade nasal, por exemplo.
→ Transição: Tipo de tecido estratificado com células superficiais de formato globoso
que mudam de acordo com o grau de distensão do tecido. Esse tipo de epitélio é
encontrado na bexiga.
O tipo de epitélio encontrado em cada órgão está diretamente relacionado com a
função daquela determinada estrutura. Os epitélios pavimentosos simples, por
exemplo, são encontrados em locais onde a troca de substâncias deve ocorrer
facilmente. Já os estratificados pavimentosos, por exemplo, dificultam a troca de
substâncias e estão mais relacionados com a proteção.

Tecido Conjuntivo

De origem mesodérmica, o tecido conjuntivo caracteriza-se por preenchimento dos


espaços intercelulares do corpo e a importante interfase entre os demais tecidos,
dando-lhes sustentação e conjunto.

Morfologicamente, apresenta grande quantidade de material extracelular (matriz),


constituído por uma parte não estrutural, denominada de substância estrutural amorfa
(SFA), e por outra porção fibrosa.

Substância Amorfa: formada principalmente por água, polissacarídeos e proteínas.


Pode assumir consistência rígida, como, por exemplo, no tecido ósseo; e mais líquida,
como é o caso do plasma sanguíneo.
Fibras: de natureza proteica, distribuem-se conforme o tecido, destacando-se:
Colágeno → fibras mais frequentes do tecido conjuntivo, formada pela proteína
colágeno de alta resistência (coloração esbranquiçada);
Elásticas → fibras formadas fundamentalmente pela proteína elastina, possuindo
considerável elasticidade (coloração amarelada);
Reticulares → fibras com reduzida espessura, formada pela proteína chamada
reticulina, análoga ao colágeno.
Portanto, além da função de preenchimento dos espaços entre os órgãos e
manutenção, toda a diversidade do tecido conjuntivo em um organismo desempenha
importante função de defesa e nutrição.

Os principais tipos em vertebrados podem ser subdivididos em dois grupos, a partir de


uma classificação considerando a composição de suas células e o volume relativo
entre os elementos da matriz extracelular: tecido conjuntivo propriamente dito (o frouxo
e o denso), e os tecidos conjuntivos especiais (o adiposo, o cartilaginoso, o ósseo e o
sanguíneo).

Tecido Conjuntivo Frouxo


Caracteriza-se pela abundante presença de substâncias intercelulares e relativa
quantidade de fibras, frouxamente distribuídas. Nesse tecido estão presentes todas as
células típicas do tecido conjuntivo: os fibroblastos ativos na síntese proteica, os
macrófagos com grande atividade fagocitária e os plasmócitos na produção de
anticorpos.

Tecido Conjuntivo Denso


Denominado de tecido conjuntivo fibroso, apresenta grande quantidade de fibras
colágenas, formando feixes com alta resistência à tração e pouca elasticidade. É
tipicamente encontrado em duas situações: formando os tendões, mediando a ligação
entre os músculos e os ossos; e nos ligamentos, unindo os ossos entre si.

A organização das fibras colágenas nessa classe de tecido permite distingui-lo em:
não modelado, quando as fibras se distribuem de maneira difusa (espalhadas); e
modelado, se ordenadas.

Tecido Conjuntivo Sanguíneo (Reticular)


Esse tecido tem a função de produzir as células típicas do sangue e da linfa. Existem
duas variações: tecido hematopoiético mieloide e tecido hematopoiético linfoide.

Mieloide: Encontra-se na medula óssea vermelha, presente no interior do canal


medular dos ossos esponjosos, responsáveis pela produção dos glóbulos vermelhos
do sangue (hemácias), certos tipos de glóbulos brancos e plaquetas.

Linfoide: Encontra-se de forma isolada em estruturas como os linfonodos, o baço, o


timo e as amígdalas; tem o papel de produzir certos tipos de glóbulos brancos
(monócitos e linfócitos).

Tecido Conjuntivo Adiposo


O tecido conjuntivo adiposo é rico em células que armazenam lipídios, com função
essencial de reserva energética. Em aves e mamíferos (animais homeotérmicos),
auxilia na regulação térmica (isolante), sendo distribuído sob a pele que constitui a
hipoderme.
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
O tecido cartilaginoso, desprovido de vasos sanguíneos e nervos, é formado por
células denominadas condroblastos e condrócitos. O condroblasto sintetiza grande
quantidade de fibras proteicas, e com gradual redução de sua atividade metabólica,
passa a ser denominado condrócito.

Tecido Conjuntivo Ósseo


Bem mais resistente que o tecido cartilaginoso, o tecido ósseo é constituído de uma
matriz rígida, formada basicamente por fibras colágenas e sais de cálcio e vários tipos
de células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.

Os osteoblastos são células ósseas jovens, existentes em regiões onde o tecido ósseo
encontra-se em processo de formação, originando os osteócitos que armazenam
cálcio. Os osteoclastos, por sua vez, são células gigantes que promovem a destruição
da matriz óssea.

Tecido Muscular

O tecido muscular, originado do mesoderma (folheto embrionário), constitui os


músculos, está relacionado ao mecanismo de locomoção e ao processo de
movimentação de substâncias internas do corpo, decorrente à capacidade contrátil
das fibras musculares em resposta a estímulos nervosos, utilizando energia fornecida
pela degradação da molécula de ATP.

As células desse tecido são caracterizadas pelo seu formato alongado, uma
especialização é a função de contração e distensão das fibras musculares, formada
por numerosos filamentos proteicos de actina (miofilamentos finos) e miosina
(miofilamentos grossos).

O grau de contração muscular segue, a princípio, dois fatores: o primeiro relacionado à


intensidade do estímulo e o segundo à quantidade de fibras estimuladas.

Dessa forma, somente ocorrerá contração quando o estímulo nervoso tiver intensidade
suficiente para desencadear em um número significativo de fibras, uma ação de
contração mediada por substâncias neurotransmissoras, emitidas nas sinapses
neuromusculares (contato neurônio músculo), sinalizando o deslizamento dos
miofilamentos finos sobre os grossos.

Classificação dos tecidos musculares:

Há três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado
esquelético e tecido estriado cardíaco, cada um com suas particularidades.

- Musculatura lisa (necessariamente com contração involuntária, independente da


vontade do indivíduo): formada por células mononucleadas com estrias longitudinais.
É presente nos órgãos vicerais internos (esôfago, intestino, vasos sanguíneos e útero),
responsável pelo peristaltismo.

- Musculatura estriada esquelética (contração voluntária, dependente da vontade do


indivíduo): formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais.
Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do
corpo.

- Musculatura estriada cardíaca (contração involuntária): constitui as células


binucleadas do miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares
que aumentam a adesão entre as células. Fator importante para uma contração
rítmica e vigorosa, mantendo a circulação do sangue no corpo.

Um aspecto interessante com relação às fibras musculares estriadas ocorre em


ocasião ao estado parcial de contratibilidade passiva, da ordem de milionésimos de
segundos alternado entre as fibras musculares. Processo que estabelece uma
situação contínua para o tônus muscular (diferente de definição muscular), auxiliando
na estabilidade e postura corporal.

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do


interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os
impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente
grandes. Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.

O Sistema Nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC),


formado pelo encéfalo e pela medula espinha;l e Sistema Nervoso Periférico (SNP),
formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos
por neurônios e gliócitos (ou células gliais).
Neurônios
Os neurônios são células responsáveis pelos impulsos nervosos, altamente
especializadas, dotadas de um corpo celular e numerosos prolongamentos
citoplasmáticos, denominados neurofibras ou fibras nervosas.

O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado. As mitocôndrias


são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os prolongamentos do
neurônio podem ser de dois tipos:

- dendritos (do grego déndron: árvore), ramificações que têm a função de captar
estímulos,

- axônio (do grego áxon: eixo), o maior prolongamento da célula nervosa (varia de
frações de milímetro até cerca de 1 metro), transmite os impulsos nervosos.
Gliócitos
Os gliócitos possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos.
Os principais tipos de células desta natureza são os astrócitos, oligodendrócitos,
micróglias e células de Schwann.

Os prolongamentos de algumas dessas células enrolam-se nos axônios e formam, ao


redor deles, a bainha de mielina, que atua como isolante elétrico e contribui para o
aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio.

A bainha de mielina, porém, não é contínua. Entre uma célula de Schwann e outra
existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma
constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.

Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por
isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma fibra
mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza
lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro.

Nervos
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por
uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente
formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo
chamada epineuro.

Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares
localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser
observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula


espinhal, denominam-se raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores


(sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com
o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:

- sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos


receptores até o sistema nervoso central;

- motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso


central para os órgãos efetores;

- mistos: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais
comuns no organismo.

Sinapses
As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio e outro;
entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um neurônio e uma célula glandular.
Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro),
neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre
um neurônio e uma célula glandular).
Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra
muscular, tampouco com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço,
denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso para
outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios.

Os neurormônios estão contidos em microvesículas presentes nas extremidades do


axônio. Quando o impulso nervoso chega até essas extremidades, as microvesículas
liberam o mediador químico para o espaço sináptico. O neurormônio, então, combina-
se com receptores moleculares presentes no neurônio que deverá ser estimulado (ou
na fibra muscular ou na célula glandular). Dessa combinação resulta a mudança na
permeabilidade da membrana da célula receptora, fato que desencadeia uma entrada
de íons no interior da célula e a consequente inversão da polaridade da membrana.
Surge, então, um potencial de ação que gera, na célula receptora, um impulso
nervoso.

Os organismos do Reino Plantae são multicelulares, com células eucarióticas. São


autossuficientes, ou seja, produzem o próprio alimento através da fotossíntese, sendo
assim chamados de autótrofos. Todas as células vegetais possuem celulose em sua
parede celular, vacúolos e cloroplastos em seu interior.
Os vegetais foram os primeiros colonizadores do planeta Terra. Graças à sua
autossuficiência alimentar, eles conseguiram conquistar o ambiente. É através das
plantas que a vida no planeta se mantém.

Os vegetais são classificados quanto à presença ou ausência de flores. As plantas que


não possuem flores e cuja estrutura reprodutora é pouco visível são chamadas
de criptógamas; e as plantas que possuem flores e cuja estrutura reprodutora é bem
visível, denominamos fanerógamas.
As plantas, quanto à presença ou ausência de vasos condutores, são classificadas em
plantas avasculares e vasculares.
As plantas avasculares são destituídas de vasos condutores da seiva. Os filos que
apresentam vegetais avasculares são:
• Filo Bryophyta (musgos);
• Filo Hepatophyta (hepáticas);
• Filo Anthocerophyta (antóceros).

As plantas vasculares, também chamadas de traqueófitas, possuem vasos


condutores de seiva. Dentre os vegetais vasculares há os que possuem sementes e
os que não possuem sementes.
Os filos que possuem vegetais vasculares, que não possuem sementes, são:
• Filo Pterophyta (samambaias e avencas);
• Filo Lycophyta (licopódios e selaginelas);
• Filo Sphenophyta (cavalinha);
• Filo Psilotophyta (psilotáceas).
Os filos vegetais que apresentam plantas vasculares com sementes são
as Gimnospermas e as Angiospermas.
1. Gimnospermas: vegetais que não apresentam flores, criptógamas e nem frutos.
• Filo Coniferophyta (pinheiros e ciprestes);
• Filo Cycadophyta (cicas);
• Filo Gnetophyta (gnetáceas);
• Filo Ginkgophyta (gincobilobas).

2. Angiospermas: vegetais que apresentam flores e frutos.


• Filo Magnoliophyta ou Anthophyta (árvores, capins, etc

O Reino Monera reúne os organismos procariontes, unicelulares, coloniais ou não, de


vida livre ou parasita, autótrofos (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) ou
heterotróficos que se alimentam por absorção.

Mesmo possuindo uma estrutura e organização celular rudimentar, uma tendência


evolutiva desde o primórdio dos seres vivos, essas demonstram um grande potencial
biológico, coexistindo em todos os tipos de ambientes, seja terrestre, aéreo ou
aquático.
Esse Reino compreende as bactérias e algas azuis (atualmente denominadas de
cianobactérias). Em virtude da contribuição da Biologia molecular, esse Reino passou
a ser classificado em dois sub-reinos de organismos procarióticos bem diferentes:
Eubactérias e Arqueas (Archaeobactérias).

As Eubactérias são divididas em dois grupos:

Com Parede Celular

- Gram-negativas (12 subgrupos) → Espiroquetas, Bacilos aeróbios ou Microaerófilos,


Cocos, Bacilos anaeróbios facultativos, Bactérias anaeróbias, Riquétsias e Clamídias,
Fototróficas anoxigênicas, Fototróficas oxigênicas, Bactérias deslizantes, Bactérias
com bainha, Bactérias gemulantes e as Quimiolitotróficas.

- Gram-positivas (06 subgrupos) → Cocos, Bactérias esporuladas, Bacilos regulares,


Bacilos irregulares, Microbactérias e Actinomicetos.

Sem Parede Celular

- Micoplasmas → revestidos apenas por uma membrana flexível, permitindo assumir


variadas formas.

De igual forma, as Archaeobactérias também se dividem em dois grupos:

Com parede celular

- Metanogênicas (produtoras de metano) → Methanosarcina, Methanobacteriu e


Methanospirillum
- Bactérias halofílicas extremas (desenvolvimento em ambientes com grande
concentração salina) → Bacteriorrodospsina

-Arqueobactérias dependentes de enxofre (obtém energia a partir da oxidação do


enxofre)→ Sulfolobus e Thermoproteus

Sem parede celular

- Termoplasmas → bactérias com ausência de parede celular, tolerantes a


temperaturas que compreendem 55 a 59 °C e pH ótimo, aproximadamente igual a 2.

Reino de seres vivos que reúne os protozoários, organismos heterotróficos que podem
obter seus alimentos por absorção ou por ingestão; e algas fotossintetizantes.

No geral, são organismos eucariontes, unicelulares, coloniais ou multicelulares, não


possuindo tecidos verdadeiros, alimentando-se por ingestão ou absorção.

Anteriormente esse grupo era subdividido em quatro filos distintos, de acordo com a
estrutura locomotora. Porém, atualmente são considerados cerca de dezesseis filos
cujas relações filogenéticas ainda não estão bem compreendidas.

Em função da complexa caracterização desses filos, realizada com base na


comparação entre as sequências de bases nitrogenadas do RNA e DNA, bem como
da ultraestrutura celular, os protozoários são simplificadamente classificados em:

Protozoários ameboides – deslocando-se e capturando alimentos através de


pseudópodes. Na classificação tradicional tratado como Filo Sarcodina; e na moderna
reúne cerca de cinco filos.

Protozoários flagelados – locomoção e obtenção de alimentos por meio de batimento


flagelar. Antigamente tratados como um único filo (Flagelata ou Mastigophora); hoje
considerados em oito filos com características próprias.

Protozoários ciliados – que se deslocam ou obtêm alimentos por meio de cílios. Esse é
o único grupo que mantém a classificação tradicional (Filo Ciliophora).
Protozoários apicomplexos, ou esporozoários – não possuem estruturas locomotoras
e, em algum estágio do ciclo de vida, apresentam uma estrutura proeminente: o
complexo apical. Muitas dessas espécies formam esporos.

Quanto às algas, podem ser do Filo Chlorophyta (algas verdes), Filo Phaeophyta
(algas pardas ou marrons), Filo Rhodophyta (algas vermelhas), Filo Bacillariophyta
(diatomáceas), Filo Chrysophyta (algas douradas), Filo Euglenophyta (euglenas), Filo
Dinophyta (dinoflagelados) e Filo Charophyta (carofíceas).

O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se


alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares e
multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São conhecidos
popularmente por: leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos e orelha-de-pau.

Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos,
como, por exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e
algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas
com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição de
cadáveres.

A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as


estruturas reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra
sexuada.

Na assexuada formam-se esporos por divisões mitóticas, podendo essa fase se


prolongar por indeterminado período em resposta às alterações ambientais,
aguardando estímulo para desencadear o início da fase sexuada, por divisão meiótica.

Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes,


Basidiomycetes e os Deuteromycetes.

Ascomycetes (ascomicetos) → assim chamados em razão do processo de


reprodução sexuada formando sacos, conhecidos cientificamente como ascos (daí a
origem do nome), que posteriormente se transformam em esporos.

Phycomycetes (ficomicetos) → são os fungos mais simples, semelhantes a uma


alga, contendo esporos dotados de flagelos.

Basidiomycetes (basidiomicetes) → formam estruturas reprodutivas denominadas


basídios, cuja base encontra-se fixa ao corpo de frutificação (eixo de sustentação),
ficando com extremidades livres formando os basidiósporos, estrutura que aloja os
esporos (exemplo: cogumelos).

Deuteromycetes (deuteromicetes) → ou fungos imperfeitos, com estrutura


reprodutora pouco detalhada e conhecida, sendo a grande maioria parasita
causadores de doenças.

Os animais são organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição


heterotrófica, ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Apesar de
serem bastante distintos anatômica, morfológica e fisiologicamente, todos os animais
possuem as três características citadas.
O Reino Animalia ou Metazoa conta com mais de um milhão de espécies dispostas
em mais de 30 filos. Uma das características mais marcantes do reino é a capacidade
de locomoção, apesar de existirem representantes sésseis. Além disso, os animais
possuem células que formam tecidos, com exceção dos poríferos, que não possuem
tecidos verdadeiros.
No que diz respeito ao habitat, os animais também apresentam grande variabilidade,
pois são encontrados em ambientes aquáticos e também terrestres. Sua dieta também
é variada, existindo animais herbívoros, carnívoros, parasitas e até mesmo
saprófagos.
Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais: os vertebrados
e os invertebrados. Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido, representa
apenas 5% de todas as espécies de animais existentes. Os invertebrados, por sua
vez, agrupam o maior número de espécies, com cerca de 95%. Vale destacar que
essa classificação é artificial, sendo utilizada apenas para fins didáticos.
Apesar da existência de mais de 30 diferentes filos de animais, costuma-se restringir o
estudo desse grupo à análise de apenas nove. Veja a seguir as principais
características desses grupos:
→ Poríferos: Grupo mais primitivo de animais. Trata-se de seres sésseis, com corpo
repleto de poros, que vivem apenas em ambientes aquáticos. Possuem simetria radial,
mas alguns podem ser assimétricos. São seres filtradores e a digestão ocorre
exclusivamente no interior das células (digestão intracelular). Exemplo: Esponjas.
→ Cnidários: Seus representantes são predominantemente marinhos. Destacam-se
por apresentar dois folhetos embrionários (diblásticos) e simetria radial. Nesse grupo,
surge uma cavidade digestiva denominada de cavidade gastrovascular. Existem
representantes de vida livre e sésseis. Exemplo: Águas-vivas e caravelas.
→ Platelmintos: Conhecido popularmente como vermes chatos, esse grupo, que é
triblástico e acelomado, apresenta simetria bilateral e achatamento dorsoventral do
corpo. Exemplo: Planárias e tênias.
→ Nematódeos: Também conhecidos como vermes, esses animais, diferentemente
dos platelmintos, não possuem corpo achatado, e sim cilíndrico e com as
extremidades afiladas. Apresentam tubo digestório completo. Exemplos: lombrigas e
filárias.
→ Moluscos: Possuem corpo mole, e algumas espécies apresentam corpo recoberto
por concha calcária. A maioria dos representantes é marinha, mas existem espécies
de água doce e terrestres. Exemplo: Caramujos, polvos e lesmas.
→ Anelídeos: Sua principal característica é o corpo cilíndrico dividido em anéis
(segmentado). Existem representantes de água doce, salgada e terra úmida.
Exemplos: Minhocas e sanguessugas.
→ Artrópodes: Apresentam corpo segmentado com apêndices articulados e revestido
por um exoesqueleto quitinoso. Graças à presença de exoesqueleto, esses animais
não crescem constantemente, mas realizam mudas periódicas. Representam o filo
com maior diversidade de organismos do Reino Animalia. Exemplo: Insetos e
crustáceos.
→ Equinodermos: Todos os representantes são marinhos e apresentam
características que os tornam parecidos com os cordados. Exemplo: Estrela-do-mar e
ouriços-do-mar.
→ Cordados: Apresentam como característica mais marcante a presença de um
bastão flexível e fibroso denominado de notocorda durante alguma fase do
desenvolvimento. Exemplos: Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

NÚCLEO

O núcleo é uma estrutura presente em células eucarióticas e contém a maioria do


material genético da célula (genes). O núcleo coordena/comanda todas as funções
celulares. O núcleo é constituído de carioteca, nucleoplasma, cromatina
(cromossomos) e nucléolo (Figura 1).

Figura 1: o núcleo (Foto: Reprodução/Biotravel.com.br)


Carioteca
A carioteca constitui-se de duas membranas lipoproteicas que delimitam o núcleo,
separando o material nuclear do citoplasma. As membranas são separadas entre si
por um espaço denominado espaço perinuclear, que possuem poros por onde ocorrem
as trocas de macromoléculas entre núcleo e citoplasma.

Cromatina e Nucleoplasma
O nucleoplasma é um fluido constituído de íons, vários tipos de enzimas e moléculas
de ATP, dissolvidas em água, nele estão inseridos os filamentos de cromatina e o
nucléolo.
Cada cromossomo é formado por filamentos de cromatina. A cromatina é formada por
uma única e longa molécula de DNA associada a várias moléculas de proteínas
(histonas). As histonas enovelam o DNA, compactando-o, formando a estrutura
denominada nucleossoma. Há 2 tipos de cromatina: a eucromatina, região com DNA
ativo, que pode expressar proteínas e enzimas e a heterocromatina, região com DNA
inativo, que parece ter funções estruturais durante o ciclo celular. Nos procariontes o
cromossomo é formado por uma única molécula de DNA circular (denominado
plasmídeo), já nos eucarionte existem vários cromossomos por célula, e eles não são
circulares.
Os cromossomos possuem vários genes dispostos linearmente. O gene é a unidade
fundamental da hereditariedade e corresponde a uma sequência específica de
nucleotídeo do DNA que pode ser codificada em proteína. O local que cada gene
ocupa no cromossomo é denominado locus gênico. Os cromossomos geralmente
ocorrem aos pares nas células e cada par com o mesmo loci (plural de locus) gênico
são denominados cromossomos homólogos. Essas células que possuem
cromossomos aos pares são denominadas células diplóides (2n), pois, no caso da
espécie humana, essas células apresentam 23 pares, ou seja, 46 cromossomos. No
caso das células que apresentam apenas um cromossomo de cada par de homólogos,
como ocorrem com os gametas, às células apresentam 23 cromossomos sendo
denominadas células haploides (n)
Os cromossomos são formados por dois filamentos idênticos, denominados
cromátides-irmãs, que surgem da duplicação do filamento cromossômico original, que
ocorre na intérfase, pouco antes da divisão celular iniciar. Na região central do
cromossomo que unem as cromátides-irmãs há uma região bem definida denominada
centrômero. Após iniciar a divisão celular, os cromossomos duplicados começam a
sofrer condensação. No centrômero, essa é denominada constrição primária. Outras
constrições podem ocorrer e são chamadas constrições secundárias.

Nucléolo
O nucléolo é um corpúsculo denso e não delimitado por membrana. Nessa estrutura,
concentra-se o ácido ribonucleico ribossômico (RNAr) que se associa a proteínas,
formando grãos de ribonucleoproteínas, que comporão os ribossomos. Após de
formados, esses grãos migram para o citoplasma, passando através dos poros da
carioteca.

SÍNTESE DE PROTEÍNAS

Os ÁCIDOS NUCLÉICOS, o DNA e o RNA, são macromoléculas (polímeros)


especializadas no armazenamento, transmissão e uso da informação. Os ácidos
nucléicos são formados por monômeros denominados nucleotídeos. Cada nucleotídeo
consiste em (1) um açúcar (pentose) – desoxirribose, no caso do DNA ou ribose, no
RNA; (2) um grupo fosfato; (3) uma base nitrogenada – purinas (adenina e guanina) e
pirimidinas (timina, e citosina)
Em ambos, o RNA e DNA, o esqueleto da molécula consiste de bases nitrogenadas
ligadas a açúcares e esses ao fosfato. Os nucleotídeos estão ligados por ligações
covalentes que são chamadas ligações fosfodiésteres, entre o açúcar de um
nucleotídeo e o grupo fosfato de outro.
As duas fitas do DNA são mantidas unidas por pontes de hidrogênio entre as bases
nitrogenadas de cada uma das fitas. Como demonstrado por Watson & Crick, as fitas
enovelam-se espiraladamente em torno de um eixo, formando uma dupla-hélice.
Durante a duplicação do DNA, as fitas separam-se, formando outras iguais a ela. Cada
DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula mãe, por isso fala-se em
duplicação semi-conservativa.
O código o genético do DNA se expressa por trincas de bases, que foram
denominadas códons. Cada códon, formado por três letras, corresponde certo
aminoácido. Diz-se que código genético é degenerado porque cada aminoácido pode
ser codificado por mais de uma trinca de bases nitrogenadas. Há ainda alguns códons
que não codificam aminoácidos mas esses estão envolvidos com o início (AUG) e
parada (UAA, UAG e UGA) da síntese proteica.
As bases nitrogenadas ligam-se por complementaridade. No caso do DNA a
complementaridade ocorre entre as duas fitas do DNA, já no RNA por ser uma fita
simples as bases se complementam durante a sua associação com a molécula de
DNA e outras moléculas de RNA durante os processos de transcrição e tradução,
respectivamente. A adenina (A) liga-se com timina (T) por 2 pontes de hidrogênio e a
citocina (C) liga-se com guanina (G) por 3 pontes de hidrogênio. No caso do RNA,
como ele não possui timina, a adenina complementa-se com a uracila (U).
A transcrição é o processo pelo qual uma molécula de RNA é sintetizada a partir de
um molde de DNA. Através da transcrição, são sintetizados todos os tipos de RNAs da
célula, ou seja, o RNA mensageiro (RNAm), o RNA ribossômico (RNAr), o RNA
transportador (RNAt) e outros RNAs menores. Todos os RNAs estão envolvidos
ativamente na síntese protéica. O RNAm será usado para transferir a informação
genética do DNA às proteínas, mas os demais RNAs sintetizados têm, por si, funções
finais na célula, tanto estruturais como catalíticas.

O RNAm possui uma enzima chamada RNA polimerase que rompe as ligações de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas separando os dois filamentos do DNA,
expondo suas bases expostas. O RNAm se liga a bases de um desses filamentos,
produzindo bases correspondentes. Após a formação do RNAm maduro, este migra
para o citoplasma, através dos poros nucleares, onde ocorre a tradução.
Na tradução, a sequência de bases presentes no RNAm passa para uma sequência
de aminoácidos. Cada grupo de 3 bases consecutivas presente no RNAm – códon –
corresponde a um aminoácido. No citoplasma estão presentes o RNAt, que é capaz de
se ligar a unidades de aminoácidos dissolvidos no citoplasma e transportá-los até o
RNAm. O RNAt reconhece no RNAm o códon de iniciação para a tradução (AUG), que
codifica o aminoácido metionina. Cada RNAt tem um anticódon específico. Após o
reconhecimento do RNAt-RNAm, o ribossomo desloca-se sobre o RNAm, unindo os
aminoácidos transportados em cada RNAt por meio ligações peptídicas. Esse
processo é repetido até que o RNAr encontre o códon de parada (UAA, UAG ou UGA),
formando uma cadeia de aminoácidos, ou seja, uma molécula de proteína. A
complementariedade das bases durante o processo transcrição e tradução estão
exemplificados na figura 2. A figura 3 mostra um esquema simplificado desses dois
processos

DNA TAC AAT GGC ATT

RNAm AUG UUA CCG UAA

RNAt UAC AAU GGC AUU

AMINOÁCIDO Metiotina (códon de início) Leucina Prolina Códon de parada

TODO ESTE PROCESSO DA DUPLICAÇÃO DO DNA, SUA TRANSCRIÇÃO PARA


RNA E A TRADUÇÃO EM PROTEÍNA COMPREENDE O DOGMA CENTRAL DA
BIOLOGIA.

Mutação Gênica
Todos os dias as suas células produzem proteínas que contêm aminoácidos em uma
certa seqüência. Imagine, por exemplo, que em um certo dia uma célula da epiderme
de sua pele produza uma proteína diferente. Suponha também que essa proteína seja
uma enzima que atue em uma reação química que leva a produção de um pigmento
amarelo em vez do pigmento normalmente encontrado na pele, a melanina. Essa
célula se multiplica e de repente aparece uma mancha amarelada em sua pele.
Provavelmente essa proteína poderá ter sofrido uma alteração em sua sequencia de
aminoácidos, tendo havido a substituição de um aminoácido por outro, o que acarretou
uma mudança em seu mecanismo de atuação e, como consequência levou à
produção de um pigmento de cor diferente. Agora, como a sequencia de aminoácidos
em uma proteína é determinada pela ação de um certo gene que conduz à síntese do
pigmento.

Essa alteração na seqüência de bases na molécula de DNA constituinte do gene é que


se chama de mutação gênica.

O albinismo é causada por uma mutação na enzima tirozinase que transforma o


aminoácido tirozina em pigmento da pele, a melanina. Esta doença ocorre em animais
e nas plantas e é hereditária.

A mutação e suas consequências


Se a alteração na sequência de aminoácidos na proteína não afetar o funcionamento
da molécula e não prejudicar o organismo, de modo geral ela passa despercebida, é
indiferente.

Outras vezes, a alteração leva a um favorecimento. Imagine, por exemplo, que uma
certa célula do seu intestino passe a produzir uma enzima chamada celulase, capaz
de digerir a celulose dos vegetais que você come. provavelmente a mutação que levou
a esse erro será vantajosa para você, que poderá eventualmente até alimentar-se de
papel picado.
Muitas vezes, porém, a mutação pode ser prejudicial. Na anemia falciforme, a
substituição do aminoácido ácido glutâmico pelo aminoácido valina, em uma das
cadeias de hemoglobina, conduza a uma alteração na forma da proteína toda. Essa
alteração muda o formato do glóbulo vermelho, que passa a ser incapaz de transportar
oxigênio. Outra consequência, grave, é que hemácias com formato de foice grudam
umas nas outras nos capilares sanguíneos, o que pode provocar obstruções no trajeto
para os tecidos.
Química

Segurança em Laboratórios de Química

A ocorrência de acidentes em laboratório de química, infelizmente, não é tão raro


como se possa supor. Com a finalidade de reduzir a frequência e a gravidade desses
acidentes, torna-se absolutamente imprescindível que, durante os trabalhos
realizados, se observe uma série de normas de segurança.

Ao se iniciar o trabalho em um laboratório, é fundamental conhecer-se os


procedimentos de segurança que irão permitir uma atuação com um mínimo de risco.
Lembre-se sempre: você é parte integrante de uma equipe. Sua responsabilidade
perante o laboratório estende-se a seus colegas. A segurança no trabalho depende da
ação de todos, e não apenas das pessoas encarregadas especificamente de promovê-
la.

Para inicio de discussão, o trabalho em laboratório exige concentração máxima. Dessa


forma, não converse desnecessariamente nem distraia seus colegas. Aja com calma e
cautela em situações de emergência. Evite atos de heroísmo e não se afaste do local
quando estiver esperando que uma reação acabe, pois podem ocorrer acidentes.

Abaixo estão reunidas outras recomendações importantes a serem seguidas durante o


trabalho:

 Não fume nas dependências do laboratório.


 Não pipete nenhum tipo de produto tóxico com a boca, use pipetas
automáticas ou peras de aspiração.
 Não faça uso de bebidas alcoólicas durante o serviço.
 Trabalhe sempre com o avental abotoado (fechado).
 Use calçados fechados, de couro ou similar, nunca chinelos.
 Não use roupas de tecido sintético ou outro material facilmente inflamável.
 Não deixe de usar óculos de segurança nos laboratórios onde seu uso é
obrigatório. Use-os quando for executar uma operação que represente riscos.
 Não coloque materiais de laboratório em roupas ou gavetas de uso pessoal.
 Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manipulando produtos
químicos.
 Lave cuidadosamente as mãos com bastante água e sabão antes de cada
lanche ou refeição.
 Não coloque alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos laboratórios.
 Não utilize vidraria de laboratório como utensílios domésticos.
 Não se alimente nas salas de laboratório, procure as salas especiais.
 Não use lentes de contato, elas podem ser danificadas por produtos químicos
causando graves lesões.
 Não se exponha às radiações ultravioleta, infravermelho ou luminosidade
intensa sem proteção adequada (óculos com lentes filtrantes).
 Feche todas as gavetas e portas antes de sair.
 Certas dosagens bioquímicas se alteram em presença de luz de iodo, neste
caso só acender a luz na hora de fazer a leitura.
 Os laboratórios de bacteriologia devem ter seus balcões limpos pelo menos
uma vez por semana com uma solução de formol.
 Quando da coleta de sangue, nunca deixar a seringa com ar dentro antes de
fazer a coleta. Pode MATAR o paciente!
 Os materiais após seu uso e suspeitos não devem ser colocados na pia, sem
antes um tratamento químico.
 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos ao
trabalho.
 Ao esvaziar um frasco de reagente, limpe-o com água antes de colocá-lo para
lavagem.
 Rotule imediatamente todo e qualquer preparado, reagente ou solução e
amostras coletadas.
 Retire da bancada os materiais, amostras e reagentes empregados no trabalho
logo após terminá-lo.
 Jogue papéis e materiais usados no lixo somente quando não apresentarem
riscos.
 Use pinças de tamanho adequado em perfeito estado de conservação.
 Limpe imediatamente todo e qualquer derramamento de produtos e reagentes.
 Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, faça o seguinte:
o interrompa o trabalho.
o avise as pessoas próximas sobre o ocorrido.
o solicite ou efetue a limpeza imediatamente.
o alerte o responsável pelo laboratório.
o verifique e corrija o problema.
 Gases do Efeito Estufa
 Por Ana Lucia Santana
 Na atmosfera do Planeta Terra há uma proporção harmônica de cada elemento
que a compõe - 78.1% de Nitrogênio, 0 a 4% de Vapor de água,
0.93% de Argônio, 0.3% de Dióxido de Carbono, 21% de Oxigênio, menos de
0.002% de Néon, 0.0005% de Hélio e 0.0002% de Metano.
 Sempre que algum fator rompe este equilíbrio natural, especialmente em
consequência da disseminação ou da redução dos gases de efeito estufa, o
grau de calor do globo terrestre é atingido, pois são justamente estes
elementos químicos que determinam a temperatura do Planeta.


Estes gases devoram grandes porções de radiação infravermelha, a qual
emana particularmente da crosta da Terra, e assim torna mais difícil sua
irradiação para o circuito espacial. Este mecanismo é autopreservativo, pois
evita que o Planeta libere altas temperaturas para o Cosmos, deixando a Terra
quente o suficiente para que seres vivos sobrevivam neste ambiente.
 O famoso efeito estufa, portanto, é super natural, e vem se repetindo no
Planeta desde seu surgimento no Universo. Sendo assim, pode-se afirmar que
ele é essencial para a preservação da existência na Terra. Sem sua atuação, o
frio seria tão insuportável - 33°C a menos -, que nenhuma criatura conhecida
resistiria. O problema é que os gases do efeito estufa têm se proliferado com
grande velocidade, provocando um excesso de temperatura configurado como
mudança climática.
 Houve uma progressão do índice de incidência destes gases, especialmente
do Dióxido de Carbono (49%), Metano (18%), Clorofluorcarbonetos -
CFC (14%), Óxido Nitroso (6%), e outros Gases, calculados em 13%. Dentre
eles, pode-se dizer que o metano é 20 vezes mais nocivo que o dióxido de
carbono. Este aceleramento da concentração de gases que atuam no efeito
estufa vem ocorrendo há pelo menos 100 anos.
 Este fenômeno não está acontecendo naturalmente, mas sim por efeito da
atuação do Homem, responsável pela irradiação destes elementos,
principalmente nas atividades industriais. A interferência humana neste
equilíbrio, imprescindível para a sobrevivência na Terra, já está cobrando seus
tributos na produção do chamado aquecimento global, nas chuvas torrenciais,
no derretimento das calotas polares, e pode trazer ainda mais sérios e funestos
resultados em um futuro próximo.
 As opiniões científicas sobre este assunto são ainda muito contraditórias.
Alguns acreditam que as alterações climáticas seguirão seu curso antes que
qualquer ser vivo consiga se adaptar às novas condições ambientais, o que
pode ser catastrófico para os ecossistemas do Planeta. Outros afirmam que o
aumento destes gases, principalmente do Dióxido de Carbono e do Metano,
incrementará a produção agrícola, especialmente em ambientes como
as florestas tropicais – o maior exemplo deste contexto é a Floresta
Amazônica.
 Embora os maiores vilões desta história sejam as nações mais
desenvolvidas, países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil,
ganham cada vez mais destaque no cenário internacional como emissores
significativos destes gases, mesmo assim eles ainda mantêm baixos
patamares de circulação gasosa. Providências, como o sequestro de carbono,
foram estabelecidas pelo Protocolo de Quioto, tratado de natureza
internacional, que assumiu a obrigação de contribuir para a redução da
emissão dos gases que aumentam o efeito estufa.
 Entre os fatores que contribuem para a ampliação da quantidade destes gases
na atmosfera do Planeta, estão as queimadas, a produção de combustíveis
fósseis, o desflorestamento, o consumo excessivo de carne – o gado produz
metano, ainda mais letal para o meio ambiente -, entre outros.

O metano é um gás incolor, sua molécula é tetraédrica e apolar (CH4), de pouca


solubilidade na água e, quando adicionado ao ar se transforma em mistura de alto teor
inflamável. É o mais simples dos hidrocarbonetos.

MISTURAS
MISTURA E SUBSTÂNCIA
Mistura – é formada por duas ou mais substâncias puras. As misturas têm
composição química variável, não expressa por uma fórmula.
Algumas misturas são tão importantes que têm nome próprio. São exemplos:
- gasolina – mistura de hidrocarbonetos, que são substâncias formadas por hidrogênio
e carbono.
- ar atmosférico – mistura de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 1% de argônio e
mais outros gases, como o gás carbônico.
- álcool hidratado – mistura de 96% de álcool etílico mais 4% de água.
Substância – é cada uma das espécies de matéria que constitui o universo. Pode ser
simples ou composta.
SISTEMA E FASES
Sistema – é uma parte do universo que se deseja observar, analisar. Por exemplo: um
tubo de ensaio com água, um pedaço de ferro, uma mistura de água e gasolina, etc.
Fases – é o aspecto visual uniforme.
As misturas podem conter uma ou mais fases.
Mistura Homogênea – é formada por apenas uma fase. Não se consegue diferencias
a substância.
Exemplos:
- água + sal
- água + álcool etílico
- água + acetona
- água + açúcar
- água + sais minerais

Mistura Heterogênea – é formada por duas ou mais fases. As substâncias podem ser
diferenciadas a olho nu ou pelo microscópio.
Exemplos:
- água + óleo
- granito
- água + enxofre
- água + areia + óleo

Os sistemas monofásicos são as misturas homogêneas.


Os sistemas polifásicos são as misturas heterogêneas.
Os sistemas homogêneos, quando formados por duas ou mais substâncias miscíveis
(que se misturam) umas nas outras chamamos de soluções.
São exemplos de soluções: água salgada, vinagre, álcool hidratado.
Os sistemas heterogêneos podem ser formados por uma única substância, porém em
várias fases de agregação (estados físicos).
Exemplo: água
- líquida
- sólida (gelo)
- vapor
SEPARAÇÃO DE MISTURA
Os componentes das misturas podem ser separados. Há algumas técnicas para
realizar a separação de misturas. O tipo de separação depende do tipo de mistura.
Alguns dos métodos de separação de mistura são: catação, levigação, dissolução ou
flotação, peneiração, separação magnética, dissolução fracionada, decantação e
sedimentação, centrifugação, filtração, evaporação, destilação simples e fracionada e
fusão fracionada.
Separação de Sólidos
Para separar sólidos podemos utilizar o método da catação, levigação, flotação ou
dissolução, peneiração, separação magnética, ventilação e dissolução fracionada.
- CATAÇÃO – consiste basicamente em recolher com as mãos ou uma pinça um dos
componentes da mistura.
Exemplo: separar feijão das impurezas antes de cozinhá-los.
- LEVIGAÇÃO – separa substâncias mais densas das menos densas usando água
corrente.
Exemplo: processo usado por garimpeiros para separar ouro (mais denso) da areia
(menos densa).
- DISSOLUÇÃO OU FLOCULAÇÃO – consiste em dissolver a mistura em solvente
com densidade intermediária entre as densidades dos componentes das misturas.
Exemplo: serragem + areia
Adiciona-se água na mistura. A areia fica no fundo e a serragem flutua na água.
- PENEIRAÇÃO – separa sólidos maiores de sólidos menores ou ainda sólidos em
suspensão em líquidos.
Exemplo: os pedreiros usam esta técnica para separar a areia mais fina de pedrinhas;
para separar a polpa de uma fruta das suas sementes, como o maracujá.
Este processo também é chamado de tamização.
- SEPARAÇÃO MAGNÉTICA – usado quando um dos componentes da mistura é um
material magnético. Com um ímã ou eletroímã, o material é retirado.
Exemplo: limalha de ferro + enxofre; areia + ferro

- VENTILAÇÃO – usado para separar dois componentes sólidos com densidades


diferentes. É aplicado um jato de ar sobre a mistura.
Exemplo: separar o amendoim torrado da sua casca já solta; arroz + palha.
- DISSOLUÇÃO FRACIONADA - consiste em separar dois componentes sólidos
utilizando um líquido que dissolva apenas um deles.
Exemplo: sal + areia
Dissolve-se o sal em água. A areia não se dissolve na água. Pode-se filtrar a mistura
separando a areia, que fica retida no filtro da água salgada. Pode-se evaporar a água,
separando a água do sal.
Tabela periódica

Em Química, os critérios utilizados para a organização dos elementos químicos foram


estabelecidos ao longo do tempo. No ano de 1869, Dimitri Mendeleev iniciou os
estudos a respeito da organização da tabela periódica através de um livro sobre os
cerca de 60 elementos conhecidos na época, cujas propriedades ele havia anotado
em fichas separadas. Ao trabalhar com esses dados ele percebeu que organizando os
elementos em função da massa de seus átomos, determinadas propriedades se
repetiam diversas vezes, e com uma mesma proporção, portanto era uma variável
periódica. Lembrando que periódico é tudo o que se repete em intervalos de tempo
bem definidos, como é o caso das estações do ano e das fases da lua, por exemplo.

Ela foi criada com o intuito de organizar as informações já constatadas a fim de facilitar
o acesso aos dados. Quando foi proposta muitos elementos ainda não haviam sido
descobertos, muito embora seu princípio seja seguido até hoje com 118 elementos.
Alguns outros modelos de tabela vêm sendo propostos, como por exemplo a que
apresenta forma de espiral proposta por Philip Stewart com base na natureza cíclica
dos elementos químicos, porém a mais utilizada ainda é a de Mendeleev.

Dimitri Ivanovich Mendeleev nasceu na Sibéria e era professor da Universidade de


São Petersburgo quando descobriu a lei periódica. O elemento de número atômico
101 da tabela periódica tem o nome em homenagem a ele, o Mendelévio.

A tabela tem os elementos químicos dispostos em ordem crescente de número


atômico e são divididos em grupos (ou famílias) devido a características que são
comuns entre eles. Cada elemento químico é representado por um símbolo, por
exemplo a prata é representada por Ag devido a seu nome no latim argentum. Cada
elemento possui ao lado de seu símbolo o número atômico e o número de massa.
Classificação dos elementos

 Metais: São bons condutores de calor e eletricidade. São sólidos nas CNTP
(com exceção do mercúrio), além de maleáveis e dúcteis.
 Não metais: São maus condutores de corrente elétrica e calor. Podem assumir
qualquer estado físico na temperatura ambiente.
 Gases nobres: Apresentam baixa reatividade, sendo até pouco tempo
considerados inertes.

Os elementos podem ser classificados em representativos ou de transição (interna e


externa). Os representativos são aqueles cuja distribuição eletrônica termina
em s ou p. Os elementos de transição externa são aqueles cuja distribuição acaba
em d, e os de transição interna acabam em f. A localização de um elemento na tabela
periódica pode ser indicada pelo seu grupo e seu período. Os elementos de transição
interna são os que se encontram nas duas linhas bem embaixo na tabela e na verdade
é como se estivessem localizados no no sexto e sétimo período do grupo três.

Cada linha no sentido horizontal da tabela periódica representa um período. Eles são
em número de sete, e o período em que o elemento se encontra indica o número de
níveis que possui. Por exemplo o sódio (Na) está no período três, o que significa que o
seu átomo possui três camadas eletrônicas.

Já os grupos são as linhas verticais que apresentam elementos químicos que


compartilham propriedades. Por exemplo o flúor (F) e o cloro (Cl) estão no grupo 17
(ou 7A) por possuírem alta tendência de receber elétrons, o que chamamos
de eletronegatividade. Alguns grupos possuem nomes específicos como os listados
abaixo e os demais recebem o nome do primeiro elemento de seu grupo.
Grupo 1: Metais alcalinos: esses elementos são muito reativos principalmente com a
água. Esta reatividade aumenta conforme aumenta o número atômico e o raio do
átomo. Todos os elementos desse grupo são eletropositivos, metais bons condutores
de eletricidade, e formam bases fortes. São sólidos a temperatura ambiente,
apresentam brilho metálico e quando expostos ao ar oxidam facilmente. São utilizados
na iluminação no caso das lâmpadas de sódio, na purificação de metais e na
fabricação de sabões sendo combinados com a gordura.

Grupo 2: Metais alcalino-terrosos: Possuem esse nome por serem geralmente


encontrados na terra. São bastante reativos, porém menos que os metais do grupo 1.
Também são eletropositivos e são mais duros e densos do que os metais alcalinos.
São utilizados em ligas metálicas como é o caso por exemplo do Berílio (Be), na
composição do gesso e do mármore sendo o caso do cálcio (Ca) e em fogos de
artifício magnésio (Mg) e estrôncio (Sr).

Grupo 16 (ou 6A): Calcogênios: Os elementos desse grupo recebem esse nome
derivado do grego que significa “formadores de cobre”. Neste grupo pode-se perceber
facilmente analisando todos os elementos do grupo a presença de características
metálicas e não metálicas. Os elementos mais importantes deste grupo são
o oxigênio (O) e o enxofre (S) sendo o primeiro o gás utilizado inclusive em
nossa respiração e o último é responsável inclusive pelo fenômeno da chuva ácida.

Grupo 17 (ou 7A): Halogênios: São os elementos mais eletronegativos da tabela


periódica, ou seja, possuem a tendência de receber elétrons em uma ligação. Podem
se combinar com quase todos os elementos da tabela periódica. O flúor por exemplo
possui aplicação na higiene bucal.

Grupo 18 (ou 8A): Gases nobres: possuem essa intitulação devido a ser constatado
antigamente que não possuíam tendência alguma a formarem ligações. Isto ocorre
devido à estabilidade de seus orbitais da camada mais externa completamente
preenchidos. Hoje alguns compostos conseguiram ser preparados com estes
elementos e incluem geralmente o Xenônio (Xe) que possui a primeira energia de
ionização muito próxima do oxigênio.
Física

CINEMÁTICA
Velocidade
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em
determinado tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um
corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e
Velocidade Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um
módulo (valor numérico), uma direção (Ex.: vertical, horizontal,...) e um sentido (Ex.:
para frente, para cima, ...). Porém, para problemas elementares, onde há
deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);
No Sistema Internacional (S.I.), a unidade padrão de velocidade é o m/s. Por isso, é
importante saber efetuar a conversão entre o km/h e o m/s, que é dada pela seguinte
relação:

A partir daí, é possível extrair o seguinte fator de conversão:

Velocidade Média

Indica o quão rápido um objeto se desloca em um intervalo de tempo médio e é dada


pela seguinte razão:

Onde:

= Velocidade Média
= Intervalo do deslocamento [posição final – posição inicial ( )]
= Intervalo de tempo [tempo final – tempo inicial ( )]
Por exemplo:
Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR. Sabendo que a distância
entre as duas cidades é de 300 km e que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao
meio dia, calcule a velocidade média do carro durante a viagem:
= (posição final) – (posição inicial)
= (300 km) – (0 km)
= 300 km
E que:
= (tempo final) – (tempo inicial)
= (12 h) – (7h)
=5h
Então:

Mas, se você quiser saber qual a velocidade em m/s, basta dividir este resultado por
3,6 e terá:

Velocidade Instantânea
Sabendo o conceito de velocidade média, você pode se perguntar: “Mas o automóvel
precisa andar todo o percurso a uma velocidade de 60km/h?”
A resposta é não, pois a velocidade média calcula a média da velocidade durante o
percurso (embora não seja uma média ponderada, como por exemplo, as médias de
uma prova).
Então, a velocidade que o velocímetro do carro mostra é a Velocidade Instantânea do
carro, ou seja, a velocidade que o carro está no exato momento em que se olha para o
velocímetro.
A velocidade instantânea de um móvel será encontrada quando se considerar um
intervalo de tempo ( ) infinitamente pequeno, ou seja, quando o intervalo de tempo
tender a zero ( ).

Saiba mais:
Para realizar o cálculo de velocidade instantânea, os seja, quando o intervalo
de tempo for muito próximo a zero, usa-se um cálculo de derivada:
Derivando a equação do deslocamento em movimento uniformemente
acelerado em função do tempo:

Para um maior estudo sobre cálculo de derivadas acesse:


http://www.somatematica.com.br/superior.php
Movimento Uniforme
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel
está em um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se
desloca com uma velocidade constante em trajetória reta, tem-se um movimento
retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a
velocidade instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá
variação na velocidade em nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade
média.

Por exemplo:
Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o
som. O eco do disparo é ouvido 2,5 segundos depois do momento do golpe.
Considerando a velocidade do som 340m/s, qual deve ser a distância entre o atirador
e a parede?

Aplicando a equação horária do espaço, teremos:

, mas o eco só será ouvido quando o som "ir e voltar" da


parede. Então .

É importante não confundir o s que simboliza o deslocamento do s que significa


segundo. Este é uma unidade de tempo. Para que haja essa diferenciação, no
problema foram usados: S (para deslocamento) e s (para segundo).

Saiba mais...
Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido
que coincide com a orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele
terá uma v>0 e um >0 e este movimento será chamado movimento
progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao
sentido de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v<0
e um <0, e ao movimento será dado o nome de movimento retrógrado.

Diagrama s x t
Existem diversas maneiras de se representar o deslocamento em função do tempo.
Uma delas é por meio de gráficos, chamados diagramas deslocamento versus tempo
(s x t). No exemplo a seguir, temos um diagrama que mostra um movimento
retrógrado:

Analisando o gráfico, é possível extrair dados que deverão ajudar na resolução dos
problemas:

S 50m 20m -10m


T 0s 1s 2s

Sabemos então que a posição inicial será a posição = 50m quando o tempo for
igual a zero. Também sabemos que a posição final s=-10m se dará quando t=2s. A
partir daí, fica fácil utilizar a equação horária do espaço e encontrar a velocidade do
corpo:

Saiba mais:
A velocidade será numericamente igual à tangente do ângulo formado em
relação à reta onde está situada, desde que a trajetória seja retilínea
uniforme.
Diagrama v x t
Em um movimento uniforme, a velocidade se mantém igual no decorrer do tempo.
Portanto seu gráfico é expresso por uma reta:

Dado este diagrama, uma forma de determinar o deslocamento do móvel é calcular a


área sob a reta compreendida no intervalo de tempo considerado.

Velocidade Relativa
É a velocidade de um móvel relativa a outro.
Por exemplo:
Considere dois trens andando com velocidades uniformes e que . A velocidade
relativa será dada se considerarmos que um dos trens (trem 1) está parado e o outro
(trem 2) está se deslocando. Ou seja, seu módulo será dado por .
Generalizando, podemos dizer que a velocidade relativa é a velocidade de um móvel
em relação a um outro móvel referencial.
Movimento Uniformemente Variado
Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há
variação de velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo
passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais,
então dizemos que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado
de Movimento Uniformemente Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e
diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano.
Na física, acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior,
como também menor. Já no cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos
nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de
tempo, então como unidade teremos:

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se
considerarmos a variação de velocidade em um intervalo de tempo , e esta
média será dada pela razão:

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou
seja, , tem-se a aceleração instantânea do móvel.

Isolando-se o :

Mas sabemos que:

Então:

Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do


Movimento Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo
[v=f(t)]:

Posição em função do tempo


A melhor forma de demonstrar esta função é através do diagrama
velocidade versus tempo (v x t) no movimento uniformemente variado.
O deslocamento será dado pela área sob a reta da velocidade, ou seja, a área do
trapézio.

Onde sabemos que:

logo:

ou

Interpretando esta função, podemos dizer que seu gráfico será uma parábola, pois é
resultado de uma função do segundo grau.

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