Bloco Ceramico
Bloco Ceramico
Bloco Ceramico
Os tijolos cerâmicos, são popularmente conhecidos e utilizados pelo homem desde 4000
anos a.c. sendo estes destacados pela sua durabilidade e facilidade de sua fabricação,
dada a abundância da matéria-prima que o origina, a argila. O mercado oferece uma
vasta opção de tijolos e materiais de construção diversificada que pode variar de preço e
qualidade da sua obra, (DANTAS, 2006).
Segundo BAUER (1998) chama-se tijolo cerâmico à pedra artificial obtida pela
moldagem, secagem e cozedura de argilas ou de misturas contendo argilas. Segundo
BAR (2003), tijolo é um produto cerâmico, avermelhado, geralmente em forma de
paralelepípedo e amplamente usado na construção civil, artesanal ou industrial
Argila
Tem em conta a relação entre os processos de formação das argilas e o seu modo de
ocorrência, (FREITAS, 1997).
Lenha
Grande parte das argilas utilizadas na indústria cerâmica é natural, sendo encontradas
em depósitos dispersos pela crosta terrestre. Cada produto cerâmico requer um tipo
próprio de matéria-prima, portanto, antes de qualquer coisa se deve proceder à escolha
da jazida. O teor de argila, a composição granulométrica, a profundidade da barreira, a
humidade e outros factores influem no resultado do produto final, (OLIVEIRA, 1994).
Nesta fase, a argila é estocada a céu aberto por um período mínimo de seis meses, sendo
ideal por um (1) ano de descanso, exposta ao processo de intemperismo com o sol e
chuva, sofre alterações químicas e decomposição, promovendo alívio de tensões nos
produtos conformados, auxiliando na plasticidade, na trabalhabilidade, na
homogeneização e distribuição da humidade nas massas cerâmicas, beneficiando o
processamento posterior da argila. O processo de sazonamento deverá estar associado à
operacionalização, permitindo garantir a produção em épocas de chuvas, quando a
extracção e o transporte da argila ficam prejudicados. Por isso, é necessário que a
quantidade de argila acumulada nos montes seja suficiente para atender à produção,
(RODRIGUES, 2002).
Nesta etapa existem diversos processos de conformação para peças cerâmicas: colagem,
prensagem, extrusão e torneamento. A selecção de um ou outro depende
fundamentalmente da geometria e características do produto desejado. A massa, ainda
húmida (W=22%) e na fase plástica, é colocada numa extrusora a vácuo, também
conhecida como maromba, onde é compactada e forçada, por um pistão (eixo
helicoidal), a passar através da boquilha. Obtém- se, então, uma coluna extrudada, com
secção transversal no formato e dimensões desejados, que é, em seguida, cortada,
obtendo-se, assim, as peças: tijolos, (NORTON, 2006).
De acordo com PINHEIRO (2009), as formas para a fabricação dos tijolos podem variar
no tipo de material (madeira, ferro), tamanho, forma e quantidade de tijolos a serem
produzidos. Contudo, dentre os materiais, o mais aconselhável é a madeira devido sua
grande facilidade na mudança de formas e tamanhos dos tijolos.
2. Queima
A queima é a etapa mais importante de todo processo produtivo. É nesta fase que se
manifestam várias propriedades das argilas através das transformações físicas, químicas
e mecânicas causadas pela acção do calor. Pode se utilizar como elemento de queima
várias fontes de energia: madeira (serragem), rejeito de madeira (cascas), óleo, carvão
vegetal, carvão mineral e gás natural. O processo de queima é demorado em virtude da
humidade residual após a secagem e da grande massa de material no interior do forno,
(RODRIGUES, 2002). Dependendo do tipo de forno utilizado para queima (túnel ou
Hoffmann) as peças são colocadas em pilhas e distribuídas ao longo do forno, ou em
vagões, separadas por espaços vazios, que servem para circular o calor gerado pela
câmara de combustão.
No processo da queima estão presentes quatro fases, (SENAI, 2006):
A área para o armazenamento dos tijolos deve ser limpa e livre de humidade, só devem
ser empilhados no máximo dois paletes um sobre o outro ou então sete fiadas para os
tijolos que são arrumados manualmente. Recomenda-se que os tijolos sejam
identificados e separados de acordo com o seu tipo e sempre que houver ameaças de
chuva os mesmos deverão ser protegidos.
Normas técnicas
a) Resistência à compressão
Segundo MEHTA (2003), este ensaio verifica a capacidade de carga que os tijolos
cerâmicos suportam quando submetidos a forças exercidas perpendicularmente sobre
suas faces opostas e determina se as amostras oferecem resistência mecânica adequada,
simulando a pressão exercida pelo peso da construção sobre os tijolos.
Independentemente da classificação, todas as amostras de tijolos cerâmicos têm de
atender ao requisito mínimo de 1,0 MPa conforme com a norma NBR 7171/1992.
b) Precisão Dimensional
c) Índice de Absorção
A norma NBR 7171/1992, considera adequada uma faixa bastante elástica para taxa de
absorção da água, de 8% a 25% em massa. Esta propriedade está relacionada à
permeabilidade do componente e à relação entre sua superfície e a argamassa de
assentamento e revestimento, no momento da aplicação. A faixa considerada ideal,
segundo SILVA (2001), é de 18 a 20%. Baixa taxa de absorção representa alta
resistência mecânica, mas valores menores que 10% dificultam a adesão entre o tijolo e
a argamassa, enquanto que a taxa de absorção muito alta indica que o material é muito
poroso e permeável, prejudicando o desempenho quando utilizado aparente.
Tipos de tijolos
São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas (Figura 4.1),
obtidos após a queima das peças em fornos contínuos ou periódicos com temperaturas
das ordens de 900 a 1000°C.
Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas retilíneas. São produzidos a partir
da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação obtida através de extrusão.
dimensões: 9x19x19cm
quantidade por m²: parede de 1/2 tijolo: 22un; parede de 1 tijolo: 42un
peso ≅ 3,0kg
resistência do tijolo ≅ espelho: 30kgf/cm² e um tijolo: 10kgf/cm²
resistência da parede ≅ 45kgf/cm²
A seção transversal destes tijolos é variável, existindo tijolos com furos cilíndricos e
com furos prismáticos. No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos estão
dispostos paralelamente à superfície de assentamento o que ocasiona uma diminuição
da resistência dos painéis de alvenaria. As faces do tijolo sofrem um processo de
vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas de assentamento e
revestimento, por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que aumentam
a aderência.
dimensões: 23x11x5,5cm
quantidade por m²: parede de 1/2; tijolo:70un; parede de 1 tijolo: 140un
peso aproximado ≅ 2,70kg
resistência do tijolo ≅ 35kgf/cm
Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terreno onde se
processa a construção, cimento Portland de 4 a 10%, e água, prensados mecanicamente
ou manualmente. São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço
1:2:8 ou por meio de cola
dimensões: 20x10x4,5cm
quantidade: a mesma do tijolo maciço de barro cozido
resistência a compressão: 30kgf/cm²
METODOLOGIA
Etapa 1: Extracção
Foi retirado a camada superficial de solo (30 a 40 cm), desprezou se essa camada, pois
ela não era adequada para a fabricação dos tijolos devido à presença de matéria
orgânica, assim iniciou a fase de extracção da argila.
Etapa 2: Estocagem
Depois da extracção, a argila foi transportada para o local de fabrico de tijolos, usou se
carro, onde foi deixado a céu aberto para o processo estocagem, obtendo-se com isso
características adequadas para a moldagem e produção de tijolos.
Já preparada a massa, foi retirada da cova e precedeu a etapa de conformação das peças
ou seja, de produção de tijolos, com ajuda das mãos foi colocada a massa em moldes de
madeira já humedecidos que facilitou a remoção da peça, assim deu a estrutura ao tijolo.
Fim da queima dos tijolos, foram deixados ainda dentro do forno até o arrefecimento e
de seguida foram retirados para a proximidade da estrada como amostra para os
consumidores.
Referências bibliográficas
DANTAS, M.A; GALVÃO, S.B (2006). Estudo comparativo de blocos cerâmicos para
alvenaria produzidos no estado do Rio Grande do Norte. Foz do Iguaçu.
ANICER (2009): Fornos - existe um tipo especial para a sua empresa. Edição 56.
SILVA, N.C (2001): Qualidade dos Produtos e Relações com a Indústria da Construção
Civil. Florianópolis
SOUZA, D.R.R (2013): Emissão dos gases poluentes das industrias cerâmicas do vale
do Auç/RN.