Trabalho de Adminitracao Escolar
Trabalho de Adminitracao Escolar
Trabalho de Adminitracao Escolar
Código:
Prática Pedagógica I
1º Ano, Turma B
O Docente:
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
i
Recomendações de melhoria:
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Índice
Folha de Feedback............................................................................................................................i
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1 Objectivos.........................................................................................................................1
2. Contextualização......................................................................................................................2
3. Aspectos teóricos......................................................................................................................3
4. Administração escolar..............................................................................................................4
6. Metodologia do trabalho........................................................................................................11
7. Conclusão...............................................................................................................................12
8. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................13
1. Introdução
1.1 Objectivos
1
2. Contextualização
Numa análise diacrónica, o actual SNE é marcado por dois períodos: de 1983 a 1992, fase da
vigência da Lei 4/83, que introduz o Sistema Nacional de Educação (SNE) e de 1993 até a
actualidade, fase da vigência da Lei 6/92, que revoga a lei anterior e introduz reformas ao
sistema devido à nova conjuntura sociopolítica e económica do país. Para além disso, no
primeiro período o País vive num regime de Estado monopartidário, regime autoritário e modelo
centralizado com uma forte dimensão político-ideológica da FRELIMO; já no segundo período,
embora ainda sob o governo maioritário da FRELIMO, o Estado inaugura a fase de
multipartidarismo (número 1 e 2 do artigo 77.º da Constituição de 1990) e começa a vingar,
mesmo que de forma mitigada, uma nova agenda política, social e económica de ideologia
neoliberal (número 1 do artigo 86.º e número 1 e 2 do artigo 41.º da Constituição de 1990). Neste
contexto, a Educação deixa de ser apenas uma propriedade estatal e passa a ser também da
responsabilidade das entidades privadas, comunitárias ou religiosas (Lei 1/93 de 24 de Junho e
Lei 5/2003 de 21 de Janeiro; número 4 do artigo 113.º e número 3 do artigo 114.º da Constituição
de 2004).
2
Estudos sobre o impacto destas mudanças sobre o Sistema Nacional de Educação, mormente nos
seus modelos da administração, são uma lacuna que dificulta a qualquer um, e principalmente
aos decisores políticos, a compreensão das alterações que ocorrem e a busca de soluções para
responder aos desafios colocados, numa altura em que há uma pressão cada vez maior para a
solução dos problemas à luz de novas abordagens do ponto de vista teórico e prático.
3. Aspectos teóricos
O sentido da palavra educação se originou do termo latino “educere”, que significa conduzir,
criar e sustentar. Ao longo do seu desenvolvimento histórico, adquiriu novo significado e
associações, a exemplo da Grécia Antiga, onde a palavra latina citada se transformou em
sinónimo do conceito de escola. O elo criado entre educação e escola permitiu o nascimento de
uma nova instituição ocidental dedicada ao trabalho e ensinamento de crianças e jovens
(GHIRARDELLI JR, 2008).
Segundo o mesmo autor administração Escolar será o conjunto de decisões e operações mediante
as quais uma Escola, através dos respectivos órgãos de gestão, procuram, dentro das normas e
orientações legal e superiormente definidas e, directamente ou mediante estímulos e coordenação
com outros parceiros, assegurar uma acção educativa que corresponda às demandas da
comunidade, obtendo e empregando racionalmente para esse efeito os recursos disponíveis.
(p.55)
3
4. Administração escolar
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Neste contexto, as administrações de ensino passaram a precisar definir normas para a realização
da gestão democrática, em acordo com as peculiaridades de cada sistema, que envolve:
O favorecimento da participação dos profissionais da educação na elaboração do projecto
pedagógico
A participação da comunidade escolar e local em órgãos de representação, como conselhos
de escola e/ou equivalentes.
Unesco (1988) A Gestão escolar é um sistema de organização da escola que envolve todos os
sectores que se relacionam com as práticas escolares.
Seu foco principal está no desenvolvimento sócio educacional eficaz da instituição, com
orientação voltada para atingir resultados, motivar equipes e lideranças, e alcançar os objectivos
com ênfase na qualidade do currículo.
A seguir, vamos falar dos seis principais pilares que constituem a gestão das escolas e cursos,
cujas actuações visam autonomia administrativa, financeira, pedagógica e optimização de tempo
e processos nas instituições de ensino.
1. Gestão pedagógica: nada mais é que a organização, planificação e administração da área
educativa. Uma vez que se relaciona directamente à actividade fim do sector educacional,
é o pilar mais importante da gestão de escolas e cursos. Sejam eles profissionalizantes,
cursos livres, cursos de idiomas ou de ensino superior. Bush (2003)
2. Gestão administrativa: cuida da instituição como estrutura física, como o prédio, os
equipamentos, materiais necessários para o funcionamento das aulas e dos projectos
propostos pela gestão pedagógica. Esta parte tem também a missão de zelar pelos bens e
garantir que sejam bem utilizados em prol do ensino.
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3. Gestão financeira: ela organiza o orçamento da instituição e se responsabiliza em
distribuir de forma ordenada a verba para os diferentes sectores da escola. Cuida da parte
financeira da instituição, como o cálculo de custos, o fluxo de caixa e a inadimplência
sob controlo. Ela deve andar de mãos dadas com a gestão administrativa para que todos
os gastos sejam dimensionados de maneira correcta.
4. Gestão de recursos humanos: é responsável pela organização e distribuição de tarefas
de pessoal, e por manter o bom relacionamento entre todas as partes. A principal missão
da gestão de recursos humanos é motivar as equipes e garantir que todos estejam
satisfeitos. Consequentemente, terão um bom rendimento de suas actividades.
5. Gestão da comunicação: Está directamente relacionada com a gestão escolar de recursos
humanos, mas ela não se basta apenas em garantir que os colaboradores estejam
satisfeitos e motivados. Ela se projecta para além dos muros das instituições e envolve
toda a comunidade escolar, como os responsáveis dos alunos. É também competência
desta área mantê-los informados sobre as actividades da instituição. Sander (1995)
6. Gestão de tempo e eficiência dos processos: Todos os sectores da escola funcionam
como uma engrenagem de um relógio. Se algo não funciona ou funciona mal, gera
atrasos ou até a parada dos ponteiros. Manter os olhos e ouvidos bem atentos, prestar
atenção e planejar todas as etapas dos processos é importante para os gestores
conseguirem identificar quais engrenagens atrasam ou prejudicam cada sector. A gestão
de tempo e eficiência dos processos está directamente relacionada com a produtividade
dos sectores. Barroso(1995)
Vale lembrar que todas essas gestões são interdependentes. O bom funcionamento entre cada
uma dessas esferas é vital para o sucesso de toda instituição de ensino. Assim sendo, os gestores
devem sempre acompanhar de perto todas as diferentes áreas de actuação.
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5.1 Gestão democrática e participativa
Lima (2009) essa gestão é um princípio definido na Lei de Directrizes e Bases da Educação
Nacional pressupõe a participação efectiva dos vários segmentos da comunidade escolar pais,
professores, estudantes e funcionários em todos os aspectos da organização da escola. Ela parte
do entendimento de que a democratização da gestão é condição estruturante para a qualidade e
efectividade da educação. Seus princípios - base são a Descentralização, a Participação e a
Transparência. De uma maneira simplificada, é uma parceria entre a instituição e a comunidade
em que está inserida. Alunos, famílias, professores e funcionários cooperam e opinam
directamente nos processos de gestão da escola de maneira inclusiva e democrática. (p11)
Este tipo de liderança se apresenta de maneira mais forte na década de 80, momento em que
ocorrem alguns movimentos, os quais estariam preocupados com o sistema educacional, o ensino
e a forma em que ocorria a gestão nas escolas. A intenção era de colocar ideias dentro das
escolas, ilustrando um novo modelo de gestão que deveria ser seguido. De acordo com Libâneo
(2008) nesse modelo, seria possível ter uma escola com “uma mentalidade de organização
escolar instituída a partir das percepções, modos de pensar e agir, práticas, próprias da cultura
existente entre os integrantes da equipe escolar”. A proposição nesse período é de a gestão seja
realizada com o envolvimento da comunidade escolar como um todo, tendo a participação do
corpo docente, discente, pais e demais organizações que estejam ligadas de forma directa ou
indirecta à escola. Com a compreensão do modelo de gestão participativa, são trazidos novos
conceitos de forma de gerir, tentando excluir as características individualistas e autoritárias
presentes nas escolas por muito tempo. Ou seja, por muito tempo a escola é tida como uma
empresa, fora do carácter público, o que justifica a dificuldade de inserção de um modelo
participativo. Para a gestão da participação, de acordo com Ribeiro et al. (2005) “é preciso ter
clareza de que a tarefa principal da instituição escolar é a qualidade dos processos de ensino e
aprendizagem, que, mediante as práticas pedagógico-didáticas e curriculares, propiciam
melhores resultados de aprendizagem”. Outro aspecto a ser mencionado é que a escola com
modelo de liderança participativa deve proporcionar maior interacção das comunidades escolar
com as informações da parte administrativa e pedagógica, bem como dos aspectos pedagógicos.
No entanto, é perceptível isso na maioria das vezes não acontece, visto que há uma dificuldade
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de acesso por parte das pessoas no que se refere a vida escolar. Assim, “participação é o
principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando envolvimento de
profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização
escolar” (RIBEIRO et al., 2005). A partir disso, é possível pensar que quando as pessoas têm
acesso ao envolvimento escolar, nas pessoas do corpo docente, por exemplo, pode ser perceptível
um trabalho mais autónomo e dinâmico. Contudo, as pessoas começam a se identificar com os
objectivos da escola e fazer um trabalho preocupado com os resultados, no que se refere a
qualidade de ensino. Outra sensação que favorece para o bom desenvolvimento do trabalho, é a
sensação de pertencimento, está motiva a todos a realizar um trabalho mais efectivo. “Também, a
equipe de pedagogos, professores, funcionários deve ser valorizada nesse ambiente, assim sentir-
se-ão motivados a contribuir para atingir as metas traçadas pela mesma [...]” (PAULA et al.,
2008). Contudo, é perceptível que a liderança participativa traz a proposição de que as pessoas
que estão executando suas funções consigam ser líderes do seu próprio trabalho, observando
dentro do seu próprio desenvolvimento pedagógico os pontos positivos e negativos, conseguindo
fazer uma auto reflexão, o que enriquecerá o trabalho e trará mais resultados. Contudo, “por
parte dos directores e coordenadores pedagógicos, é preciso capacidade de liderar e gerir práticas
de cooperação em grande grupo, de modo a criar outra cultura organizacional” (LIBÂNEO,
2008).
Este modelo aparece como uma tentativa de apontar o que não estava certo dentro das ações do
gestor, como por exemplo, sua conduta de forma tradicional, a qual ocorre por décadas nos
espaços escolares. Esse modelo apresenta e crítica “a ideia de um grupo (os líderes) que exerce
hegemonia e dominação sobre outro (os seguidores) é, de certo modo, anti educativa” (SMYTH,
1994). Assim, deixando para trás esse cenário, os directores podem fazer uma liderança
influenciando pela instrução, “buscando criar um novo entendimento do papel do líder mais
ligado às questões culturais e simbólicas e aos processos de influência (COSTA, 2003)”,
consideradas fundamentais para que se dê o processo de ensino com mais dinamismo e
qualidade. No modelo instrucional, outro aspecto considerado como importante, é o de construir
ou adaptar um currículo voltado a realidade daquela clientela escolar. Essa instrução estaria
ligada também aos demais sectores da escola, desde a gestão, a orientação pedagógica até o
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trabalho em sala de aula. Assim modelo de gestão escolar adoptado será “baseado na
combinação de formas de planejamento e controle central na formulação de políticas, associado à
descentralização administrativa na implementação dessas políticas” (OLIVEIRA, 2004). É
possível acrescentar ainda, que a preocupação desse modelo está na maneira com que este ocorre
na esfera docente e discente, ou melhor, nas relações que ocorrem entre ambas. Pois esta relação
deve ser boa já que “em uma escola democrática não pode faltar o comum acordo entre os
diferentes membros da comunidade escolar”, e que, “através, justamente, da participação activa
na construção de propostas e alternativas que fortaleçam a união em torno da gestão do ensino”
(STÜRMER, 2013). É perceptível que a liderança instrucional busca contemplar um trabalho que
ocorra de forma colectiva, onde todos devem seguir um propósito. Assim, de acordo com Luck
(2000) no trabalho proposto diante das pessoas do grupo mencionado, aparecerá “o
estabelecimento de associações internas e externas; a valorização e maximização de aptidões, as
competências múltiplas e diversificadas dos participantes; o desenvolvimento de processo de
comunicação aberta, ética e transparente”. Isto favorecerá para a execução do currículo, dentro
das competências e habilidades esperadas, tornando a escola, um ambiente prazeroso para todos
que fazem parte deste espaço.
Nesse modelo de liderança é perceptível uma ruptura maior em relação aos demais, visto que
neste, o sujeito é reconhecido como detentor de diferentes pensamentos, e que só ele reconhece,
uma vez que deve estar dentro dele mesmo. Seu pensamento interior será despertado pelo seu
ambiente de trabalho, ou seja, este depende do ambiente escolar para se desenvolver. Para Leite
(2012) o desenvolvimento humano pode ser entendido como “um processo de apropriação dos
elementos culturais, ocorrendo no sentido do externo (relações interpessoais) para o interno
(relações intrapessoais), mediado pela acção do outro (pessoas físicas ou agentes culturais)”.
Contudo, neste modelo, o sujeito é caracterizado pela necessidade de que outros indivíduos
colaborem para o desenvolvimento das suas habilidades. Há uma preocupação que leva em conta
a cooperação entre as pessoas, bem como alguns factores ligados a afectividade, como por
exemplo, a necessidade de harmonia e integração. Maximiano (2002), diz que “liderança é a
realização de metas por meio da direcção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso
seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder”. Essa ajuda que deve ocorrer
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dentro desse modelo, deve ser mediada e organizada pelo líder, o qual deve ter cautela e
favorecer o desenvolvimento de todos. Então, “cabe ao Gestor actuar com segurança e
transparência, envolvendo e motivando todos os membros da escola e da comunidade”
contribuindo para desenvolverem um trabalho “colectivo em prol do crescimento dos educandos,
proporcionando-os condições para actuarem como cidadãos, em uma sociedade democrática,
crítica e reflexiva”.
Na liderança distribuída, é possível ter a percepção de vem contrariar o modelo que se vê muito
na gestão escolar. Este modelo pode ser mencionado também como democrático, visto que tem a
compreensão de que a gestão deve ocorrer com a participação de todos os envolvidos dentro do
ambiente escolar. Esta leva em consideração duas vertentes, ou seja, uma mais individualizada,
onde o indivíduo apresenta um desenvolvimento mais focado e outra onde o indivíduo apresenta
suas ideias de forma que favoreça o ambiente, “tornando o trabalho um vínculo de satisfação,
realização e crescimento pessoal” (CAVALCANTI, 2009). Assim, todos têm responsabilidades,
um objectivo dentro da unidade escolar, o qual organizará a escola, já que “vivemos em uma
sociedade de organizações, pois nascemos nelas, aprendemos nelas, servimo-nos delas,
trabalhamos nelas e passamos a maior parte de nossas vidas dentro delas” (CHIAVENATO,
2004). Nessa liderança, vista tamanha preocupação com a distribuição de tarefas e a organização
do espaço, é possível compreender que serão aproveitadas de forma mais elevada e significativa
as habilidades e as competências do corpo docente, que ajudarão o gestor escolar nas tarefas,
deixando mais leves, pois, “não existem organizações sem pessoas que detenham poder e algum
tipo de autoridade. No entanto, isso não significa que todos aqueles que detenham o poder sejam
necessariamente líderes, embora a recíproca seja verdadeira” (CHIAVENATO, 2004). Nesse
sentido não é possível deixar de lado a função a figura de um líder mais firme, no entanto, este
deve estar longe da função individualista, que existe em algumas escolas. Assim, pode-se dizer
que a cooperação é criadora, e, quando ela se desenvolve, “as regras interiorizam-se, os
indivíduos colaboram verdadeiramente e os líderes só continuam sendo reconhecidos, se
encarnarem, por seu valor pessoal, o ideal do próprio grupo” (SCHLEMMER, 2001). É possível
concluir que a liderança distribuída não leva em conta somente a participação no processo
pedagógico existente nas escolas, mas também nas demais tarefas e decisões que são feitas
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dentro da escola. Seu valor está considerado como importante dentro do grupo, já que cada um
traz diferentes conhecimentos, habilidades e competências, inclusive experiências, as quais
ajudam a tornar possíveis os objectivos.
6. Metodologia do trabalho
Recolha Bibliográfica
Para Manzo (1971), apud Lakatos e Marconi, (2009, p.198), a bibliografia oferece meios para
definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde
os problemas não se cristalizaram suficientemente e tem por objectivo permitir ao cientista o
reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. Com a
recolha documental de pretende-se consultar documentos oficiais da escola como regulamento e
outros documentos administrativo-normativos da escola. Tem como finalidade o uso desta
técnica perceber o funcionamento da administração escolar.
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7. Conclusão
Findo o trabalho pode concluir que o ensino e a pesquisa foram influenciados por abordagens
legalistas, assentes na interpretação jurídica e, mais tarde, pela transferência de teorias e
princípios da “administração industrial e geral”, proposta por autores da “Administração
Científica” como F. Taylor e H. Fayol, para a Administração Escolar. Félix (1984) e Paro (1986)
destacam-se na crítica à sobredeterminação teórica exercida pela administração empresarial
capitalista sobre a administração escolar, tendo recusado uma definição de Administração
Escolar como aplicação de uma “administração geral” ao casoconcreto das escolas, a partir
de uma “pretensa universalidade de princípios” (PARO, 1986: 11). A deslocação do campo das
abordagens normativistas / pragmáticas para as abordagens de vocação analítica/interpretativa
(LIMA, 2009) tem permitido que, ao longo das últimas duas décadas, a formação e a pesquisa
em Administração Escolar tenham adquirido um pendor pluriparadigmático sem precedentes,
com destaque para os contributos da Ciência Política, da Sociologia das Organizações, das
Ciências da Administração, entre outros, e no domínio dos estudos educacionais, com relevo
para os contributos da investigação em Sociologia da Educação e Políticas Educacionais.
Trata-se de um movimento de refundação teórica, em boa parte conduzido através do
ensaio de perspectivas críticas, em que as análises sociológicas e organizacionais, as
abordagens sociopolítica e histórico-crítica têm revelado protagonismo e suportado novas
investigações teóricas e empíricas, valorizando especialmente o estudo organizacional das
escolas e das práticas dos atores escolares, bem como as articulações entre políticas públicas e
administração das escolas.
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8. Referencias Bibliográficas
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Normativos legais
Lei 4/83, de 23 de Março (Aprova a Lei do Sistema Nacional de educação e define os princípios
fundamentais na sua aplicação.)
Lei 6/92 de 6 de Maio (Reajusta o quadro geral do sistema educativo e adequa as disposições
contidas na Lei 4/83, às actuais condições sociais e económicas do país, tanto do ponto de vista
pedagógico como organizativo)
Lei 5/2003, de 21 de Janeiro: (Altera a Lei 1/93 e adequa o seu conteúdo ao desenvolvimento do
Ensino Superior em Moçambique e ao surgimento de novas instituições de Ensino Superior)
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