Livro Do Salomão Pinto e Preusseler
Livro Do Salomão Pinto e Preusseler
Livro Do Salomão Pinto e Preusseler
SUMARIO
CAPITULO 1 .............................................................................................................................. 1
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
CAPITULO 2 .............................................................................................................................. 4
CARGAS SOBRE OS PAVIMENTOS ............................................................................ 4
CAPITULO 3 .............................................................................................................................. 9
PAVIMENTO RODOVIÁRIO............................................................................................... 9
3.1 – CAMADAS CONSTITUINTES ............................................................................... 10
3.1.1 – Regularização............................................................................................................ 10
3.1.2 – Reforço do Subleito ................................................................................................... 11
3.1.3 – Sub-Base .................................................................................................................... 11
3.1.4 – Base ........................................................................................................................... 13
3.1.5 - Revestimento............................................................................................................... 16
CAPÍTULO 4 ............................................................................................................................ 22
AVALIAÇÃO FUNCIONAL ................................................................................................ 22
4.1 - TERMINOLOGIA DOS DEFEITOS....................................................................... 22
4.2 - Conceito de Serventia ............................................................................................... 30
4.2.1 – Avaliação de Superfície ............................................................................................. 32
4.2.2 – Causas Prováveis dos Defeitos.................................................................................. 45
CAPÍTULO 5 ............................................................................................................................ 65
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL ............................................................................................ 65
5.1 - Noções de Deformabilidade .................................................................................... 65
5.2 - Medidas de Deflexão .................................................................................................... 68
CAPÍTULO 6 ............................................................................................................................ 79
ANÁLISE DE TENSÕES, DEFORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS ............. 79
6.1 – Conceituação .............................................................................................................. 79
6.2 – Programas Computacionais de Análise ............................................................. 97
6.2.1 – Programa Elsym5...................................................................................................... 98
6.2.3 – Outros Programas ................................................................................................... 106
6.3 – Fadiga de Misturas Asfálticas .............................................................................. 108
6.3.1 – Método Experimental .............................................................................................. 114
6.3.2 – Método Mecanístico e Experimental ....................................................................... 129
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
CAPITULO 2
! Automóveis (P)
Veículos de dois eixos e quatro rodas destinados ao transporte de pessoas.
! Ônibus (O)
Veículos com dois ou três eixos; o eixo dianteiro possui duas rodas e os demais,
quatro rodas cada.
CAPITULO 3
PAVIMENTO RODOVIÁRIO
# Segundo o Usuário:
O pavimento é uma superfície capaz de suportar o tráfego em condições de
conforto e segurança.
# Segundo o Engenheiro:
O pavimento é uma estrutura constituída por uma ou mais camadas, com
características para receber as cargas aplicadas na superfície e distribuí-las, de modo
que as tensões resultantes fiquem abaixo das tensões admissíveis dos materiais que
constituem a estrutura. Os pavimentos são classificados em rígido, flexível e semi-
rígido:
3.1.1 – Regularização
3.1.3 – Sub-Base
3.1.4 – Base
3.1.5 - Revestimento
CAPÍTULO 4
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
FI Fissura
TTC Trinca Transversal Curta
TTI Trinca Transversal Longa
TLC Trinca Longitudinal Curta
TLL Trinca Longitudinal Longa
TRR Trinca de Retração
J Trinca Tipo Couro de Jacaré, sem erosão
JE Trinca Tipo Couro de Jacaré, com erosão
TB Trinca Tipo Bloco, sem erosão
TBE Trinca Tipo Bloco, com erosão
ALP Afundamento Plástico Local
ALC Afundamento de Consolidação Local
ATP Afundamento Plástico de Trilha
ATC Afundamento de Consolidação de Trilha
O Corrugação (ondulações transversais)
24
! Trincas Classe 1
São trincas capilares com abertura de até 1 mm, normalmente designadas
de fissuras.
! Trincas Classe 2
São trincas com abertura superior a 1 mm, sem desintegração ou erosão
nas bordas.
! Trincas Classe 3
São trincas com abertura superior a 1 mm, com desintegração ou erosão
nas bordas.
# Trincas em juntas
Ocorrem em juntas construtivas, como aquelas executadas em pano
adjacentes de revestimentos em concreto asfáltico.
# Trincas de alargamento
Ocorrem junto ao bordo da pista e refletem a descontinuidade resultante de
alargamento anterior da plataforma pavimentada.
# Trincas de abatimento de aterro
Decorrem de movimentos rotacionais no corpo do aterro. Refletem-se na
plataforma pavimentada como uma ampla trinca parabólica, posicionada
com a concavidade voltada para o lado do aterro.
sendo:
SV - variância (quadrado do "desvio padrão") das inclinações do perfil
longitudinal medidas com o perfilômetro da AASHTO.
C- proporção de 1 para 1.000 de áreas com fendas de classe 2 e 3.
P- proporção de 1 para 1.000 de áreas remendadas.
RD - profundidade média dos afundamentos nas trilhas de roda.
Conceito VSA
Péssimo 0a1
Ruim 1a2
Regular 2a3
Bom 3a4
Ótimo 4a5
Para cada trecho homogêneo, cuja extensão deve ser inferior a 2,0 km, o Valor
da Serventia Atual é a média dos resultados das notas dadas pelos cinco avaliadores.
Estes devem ignorar na análise problemas geométricos do trecho, bem como
problemas ligados à resistência à derrapagem, a cruzamentos ferroviários e a recalques
de aterros ou bueiros.
33
Descrição IES
IGGE ≤ 20 e ICPF > 3,5 0
IGGE ≤ 20 e ICPF ≤ 3,5 1
20 ≤ IGGE ≤ 40 e ICPF > 3,5 2
20 ≤ IGGE ≤ 40 e ICPF ≤ 3,5 3
40 ≤ IGGE ≤ 60 e ICPF > 2,5 4
40 ≤ IGGE ≤ 60 e ICPF ≤ 2,5 5
60 ≤ IGGE ≤ 90 e ICPF > 2,5 7
60 ≤ IGGE ≤ 90 e ICPF ≤ 2,5 8
IGGE > 90 10
! Irregularidade de Superfície
QI=13 IRI
onde:
C1 – Reconstrução ou reciclagem ou reforço:
C2, C3 – Reforço com camada intermediaria;
C4 – Conservação pesada ou recuperação;
C5, C6, C7 – Reforço;
C8 – Conservação pesada;
C9, C10, C11 – Conservação leve;
C12 – Conservação rotineira;
HR – Espessura do revestimento, cm.
Onde:
ICPF: Índice de Condição de Pavimentos Flexíveis
QI: Quociente de Irregularidade
IRI: Índice Internacional de Irregularidade
IGG: Índice de Gravidade Global
TR: Trincamento (% de FC-2 + FC-3)
! Trincamento em Bloco
a) Descrição
As trincas em bloco possuem formato aproximadamente retangular,
formando blocos de vários tamanhos. Estes blocos sofrem uma redução
nas suas dimensões à medida em que aumenta o grau de deterioração.
b) Causas Prováveis
Este tipo de trincamento é causado, principalmente, pela contração do
material de revestimento, em função da alternância diária entre altas e
baixas temperaturas. A sua constatação, geralmente, indica que o ligante
asfáltico perdeu significativamente sua característica elástica. Tal defeito
também poderá ocorrer quando houver a união de trincas transversais e
longitudinais, em revestimentos executados sobre bases cimentadas, e
poderá ocorrer sobre toda a região do revestimento, podendo, manifesta-
se no acostamento.
c) Correção
O processo de selagem com o ligante especial é fundamental para
minimizar a degradação do pavimento.
48
! Trincamento de Bordas
a) Descrição
As trincas de borda são fendas que se formam normalmente em uma
região afastada de no máximo 60 cm da borda do pavimento ou na região
divisória em que o pavimento sofreu alargamento. Caracteriza-se por uma
trinca longitudinal ou por uma área trincada ocorrente na região da junção
entre a pista e o acostamento ou entre a pista e o alargamento. O
trincamento de borda pode ser acompanhado entre a pista e o
alargamento. O trincamento de borda pode ser por desintegração ou
erosão ao longo da borda.
b) Causas Prováveis
• Construção deficiente de junta de ligação entre a pista e o
acostamento, ou alargamento;
• Diferença de rigidez entre os materiais constituintes do
acostamento ou do alargamento e do pavimento existente;
• Compactação insuficiente;
• Drenagem deficiente ou inexistente.
c) Correção
Selagem ou reconstrução.
50
! Trincamento Parabólico
a) Descrição
Este tipo defeito é caracterizado pela formação de trincas em forma de
meia lua, geralmente com ambas as pontas indicando a direção do
tráfego.
b) Causas Prováveis
• Má ligação entre o revestimento asfáltico e a camada subjacente;
• Baixa estabilidade da mistura asfáltica.
c) Correção
Selagem da trinca ou remoção do revestimento e reconstrução.
51
2. Afundamento Plástico
a) Descrição:
É uma depressão caracterizada por um afundamento na região solicitada
e um solevamento lateral.
b) Causas Prováveis
O afundamento plástico é causado pela ruptura de uma ou mais camadas
do pavimento ou fluência elevada da massa asfáltica.
c) Correção
Estudos especiais para definir o grau do problema
54
! Escorregamento de Capa
a) Descrição:
O escorregamento é um movimento horizontal da mistura asfáltica
ocasionado pelos esforços tangenciais transmitidos pelas cargas dos
veículos (frenagem e aceleração) e que produzem uma ondulação curta e
abrupta na superfície do pavimento.
b) Causas Prováveis
$ Ligação inadequada entre o revestimento e a camada sobre a
qual esta se apóia (deficiências na imprimação ou pintura de
ligação);
$ Limitada inércia do revestimento asfáltico devido à pequena
espessura;
$ Compactação deficiente da mistura asfáltica ou da porção
superior da camada de base;
$ Fluência plástica do revestimento na ocorrência de altas
temperaturas.
c) Correção
Remoção e reconstrução.
56
! Desgaste
a) Descrição
Considera-se pela designação genérica de desgaste, perda de agregados
e/ou argamassa fina do revestimento asfáltico. Caracteriza-se pela
aspereza superficial anormal, com perda de envolvimento betuminoso e
arrancamento progressivo dos agregados.
b) Causas Prováveis
$ Perda de coesão entre agregado e ligante devido à presença de
material estranho no momento da construção;
$ Presença de água no interior do revestimento que originam
sobrepressões hidrostáticas capazes de provocar o deslocamento
da película betuminosa;
$ Deficiência localizada de ligante asfáltico nos serviços por
penetração decorrente de entupimento dos bicos ou má regulagem
da barra espargidora.
c) Correção
Construção de uma capa selante
57
! Exsudação
a) Descrição
A exsudação é um fenômeno em que a película ou filme de material
betuminoso forma-se na superfície do pavimento e caracteriza por
manchas de variadas dimensões. Estas manchas resultantes
comprometem seriamente a aderência do revestimento aos pneumáticos,
principalmente sob tempo chuvoso, caracterizando um sério problema
funcional.
b) Causas Prováveis
$ Dosagem inadequada da mistura asfáltica, acarretando teor
excessivo de ligante e/ou índice de vazios muito baixo.
$ Temperatura do ligante acima da especificada no momento da
mistura, acarretando a dilatação do asfalto e ocupação irreversível
dos vazios entre as partículas ou falta de agregado no caso de
tratamentos superficiais.
c) Correção
Capa selante ou fresagem do local.
58
! Agregado Polido
a) Descrição
Este defeito caracteriza-se pela inexistência (ou pouca) projeção dos
agregados acima da superfície do pavimento, provocando deficiências de
aspereza e conseqüentemente na resistência derrapagem.
Esta falha só deverá ser considerada quando o grau de polimento
influenciar na redução da resistência à derrapagem. Sua presença poderá
ser verificada visualmente ou pelo tato sobre a superfície do pavimento.
b) Causas Prováveis
Provocado pela repetições da passagem dos pneumáticos sobre o
revestimento.
c) Correção
Capa selante
59
! Panela (buraco)
a) Descrição
As panelas são cavidades formadas inicialmente no revestimento do
pavimento e que possuem dimensões e profundidades variadas. O defeito
é muito grave, pois afeta estruturalmente o pavimento, permitindo acesso
das águas superficiais ao interior da estrutura. Também é grave do ponto
de vista funcional, já que afeta a iregularidade longitudinal e, como
conseqüência, a segurança do trafego, e o custo do transporte.
b) Causas Prováveis
$ Trincamento (estágio terminal);
$ Desintegração localizada na superfície do pavimento (desgastes
de severidade alta);
$ Evolução dos defeitos;
c) Correção
Reparar a área afetada pela execução de um remendo superficial ou
profundo.
61
! Bombeamento
a) Descrição
O bombeamento è caracterizado pela ascensão de água e finos nas
trincas sob a ação das cargas de tráfego. Ele é percebido pela existência
de manchas na superfície ou pela acumulação de material fino junto às
trincas.
b) Causas Prováveis
O bombeamento é causado pela existência de vazios sob o revestimento
e a sobrepressão hidrostática provocada pela passagem dos veículos.
c) Correção
Reparo da área afetada pela execução de remendo superficial ou
profundo.
64
! Envelhecimento
a) Descrição
Caracteriza-se pelas perdas das propriedades viscoelásticas do ligante
betuminoso.
b) Causas Prováveis
$ Deficiência de ligante ou oxidação;
$ Excesso de aquecimento do ligante ou do agregado.
c) Correção
Capa selante – massa fina, lama asfáltica, tratamento superficial, micro
revestimento asfáltico a frio com emulsão polimerizada.
65
CAPÍTULO 5
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL
10.x 2
R=
2 ( d0 − d 25 )
3125
R=
( d0 − d 25 )
• Vigas de deflexão;
• Equipamentos dinâmicos de vibração;
• Equipamentos dinâmicos de impacto.
d 0 = ( L0 − L f ).K
sendo K a constante da viga, definida como a relação entre a parte maior e a menor do
braço de prova.
Para determinar uma deformada completa, há necessidade de afastar o
caminhão de prova a pequenos intervalos, fazendo uma série de leituras intermediárias
a cada parada do veículo, até o limite de cerca de 3,0m. Cada deflexão intermediária
71
d i = ( Li − L f ).K
! Raio de Curvatura
O raio de curvatura é um parâmetro afetado essencialmente pelas características
elásticas dos componentes da porção superior da estrutura, ou seja, o próprio
75
# Viga Benkelman
CAPÍTULO 6
6.1 – Conceituação
Onde σ d é a tensão desvio variável. A Figura 6.1 mostra esquematicamente esse tipo
de abordagem, onde as tensões cisalhantes são nulas para a condição da carga acima
do ponto considerado (Ref.28).
onde:
MR - módulo de deformação resiliente;
83
deformação axial.
aplicar 200 vezes a tensão-desvio a 60 ciclos por minutos, duração de 0,10 segundo. A
seguir, com a mesma tensão confinante aplicada e com razão de tensões principais
igual a 4, aplicar o mesmo número de repetições da tensão-desvio.
b) Medições de deformação – a fim de obter o módulo resiliente, aplicam-se as
seguintes tensões: σ 3 = 0,21 – 0,35 – 0,525 – 0,70 – 1,05 – e 1,40 Kgf/cm²; para cada
uma destas, aplica-se uma tensão-desvio tal que se obtenha as seguintes razões
σ 1 / σ 3 = 2, 3 e 4.
Registram-se as deformações após 200 aplicações de cada tensão-desvio.
O registro das deformações mostra que, para cada aplicação da tensão desvio, a
deformação axial tem uma parcela pequena de natureza plástica ou permanente
(ε P ) : ε t = ε P + ε R . Este registro é mostrado esquematicamente na figura abaixo:
86
ε1 =
1
(σ 1 − 2µσ 3 )
E
ε3 =
1
[σ 3 (1 − µ ) − µσ 1 ]
E
onde:
σ 1ε 3 − σ 3 ε 1
µ= coeficiente de Poisson
2σ 3 ε 3 − (σ 1 + σ 3 )ε 1
(σ 1 − σ 3 )(σ 1 + 2σ 3 )
E= módulo de Young
(σ 1 + σ 3 )ε 1 − 2σ 3ε 3
Fig. 6.3 – Comportamento tensão – deformação dos solos: (a) elástico linear; (b)
elástico não-linear com recuperação total; (c) elástico não-linear com histerese; (d)
elasto-plástico.
87
τ
G=
γ
ε1 =
[σ 1 − µ (σ 2 + σ 3 )]
E
ε2 =
[σ 2 − µ (σ 1 + σ 3 )]
E
[σ 3 − µ (σ 1 + σ 2 )]
ε3 =
E
respectivamente.
Como os solos e as britas utilizadas em pavimentação não têm um
comportamento elástico linear, a equação de Hooke generalizada não se aplica e,
assim, procura-se determinar nos ensaios triaxiais, relações empíricas entre os
88
M R = f (σ d , σ 3 )
P1
S = 100 − x100
P2
onde:
S – percentagem de silte na fração fina;
P1 – percentagem de material com partículas de diâmetros inferiores a 0,005mm;
P2 – percentagem de material com partículas de diâmetros inferiores a 0,075mm;
M R = K 1'θ K 2
'
θ = σ 1 + σ 2 + σ 3 = σ d + 3σ 3 ou
89
M R = K 1σ 3K 2
M R = K 1θ K 2 σ d− K 2
M R = [K 2 + K 3 (K 1 − σ d )] K1 > σ d
M R = [K 2 + K 4 (σ d − K 1 )] K1 < σ d
ou então:
M R = aσ d− b
Onde:
M R = [K 2 + K 3 (K 1 − σ d )]σ 3K 5 , σ d < K 1
M R = [K 2 + K 4 (σ d − K 1 )]σ 3K 5 , σ d > K 1
90
ε 3R
MR =
ε 1R
A tensão confinante ( σ 3 ) pode ser também pulsatória, em células triaxiais
especiais.
Pela teoria elástica, segundo Frocht, a deformação específica num ponto distante
de x do centro do corpo-de-prova cilíndrico é dada por:
4d 4 − 16d 2 x 2
ε1 =
2F
+ (1 − µ )
3,14 Ehd (
d − 4 x
2 2 2
)
onde:
F – força vertical aplicada através do friso à geratriz do cilindro;
E – módulo de elasticidade do material;
h – altura do corpo-de-prova cilíndrico;
d – diâmetro do corpo-de-prova cilíndrico;
x – abcissa – distância horizontal ao centro do corpo-de-prova;
µ - coeficiente de Poisson.
E=
F
(µ + 0,2734)
∆.h
93
onde:
E=
F
(µ + 0,2734)
E.h
Para a carga aplicada por um meio de um friso curvo de 1,27cm, tem-se, com
base nos estudos de Preussler (Ref. 41), a equação:
E=
F
(0,9976µ + 0,2692)
∆.h
As amostras utilizadas nos ensaios a flexão alternada são vigas biapoiadas com
carregamento aplicado nos extremos de terço médio, o que dá origem a um estado de
flexão pura entre as duas cargas (Ref. 36).
Configuração da viga
σt =
3aF
a=
1
(l − f )
bh 2 2
12hd
εt =
(
3l 2 − 4a 2 )
Mt =
(
Fa 3l 2 − 4a 2 ) I=
bh 3
48ld 12
onde:
σt – tensão máxima de tração, na fibra inferior no centro da viga;
l – distância entre os apoios;
f – distância entre as cargas;
F – carga repetida aplicada;
b – largura da viga;
96
h – altura da viga;
d – deflexão máxima no centro da viga;
I – momento de inércia da viga;
εt – deformação máxima de tração na fibra inferior, calculada a partir da deflexão
no centro da viga;
Mf – módulo de elasticidade à flexão, baseado na deflexão do centro da viga.
σ t = 0,069 F
ε t = 0,0385d
F
Mf = 1,79
d
Irwin, segundo Pinto (Ref. 36), utiliza o método do trabalho virtual para
determinar o módulo à flexão da viga. Consiste em considerar a igualdade entre o
trabalho externo por força virtual devido às cargas atuantes e o trabalho interno devido
aos momentos e tensões cisalhantes reais e virtuais. A expressão para o cálculo do
módulo é acrescida de um fator, ou seja:
F 216h 2 (1 + µ )
M f = 1,79 1 +
d 115l 2
F
M f = 1,79 (1,153)
d
F
M f = 2,064
d
97
Tem-se observado uma tendência crescente nos últimos anos de uso da teoria
de camadas elásticas nos projetos de pavimentos novos e de reforço de pavimentos
98
antigos. Essa teoria, que inicialmente teve a sua maior aplicação apenas a pavimentos
flexíveis, já vem sendo adotada, no dimensionamento e análise de pavimentos rígidos.
Metodologias, de ensaio capazes de fornecerem de maneira relativamente
rápida e econômica as características elásticas fundamentais dos materiais das
camadas dos pavimentos tem permitido uma freqüência de aplicações da teoria da
elasticidade à pavimentação (Ref.46).
! Variáveis de Carga
As cargas são caracterizadas por duas destas três entradas: carga em kgf,
pressão do pneu em kgf por centímetro quadrado, raio carregado em centímetros.
Poderão ser usadas duas entradas quaisquer e o programa calculará a terceira.
Poderão ser colocadas até dez cargas idênticas no sistema, em diferentes
coordenadas, por exemplo, representando a configuração das rodas de uma aeronave.
100
O Elsym5 fará a soma do efeito de todas as cargas a fim de obter os resultados nas
coordenadas desejadas. Faz-se necessário um mínimo de uma carga (Ref.46).
carga, não levava a deflexões comparáveis com as obtidas no campo. Daí, passou-se a
não considerar o estado de tensões iniciais devido ao peso próprio das camadas,
obtendo-se uma boa comparação entre as deflexões medidas e as calculadas
teoricamente para as condições dos materiais (densidade, umidade) existentes no
campo, sendo estimados os módulos iniciais a partir dos valores mínimos embutidos no
programa computacional (Ref.32). O fluxograma do Fepave é apresentado na figura
6.7:
104
σ0
E C( t ) =
ε( t )
σ( t )
ER ( t ) =
ε0
dσ
ER ( t ) =
dε
111
σ (t ) = σ 0 ⋅ sen ( w ⋅ t )
ε (t ) = ε 0 ⋅ sen (w ⋅ t - φ )
Van der Poel (1954) formulou o conceito de rigidez como um meio de incorporar
os efeitos do tempo de carga e temperatura nas soluções elásticas, levando em conta a
dificuldade de formulação de modelos de comportamento mais realísticos para
materiais termo-sensíveis e viscoelásticos, como as misturas betuminosas (Ref.23).
ε t = ε P + ε e + ε Ve + ε Vp
onde:
εP – deformação plástica
εe – deformação elástica
εVe – deformação viscoelástica
εVp – deformação viscoplástica
O estudo da ruptura por fadiga dos materiais tem sido objeto de pesquisas
significativas desde o século passado, quando peças de máquinas submetidas a
solicitações repetidas eram danificadas. Os registros históricos dos estudos de fadiga
dos materiais podem ser assim, resumidos (Ref.23).
“O ferro e o aço podem romper-se sob esforços unitários inferiores não somente
à carga de ruptura estática, mas também ao limite elástico, desde que esses
sejam repetidos um número suficiente de vezes”.
• Porter (1942), Nijboer (1953), Van der Poel (1953), Hveem (1955) – mostraram
que os trincamentos que ocorriam nos revestimentos betuminosos eram devidos
ao mecanismo de fadiga: o número de repetições de cargas versus deformações
reversíveis.
• Condição de carga:
$ Estática – Fluência, Relaxação, Velocidade de Deformação Constante;
$ Dinâmica – Senoidal, Pulsatória.
• Tipo de carga:
$ Compressão simples;
$ Compressão diametral;
$ Tração;
$ Flexão simples ou em balanço;
$ Triaxial;
$ Rotativa – torção.
A−B
FM =
A+B
∆ε1
B=
ε1
Para tensão controlada ou constante:
A =0 FM = −1
B =0 FM = 1
Estado intermediário:
A= B FM = 0
A ≠ B ≠0 -1 < FM <1
121
Deformação Controlada, FM = 1
controlada. Neste caso, a mistura betuminosa deve ser projetada com asfaltos de baixa
viscosidade ou modificado por polímero, de pequena rigidez, de modo à gerar baixas
tensões de tração e, conseqüentemente, maior vida de fadiga à deformação controlada
(DC).
Para revestimentos espessos (HR > 10cm), as deformações decrescem com o
aumento do módulo elástico ou com a diminuição da temperatura, enquanto o estado
de tensões permanece aproximadamente constante, e a condição crítica, está
associada ao aumento da temperatura. Neste caso, o ensaio à tensão controlada é o
indicado. A grande vantagem do ensaio de DC é permitir uma melhor observação da
propagação de fissuras por fadiga.
Os estudos de Pinto (Ref.36) mostram que para as condições predominantes
de estruturas de pavimentos brasileiros, o comportamento à tensão controlada ocorre
na maioria das vezes e que para algumas misturas betuminosas estudadas, a diferença
entre as curvas obtidas de ensaios à tensão controlada e à deformação controlada não
é muito relevante.
Os critérios de ruptura nos dois ensaios são diferentes, embora expressos por
relações do tipo:
n
1
N = K
σ ou ε
onde:
N - vida de fadiga expressa em número de solicitações da carga;
σ; ε - tensão (σ) ou deformação (ε) de tração.
K, n - parâmetros de fadiga determinados experimentalmente.
2F
σt =
π .D.H
onde:
D - diâmetro do corpo-de-prova;
H - altura do corpo-de-prova;
124
n1
1
MR S σtr S N = K1
Am CAP Petróleo ∆σ
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
K1 n1 r2
1 50/60 Bachaquero 3920 270 0,63 0,04 1,2x103 2,77 0,97
2 50/60 Mistura 4020 330 0,62 0,03 1,97x103 2,86 0,96
3
3 30/45 Árabe Leve 5950 390 1,04 - 5,63x10 2,65 0,99
4 20/45 Árabe Leve 14300 1950 1,87 0,05 5,32x104 2,88 0,94
5 55 Mistura 5140 410 1,06 0,10 3,59x103 2,32 0,97
6 20 Mistura 3520 290 0,81 0,05 1,31x103 2,61 0,98
OBS: processo de destilação – amostras 1, 2, 6: vácuo; amostras 3 e 4: desasfaltação ao propano;
amostra 5: vácuo/desasfaltação ao propano.
MR: Módulo Resiliente; S: desvio padrão: ∆σ: diferença de tensões horizontal e vertical no ensaio; σtr:
resistência à tração indireta por compressão diametral.
2,63
1
1,45
−6 1
Nf = 2,03 × 10 r 2 = 0,95
εi T
onde:
T - temperatura em °C;
εi - deformação específica de tração;
126
Nf – vida de fadiga.
2,66
1
−8
N = 121
, × 10 r 2 = 0,96 (82 pontos)
εi
A partir desse estudo, foi constatado que é possível definir um único modelo
como representativo da vida de fadiga de misturas do tipo concreto asfáltico, com os
ligantes produzidos no país.
Por outro lado, ficou patente, que a deformação é um importante critério para
definir a resistência à fadiga, onde os efeitos de rigidez das misturas são rígidos pela
magnitude da deformação resultante do carregamento induzido à amostra.
O estudo da fadiga à deformação controlada foi feito de modo pioneiro no Brasil
por Pinto (Ref.36), em vigotas preparadas na faixa B das especificações do DNER, com
o CAP-50/60.
A carga inicial aplicada para produzir a flexão alternada da vigota reduz-se no
decorrer do ensaio até atingir 40% da inicial, definindo o fim do ensaio.
Obtiveram-se as correlações seguintes:
2,93
1
−7
NDC = 6,64 × 10
εt
4 ,07
−11 1
NTC = 100
, × 10
ε ti
127
com r2=0,96; erro padrão estimativa=0,39, onde εti é a deformação específica de tração
inicial.
As considerações genéricas sobre os ensaios a DC e TC, de flexão (FX) e
compressão diametral (CD), são:
• a vida de fadiga à compressão diametral é inferior à obtida na flexão;
• os módulos à flexão alternada são praticamente iguais aos módulos de resiliência na
compressão diametral;
• o módulo resiliente aproxima-se do módulo de elasticidade à tração, sendo este
diferente do de compressão;
• a resistência à tração na flexão determinada no ensaio estático de viga biapoiada, é
superior, a resistência à tração por compressão diametral: σt≈3σr.
1. Fatores de Carga:
a) Magnitude do carregamento
b) Tipo do carregamento; tensão ou deformação controlada
c) Freqüência, duração e intervalo de tempo entre as aplicações sucessivas do
carregamento
d) História de tensões: carregamento simples ou composto
e) Forma de carregamento: triangular, quadrado, etc.
2. Fatores de mistura:
a) Tipo do agregado, forma e textura;
b) Granulometria do agregado
c) Penetração do asfalto
d) Teor de asfalto
e) Temperatura
3. Fatores ambientais:
a) Temperatura
b) Umidade
4. Outras variáveis:
a) Módulo resiliente ou de rigidez
b) Índice de vazios
N = f (C 0 , A, n, K , K IC )
dC
= AK n
dN
onde:
dC
- Velocidade de crescimento da trinca com o número de repetições da carga;
dN
A, n – constantes determinadas experimentalmente;
K – fator de intensidade de tensões que governa o valor das tensões na
extremidade da trinca. É função do modo do carregamento, geometria, e
rigidez do material. É o parâmetro que controla o crescimento da trinca.
Portanto, segundo esse conceito, a interpretação dos ensaios de fadiga deve ser
relacionada ao fenômeno de propagação de fissuras existentes no material.
Majidzadeh, segundo Rodrigues (Ref. 48), analisou o comportamento à fadiga de
misturas betuminosas utilizando o ensaio de flexão, através da expressão:
Cf
1
Nf = ∫ AK
C0
n
dc
onde:
Nf – número de repetição da carga até a ruptura completa da amostra;
Cd Cf – Comprimento da trinca inicial e final, respectivamente, determinado
através de raios X.
131
E ∂L
Kn = P
2(1 − µ ) ∂c
2
Onde:
P – Carga;
E – Módulo de elasticidade de Young;
µ – Coeficiente de Poisson;
c – comprimento da trinca;
L – cedência, é o inverso da derivada do diagrama carga/deflexão, para cada
ciclo de carga.
H
N=
AK n
n
1− n
2
2 2
(0,51323 − 0,27155 log e n )
D
A=
k π
onde:
D – diâmetro do corpo de prova;
K e n são parâmetros experimentais dos ensaios tradicionais de fadiga.
−1, 0202
N f = 4,47 × 10 −3 E1 Q −2, 2195
0 , 5225 0 ,1167
e 2,84113 h 0,9442 E 2 E3
Onde:
E0, h0 – módulo elástico e espessura da camada de reforço;
E1, h1 - módulo elástico e espessura do revestimento original;
E2, E3 - módulo elástico da base e no subleito;
Q – carga de roda simples aplicada ao pavimento.
133
Deacon (1965) foi um dos primeiros pesquisadores que aplicou a lei de Miner
(1945) para simular o carregamento complexo que ocorre na rodovia devido às
mudanças nas condições de solicitações ao longo da vida do pavimento. Considerou as
deformações como o critério mais adequado. Essa lei é definida como a soma linear de
relações de ciclos de cargas, ou seja:
A
ni
D=∑ = 1,0
i =1 Ni
onde:
135
Essa lei mostra que quando diversas séries de cargas são aplicadas várias
vezes (n), ocorre uma perda da resistência à fadiga do material, de modo progressivo, e
que estaria consumida quando a soma das razões dos ciclos fosse igual à unidade.
Uma carga constante aplicada “n” vezes pode não provocar a ruptura do material se
n<N, porém contribui para consumir a resistência à fadiga. (Ref. 32).
Pinto (Ref. 36) utilizou o invariante “densidade de energia de deformação” (Ud)
para expressar os resultados dos ensaios de fadiga a partir da equação:
µ
Ud =
1
2E
(σ 2 x + σ 2 y + σ 2 z ) − (σ xσ y + σ yσ z + σ xσ z ) +
E
1 2
2G
(
τ xy + τ 2 yz + τ 2 xz )
1, 30
1
N = 2,78 * 10 −1
r 2 = 0,84
Ud
2 , 07
1
N = 7,01 * 10 −3
r 2 = 0,79
Ud
Nc = foN lab
fo = αe β *TR
onde:
Nc – número “N” de campo (projeto)
Nlab – “N” do ensaio de fadiga
$ Para efeitos práticos e considerando o estudo pioneiro de Pinto (Ref. 36), pode-
se dizer:
• Para uma análise estrutural em termos de diferença de tensões (∆σ) calculada
na fibra inferior do revestimento e para no máximo 20% da área trincada
observada na camada de rolamento, toma-se fo=104.
• Para os mesmos condicionantes anteriores, porém em termos de deformação
específica de tração (εt) calculada na fibra inferior do revestimento, toma-se
fo=105.
CAPÍTULO 7
Um dos primeiros estudos realizados nesse sentido, segundo Motta (1991), foi o
De Barber (1957).
variações das médias ao longo do ano são pequenas em relação a média anual (Tabela
7.1).
Esse fenômeno difere bastante do que se observa nos EUA e países Europeus
onde as altas latitudes proporcionam maiores variações de temperaturas e ainda
prevalecem baixas temperaturas e a ocorrência de gelo.
1 34
TP = Ta 1+ − +6
z+4 z+4
3,896 − 0,03908.z
S=
1 − 0,03982.z − 0,412422. log Ta + 0,0417 log TP
onde:
TP - Temperatura média mensal do revestimento na profundidade z, em ºF;
C – Grau centígrado.
9
F = C + 32
5
C>0
onde:
T( x ) - Temperatura na profundidade x do revestimento, em ºC;
onde:
N f - número de repetições de carga para a ruptura por fadiga;
[
N f = 18,4 4,325.10 −3.ε t
−3, 291
.E −0,854 ]
onde:
N f - número equivalente de solicitações da carga do eixo padrão rodoviário,
Com a finalidade de tornar o modelo mais amplo no que concerne ao efeito dos
vazios da mistura betuminosa e do teor volumétrico de betume, foi introduzido o fator de
ajustamento da mistura (C)
C = 10m
V
m = 4,84 b − 0,69
Vv + Vb
onde:
Vb – volume de betume expresso como percentagem do volume total da mistura
betuminosa;
Vv – volume de vazios ocupado pelo ar, expresso como percentagem do volume
total da mistura betuminosa.
−3, 624
N f = 2,738 x105.e 0, 077 B .ε t .E1−2, 72
onde:
2 , 65 0 , 0633
1 1
N f = 9,07 x10
−9
. r2 = 0,96
εt MR
onde:
ε t - máxima deformação específica horizontal de tração na face inferior da camada
betuminosa, cm/cm;
2 , 63
1
1, 45
1
N f = 2,03 x10 −6
. r2 = 0,95
εt t
onde:
T – temperatura, em ºC;
2 , 61
1
N L = 5,63x105 r2 = 0,98
∆σ
Nc = f0 N L
145
onde:
NL – número de repetições de cargas necessárias à ruptura completa da mistura
betuminosa no laboratório, no ensaio de compressão diametral à tensão
controlada – Vida de Fadiga;
f0 = 104;
2 , 66
1
N L = 1,21x10
−8
r2 = 0,96
εi
Nc = f0 N L
onde:
NL – vida de fadiga da mistura betuminosa no laboratório, no ensaio de
compressão diametral;
• Intermediário, FM=0
3, 50
1
N = 2,66 x10 − 9
ε
onde:
ε t = a + b logN.
• Amostra em vigota:
N = 10(9,11−0,0578ε t )
0,972 − σ t M
N = 10
0,0825
onde:
( )
n
∆ P = ∑ ε Pi .hi
i =1
onde:
n = número de camadas.
• Revestimento Asfáltico:
ε P (N ) 0,45 ≤ α ≤ 0,90
= αN µ 0,10 ≤ α ≤ 0,50
εR
• Base e Sub-base:
ε P (N ) 0,90 ≤ α ≤ 1,00
= αN µ 0,10 ≤ α ≤ 0,30
εR
• Subleito:
ε P (N ) 0,70 ≤ α ≤ 0,90
= αN µ 0,01 ≤ α ≤ 1,20
εR
149
12,8748(N) .(σ 1 )
0.1346 2.664
εP =
(CBR ) .(σ )
5.55
θ
1.1431
CBR<40%
εP =
(N) 0..1878
.(σ 1 )
6.0911
onde:
ε P (N) - deformação permanente na n-ésima repetição de carga;
! Camada de Base:
ε P = 5 × 10 −3 N0,11
! Camada de Sub-base :
ε P = 2 × 10 −3 N0,061
! Subleito :
ε P = 3 × 10 −3 N 0, 061
εp = 2,2 x 10 −3 ⋅ N0,081
150
Vb
F = 5,5 x 10 -2 1 − 1,02
Vb − Vv
6 X 10 -3 ≤ F ≤ 2,2 x 10 -2
onde :
εp - acúmulo de deformações permanentes
E - módulo dinâmico, psi;
VV - percentagem de vazios;
VB - volume de betume , %.
B = 0,25 (valor típico )
ε
log P = −4,80661 + 2,58155 log(T ) + 0,42956 log (N)
εR
onde :
εp - deformação específica permanente , cm / cm;
εR - deformação específica resiliente cm/ cm;
N - número de repetições de carga;
T - temperatura em 0F
0,006 MR
(σ ) =
1 + 0,70 log N
V adm
(ε ) =
(σ )
V adm
V adm
MR
Tem-se ainda:
MR = 100 CBR
(σ )
V adm = 3,87 × 10 −2 CBR1,5
Onde:
(σ )
V adm - tensão vertical admissível no topo do subleito, kgf/cm2 :
ε V = 2,1× 10 − 2 (NF )
−0,25
ε V = 1,9 × 10 −2 (NF )
−0,21
4, 477
1
Nf = 1,365 × 10
−9
εV
4,505
1
Nf = 2,227 × 10 −9
εV
4, 484
1
Nf = 1,338 × 10
−9
εV
Onde :
εV - deformação específica vertical de compressão gerada no topo do subleito pela
carga do eixo rodoviário ;
Nf - número equivalente de solicitações da carga do eixo rodoviário para produzir
nas trilhas de roda uma deformação máxima da ordem de 13mm .
! Solo tipo II :
−0,5478
MSL = 1286 σ d Grau de resiliência intermediário
onde;
MSL - módulo resiliente do solo , kgf / cm2;
σd - tensão desvio , kgf / cm2.
onde:
τ - tensão cisalhante responsável pela ruptura do material no plano de ruptura ;
c - coesão;
σ - tensão normal no plano de ruptura na ocasião da ruptura;
ϕ - ângulo de atrito interno entre as partículas do material.
τ = 0,839 σ
154
ϕ ϕ
σ1 = 2 ⋅ c ⋅ tg 45 + + σ 3 tg2 45 +
2 2
ϕ
σ1 = σ3 tg2 45 +
2
(σ )
1 adm = 4,6 σ3
Dessa forma, esse critério mostra que a ruptura por cisalhamento não ocorre
quando :
σ1
< 1,0
(σ 1 )adm
(σ t )max
log N f = 10,0 −
0,10σ R
Onde :
(σ )
1 max - tensão de tração máxima na base da camada cimentada, em kgf / cm2;
(σ t )adm
≤ 0,40
σr
onde:
(σ t )adm - tensão de tração horizontal máxima admissível na face inferior da camada
cimentada ;
σr - resistência à tração aos 28 dias de idade.
Dessa forma , a relação entre a tensão de tração máxima que pode ocorrer na
camada de BGTC e a tensão de tração admissível deve obedecer a condição:
(σ t )max
≤ 1,0
(σ t )adm
(ε t )max
≤ 1,0
(ε t )adm
0,30 × 10 −4 ≤ (ε t )adm ≤ 0,50 × 10 −4
! Camada de Revestimento:
(ε )
NC = N f ≥ NP ou 1 max
≤ 1,0
(ε )
1 adm
σ1
≤ 1,0
(σ1 )adm
! Camada do Subleito:
σt
N f ≥ N P ou ≤ 1,0
(σ t )adm
! Camada Cimentada:
(σ t )max (ε t )max
N f ≥ NP ; ≤ 1,0 ; ≤ 1,0
(σ t )adm (ε t )adm
157
CAPITULO 8
PROJETO DO PAVIMENTO
√ Tipos de Dimensionamento
$ Métodos Empíricos
Os métodos empíricos são os que se utilizam de correlações entre um
parâmetro mensurável, como por exemplo a deflexão ou a capacidade de
suporte do subleito, e a espessura , de modo a permitir que o desempenho
do pavimento tenha sucesso ao suportar o volume de tráfego previsto ;
Caso o limite de liquidez seja superior a 25% e/ou o índice de plasticidade seja
superior a 6%; o material pode ser empregado na base (satisfeitas as demais
condições), desde que o equivalente de areia seja superior a 30%.
Para um número de repetições do eixo-padrão (N), durante o período do projeto
do N < 5 x 106, podem ser empregados materiais com CBR > 60%. No caso de
materiais lateríticos, especificações complementares fixam os parâmetros de
consistência, granulometria, expansão e CBR dos materiais.
Os materiais para base granular devem se enquadrar numa das seguintes
faixas granulométricas:
162
N= Vt x FE x FC
em que:
N - parâmetro representativo do efeito destrutivo do tráfego, correspon -
dente ao número equivalente de repetições do eixo de 8,2tf.
Vt - volume total de tráfego durante o período de projeto, em um senti -
do;
FE - fator de eixos, que é a média ponderada das quantidades percen -
tuais dos diversos tipos de eixos que atuam no pavimento;
FC – fator de equivalência de carga para o eixo padrão de 8,2tf.
onde:
Vt = 365 x Vm x P
em que:
Vm - volume médio diário de tráfego, durante o período de projeto na
faixa de projeto;
P - período de projeto em anos, ou seja, tempo decorrido entre o início
da vida do pavimento e a época do recapeamento.
165
365VO [(1 + t ) p − 1]
Vt =
t
FV = Σ( Pj ) x ( FV j ) / 100
Categoria FVj
Automóveis -
Caminhões Leves -
Caminhões Médios 1,67
Caminhões Pesados 13,17
Reboques e Semi-Reboques 10,12
Ônibus 0,76
Categoria Pj(%)
Automóveis 50
Caminhões Leves 4
Caminhões Médios 32
Caminhões Pesados 8
Reboques e Semi-Reboques 1
Ônibus 5
FV = 3,45
Vm = 0,5 x 1600 = 800
V t = 365 x 15 x 800 = 4.380.000
que afetaria a espessura do pavimento (em vez do número N), e que seria, ao mesmo
tempo, função desta espessura.
O coeficiente final a adotar é uma média ponderada dos diferentes coeficientes
sazonais, levando-se em conta o espaço de tempo em que ocorrem.
Parece mais apropriado a adoção de um coeficiente, quando se soma, para
projeto, um calor CBR compreendido entre o que se obtém antes e o que se obtém
depois da embebição, isto é, um valor correspondente à umidade de equilíbrio. Tem-se
adotado um FR = 1,0 face aos resultados de pesquisas desenvolvidas no IPR/DNER.
*
Ouras camadas cimentadas que não o solo-cimento poderão ter coeficientes de equivalência estrutural
(K) avaliados aproximadamente, tomando-se como referência o comportamento do solo-cimento nas três
faixas de resistência à compressão simples.
**
O método de projeto de pavimentos flexíveis de 1966, adotava para a sub-base K=0,77 e para o reforço
do subleito K=0,71. O projetista pode considerar esses valores se achar tecnicamente conveniente, face
às características da estrutura projetada (proteção maior do solo de fundação do pavimento).
! Dimensionamento do Pavimento
! Acostamento
! Apresentação do projeto
Tm = Tarmed + 10°c;
Tmáx = Tarmed + 30°c;
Tmin = Tar min;
N = a (D)-b
Dc = D + ZS
onde:
Dc – deflexão de projeto para confiabilidade, C (%);
D – deflexão média para confiabilidade, C = 50%;
S – desvio padrão das deflexões;
Z – grau de confiabilidade: função do grão de confiabilidade da curva normal
estatística.
C(%) 50 60 70 80 85 90 95 99
Z 0,00 0,253 0,524 0,842 1,036 1,282 1,645 2,326
178
N
F=
Nc
Onde:
F – fator para garantir C (%) de confiabilidade;
N - número de solicitações do eixo padrão rodoviário a uma confiabilidade média
(C = 50%);
Nc – número de solicitações do mesmo eixo padrão a uma confiabilidade de C
(%).
Portanto Tem-se:
F =
N
=
aD ()−b
D
= c
b
a(Dc )
−b
Nc D
b
D
F = c = (1 + ZCv )
b
D
CAPÍTULO 9
a) Abordagem empírica
• Deflectometrica
• Deficiência estrutural ou resistência
b) Abordagem mecanístico-empírica
∑
n
he = i =1
hi C i
! Abordagem Mecanístico-Empírica
elásticas dos materiais das camadas, e quanto à previsão da deterioração por alguns
critérios empíricos, além da interpretação correta dos resultados obtidos.
Foi selecionada uma coletânea de métodos mais utilizados e representativos
dos tipos de abordagens. Os métodos selecionados são na maioria normalizados no
país no âmbito federal.
! Diretrizes de Projeto
! Fundamentos
d0 − dh
∆= × 100
d0
H=0,0083∆2 H≤ 15,5cm
188
IT = 1,30(EWL )
0,12
EWL = 365 × P × Vm × FE × FC
4, 2
Q
FC = eixo simples
2,27
4, 2
1,1Q
FC = 2 eixo tandem
4,54
8,333
it
N AASHTO =
1,747
189
−0 , 65
Dadm = 2305 ⋅ N −0,175 ⋅ H CA
log N = 7,874 ⋅ log IT − 1,307
hef = he x fr
∆h = he - hef
Dd = Da ⋅ (1 − 0,12 ⋅ H CA
0 , 56
)
ou
Dd 1,786
H CA = 45,36 ⋅ (1 − )
Da
deflexão prevista sobre o reforço (dh) seja igual à admissível e, a partir da deflexão
vigente (do), calcula-se a redução percentual de deflexão necessária (∆).
Com o auxílio do nomograma 5, estima-se a espessura total de reforço H,
expressa em termos de pedregulho, requerida para proporcionar a redução percentual
(∆).Finalmente,aplicando-se os coeficientes estruturais previstos no método, é possível
definir a(s) espessura(s) da(s) camada(s) intermediária(s).
A PRO 10/79 é uma norma que tem embasamento experimental bastante
significativo, muito embora reconheçam-se as dificuldades decorrentes da adaptação
de métodos empíricos oriundos de paises de clima temperado.
Os critérios adotados para a fixação das espessuras de proteção do material
subjacente ao concreto asfáltico, consubstanciados no nomograma 3, parecem
conduzir a valores algo conservadores, que levam a um dimensionamento seguro,
porém com reflexos no custo inicial de construção.
É interessante notar que o aumento da espessura do revestimento em concreto
asfáltico no reforço composto por duas camadas, não produz redução na espessura da
camada intermediária, como poderia imaginar-se em primeira analise.Isto se explica da
seguinte maneira: o aumento da espessura do revestimento provoca queda na deflexão
admissível pelo reforço (nomograma 1): com isto, é necessário aumentar a espessura
da camada intermediária, para obter a redução percentual de deflexão requerida.
A utilização da norma PRO 10/79 é bastante trabalhosa, envolvendo o uso de
diversos ábacos e diversas etapas de cálculo.É possível, no entanto, informatizar a sua
aplicação, tornando o seu uso simples e rápido.
! Procedimentos Preliminares
! Fundamentos
! Dimensionamento do reforço
dp
hCB = k ⋅ log
d adm
em que:
hCB – espessura de reforço em concreto asfáltico, (cm);
dp – deflexão de projeto, sob carga de 8,2 tf, (0,01 mm);
dadm – deflexão admissível do reforço, (0,01mm);
k – fator de redução da deflexão (K = 40 para concreto asfáltico).
! Procedimentos Preliminares
TRi
TR = 100 ⋅
S
198
em que:
TR – porcentagem de área trincada;
TRi – total das áreas com trincamento de classe 2 e 3, bem como panelas e remendos;
S – área da superfície avaliada.
Di
D = 100 ⋅
S
em que:
D – porcentagem de área de desgaste;
Di – total das áreas com desgaste;
S – área da superfície avaliada;
em que o valor SN é o mesmo proposto pela AASHTO, porém com algum ajuste, pois
considera o valor do módulo de elasticidade das camadas do pavimento para a
determinação do coeficiente de equivalência estrutural.As outras parcelas da
formulação referem-se à contribuição do subleito por meio de seu CBR.
! Equações de Desempenho
Cada uma das alternativas tecnicamente viáveis deve ser alvo da análise de
viabilidade econômica, pela adoção de qualquer método de comparação entre
alternativas de investimento.
Se for utilizado o método preconizado pela norma, os custos unitários de
restauração referidos ao ano inicial da análise devem ser cotejados com aqueles
fornecidos pelas restrições econômicas, devendo ser consideradas viáveis todas as
alternativas que apresentam custos iguais ou inferiores ao limite estabelecido. As
alternativas tecnicamente viáveis devem ser relacionadas em ordem crescente de
custos para a avaliação daquela julgada mais adequada.
! Programa Paep
b) Dados do tráfego
• período de análise
• parâmetro de tráfego AASHTO no 1º ano
• taxa anual de crescimento do tráfego
c) Restrições de construção
• espessuras mínima, máxima e total de concreto asfáltico
• número limite de intervenções
• vida mínima por intervenção
d) Restrições de desempenho
• irregularidade longitudinal máxima ao final da vida útil
• trincamento máximo ao final da vida útil
• desgaste máximo ao final da vida útil (para reforço em Ts)
203
e) Restrições econômicas
• recursos disponíveis para a primeira intervenção
• recursos globais disponíveis
f) Custos unitários
• lama asfáltica
• tratamento superficial simples
• tratamento superficial duplo
• concreto asfáltico
2 , 41
l n D
H = 634,55 1−
l n D p
onde:
H – espessura da camada de reforço, em cm;
Dp – deflexão de campo entes do reforço, em 0,01mm;
D - deflexão admissível após o reforço, em 0,01mm.
onde:
P1
S = 100 − × 100
P2
S – percentagem de site na fração fina que passa na peneira no 200 (0,075 mm).
P1 – percentagem, em peso, de material cujas partículas tenham diâmetro inferior a
0,005 mm, determinada na curva de distribuição granulométrica.
209
Deflexão
Pavimento Original
(0,01mm) |Dc - Dp|
Espessura de
Trecho Localização Camada
Subleito Reforço (cm) Medida Prevista (0,01mm)
Revestimento Granular
(tipo) (Dc) (Dp)
(cm)
T 01 Juiz de Fora, MG-353 TSD-3 < 45 I PMF-4 79 75 4
T 07 Juiz de Fora, MG-353 TSD-3 < 45 I CA-4 81 78 3
T 08 Juiz de Fora, MG-353 TSD-3 < 45 I CA-12 60 55 5
T 09 Juiz de Fora, MG-353 TSD-3 < 45 I CA-8 67 60 7
T 61 Campinas, SP-65 CA-7 < 45 I CA-4 51 68 17
T 62 Campinas, SP-65 CA-7 < 45 I CA-12 29 45 16
T 63 Campinas, SP-65 CA-7 < 45 I CA-8 54 65 11
T 68 Campinas, SP-65 CA-11 < 45 I PMF-4 113 105 8
450 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-10 e PMF-15 40 35 5
451 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-5 e PMF-15 48 42 6
452 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-7 e PMF-10 47 47 0
454 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-5 67 93 26
455 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-10 50 64 14
456 BR-290, Pantano Grande/RS CA-5 > 45 II CA-7 e PMQ-10 38 42 4
470 BR-116, Leopoldina CA-8 < 45 II PMQ-10 49 43 6
471 BR-116, Leopoldina CA-8 < 45 II PMQ-15 34 30 4
472 BR-116, Leopoldina CA-8 < 45 II PMQ-15 41 34 7
490 BR-116, Bahia CA-6 < 45 I CA-5 e PMQ-8 41 35 6
491 BR-116, Bahia CA-6 < 45 I CA-5 e PMQ-8 38 35 3
492 BR-116, Bahia CA-6 < 45 I CA-5 55 53 2
493 BR-116, Bahia CA-6 < 45 I CA-5 e PMQ-8 49 35 14
494 BR-116, Bahia CA-6 < 45 I CA-5 e PMQ-8 40 35 5
1 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-5 53 56 3
2 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-7 60 50 10
3 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-10 68 45 23
4 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-5 51 56 5
5 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-7 63 53 10
6 BR-101, Faz 40 – Maruí CA-5 < 45 I CA-10 51 41 10
(1989, a partir do programa Fepave, obteve um modelo que calcula a deflexão sob a
carga. Esse modelo é o resultado de correlações estatísticas desenvolvidas a partir de
um grande número de perfis de pavimentos analisados, ou seja:
−0 , 4414
D = αM RV
onde:
α = f ( H R , H B , K1 , K 2 M SL , Q)
O valor α é diferente de α’, visto que tanto a carga de roda simples equivalente
(Q) como o módulo do subleito (MSL) dependem do perfil do pavimento e, portanto, de
MRV. No entanto, as diferenças em MSL e Q devido à diferença entre Mef e E são
pequenas e pode-se assumir que α ≈ α’ ao se relacionar a equação (2) com a equação
(3), ou seja:
215
−0 , 4414 2 , 2655
Dc M ef D
= e E = M ef c (4)
Dc E D
c
3
h E1 / 3 + h2 E21 / 3
E= 1 1 (5)
h1 + h2
3
H M 1 / 3 + H T M ef1 / 3
E = c RC (6)
H c + HT
2 , 2655 3
D H c M RC
1/ 3
+ H T M ef1 / 3
M ef c =
D Hc + HT
c
ou seja:
D 0, 7552
c − 1
Dc
Hc
= (7)
H E M
1/ 3
RC − 1
M ef
onde:
Hc
ψ = - percentagem a ser reciclada da espessura do revestimento;
HE
Dc
λ= - fator de redução da deflexão a um nível desejado;
Dc
M RC
µ= - fator de aumento do módulo da camada após reciclagem.
M ef
H c ≤ H E − 2,0cm
217
Verifica-se que a equação (9) permite o cálculo da espessura de corte (Hc) a ser
reciclada, desde que seja definido o fator de aumento de módulo (µ) após o
rejuvenescimento de uma parcela do revestimento existente. Para tal, foi montado um
projeto fatorial onde foram calculadas, com a utilização do programa Fepave, as
deflexões das estruturas dos pavimentos para módulos do revestimento existente
variando de 1000 a 60000 Kgf/cm2, para espessuras entre 7 e 20cm. A camada de base
foi considerada com um comportamento típico de material granular, de acordo com os
estudos de resiliência. A sua espessura foi fixada em 40cm, de modo a representar a
espessura preponderante de bases e sub-bases granulares, encontradas nos
pavimentos rodoviários no âmbito federal. O solo de fundação ou subleito foi admitido
como do Tipo I, Tipo II e Tipo III, de acordo com a classificação de solos finos quanto a
resiliência.
O modelo analítico, englobando as variáveis intervenientes para o cálculo do
módulo efetivo do revestimento, pode ser expresso pela seguinte correlação múltipla:
R 2 = 0,95
onde:
Mef – módulo efetivo do revestimento existente, Kgf/cm2;
DC – deflexão de campo, 0,01mm;
HE – espessura do revestimento existente, cm;
I1, I2 – constantes relacionadas às características resilientes do subleito.
DC = D + S
onde:
DC – deflexão característica de projeto, (0,01mm)
D – média aritmética das deflexões de campo, (0,01mm)
S – desvio padrão, (0,01mm)
! Estrutura de referência
onde:
238,14
H R = −19,015 + − 1,357 hef + 1,016 I 1 + 3,893I 2
D
onde:
HR – espessura da camada de reforço em concreto asfáltico, em cm.
! Solução do recapeamento
Caso 2 – Para 12,5 < HR ≤ 25cm é recomendada a adoção de camadas integradas dos
tipos concreto asfáltico e pré-misturado, de acordo com o seguinte
procedimento:
Hpm = 0,60 HR
HCA = HR - Hpm
onde:
Hpm – espessura de pré-misturado, em cm;
HCA – espessura de concreto asfáltico, em cm;
HR – espessura de reforço em concreto asfáltico, calculada anteriormente, em
cm.
Caso 3 – Para HR > 25cm as camadas integradas não devem ser constituídas
exclusivamente de misturas betuminosas.
221
onde:
Mef - ≥ 1000 kfg/cm2
Dc - deflexão característica de projeto, (0,01mm);
I1, I2 – constantes relacionadas às características resilientes da terceira
camada da estrutura de referência;
HE - espessura da camada betuminosa existente, (cm);
Mef - módulo de resiliência efetivo do revestimento existente, (kgf/cm2)
µ = (MRC/Mef)
onde:
µ – relação modular;
MRC – módulo de resiliência da mistura betuminosa reciclada, kgf/cm2;
Mef – módulo de resiliência efetivo do revestimento existente, kgf/cm2;
−1,324
H 31
Dc = Dc c µ − 1 + 1
HE
onde:
Dc – deflexão característica de projeto, (0,01mm);
HE - espessura da camada betuminosa existente, cm;
Hc - espessura da camada betuminosa existente reciclada-espessura de
corte, cm;
µ - relação modular;
Dc - deflexão de projeto após reciclagem correspondente à espessura Hc,
(0,01mm).
Hc ≥ 3,0cm
Hc ≤ HE – 2,0cm
! Solução de recapeamento
MRC = 5000 x σR
onde:
σR - Resistência à tração por compressão diametral a 250C em kgf/cm2;
HR – Espessura de recapeamento sobre a espessura reciclada (HC).
TRA − 10
CF1 = (2,406DP + 75,63 ) ; CF1 ≥ 0
90
TRA − 10
CF2 = (0,1217DP − 2,078 ) ; TRA > 10%
90
224
TRA
CF2 = 0,50 + 0,50 ; TRA ≤ 10%
10
onde:
A – número de anos a partir do recapeamento
TRA – percentagem da área trincada do revestimento do pavimento antigo;
DP – deflexão de projeto (0,01mm);
N - número de solicitações do eixo padrão rodoviário para o período de
projeto.
HCApol = (HR / β)
onde:
HCApol – espessura de concreto asfáltico com asfalto modificado por polímero,
cm;
HR - espessura de concreto asfáltico com cimento asfáltico convencional, cm;
β – coeficiente de redução da espessura em função do tipo de subleito;
β = 1,29 – quando o subleito for constituído de solo Tipo I;
β = 1,26 – quando o subleito for constituído de solo Tipo II;
β = 1,21 – quando o subleito for constituído de solo Tipo III.
225
APÊNDICE A
Estudo de deformação permanente e de aptidão a compactação de misturas
betuminosas: ensaios em Simulador de Tráfego (LPC) e em Prensa de Cisalhamento
Giratório (PCG).
C = C1 + K ln(N)
onde:
C1 – caracteriza a compactação inicial da mistura betuminosa;
K - caracteriza a evolução da compactação, inclinação da reta de regressão;
N - Número de giros;
C - compactação no fim do ensaio para 200 giros.
APÊNDICE B
Procedimento para definição de segmentos homogêneos de trechos de rodovia a partir
de levantamento deflectométrico
Parâmetro médio: 80
230
# Deflexão média:
d (i − 1) + di
di =
2
Ai = di ⋅ ∆li
# Área acumulada:
n
Ac = ∑ Ai
i =1
di = deflexão na estação i
# Distância acumulada:
n
Lc = ∑ ∆li
i =1
Ac
tgα =
Lc
# Diferença acumulada:
231
40 - - - - - -
45 42,5 40 1700 1700 40 -1395
35 40,0 40 1600 3300 80 -2890
42 38,5 40 1540 4840 120 -4445
38 40,0 40 1600 6440 160 -5940
39 38,5 40 1540 7980 200 -7495
119 79,0 40 3160 11140 240 -7430
97 108,0 40 4320 15460 280 -6205
102 99,5 40 3980 19440 320 -5320
104 103,0 40 4120 23560 360 -4295
99 101,5 40 4060 27620 400 -3330
106 102,5 40 4100 31720 440 -2325
95 100,5 40 4020 35740 480 -1400
97 96,0 40 3840 39580 520 -655
108 102,5 40 4100 43680 560 350
94 101,0 40 4040 47720 600 1295
70 82,0 40 3280 51000 640 1480
68 69,0 40 2760 53760 680 1145
65 66,5 40 2660 56420 720 710
75 70,0 40 2800 59220 760 415
59 67,0 40 2680 61900 800 0
Soma 1547,5 800 61900 - - -
232
Segmentos Homogêneos
tgα
∑A i
=
61.900
= 77,375
∑ ∆l i 800
Z xi = ∑ Ai −tgα ⋅ ∑ ∆l i
APÊNDICE C
Determinação de módulos elásticos dos materiais de pavimentação a partir de
deflexões medidas no campo – retroanálise
δ0 =
( )
2 × 1− µ2 ×σ0 × a
E
E1 h
δ = δ 0 × F onde F = f ( , )
E2 a
234
A experiência tem mostrado que os módulos elásticos das camadas podem ser
determinados com acurácia razoável a partir dos ensaios com o FWD e que são usados
para avaliar, com boa precisão, o comportamento estrutural do pavimento.
100 × (d c − d m )
2
n
∑
i =1
dm
Onde:
n
100 × (d c − d m )
AA error (% ) = ∑
i =1 dm
• Temperatura do ar;
• Temperatura do revestimento;
• Carga solicitante;
• Teor de umidade;
• Granulometria;
variabilidade dos resultados é bem maior no pavimento existente, fator esse atribuído
às condições de trincamento e envelhecimento da estrutura.
239
! Programa Elmod4.
CÁLCULO DO SNC
SN = ∑ a i hi ; onde:
E1
a1 = 0,4 log 10 + 0,44
30000
0,2 < a1 < 0,44
2
onde E1 é o modulo elástico do revestimento (kgf/cm )
2. Base Cimentada
E2
a 2 = 0,51 log 10 + 0,08
30000
0,1 < a2 < 0,28
2
onde E2 é o modulo elástico da base (kgf/cm )
3. Base Granular
E
a 2 = 0,51 log 10 2 + 0,11
1600
0,06 < a2 < 0,2
2
onde E2 é o modulo elástico da base (kgf/cm )
4. Sub-base Granular
E
a 3 = 0,23 log 10 3 + 0,15
1600
0,06 < a3 < 0,2
2
onde E3 é o módulo elástico da sub-base (kgf/cm )
242
SN = ∑ a i H i
onde:
SNC – Número estrutural corrigido;
CBR – índice de Suporte Califórnia do Subleito;
ai – coeficiente de equivalência estrutural da camada i do pavimento, em cm-1;
Hi – espessura da camada i do pavimento, em cm.
1. Revestimentos:
a1 – 0,04 para tratamentos superficiais;
a1 – 0,07 para concreto asfáltico com espessura ate 3cm;
(
a1 = 0,181 1 − e −8 , 40×10
−5
MR
) para concretos asfálticos com espessuras superiores a
3cm, cujo modulo de resiliência (MR), médio a 25ºC, deve ser expresso em
kgf/cm2. Na impossibilidade de sua determinação recomenda-se MR = 2942MPa
(30000kgf/cm2).
2. Base Granular:
a 2 = (11,47CBR2 − 0,07783CBR 2 2 + 1,772 × 10 −4 CBR 3 2 )× 10 −4
onde:
CBR2 - Índice de Suporte Califórnia da base granular.
3. Sub-base granular:
a 3 = (0,00394 + 0,02559 log CBR3 )
onde:
244
4. Bases não-granulares:
a2 = 0,04 para solo-cimento;
a2 = 0,06 para macadame betuminoso;
6. Reforço de subleito
a 4 = (0,00394 + 0,2559 log CBR 4 )
onde:
CBR 4 - Índice de Suporte Califórnia do reforço do subleito.
−0 , 625
D
SNC = C
650
SN − SNC
H ref = 2,54
a
245
D
−0 , 625
adm − 1 2,54 × SNC + a1 H c
c
D
H ref =
a
onde:
SN – número estrutural de dimensionamento;
SNC – número estrutural do pavimento existente;
a – coeficiente estrutural da mistura nova de concreto asfáltico;
a1 – coeficiente estrutural do revestimento existente;
Hc – espessura de fresagem.
• Restauração rodoviária:
Consiste de uma ampla gama de intervenções que tem por objetivo
recompor as condições de serventia de pavimentos rodoviários. No
contexto da restauração rodoviária encontra-se a selagem, a execução de
reforços, a reciclagem e a reconstrução. As atividades de manutenção e
conservação rotineira não estão compreendidas no conceito aqui adotado
para restauração.
• Selagem:
Consiste na aplicação, sobre um revestimento asfáltico existente, de uma
capa selante, tratamento superficial ou micro revestimento, com a
finalidade principal de selar as trincas existentes, evitando o acesso das
águas no interior da estrutura. Adicionalmente, a aplicação de uma técnica
de selagem provê o rejuvenescimento da superfície asfáltica existente.
246
• Reforço:
Consiste na superposição de uma ou mais camadas de misturas asfálticas
sobre um pavimento existente, com a função primordial de aumentar a sua
capacidade estrutural, habilitando-o a fazer frente a um novo período de
projeto. A aplicação de um reforço permite, dentro de certos limites, a
correção de algumas irregularidades existentes na superfície do
pavimento. Quando executado em uma única camada asfáltica, pode-se
utilizar para o reforço a designação recapeamento.
• Reciclagem:
Trata-se de um conjunto de técnicas construtivas nas quais o pavimento é
recomposto através do reaproveitamento total ou parcial de uma ou mais
de suas camadas.
• Reconstrução:
A reconstrução de um pavimento existente compreende a remoção total
ou parcial de diversas camadas da estrutura, podendo atingir inclusive a
porção superior do subleito, e a sua substituição por novas camadas
adequadamente executadas.
247
APÊNDICE D
Proposta de procedimento para verificação da condição funcional e estrutural de
pavimentos flexíveis e semi-rígidos para recebimento de serviços executados por lote
de rodovia
! Levantamentos
• Determinação do Índice de Gravidade Global (IGG) nas rodovias de pista
simples a cada 20m, alternados em relação ao eixo da pista de rolamento
(40m em 40m em cada faixa de tráfego). Nas rodovias de pista dupla, a
cada 20m, na faixa de tráfego mais solicitada de cada pista;
• Determinação do Valor de Serventia Atual (VSA) do pavimento;
• Medição da Irregularidade de Superfície em todas as faixas de trêfego, de
modo a obter o Quociente de Irregularidade (QI) – “International Roughness
Index” (IRI);
• Medidas de deflexão com a Viga de Benkelman o com o equipamento
“Falling Weight Deflectometer” (FWD), com espaçamento de 80cm em
80cm nas faixas de tráfego mais solicitadas no caso de pista dupla, e com
o mesmo espaçamento em ambas as faixas de tráfego no caso de pista
simples;
• Demarcação das áreas defeituosas;
• Perfil do projeto do pavimento aprovado pelo setor competente;
• Controle tecnológico de construção das camadas do pavimento.
! Resultados
• Para cada uma das ocorrências inventariadas, deve ser calculado o Índice
de Gravidade Individual (IGI). O Índice de Gravidade Global (IGG) deve ser
calculado por segmento com extensão de 1,0km;
• O VSA deve ser calculado para cada 2,0km de rodovia;
• Deve ser apresentado o perfil dos resultados de QI em gráfico Y(QI) e
X(estaca ou espaçamento);
248
! Considerações Gerais
• O estaqueamento no pavimento deve ser materializado com tinta de
demarcação viária ou pintura similar, com o objetivo de possibilitar uma
possível checagem dos levantamentos realizados;
249
IQ = 1001 −
∑ IQI
i
330
onde:
IQ – Índice de Qualidade
IQI – Índice de Qualidade Individual
250
Condição IQ
Boa 100 – 90
Regular 89 – 80
Péssima 79 – 0
Fator de
Parâmetro Limite Percentagem IQI
ponderação
Deflexão ≤ Dadm 0,0
(0,01mm) > Dadm 0,7
Irregularidade ≤ 35 0,0
(cont./Km) > 35 1,0
≤ 20 0,0
IGG 20 – 40 0,5
> 40 1,0
≤ 3,5 0,6
VSA
>3,5 0,0
251
APÊNDICE E
Alguns equipamentos de campo e de laboratório
$ Medidas de Deflexão
Viga Benkelman
$ Qualidade ao Rolamento
B
⋅ z 2 (x )− z1 (x ) dx
1
B ∫0
IRI =
Ensaio Triaxial
254
APÊNDICE F
Correlação entre algumas unidades de medidas
SISTEMA
GRANDEZA SISTEMA MÉTRICO
INTERNACIONAL
1 kgf 10 N
Carga 1 kgf 0,01 kN
1 tf 10 kN
1 tf/m3 10 kN/m3
Peso específico 1 g/cm3 10 kN/m3
1 kg/dm3 0,10 kN/m3
1 Pa 1 N/m2
Outras 1 MPa 106 N/m2
1 MPa 103 kPa
1 KN 103 N
1 Mpa 1 N/mm2
256
BIBLIOGRAFIA
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PART I.
258
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overlay life against reflection cracking – 6o International Conference on the
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Chaussées Souples et Calcul de Renforcement. Institut des Sciences et des
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experiência. Californiana, Etel, 1973.
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