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Apresentação

Organização deste Material Digital


Este Manual do Professor – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as
possibilidades do professor no planejamento e no preparo das aulas de Matemática. Para
isso, traz subsídios a fim de enriquecer o dia a dia em sala de aula, com propostas de
conteúdos que complementam o manual impresso e que contribuem para a atualização
contínua do professor.

É importante enfatizar que todas as propostas deste material são sugestões, portanto
o professor tem total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.

Um dos focos é criar em sala de aula um ambiente que estimule a interação entre os
alunos e o convívio social, fomentando a reflexão e a ação para solucionar as
situações-problema do dia a dia. Isso significa considerar os conhecimentos prévios dos
alunos como parte essencial das atividades.

Para isso, este material propõe sequências didáticas que podem ser exploradas
visando o desenvolvimento das habilidades propostas na Base Nacional Comum Curricular
por meio de recursos como brincadeiras, jogos, dinâmicas, atividades investigativas e
outras que despertam o raciocínio lógico dos alunos.

Organizado por bimestres, este material foi elaborado com linguagem clara e objetiva
e está fundamentado na Base Nacional Comum Curricular – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as BNCC, cujos objetos de
conhecimento estão reunidos em competências e habilidades para propiciar o
desenvolvimento do aluno em cinco eixos temáticos: Números, Álgebra, Geometria,
Grandezas e medidas, Probabilidade e estatística.

O Material Digital é composto por quatro Planos de desenvolvimento e cada um


explora quatro Sequências didáticas, uma Proposta de acompanhamento da aprendizagem,
um Projeto integrador e Material digital audiovisual.

Mat er ia l d is po ni bi li za do em li ce nç a ab er ta do ti po C reat iv e Co mmons – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as At ri bu iç ão não co me rc ia l
( CC B Y N C – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as 4.0 In te rn ati ona l). Pe rm it id a a cr ia ção d e ob ra de ri va da co m fins não co me rc ia is , 4
d es de que s eja atr ib uí do cr éd it o au tor al e as c ri aç õe s se jam l ic en ci ad as sob os me sm os pa râ me tr os .
Matemática – 8º ano 8º ano – 8º ano Apresentação

Conheça, a seguir, os detalhes e a organização de cada parte do componente deste


material.

Plano de desenvolvimento
Cada plano de desenvolvimento apresenta a proposta de um bimestre deste Material
Digital, detalhando as unidades temáticas trabalhadas, os objetivos, os conteúdos, os
objetos de conhecimento, as habilidades a serem desenvolvidas em cada uma das quatro
sequências didáticas propostas e a relação com a prática didático-pedagógica.

No plano de desenvolvimento também há orientações detalhadas para otimizar o


trabalho do professor e estão explicitadas as habilidades de cada sequência didática,
relacionando-as com a prática didático-pedagógica das propostas.

Nele também há sugestões de práticas de sala de aula que auxiliam a realização do


trabalho do professor. Tais propostas buscam abordar diferentes atividades e
procedimentos didático-pedagógicos, como organização do espaço, distribuição dos
alunos, troca de ideias, vivências, atividades lúdicas etc.

O professor encontra orientação para o trabalho com possíveis dificuldades dos


alunos durante o bimestre, visando garantir uma aprendizagem eficiente para todos os
alunos, respeitando-se as diferenças individuais dos educandos.

Ao final de cada plano de desenvolvimento, há indicações para auxiliar e ampliar os


conhecimentos adquiridos ao longo do bimestre, tais como: sites com jogos on-line, livros
paradidáticos, sugestões de referências bibliográficas para ampliar o conhecimento do
professor, entre outros.

Sequência didática
Este Material Digital contempla quatro sequências didáticas por bimestre, que
consistem em aulas com atividades complementares à presentes no livro do aluno, para
desenvolver as habilidades da BNCC destacadas para cada bimestre. A sequência didática
apresenta e relaciona as habilidades, os objetos de conhecimento e os conteúdos a serem
desenvolvidos.

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( CC B Y N C – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as 4.0 In te rn ati ona l). Pe rm it id a a cr ia ção d e ob ra de ri va da co m fins não co me rc ia is , 5
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Sequência didática é “[...] um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e


articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que tem um princípio e um
fim conhecidos, tanto pelos professores como pelos alunos ” (ZABALA, 1998, p.18). Assim, (ZABALA, 1998, p.18). Assim,
ela encadeia questões, atitudes e procedimentos que os alunos devem realizar sob
mediação do professor, aprofundando-se aos poucos no tema discutido, podendo lançar
mão de estratégias didáticas como experimentos e pesquisas, trabalhos de campo,
entrevistas etc. Encaminhar o ensino-aprendizagem por meio de uma sequência didática
traz aspectos positivos como o protagonismo dos alunos, colocados como sujeitos ativos
que participam de uma construção coletiva do conhecimento.

Nesse sentido, cada Sequência didática é planejada aula a aula, indicando a


organização dos alunos para determinada atividade em sala (em grupos, duplas,
individualmente etc.) e a disposição do espaço e do tempo necessários para o
desenvolvimento de cada uma. Os materiais e os recursos que serão utilizados nas aulas
também aparecem listados.

A proposta das aulas é utilizar estratégias como brincadeiras, jogos, atividades


investigativas, resolução de problemas, entre outros recursos, para promover a
aprendizagem.

O tópico Para trabalhar dúvidas propõe atividades antecipando algumas dificuldades


que os alunos possam apresentar, assim como orienta o professor sobre algumas
maneiras de auxiliá-los na superação das dúvidas. O tópico Ampliação sugere atividades
complementares às aulas da sequência didática, visando o aprofundamento dos conteúdos
trabalhados, quando for o caso.

O tópico Avaliação sugere algumas questões ou outros meios de análise do


trabalhado realizado, a fim de que o professor observe se o aluno desenvolveu ou não a
habilidade proposta em cada sequência didática. Essa avaliação também pode ser feita
durante o desenvolvimento da atividade, por meio das observações dos registros feitos
pelos alunos, da participação e do comprometimento no desenvolvimento da aula.

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Projeto integrador
Este Material digital oferece um Projeto integrador por bimestre, cujo objetivo é
interligar diferentes componentes curriculares e áreas de conhecimento conectando-os a
situações vivenciadas pelos alunos. Essa aproximação, em geral, de Matemática com ao
menos outra disciplina permite uma maior atribuição de significado aos conteúdos.

É essencial que o projeto seja contextualizado, preferencialmente por meio do


trabalho com situações que fazem parte das vivências e realidade dos alunos. Nesse
processo, a autoria e a autonomia dos alunos devem ser valorizadas, e cabe ao professor
viabilizar situações para que eles desenvolvam seus próprios projetos (PRADO, 2005).

A duração de cada projeto varia de acordo com a proposta desenvolvida, mas todos
apresentam a mesma estrutura: justificativa, objetivos, competências e habilidades da
BNCC, materiais utilizados, cronograma, produtos a serem desenvolvidos, propostas de
avaliação de aprendizagem e materiais de consulta adicionais.

O projeto tem como base uma situação-problema em relação à realidade ou ao


interesse dos alunos, integrando-se a áreas de conhecimento que podem contribuir para
explorar o assunto escolhido. Ou seja, o projeto abre a oportunidade de os alunos
desenvolverem habilidades de várias áreas do conhecimento atrelando-as à Matemática.

O cronograma do projeto deve ser flexível e atender às necessidades dos alunos. O


que está em jogo é uma pergunta-chave (o que os alunos querem responder), e o papel do
professor passa a ser o de “mediador que contribui com caminhos de pesquisa, orientaçãomediador que contribui com caminhos de pesquisa, orientação
e facilitação do projeto” (ZABALA, 1998, p.18). Assim, (CASTELLAR, 2016a, p. 16). Portanto, é importante readequar
objetivos, etapas e tarefas conforme o cronograma de cada realidade escolar.

Os alunos, no decorrer do projeto, podem exercer sua autonomia, senso crítico, o


trabalho coletivo e cooperativo, argumentar e interagir com os colegas e professores.

Todo projeto deve ter um produto final, que pode ser tão variado quanto aos
interesses dos alunos – exposição, apresentação artística, teatro, oficina, evento cultural,
produção de um livro, periódico ou cartaz, relatório de pesquisas, entrevistas, uso de
recursos digitais etc.

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É por meio deles que o professor pode finalizar a sua avaliação do projeto. Cada
projeto integrador contém sugestões e estratégias de avaliação, a fim de auxiliar o
professor durante todo o processo, o que envolve a avaliação do trabalho dos alunos e dos
conhecimentos apreendidos até então, de questões atitudinais e procedimentais e/ou de
outras que achar pertinente conforme o contexto do projeto.

Proposta de acompanhamento da aprendizagem


A Proposta de acompanhamento da aprendizagem contribui para que o professor
possa verificar, de forma individual, se os alunos desenvolveram as habilidades propostas
no bimestre. Trata-se de um momento para eles exercitarem, com autonomia, a reflexão
sobre o que foi aprendido no decorrer das aulas no bimestre.

A avaliação é formada por 10 questões, sendo 3 de múltipla escolha e 3 dissertativas


e as demais variando. O professor pode aplicar a avaliação na íntegra ou dividi-la da forma
que julgar mais adequada.

Cada questão indica habilidades que o aluno precisa ter se apropriado para resolvê-las
e a resposta com orientações para o professor. As questões de múltipla escolha
apresentam comentários específicos das respostas, entre as quais só uma é correta. As
questões dissertativas indicam as respostas esperadas, orientando o professor sobre as
possíveis interpretações das produções dos alunos e sobre como proceder no caso dos
alunos que não conseguiram atingir as habilidades propostas.

Ao final de cada proposta, há uma ficha de acompanhamento individual a ser


preenchida pelo professor, com o objetivo de analisar a evolução de cada aluno,
especificando seus avanços e suas dificuldades.

Material digital audiovisual


O Material digital audiovisual é composto por vídeos, videoaulas ou animações que
tratam de assuntos relacionando a Matemática aos demais componentes ou à própria
história da Matemática. O intuito desses recursos é oferecer aos alunos conteúdo visual

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complementar para explorar a relação do conteúdo matemático à realidade, ao dia a dia, à


aplicação em diferentes esferas do conhecimento ou ao contexto histórico-matemático.

A proposta pedagógica da coleção


A área de Matemática e a BNCC
Este material digital foi formulado com base nas dez competências gerais propostas
pela BNCC, nas oito competências específicas de Matemática para o Ensino Fundamental e
do conjunto de objetos de conhecimento e habilidades correspondentes aos anos finais do
Ensino Fundamental.

Os assuntos abordados pela coleção são divididos conforme as unidades temáticas


propostas na BNCC :(Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e
Estatística).

A BNCC é fruto de um longo processo de discussões entre diferentes atores da


educação e da sociedade brasileira. É um documento de caráter normativo que define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas do Ensino Fundamental.

De acordo com as diretrizes da BNCC, o Ensino Fundamental, na área de Matemática,


deve ter compromisso com:

O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desenvolvimento


do letramento matemático definido como as competências e
habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de
conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma
variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e
ferramentas matemáticas. [...] Os processos matemáticos de resolução
de problemas, de investigação, de desenvolvimento de projetos e da
modelagem podem ser citados como formas privilegiadas da atividade
matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo tempo, objeto e estratégia
para a aprendizagem ao longo de todo o Ensino Fundamental.

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Matemática – 8º ano 8º ano – 8º ano Apresentação

(BRASIL, 2018, p. 264)

Dessa forma, para ocorrer a aprendizagem matemática, é imprescindível o


desenvolvimento de competências fundamentais para o letramento matemático: raciocínio,
representação, comunicação e argumentação. Considerando esses pressupostos, e em
articulação com as competências gerais da BNCC, a área de Matemática e, por
consequência, o componente curricular de Matemática devem garantir aos alunos o
desenvolvimento de competências específicas, como:

1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das


necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes
momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para
solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar
descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do
trabalho.
2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a
capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos
conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo.
3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos
diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria,
Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento,
sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a
perseverança na busca de soluções.
4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a
investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes,
para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo
argumentos convincentes.
5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias
digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos,
sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e
resultados.

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6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se


situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto
prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões,
utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados).
7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões
de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos,
sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de
indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando
coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para
responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas,
de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de
uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.

(BRASIL, 2018, p. 265)

As unidades temáticas de Matemática na BNCC


As cinco unidades temáticas propostas na BNCC orientam a formulação de
habilidades a ser desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. Cada uma delas pode
receber ênfase diferente, dependendo do ano de escolarização.

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A unidade temática Números tem como finalidade desenvolver o


pensamento numérico, que implica o conhecimento de maneiras de
quantificar atributos de objetos e de julgar e interpretar argumentos
baseados em quantidades. No processo da construção da noção de
número, os alunos precisam desenvolver, entre outras, as ideias de
aproximação, proporcionalidade, equivalência e ordem, noções
fundamentais da Matemática. Para essa construção, é importante
propor, por meio de situações significativas, sucessivas ampliações dos
campos numéricos. No estudo desses campos numéricos, devem ser
enfatizados registros, usos, significados e operações. (BRASIL, 2018,
p.266)
A unidade temática Álgebra, por sua vez, tem como finalidade o
desenvolvimento de um tipo especial de pensamento – pensamento
algébrico – que é essencial para utilizar modelos matemáticos na
compreensão, representação e análise de relações quantitativas de
grandezas e, também, de situações e estruturas matemáticas, fazendo
uso de letras e outros símbolos. Para esse desenvolvimento, é
necessário que os alunos identifiquem regularidades e padrões de
sequências numéricas e não numéricas, estabeleçam leis matemáticas
que expressem a relação de interdependência entre grandezas em
diferentes contextos, bem como criar, interpretar e transitar entre as
diversas representações gráficas e simbólicas, para resolver problemas
por meio de equações e inequações, com compreensão dos
procedimentos utilizados. As ideias matemáticas fundamentais
vinculadas a essa unidade são: equivalência, variação,
interdependência e proporcionalidade. Em síntese, essa unidade
temática deve enfatizar o desenvolvimento de uma linguagem, o
estabelecimento de generalizações, a análise da interdependência de
grandezas e a resolução de problemas por meio de equações ou
inequações. (BRASIL, 2017, p. 268)

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A Geometria envolve o estudo de um amplo conjunto de conceitos e


procedimentos necessários para resolver problemas do mundo físico e
de diferentes áreas do conhecimento. Assim, nessa unidade temática,
estudar posição e deslocamentos no espaço, formas e relações entre
elementos de figuras planas e espaciais pode desenvolver o
pensamento geométrico dos alunos. Esse pensamento é necessário
para investigar propriedades, fazer conjecturas e produzir argumentos
geométricos convincentes. É importante, também, considerar o
aspecto funcional que deve estar presente no estudo da Geometria: as
transformações geométricas, sobretudo as simetrias. As ideias
matemáticas fundamentais associadas a essa temática são,
principalmente, construção, representação e interdependência.
(BRASIL, 2018, p. 269)
[...] a unidade temática Grandezas e medidas, ao propor o estudo das
medidas e das relações entre elas – ou seja, das relações métricas –,
favorece a integração da Matemática a outras áreas de conhecimento,
como Ciências (densidade, grandezas e escalas do Sistema Solar,
energia elétrica etc.) ou Geografia (coordenadas geográficas, densidade
demográfica, escalas de mapas e guias etc.). Essa unidade temática
contribui ainda para a consolidação e ampliação da noção de número, a
aplicação de noções geométricas e a construção do pensamento
algébrico. (BRASIL, 2018, p. 271)
A incerteza e o tratamento de dados são estudados na unidade
temática Probabilidade e estatística. Ela propõe a abordagem de
conceitos, fatos e procedimentos presentes em muitas situações-
problema da vida cotidiana, das ciências e da tecnologia. Assim, todos
os cidadãos precisam desenvolver habilidades para coletar, organizar,
representar, interpretar e analisar dados em uma variedade de
contextos, de maneira a fazer julgamentos bem fundamentados e
tomar as decisões adequadas. Isso inclui raciocinar e utilizar conceitos,
representações e índices estatísticos para descrever, explicar e
predizer fenômenos. (BRASIL, 2018, p. 272)

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Estratégias para o ensino de Matemática


Nesta coleção, o ensino de Matemática sustenta-se na ideia de que o conhecimento
significativo é aquele que estabelece conexões entre a realidade e os conhecimentos de
cada área. Trata-se de uma ruptura com a educação descontextualizada, baseada nesse
tipo de memorização dos conhecimentos. O ensino-aprendizagem de Matemática implica,
nesse contexto, engajar os alunos em um processo contínuo de resolver
situações-problema.

A contextualização, portanto, é essencial para qualquer estratégia de


ensino-aprendizagem de Matemática. A BNCC explicita os pressupostos que promovem
essa postura, articulando-os em procedimentos como definição de problemas,
levantamento, análise e representação, comunicação e intervenção. Nesse sentido, é
essencial promover, ao longo do processo de ensino-aprendizagem, situações variadas nas
quais os alunos possam articular tais procedimentos de acordo com sua realidade.

A sala de aula é espaço privilegiado de troca de experiências e vivências, de interações


entre os alunos e o professor, de observação (por parte do professor) das dificuldades dos
alunos e de suas conquistas (SMOLE; DINIZ, 2007, p. 26).

Este Material Digital propõe estratégias diversificadas para que o ensino de


Matemática se processe de maneira contextualizada e significativa para o aluno. Entre elas,
sugerimos:

 Partir dos conhecimentos prévios dos alunos antes de abordar o conteúdo proposto,
utilizando o contexto da realidade deles para que haja uma aproximação do que será
ensinado com o que o aluno traz de conhecimento.

 Usar situações-problema para iniciar um conteúdo, de modo que os alunos possam refletir
sobre a situação.

 Utilizar brincadeiras para auxiliar no desenvolvimento e na consolidação das habilidades


propostas em cada bimestre.

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 Incentivar os alunos a fazer registros (uma técnica importante de verificar se estão


desenvolvendo a habilidade proposta) o que pode ser feito no caderno, na lousa, em
cartazes ou utilizar outros recursos disponíveis para o professor.

 Promover apresentações dos alunos sobre o que foi proposto, pois os alunos, ao
apresentarem, poderão consolidar o conhecimento sobre o tema abordado.

 Explorar o trabalho em pequenos grupos para que os alunos compartilhem conhecimentos


e estratégias utilizadas na resolução de um mesmo problema ou atividade.

 Ajustar sempre que possível o contrato pedagógico, que consiste em um conjunto de


regras discutidas entre os alunos e o professor para que o desenvolvimento das aulas
transcorra de forma adequada, priorizando um ambiente de aprendizagem para o aluno.

Todo o contexto da resolução dos problemas se encontra envolvido


tanto por cláusulas explícitas dos contratos didáticos (as normas e as
solicitações) como por cláusulas implícitas, não ditas pelo professor,
mas criadas pouco a pouco pelos alunos [...].
[...] O contrato didático não é uma realidade estável, estática,
estabelecida uma vez por todas; pelo contrário, ele é uma realidade em
evolução [...] que acompanha a história da classe.
Podemos pensar no contrato como um conjunto de regras, com
verdadeiras e próprias cláusulas, na maioria das vezes, não explícitas
[...], que organizam as relações entre o conteúdo ensinado, os alunos, o
professor e as expectativas (gerais ou específicas) no interior da classe.
(D’AMORE, 2007, p. 107; 116)

Incentivar os usos das tecnologias também é essencial para desenvolver


competências e habilidades nos alunos. Essa demanda é apresentada como necessária na
própria BNCC:

[...]

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4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou


verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática,
científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano
(incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.
[...] (BRASIL, 2018, p. 9)

Isso significa que há interesse em privilegiar o uso de tecnologias da informação, que


devem ser entendido como parte indissociável do próprio ensino de Matemática. As
tecnologias fazem parte da vida de muitas pessoas, por isso elas não devem ficar alheias
aos espaços escolares, tampouco à sala de aula.

Assumi-las como parte integrante do ensino implica tratar de modo a orientar sobre
seus usos, isto é, o papel da escola é sobretudo o de mediadora dos alunos no uso dessas
tecnologias, para que o façam de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. Trata -se de
modos de uso que aparecem ao longo deste Material Digital, a fim de perpassar e
interligar-se na construção de conhecimentos e habilidades e na formação de atitudes e
valores dos alunos do século XXI.

Considerações finais
O Material Digital – composto por planos de desenvolvimento bimestrais, projetos
integradores bimestrais, sequências didáticas, propostas de acompanhamento de
aprendizagem e material digital audiovisual – tem o propósito auxiliar as práticas de sala de
aula e ampliar as possibilidades do professor no planejamento e no preparo das aulas de
Matemática.

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Matemática – 8º ano 8º ano – 8º ano Apresentação

Os materiais disponíveis, que podem ser alterados de acordo com a realidade de cada
escola, trazem subsídios e recursos que complementam o manual impresso e que
contribuem para a atualização contínua do professor.

Bibliografia
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Mat er ia l d is po ni bi li za do em li ce nç a ab er ta do ti po C reat iv e Co mmons – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as At ri bu iç ão não co me rc ia l
( CC B Y N C – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as 4.0 In te rn ati ona l). Pe rm it id a a cr ia ção d e ob ra de ri va da co m fins não co me rc ia is , 17
d es de que s eja atr ib uí do cr éd it o au tor al e as c ri aç õe s se jam l ic en ci ad as sob os me sm os pa râ me tr os .
Matemática – 8º ano 8º ano – 8º ano Apresentação

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1988.

Mat er ia l d is po ni bi li za do em li ce nç a ab er ta do ti po C reat iv e Co mmons – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as At ri bu iç ão não co me rc ia l
( CC B Y N C – Material Digital tem como propósito auxiliar e ampliar as 4.0 In te rn ati ona l). Pe rm it id a a cr ia ção d e ob ra de ri va da co m fins não co me rc ia is , 18
d es de que s eja atr ib uí do cr éd it o au tor al e as c ri aç õe s se jam l ic en ci ad as sob os me sm os pa râ me tr os .

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