Galoa Proceedings Cobramseg 2022 142799

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XX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

IX Simpósio Brasileiro de Mecânica das Rochas


IX Simpósio Brasileiro de Engenheiros Geotécnicos Jovens
VI Conferência Sul Americana de Engenheiros Geotécnicos Jovens
XI Congresso Luso Brasileiro de Geotecnia
23 a 26 de Agosto de 2022 – Campinas – SP

AQUISIÇÃO DE PARÂMETROS GEOTÉCNICOS ATRAVÉS


DE CORRELAÇÕES EMPÍRICAS BASEADAS EM DADOS DE
ENSAIOS DE CONE (CPTU)
Carolina de Araújo Gusmão
Doutoranda em Engenharia, Escola Politécnica da USP, São Paulo, Brasil, [email protected]

Willians Perlley Alexandre da Silva


Graduando em Engenharia Civil, Escola Politécnica UPE, Recife, Brasil, [email protected]

Alexandre Duarte Gusmão


Professor Associado, Escola Politécnica da UPE, Recife, Brasil, [email protected]

RESUMO: O ensaio de penetração do cone (CPTU) é um método de investigação geotécnica in situ, que mede
simultaneamente a resistência da ponta do cone qc, o atrito lateral fs, e a pressão neutra u2 em profundidade.
Nos últimos 50 anos, diversas metodologias foram desenvolvidas na determinação de correlações empíricas
de dados do ensaio CPTU com outros parâmetros geotécnicos. Nesse contexto, o presente trabalho
desenvolveu uma planilha aberta à comunidade científica que, a partir dos dados de entrada obtidos através do
ensaio CPTU, estimou uma série de parâmetros geotécnicos através de correlações empíricas consolidadas na
literatura. Dentre os parâmetros, estão os parâmetros de resistência (resistência não drenada e ângulo de atrito),
parâmetros modulares (Módulo edométrico, de cisalhamento máximo e de Young), coeficiente de empuxo,
parâmetros de histórico de tensões (Tensão de pré-adensamento e OCR), condutividade hidráulica,
classificação do solo, e parâmetros de compressibilidade.

PALAVRAS-CHAVE: CPTU, Piezocone, investigação geotécnica, parâmetros geotécnicos.

ABSTRACT: The cone penetration test (CPTU) is an in-situ geotechnical investigation method, which
simultaneously provides the parameters of cone tip resistance qc, sleeve friction fs, and pore pressure u 2 as
depth functions. Several approaches have been developed to correlate the CPTU data with several other
geotechnical parameters determined previously through laboratory tests. In this context, the present work
developed a spreadsheet available for the scientific community that, from the input data obtained through the
CPTU test, estimates a series of geotechnical parameters through empirical correlations consolidated in the
literature. Among the parameters that can be obtained by previously proposed empirical correlations are the
pre-consolidation ratio (OCR), undrained strength (Su), effective friction angle (φ), soil type, coefficient of
consolidation (Cv) and hydraulic conductivity (k).

KEYWORDS: CPTU, Piezocone, geotechnical investigation, geotechnical parameters.

1 Introdução

O ensaio de penetração do cone (CPTU) é um método de investigação geotécnica in situ que foi
desenvolvido no final da década de 1970. Consiste na cravação de uma ponteira cônica no maciço a velocidade
constante de 2 cm/s. No Brasil, o ensaio é realizado com base na norma NBR 12069/1991 (Solo - Ensaio de
penetração de cone ‘in situ’ - CPT). A partir da ação de um pistão hidráulico, o instrumento é penetrado no
solo e a cada 2 cm de profundidade é feita aquisição automática dos dados de resistência da ponta do cone qc,
de resistência ao atrito lateral fs, e a sobrepressão neutra u2 (Queiroz, 2013).
A partir dos dados obtidos, é possível obter através de correlações empíricas diversos parâmetros
geotécnicos referentes a histórico de tensões, resistência ao cisalhamento, empuxo e módulos de
compressibilidade. Além disso, associado à ensaios de dissipação de poropressão em diferentes profundidades,
é possível obter coeficiente de adensamento vertical e horizontal, e a condutividade hidráulica (Karlsrud et al.,
2005). O ensaio de penetração do cone não permite amostragem do solo, tornando a investigação geotécnica

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realizada exclusivamente através do ensaio CPTU limitada quando considerado o sistema unificado de
classificação do solo (USCS) (Ku, Juang and Ou, 2010). Desse modo, diversas metodologias foram
desenvolvidas com o propósito de obter correlações empíricas robustas de classificação de solos a partir dos
parâmetros fornecidos pelo ensaio CPTU (Schneider et al., 2008).
O presente trabalho tem como objetivo compartilhar com a comunidade científica uma planilha
automatizada que, a partir dos parâmetros obtidos diretamente pelo ensaio de penetração de cone, gera uma
série de parâmetros a partir de correlações empíricas consolidadas na literatura, bem como gráficos
comparativos de parâmetros em função da profundidade e ábacos de classificação do solo.

2 Metodologia

2.1 Correlações empíricas

Diversas correlações empíricas foram utilizadas baseadas em metodologias consolidadas na literatura


para a obtenção dos parâmetros geotécnicos a partir dos parâmetros obtidos no ensaio de penetração do cone.
Primeiramente, a resistência de ponta qc obtida através do ensaio de CPTU foi corrigida através da Equação
1, sendo qt a resistência de ponta corrigida, qc a resistência de ponta, u2 a poropressão e a a razão de área da
ponteira na base do cone e área total. O peso específico do solo foi utilizado direta ou indiretamente na
determinação da maioria dos parâmetros geotécnicos, tendo sido estimado através da resistência ao atrito
lateral, como mostra a Equação 2 (Mayne, 2014), sendo γt peso específico do solo (kN.m-3), γw peso específico
da água (kN.m-3) , fs resistência ao atrito lateral (kPa) e σatm (kPa) a tensão de referência equivalente à pressão
atmosférica.

𝑞𝑡 (𝑀𝑃𝑎) = 𝑞𝑐 + 𝑢2 × (1 − 𝑎) (1)
𝑓𝑠
𝛾𝑡 (𝑘𝑁. 𝑚 −2 ) = 𝛾𝑤 × (1,22 + 0,15 × ln(100 × 𝜎 + 0.01) (2)
𝑎𝑡𝑚

A partir do peso específico do solo e do nível d’água do terreno, foram calculadas as tensões totais e
efetivas em função da profundidade do maciço, como descrito nas Equações 3 (tensão total) e 4 (tensão
efetiva), sendo σv0 tensão total (kPa), σv0’ tensão efetiva (kPa), z profundidade (m) e zw profundidade do nível
d’água (m).

𝜎𝑣0 (𝑘𝑃𝑎) = 𝛾𝑡 × 𝑧 (3)



𝜎𝑣0 (𝑘𝑃𝑎) = 𝛾𝑡 × 𝑧 − 𝛾𝑤 × (𝑧 − 𝑧𝑤 ) (4)

2.1.1 Obtenção de parâmetros normalizados

Após o cálculo do peso específico do solo e das tensões totais e efetivas, os parâmetros de resistência
de atrito lateral, resistência de ponta e poropressão obtidos a partir do ensaio CPTU foram normalizados a
partir das equações 5, 6, 7, 8 e 9, que estimam, respectivamente, resistência de atrito lateral normalizada Fr
(%); resistência de atrito de ponta normalizada Qtn; coeficiente dependente do tipo de solo n; índice de tipo de
comportamento de solo Ic; e poropressão normalizada Bq (Robertson, 2009).

𝑓𝑠
𝐹𝑅 = 100 × ((𝑞 ) (5)
𝑡 − 𝜎𝑣0

(𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 )/𝜎𝑎𝑡𝑚


𝑄𝑡𝑛 = 𝜎 ′ (6)
( 𝑣0 )𝑛
𝜎𝑎𝑡𝑚

𝜎′
𝑛 = 0,381 × 𝐼𝑐 + 0,05 × (𝜎 𝑣0 ) − 0,15 (7)
𝑎𝑡𝑚

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𝐼𝑐 = √(3,47 − log 𝑄𝑡𝑛 )2 + (1,22 + log 𝐹𝑅 )² (8)


𝑢 −𝑢
𝐵𝑞 = 𝑞 2−𝜎 0 (9)
𝑡 𝑣0

Foi necessário realizar uma iteração a partir das equações 6, 7 e 8 para obter os referidos parâmetros,
utilizando n=1 no cálculo do valor inicial de IC. A iteração foi realizada a partir da linguagem VBA (Visual
Basic for Applications) no software Microsoft Excel. O código está exibido abaixo na Figura 1.

Figura 1. Código desenvolvido para solucionar iteração das Equações 6, 7 e 8.

2.1.2 Obtenção de parâmetros de resistência

A partir das tensões totais e efetivas, tipo de solo, e resistência de ponta normalizada, foi estimado o
ângulo de atrito φ ( °) a partir da correlação (Kulhawy and Mayne, 1990) exibida na Equação 10. Como essa
correlação é válida apenas para areias, foi utilizada apenas para areias e areias siltosas. Para siltes argilosos e
argilas, o ângulo de atrito foi estimado a partir da correlação empírica (Mayne, 2006) apresentada na Equação
11. Vale ressaltar que a planilha foi modelada para calcular o ângulo de atrito através da Equação 9 ou 10
utilizando como parâmetro de entrada a classificação de solo obtida no item 2.2.

𝜑 (°) = 17,6° + 11,0° × log 𝑄𝑡𝑛 (10)

𝑢 −𝑢 0,121 𝑞𝑡 −𝜎𝑣0
𝜑 (°) = 29,5° × (𝑞 2−𝜎 0 ) × [0,256 + 0,336 × 𝐵𝑞 + log( ′
𝜎𝑣0
)] (11)
𝑡 𝑣0

Já a resistência não drenada Su (kPa) foi estimada a partir da correlação empírica (Dagger, Saftner and
Mayne, 2018) exibida na Equação 12. O fator Nkt é estimado preferencialmente a partir de correlações com o
ensaio de Palheta (Schnaid, F., & Odebrecht, 2012) e varia em função das propriedades do solo, como
anisotropia de resistência, índice de rigidez e índice de plasticidade (Danziger, F. A. B., Schnaid, 2000).

(𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 )
𝑆𝑢 (𝑘𝑃𝑎) = 𝑁𝑘𝑡
(12)

2.1.3 Obtenção de módulos de compressibilidade

Inicialmente o módulo edométrico D’ (kPa) foi estimado a partir da correlação apresentada na Equação
13 (Dagger, Saftner and Mayne, 2018).

𝐷′ (𝑘𝑃𝑎) = 5 × (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 ) (13)

Já o módulo de Young drenado E’ (kPa) e o módulo volumétrico K’ (kPa) foram calculados através das
correlações exibidas nas Equação 14 e 15, respectivamente, sendo v o coeficiente de Poisson (Dagger, Saftner
and Mayne, 2018).

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𝐷′
𝐸 ′ (𝑘𝑃𝑎) = 1,1 (14)

𝐸′
𝐾 ′ (𝑘𝑃𝑎) = (15)
3×(1−2×𝑣)

O módulo máximo de cisalhamento Gmáx (kPa) foi estimado a partir da massa específica do solo e da
velocidade média de cisalhamento Vs (m.s-1). As Equações 16 e 17 exibem, respectivamente, as correlações
para obtenção de Vs e Gmáx (Dagger, Saftner and Mayne, 2018).
𝑓
𝑉𝑠 (𝑚. 𝑠 −1 ) = (10,1 × log 𝑞𝑡 − 11,4)1,67 × (100 × 𝑞𝑠 )0,3 (16)
𝑡

𝐸′
𝐺𝑚á𝑥 (𝑘𝑃𝑎) = 3×(1−2×𝑣) (17)

Já o módulo de cisalhamento G (kPa) e o índice de rigidez IR foram calculados a partir das Equações 18
e 19 (Dagger, Saftner and Mayne, 2018).
𝐸′
𝐺 (𝑘𝑃𝑎) = (18)
2(1+𝜈)

𝐺
𝐼𝑅 = 𝑆 (19)
𝑢

2.1.4 Obtenção de parâmetros de compressibilidade

Primeiramente, foram estimadas as tensões de pré-adensamento σ’p e a razão de pré-adensamento OCR


através das Equações 20 e 21. Para o cálculo da tensão de pré-adensamento, foi utilizado o fator m’, dependente
do tipo de solo. O modelo já considera no cálculo de σ’p o valor de m’ correspondente ao tipo de solo a partir
da classificação de solo obtida em 2.2 (Agaiby e Mayne, 2019). A Tabela 1 exibe os valores de m’ e os solos
correspondentes.

Tabela 1. Fator m’ em função do tipo de solo (Agaiby e Mayne, 2019).


Qualidade da amostra m’
Argila fissurada 1,10
Argila intacta 1,00
Argila orgânica 0,90
Argila sensível 0,90
Siltes 0,85
Areia siltosa 0,80
Areia 0,72

𝜎′𝑝 (𝑘𝑃𝑎) = 0,33 × (𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 )𝑚′ (20)

𝜎′𝑝
𝑂𝐶𝑅 = 𝜎′ (21)
𝑣0

Para o cálculo dos coeficientes de adensamento horizontal C H e vertical CV, é necessário realizar um
ensaio complementar de dissipação de poropressão em profundidades específicas. A partir desse ensaio, é
obtido o tempo de 50% de dissipação de poropressão t50 em segundos. O CH é calculado a partir do t50, do raio
do cone de penetração, do fator tempo T para uma dissipação de 50%, e do índice de rigidez calculado através
da Equação 19 (Dagger, Saftner and Mayne, 2018). A determinação de CH é exibida na Equação 22. O CV é
estimado a partir do CH e da razão KH/KV, que vai depender do grau de anisotropia do solo e sua determinação

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é apresentada na Equação 23. O fator tempo T vai depender da posição do filtro no cone de penetração e a
Tabela 2 expõe os valores de T em função da posição do filtro.

Tabela 1. Fator tempo em função da posição do filtro.


Posição do filtro Fator tempo T para 50% de dissipação
Fuste do cone 0,069
Face do cone 0,118
Base do cone 0,245
5 raios acima da base 1,110
10 raios acima da base 1,460

𝑇×𝑅²×√𝐼𝑅
𝐶𝐻 (𝑚 2 . 𝑠 −1 ) = 𝑡50
(22)

𝐾
𝐶𝑣 (𝑚 2 . 𝑠 −1 ) = 𝐾𝐻 × 𝐶𝐻 (23)
𝑉

Finalmente, a condutividades hidráulica k é calculada a partir das Equações 24 e 25. Para um índice de
comportamento do solo I (Equação 27) menor ou igual a 3,27, deve-se usar a Equação 24 para o cálculo de k.
Já para um I maior que 3,27, deve-se estimar o k a partir da Equação 25 (Robertson, 1990).

𝑘(𝑚. 𝑠 −1 ) = 100,952−3,04×𝐼 𝐼 ≤ 3,27 (24)

𝑘(𝑚. 𝑠 −1 ) = 10−4,52−1,37×𝐼 𝐼 ≤ 3,27 (25)

2.2 Classificação do solo

2.2.1 Ábaco de tipo de comportamento de solo a partir de parâmetros de CPTU normalizados - SBTn
(Robertson 2009)

A partir dos valores de FR e Qtn obtidos no 2.1.1 por iteração, a classificação do solo pode ser feita
plotando os pontos de diferentes profundidades no gráfico exibido na Figura 2. Essa classificação a partir dos
parâmetros de CPTU normalizados foi desenvolvida por (Robertson, 2009) e é chamada de SBTn. As regiões
do gráfico correspondem a zonas características de diferentes tipos de solo. Desse modo, a classificação é feita
correlacionando as zonas e os pontos no gráfico.

Figura 2. Ábaco de classificação do solo através do SBTn (Robertson, 2009).

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2.2.2 Gráfico de tipo de comportamento de solo a partir de parâmetros de CPTU normalizados – SBTn
(Robertson 1990)

A classificação do solo a partir de parâmetros obtidos pelo ensaio de CPTU também pode ser realizada
através do gráfico de profundidade por um índice de tipo de solo I (Robertson, 1990). O índice I é obtido a
partir dos valores de Qtl e Fr, e as Equações 26 e 27 expõem as correlações para a obtenção de Qtl e I. Essa
metodologia de classificação de solo foi desenvolvida por Robertson, 1990. O valor de I determina o tipo de
solo e o gráfico é plotado com legendas de tipos de solo para facilitar a classificação. A Figura 3 apresenta o
gráfico e as legendas de classificação.
𝑞𝑡 −𝜎𝑣0
𝑄𝑡𝑙 = (26)
𝜎′𝑣0

𝐼 = √(3,47 − log 𝑄𝑡𝑙 )2 + (1,22 + log 𝐹𝑅 )² (27)

Como essa metodologia apresenta intervalos específicos de I para os diferentes tipos de solo, possibilita
uma correlação direta entre um parâmetro obtido para as diferentes camadas de solo (I) e o tipo de solo. Desse
modo, essa metodologia de classificação foi utilizada na determinação dos parâmetros que possuíam como um
dos parâmetros de entrada o tipo de solo (ex. Ângulo de atrito e tensão de pré-adensamento).

Figura 3. Classificação do solo de acordo com metodologia desenvolvida por (Robertson, 1990).

3 Resultados e discussões

Para aplicação da planilha em um caso de obra real, foram utilizados dados de um ensaio de piezocone
CPTU realizado na etapa de investigação geotécnica do projeto de um edifício de 25 pavimentos na cidade do
Recife (Brasil). A Figura 4 exibe os resultados de qt, fs e u2 obtidos pelo ensaio CPTU. A partir dos parâmetros
de entrada exibidos na Figura 4, e de informações do ensaio (nível d’água, posição do filtro, e raio do filtro),
foram determinadas todas as correlações empíricas previamente citadas no presente trabalho em uma planilha
no software excel. Na planilha ‘Dados-EnsaioCPTU’ foram gerados os parâmetros de saída e na planilha
‘Gráficos’ foram gerados os gráficos correspondentes. A Figura 5 exibe os gráficos dos principais parâmetros
de saída gerados, sendo esses a a) Classificação SBTn do solo; b) resistência não-drenada Su; c) ângulo de
atrito φ; d) módulo edométrico D’; e) razão de pré-adensamento OCR.

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Figura 4. Resistências de: a) ponta qt e; b) atrito lateral fs e; c) poropressão u2.

Figura 5. a) Classificação SBTn do solo; b) resistência não-drenada Su; c) ângulo de atrito φ; d) módulo
edométrico D’; e) razão de pré-adensamento OCR.

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Os gráficos dos parâmetros de saída (Figura 5) foram comparados com os gráficos gerados pelo software
comercial SETTLE 3D a partir dos dados do ensaio e apresentaram comportamento semelhante, o que validou
o uso da planilha disponibilizada no software Excel à comunidade científica.

4. Conclusão

Conclui-se que os parâmetros obtidos pela planilha em Excel estiveram de acordo com os dados obtidos
pelo software comercial, o que valida o modelo gerado que está disponibilizado gratuitamente para download
à toda comunidade científica através do QR code abaixo em formato .xlsx. É importante ressaltar que essa
planilha torna possível a obtenção dos diversos parâmetros geotécnicos a partir das correlações com o ensaio
CPTU gratuitamente e em software de fácil acesso e manipulação. Finalmente, ressalta-se a relevância do
ensaio CPTU na obtenção simultânea de uma ampla variedade de parâmetros geotécnicos importantes na
prospecção e sucesso da obra de engenharia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Eng. 145, 04019104 (2019).
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Karlsrud, K., Lunne, T., Kort, D. A. & Strandvik, S. CPTU correlations for clays. Proc. 16th Int. Conf. Soil
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Schnaid, F., & Odebrecht, E. Ensaios de Campo e suas aplicações à Engenharia de Fundações. (2012).

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