Variáveis Preditoras de Mudanças em Psicoterapia: Psicologia Clínica
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PSICOLOGIA CLÍNICA
Variáveis do Paciente
1. Diagnóstico clínico:
• Características da personalidade e estilo de funcionamento do paciente;
• Tipo de transtorno;
• Complexidade dos sintomas;
• História de vida;
2. Crenças e expetativas:
• Expectativas no tratamento;
• Expetativas no terapeuta;
• Expectativas de cura;
• Confiança.
3. Disposição pessoal;
4. Motivação;
5. Sofrimento psíquico;
6. Comprometimento.
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Diagnóstico
Características da personalidade e estilo de funcionamento do paciente:
• Habilidade para produzir associações, flexibilidade, sensibilidade ao ambiente, capaci-
dade de aprofundar sentimentos, grau de integração do eu, força do eu, capacidade de
suportar certa quantidade de estresse e de ansiedade.
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Tipo de transtorno:
• Pacientes com níveis de transtorno leves obtêm melhores resultados com a psicoterapia.
Crenças e Expectativas
• Expectativa no tratamento. A expectativa que o paciente apresenta será preditora na
forma pela qual ele irá se engajar no tratamento. Exemplos que influenciam na expec-
tativa: duração e técnica;
• Expectativa no terapeuta;
• Expectativa de cura. Quanto mais o paciente acreditar e confiar na cura, maior será a
resposta ao tratamento;
• Confiança.
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Disposição pessoal
Diz respeito à própria atitude que o paciente apresenta diante do terapeuta. A resistência
ao tratamento é um exemplo de falta de disposição pessoal.
Motivação
Quanto maior a motivação do paciente, mais satisfatória será sua resposta ao tratamento.
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Sofrimento psíquico
É necessário que haja um sofrimento psíquico para que o paciente sinta necessidade de
entrar em um processo psicoterapêutico. Todavia, se o sofrimento for intenso, isso poderá pre-
judicar a efetividade do tratamento.
Comprometimento
Quanto mais capacidade o paciente tiver de se comprometer com o tratamento, mais
satisfatórios serão os resultados.
Variáveis do Terapeuta
São fatores anteriores e que não dependem da abordagem e da técnica que o terapeuta
utiliza, mas sim dizem respeito à sua pessoa.
1. Atitudes
• Respeito;
• Empatia;
• Calor humano;
• Autenticidade.
2. Habilidades
• Interesse genuíno nas pessoas e em seu bem-estar;
• Autoconhecimento;
• Compromisso ético;
• Atitudes que favorecem o relacionamento terapêutico;
• Capacidades que favorecem o relacionamento terapêutico.
3. Personalidade do terapeuta
• Maturidade da personalidade;
• Nível de autoconhecimento;
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Atitudes
Respeito pelo paciente: engloba uma escuta acolhedora, um incentivo à autoexploração,
o não criticar, não julgar, não reagir emocionalmente a provocações, criando um clima positivo
a mudanças.
Empatia: é definida como o entendimento do ponto de vista do paciente e de sua visão de
mundo, ou seja, a empatia é o ato de se colocar no lugar do outro.
Calor humano: trata-se do conjunto de atitudes como aceitação, respeito, afirmação, apoio,
compaixão, carinho e elogios por parte do terapeuta.
Autenticidade: envolve tanto uma autoconsciência por parte do terapeuta quanto uma dis-
posição para compartilhar essa consciência. Está relacionada com atitudes como coerência,
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transparência, sinceridade.
Habilidades
São aptidões e atitudes que o terapeuta deve levar em conta se possui ou se está disposto
a desenvolver, caso queira se dedicar à prática clínica:
• Interesse genuíno nas pessoas e em seu bem estar;
• Autoconhecimento;
• Compromisso ético;
• Atitudes que favorecem o relacionamento terapêutico:
• Calor humano, cordialidade, autenticidade, empatia e aceitação positiva incondicional;
Capacidades
Envolve as capacidades de compreender, ouvir, guiar, refletir, confrontar, interpretar, infor-
mar e resumir.
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Personalidade do Terapeuta
• Maturidade da personalidade. Essa maturidade favorece o processo de mudança
do paciente.
• Nível de autoconhecimento;
• Necessidades básicas;
• Postura (mais ou menos dominante).
Pacientes mais reativos e agressivos serão submetidos a terapias que sejam mais direti-
vas; já os pacientes mais introspectivos tendem a responder de forma satisfatória com relação
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a terapias de insight.De igual modo, terapeutas dominantes tendem a conduzir terapias dire-
tivas de forma mais satisfatória; já os terapeutas menos dominantes, eles tendem a conduzir
terapias de insight.
Proximidade Sociocultural
Quanto maior for a proximidade sociocultural entre o terapeuta e o paciente, melhores
serão os resultados da terapia.
Experiência Clínica
Em regra, terapeutas com experiência clínica maior apresentam melhores resultados na
condução da terapia. Todavia, existem vários estudos que mostram que outras características
têm maior peso no sentido de mostrar resultados mais positivos.
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Relação Real:
Diz respeito à relação da pessoa real do paciente, com a pessoa real do terapeuta (prefe-
rências, jeito de vestir, de falar, contrato terapêutico, tratamento, férias).
Aliança de trabalho/terapêutica):
• É a capacidade do paciente de estabelecer uma relação de trabalho com o terapeuta
em oposição as reações transferenciais regressivas e à resistência.
• A aliança terapêutica diria respeito à relação racional (e não neurótica) do paciente com
o terapeuta.
• O ego racional é o ego da aliança terapêutica.
Relação Terapêutica
• Geralmente se mantém estável durante o tratamento;
• A capacidade de aliança terapeuta/paciente é, geralmente, estabelecida (ou verificada)
até a terceira sessão;
• As características do paciente geralmente são mais importantes do que as característi-
cas do terapeuta.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fabiola Maria de Carvalho Izaias.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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