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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
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I. INTRODUÇÃO
Para o autor, a pedagogia vem perdendo cada vez mais espaço na sala de aula. É evidente
que qualquer ciência atreve-se a emitir visões sobre a prática da educação, o que,
consequentemente, traz resultados negativos para educador e educando. José Belo atesta
que o professor termina sua formação, certo de que possui total conhecimento de técnicas
de transmissão de conhecimento, mas destaca também que a preocupação destes
profissionais não está voltada para a efetivação da aprendizagem do aluno.
Está correto ao justificar que esta postura deve-se às aulas de didáctica mal aplicadas no
período de licenciatura, para ele, o próprio professor de didáctica não transmite
preocupação com o fato de o aluno realmente aprender ou não, fato comprovado em
pesquisa realizada pelo autor. É importante frisar que a disciplina de didáctica não é vista
com a devida atenção, sendo delegada a profissionais recém formados, como se não
tivesse realmente importância.
Libâneo (1990, p.25) define a didáctica como “teoria de ensino” e, segundo ele, “a ela
cabe converter objectivos sócio-políticos e pedagógicos em objectivos de ensino,
seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos
entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades
mentais dos alunos. [...] Trata da teoria geral do ensino”.
A pedagogia como ciência e técnica de educar o Homem, desenvolve com base nas suas
categorias. As suas manifestações constituem conceitos precisos de acordo com as
conformidades da sua natureza. Os seus conceitos e a sua natureza justificam como a
ciência e suas formas de operacionalização. Por tanto, o presente trabalho tem como
objectivo estudar a pedagogia e Didáctica como o foco de Processo de Ensino e
Aprendizagem, para tal pretende – se abordar sobre as principais categorias pedagógicas;,
Objectivo da didáctica e diferenças entre os elementos da didáctica; caracterização dos
elementos do Processo de Ensino e Aprendizagem.
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1.1. Objectivo geral
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II. DESENVOLVIMENTO
2.1. Processos didácticos básicos, ensino e aprendizagem.
A Didáctica é o principal ramo de estudo da pedagogia, pois ela situa-se num conjunto
de conhecimentos pedagógicos, investiga os fundamentos, as condições e os modos de
realização da instrução e do ensino, portanto é considerada a ciência de ensinar. Nesse
contexto, o professor tem como papel principal garantir uma relação didáctica entre
ensino e aprendizagem através da arte de ensinar, pois ambos fazem parte de um mesmo
processo. Segundo Libâneo (1994), o professor tem o dever de planejar, dirigir e
controlar esse processo de ensino, bem como estimular as actividades e competências
próprias do aluno para a sua aprendizagem.
Esses tipos de aprendizagem tem grande relevância na assimilação ativa dos indivíduos,
favorecendo um conhecimento a partir das circunstâncias vivenciadas pelo mesmo.
Pelo meio cognitivo, os indivíduos aprendem tanto pelo contato com as coisas no
ambiente, como pelas palavras que designam das coisas e dos fenómenos do ambiente.
Portanto as palavras são importantes condições de aprendizagem, pois através delas são
formados conceitos pelos quais podemos pensar.
O ensino é o principal meio de progresso intelectual dos alunos, através dele é possível
adquirir conhecimentos e habilidades individuais e colectivas. Por meio do ensino, o
professor transmite os conteúdos de forma que os alunos assimilem esse conhecimento,
auxiliando no desenvolvimento intelectual, reflexivo e crítico.
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de prática social, portanto o papel fundamental do ensino é mediar à relação entre
indivíduos, escola e sociedade.
De acordo com Libâneo (1994), o processo de ensino, ao mesmo tempo em que realiza
as tarefas da instrução de crianças e jovens, também é um processo educacional.
O processo de ensino deve estimular o desejo e o gosto pelo estudo, mostrando assim a
importância do conhecimento para a vida e o trabalho, (LIBÂNEO, 1994).
Nesse processo o professor deve criar situações que estimule o indivíduo a pensar,
analisar e relacionar os aspectos estudados com a realidade que vive. Essa realização
consciente das tarefas de ensino e aprendizagem é uma fonte de convicções, princípios e
acções que irão relacionar as práticas educativas dos alunos, propondo situações reais
que faça com que os individuo reflicta e analise de acordo com sua realidade
(TAVARES, 2011).
È através desse ensino crítico que os processos mentais são desenvolvidos, formando
assim uma atitude intelectual. Nesse contexto os conteúdos deixam de serem apenas
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matérias, e passam então a ser transmitidos pelo professor aos seus alunos formando
assim um pensamento independente, para que esses indivíduos busquem resolver os
problemas postos pela sociedade de uma maneira criativa e reflexiva.
Além dos objectivos da disciplina e dos conteúdos, é fundamental que o professor tenha
clareza das finalidades que ele tem em mente, a actividade docente tem a ver
directamente com “para que educar”, pois a educação se realiza numa sociedade que é
formada por grupos sociais que tem uma visão diferente das finalidades educativas.
Para Libâneo (1994), a didáctica trata dos objectivos, condições e meios de realização
do processo de ensino, ligando meios pedagógico-didácticos a objectivos sócio-
políticos. Não há técnica pedagógica sem uma concepção de homem e de sociedade,
sem uma competência técnica para realiza-la educacionalmente, portanto o ensino deve
ser planejado e ter propósitos claros sobre suas finalidades, preparando os alunos para
viverem em sociedade.
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2.4. A relação professor-aluno no processo de ensino e aprendizagem:
1-Educação
2-Auto-Educação
3-Instrução
4-Auto-Instrução
5-Ensino
Desde a época de Platão, o termo educação foi centro dos debates. Para ele era dar ao
corpo e a alma toda beleza e perfeição que fosse possível. Émile Durkheim a
considerava a preparação para a vida. Para Pestalozzi, a educação do ser humano deve
responder às necessidades de seu destino e às leis de sua natureza. Para José Martí, é
depositar em cada homem toda a obra da humanidade vivida, é preparar o ser humano
para a vida.
Segundo o ICCP (1988) se entende por educação o conjunto de influências que exerce a
sociedade sobre o indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante toda a
vida.
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Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é uma categoria geral e eterna, pois é
parte inerente da sociedade desde seu surgimento. Também, a educação constitui um elo
essencial no sucessivo desenvolvimento dessa sociedade, a ponto de não conceber
progresso histórico-social sem sua presença.
São metas que se deseja alcançar, para isso usa-se de diversos meios para se chegar ao
esperado. Os objetivos educacionais expressam propósitos definidos, pois o professor
quando vai ministrar a aula já vai com os objetivos definidos. Eles têm por finalidade,
preparar o docente para determinar o que se requer com o processo de ensino, isto é
prepará-lo para estabelecer quais as metas a serem alcançadas, eles constituem uma
ação intencional e sistemática.
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Os objetivos são exigências que requerem do professor um posicionamento reflexivo,
que o leve a questionamentos sobre a sua própria prática, sobre os conteúdos os
materiais e os métodos pelos quais as práticas educativas se concretizam. Ao elaborar
um plano de aula, por exemplo, o professor deve levar em conta muitos
questionamentos acerca dos objetivos que aspira, como O que? Para que? Como? E Para
quem ensinar?, e isso só irá melhorar didaticamente as suas ações no planejamento da
aula.
Não há prática educativa sem objetivos; uma vez que estes integram o ponto de partida,
as premissas gerais para o processo pedagógico (LIBÂNEO, 1994- pág.122). Os
objetivos são um guia para orientar a prática educativa sem os quais não haveria uma
lógica para orientar o processo educativo.
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1.1. Funções didácticas e o seu desenvolvimento
Por conseguinte, as correcções dos trabalhos de casa, são aqui efectivados, servindo de
reforço e consolidação da aula passada. Um outro elemento não menos importante é
saudar os alunos. Isto pode elevar o nível de motivação, estímulo e concentração numa
sala de aula e com facilidade os alunos podem exprimir o seu sentimento em ralação as
aulas já leccionadas.
O mesmo autor (1994) diz que, a introdução é parte mais importante da entrada de uma
aula que conduz ao aluno a desenvolver competências, pois o professor moderador pode
apresentar o tema do dia e a questão chave da matéria de forma resumida. Para Peletti
(2007, p. 233) “a motivação consiste em apresentar alguém estímulos e incentivos que
lhe favoreça determinado tipo de conduta e consiste em oferecer ao aluno os estímulos e
incentivos apropriados para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficaz”.
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Criar transparência em relação ao tema em análise, aos objectivos e aos métodos
da aula. Quando o aluno conhece os objectivos e as competências a atingir,
maior pode ser o seu empenho no processo da construção dos conhecimentos.
Motivar os alunos para o tema da aula. Estes podem ser motivados através da
partilha dos conteúdos e métodos da aula, activação dos conhecimentos já
existentes, oportunidades de expressar as ideias sobres as suas experiencias em
relação ao tema (reconhecimento do significado do tema para a sua vida).
Segundo Piletti (1991) mediação pode ser definida como uma acção concreta do
processo de ensino e aprendizagem em que o professor passa os conteúdos e envolve
diálogo e no final faz uma síntese da aula e pode-se entender também como sendo um
processo em que o professor orienta o processo de ensino e aprendizagem em que são
necessários elementos como: professor, aluno, conteúdo, material didáctico, método e
fins a atingir. Nesta função didáctica, o professor explica detalhadamente os conteúdos
contidos no seu plano de aula com exemplos concretos param sua maior percepção.
Nisto, o professor deve fazer entender a matéria com uma boa análise, síntese,
sistematização, generalização e demonstração. E é exigido a executar o que planejou,
mostrando suas habilidades, exercendo mais do que em outras fases a sua função de
liderança, motivando a aprendizagem, utilizando métodos, recursos e procedimentos,
procurando criar uma situação favorável ao processo de ensino e aprendizagem.
Para Nerici (1999) assimilação deve ser um processo psicológico da mente que assimila
o mundo exterior de qualquer ser humano. Isto acontece normalmente quando a pessoa
se defronta com uma situação nova e, por meio de seus esquemas de acção compreende,
porque a parte do mundo exterior até então desconhecida, incorporou-se a sua vida
mental. Na assimilação, importam os processos de cognição mediante à assimilação
activa e interiorizada de conhecimento, atitude e convicção. Portanto, a mediação e
assimilação constitui a etapa onde se realiza a percepção dos fenómenos de conceitos, o
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desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocínio do
aluno. A mediação e assimilação pode-se perceber como sendo momento da aula na
qual o mediador deve dar explicações necessárias, organizando actividades que possa
conduzir a assimilação activa dos conhecimentos adquiridos para desenvolver
habilidades, atitudes, convicções, valores e hábitos que os estudantes de hoje precisam
para prosperar e moldar o seu mundo.
Para Piletti (1991) define o domínio e consolidação como sendo um momento da aula
em que se realizam acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar o que foi
leccionado e ainda são realizados exercícios de consolidação que leva a fixação e
formação de habilidades e hábitos, bem como auxiliam a sistematização da matéria. O
professor como moderador, orienta a resolução de alguns exercícios de consolidação,
acompanhando e esclarecendo algumas dúvidas que possam aparecer (Piletti, 2004).
Para Caires & Almeida (2001) o professor com a colaboração dos alunos faz o resumo
apropriado que ajudará o aluno no seu estudo individual, pois o domínio constitui a
formação e desenvolvimento de habilidades por parte dos instruendos, enquanto a
consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos. Nesta
fase, pretende-se alcançar o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos, para isso,
o professor deve criar condições necessárias de retenção e compreensão das matérias
leccionada através de exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão -
repetição, sistematização e aplicação (Massuira & Inácio, 2020).
Aplicação: O professor deve dizer também aos seus a aplicabilidade dos termos
utilizados durante a aula. Atendendo e considerando que a aula deve ser de
elaboração conjunta, tendo em conta que o aluno é o epicentro da aula.
Para Dias et. Al (2010) se tratando da última função didáctica, o professor na qualidade
de mediador da aula faz uma análise crítica de modo a compreender e interpretar os
fenómenos educacionais observados na planificação, certificando o nível de percepção
da matéria partilhada, fazendo algumas perguntas para averiguar o entendimento, como
maneira de criar mais interesse nos alunos e por fim, avaliar se conseguiu alcançar os
objectivos por si planificados.
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Nessa lógica, a avaliação não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para
averiguar as mudanças de comportamento, pois permite identificar os alunos que
necessitam de atenção especial e se possível, uma futura reformulação do mesmo
trabalho com a adopção de procedimento para sanar tais dificuldades. Isto só pode
acontecer com o professor que conhece e convive bem com os seus alunos.
O professor deve informar num momento oportuno a finalidade de uma avaliação, pois
muitos alunos não percebem para quem se destina uma avaliação numa dada disciplina,
alguns chegam a pensar que é uma acção propositada e punitiva. Conseguintemente,
existe uma necessidade de controlo e avaliação que deve ser providenciada se
necessário rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem. Assim sendo,
as matérias tratadas devem ser assumidas, registando os resultados no diário da turma
para que o aluno tenha um papel activo e responsável. Isto ajudaria o envolvimento de
forma dinâmica no processo da avaliação da aprendizagem, por isso é sempre
importante a utilização de métodos participativos: elaboração conjunta.
Pedro (2012, p. 10.14) explica com detalhes a relação existente entre as diferentes
funções didácticas na planificação de uma aula:
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Relação domínio / consolidação e controlo / avaliação
Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação: Só pode ser controlado e avaliado
um conteúdo previamente mediado e assimilado, isto é, o professor não pode avaliar
conteúdos não dados. Ao mesmo tempo, o Controle avalia até que os conteúdos forem
mediados e assimilados, para a partir daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo
ritmo se a Assimilação/ Mediação for bem-sucedida. Por exemplo: falando ainda da
queda livre dos corpos: o professor pode avaliar se os alunos assimilaram os conteúdos,
isto é, as teorias, os princípios, as fórmulas bem como as leis.
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III. CONCLUSÃO
Com este trabalho de pesquisa podemos perceber o importante papel que a didáctica
desempenha no processo de ensino e aprendizagem. Como vimos ela proporciona os
meios, as condições pelas quais a prática educacional se concretiza.
Ela orienta o trabalho do professor fazendo-o significativo para que possa guiar de
forma competente, expressiva e coerente as práticas de ensino. Através dos
componentes que constituem o processo de ensino, visa propiciar os meios para a
actividade própria de cada aluno, busca ainda formá-los para serem indivíduos críticos,
reflexivos capazes de desenvolverem habilidades e capacidades intelectuais.
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IV. REFERÊNCIAS
TAVARES, Rosilene Horta, Didáctica Geral. Belo Horizonte: Editora, UFMG, 2011.
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