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1-ESTTICA E COR

CLNICA DE REABILITAO ORAL II

ESTTICA

PRINCPIOS DA ESTTICA
O conhecimento da esttica ajuda o mdico dentista a alcanar uma aparncia
agradvel.
Criar dentes com propores agradveis entre si e biologicamente integrados com
os tecidos.
Deposio dentria harmoniosa com os lbios e estruturas da face.

ANLISE FACIAL

PLANO FRONTAL

o Linha de referncia horizontal


Linha ofrca - Arcada supraciliar
Linha interpupilar - Linha bipupilar
Linha da comissura labial - (no usamos de a
pessoa tiver as comissuras labiais tortas)

o Linha de referncia verticais


Linha mdia (linha vertical hipottica que passa no centro da
glabela, ponta do nariz, filtrum labial e mento). perpendicular a
linha bipupilar formando um T.

o Propores faciais
Tero superior: rea entre a linha do cabelo e a linha ofriana
Tero mdio: rea entre a linha ofriana e linha interalar
Tero inferior: rea entre a linha interalar e a ponta do mento

PERFIL
o Postura natural da cabea
o Plano de Frankfurt ponto mais inferior da rbita ao ponto
mais superior do meato acstico externo

1. Tipos de perfil: so avaliados pela medida do ngulo


formado quando trs pontos so unidos na face: glabela,
subnasal e ponta do mento.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

o Perfil convexo (1): o ngulo formado pela unio dos


trs pontos de referncia substancialmente reduzido
<170
o Perfil cncavo (2): o ngulo formado pela unio dos
trs pontos de referncia maior que180.
o Perfil normal (3): as linhas que unem esses trs
elementos formam um ngulo de 170.

2. LINHA-E

o Avalia a posio dos lbios em relao a uma linha ideal que


une a ponta do nariz ponta do mento.

o De acordo com Ricketts, num perfil normal, o lbio superior


est aproximadamente 4 mm posterior Linha-E e o lbio
inferior est aproximadamente 2 mm posterior a essa linha.

3. NGULO NASOLABIAL

o formado pela interseco de duas linhas, uma tangente


base do nariz e outra tangente margem externa do
lbio superior.
o O tamanho deste ngulo afetado pela inclinao da
base do nariz e pela posio do lbio superior.
Homens - 900 a 950
Mulheres - 1000 a 105

4. LBIOS

o Com base na sua forma e tamanho, os lbios podem ser classificados em finos,
mdios ou espessos.

Tanto os dentes como os tecidos gengivais so responsveis por produzir um sorriso


harmonioso. Existem critrios objetivos relacionados com os tecidos duros e moles que
podem facilmente ser controlados atravs de um check-list esttico.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival O SORRISO

SADE GENGIVAL
Papilas Gengiva livre: estende-se na direo apical, desde
interdentrias a margem gengival na juno cimento esmalte,
prosseguindo por todo contorno do permetro
cervical.
Inclinao axial Gengiva inserida: a poro que se estende desde
o limite mais apical da gengiva livre at poro
mucogengival menor quantidade de gengiva
Znite do contorno aderida (mais grave se houver invaso do espao
gengival biolgico bitipo fino).
Mucosa alveolar: constituda por epitlio no
queratinizado, cor vermelho escuro e superfcie lisa.
Equilbrio dos
nveis gengivais
Nvel do contacto
interdentrio
Propores
dentrias
Morfologia
dentria
Caracterizao
dentria
PAPILAS INTERDENTRIAS
Textura Em pessoas jovens os espaos interdentrios esto
fechados pelos tecidos que formam as papilas
interdentrias.
Cor Entre dentes onde existe grande proximidade, a
papila pode parecer mais alongada, porque o seu
desenvolvimento guiado pelo contorno dentrio
interproximal.
Configurao M higiene e doena periodontal podem alterar
bordos incisais arquitetura gengival (p.e. perda de papila
interdentria).
Linha do lbio
A altura papilar esta diretamente relaciona com:
inferior o Distncia proximidade radicular
o Suporte periodontal
Simetria do sorriso o Posio dentria
o Forma e inclinao das razes

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival INCLINAO AXIAL


Os eixos dos dentes anteriores normalmente
possuem mesioinclinao incisal e distoinclinao
Papilas apical. Esta inclinao torna-se gradualmente mais
interdentrias acentuada nos incisivos centrais e mnima nos
caninos.

Inclinao axial Variaes no eixo e na linha mdia so frequentes


e nem sempre comprometem o resultado esttico
final quanto mais inclinados maior a delicadeza
Znite do contorno do sorriso.

gengival ZNITE DO CONTORNO GENGIVAL


Corresponde ao ponto mais apical do contorno
Equilbrio dos nveis gengival
gengivais Nos dentes superiores normalmente est localizado
distalmente em relao ao longo eixo dentrio.
Nvel do contacto Nos dentes inferiores no apresentado de
maneira consistente podendo estar localizado
interdentrio
centralmente em relao ao longo do eixo do
dente.
Propores
dentrias

Morfologia dentria
EQUILIBRIO DOS NVEIS GENGIVAIS

Caracterizao Margem gengival


dentria incisivo central
superior e canino
Textura

NIVEL DO CONTACTO INTERDENTRIO


Cor Posio contacto interdentrio/ posio e
morfologia dentria
reas de contacto incisivos centrais perto do
Configurao bordo incisal
bordos incisais reas de contacto gradualmente mais para
apical do central ao canino
reas de contacto ampla: ngulo interincisal
Linha do lbio reduzido
inferior Forma ngulos interincisais mais amplos de
mesial para distal
O ngulo interincisal vai aumentando para
Simetria do sorriso distal!

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival PORPORO DENTRIA


Proporo tima entre
incisivo central e lateral:
Papilas 1:1,618 - 60% (o central deve
destacar-se mais 60% que o
interdentrias lateral).
Relao entre incisivo lateral
e canino: 1:0,618 - 60 %
Inclinao axial (o lateral deve destacar-se
60% mais que o canino, em
relao parte visvel).
Znite do contorno
gengival Homens tm incisivos mais largos que as mulheres.

MORFOLOGIA DENTRIA
Equilbrio dos nveis Incisivos Centrais Superiores
gengivais Face mesial reta ou ligeiramente convexo
Face distal convexa
Nvel do contacto Bordo incisal torna-se mais regular com o
tempo
interdentrio ngulo distoincisal arredondado
Incisivos laterais superiores
Propores Formas e contorno similar aos incisivos
dentrias centrais
Diferenas de tamanho e posio podem ser
muito acentuadas
Morfologia dentria Em algumas pessoas variaes morfolgicas
podem ser encontradas em um ou ambos os
incisivos laterais (p.e. ovides)
Caracterizao Caninos Superiores
Parte incisal em forma de v
dentria Mais saturados a nvel do croma
Forma e posio tm um importante papel
Textura no contorno da amplitude do sorriso
Tamanho do corredor vestibular

Existem trs formas principais de dentes:


Cor Forma triangular: os limites externos do contorno da
face vestibular so divergentes inicialmente e
demonstram uma convergncia cervical
Configurao acentuada ponto de contacto.
Forma ovide: os limites externos tendem a ser
bordos incisais curvos e arredondados, tanto inicialmente como
cervicalmente, com uma reduo gradual da rea
Linha do lbio cervical e da borda incisal.
inferior Forma quadrada: os limites externos so mais ou
menos retos e paralelos rea de contacto mais
apical.
Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival Ligeira sobreposio incisivos laterais sobre os


centrais uma caracterstica feminina.

Papilas CARACTERIZAO DENTRIA


interdentrias A caracterizao dentria implica fenmenos de
reflexo/transmisso de luz:
Opalescncia
Inclinao axial Transparncia
Translucidez
Intensidade da colorao:
Znite do contorno Manchas
gengival Fissuras
Lbulos dentrios
Equilbrio dos Efeitos da colorao:
nveis gengivais Eroso
Atrio
Nvel do contacto Abraso
interdentrio
TEXTURA (MIMETIZAO)
Propores Microtexturas: minsculos sulcos horizontais,
dentrias dentes jovens
Macrotexturas; lbulos que dividem a face
Morfologia vestibular em concavidades e convexidades
dentria perdem-se com o tempo.
Componente vertical: dente mais fino e mais
Caracterizao longo
Componente horizontal: dente mais largo e
dentria
mais pequeno

Textura COR
A cor muitas vezes considerada o elemento major
no sucesso de uma reabilitao esttica.
Cor O fenmeno da cor corresponde a uma resposta
psicofsica interao da energia da luz com um
objetivo e experincia subjetiva de um indivduo.
Configurao Trs fatores principais podem influenciar a
bordos incisais perceo da cor:
A fonte de luz - corresponde a qualquer rea
Linha do lbio ou corpo que emite radiao no espectro
inferior visvel
Objeto reflete, absorve ou transmite luz
Observador quem observa o objeto
Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival Todas as sensaes visuais so levadas ao crebro


atravs do olho.

Papilas
interdentrias

Inclinao axial

Znite do contorno
gengival
VISO FOTPICA

Equilbrio dos nveis CONES

gengivais COR
RETINA
PERCEPO DA COR
Nvel do contacto VISO ESCOTPICA

interdentrio BASTONETES

LUZ

Propores PRETO E BRANCO

dentrias
Propriedades ticas primrias
Morfologia dentria
Matiz: corresponde cor bsica do
dente. A,B,C e D na escala VITA
Caracterizao (tonalidade). O tom amarelado o mais
dentria normal.

Croma: grau de saturao da cor. A1,


Textura A2, A3, A4. Intensidade. A4 o mais
saturado. Canino tem nvel cromtico mais saturado.

Valor: Quantidade de luz refletida por


Cor um objeto. Cores claras e cores escuras.
Claridade.

Configurao
Propriedades ticas secundrias
bordos incisais
Translucidez
Linha do lbio
inferior Quantidade relativa de luz que passa pela
unidade de espessura do material.
Passagem parcial de luz em maior ou menor
Simetria do sorriso grau.
Quantidade e qualidade de reflexo de luz.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Situao intermedia entre o opaco que


Sade gengival bloqueia totalmente a passagem de luz e o
transparente que permite a passagem total de
luz.
Papilas Esmalte translucidez maior com
interdentrias comprimentos de onda maiores
Dentina tambm translcida, mas mais
opaca que o esmalte e perde opacidade ao
Inclinao axial longo do tempo.
Translucidez dentria varia com a idade. A
dentina mais opaca e com a idade tende a
Znite do contorno
ficar mais translcida.
gengival Para o esmalte o coeficiente de transmisso
depende do comprimento de onda de luz
Equilbrio dos nveis incidente ou seja, a translucidez maior com
gengivais comprimentos de onda maiores.

Nvel do contacto Opalescncia


interdentrio
Propriedade caracterstica do esmalte
Propores
Iluminao direta: transmisso de luz com
dentrias comprimento de onda maior esmalte com tons
amarelo-alaranjados.
Morfologia dentria Iluminao indireta: reflexo de luz com
comprimento de onda menor esmalte com tons
azul-acinzentados.
Caracterizao
Halo incisal: os comprimentos de onda de luz azul
dentria dispersam-se em todo o esmalte e so refletidos na
cor azul-esbranquiado o que causa a
Textura opalescncia caracterstica
do halo incisal. Opalescncia
menor no bordo incisal,
menor quantidade de dentina
Cor mais esmalte. Nos jovens h
menos opacidade.

Configurao Riqueza de matrizes, translucidez e luminosidade do


bordos incisais bordo incisal depende de duas variveis principais:
Quantidade de esmalte livre de dentina
Translucidez/opacidade do esmalte
Linha do lbio quanto mais translcido o esmalte, mais
inferior percetvel a opalescncia.

Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival Fluorescncia

uma propriedade na qual a energia radiante


Papilas ultravioleta absorvida por um objeto que
interdentrias posteriormente emite energia luminosa dentro
do espectro visvel.
Dentes naturais, os materiais provisrios no tm
Inclinao axial esta caracterstica.
Fonte fluorescncia azul sob a ao de luz
ultravioleta
Znite do contorno Dentes mais brancos e luminosos luz do dia.
Dentina 3 vezes mais fluorescncia que o
gengival esmalte. Apresenta mais colagnio (matriz
orgnica) que contem aminocidos que
Equilbrio dos emitem fluorescncia
nveis gengivais Pode ser usada para camuflar dentes
escurecidos sem afetar negativamente a
translucidez e pode aumentar a vitalidade de
Nvel do contacto uma restaurao minimizando o efeito do
interdentrio metamerismo ente o doente e a restaurao.

Propores Metamerismo - fenmeno que ocorre quando dois


dentrias objetos coloridos e diferente produzem a mesma
sensao de cor em determinado ambiente e cores
Morfologia diferentes noutro ambiente diferente.
dentria
Caracterizao
dentria

Textura

CONFIGURAO DOS BORDOS INCISAIS


Cor
Contorno geral

Configurao A convexidade da curva incisal juntamente com as


bordos incisais propores dentrias ideais produz uma simetria
radial que segue o contorno do lbio inferior.
Linha do lbio
inferior

Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival ngulos interincisais

Tm uma grande influncia na formao dos


Papilas espaos negros que se formam entre o maxilar
superior e inferior quando o paciente se ri.
interdentrias

Inclinao axial

Znite do contorno
Espessura
gengival
Bordos incisais muito finos podem fazer parecer os
Equilbrio dos nveis dentes mais envelhecidos artificiais.
gengivais
LINHA DO LBIO INFERIOR
Nvel do contacto
O plano incisal quando observado de frente
interdentrio apresenta uma curva convexa que se segue a
concavidade natural do lbio inferior durante o
Propores sorriso.
dentrias Incisivos laterais
Lbio inferior
0,5 a 1,5mm
Morfologia Incisivos centrais e caninos
dentria (contactam com o lbio inferior)

Caracterizao
dentria

Textura

Cor

Configurao
bordos incisais
Linha do lbio
inferior

Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Sade gengival Abraso bordo incisal Achatamento da curva ou


curva reversa.

Dentes desgastados ou pequenos. ngulos


Papilas interincisais reduzidos ou ausentes.
interdentrias

Inclinao axial

Znite do contorno
gengival
SIMETRIA DO SORRISO
Equilbrio dos
nveis gengivais O plano incisal, quando visto de frente, deve ser
paralelo s linhas de referncia horizontais, como a
linha interpupilar e a linha da comissura.
Nvel do contacto
interdentrio
Propores
dentrias
Morfologia
dentria
Plano oclusal paralelo ao plano de Camper
(bordo superior do trgus ao bordo inferior da asa
Caracterizao do nariz). O plano de Camper tem uma diferena
dentria de 10 em relao ao de Frankfurt.

Linha do sorriso:
Textura
Baixa dentes anteriores expostos no mais
de 75%
Mdia 75 a 100 % de exposio dos dentes
Cor anteriores
Alta para alm dos dentes anteriores
expostos, tambm uma faixa de gengiva
Configurao revelada.
bordos incisais
Linha do lbio
inferior

Simetria do sorriso

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Corredores bucais espao observado em


ambos os lados da cavidade oral durante o
sorriso. Pode ser normal, amplo ou ausente.

SELECO DA COR

Higienizar os dentes e se necessrio pedir ao paciente para remover o batom dos


lbios. No caso de branqueamento devemos esperar 15 dias (hidratao do dente).
Escolher a cor aps higienizao dentria e antes de qualquer procedimento
restaurador, devido ao efeito de desidratao
Observar o dente perpendicularmente face vestibular. A distncia ideal de
observao varia entre 25 a 35 cm
Colocar a escala de cor no mesmo plano dos dentes, no qual a cor dos dentes vai ser
seccionada
A escala de cor e os dentes devem estar molhados aquando da seleo da cor
neutralizando as diferenas de textura de superfcie
Cada observao no deve durar mais de 5 segundos. Idealmente entre cada
observao dever observar-se um carto de cor cinzenta.
Escolher a cor sobre uma luz incidente prxima da luz do dia, 5000 K.
O mtodo mais conveniente para selecionar uma cor a utilizao de escalas de cor
A seleo da cor consiste na escolha do tom que parea o mais natural possvel e
possa ser reproduzido em laboratrio.

Escalas de cor disponveis:


o Escala vita clssica
o Escala vita 3D master: As amostras so colocas em nveis de luminosidade, cada
qual tem variaes de croma e matiz. O fabricante recomenda a seleo de nvel
mais claro primeiro (valor) e, s depois, selecionar o croma (intensidade) e
finalmente o matiz (cor especifica); Dentina interior, dentina intermdia e esmalte.

Dipositivos digitais para seleo de cor:


o Vita easy-shade (elimina suscetibilidade do observador).

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TECNOLOGIA DE ESPECTROFOTOMETRIA - COR E COMUNICAO

DENTES ANTERIORES

Avaliao da linha do plano incisal em relao linha


interpupilar;
Serve para orientao do posicionamento do modelo
ROSTO de trabalho em articulador.
Com sorriso e sem sorriso
Lateral e perfil
Avaliao das linhas dos lbios:

Lbio Superior: Determinao do comprimento do


SORRISO

incisivo superior e exposio gengival;

Lbio Inferior: verificar a curvatura do plano incisal

Avaliao da ocluso
Fundo preto;
ESCOLHA ESCOLHA

Avaliao da interpretao da cor feita pelo clnico;


PREPARO DENTE
COR

Mostrar a distribuio da cor pelos teros do dente

Ajuda na escolha do tipo de infraestrutura a utilizar;


Avaliar o tipo de cermica a utilizar
COR

Avaliar a textura de superfcie tipo de brilho


MACRO

Visualmente de caractersticas internas e externas


1:1

DENTES POSTERIORES

Avaliar a anatomia da superfcie oclusal de um dente


MACRO ESCOLHA SUPERFCIE
OCLUSAL

ntegro
Avaliar a caracterizao dos sulcos

Fundo preto;
Avaliao da interpretao da cor feita pelo clnico;
COR

Mostrar a distribuio da cor pelos teros do dente

Avaliar a textura de superfcie tipo de brilho


Visualmente de caractersticas internas e externas
1:1

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2-FACETAS
INLAYS ONLAYS E
OVERLAYS
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

FACETAS, INLAYS, ONLAYS, OVERLAYS

INTRODUO

CARACTERSTICAS CLNICAS DOS COMPSITOS E DAS CERMICAS

Adeso Esttica
RESINA COMPOSTA

Economia de substrato Durabilidade

CERMICA
Rigidez - dentina Rigidez - esmalte

Contrao de
Fragilidade
polimerizao
Desgaste/Dureza
Expanso Trmica

INDICAES FACETAS

TIPO I - DENTES RESISTENTES AO BRANQUEAMENTO


TIPO IA - DESCOLORAO POR TETRACICLINAS GRAUS III E IV
TIPO IB - SEM RESPOSTA AO BRANQUEAMENTO EXTERNO

TIPO II - GRANDES MODIFICAES MORFOLGICAS


TIPO IIA - DENTES CONIDES
TIPO IIB - ENCERRAMENTO DE DIASTEMAS E ESPAOS INTERDENTRIOS - TRINGULOS NEGROS (PERIODONTAL)
TIPO IIC - AUMENTO DO BORDO INCISAL

TIPO III - RESTAURAES EXTENSAS - ADULTOS


TIPO IIIA - FRATURA CORONRIA EXTENSA
TIPO IIIB - PERDA DE ESMALTE EXTENSA POR EROSO OU DESGASTE
TIPO IIIC - MALFORMAES CONGNITAS OU ADQUIRIDAS

PREP OU NO-PREP 0.7-1.5 mm


PREP preparo (0,2 por cada tom)
Podemos optar por preparos mais conservadores, por 0.5-0.7 mm
exemplo, em dentes j desgastados.

Contraindicaes para o NO-PREP:


o Substrato insuficiente
o Mau posicionamento 0.3-0.5 mm
o Leses de crie
o Doena periodontal

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

A integridade da crista marginal uma caracterstica anatmica que limita a flexibilidade


cuspdea, o que o fator mais significante para a rigidez e resistncia das coroas dos
dentes posteriores.
Reeh, Messer & Douglas 1989

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Dentes posteriores
Classe I 2 cspides e integridade das 2 cristas marginais. Bom prognstico.
Classe II MOD sem cristas marginais, perda de estrutura dentria, cristas marginais.
Ou fazemos incrementos sucessivos, no maiores que 2mm, ou h probabilidade de
fracasso do tratamento.

PLANO DE TRATAMENTO
o Cirurgia - coroas clnicas curtas - aumento da coroa
clnica previamente colocao da faceta,
devemos fazer alongamento coronrio.
o Branqueamento por vezes tem que ser interno
o Ortodontia doentes com doena periodontal e
mobilidade de dentes, intruso de dentes
o Resinas compostas dentes adjacentes

No prep sade gengival boa, quantidade de esmalte boa, sem cries, sem
restauraes antigas.
Modelos de estudo perceber se h espao para as cermicas.
Enceramento de diagnstico: necessidade de alongamento coronrio no incisivo
lateral, aguarda-se cicatrizao. Despolir o esmalte com discos de polimento para
aumentar a adeso.
Escolher o cimento adeso vs cimentao
- Adeso com resina composta sistemas adesivos com adeso forte. Resina
composta para fazer adeso da pea ao dente. As resinas compostas tm
maior carga, fora de adeso boa. A desvantagem que temos que as
fluidificar.
- Fluidificao das resinas compostas forno (1h antes), podemos colocar
tambm as esptulas no forno para no provocar um rpido arrefecimento da
resina.
Preparao da faceta cido hidroflurdrico (microretenes), lavar, cido
ortofosfrico. Se depois deste protocolo ainda no estiver podemos voltar a repetir o
processo ou realizar jateamento.
Preparar a faceta com silano agente de unio deve ser ativado com calor (facetas
dentro de uma rede de ch e aquecer com o secador ou podemos usar tambm em
clinica a mquina de vcuo) acima dos 60.
Preparao do dente fio de retrao, colocao do dique, ataque cido
ortofosfrico ao dente. O grampo est colocado no prprio dente para retrair e dar-
nos mais espao para a cimentao.
Primer no dente
Bond - NO FOTOPOLIMERIZAMOS!

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Resina composta dentro da cermica


Presso digital e vibrao cermica muito frgil e fina, no podemos exagerar, logo
no aderimos desta forma usamos os cimentos de resina.
Remoo dos excessos de resina demora algum tempo. SEM LUZ!
Fotopolimerizao do dente + pea devemos comear por palatino. Idealmente 50
segundos por palatino e a seguir face vestibular nas zonas interproximais. Na zona
cervical devemos inibir a camada de oxignio (colocar gel de glicerina e
fotopolimerizar durante 1 minuto pelo menos).
Remoo de excessos com bisturi e do dique.
Remover fio de retrao
Encerramento do diastema com resina composta

OVERLAY

Uma crista marginal integra, 1/3 de remanescente dentrio da face lingual e 2/3 da
vestibular.

Esmalte mdulo de elasticidade idntico ao da cermica.

Resina composta cavidade


Bloquear as retenes e fazer um chanfro na face vestibular
Impresso
Dentina exposta IDS
Ataque cido + primer + bond (2/3 camadas) + Fotopolimerizar
Preparar a pea (Dissilicato de ltio) ataque cido 5% durante 20 segundos
Ativar o bond com uma broca a baixa rotao ou jatear o adesivo
Como no temos preparo so difceis de cimentar/fazer aderir
Presso digital
Fotopolimerizao
Linha de terminao gel de glicerina para inibir a camada de oxignio

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3-COROAS
TELESCPICAS
FRESADAS E
ATTACHMENTS
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

COROAS TELESCPICAS, FRESADAS, ATTACHMENTS

COROAS TELESCPICAS

O termo telescpicas surge do princpio do instrumento


telescpio que no mais do que um instrumento composto
por tubos que se encaixam uns nos outros

O Glossrio de Termos Prostodnticos (1994), baseando-se no


conceito de coroa dupla, define cora telescpica como uma
coroa artificial confecionada para se adaptar a uma outra
coroa

A primeira coroa telescpica foi descrita pelo mdico dentista americano W. Starr, em
1886, em que uma PPR assentava num dente pilar coberto por uma capa cilndrica.

At depois da 2 Guerra Mundial, as coras telescpicas no foram um sucesso, porque


havia ainda uma falta de frico por parte dos dois elementos das coroas, levando
necessidade de elementos adicionais para reteno.

Em 1950, Mieller e Yasilove readaptaram o sistema para prteses totais, para aumentarem
a reteno das mesmas. Korber, em 1958, desenvolveu a Prtese Periodontal Telescpica,
com o sistema de coroa dupla cnica, evitando a necessidade do uso de elementos
adicionais para a unio.

Este sistema suscitou um grande interesse para os periodontologistas da poca, como


Pichard e Gordon, pois perceberam que era possvel aceder facilmente aos dentes pilares
para realizar extraes, tratamentos periodontais ou, apenas, efetuar uma higiene eficaz
dos mesmos.

Alguns autores demonstraram a eficcia do uso de coroas telescpicas na prtica de


medicina dentria. Todos eles concordaram que:

o So os retentores diretos mais eficazes, no necessitando de elementos adicionais


de reteno
o Transferem as foras oclusais ao longo do eixo do dente pilar
o Permitem um desenho periodontalmente mais adequado, respeitando o espao
biolgico
o Periodontalmente mostram um excelente desempenho, permitindo o correto
controlo da placa e controlo da coroa primria, por ser possvel a remoo da
coroa secundria
o Oferecem uma harmonia esttica e aumentam o conforto pessoal do doente,
proporcionando uma impresso subjetiva de uma prtese fixa

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

O que so?

As coroas telescpicas so formadas por uma coroa interna- que pode ser assim
denominada ou ainda por coroa primria ou poro macho- e uma coroa externa que
pode tambm ter o nome de coroa secundria, telescpica ou poro telescpica
fmea. (Loureno,2009)

Uma coroa telescpica pode ser descrita como sendo uma coroa artificial contruda de
forma a encaixar numa cpia da mesma, que por sua vez, pode ser uma coroa, uma barra
ou qualquer outro suporte rgido adequado para uma prtese dentria. (Loureno 2009)

As coroas telescpicas so constitudas no interior por uma coroa cilndrica interna em


contacto com o dente e outra que assenta nesta, permitindo assim a reteno dada pelo
perfeito ajuste de encaixe. (Hoffmann et al 2006; bayer et al 2010)

Para que servem?

As coroas telescpicas (muito usadas nos pases nrdicos) ao longo dos anos vieram a
adquirir uma maior versatilidade no que diz respeito sua utilizao. Hoje em dia podemos
utiliz-las tanto em dentes naturais como em implantes, para coroas unitrias, prteses
parciais removveis ou sobredentaduras.

Para a utilizao em PPR, a primeira etapa fazer um planeamento que deve basear-se
na distribuio e nmero de dentes pilares, que influencia diretamente o prognstico e
durabilidade da prtese.
Inicialmente, o seu uso baseava-se apenas em dentes pilares, o que tornava este sistema
de reteno um pouco limitativo.

A distribuio das foras extremamente importante, bem como a escolha dos dentes
pilares. Tem que ser preciso para que funcione!

Hoje em dia, graas utilizao de implantes, esta limitao foi ultrapassada, uma vez
que possvel fazer uma substituio estratgica de dentes pilares ausentes por implantes,
que seriam importantes para uma boa distribuio de fora e uma maior estabilidade de
prtese

Pode ser usada:


o Coroas unitrias (no muito usado)
o Prtese total
o Prtese parcial removvel

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TIPOS DE COROAS TELESCPICAS

Coroas telescpicas
simples
COROAS TELESCPICAS

Coroas telescpicas
abertas ou ring
telescop

Coroas cnicas
(conomtrica)

Coroas telescpicas
em ouro electro
depositado

Coroas telescpicas
com attachments pr-
fabricados

Coroas telescpicas
com attachments
artesanais

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Vantagens
o Foras (distribuio)
o Esttica
o Higiene
o Auto-estima
o Qualidade de vida
o Psicolgico
o Posio desfavorvel dos dentes que pode ser corrigida

Desvantagens
o Tcnica complexa e sensvel problema principal
o Fractura da prtese ou dente pilar
o Endodontia do dente pilar necessria
o Dentes pilares
o Mobilidade dentrias
o Custo
o Manuteno
o Recuperao
o Dentes anteriores inferiores no se podem usar

RETENO

Objetivos:
o Estabilidade oclusal
o Suporte
o Controlo de movimentos mandibulares

Reteno por frico


Efeito cunha usadas em coroas cnicas, e que apenas exercem frico quando
ambas as coroas (primria e secundria) esto em contacto;
Clearance fit, que usa attachments retenes adicionais

Para que tais critrios se cumpram necessrio ter em conta alguns fatores, tais como:
o Nmero
o Tipo canino e sextos, todos os outros carecem de avaliao
o Distribuio de pilares na arcada
o Convergncia das paredes da coroa primria
o Saliva

MATERIAIS

o Coroa primria: ouro, zircnio ou titnio


o Coroa Secundria: Ouro e Cr-Co

23
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TCNICA

1) Impresses preliminares
2) Impresses definitivas (politer/silicone)
3) Articulador semi-ajustvel (verificar registo de mordida)
4) Coroa primria em ouro/zircnio (testar sempre antes da secundria)
5) Experimentar em boca > ajuste e direo de insero
6) Coroa secundria-> eletrodeposio- galvanizao
7) Aplicao cermica/acrlico (PPR)
8) Cimentao conjunta (num s tempo)

Em caso de erro ou necessidade de repetir: usar vaselina slida, eliminar os excessos e


fazer impresso.

CIMENTAO

Coroa primria

Descimentao
o Behr et al (2009) >10 anos: <75%
o Stober et al (2002) > 10 anos: 11% a 26%

Tipo de cimento: Ionmero de vidro, Resina, Hbridos

Coroa Secundria: no se utiliza cimentos, entra por frico

LONGEVIDADE (10 anos)

PPR suportada por Coroa telescpicas


coroa telescpica por frico

92% a 100% 87,5%


(widbom et al 2004) (Szentpteri et al 2010)

66,7% a 98.8% Dentes pilares 93,9%


(stober et al 2012) (Szentpteri et al 2010)

CONCLUSO

o Mtodo de reabilitao oral que no de prtica comum nos Mdicos Dentistas


Complexidade da tcnica
Custo
o Vrios tipos de coroas telescpicas
o 3 Mecanismos de reteno (Frico, efeito cunha e clearance fit)
o Doena periodontal - Prtese removvel - facilita a higiene

24
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

o A taxa de sobrevivncia +/- 90%


o Pacientes alegam sentir-se mais confortveis, melhorando os seus cuidados de
higiene oral uma vez que podem remover as prteses
o Com a evoluo dos materiais as suas desvantagens deixaram de ser to
preocupantes

COROAS FRESADAS

Elementos fixos de apoio a uma PF ou PPR dando estabilidade e reteno assim como
transmitem as foras mastigatrias aos dentes de suporte.

INDICAES
o Reconstruo de dentes frgeis
o Ferulizao de dentes
o Espaos desdentados intercalares trabalho fixo ou removvel
o Extremidades livres - removvel
o Coroas isoladas (funcionam melhor)
o Apoios de PPR e PF

Especficas
o Restabelecer plano de ocluso correto
o Corrigir a inclinao de um dente, modificando a sua morfologia
o Estabelecimento de superfcies guia
o Correta transmisso de foras
o Essenciais para a utilizao de attachements em PF e PPR

- PPR (extracoronrios) - fratura se for na zona de incidncia de foras, deve ser


fresado para aumentar a estabilidade prtese.
- PF (intracoronrios)

A morfologia destes elementos modifica-se sistematicamente para responder aos


imperativos de reteno e estabilizao, sem interferir na integridade do suporte
dentoperiodontal.

A sua forma determinada pelos ganchos e apoios da PPR ou da PF.

ZONAS DE RETENO

o Canaletas - Localizadas nas cristas marginais M ou D


o Interlock- canaletas localizadas entre duas coroas
o Ombro- atua como guia de insero e suporte para a PPR

25
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Criam planos/superfcies guia: permitem que os componentes das PPRs ou PF possam


cumprir a sua funo.

TAXA DE SOBREVIVNCIA

Influenciada por:

o Relao mandibular desfavorvel


o Fraca higiene oral
o Nmero, posio e distribuio de dentes pilares
(Widbom et al, 2004)

o Sexo
o Nmero de coroas telescpicas colocadas,
o Vitalidade dos dentes pilares
o Valores do periotest
(Szentptery et al, 2010)

26
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

ATTACHMENTS

Problemas das prteses removveis


o Esttica deixamos de ter o gancho porque est esondido
o Reteno e estabilidade
o Cries nos dentes pilares - desmistificar isto, lembrar os pacientes que tm que
escovar os ganchos, mas quando temos um dente com uma coroa sendo pilar a
zona passvel de ter crie a linha de terminao.

Introduzidos por Herman Chayes em 1910


o Precision Attachments

Constituidos por 2 partes macho-fmea ( Matrix-Patrix). A


fmea uma cavidade e o macho uma concavidade
e encaixam um no outro. Tanto o macho como a fmea
podem estar na PPR ou na coroa, sendo o mais habitual
a fmea estar na coroa e o macho na PPR.

PRINCPIO
o Funcionam por Frico
o Tm dispositivos retentivos
o Conciliam Prtese fixa e prtese removvel - temos sempre que oramentar prtese
fixa - uma coroa com attachments mais cara que uma coroa normal.

OBJETIVOS
o Reteno
o Estabilidade
o Suporte
o Esttica

Exigem maior rigor na seleo do caso, porque enquanto numa PPR ns se tivermos um
problema de espao interoclusal desgastamos a prtese, aqui no podemos. Tem que
haver um espao mnimo (interoclusal/MD/VL).

CRITRIOS DE SELEO
o Altura interoclusal (dentes extrudos)
o Posicionamento do dente (dente inclinado, fazer um falso couto para o colocarmos
na posio que precisamos)
o Localizao do dente
o Tipo de extremidade livre
o Vitalidade do dente (para fazer um attachment em pacientes jovens devemos fazer
endo intracoronrio, se for num idoso, na maioria das vezes j no necessrio
fazer endo devido diminuio da cmara pulpar)

27
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

REQUISITOS DOS ELEMENTOS DE FIXAO


o A fora de fixao do elemento dever ser de aproximadamente (10N)
o A fora de fixao dever ser para toda a vida igual
o Ausncia de foras horizontais ao remover ou introduzir a estrutura
o Fixao periodontal do dente - depende da perda de insero
o Ausncia de zonas retentivas de placa bacteriana
o De fcil utilizao pelo paciente
o Possibilidade de reparao?

CLASSIFICAO
QUANTO CONSTRUO
o Preciso - Pr-fabricados com maquinaria eletrnica (por vezes so demasiado
grandes par o nosso dente, no so adaptveis) e soldados PPR.
o Semi-preciso - Conexes individualizadas (calcinveis), fundidos no laboratrio
(juntamente com a coroa).

QUANTO LOCALIZAO
o Intracoronrio - quanto mais perto do centro do dente for a fora maior ser a
alavanca.
Vantagem: axializao das foras
Desvantagem: preparo
o Extracoronrio - macho e fmea fora do dente. Preparo igual ao de uma coroa
metalocermica.
Vantagem: Preparo menor
Desvantagem: brao de alavanca e higienizao (acumula-se muita
placa e o paciente tem que usar o escovilho)
o Rgidos no permitem qualquer movimento, a parte fmea est no dente e a parte
macho (Patrix) na PPR. Dentosuportadas classe III e IV
o Articulados ou Resilientes
Ideais para prtese dentomucosuportadas classe I e II

QUANTO AO FUNCIONAMENTO I RGIDOS INTRACORONRIOS


o Preciso (so os mais usados, tambm se usam semi-preciso)
o Axiais (a colocao da prtese sempre axial)
o Podem estar includos na morfologia do dente

QUANTO AO FUNCIONAMENTO I RGIDOS EXTRACORONRIOS


o Podem estar unidos a um elemento fixo, no includos na morfologia.
o Indicados: Classes I e II (muco-suportados);
o Contraindicados: Classes III e IV (dento-suportados).

28
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

QUANTO AO FUNCIONAMENTO I RGIDOS BARRAS


o Barra de Dolder (retangular) usados em PPR no permite movimentos
o Barra de Ackerman (arredondada) permite pequenos movimentos
o As barras:
Melhoram a relao coroa-raz;
Ferulizam os remanescentes.

QUANTO AO FUNCIONAMENTO I ARTICULADOS


o Minimizam os riscos dos movimentos que podem danificar as estruturas de apoio,
permitindo assim: Rotao disto vertical; Rotao vestbulo-lingual e Transladao
vertical
o Tambm chamados de Stress-breaker ou rompe foras
o A movimentao do dente dentro do alvolo cerca de 13 vezes menor que a
fibromucosa.
o Desvantagens:
Risco de insucesso;
Custo elevado;
Higiene difcil.

Dalbo (Classe I) o Permitem movimentos de transladao vertical e


Ceka Dinamico rotao distal vertical
AS.C.52 monolateral
Esfrico de Roach o Permitem pelo menos 3 movimentos:
Rotao distal-vertical;
A.S.C.52 esfrico Rotao vestbulo-lingual;
Transladao vertical
o Possibilidade de manuseamento individual
o O efeito Klick d segurana ao paciente
o Economiza espao na estrutura
o Rgido e resistente
Snap o So os preferidos dos pacientes
o Permite 3 movimentos:
Rotao distal-vertical;
Rotao vestbulo-lingual;
Transladao vertical.

Dalbo: Tem uma molinha que desce e sobe, e como tem uma bola pode fazer
movimentos de rotao.
Ceka Dinamico (Tem uma esfera)
Snap: Tem uma esfera na zona da mucosa ou pode ser colocado a distal do nosso
dente. Tem um teflon (borrachinha) de vrias cores que pode ser trocada.

Nota: Quando temos uma prtese superior e inferior com attachments fazemos rgidos no
maxilar superior e resilientes no inferior.

29
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

SEQUNCIA CLNICA
1. Preparo dentrio respeitando os princpios dos preparos, mas executado de acordo
com as necessidades. Os procedimentos clnicos iniciais so iguais. Attachments
exigem maior rigor na seleo do caso.

2. Impresses - obrigatrio duas impresses


1 Impresso para PF
2 Impresso para PPR
A primeira impresso (PF) deve ser de toda a arcada e no parcial devido
necessidade de colocao em delineador.
Apoios Mucosos Dentes

3. Registo Oclusal
Ceras aluax - rgidos
Elastmeros;
Ceras de articulao (mordida) PPR

4. Modelo de Trabalho Laboratrio


Confeo do modelo e troquel;
Montagem em articulador.

5. Elaborao dos elementos de prtese fixa


Morfologia em concordncia com as superfcies de apoio da PPR.
Princpios de elaborao:
Enceramento obteno do resultado ideal (protsico faz o enceramento e
depois abre uma caixa no dente encerado e coloca o attachment)
Face oclusal: seguir os novos requisitos oclusais;
Sem referncias dentrias:
o Placa de articulao;
o Montagem provisria dos dentes artificiais;
o Confecionar antes prtese antagonista (no permite alteraes).
Forma definitiva dada pelo delineador
Rosetas zonas de reteno;
Com paralelizador cortar a cera, criando paredes verticais, superfcies
guia e apoios.

6. Delineador
Determinar o eixo de insero
Posio definitiva do modelo de trabalho
No elemento fixo os attachments tm que ser sempre colocados paralelos ao
eixo de insero

Um das partes (macho e fmea) ser colocado no padro de cera, como elemento
calcinvel ou se for pr-fabricado h que o soldar pea j fundida.

30
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

7. Fundio
8. Prova clnica - prova de metal - verificamos a adaptao da estrutura em si,
lateralidade, RX (avaliar adaptao mucosa) e ver se h espao que permita
colocar os dentes da PPR. Quando trabalhamos em fixas grandes (canino a canino
por exemplo) difcil inserir sem atrito a prova de dentes, ento cortamos ao meio e
unimos com duralay.
9. Aplicao de cermicas cor, forma e ocluso
10. Nova prova clnica;
11. 2 Impresso para PPR (Alginato/Elastmero) - arrasto
12. Elaborao da PPR conjunta (PF/PPR) prova de metal prova conjunta
13. Prova de estrutura ceras de articulao;
14. Prova de dentes conjunta PF/PPR;
15. Cimentao conjunta da PF e PPR para evitar erros de posio

VANTAGENS
o Requisitos estticos
o Axializao das cargas mastigatrias
o Menor torque lateral
o Ponto de transmisso das foras mais cervical (junto ao osso - junto ao eixo de
rotao do dente)
o Maior proteo incidncia de cries dos dentes pilares

DESVANTAGENS
o Requerem sempre preparos dentrios
o Procedimentos clnicos laboratoriais mais complexos custo
o Desgaste com o uso
o Altura coronrio do dente suporte
o Terapia endodntica (tamanho/inclinao do dente)
o Consertos difceis
o Pr fabricados: difcil adequao do contorno proximal

INDICAES
o Esttica
o Biomecnica
o Dentes com excessiva inclinao
o Prtese fixa extensas

CONTRAINDICAES
o Pacientes com descoordenao motora
o Doentes mentais
o Epilticos
o Doentes sem indicao para prtese fixa
o Custo elevado

31
4-PRTESE
COMBINADA
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PRTESE COMBINADA

A conjugao entre prteses fixas e removveis representa hoje um universo de


possibilidades para reabilitaes em prteses dentomucosuportadas ou dentosuportadas.
Porm, estes trabalhos requerem um grande conhecimento e habilidade dos profissionais
envolvidos. As possibilidades de reabilitaes orais atravs de sistemas de attachments
dependem de muitas variveis, entre outros fatores o nmero e o valor prottico dos
dentes de suporte, a localizao e a posio dos dentes pilares e a altura e angulao
dos preparos.
A prtese combinada ir, ento, combinar elementos fixos que podero ser coroas de
recobrimento total, recobrimento parcial ou intrarradicular com prtese removvel atravs
de uma conexo. Hoje em dia estamos na poca da biomimtica, da medicina dentria
conservadora, tentando-se tirar partido das caractersticas biomimticas das cermicas
(por exemplo, numa coroa anterior, fazer em cermica ou metalocermica? O mais
esttico a cermica aluminosa ou feldsptica; o zircnio no se utiliza porque um
material muito opaco). Muitas vezes necessrio optar por estas prteses combinadas
porque nem sempre o paciente tem possibilidades fsicas e/ou econmicas para a
realizao de implantes.
Quando se diz que a vantagem da prtese combinada esttica, isto s verdade em
relao prtese parcial removvel convencional (porque no tem ganchos). Muitas vezes
a reabilitao do paciente passa por este tipo de prtese. As reabilitaes antigas, em
que os pacientes tem prteses fixas demasiado extensas que necessitam de ser substitudas
e no te condies para implantes, deve-se apostar neste tipo de prtese. Deve-se
caminhar na direo da medicina dentria conservadora.
Deve-se tentar reestruturar a resistncia de dentes pilares. Em dentes pilares inclinados
deve-se tentar que a prtese assente com um eixo nico de insero: antes de mais deve-
se talhar planos-guia atravs do talhe do dente pilar, se o plano guia for muito grande
opta-se ou por reposicionamento ortodntico (hiptese mais conservadora com
preservao das estruturas) ou colocao de uma coroa para corrigir a inclinao.
Ateno que a prtese combinada pode obrigar o desgaste de um dente hgido, pois
um tipo de prtese pouco conservadora.

ATTACHMENT
Um attachment um conector menor, geralmente pr-fabricado e representado por um
dispositivo mecnico, destinado a promover reteno. Ele combina estruturas fixas e
removveis, restabelecendo as principais funes orais: esttica, a mastigao, a fontica,
estabilizao de dentes enfraquecidos e o balanceio muscular e articular no complexo
orofacial. A palavra attachment vem do verbo ingls to attach o que significa acoplar
(conectar por frico macho-fmea (normalmente nos extracoronrios) ou fmea-macho
(intracoronrios)). A denominao encaixe refere-se usualmente ao attachment. Ela
utilizada com muita frequncia e, de forma pouco precisa e ambgua para a designao
de interlock, canaleta ou mesmo fresa.
Numa prtese removvel convenciona a reteno dada pelo brao de reteno, que
suprimido na prtese combinada, sendo que aqui a reteno dada pelo attachment.

32
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Ou seja, o attachment um pequeno conector que oferece reteno (mais esttico


comparativamente aos ganchos). Como no se usam ganchos a propenso a crie
dentria tambm menor, uma vez que que o dente est na sua totalidade coberto pela
prtese fixa (na PPR convencional a lngua no contacta com a superfcie dentria
coberta pelo apoio e a higiene do paciente est dificultada (com os attachments no h
problemas de impactao dentria), levando a maior risco de crie, no entanto, com
uma calibragem de 0,25 para PPR de Cr-Co a presena de cries no pode ser causa da
PPR; no entanto, admitindo que a PPR bem planeada, a prtese pode ter uma ao
negativa sobre os dentes pilares pela aplicao de foras sobre esses dentes).

O attachment em si d reteno e a fresagem d estabilidade.


Estabilidade e reteno dependem da liga que utilizamos, por exemplo as ligas nobres
do reteno mas as no nobres no do.
O attachment causa menos crie que os ganchos porque temos coroas totais.
Vantagem: esttica, comparativamente aos retentores convencionais; menor ndice
de crie quando bem adaptado; menor impactao alimentar.

A realizao de uma fresa lingual, um interlock (localizado entre duas coroas) ou uma
canaleta (realizada nas cristas marginais mesial ou distal dos dentes pilares) estabiliza a
prtese removvel no plano horizontal, evitando movimentos funcionais durante esforos
funcionais normais e, contribui, tambm para melhorar a vida til dos attachments. Para
permitir uma distribuio adequada das foras mastigatrias sobre os dentes-pilar, todos
os tipos de attachments, deveriam ser completados por um brao fresado (o objetivo da
fresagem promover estabilidade, limitando os movimentos laterais). O ombro de uma
coroa fresada, tambm funciona como guia de insero da PPR e tambm pode ser
considerado um encaixe.

Nota: Deve-se acoplar ao attachment intracoronrio ou extracoronrio um brao fresado


as fresagens, as canaletas, interlocks conferem essencialmente estabilidade e o
attachment reteno. No entanto, h situaes em que os primeiros podem conferir
reteno, nomeadamente se forem confecionados em metais nobres, ou seja, a fresagem
s d reteno se se utilizar uma liga nobre.

33
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Alguns autores e diversos tcnicos indicam e utilizam tcnicas de fresagem como


superfcies de frico, promovendo reteno. Neste caso, a dureza de Vickers de
altssima importncia e influi diretamente no ajuste friccional das paredes (liga nobre mais
ajuste friccional). Empregando ligas preciosas, a frico das paredes paralelas permite um
ajuste mecnico, automtico das superfcies entre si.
Isto no ocorre em ligas com alta dureza de Vickers como as de Cr-Co ou Ni-Cr. A dureza
e a posio fixa das molculas destas ligas impedem este ajuste fino.
Apesar da funo principal dos attachments ser retentiva, dependendo do tipo de
mecanismo, os attachments abrangem tambm os outros dois princpios biomecnicos, o
suporte e a estabilidade. De uma maneira geral, para a obteno de uma reteno
adequada, uma reabilitao realizada exclusivamente com ligas no preciosas devia
compor no mnimo um attachment. Em talhes que contm ligas no nobres, as fresagens
so unicamente responsveis por dois princpios biomecnicos fundamentais na PPR: o
suporte e a estabilidade.

CLASSIFICAO DOS ATTACHEMENTS


Existem uma grande variedade de dispositivos retentivos e, como tal, uma grande
diversidade de attachments encontrados no mercado e, deste modo, a escolha do
mecanismo apropriado a uma determinada situao torna-se complexa. O modelo de
attachment escolhido depende da experiencia profissional de cada tcnico ou mdico
dentista envolvido, costume de trabalho, filosofia de planeamento, disponibilidade no
mercado, facilidade de reposio ou substituio, preferncia do paciente e custo.
Combinando todas estas caractersticas e de acordo com a classificao a seguir
exposta, so 36 tipos de attachments imaginveis. Conhecer uma grande variedade de
attachments indispensvel quando se realizam uma grande variedade de trabalhos
conjugados, a fim de poder escolher os mecanismos mais indicados para determinada
situao.

TIPO DE MECANISMO I DEPENDE DO MOVIMENTO QUE O ATTACHMENT PERMITE

- Rgido: o mecanismo rgido permite apenas movimentos de


insero e de remoo de um dos seus componentes. Quando
a prtese removvel se encontra na posio de assentamento
final, o attachment rgido impede todo o tipo de movimentao
entre o macho e a fmea. Neste caso, todas as foras
mastigatrias inseridas sobre os dentes artificiais da prtese
removvel transmitida aos dentes de suporte. O attachment
rgido contribui para a preservao da estrutura ssea dos
rebordos, produzindo uma importante concentrao de torque
sobre os dentes pilares. De uma maneira geral, a realizao de
uma fresa, canaleta ou interlock complementar a qualquer tipo
de attachment torna-o rgido. Em casos de extremidades livres
onde as foras de alavanca transmitidas aos dentes pilares so
maiores, sempre aconselhvel a unio de dois ou mais pilares.
confortvel para os pacientes promovendo uma maior
estabilidade prtese. So normalmente intracoronrios e
transmitem as cargas ao LED.

34
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Quando os dentes tem comprometimento periodontal no


podemos usar elementos rgidos. O mesmo acontece quando
temos selas livres.

- Semirrgido: Alm de permitir mecanismos de insero e


remoo de um dos seus componentes, quando a prtese
removvel se encontra na sua posio de assentamento final o
attachment semirrgido permite um movimento limitado entre o
macho e a fmea. Estes movimentos, geralmente rotacionais,
so limitados mecanicamente pela geometria do attachment,
ou pelo prprio material de um dos seus componentes (por
exemplo, fmeas de um material plstico). Neste caso, apenas
parte das foras mastigatrias exercidas sobre os dentes
artificiais da prtese removvel transmitida aos dentes de
suporte. Um attachment semirrgido apresentasse como um
compromisso interessante de transmisso de foras
mastigatrias entre os pilares e a estrutura ssea dos rebordos.
Devido movimentao limitada entre o macho e a fmea, o
attachment semirrgido menos confortvel para o paciente
comparativamente ao attachment rgido. Transmite cargas ao
LED e fibromucosa.

- Resiliente: alm de permitir movimentos de insero e


remoo de um dos seus componentes, quando uma prtese
removvel se encontra na sua posio de assentamento final, o
attachment resiliente permite liberdade de movimento entre o
macho e a fmea. Geralmente, estes movimentos so limitados
mecanicamente pela altura dos rebordos. Neste caso as foras
mastigatrias exercidas sobre os dentes artificiais da prtese so
transmitidas a quase todo o rebordo, e no aos dentes de
suporte. Um attachment resiliente contribui para a preservao
dos pilares, sacrificando em parte a estrutura ssea, atrofiando
os rebordos e provocando reabsoro das cristas. O emprego
de attachments resilientes, alm de reduzir as capacidades
mastigatrias favorece o risco de que a prtese removvel
belisque mucosas durante a mastigao. Devido liberdade
de movimentao entre o macho e a fmea, o attachment
resiliente menos confortvel para o paciente. Transmite
cargas unicamente fibromucosa (tem mais efeito alavanca).

Nota: Se numa reabilitao se utilizar um attachment semirrgido ou resiliente e se se usar


uma fresa, uma canaleta ou um interlock, o mecanismo de reteno torna-se rgido.

35
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

QUANTO LOCALIZAO I INTRACORONRIOS OU EXTRACORONRIOS

- Intracoronrios: O attachment intracoronrio est localizado


dentro do contorno do dente de suporte. Ele transmite as cargas
mastigatrias de maneira ideal aos dentes de suporte,
axialmente, segundo o seu longo eixo. Em termos de
biomecnica, o attachment intracoronrio tem prioridade de
indicao sobre o attachment extracoronrio. Porm o uso de
attachments intracoronrios implica a realizao de preparos
importantes, permitindo que a coroa clnica do dente possa
receber a fmea do attachment. Em pacientes jovens, com
uma polpa volumosa, o espao disponvel reduzido; isto no
ocorre em pacientes idosos, que apresentam polpas
reabsorvidas. Sem a realizao de desgastes compensadores
este problema pode resultar e sobrecontornos. Na inteno de
libertar espao suficiente para a colocao de um attachment
intracoronrio, frequentemente necessrio realizar
tratamentos endodnticos. Assim, em algumas situaes, a
desvitalizao pulpar e a realizao de ncleos metlicos
fundidos permitem a acomodao correta da fmea dentro do
contorno do dente-pilar. Todos os attachments intracoronrios
so no resilientes (fmea-macho).

- Extracoronrios: o attachment extracoronrio est localizado


fora do contorno do dente de suporte. Apesar da criao de
maior torque sobre os dentes de suporte e ento uma
biomecnica menos conveniente, os attachments
extracoronrios so utilizados com mais frequncia que os
intracoronrios.
recomendvel que um attachment extracoronrio seja
sempre aplicado a uma coroa total, frequentemente
metalocermica. Em casos de extremidades livres onde as
foras de alavanca transmitidas ao dente so maiores,
sempre aconselhvel a unio de dois ou mais pilares com
coroas fixas, pois favorece a distribuio das cargas
mastigatrias. O posicionamento do attachment extracoronrio
a 1 mm da gengiva marginal importante no sentido de
preservar o acesso higienizao e no interferir com a
irrigao sangunea. O desrespeito desta distancia pode tornar
a gengiva marginal hiperplsica, potenciando o incio de uma
doena periodontal. A maior parte dos attachments
extracoronrios so resilientes (macho-fmea).

36
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

QUANTO AO MODO DE CONFEO I PRECISO, SEMI-PRECISO, ARTESANAIS

- Preciso: o attachment de preciso fresado por computador sob jato de leo em


empresas especializadas, com tolerncia dimensional no mximo de 0,01 mm. So
denominados attachments de preciso porque os seus componentes so totalmente pr-
fabricados e soldados, e so empregados no laboratrio sem serem modificados pelo
tcnico.
Existem algumas excees, mas geralmente todos os seus componentes so metlicos.
Apesar de ser mais preciso, e devido ao processo de fabricao, tem a desvantagem de
ser mais caro.

- Semi-preciso: o attachment de semi-preciso composto de, no mnimo, pelo menos


um elemento calcinvel. De facto o macho ou a fmea fundido no laboratrio a partir
de um padro de cera, resina ou plstico. Os procedimentos de incluso e fundio no
laboratrio tornam-no menos preciso. Alm de ter um custo menor, o attachment de semi-
preciso apresenta a vantagem de formar um corpo nico com a coroa fixa, evitando
problemas de compatibilidade entre as ligas. Se as duas partes so fundidas no laboratrio
a partir de elementos calcinveis, o attachment tambm considerado de preciso.
Conexes individualizadas (calcinveis). Formam um corpo nico

- Artesanais: o attachment artesanal totalmente confecionado no laboratrio. Os seus


componentes fabricados artesanalmente, assim como os procedimentos de incluso e
fundio no laboratrio, tornam-no menos preciso.
Trata-se de sistemas, como por exemplo, pinos de frico ativveis. Alguns mecanismos
retentivos, decorrentes da ingenuidade dos tcnicos, no apresentam a reteno
adequada e nenhum recurso de ativao.

QUANTO AO RECURSO DE ATIVAO I ATIVVEIS, NO-ATIVVEIS

- Ativveis: aps um determinado tempo de uso, a maioria dos attachments apresenta


uma reteno parcialmente diminuda ou totalmente perdida. sempre aconselhvel
empregar um sistema oferecendo a possibilidade de ativao. Geralmente, este tipo de
attachment pode ser ativado com uma ferramenta de ativao prpria. Para restaurar
uma reteno diminuda ou perdida, os attachments so ativados com parafusos, fendas,
lminas verticais ou horizontais, ou por afastamento de cilindros.

- No ativveis: os attachments que no oferecem ativao apresentam desvantagem


sobre os sistemas ativveis. Os attachments com componentes de material plstico so
considerados no ativveis, pois no oferecem recurso de ativao. Porm, eles permitem
uma simples troca dos seus componentes, o que tambm representa uma vantagem.
Depois de um determinado tempo no ambiente bucal, os componentes de material
plstico perdem as suas propriedades fsicas e favorecem halitose (porque ficam infiltrados
com bactrias), devendo ser trocados anualmente.

37
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Nota: Geralmente, o material plstico empregue em sistemas de attachments a


poliamida, um polmero derivado do petrleo (poliamida e o nylon so basicamente o
mesmo material). A palavra Nylon vem das iniciais das cidades de New York e Londres
onde pesquisas sobre este material eram desenvolvidas no meio do sculo passado. Em
componentes para attachments encontram-se, tambm o teflon, PVC, baquelite o lustrex.

Diferentes cores, do mais retentivo para o menos retentivo: o encarnado o mais retentivo
e o preto o menos.

CRITRIOS DE SELEO I ANATMICOS

Apesar do tamanho reduzido dos componentes, o volume criado pelos attachments


poderia interferir na ocluso ou esttica, e por isso serem contraindicados. O espao
interarcada determinante na indicao de um attachment. Uma distncia cervico-
oclusal de no mnimo 5 mm deve existir entre a crista e os dentes antagonistas, para no
interferir na ocluso, e assim possibilitar a montagem de dentes artificiais.
De maneira geral, todos os tipos de attachments so contraindicados quando a altura
intermaxilar for menos de 5 mm. Coroas clnicas curtas, com volume pulpar inadequado,
podem representar, tambm, uma contraindicao para a colocao de determinados
tipos de attachments (o attachment fica muito em cima e forma um certo grau de
alavanca).
Qual a soluo em coroas clnicas curtas? Realizao de alongamento coronrio ou
trao ortodntica. Existem dentes que no esto indicados para levar um attachment.
Por exemplo, um incisivo central inferior no tem indicao vestbulo-palatina que permita
levar um attachment (a nica soluo tratamento endodntico, remoo coronria e
fazer um attachment intrarradicular).
Em polpas volumosas necessrio endodonciar o dente para evitar sobrecontornos (que
ir prejudicar a sade periodontal e a esttica do paciente). Importante perceber que em
casos em que os dentes esto e opta pela colocao de um attachment intracoronrio
deve-se fazer o tratamento endodntico do dente ou ento optar por um extracoronrio.
Coroas clinicas curtas (altura mnima de 5mm entre 4 e 6mm, as coroas muito curtas
fazem com que o attachment fique muito em cima e cria alavanca ou impede
acoplar o attachment a distal resolver o problema recorrendo ortodontia,
alongamento coronrio ou contra indicar e no fazer).
Distncia V-P/L (um incisivo no um bom dente para levar attachment, s se fizer
endo e fazer um attachmente intra-radicular)
Dentes vitais
Sobrecontorno (extracoronrio o attachment fica extra contorno dentrio)

38
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CRITRIOS DE SELEO I FISIOLGICOS

A ideia que o doente periodontal s pode utilizar prteses acrlicas est errada (s pode
usar prtese acrlicas aquele doente periodontal que est descontrolado e que tem um
prognstico duvidoso com comprometimento dentrio). Se a periodontite estiver
estabilizada (ainda que os dentes tivessem mobilidade de grau 1) deve-se fazer uma
prtese esqueltica convencional ou uma prtese combinada (uma prtese combinada
que transmite foras ao LED melhor do ponto de vista periodontal que uma prtese
acrlica que transmite foras laterais). Deste modo, pode e deve-se fazer uma prtese
combinadas em doentes com doena periodontal estabilizada. No entanto, necessrio
ter em conta o tipo de attachment a utilizar, pois no se deve usar attachments resilientes
porque geram maior fora de alavanca. Deve-se utilizar um attachment intracoronrio de
modo a que as foras sejam transmitidas ao LED, com posterior unio de vrias coroas para
suportar a carga gerada.
Sade periodontal (podemos fazer prtese combinada se a periodontite estiver
controlada).
Suporte mucoso (se o rebordo residual estiver muito reabsorvido e a mucosa
resiliente o efeito de alavanca vai ser maior, saber tambm o material de impresso
a utilizar - alginato contraindicado em mucosa compressvel).

CRITRIOS DE SELEO I BIOMECNICOS

Distribuio dos pilares


Intracoronrios
LED

CRITRIOS DE SELEO I PESSOAIS

A presena de problemas motores um fator a considerar, pois vai condicionar a


higienizao da prtese combinada (optar por um resiliente em detrimento de um rgido),
bem como da insero e desinsero da mesma por dfice de destreza manual. U
attachment rgido requer alguma destreza manual, portanto deve-se optar por um
attachment resiliente.
Destreza (problemas motores, um attachment rgido difcil de desinserir)
Resiliente (pode acontecer por falta de destreza usar-se um resiliente quando
estava indicado um rgido)
Higiene
Custo

CRITRIOS DE SELEO I PESSOAIS

Custo
Prtese provisria
Destreza do tcnico (saber trabalhar com prtese combinada e ajudar-nos na
escolha do attachment)

39
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

POSICIONAMENTO

O posicionamento do attachment na coroa fixa


diretamente relacionado ao tipo de alavanca que ser
criado. Assim, quando maior a projeo extracoronrio
do attachment, maior o torque sobre os dentes de
suporte.
Os attachments devem ser posicionados observando o
paralelismo absoluto entre si, com ajuda de um
delineador ou de uma fresadora. O posicionamento do
attachment, a 1 mm da gengiva marginal, importante
no sentido de preservar o acesso higienizao e no
interferir com a irrigao sangunea.

Equilibrar bilateralmente
Mecanismo similar de forma a evitar um movimento rotativo na desinsero (se tiver
um attachment rgido de um lado e um resiliente do outro no vou retirar em
simultneo pelo eixo de insero, vai tirar de um lado e fazer rotao do outro e vai
infringir foras prejudiciais aos dentes pilares, deve ser usado mecanismo
semelhante de um lado e do outro).
Eixo de insero
Devemos fazer sempre provisria, tanto da fixa como da removvel (preservar o
espao para evitar mesializaes e distoverses e extruses) importante: incluir
no oramento (vai encarecer).

Nota: quanto mais para cervical menor o efeito de alavanca, ou seja, devemos ir o mais
para cervical possvel respeitando, a 1 mm da gengiva marginal, para evitar inflamao
gengival. Os attachments extracoronrios, alm de produzirem mais torque, tambm
dificultam mais a higienizao.

Para equilibrar a reteno entre as hemiarcadas, a indicao de um attachment


geralmente bilateral. Numa situao topogrfica similar ou distinta, em ambos os lados do
arco, prefervel a indicao de um mesmo attachment, ou pelo menos com um
mecanismo similar. Durante a insero ou remoo, uma prtese removvel deve seguir
um s eixo de insero. Se o mecanismo do attachment for distinto de cada lado do arco,
o paciente poder adquirir o hbito de remover a sua prtese, deslocando-a primeiro lado
menos retentivo. Isto resulta num movimento rotacional da prtese removvel, impedindo
o acompanhamento do eixo de insero durante a sua remoo (se existir um attachment
rgido de um lado e um resiliente do outro, a prtese vai fazer movimentos de rotao no
acto da desinsero). Os dentes de suporte presentes no lado j liberto podem sofrer um
torque que pode ser relativamente importante, dependente dos tipos de fresas ou
attachments presentes.

Para fazer impresso de arrasto aos elementos fixos antes de correr a gesso vaselina-
se e coloca-se duralay e s depois que se vasa a gesso.
A impresso de arrasto deve ser feita antes da aplicao de cermica.

40
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Em mucosas muito friveis (flcidas) no se deve fazer prtese combinada


No se colocam attachments em IL porque no tem dimetro V-L suficiente para tal
Coroas clinicas com menos de 5 mm esto contraindicadas para colocar
attachments.

Nota: obrigatrio a provisria da removvel. A prtese acrlica vai permitir a preservao


do espao, evitando movimentaes dentrias (importantssimo quando se trabalha
com attachments, especialmente os rgidos).

IMPRESSO DE ARRASTO

Na prtese combinada, faz-se primeiro a parte fixa e s depois a removvel. Depois de a


reabilitao fixa estar terminada faz-se uma impresso de arrasto e, posteriormente, prova
de estrutura metlica adaptada prtese fixa. Como se faz a impresso de arrasto? Com
alginato, polissulfeto ou politer. Como se vaza a impresso? As coroas devem ser vazadas
com duralay. Mas ainda existe outra maneira de fazer: pode pegar-se nos torquis e vazar
novamente com gesso. O gesso utilizado do tipo IV, que tem de ser vazado em
laboratrio porque vazado em vcuo, e permite a insero e desinsero do esqueleto
sem desgaste.
Aconselha-se a utilizao de vaselina no interior das coifas metlicas para garantir o
correto posicionamento das mesmas aquando da confeo do arrasto.
No ser vivel a duplicao do modelo de trabalho aquando da transio da parte fixa
para a parte removvel, pela justeza de adaptao que no seria a mesma.

Impresses de arrasto, depois duralay nas coifas (infraestrutura) das fixas com algo que
permita reteno mecnica, depois correr a gesso. Ou depois da impresso, usar os
troqueis e adaptar em vez de usar no duralay, reposicionar os cotos de torquel e depois
vazar a gesso tipo IV para no haver desgastes em casos de esqueltica, no caso de vazar
uma impresso definitiva de prtese acrlica deve ser feita com gesso tipo III est
contraindicado o gesso tipo IV porque na desmuflagem fratura facilmente a prtese
acrlica)

PLANEAMENTO

Iniciar planeamentos pelas solues simples permite os profissionais da medicina dentria


resolver problemas e no cri-los. Melhorar a qualidade de vida dos pacientes deve ser
considerado em qualquer circunstncia como uma obrigao moral e social. O aspeto
psicolgico numa reabilitao oral importante. O tratamento deve ser adequado, e o
paciente compreendido como um todo e no apenas limitado cavidade oral. A
confeo de uma prtese combinada no deve ser encarada como uma linha de
produo na qual todos os casos so semelhantes (uma atitude destas resulta na queda
da qualidade do trabalho). Pelo contrrio, cada caso deve ser planeado e realizado de
maneira especial, individual, para que a prtese se adapte ao paciente e no o paciente
a ela.
Nas prteses dentosuportadas procura-se uma reabilitao com prtese combinada
rgida. Nas dentomucosuportadas procura-se uma reabilitao mais resiliente.

41
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Deve ter-se sempre como princpio a necessidade de transmisso foras ao LED e, de


modo a evitar o brao de alavanca, pode ser necessrio unir vrios elementos.
Dentosuportadas - procurar reabilitao com prtese combinada rgida
Dentomucosuportadas - prtese combinada (reabilitao mais resiliente)

CLASSE I
Os attachments no caso de selas livres so sempre
colocados na fase distal e podem ser intra ou
extracoronrios. Usam-se mais os extracoronrios porque a
maioria so resilientes ativveis. Por exemplo, se existir um
bom suporte periodontal, mas uma fibromucosa muito
deformvel presso, no convm utilizar um attachment
rgido, porque se vai transmitir muita carga ao dente
ficando rgido e a fibromucosa fica resiliente, aumentado o
efeito de alavanca.
Neste caso, deve-se utilizar attachments extracoronrios com alguma resilincia.
Ainda assim, deve-se unir mais de um dente pilar. A unio dos dentes pilares tambm
depende das reas radiculares. Como mnimo deve unir-se 2 pilares. O nmero de dentes
a unir depende dos dentes (se se unir dois pr-molares suficiente, mas se for s um canino
e lateral insuficiente devendo estender-se a frula a mais dentes) e da resilincia da
fibromucosa.

H quem defenda a utilizao de attachments rgidos na arcada de attachments mais


resilientes na arcada inferior.

Na tentativa de contrariar a fora da gravidade, deve tentar dar-se alguma rigidez na


arcada superior e, deste modo, pode utilizar-se ou attachments rgidos ou resilientes
combinados com fresagens. O attachment resiliente cede ligeiramente fora da
gravidade.
Em classes I e II deve-se sempre posicionar o attachment superior paralelo linha mdia;
o inferior deve estar paralelo bissetriz da linha mdia e da crista ssea.

Attachments intra ou extra coronrios (preferencialmente extracoronrios)


Mnimo de dois pilares distais
Situao periodontal

Mnimo 2 pilares distais (normalmente dois pr-molares no h problema, mas depende


da resilincia da fibromucosa). Os attachment, no caso de sela livres so sempre
colocados na face distal.
Arcada superior Attachments rgidos (h quem defenda esta opo, para
contrariar a fora da gravidade mesmo em classes I) (ao utilizar atachments
resilientes deve-se utilizar fresagem, procurando tornar um pouco mais rgido de
modo a obter mais reteno e estabilidade, s com ligas nobre conseguimos ter
resistncia com fresagem)
Arcada inferior Attachments resilientes

42
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Posicionamento (Do attachment) nas classes I e II


o Arcada superior - Paralelo linha mdia
o Arcada inferior - Orientado para a Bissectriz do ngulo formado pela linha mdia
com a linha crista ssea (ou do rebordo alveolar)

Nota:
- Em termos de comprimento estudos demonstram
que um elemento ideal de suporte para attachment
tem como proporo coroa - raiz 1:2.
- Para reduzir os braos de alavanca presentes num
arco, necessrio unir vrios elementos entre si.
- Em casos de dentes mais frgeis como os anteriores,
necessria a unio dos suportes at formar um
polgono.

CLASSE II
O attachment sempre na face distal. Numa situao periodontal favorvel deve utilizar-se
attachments extracoronrios semi-rgidos no lado desdentado, com bloqueio transversal
no lado contralateral. Numa situao periodontal menos favorvel deve utilizar-se
attachments extracoronrios resilientes no lado desdentado, com bloqueio transversal no
lado contralateral (com fresagens, interlocks, canaletas se os dentes contra-laterais
estiverem hgidos usa-se o gancho germinado). Quando a proporo coroa-raiz no
favorvel deve sempre ferulizar-se mais pilares.
Situao periodontal favorvel (proporo de rea periodontal 1 coroa para 2 de
raiz)
o Attachmentes extracoronrios (menos resilientes - semi-rgidos para
equilibrar) no lado desdentado
o Bloqueio transversal no lado contralateral
Situao periodontal menos favorvel
o Attachments extracoronrios resilientes no lado desdentado
o Bloqueio transversal no lado contralateral (bloqueio das foras transversais
utilizando fresagem, interlocks ou canaletas, se os dentes estiverem hgidos
pode fazer-se convencional usando geminado)

CLASSE III
Utiliza-se attachments rgidos intracoronrios. Se existirem vrias modificaes na classe III,
com a utilizao de attachments rgidos difcil o encaixe com preciso da prtese
combinada e com apenas um eixo de insero (no mximo dois attachments rgidos, ou
seja, evitar uma distribuio excessiva de attachments rgidos). Quando h uma classe III
com muitas modificaes o adequado fazer prtese fixa e no combinada.
Normalmente, coloca-se dois rgidos e dos lados dentados para dar rigidez colocar um
germinado ou um interlock.

43
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Attachments intracoronrios
Attachments rgidos

Se houverem muitas modificaes, como a preciso de encaixe de um attachment rgido


tal difcil conseguir um eixo de insero com tanta preciso utilizar difcil executar
tecnicamente vrios attachments rgidos (3 ou 4) difcil depois a insero em boca, no
caso de muitas modificaes a indicao prtese fixa. Deve-se utilizar 2 rgidos e fazer
fresagem (ambos so rgidos)

Nota:
o No confundir resilincia com reteno. Um attachment pode ser resiliente e ter a
mesma reteno que um rgido.
o A conexo rgida no permite qualquer tipo de movimentos tem uma adaptao
de tal modo que no permite movimentos. A fresagem torna a reabilitao mais
rgida. A fresagem quando isolada permite alguns movimentos, nomeadamente o
vertical totalmente permitido, o transversal limitado com a fresagem. Ou seja, se
se associar um attachment resiliente com uma fresagem/interlock/canaleta torna-
se automaticamente o sistema de conexo mais rgido porque h alguma limitao
de movimentos.
o Nunca se utiliza attachments extracoronrios de um lado e intracoronrios do outro.
o Pode-se combinar um gancho intracoronrio com um gancho, unicamente por
uma questo de conservadorismo.

Em casos de classe III com muitas modificaes, o eixo de insero um problema -


podem ento ser utilizados atachments semirrgidos ou atachments com menor preciso.

CLASSE IV
Nunca se colocam attachments a mesial (por uma questo esttica e porque formao
de mais movimentos).
Neste tipo de situao, faz-se attachments intrarradiculares depois de cortar a coroa
clnica (combinado com interlocks, canaletas ou fresagens), porque os dentes anteriores
no tem distncia vestbulo-palatina pra levarem attachments intracoronrios. Quando se
fazem attachments intrarradiculares necessrio espao para a colocao do encaixe
da PPR e da coroa.

44
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Coroas nas unidades posteriores


Esqueltica conectada s mesmas com interlocks
Os attachments no esto indicados a mesial por causa da: esttica, volume da raiz e dos
movimentos que tm se de estabilizar depois atrs (desenho da prpria estrutura). Os
incisivos no tm distncia vestbulo-palatina suficiente para fazer attachment
extracoronrio, tem-se de fazer intra-radicular.

RESUMO
A prtese Combinada ou mista vem resolver a maioria dos problemas apresentados
pela prtese esqueltica.
Combinada ou mista (combina elementos fixos com elementos removveis)
Dento-muco suportada ou dento suportada
Elementos fixos
o Recobrimento total
o Recobrimento parcial
o Intrarradicular
Elemento removvel
Conexo
o Retentores/ganchos
o Attachments (pequeno retentor que ir ajudar na reteno do elemento
removvel)
o Elementos telescpicos

DESTRUIO DE PILARES
Pilares inclinados - temos de procurar reabilitar sobre um plano de insero nico, fazer
plano guia, se for muito grande talhar plano guia para encontrar um nico plano de
insero, outra opo recorrer ortodontia fazendo extruso ou colocar uma coroa
para corrigir a inclinao existente faz-se em muito poucas situaes de casos de prtese
combinada (talhar dentes hgidos para fazer uma coroa de recobrimento total pouco
conservador).

CONSTITUINTES I CRITRIOS DE SELEO


Gancho
Brao de reteno ( suprimido na reabilitao combinada se for substitudo por
attachment)
Brao de oposio ( suprimido na combinada)
Apoio ( suprimido na combinada)

Attachment
Frico (reteno por frico macho-fmea ou fmea-macho, nos intra coronrios
normalmente temos a fmea onde encaixa o macho nos extra coronrios muitas
vezes temos os machos na parte fixa e a fmea vai encaixar na parte removvel)
Macho-fmea

45
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Canaletas: localizadas nas cristas marginais mesiais ou distais.


Interlock: canaletas localizadas entre duas coroas.
Fresagem/ombro: Estabiliza a prtese removvel no plano horizontal. Atua como
guia de insero e suporte para PPR. Promove estabilizao - movimentos laterais.

Canaletas e Interlock do essencialmente estabilidade mas tambm do reteno.


O attachment d reteno e a fresagem d estabilidade, a estabilidade evita os
movimentos laterais, neste caso as foras horizontais, de modo a distribuir na melhor forma
as cargas mastigatrias aos dentes pilares).

CRITRIOS DE SELEO I ESPAO


Ocluso
Esttica
5mm (para conseguirmos reabilitar com attachment sem interferir com a ocluso e
esttica, no uma contraindicao absoluta, mas pode ser relativa obrigando-
nos a fazer um attachment extracoronrio)
Contraindicao - coroas clinicas curtas
o Talhar um dente hgido no est contraindicado, mas hoje em dia no
admissvel.
Respeitar o posicionamento do Attachment relativamente coroa (quanto mais
para cervical menos produz foras de alavanca, por isso deve estar o mais cervical
possvel, respeitando 1mm de liberdade para evitar a inflamao gengival e permitir
a higienizao).

OBJETIVOS
Reteno
Estabilidade
Suporte
Esttica

MATERIAIS
Liga no nobre
Suporte
Estabilidade

Liga nobre
Suporte
Estabilidade
Reteno

Dependente da Dureza de Vickers do material podemos ter um maior ajuste friccional. A


fresagem s d reteno se feita em liga nobre.

46
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

REQUISITOS DOS ELEMENTOS DE FIXAO


A fora de fixao do elemento dever ser de aproximadamente 10 N
A fora de fixao dever ser para toda a vida igual
Ausncia de foras horizontais ao remover ou introduzir a estrutura
Fixao periodontal do dente
Ausncia de zonas retentivas de placa bacteriana
De fcil utilizao pelo paciente
Unio de vrios elementos para reduzir o brao de alavanca

VANTAGENS
o Requisitos estticos
o Axializao das cargas mastigatrias;
o Menor torque lateral;
o Ponto de transmisso das foras mais cervical;
o Maior Proteco incidncia de crie nos dentes pilares.

DESVANTAGENS
o Requerem sempre preparos dentrios;
o Procedimentos clnicos e laboratoriais mais complexos custo;
o Desgaste com o uso;
o Altura coronria do dente de suporte;
o Terapia endodntica (Tamanho/ inclinao do dente);
o Consertos difceis;
o Pr-fabricados: difcil adequao do contorno proximal.

INDICAES
o Esttica
o Biomecnica
o Dentes com excessiva inclinao
o Prteses fixas extensas

CONTRAINDICAES
o Pacientes com descoordenao motora;
o Doentes mentais;
o Doentes sem indicao para Prtese fixa
o Custo elevado

47
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

SEQUNCIA CLNICA

Preparo dentrio respeitando os princpios


dos preparos, mas executado de acordo
com as necessidades;

Os procedimentos clnicos iniciais so iguais. Attachments exigem maior rigor na


seleco do caso.
A impreso no deve ser nica:
o 1 impresso para Prtese Fixa
o 2 impresso para P.P.R.
o A primeira impresso (P.F.), deve ser de toda a arcada
e no parcial devido necessidade de colocao de
delineador.
Confeo de modelos em torquis
Montagem em articulador
Delineador
o Determinar o eixo de insero;
o Posio definitiva do modelo de trabalho.
o No elemento fixo os attachments tm que ser sempre
colocados paralelos ao eixo de insero.
o Uma das peas (macho e fmea) ser colocada no
padro de cera como elemento calcinvel.
o Ou, se for pr-fabricado h que o soldar a peca j
fundida.
Prova de infraestrutura quando temos um erro ou bscula
devemos seccionar, unir com duralay e fazer nova impresso.
2 Impresso (Prtese Removvel) alginato (mucosas, menor
presso)
Ceras de articulao
Prova de dentes
PF e PPR | Cimentao conjunta de coroas (para evitar erros
de posio)

48
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Classe I

Extracoronrio
Resiliente
Ativvel

Classe II

Extracoronrio
Resiliente
Semi-preciso

49
5-IMPLANTES
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PRTESE SOBRE IMPLANTES

O que a Implantologia? Implantologia uma disciplina restauradora com uma


componente cirrgica composta por duas partes. Uma cirrgica (cirurgia) e outra
prottica (reabilitao com prtese, coroa, etc.).

IMPLANTOLOGIA MODERNA
o Os implantes como os conhecemos nos dias de hoje foram desenvolvidos nos anos
50 pelo cirurgio Ortopedista e investigador Sueco, Dr. Per-Ingvar Branemark.
Branemark realizou experincias com ces. Extraiu os dentes posteriores, permitiu a
cicatrizao e depois colocou implantes de titnio de 4.0x10mm. Estes implantes
permaneceram sem carga por 3 a 5 meses, sendo fabricadas reconstrues
protsicas. Esta experincia determinou que a osteointegrao e a estabilidade das
pontes podem ser estabelecidas nos ces por um perodo de 10 anos, sem
apresentar reaes adversas.

OSTEOINTEGRAO
o contacto direto livre de tecido conectivo intermdio, entre um implante submetido a
cargas e um osso histologicamente normal.

DEFINIO DE IMPLANTE DENTRIO


O dicionrio americano de termos prostodnticos define
implante como um mecanismo prottico implantado nos
tecidos orais debaixo da mucosa, no peristeo, e no osso,
para proporcionar reteno e suporte a prteses fixas ou
removveis;
ou
Mecanismo prottico constitudo de materiais
aloplsticos, implantado nos tecidos orais debaixo da
mucosa e/ou peristeo e/ou no osso, para proporcionar
reteno e suporte a prteses fixas ou removveis.

TIPOS DE IMPLANTES
A. SUBPERISTEOS Estrutura metlica colocada debaixo do peristeo

50
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

B. MUCOSOS (Muchor Mucosal anchorage system)

C. TRANSSSEOS

D. ENDSSEOS

51
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

FORMA DO IMPLANTE

NOMENCLATURA

1. CONEXES
Interna: o encaixe entre implante e pea prottica feito dentro do implante.
Ex.: Hexgono interno, Trilobe Cone Morse

Trilobe

52
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Externa: o encaixe entre implante e pea prottica feita fora do implante.


Ex.: Hexgono externo.

2. TAMPA DE COBERTURA
Parafuso colocado na Primeira Cirurgia. S
retirado aps o perodo de osteointegrao.

3. PARAFUSO DE CICATRIZAO
Parafuso colocado na segunda cirurgia. Tem
vrios dimetros e alturas de forma a acomodar o tecido gengival que o envolve.

53
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

4. PILAR DE IMPRESSO
So as peas que transferem corretamente o posicionamento do
implante.
o Reposio (ou de moldeira fechada)
o Arrasto (ou de moldeira aberta)

5. ANLOGO
Rplica do implante no modelo de trabalho. D-nos:
Eixo do implante
A inclinao do implante
Rotao da conexo

6. PARAFUSOS
Hexagonais ou Quadrados
Utilizados para fixao dos componentes protticos e Reabilitao Fixa Final

7. CHAVES PROTTICAS
Digital Hexagonal (Dimetro de 0,45 mm a 1,2 mm)
Catraca Hexagonal (Dimetro de 0,45 mm ou 1,2 mm)
Catraca Quadrada
Catraca
o Controla a fora com que os parafusos so apertados (Torque/Binrio)
UCLA (Pilar)
o Metlicas indicadas para a confeo de provisrias
o Plsticas (calcinveis) - Totalmente plsticas ou plsticas com fundo em cromo-
cobalto. Indicadas para confeo de estrutura metlica aps enceramento e
fundio em laboratrio.
o Cermicos
o UCLA no rotacional Indicada em reabilitaes unitrias
o UCLA rotacional Indicada em Reabilitaes mais extensas Pontes - Ajuste passivo
Pilares pr-fabricados
o Retentores para Prteses Removveis
o Multi-unit angulado Correo de Inclinaes, Prtese Aparafusada
o Pilar pr-fabricado em Titnio ou Cermica. Permite talhe em boca para posterior
impresso
Pilares em Zircnio
o Esttica

54
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

FATORES DE RISCO EM IMPLANTOLOGIA


No h contraindicaes absolutas colocao de implantes.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PERSTASES E EXPECTATIVAS

CAUSA DAS PERDAS DENTRIAS

AVALIAO CLNICA
1. HC/Anamnese
2. Exame extra-oral (linha do sorriso, gengiva, papilas, espessura da gengiva
queratinizada, papilas dos dentes adjacentes, etc.)
3. Exame intra-oral (abertura da boca, ideal 45mm = 3 dedos; 2 dedos de abertura no
permitem trabalhar em zonas posteriores; abertura ideal 35mm; higiene oral ainda
que no seja relevante para reabilitao com implantes, contudo temos que ter em
ateno as causas das perdas dentrias).
4. Consideraes anatmicas (distncia MD cujos limites devem ser respeitados de
forma a evitar problemas protticos; coroas quadradas originam problemas
gengivais; distncia MD da crista ao dente antagonista deve ser de 7mm; forma dos
dentes/forma do contacto. H implantes com vrios tamanhos, quer no dimetro,
quer no comprimento
Distncia Mesio-Distal
Do implante para cada adjacente deve haver 1,5mm para cada lado
1,5mm o espao mnimo para no haver interferncia entre o implante e o
dente adjacente
4mm + 1,5mm + 1,5mm = 7mm
No respeitar este limite leva a problemas protticos graves
Quando no planeamos bem e o espao no o adequado temos de
recorrer a coroas quadradas devido ao perfil de emergncia estabelecido
pelo implante
Problemas gengivais papila (depende do sorriso)

56
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Esta regra tambm vlida na relao entre dois implantes (3 mm entre os 2


implantes).
Ideal: 7mm 15mm 21 mm
Distncia Vestbulo-Lingual
1,5mm para cada lado

5. Consideraes funcionais/estticas (fatores de risco dentrio)


Forma dos Dentes / Forma do Contacto
o + Triangulares/ponto
o Entre o triangular e o quadrado
o + Quadrados/superficial

Posio do contacto interdentrio crista ssea


o Ideal <5mm desde a crista ssea at ao contacto
interdentrio.
o Quanto maior a distncia mais difcil obter Papila.

6. Meios complementares de diagnstico (ortopantomografia digital, TAC)

57
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PLANEAMENTO

Pensar na Prtese
o Como? Planeamento Reverso
o Enceramento diagnstico + Guias (Essenciais ao Plano de Tratamento -
Relao Intermaxilar Osso residual Formato dos dentes remanescentes
Ajudam o mdico dentista a ter menos surpresas)
o Criao de guias cirrgicas

CIRURGIA
o Guias cortadas com face vestibular a delimitar a zona de colocao do
implante
o Qualidade do osso
Tipo 1 Zona mandibular anterior. Osso menos vascularizado (onde se
perde mais implantes por excesso de carga, mais densa)
Tipo 2 Zona mandibular mais posterior (mais trabeculado e com mais
irrigao)
Tipo 3 Zona maxilar anterior
Tipo 4 Zona maxilar posterior (muito tecido adiposo)

SEQUNCIA DE TRATAMENTO

OPES PROTTICAS
o Aparafusada: Implante + estrutura que representa coroa completa aparafusada
atravs de acesso
Indicaes
Substituio de peas nicas ou mltiplas com coroa(s) ou ponte(s)
Espao interoclusal limitado (mnimo de 3,5mm)
Remoo previsvel da restaurao
Contraindicaes
Possvel dificuldade para responder aos requisitos estticos do
paciente
Desalinhamento severo dos implantes

58
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Vantagens
Remoo mais previsvel da restaurao
Melhor reteno da restaurao com espao interoclusal limitado
Desvantagens
mais difcil obter ajuste passivo da estrutura metlica
O orifcio de acesso pode criar uma zona de fragilidade da porcelana

o Cimentada: implante + pilar aparafusado + coroa cimentada sobre o pilar


Indicaes
Grande variedade de solues coroas e pontes
Melhor esttica para o paciente
Similar aos procedimentos convencionais de reabilitao sobre dentes
Pelo menos 4 a 5 mm de espao interoclusal
Contraindicaes
Menos de 4mm de espao interoclusal
Remoo da restaurao para manuteno de rotina
Vantagens
Em geral mais econmica
No existem orifcios de acesso (maior esttica)
Procedimentos mais convencionais
Mais fcil obter ajuste passivo
Desvantagens
Necessria uma altura interoclusal mnima de 4-5 mm
No possvel retirar as restauraes (depende)

TCNICAS DE IMPRESSO
o Direta ao pilar/implante 1 Tcnica utilizada em Implantologia
o Reposio moldeira fechada
o Arrasto moldeira aberta
o o negativo
o Permite obter a reproduo correta das estruturas
o Realizadas com elastmeros (silicone de adio, condensao)
o Dentes
Dupla impresso
Dupla mistura IMPLANTES
Muco-estticas
Muco-dinmicas
o Implantes
Quanto localizao
Implante
Pilar

59
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Quanto moldeira
Fechada
o Pilar de impresso curto (outros: snap on, snappy)
o Simples
o Moldeira individual
o Impresso precisa (?)
o Tem que se reposicionar o pilar na impresso
o Pode rasgar

1. Remoo do pilar de cicatrizao


2. Colocao do pilar de impresso/transferncia
3. Faz-se a impresso como se fosse um dente (coloca-se pilar de plstico que vai
ficar na impresso)
4. Remoo da impresso da boca (colocar cicatrizao)
5. Montar o anlogo no pilar de impresso
6. Reposiciona o pilar de impresso com anlogo na impresso

Aberta (ferulizado; no ferulizado)


o Precisa
o Sem movimento do pilar
o Ferulizao (?)
o Material no se rasga
o Mais difcil

1. Remoo do pilar de cicatrizao


2. Colocao do pilar de impresso/transferncia

MATERIAL DE IMPRESSO
o Elastmeros (Silicones de adio e os politeres so os materiais de eleio)
Silicones de Adio
- Putty + light
- Monofsicos (consistncia mole/soft)
Politer
- Consistncia mole/soft
- Tempo de trabalho curto!
o Registo implante (dimetro)
o Pilares de impresso (esterilizados)
o Moldeira universal/plstico/individual
o Chave longa e curva do sistema (esterilizadas)
o Seringa com clorohexidina
o Anlogo

CIMENTAO
o Cimento definitivo.
o Cimento provisrio base de xido de zinco.

60
6-SOBREDENTADURAS
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

SOBREDENTADURAS

Porque as pessoas perdem dentes?

DEFINIO
uma prtese total ou parcial removvel que pode ser retida por dentes ou implantes e
pelos tecidos mucosos nos quais ela assenta. Os dentes ou implantes podem ou no servir
de elementos retentivos.
A sobredentadura atua de forma semelhante prtese total convencional, cujo suporte
predominantemente mucoso, mas a reteno e estabilidade so amplamente
melhoradas atravs da fixao aos dentes, razes e implantes, apresentando-se como uma
prtese mucosuportada e dentes/raz/implanto retidas.
A ausncia de dentes significa que apenas temos a superfcie da mucosa para suportar a
prtese.

ANATOMIA
Grau 1 mandibula alta, redonda, pequena
atrofia do rebordo alveolar e pequena
reduo da altura.
Grau 2 lmina de faca, atrofia no sentido
vestbulo-lingual.
Mandibula tem uma pequena reduo da
altura. No favorvel colocao de
implantes.

61
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Grau 3 - baixa, redonda. Grande atrofia com reduo da altura muito significativa.
Possibilidade de colocar implantes, mas muito difcil.
Grau 4 deprimida. Total atrofia do rebordo em todas as dimenses. quase
impossvel de colocar implantes.

PRINCPIOS BIOMECNICOS EM PRTESE


o Reteno foras verticais contra a remoo
o Estabilidade plano horizontal
o Suporte plano vertical, transmisso de foras

ENQUADRAMENTO HISTRICO
o Sculo IV e V AC, PPR com dentes naturais e esculpidos em marfim e retidos com
fios de ouro
o Sculos XIX patente das coroas telescpicas 1873 por JB Beers. Barras 1950

PORQU QUE SE DEVE USAR


o Prevenir a reabsoro do rebordo alveolar
o Restaurar o volume dos tecidos perdidos e contorno facial
o Aumento da reteno, estabilidade e foras oclusais
o Diminuio da mobilidade dentria
o Melhoria da mastigao/dieta/nutrio
o Manter feedback sensitivo

PRTESE TOTAL VS SOBREDENTADURAS


Eficcia da mastigao:
Dentio natural 90%
Prtese total 59%
Sobredentaduras 79%

INDICAES DAS SOBREDENTAURAS


o Doena periodontal tratada
o Poucos dentes remanescentes, distribudos
o Rcio coroa/raz
o Espao vertical alto entre as arcadas
o Eixo de insero favorvel
o Reteno
o Mucosuportadas
o Evitar sndrome de combinao

CONTRAINDICAES DE SOBREDENTADURAS
o Doente no cooperante
o M higiene oral
o Distrbios psicolgicos
o Uso exclusivo da regio posterior
o Preo
o Densidade ssea
o Incidncia de foras oclusais aumentadas

62
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

VANTAGENS
o Estabilidade anteroposterior e lateral
o Manuteno da altura ssea em redor dos dentes por preservao das razes
estimulao tensional do LPO
o Diminuio dos padres de reabsoro ssea alveolar e de queixas ps-extrativas
o Gentil para os tecidos, menor trauma (menos extraes)
o Melhoria da fontica
o Mantm a propriocepo
o Ainda tenho dentes vantagem psicolgica. Caso os dentes sejam perdidos no
futuro, a transio para uma prtese total feita de maneira gradual

DESVANTAGENS
o Consideraes estticas/funcionais (maior volume)
o Maior/melhor higiene oral
o Endodontia prvia
o Necessrio mais espao interoclusal e interarcadas
o Preo (endodontia, perio, attachments)

FACTORES PARA UM PROGNSTICO RESERVADO


o Expectativas dos doentes irrealistas
o Comunicao com o doente deficiente
o Doente no colaborante
o Falha do tratamento periodontal/endodntico
o Dentes pilares no ideais

CLASSIFICAO
o Temporizao
Imediatas similares s prteses imediatas
Transio acrescento/adaptao de uma prtese j existente
Definitivas
o Reteno
Ativas attachments
Passivas coronoplastia, suporte vertical. Econmicas
o Tipo de estrutura
Sobre dentes telescpicos; sem talhes; attachments; barras
Sobre razes prtese total sobre razes
Sobre implantes attachments; barras.

63
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

SELECO DE DENTES PILARES

1. DISTRIBUIO E NMERO
o Mnimo de 1 dente por quadrante;
o Tripodismo (idealmente);
o Preferencialmente dentes no adjacentes-mais fceis de higienizar e de manter;
o Caninos e pr-molares so preferenciais;
o Manter os dentes ntero-superiores caso existam oponentes-evitar a destruio do
rebordo;
o Talhar os dentes para espigo fundido-eliminar retenes e altura oclusal

2. AVALIAO PERIODONTAL
o Mobilidade reduzida sem bolsas - 1 a 1,5 fazer endodontia mais coroa, mantm o
osso
o Mnimo de 6mm de suporte sseo
o Gengiva aderida presente
o Boa higiene orla
o Perfil de emergncia adequado para suportar a gengiva marginal
o Caso haja mobilidade, a coronoplastia ir ajudar a minimiza-la.

3. AVALIAO ENDODNTICA
o Monorradiculares mais fcies de tratar
o Recesso pulpar
o Necessidade de realizar tratamento endodntico?
o Favorece o rcio coroa/raz o que favorece o espao interoclusal
o Permite a colocao de attachments
o No se deve realizar em casos de fraturas verticais, reabsores ou fraturas de
instrumentos
o Aguardar 2-4 semanas antes de prosseguir o PTx

64
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

4. CRIES/RESTAURAES ANTIGAS
o Ausncia de cries e de fatores propensos a cries
o Consultas de controlo frequentes
o Uso de elixires com flor
o Escovas eltricas com ultrassons. S so necessrias quando no existe boa higiene.
No existe diferena entre escova manual ou eltrica, mas existe diferena testada
entre escova eltrica com e sem ultrassons.

PREPARAO DENTES PILARES


RCIO COROA/RAIZ
o Impresses Preliminares
o Reduo/talhe da coroa (com/sem tratamento
endodntico/periodontal prvio)
o Impresso definitiva em alginato, ceras
o Prova de dentes
o Colocao

SISTEMAS DE RETENO AKA ATTACHMENTS


Permitem pequenos movimentos verticais e/ou rotacionais da prtese, permitindo que as
foras oclusais sejam dissipadas entre a mucosa e o rebordo sseo.

SOBREDENTADURAS RETIDAS POR ATTACHMENTS


Todas as vantagens das sobredentaduras mais:
Esttica superior
Estabilidade e suporte
Reteno mecnica
Aumento da propriocepo
Rigidez e resilincia - resiliente o attachment a barra no mexe o attachment
que mexe
Suporte
Melhoria da segurana e aceitao do doente

ATTACHMENTS
A. BARRA
o Barra unitria/simples
Linha reta
Resiliente: permite rotao da prtese
Mucosuportada
o Barras
Ferradura, angulada, reta
Rgida no permite a rotao
Muco-dento suportada
o Barras redondas, ovides, quadradas, retangulares

65
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

A barra dever estar distante dos tecidos moles cerca de 2mm, para possibilitar a auto
higiene.
O espao necessrio para utilizao de sistema barra clipe de, pelo menos, 5.5mm para
acomodar os componentes de sistema. Somado ao espao correspondente altura dos
dentes artificiais que sero utilizados pode-se ento dizer que a altura final de uma
sobredentadura com o sistema de barra clipe ser de, no mnimo, 14mm. Dolder (1961) foi
um dos primeiros a desenvolver novas tecnologias em componentes protticas para
melhorar a reteno da prtese total inferior, desenvolvendo as barras Dolder (primeira
barra usando 2 caninos remanescentes com um encaixe preso base da Prtese total
chamado de matriz.

MANUFATURA DAS BARRAS:


o Calcinvel
o CAD/CAM
o CAD/CAM com supraestrutura
o Spark Erosion bar
o Andrews bar and sleeve
o Branson bar

VANTAGENS DAS BARRAS


o Foras dirigidas ao longo eixo dos dentes/implantes
o Feruliza dentes/implantes
o Maior estabilidade
o Maior reteno
o Maior resistncia s foras laterias
o Pilares divergentes
o Dois dentes - movimento anteroposterior rebasar uma vez por ano

DESVANTAGENS DAS BARRAS


o Grossas - ocupam muito espao
o Preo
o Se os pilares forem muito anteriores depende do suporte mucoso posterior
o Pilares anteriores e posteriores dependem menos do suporte mucoso

B. RADICULARES
o Extraradiculares studs, magnets, ERS, locator
o Intraradiculares Zaag, Zest, Sterns root anchor

CLASSIFICAO
o Reteno frico, mecnica, frico mecnica, magntica
o Fabricao preciso, semi-preciso
o Tamanho macro, micro
o Caractersticas funcionais

66
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Rgido/slido
A fora transmitida raz/implante e no ao rebordo sseo
No so resilientes verticalmente mas com alguma resilincia
rotacional
Partilham a carga oclusal com a mucosa
Imanes, Flexi ball, Dalbo Rotex, Barras
Resiliente/mvel
A fora transmitida longe da raz/implante e em direco ao rebordo
sseo
Resilientes verticalmente
Mais comuns
Dallas Bona, Rotherman, Ceka, Uni Anchor, OSO, ORS, ERA, Barras

o Localizao intracoronrio; extracoronrios

67
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

COLOCAO DOS ATTACHMENTS


No laboratrio pelos tcnicos de prtese
o Talhe da raz e impresso
o Macho ou fmea em espigo fundido cimentados na raz
o Colocao de pilar de impresso
o Vazamento do gesso
o A prtese total confecionada com o macho ou fmea correspondentes

No consultrio pelos dentistas


o Macho ou fmea pr-fabricados, cimentados diretamente na raz
o A prtese total confecionada e colocada
o O macho ou fmea correspondentes colocado na raz
o O attachments arrastado diretamente na sobredentadura com acrlico
o Escolher o locator
o Colocao da fmea
o Fazer abertura na prtese para o macho
o Colocar anel para impedir extravasamento
o Colocar o macho na fmea
o Aliviar os excessos
o Secar
o Colocar acrlico
o Colocar em boca e instruir o doente a fechar (em MIC)
o Aliviar os excessos ou falhas
o Remover a borracha preta de trabalho
o Aspeto final

PROBLEMAS
Gengivite
o Movimento da base da prtese
o M higiene oral
o Excesso de espao da prtese (rebase!)

Cuidados do doente em casa (Instrues a dar ao doente)


o Lavar os dentes todos os dias com uma pasta e escova
o Usar fio dentrio ou escovilhes
o Usar escovas eltricas (ultrassons) em caso da falta de destreza
o Bochechar diariamente
o No tentar fazer ajustes caseiros

E se o doente consegue remover a prtese com a lngua mesmo com o atachment?


S h dois pontos de reteno, possvel a lngua conseguir levantar a prtese (msculo
muito tonificado)
o Aba lingual curta e a lngua facilmente a encontra
o Aba lingual comprida e o movimento da lngua levanta-a
o Reduzir a espessura da borda da aba lingual

68
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Mesmo com os ajustes, o doente consegue remover a prtese com a lngua


o Fazer uma depresso na aba lingual entre a borda e os dentes de modo a comodar
a lngua
o Trocar de machos aumentando a reteno
o Colocar um boto de acrlico para distrair a lngua
o Colocar mais implantes?

PERDA DE DENTES PILAR/IMPLANTES


o Problemas periodontais
o Cries
o Complicaes endodnticas
o 10% a 6 anos

COMPLICAES
As principais complicaes com sobredentaduras so:
o Protticas necessidade de ativao do clip. Perda de reteno do anel
o Implantes fratura do parafuso

GRAU DE SATISFAO DOS PACIENTES TRATADOS COM SOBREDENTADURAS


Devolvem ao paciente a segurana de poder comunicar e mastigar ao contrrio das
prteses antigas
Tambm foi possvel constatar a satisfao do paciente, assim como melhoria da sua
autoestima. Estas observaes esto de acordo com relatos prvios na literatura, os quais
associam as reabilitaes sobre implantes nos desdentados a um aumento qualitativo da
perceo do trabalho odontolgico, melhorando substancialmente a qualidade de vida
desses pacientes.

BARRA VS BOLAS
119 doentes, perodo de observao de 5 a 15 anos. 75 reteno resiliente (bolas ou barras
clip). 44 pacientes uma barra rgida. Sem diferenas significativas.

SOBREDENTADURAS SOBRE IMPLANTES


Indicaes:
o Doena periodontal tratada
o Poucos dentes remanescentes, distribudos
o Rcio coro/raz
o Espao vertical
o Eixo de insero favorvel
o Reteno
o Muco suportadas
o Evitar sndrome de combinao

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CONTRAINDICAES
o Doentes no cooperantes
o M higiene oral
o Uso exclusivo da regio posterior
o Densidade ssea
o Incidncia de foras oclusais aumentadas
o Distrbios psicolgicas
o Preo

COMO SE COMPORTAM AS SOBREDENTADURAS COM IMPLANTES NO MAXILAR SUPERIOR?


o No mnimo 4 implantes
o Adequada distribuio dos implantes
o Boa quantidade e qualidade de osso
o Resolver problemas estticos e funcionais (fala)
o Proporcionar suporte labial

COMO SE COMPORTAM AS SOBREDENTADURAS COM IMPLANTES NO MANDBULA?


o Nmero de implante mnimo 2
o Sector anterior da mandibula a zona ideal
o Protocolo cirrgico simples (maioria das situaes)
o Dois implantes so suficientes para suportar a sobredentadura, mas no para a
reter

CLINICAMENTE RESUME-SE A 4 OPES BSICAS


Modificao simples e reduo dos dentes pilares
Reduo dos dentes pilares e colocao de
attachments.
Tratamento endodntico, reduo dos dentes
pilares e restauraes em amlgama.
Tratamento endodntico, reduo dos dentes
pilares e colocao de espigo fundido com
attachment.
Implantes.

70
7-PRTESE ADESIVA
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PRTESE ADESIVA

Este tipo de prtese surge como uma alternativa prottica tendo em


vista o baixo custo e o uso de uma tcnica mais conservadora
associada a uma maior facilidade laboratorial.

DEFINIO
Uma alternativa restauradora pouco evasiva para pequenos
espaos edntulos (ausncia no mximo de dois incisivos, nunca se
usa em zonas de mastigao).
Os dentes apresentam um preparo semelhante para receber uma
PPR, mas considera-se mnimo em relao a esta.

O QUE UMA PRTESE ADESIVA?


o um tipo de prtese em que o dente artificial fixado com resina apropriada nos
dentes vizinhos
o Talhe conservador
o Usam-se tcnicas de cimentao adesiva
o Pode-se considerar uma prtese mista: uma prtese fica pelos talhes e uma PPR pois
existem estruturas semelhante (retentores, apoios oclusais)

HOJE EM DIA QUANDO QUE UTILIZA?


o O implante falha
o No tempo de espera aps a colocao de implante
o O doente no quer implantes ou pontes
o No dura muito tempo mas resolve o problema. Pode ser vista como uma prtese
de transio.

MATERIAIS
o Dente/Pntico
Cermica
Compsito
Acrlico
o Infraestrutura
Metal
Zircnio

Apresentam umas asas metlicas e hoje em dia j se comeam a fazer em zircnio, mas
ainda no se sabe o tempo de durao da cimentao. As asas metlicas so inestticas
e podem escurecer os dentes adjacentes e com o zircnio j no se coloca essa questo.

Os materiais de infraestrutura so sempre recobertas exceto o metal dos conectores e dos


ganchos. Podemos ter uma coroa totalmente em zircnio mas numa totalmente aluminosa
porque no tem resistncia suficiente para resistir s foras, tendo um tempo de vida
reduzido.

71
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

NOTA: no zircnio e cermica, quanto mais queimas houver (mais vezes for ao forno), mais
fragilizada fica, logo devemos diminuir etapas e escolher a cor nas primeiras fases.

O desenho do preparo, o tipo de cimento e o tipo de liga, bem como o tratamento de


superfcie so alguns das fatores que podem influenciar na longevidade do manuseio
deste tipo de prtese.

CIMENTAO
O sucesso das prteses fixas adesivas est diretamente relacionada ao sistema adesivo
utilizado e ao tipo de preparo realizado para obteno de uma boa reteno.
Sistema adesivo diretamente no esmalte. Os dual no podem ser utilizados. Podem ser
usados os compsitos aquecidos.

Depois de cimentada, com tempo de semi-vida (estatisticamente) de 5 anos.

o Bounocore (1955) afirmou que o ataque cido melhora a reteno da resina


o Isen descreveu pela primeira veza adeso de um pntico de resina acrlica a um
deste no preparado usando resina bonding composite.
o Raymond Bowen
o Ponte de Rochette Bridge, 1973 a primeira utilizao de retentores do tipo asas
com perfuraes em forma de embudo para melhorar a reteno da resina.
Combinou a reteno mecnica com o recobrimento de silano para produzir
adeso ao metal.
o Ponte de Maryland Lisvaditis e Thompson postularam que os excessos que saam
da estrutura perfurada estavam postas a grande tenso, abraso que diminua a
longevidade. Adaptaram uma tcnica de corroso eletroqumica para produzir
poros no metal e aumentar a reteno.
o Prtese parcial fixa com malha colada
o Ponte de Virgnia - Sempre supragengival. Podemos ter nichos como numa PPR.

72
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CLASSIFICAO
o Diretas (provisrias) - Faz-se no momento para desenrascar, aproveitando-se o
prprio dente do paciente e feruliza-se aos outros dentes com arame ortodntico
ou fitas adesivas
o Indiretas (definitivas) - No h apoio. Preparo dentrio, laboratrio, infraestrutura,
cermica, sistema adesivo

INDICAES
o Pequenos espaos protticas mximo dois elementos suspensos
o Doentes jovens por causa da adeso ao esmalte
o Prtese de conteno ortodntica
o Doentes especiais
o Pr e ps implantes

CONTRA-INDICAES
o Esmalte comprometido (Amelognese e dentinognese imperfeita)
o Coroas clnicas curtas
o Leso cries
o Restauraes extensas
o Doena periodontal ativa (na tratada a prtese adesiva pode funcionar como
conteno)
o Pilares inclinados
o Ocluso desfavorvel: caninos com guia canina, mordida aberta, overbite
aumentado, bruxismo. Se a rea de apoio ou chapevel est includa no se pode
trabalhar

VANTAGENS
o Custo reduzido em relao prtese tradicional de 3 elementos;
o Conservadora uma vez que o preparo necessrio para a prtese adesiva mnima
o Menor tempo clnico (feito mais rapidamente que uma prtese fixa tradicional)
o No h necessidade de anestesia na maioria dos casos
o Preparo e linha de terminao supragengival (1-2 mm de altura);
o No h risco de leso pulpar
o Possibilidade de fazer uma nova unio, ou seja, pode ser colocada (se no tiver
cortada ou partida)
o Esttica
o Evitam a reabsoro ssea no caso em que se der preferncia a esta no lugar da
PPR
o Reversvel quando o preparo mnimo ou no existe

73
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

DESVANTAGENS
o Reversibilidade / Irreversibilidade
o Com preparo, no conseguimos deixar o doente como estava antes
o Alguns profissionais acham que uma desvantagem discutvel, porm bom tentar
que o preparo seja feito em dentes sos
o Longevidade inserta ainda no est garantido o tempo de durao, dependendo
de fatores como preparao, cimento, material de higiene, do paciente, etc.
o Estatisticamente o perodo de durao mxima 5 anos
o No h correlao de espao entre dentes, h uma limitao nesta rea
o Dificuldade de execuo de provisrias. No h como fazer provisrias uma vez que
o desgaste pequeno.
o Nesse caso, ou o paciente coloca uma PPR ou deixa como est at a chegada da
prtese definitiva.
o Esttica no totalmente satisfatria em caso de infraestrutura metlica (opo
zircnio).

Entre as principais vantagens destaca-se a conservao da estrutura dentria e como


desvantagem a limitao da esttica devido possibilidade do aparecimento da liga
metlica.
No altamente esttica, parecido com o dente.
Os dentes pilares normalmente perdem brilho devido posio de infraestrutura metlica
por palatino. Isto tenta-se ultrapassar ao alterar o tipo de infraestrutura (passar a ser
zircnio).

CONSTITUINTE
o Pnticos;
o Segmentos proximal
o Segmentos lingual
o Segmento vestibular
o Apoios oclusais

PREPARAO DO PILAR
o Plano de insero
o Sentido ocluso-gengival
o Encaixe sem esforo
o nico

RETENTORES
o 1-2 mm acima da margem gengival
o Abraamento de 180 (posterior)
o Abranger a maior rea possvel de esmalte
o Respeitar o bordo incisal
o Alta resistncia mecnica pode alterar
o Anterior e posterior

74
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Segmentos proximais/lingual 0,5-0,7 mm


Segmentos vestibular 0,5-0,7 mm
Apoio oclusal 1mm de espessura, 3 mm de largura
Retentores anteriores 0,5 a 0,7 mm (segmentos proximais e linguais)
Nos dentes anteriores o limite do abraamento a zona esttica

PROCEDIMENTOS CLNICOS
o Preparo
o Impresso com light. No se coloca fio de retrao
o Prova de estrutura caso seja em resina no se necessita prova de estrutura
o Prova funcional e esttica
o Cimentao pode ser com cimento de resina
Isolamento absoluto (melhor sucesso) ou parcial
Profilaxia
Ataque cido (30 segundos)
Cimentao propriamente dita

75
8-OCLUSO
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

DESGASTES SELECTIVOS

TERAPIA OCLUSAL; REVISES


Ocluso e a importncia de estabelecer uma ocluso ideal
Desgastes selectivos versus Ajustes oclusais
Desgastes seletivos versus Coroplastia
Objectivos dos desgastes nas DTM e no tratamento complementar
Indicaes e contra-indicaes

Segundo os autores Ash et Ramfiord (1996) OCLUSO deriva do latim occlusione, que
pode ser definido como o acto de fechar ou estar fechado.

Mas ser s isto?


O que se pretende?

DESARMONIA OU DISFUNO OCLUSAL


Mobilidade dentria
Sensibilidade dentria perda de esmalte ao nvel da juno amelocimentria
Hiperfuno
Fraturas dentrias
Disfunes da ATM

Dentes posteriores tocam e


anteriores no tocam

+
OCLUSO RELAO
CNTRICA CNTRICA
Dentes anteriores tocam e
posteriores no tocam
(FENMENO DE CHRISTENSEN)

=
Proteco mtua nos
movimentos excursivos (protege
os dentes mas tambm a
articulao)

DESGASTE SELECTIVO OU CORONPLASTIA


Procedimento pelo qual as superfcies oclusais dos dentes so alteradas para melhorar
de uma maneira geral os padres de contactos dentrios.
Desocluso, ocluso no favorvel, dentes posicionados em zonas de trajecto do lado
de balanceio.
Principalmente dentes do siso em fase de erupo/esfoliao, mal posicionados,
produzem presses ao nvel do 7, levando extruso das cspides distais, e inclinao do
dente no sentido mesial.
Contactos estveis; maior nmero de contactos; no pode haver contactos acentuados.

2
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

OBJECTIVO FUNDAMENTAL
Melhorar as relaes funcionais das arcadas dentrias, de modo que dentes e
periodonto recebam estmulos uniformes e possam realizar as suas funes com a
mxima eficcia.

INDICAES
No trata DTMs
O desgaste seletivo pode ser usado para:
1. Atuar no tratamento de certas DTMs
2. Tratamento complementar (mudanas oclusais): tratamento ps-ortodntico

INTRODUO
OBJECTIVOS GERAIS:
Distribuir ou equilibrar cargas mastigatrias removendo contactos
parafuncionais
Estabelecer uma relao harmoniosa entre os dentes e as estruturas de suporte
Equilbrio funcional entre dentes, tecidos de suporte, sistema neuromuscular e
ATM

OBJECTIVOS ESPECFICOS
Melhorar
Forma anatmica por razes estticas ou funcionais
Estabilidade estrutural optimizando a distribuio de foras
Harmonia funcional durante a mastigao, deglutio e fonao
Permitir um tratamento oclusal adequado

OBJECTIVOS

FACTORES
S.N.C
PSICOLGICOS
MSCULOS
MASTIGATRIOS

ARTICULAO
ESTRUTURAS
TEMPORO OCLUSO PERIODONTAIS
MANDBULAR

DENTES

3
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Tratamentos adicionais Dentisteria


Desgaste seletivo Ortodontia
Etapa do tratamento Reabilitao Oral
Cirurgia

Para uma coroa unitria, pressupe um ajuste oclusal de cerca de 1h30m.

Nas Desordens Temporomandibulares (DTM)


Evidncia: Terapia Oclusal Reversvel primeira linha de tratamento ( a ideal).
Indicado:
Placa Oclusal eliminou sintomas
Contacto oclusal ou a posio mandibular afetam os sintomas
Segurana para se poder realizar o desgaste seletivo

Tratamento Complementar
Mais comum Parte do plano de tratamento programado
Reabilitao Oral
Reorganizao da condio oclusal
Desgaste seletivo:
o Antes do incio do tratamento
o Obteno estabilidade mandibular
o Aps tratamento ortodntico

FACTORES ETIOLGICOS/DESARMONIAS OCLUSAIS


Relao dentes-arcadas inapropriadas
Modificaes dentrias
Modificaes de um sector dentrio
Alteraes periodontais
Traumatismos
Parafunes

No existe evidncia at ao presente momento de que o desgaste seletivo profiltico


seja benfico para o paciente.
As alteraes das superfcies dentrias devem ser mnimas.
Pode ser feito em restauraes ou apenas em esmalte, podendo apresentar como
desvantagem aumento da sensibilidade ou suscetibilidade crie.
ESPESSURA
RESTAURAO
ESMALTE

SENSIBILIDADE
SUSCEPTIBILIDADE A
CRIES

O resultado do tratamento por desgaste seletivo deve ser previsto antes do incio pelo
clnico e transmitido ao paciente.

4
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

INDICAES
Ocluso traumtica
Sndrome lgico disfuncional
Paradontlise
M posio dentria
Sensibilidade dentria
Mobilidade dentria anormal
Bruxismo
Fratura dentria
Funo mastigatria unilateral
Esttica
Pr ou ps tratamento oclusal
Fraturas repetidas de reconstrues

EXAMES CLNICOS ANTERIORES AO AJUSTE OCLUSAL


Mxima intercuspidao
Objetivo da Desocluso
Trajeto de encerramento
Controle das interferncias oclusais em lateralidade
Propulso mandibular
Facetas de desgaste
Ajuste oclusal e relao cntrica
Observao da guia incisiva e proteco canina

PRNCIPIOS BSICOS
Manter a altura da cspide
Mover a altura da cspide at obter uma fora axial
Uma vez obtida a cntrica, no a perder
Melhorar a anatomia oclusal
Melhorar a esttica

TEMOS QUE TER EM ATENO QUE O PACIENTE:


Permita usar os seus prprios dentes
Permita uma higiene correta
No se altere:
Dimenso vertical
Esttica
Fontica

CONTRAINDICAES
Dfice do estado geral
Instabilidade fsica ou emocional
Instabilidade oclusal
Dor orofacial
Falta de interesse ou colaborao do doente

5
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CONSIDERAES AO DESGASTE SELECTIVO


Explicar bem o procedimento ao paciente
Sucesso ou a falha do tratamento aceitao e cooperao do paciente
Procedimento demorado
Mudanas subtis
Macroscopicamente impercetveis
Exame oclusal sobre o articulador fundamental
Verificar e confirmar a presena de interferncias
Explicar ao doente a papel das interferncias sobre a sua patologia
Experimentar os contactos prematuros
A manipulao feita pelo Mdico

Desgaste seletivo incorreto?


Funo mastigatria
Acentuar interferncias oclusais
Conscincia Oclusal Positiva

CONDIES:
Colaborao do paciente
Habilidade do clnico empatia
Atividade muscular restringida
Relaxamento do paciente
Ambiente calmo e seguro
Paciente reclinado
Movimentos gentis e tranquilos

Diagrama do bacalhau regista os movimentos normais do individuo. Movimentos


bordejantes. Limite do que a articulao permite.

MATERIAL E INSTRUMENTOS
Rolos de algodo
Papel de articulao
Pinas
Contra-ngulo e turbina
Brocas em chama, cnicas
Taas de polimento
Pasta de polimento
Discos de polimento
Escovas de polimento

DESGASTE SELECTIVO
o Regra dos Teros
o Discrepncia Bucolingual dos Arcos
o Discrepncia ntero-posterior (RC e MIC)

6
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

REGRA DOS TEROS


Avaliao das interferncias que levam a direo do deslize no Plano
Sagital
Componente Horizontal Mais difcil de ser eliminado
Perante deslize quase paralelo ao arco de encerramento e se ele for
vertical a eliminao geralmente mais fcil

DENTES ALINHADOS DENTES MAL ALINHADOS


PEQUENO DESLIZE EM DESLIZE HORIZONTAL 6mm
RC UM MAU CANDIDATO

OBJECTIVOS DO TRATAMENTO
Desgaste seletivo comea com a localizao da posio msculo-
esqueltica estvel nos cndilos.
Relao Cntrica

OBJECTIVOS DO TRATAMENTO SO ALCANAR


1. Contactos em todas as cspides de suporte nas fossas
correspondentes uniformes e simultneos
2. Contactos laterotrusivos dos dentes anteriores que
desocluem os posteriores
3. Desocluso posterior graas aos dentes anteriores
4. Contactos posteriores mais fortes que os anteriores

CONTACTOS EM RELAO CNTRICA


DESLIZE ANTEROSUPERIOR
Dente desliza para MIC para ficar estvel
Eliminar o deslize da Relao Cntrica
Os cndilos ficam em posio msculoesqueltica estvel

7
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

DESLIZE ANTERO-SUPERIOR COMPONENTE LATERAL DIREITA


Vertentes Internas Linguais Superiores (LS)
Vertentes Internas das Vestibulares Inferiores (VI)
Interferncias Mediotrusivas em RC
Vertentes Internas VS
Vertentes Externas VI
Vertentes Externas PS
Vertentes Externas LI

DESLIZE LATERAL DIREITO


Contactos de dentes opostos
Devido a uma superfcie de contacto

DESLIZE ANTEROSUPERIOR E ESQUERDO

DESLIZE LATERAL ESQUERDO


Contactos nas vertentes opostas nos dentes opostos

INCIO DOS AJUSTES EM CNTRICA


RC- Manipulao manual
Paciente identifica 1contacto
Boca aberta
Dentes secos (ar/rolo de algodo)
Papel carbono no lado do 1contacto
A mandbula guiada para RC
Dente contacta no papel carbono
Localizar as reas nos dentes (inferior e superior)
Recontornar as pontas das cspides ou as superfcies planas
o Pedra verde (alta rotao)

CONTACTO PRXIMO DA PONTA DA CSPIDE CNTRICA ELIMINADO


Criar um contacto na vertente e prxima da fossa
central
A vertente recontornada ficando plana
A rea da fossa ligeiramente alargada
Dimenso vertical pode ficar maior que a habitual

CONTACTOS DE PONTA DE CSPIDE EM SUPERFCIE PLANA


Se: contacto em todos os dentes remanescentes:
Reduzir as superfcies planas
Funo
Estabilidade
Manter pontas das cspides proeminentes
Se: a ponta da cspide no contacta o dente oposto durante os
movimentos excntricos reduzimos a superfcie plana do dente oponente.
Se: a ponta da cspide contacta a superfcie do dente oponente, a ponta
da cspide ento reduzida

8
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

IDEAL FICARMOS COM:


4 contactos em RC no molar
2 contactos em RC no pr-molar

RESULTADO FINAL FICA ABAIXO DO IDEAL


Os contactos dos dentes anteriores fortes devem ser reduzidos, mas
ateno s guias incisivas.

GUIA LATEROTRUSIVA E PROTRUSIVA


OBJECTIVO
Desenvolver uma guia laterotrusiva aceitvel
Desenvolver guia protrusiva aceitvel
Estabelecer uma funo prxima do ideal
Guiar a mandbula atravs dos vrios movimentos excntricos

DENTES ANTERIORES
Foras geradas nos movimentos mandibulares excntricos
CANINOS
PR-MOLARES funo em grupo
MOVIMENTO LATEROTRUSIVO
No Esttico Dinmico
PRIMEIRO PR-MOLAR desgaste seletivo

GUIA LATEROTRUSIVA E PROTRUSIVA ACEITVEL


1. Contactos laterotrusivos aceitveis cspides vestibulares
2. Ausncia de contactos nas cspides linguais
3. Eliminar contactos laterotrusivos linguais e mediotrusivos, cria uma
instabilidade oclusal excntrica
4. Os protrusivos so melhor guiados pelos anteriores
5. Os incisivos laterais podem ser envolvidos na guia

9
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TCNICA
Fecha os dentes em ocluso cntrica
Depois avalia-se o tipo de guia
Funo de grupo
Selecionar os dentes
Ateno presena de contactos grosseiros mediotrusivos
Eliminar antes de determinar a guia
Refinar os contactos
Os excntricos so eliminados

CORES DIFERENTES DE CARBONO


Carbono azul oclui
Faz excurso para a direita e regressa
Excurso para a esquerda e retorna
Protrusiva recta e retorna cntrica
Carbono vermelho - oclui em RC
Contactos so verificados
Excntricos so azul
Cntricos so vermelho
Excntricos so ajustados para preencher as condies de guia sem
alterar o vermelho RC

CONTACTOS LATEROTRUSIVOS
Vertentes internas das cspides VS contra as externas VI
Vertentes externas das cspides PS contra internas LI

CONTACTOS MEDIOTRUSIVOS
Vertentes externas das cspides PS contra internas VI

MOVIMENTO PROTRUSIVO
Contactos posteriores das vertentes distais palatinas superiores

DESGASTE EM PROTRUSIVA
Vertentes distais das cspides linguais superiores
Vertentes mesiais das cspides linguais?
Face linguoincisal incisivo superior
Face vestibuloincisal incisivo inferior

PARA A GUIA CANINA


Remover todas as marcas em azul
Repete os passos anteriores
Dentes posteriores revelam s pontos vermelhos

10
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PARA A FUNO DE GRUPO


No remover os contactos em azul nos dentes
posteriores
Laterotruso
Cspides vestibulares dos PM e na MV 1molar
Caninos
Incisivos

AVALIAO MASTIGAO
Procedimento completa-se na posio normal de alimentao
Mudanas posturais da mandbula
Posio vertical
Cabea inclinada 30
Os dentes anteriores tm contactos mais fortes?
Desgastes nos dentes anteriores

INSTRUES AO PACIENTE
Promover o relaxamento muscular
Obter e reforar a obteno desse relaxamento
Deixar os dentes polidos com pedra-pomes
Informar o doente que:
Os msculos podem ficar doridos
Os dentes podem ficar arenosos

DESGASTE SELECTIVO PARCIAL


Contacto mediotrusivo muito proeminente
No indicado porque cria uma instabilidade ortopdica

DESARMONIA OU DISFUNO OCLUSAL


Mobilidade dentria
Sensibilidade dentria
Hiperfuno
Fraturas dentrias
Disfunes da ATM

11
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TRATAMENTO DAS DESORDENS DOS MSCULOS MASTIGATRIOS

MANUTENO

CO-CONTRACO

RESOLUO

A fibromialgia uma desordem muscular crnica que se apresenta como um problema


de dor msculo-esqueltica e deve ser reconhecida pelo clnico sendo melhor manejada
por clnicos especializados.

DESORDENS MUSCULARES
Co-contrao (estmulo trmico, qumico ou mecnico)
Dor muscular localizada (dor sem haver uma origem inflamatria comum)
Mioespasmo (contraes tnicas)
Dor miofascial (trigger zones tocando nestas zonas a dor potenciada dores
gatilho)
Mialgia crnica mediada pelo SNC
Fibromialgia

CO-CONTRAO PROTECTORA
Associao muscular protetora ou co-ativao
Fenmeno comum
Clinicamente h um aumento da atividade
Msculos de abertura da mandbula durante o encerramento
Msculos que fecham a mandbula durante a abertura da boca

ETIOLOGIA
Os seguintes eventos so, podem ser responsveis:
Alterao sensorial ou propriocetiva
Presena de dor profunda constante
Stress emocional aumentado

12
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CARACTERSTICAS CLNICAS
Dor mnima no repouso
Dor aumentada em funo
Disfuno estrutural
Fraqueza muscular

TRATAMENTO DEFINITIVO
Remover o agente
Trauma
Restaurao desadaptada Restaurao a harmonizar ocluso
Dor profunda Tratamento correto da dor
Stress emocional Manejo do Stress

TERAPIA DE APOIO
Restringir o uso da mandbula a limites no dolorosos
Dieta mole
AINE tempo curto (Ibuprofeno 8/8H, durante 2/3 semanas)
Terapia de relaxamento muscular simples

SENSIBILIDADE MUSCULAR LOCAL MIALGIA NO INFLAMATRIA


Primeira resposta co-contrao protetora continuada

Co-contrao resposta muscular induzida pelo SNC


Sensibilidade muscular local mudana local tecidos musculares

ETIOLOGIA
Co-contrao prolongada
Trauma tecidular local
Uso continuado do msculo
Stress emocional

CARACTERSTICAS CLNICAS
Disfuno estrutural
Dor aumenta em funo
Fraqueza mandibular
De tonicidade dos msculos (palpao)

TRATAMENTO DEFINITIVO
Diminuir os estmulos sensoriais do SNC (dor eliminar estmulo, educao e
ensino)
Restringir o uso da mandbula (abrir a boca, uma dieta macia e
movimentos suaves)
Movimentos dentro dos limites indolores
Relao entre stress emocional e dor muscular
Reduzir os contactos dentrios

13
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Goteira
Noturna
Estabilidade em cntrica
Guia excntrica dada pelos caninos

TERAPIA DE APOIO
Analgsico fraco aspirina, acetaminofeno
AINE ibuprofeno
Tcnicas de terapia manual
Terapia de relaxamento

MIOESPASMO (CONTRAO TNICA MILGICA)


Contraco tnica muscular involuntria relacionada com fatores metablicos
(fadiga, excesso de atividade dos msculos).

ETIOLOGIA
Dor profunda persistente ou prolongada
Fatores metablicos
Mecanismos idiopticos

CARACTERSTICAS CLNICAS
Disfuno estrutural
Dor em repouso
Dor aumenta com a funo
Msculo est rgido e doloroso

TRATAMENTO DEFINITIVO
Reduzir a dor e a partir da, aumentar ou alongar o msculo
Atuar perante os fatores etiolgicos

TERAPIA DE APOIO
Fisioterapia
Mobilizar tecidos e massagem profunda
Condicionamento muscular
Farmacolgica

DOR MIOFASCIAL (TRIGGER POINTS)


reas de tecido muscular hipersensitivas
Efeitos excitatrios centrais comum desordem milgica aguda
Dor de cabea tipo tenso

ETIOLOGIA
Dor profunda contnua
Stress emocional
Distrbios do sono
Fatores locais hbitos para funcionais
Postura
Esforo muscular

14
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Frio
Fatores sistmicos (avitaminose)
Mecanismos idiopticos (triggerpoints)

HISTRIA
Dor heterotpica e no a atual fonte de dor
Risco de falhar

PONTOS DE ORIGEM E DISTRIBUIO DA LOCALIZAO


Quando estimulados estes pontos, a dor aumenta de intensidade
Temporal
feixe anterior: zona supraorbitria e incisivos
feixe mdio: pr-molares e caninos
feixe posterior
Masster: molares superiores, seio nasal, canal auditivo, zona infraorbitria.
Pterigoideu Mdio: canal auditivo
Pterigoideu Lateral: zona infraorbitria
Digstrico: ngulo da mandbula e incisivos inferiores
Esternocleidomastideo:
feixe superior supraorbitrio e occipital
feixe inferior temporal e frontal
Trapzio: ngulo da mandbula, pescoo e parietal

MSCULO MASSTER MSCULO PTERIGOIDEU PORO MDIA

MSCULO PTERIGOIDEU LATERAL MSCULO DIGSTRICO

15
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

MSCULO
ESTERNOCLEIDOMASTOIDEU MSCULOS DA FACE MSCULO TRAPZIO

CARACTERSTICAS CLNICAS
Disfuno estrutural
Dor heterotpica em repouso
Aumento da dor em funo
Feixes rgidos no msculo zonas ou pontos gatilho

TRATAMENTO DEFINITIVO
Eliminar fontes de dor profunda aferente
Reduzir fatores locais e sistmicos
Perante distrbio do sono - doses baixas de antidepressivo
Tratamento e eliminao de pontos lgicos ou de gatilho

VAPORIZAO PRESSO E ULTRA-SOM E INJECO E


SPRAY MASSAGEM ESTIMULAO ALONGAMENTO
-Tcnica efectiva ELECTROGALV- -Procana a 1%
ALONGAMENTO NICA
p/ o eliminar -Lidocana a 2%
-Fluormetano -Modalidades de
-8,5Kg e mantida a indicada
-Msculo com o por 30 a 60 seg terapia fsica
ponto lgico e como o ultrasom
alongar msculo a EEG
(estimulao
-Distncia 45cm electrogalvnica)

16
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TERAPIA DE APOIO
Terapia farmacolgica
Relaxantes musculares
Analgsicos - ciclo doloroso
Postura
Alongamento dirio
Os exerccios regulares devem sempre ser encorajados

MIALGIA CRNICA CENTRALMENTE MEDIADA (MIOSITE CRNICA)


Sintomas similares a uma inflamao do tecido muscular miosite

ETIOLOGIA
Substncias alognicas: acetilcolina, prostaglandina, histamina, serotonina
Inflamao neurognica

CARACTERSTICAS CLNICAS
Disfuno estrutural
Dor intensa em repouso e aumenta com a funo
Endurecimento muscular
Dor intensa palpao
Pode induzir atrofia muscular ou contractura

TRATAMENTO DEFINITIVO
No ser imediato
Clnico deve discutir com o paciente os resultados esperados e o tempo
envolvido
Paciente deve saber que a reduo dos sintomas lenta
Restringir o uso da mandbula dieta pastosa
Evitar exerccios e injees
Tirar os dentes de ocluso placa de acrlico estabilizadora
Anti-inflamatrios ibuprofeno, tomado regular (600mg) por 3 semanas

TERAPIA DE APOIO
Calor hmido
Gelo
SEGUNDA FASE
Ultra-sons e alongamento suave
PODEM SURGIR
Mudanas hipotrficas
Contractura miosttica

FIBROMIALGIA
Desordem dolorosa, musculoesqueltica crnica e global
Falta de tonicidade em 11 ou mais de 18 locais

17
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

ETIOLOGIA
Processamento do estmulo perifrico (musculo-esqueletal) do SNC
Estmulos eferentes inibitrios
Sistema imune
HISTRIA
Dor msculo-esqueltica crnica
Distrbios do sono, sedentarismo e depresso
CARACTERSTICAS CLNICAS
Disfuno estrutural: movimento mandibular
Dor miognica generalizada em repouso, flutuando com o tempo
Dor aumenta com a funo
Fraqueza muscular generalizada e fadiga crnica generalizada
TRATAMENTO DEFINITIVO
Reumatologista
Medicina Reabilitadora
Psiclogo
Fisioterapeuta
AINEs
Antidepressivo tricclico
Corticides

18
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

Um grande nmero de doentes com mioarteropatias sofre de dor crnica.

FENMENO COMPLEXO EM QUE INTERAGEM


Perceo
Modelos de comportamentos afetivos
Modelos de comportamento cognitivo
Subjetividade

ESTES SO CONDICIONADOS POR FACTORES


Socioeconmicos
Ambientais
Familiares
Sndrome de dor crnica um problema psicosociobiolgico.
Impotncia
Pessimismo
Conhecimento de que no possui qualquer poder de controlar a dor
Frustrao por no conseguir a cura

DEVE-SE
Fomentar o autocontrolo e iniciativa
Reduo da sensao de impotncia e abandono

OBJECTIVO DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL


Promover a conscincia, a autodeterminao e o autocontrole no paciente.

FACTORES QUE PODEM ACTUAR NEGATIVAMENTE


Falta de inteligncia
Falta de formao
Faculdades intelectuais modestas
Desconhecimento da lngua

TERAPIA SUBDIVIDE-SE EM CINCO FASES


1. Diagnstico
2. Promoo de uma nova atitude perante a dor
3. Aprender mtodos para superar as dificuldades
4. Exerccios comportamentais, generalizao
5. Preveno das recadas e manuteno das capacidades adquiridas

DIAGNSTICO
Compreender os comportamentos individuais
Fatores de manuteno da dor (Somtico, Psicolgico e Social)
Concepo da doena por parte do doente

19
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

CONCEPO DA DOR
Mudar a orientao cognitiva do paciente de forma a ele conseguir passar de uma
sensao de impotncia consciencializao de que a dor uma experincia
determinada pelo comportamento, pelas emoes e pelos pensamentos, e que
por isso ela pode ser modificada.

APRENDER MTODOS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES


Exerccios de relaxamento
Estratgias cognitivas e comportamentais dirigidas soluo dos problemas e
mudana das cognies negativas

OBJECTIVOS
Reduzir os consumos dos frmacos
Modificar ritmos de vida (pausa relaxamento)

PREVENO DAS RECADAS E ESTABILIZAO


Para tal so necessrias 10 a 15 sesses
TCNICAS DE RELAXAMENTO
Reduz as tenses que intensificam a dor
Distra a dor
Infunde sentimento da adequao
Isto encontrado nos pacientes com mioarteropatias.

MTODOS DE RELAXAMENTO
Relaxamento Progressivo (ou relaxamento Neuromuscular)
Treino Autgeno
Biofeedback

RELAXAMENTO PROGRESSIVO (OU RELAXAMENTO NEUROMUSCULAR)


Foi desenvolvido por Jacobson para reduzir tenses na rea-
musculoesqueltica e consiste numa interveno paradoxal
Trata-se de um mtodo em que so realizados mecanismo de contraco e
relaxamento
Deve ser feito pelo menos duas vezes ao dia durante cerca de 20 minutos
Contraindicado em pacientes com Fibromialgia

TREINO AUTGENO
Mtodo desenvolvido por Schultz parte da hipnose e da meditao, um dos
mais idneos para regular o estado psquico e somtico do organismo

OBJECTIVO
Tranquilidade
Repouso
Regulao das funes fsicas autnomas
Aumento do rendimento
Diminuio da dor
Auto-sugesto

20
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Autocrticas
Autocontrolo pela introspeo

TCNICA
O indivduo introduzido num mundo irreal (praia, beira-mar, sol sobre o
corpo)
Relaxamento
Introduo de exerccios (calma, sensao de peso, calor, corao,
respirao, plexo solar, cabea)
Indivduo primeiro aprende a observar-se e a controlar os processos
fisiolgicos
Exerccios ensinam-se e so seguidos numa sucesso, 1o da Calma e Peso
Introduz-se em cada semana um novo
Repete em casa pelo menos 3x dia (2minutos)
Fim de trs meses o relaxamento automtico

Reduz dor, medo

BIOFEEDBACK
Biofeedback is a progress that enables na individual to learn how to change physiological
activity for the purposes of improving health and performance.
Precise instruments measure physiological activity such as brainwaves, heart function,
breathing, muscle activity, and skin temperature.
These instruments rapidly and accurataly feed back information to the user.
The presentation of this information often in conjunction with changes in thinking,
emotions, and behavior supports desired physiological changes.
Over time, these changes can endure without continued use of na instrument.
The Association for Applied Psychophysiological and Biofeddback (AAPB)

Os elementos chave no treino em biofeedback que tornam a auto-regulao


possvel so:
Interao mente-corpo
Retorno de informaes
Aumento da conscializao
Prtica

INSTRUMENTOS
Electromiografo
Termmetro digital
Fotopletismgrafo
Pneumografo
Capnmetro
Hemoencenfalografia
Jogos electrnicos, Arte, a msica, etc

21
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

TREINO DE RELAXAMENTO GERAL (FEEDBACK DE TENSAO MUSCULAR)


Cefaleia de tenso
Bruxismo
Problemas da articulao temporomandibular
Dor crnica
Espasmo muscular
Paralisia parcial

FEEDBACK TERMAL
Os vasos nos dedos so particularmente sensveis ao stress.
Vasoconstrio
Vasodilatao

FEEDBACK DE REACO ELECTRO-DRMICA


Mede-se a condutividade da pele dos dedos e palmas das mos.

FEEDBACK DE ONDA CEREBRAL


Electroencefalgrafo (EEG), monitoriza atividade das ondas cerebrais
Sensores no couro-cabeludo

TCNICAS DE VISUALIZAO
Visualizao activa JUNG e de imagens

VISUALIZAO DA CALMA
Desviar a ateno do evento que produz stress

TREINO PSICO REGULADOR


Melhorar o estado psico-vegetativo

BLOQUEIO MENTAL
Contrariar pensamentos obsessivos e melanclicos

TREINO MENTAL

CONCLUSES
Anamnese
Reconstruir a esperana e a confiana
Informar sobre o papel benfico do relaxamento
Reestruturao cognitiva

22
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

OCLUSO E ORTODONTIA
Os ortodontistas tentam dentro do possvel alcanar a ocluso o mais perfeita dentro do
possvel.
Mas o que a ocluso perfeita?

OBJECTIVO DA TERAPUTICA COM OCLUSO


Controlar a dor
Recuperar a funo
Reeducar o paciente
Amenizar cargas adversas
Restabelecer uma posio equilibrada da mandbula sem interferncias

RC MIC GUIA GUIA


CANINA INCISIVA

Desgastes selectivos
Reabilitao Oral ORTODONTIA

CLASSIFICAO GERAL DAS MS OCLUSES


Transversais
Dentrias
Dente individual
Unilateral
Bilateral
Total
Esqueltica
Unilateral
Bilateral
Total
Verticais
Aberta
Anterior
Posterior (uni e bilateral)
Topo a topo
Anterior
Posterior
Profunda
Horizontais
Dentria
Classe II
Classe III
Dento-esqueltica
Classe II
Maxila (protruda) Mandbula (normal)

23
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Maxila (normal) Mandbula (protruda)


Maxila (retruda) Mandbula (protruda)
Classe II
Maxila (retruda) Mandbula (normal)
Maxila (normal) Mandbula (protruda)
Maxila (retruda) Mandbula (protruda)

Estudos estatsticos mostram que nos casos de classe II de Angle a guia canina pode
existir, no entanto em propulso difcil de conseguir ou inexistente.

SITUAES CLNICAS MAIS COMUNS


M ocluso (mais comum em classe II)
Ausncia de guia canina
Ausncia de guia anterior
Estudo dos pacientes exames
Mordidas cruzadas transversais com DTM
Sobremordidas profundas classe II diviso 2
Falta de ocluso canina em MIC

ORTODONCIA DTM

DESPISTE DOS FACTORES ETIOLGICOS DIAGNSTICO DIFERENCIAL


Suspender tratamento
Goteira oclusal
Vigilncia permanente
Luxao discal confirmar com RM

ATENDER SEMPRE A
Inclinao do plano de ocluso
Inclinao condiliana
Tipo das cspides (dentes posteriores) e a inclinao das vertentes
Inclinao incisiva
Curva de Spee
Curva de Wilson

Lsberg e col 1999 remisso sinais sintomas das DTM.


Legrell e lsberg 1999 e Santos-Pinto e col 2001, alteraes na mandbula levam
alteraes oclusais.
Mc Namara, Seligman e Okeson encontraram baixa relao entre Ocluso e DTM
Pullinger e Seligman 2000 ocluso/DTM 4,7%

AJUSTE OCLUSAL
Fase final do tratamento
Presso psicolgica do doente
Erupo dos segundos molares
Vigiar, vigiar e vigiar e se necessrio ajuste oclusal

24
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

FACTORES QUE PODEM LEVAR AO APARECIMENTO DE INTERFERNCIAS OCLUSAIS


Crescimento
Parafunes/bruxismo
Mesializao das arcadas dentrias
Perda das peas dentrias
Comportamento muscular labial e lingual

OBJECTIVO DO PACIENTE COM O TRATAMENTO ORTODNTICO


Camuflagem
Modificao
Etiologia da malocluso
Esqueltica
Dento alveolar
Tecidos moles
Exame oclusal; ocluso cntrica MIC
Exame ATM
Exame da mandbula do padro esqueltico, da simetria e facial
Os tecidos moles e a ocluso dentria

Sinais e sintomas das DTM no sofrem alteraes aps os tratamentos ortodnticos


Reynders e Sadowsky

CONCLUSO
Estudo ortodntico vulgar no suficiente
Exame oclusal profundo

MS OCLUSES

ORTODNTIA

FUNCIONAL MORFOLGICA

ORTODONTISTA

POSIO OCLUSO
DENTRIA

25
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

APONTAMENTOS FILIPA (2/05/2016)

Etiologia da Reabilitao ssea


Por vezes, so feitas colocaes de implantes submersos que ao fim de vrios meses
esto expostos.

Osteotomia
O osso est degenerado, morto, foi desfeito pela ao das brocas e pela
presso da colocao do implante. um osso desorganizado com um menor
aporte sanguneo.
Caso no haja segurana para a formao do leito do implante podemos
demorar tempo a consegui-lo.

Resposta auto-imune do hospedeiro


H fatores que so difceis de controlar devido resposta auto-imune do
hospedeiro. H indivduos que tm respostas inflamatrias exacerbadas, o que
leva formao de bolsas.
Associadas a estas alteraes temos traumatismo oclusal acelerado.

Hiptese do limite biolgico


O revestimento histolgico forma-se em redor do implante
Caso haja boa higienizao, o tecido epitelial formado tem ar saudvel
As fibras gengivais so paralelas ao implante, aderindo-se parede do
implante tipo coladas, mas no se inserem no mesmo.

Biomecnica
Materiais entre o osso e o implante
Magnitude e mecanismo das foras
Tambm a localizao e aplicao das foras se pode traduzir ao longo do
implante, sendo o mesmo capaz de dissipar as foras, no havendo padres de
desgaste em V no osso.
O osso que rodeia o implante mais fraco que o osso lamelar.
60% do osso que sofre uma remineralizao ao fim de 4 meses tem melhor
capacidade de amortecimento das foras. Antes dos 4 meses, podemos ter:

Ancoragem primria (ancoragem mecnica):


Neste caso no h muito osso novo em redor do implante. O processo de
osteointegrao no se realizou, ou seja, biologicamente no h nenhuma
resposta.
Foras funcionais no implante induzem no osso um aumento de densidade, ou
seja, se as foras no forem exageradas existe uma remodelao ssea.
Complicaes protticas associadas tenso exercida so, por exemplo,
causadas por foras oblquas.

Otimizao de orientao do implante


A resistncia do osso cortical diminui com o aumento da angulao da carga.
Por vezes, tem de se colocar mais que um implante para a correta distribuio
das cargas.

26
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Por vezes temos de recorrer a implantes adicionais ou mais volumosos. Ou ento,


podemos optar por prteses sobre implantes (prteses de recobrimento sobre implantes
so prteses combinadas).
Quando colocamos implantes curtos temos de verificar se, pelo menos, o implante tem a
altura da coroa.
Quando existe muito pouco osso, faz-se um enxerto sseo.

Para minimizar a conexo coroa-implante:


Conetores angulados
Maior altura da coroa

rea de superfcie
A rea de superfcie onde est o implante essencial para a ao das cargas. Se
aumentarmos o dimetro do implante h uma maior distribuio das cargas.

Maximizar o osso de rea superficial funcional


Uma das coisas que fazemos quando reabilitamos implantes diminuir o prato
oclusal. No diminuir em M-D, mas podemos diminuir em V-L. Direcionamos,
assim, as foras mastigatrias em direo ao implante. O aumento da altura do
implante em 3mm melhora 20% do suporte.
Por vezes, unem-se as estruturas protticas para aumentar a resistncia foras.
Densidade ssea
Tecido fibroso no organizado radiopaco
No h fixao do implante neste tecido fibroso. O implante est colocado,
mas no h tecido sseo em seu redor.
O osso lamelar distribui melhor as foras

Plano oclusal errado


Um plano oclusal errado aumenta a magnitude das cargas, ou seja, intensifica
a tenso mecnica o que leva deformao da crista ssea.

27
CLNICA DE REABILITAO ORAL II

OCLUSO EM PRTESE TOTAL

A maioria dos pacientes tem a sua eficcia mastigatria significativamente diminuda. A


maioria dos pacientes esto satisfeitos com a sua prtese. Uma boa ocluso
considerada por muitos clnicos fundamental para o sucesso das prteses totais.

EFICCIA MASTIGATRIA E SATISFAO DOS PACIENTES


Formato oclusal dos dentes posteriores
Esquema oclusal
Disposio dos dentes
Relao maxilomandibular na qual a prtese ser confecionada

Com a dentio completa esto definidos os condicionantes oclusais fundamentais:


Curva de Spee
Curva de Wilson
Curva de compensao de Manson

PRTESE TOTAL
Perde-se conformao oclusal, da a importncia do estudo
Relao intermaxilar
Movimentos mandibulares
Trajetria dos cndilos

FACTORES DETERMINANTES DA OCLUSO EM PRTESE TOTAL


DIMENSO VERTICAL EM PRTESE TOTAL
Tambm chamado de DV em altura da face
Em prtese total considera-se a DV de repouso
DV em repouso (DVR)
DV oclusal (DVO)

DVR
Pode variar com o estado de sade, frequncia respiratria e postura
corporal
Na ausncia de patologia, no varia, constante para toda a vida
A partir da DVR determina-se a DVO

DVO
Distncia vertical funcional pressupe uma distncia medida quando os
dentes esto em intercuspidao.
DVR DVO = Espao Livre funcional (entre 2a 3mm)

SEGUNDO MCGRANE

SUPERIOR 22mm
40mm

INFERIOR 18mm

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

DV na posio postural varivel, decrescendo com o tempo.


DV da mxima intercuspidao (mximo apertamento muscular) decresce
com o tempo.
DV do espao livre da fala permanece constante.

ESPAO LIVRE FUNCIONAL


Respeitar
Limite de tolerncia das prematuridades
Depende
Caractersticas funcionais
Deglutio dos alimentos
Sintomatologia da ATM
Espao da lngua

RELAO CNTRICA
a relao do cndilo com a cavidade glenide
Posio axial que no estanque, pode haver abertura e fecho sem que deixe
de estar em RC (intervalo)
Posio determinada pelo menisco e no pelos ligamentos musculares ou
dentes
obtida pela desprogramao

OCLUSO BALANCEADA
Contacto simultneo bilateral de todos os dentes posteriores, tanto em RC
como em MIC (permite que a prtese no desinsira).
As alteraes dos dentes artificiais no desenho das suas cspides permitem
uma movimentao e contactos em harmonia com os movimentos
mandibulares.

Contactos quer no lado de trabalho, quer no lado de balanceio a entrada de ar na


zona posterior da prtese desinsere a prtese. Assim, no h contacto ao nvel dos
caninos e incisivos.
Nos movimentos de protruso no se verifica o fenmeno de Christensen. Dentes
anteriores esto em desocluso.

Existe uma guia de desocluso anterior para no entrar ar na zona posterior da prtese.

FENMENO DE HANAU
Hanau define o arco facial como um instrumento que permite determinar os
determinantes da ocluso.
Determinantes da ocluso Planos de orientao (bloco de ocluso)
Montagem de dentes

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

PLANO DE ORIENTAO
Blocos de mordida, ceras de articulao
Objetivos
DV
RC
Desgastes de Paterson
Linhas de orientao
Montagem de dentes

PLANO OCLUSAL
Paralelo linha bipupilar
Paralelo ao plano de Camper

ELABORAO DOS ARCOS DE OCLUSO


Passo mais importante da prtese total
A construo inicia--se a partir do arco mandibular
Diferente na forma de reabsoro das arcadas (existe maior fiabilidade no
arco inferior, isto porque no se perde tanto osso na tbua externa e interna
como no superior que desaparece muito mais vezes)
Aps o registo de DVO
Objetivos
Guardar espao para montagem de dentes artificiais
Registar e garantir a DVO e RC
Registar a inclinao da curva de compensao e transversa
Arco mandibular curva de Spee

PLANO DE ORIENTAO SEQUNCIA MAXILAR


Plano de Camper
Placas de Camper so placas com uma curvatura que permitem simular
a curva de Spee.

MTODOS PARA DETERMINAR A DV


Compasso de Wills
Deglutio
Teste fontico
Posio de repouso

SEQUNCIA
Posio de cabea em equilbrio e paralelo ao cho
Deglutir saliva e pronunciar 3 vezes a letra M
Compasso de Wills base do nariz base do mento
Leva-se as bases de cera amassada e o mento aproxima-se do nariz at que
alcance a medida previamente obtida no compasso de Wills
Temos a DVR nas ceras
Retira-se 2mm de cera, plastifica-se e volta a ocluir, desaparece o espao
interoclusal
Temos a DVO nas ceras

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

DETERMINANTES DA OCLUSO
DV
Curva de Spee
Curva de Wilson
RC

SEQUNCIA
Posio de cabea em equilbrio e paralelo ao cho
Deglutir saliva e pronunciar 3 vezes a letra M
Compasso de Wills base do nariz base do mento
Leva-se as bases de cera amassada e o mento aproxima-se do nariz at que
alcance a medida previamente obtida no compasso de Wills.
Temos a DVR nas ceras
Retira-se 2mm de cera, plastifica-se e volta a ocluir, desaparece o espao
interoclusal
Temos a DVO nas ceras

DETERMINANTES DA OCLUSO
DV
Curva de Spee
Curva de Wilson
RC

INDIVIDUALIZAO DA MORDIDA
Placa de 33 - mtodo funcional
Preconizado por Patterson com uma mistura abrasiva.
Criar nas ceras canaletas e com os movimentos do paciente obtemos o
registo que queremos atravs de desgaste efetuado por ele.
Vantagens
Individualizao da prtese boca do doente
Fcil execuo
Facilita a montagem dos dentes posteriores
Roletes podem ser reproduzidos (curvas de Spee e Wilson)
Desvantagens
Resilincia das mucosas Elasticidade da ATM
Descolamento das bases
Limitao dos movimentos mandibulares
Descolamento da mistura abrasiva

MONTAGEM DE DENTES
Relao cspide fossa exata
Incisivos inferiores com capacidade de movimento livre anterior
Dentes anteriores superiores devem-se ver 1mm
Papila incisiva uma referncia para a montagem
Incisivos superiores linha mdia tangente linha mdia, bordo contacta
com lbio superior

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Incisivos inferiores colo cervical deprimido e inclinado, o bordo no toca no


lbio inferior
Canino superior, ligeiramente mais para vestibular que o central
Posicionamento de dentes anteriores inferiores
Bordo incisal no toca em lingual os superiores em OC (ocluso cntrica)
Mobilidade do msculo orbicular
Eixo axial dos incisivos centrais coincide com o centro do osso
A distribuio dos dentes deve ser cuidada devido distribuio de foras
pelo osso
Muitas vezes os pacientes no se adaptam, queixam-se de ferimentos e
dores na mucosa, contribuindo um desafio clnico.

DIMINUIO DA DIMENSO VERTICAL


Distoro da face
Diminuio do V dos lbios
Aproximao do queixo do nariz
Hipotonia muscular (cara flcida)
Diminuio do espao lingual
Comissuras labiais para baixo
Sintomatologia
Perda da eficcia mastigatria
Envelhecimento facial
Sintomatologia da ATM

DIMENSO VERTICAL AUMENTADA


Distoro da face
Incompetncia labial (sensao de boca cheia com a prtese sem
conseguir falar)
Quando em tenso o queixo est com textura casca de laranja
Contraco total dos msculos reabsoro do rebordo
Sintomatologia
Fadiga muscular
Dores na ATM
Mucosa irritada
Rpida reabsoro ssea

MEDIES
DVR
Quando a mandbula se encontra em repouso (equilbrio entre gravidade
e tnus). Nem sempre igual. Mede-se com compasso de Wills e avalia-
se comparando a distncia do canto do olho comissura labial com a
distncia do Nasion ao Gnation.
DVO
Obtm-se na prtica subtraindo o espao livre funcional DVR,
normalmente entre os 1,2 e 3mm. No desdentado total pode ser maior
que 4mm.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

ELF ESPAO LIVRE FUNCIONAL


Espao entre MIC e posio de repouso
De 1,2 a 3mm depende do tempo de desdentado total e, nestes
casos pode ser necessrio descontar mais 3mm.

No dentado a carga oclusal ronda os 80,90Kg. Num desdentado ronda os 12Kg.

SEQUNCIA CLNICA
Abertura de canaletas
Tablete de cera bem colocada na placa base (em resina nunca em
cera)
Marcar posio dos caninos e abrir uma canaleta de 0,8mm de
espessura e 10mm de profundidade para trs dos caninos onde vamos
colocar o material abrasivo (gesso + gros de carburum) em overfilling
Movimentos contactantes
J temos a DVO calculada
Pedimos ao doente para fazer movimentos laterais, anteriores e
posteriores provoca desgaste de material at atingir a DVO
Ficam as curvas de Wilson e Spee + DVO e RC
Linhas de referncia
Linha mdia
Linha canina
Linha alta do sorriso
Linha baixa do sorriso

Para montagem de dentes basta um oclusor. Para fazer ajustes usamos um articulador
semi-ajustvel.

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

OCLUSO E CIRURGIA ORTOGNTICA

CIRURGIA ORTOGNTICA
Visa a correo de grandes defeitos essencialmente sseos. Certos problemas
de ocluso, mesmo existindo uma perda de harmonia dentria, s podem ser
corrigidos cirurgicamente.

MOTIVAO DO PACIENTE E OBJECTIVOS


Apesar dos objetivos oclusais constiturem o principal objetivo teraputico, a
esttica facial um fator que muitas vezes modifica o plano de tratamento

MOTIVAO DO CLNICO
desejvel que as motivaes do clnico e do doente coincidam
A equipa quase sempre constituda por um ortodontista por um cirurgio
Tm sido levadas a cabo tentativas para descrever ao certo uma ocluso ideal
funcional (como estabilidade das estruturas articulares ATM e estruturas
dentrias)
Como existem divergncias em relao a este conceito, a equipa deve ser
unnime no que diz respeito a estes princpios.
As cirurgias maxilo-faciais mandbula normalmente provocam alteraes
mandibulares.

ESTABILIDADE
A alterao da carga do periodonto, ATM, tecido sseo e tecidos moles gera
alteraes adaptativas a nvel celular
Os perodos de remodelao no so os mesmos. Variam com a idade. Quanto
mais velhos, maior o perodo at atingir estabilidade. Esta estabilidade tem que
ser mantida o resto da vida para que no ocorram recidivas.

FORMAS FACIAIS
A face ortogntica vista como uma face simtrica e equilibrada em todos os
3 planos do espao com um perfil relativamente reto e classe I dentria (molar
e canina)
Ortogntica o termo que se usa para quantificar as relaes maxilares
adequadas e a esttica facial associada.
O que pode parecer pouco atrativo ou desarmonioso para um grupo tnico
pode ser aceitvel para outro.

CLASSIFICAO DAS FORMAS FACIAIS ORTOGNTICAS


Desarmonias ntero-posteriores
Protruso maxilar
Protruso mandibular Retruso maxilar
Retruso mandibular
Desarmonias verticais
Deficincia maxilar/ mandibular
Excesso maxilar/mandibular

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Desarmonias transversais
Deficincia maxilar/mandibular
Excesso maxilar/mandibular
Assimetria facial
Excesso mandibular unilateral
Hipertrofia condilar
Macrossomia
Deficincia mandibular unilateral
Agensia condilar
Microssomia
Excesso maxilar unilateral
Macrossomia
Excesso mandibular unilateral compensatrio
Deficincia maxilar unilateral
Microssomia
Deficincia mandibular unilateral compensatria

INDICAES
Existem 2 indicaes para cirurgia ortogntica
Melhorar a esttica facial
Melhorar a ocluso

SELECO DOS PROCEDIMENTOS CIRRGICOS


O planeamento cuidadoso e uma tcnica cirrgica adequada permitem alinhar
o maxilar superior e inferior.
Devemos considerar os fatores estticos uma vez que os procedimentos
cirrgicos alteram a forma do queixe, ngulo mandibular, osso molar e regio
nasal.

PROCEDIMENTOS MANDIBULARES
Ramo
Osteotomia sagital
Osteotomia vertical subcondilar
Corpo
Osteotomia interdentria
Ostectomia (extrao dentria)
Alvolos
Anterior
Posterior
Total

PROCEDIMENTOS MAXILARES
Le Fort I
Com enxertos (osso ou substituto)
Alveolar segmentar
Anterior
Posterior
Em combinao com Le Fort I

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CLNICA DE REABILITAO ORAL II

Estes procedimentos implicam mtodos de fixao ssea


Arames
Parafusos e placas
Parafusos sseos

RISCOS CIRRGICOS
Compromisso da estrutura nervosa
Hemorragia no controlada
M unio ou no unio (deiscncia)
Recidiva
Compromisso dentrio
Aumento dos sinais e sintomas na regio da ATM
Insatisfao da esttica

POTENCIAIS BENEFCIOS (RISCOS CIRRGICOS)


Forma de reduzir os riscos cirrgicos
Relao cntrica/ ocluso cntrica
Equipa de trabalho (objectivos idnticos) o Adaptao tecidular (stress)
Aconselhamento (motivao)

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