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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
n
§I ·
s = C1C 2σ * ¦ ¨¨ z ∆z ¸¸ (1)
i =1 © E s ¹
2
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
§t·
C 3 = 1 + R3 + R1 log¨ ¸
©3¹
(13)
3
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
−α 2
σ *B KE § ·
s= IS = α1 ¨ S % ¸ (17)
E K E ( 0.1) ©B ¹
(14)
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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
CPT parecem mais razoáveis, por tratarem do estimativa de recalques, a fim de prever
mesmo fenômeno das deformações, mas o autor precisão, confiabilidade e probabilidade de se
prefere estimativas baseadas em ensaios de excederem os recalques admissíveis (Jeyapalan
carga em placa, por fornecerem diretamente e Boehm 1986, Tan e Duncan 1991, Papadoulos
valores comparativos de recalques, 1992, Sivakugan et. al. 1998, Zekkos et. al.
restringindo-se o problema, basicamente, à 2004, Caputo 2009).
extrapolação dos recalques obtidos para as Jeyapalan e Boehm (1986) analisaram
placas de acordo com as dimensões de projeto estatisticamente 9 diferentes métodos
das sapatas. estimativos, comparando-os com 71 casos de
A heterogeneidade do solo de fundação monitoramento de recalques de sapatas em
também é tratada de forma distinta pelos solos arenosos. Os métodos de Schultze e Sherif
diversos autores, como na distribuição do (1973) e Schmertmann (1978) apresentaram os
módulo de deformabilidade com a profundidade melhores resultados.
e na utilização de diferentes ensaios de campo Tan e Duncan (1991) compararam 12
(CPT e SPT) para a sua estimativa, conforme diferentes métodos estimativos, considerando:
mencionado. Outros autores utilizam diferentes (1) a precisão, comparação entre o valor de
ensaios de campo para estimativa deste módulo recalque estimado e medido, (2) a
como, por exemplo, o ensaio Pressurométrico confiabilidade, porcentagem dos casos em que a
(ver Monaco et. al. 2006). estimativa foi igual ou superior aos recalques
Poulos (2000) afirma que a chave do sucesso medidos, e (3) a facilidade de utilização, tempo
está mais na estimativa correta de Es que no requerido para executar os cálculos. A figura 2
método para o cálculo de recalques empregado. apresenta a relação entre precisão e
É fato que, os modelos relacionam de forma confiabilidade, obtida por eles, onde o ponto
proporcionalmente inversa o módulo Es e a ótimo é apresentado em negrito, coordenadas
deformação do material (teoria da elasticidade), (1;100). Concluíram que os diferentes métodos
sendo que, tão mais conservadora for a foram desenvolvidos a fim de atingir objetivos
estimativa de Es menor a deformação calculada distintos, sejam eles: confiabilidade e precisão,
(recalque) e vice-versa. grandezas proporcionalmente inversas.
Desta forma, a existência de diversos
modelos de estimativa de recalques permite ao
engenheiro geotécnico escolher a equação mais
adequada para cada caso, sendo que, a
determinação consciente de Es pode conduzir a
estimativas de recalques bem razoáveis. As
questões são: É conhecida a variedade de
modelos existentes, suas faixas de
aplicabilidade, limitações e margens de erro? A
estimativa de Es é confiável?
A literatura apresenta diversos trabalhos
onde diferentes métodos de estimativa de
recalques foram analisados e comparados
segundo critérios definidos, na tentativa de
mensurar a variabilidade dos resultados obtidos,
e, discutir limitações e aplicabilidades. Figura 3. Relação entre precisão e confiabilidade para
onze métodos de estimativa de recalques baseados no
ensaio SPT. (Tan e Duncan, 1991).
4 ESTUDOS ANTERIORES
Outros autores preferem trabalhar com
análises probabilísticas. Zekkos et. al. (2004)
Alguns trabalhos precedentes buscaram estudar
mostraram, conforme figura 4, a probabilidade
comparativamente diferentes métodos de
de excedência de valores de recalques
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recalques estimados (Jeyapalan e Boehm 1986, Burland, J.B., Burbidge, M.C. (1984). Settlement of
Tan e Duncan 1991, Papadoulos 1992 e foundations on sand and gravel, Proceedings of
Institution of Civil Engineers, Part 1, 1985, 78, Dec.,
Sivakugan et. al. 1998). 1325-1381.
Caputo, V. (2009). Settlement predictions for coarse
grained soils based on SPT result – 17th International
Conference on Soils Mechanics and Geotechnical
Engineering. 1084-1087.
Cintra, J.C.A., Aoki, N., Albiero, J.H. (2003). Tensão
Admissível em Fundações Diretas – São Carlos:
Rima.
Das, M. B., Sivakugan, N. (2007). Settlements of
Shallow foundations on granular soil – an Overview,
International Journal of Geotechnical Engineering: 1
(19-29).
Douglas, D.J. (1986). State of the Art. Ground
Engineering, 19(2), 2-6.
Gonçalves, J.C. (2004). Avaliação da Influência dos
Recalques das Fundações na Variação de Carga dos
Pilares de um Edifício. Dissertação de Mestrado,
Figura 9. Relação entre Precisão e Confiabilidade para o COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Abril.
Estudo de Caso. Jardim, W.F.D (1987). Crítica aos Métodos que Utilizam
o Ensaio SPT para Previsão de Recalques em
Fundações. Revista Tecnologia, Junho, pg. 39-45.
6 CONCLUSÕES Jeyapalan, J.K., Boehm, R. (1986). Procedures for
Predicting Settlements in Sands, Settlements of
Shallow Foundations and Cohesionless Soils: Design
Da comparação entre os recalques medidos para
and Performance, Ed. WO Martin, ASCE, Seattle, 1-
5 pilares sobre sapatas assentadas em areia e os 22.
recalques calculados por quatro métodos Monaco, P., Totani, G., Calabrese, M. (2006). "DMT-
(Schmertmann 1970; Schmertmann et. al. 1978; Predicted vs. Observed Settlements: A Review of the
Burland e Burbidge 1984; Berardi e Lancellotta Available Experience" Proc. Second Intnl Conf. on
the Flat Dilatometer, Washington D.C., p. 244-252
1991), pôde-se concluir (ressalvadas as
Papadoulos, B.P (1992). Settlements of Shallow
simplificações adotadas) quanto aos quesitos Foundations on Cohesionless Soils. Journal of
confiabilidade e precisão (Tan e Duncan, 1991) Geotechnical Engineering, ASCE, 118 (3), pg. 377-
que o método de Burland e Burbidge (1984) foi 393.
o melhor avaliado, com precisão e Poulos, H.G. (2000). Foundations Settlement Analysis –
confiabilidade em torno de 1,25 e 100%, Practice versus Research, 8th Spencer J. Buchanan
Lecture, November, Texas.
respectivamente. Os métodos Schmertmann Tan, C.K., Duncan, J.M. (1991). Settlement of footings
(1970) e Schmertmann et. al. (1978) on sands – Accuracy and Reliability. Geotechnical
apresentaram-se mais conservadores, com Engineering Congress, v.1, pg. 446-455.
precisão, em torno de 1,8 e o método de Berardi Zekkos, D.P., Bray, J.D., Der Kiureghian, A. (2004).
e Lancellotta (1991) mostrou-se o menos Reliability of shallow foundation design using the
standard penetration test. Proceedings ISC-2 on
confiável, com confiabilidade de 60%. Geotechnical and Geophysical Site Characterization,
Verifica-se que estas equações devem ser Viana da Fonseca e Mayne (eds.), 2004 Millpress,
utilizadas com critério, sendo a adoção dos Rotterdam, ISBN 90 5966 009 9.1575-1582.
valores finais de projeto responsabilidade do Schmertmann, J.H.(1970). Static Cone to Compute Static
Engenheiro Geotécnico. Settlement over Sand. Journal of the Soil Mechanics
and Foundations Division, ASCE, v.96, n° SM.3, pg.
1011-1043.
Schmertmann, J.H., Hartman, J.P., and Brown, P.R.
REFERÊNCIAS (1978). Improved Strain Influence Factor Diagrams.
Journal of the Geotechnical Division, ASCE, 104(8),
Berardi, R., Lancellotta, R. (1991). Stiffness of granular pg. 1131-1135.
Soils from field performance. Géotechnique 41, No.1 Sivakugan, N., Eckersley, J. Li, H. (1998). Settlements
149-157. Predictions Using Neural Networks, Australian Civil
Engineering Transactions, CE40, pg. 49-52.