Robotica Educacional Uma Proposta Na Educacao Infantil
Robotica Educacional Uma Proposta Na Educacao Infantil
Robotica Educacional Uma Proposta Na Educacao Infantil
Resumo
INTRODUÇÃO
Sousa e Silva (2020) “sugerem que algumas atividades cotidianas realizadas pelas
crianças podem ser vistas sob a perspectiva do Pensamento Computacional, por exemplo, a
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Discente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR) – Pato Branco – PR – Brasil - [email protected];
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Discente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR) – Pato Branco – PR – Brasil - [email protected].
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organização dos brinquedos após uma brincadeira torna-se um desafio que necessita de
resolução, pois algumas questões surgem: qual a melhor maneira de organizá-los, dividi-los ou
agrupá-los, quais as etapas para essa organização, entre outras”.
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Aspectos Metodológicos
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e do material de apoio, a criação de projetos ou protótipos. O material de apoio pedagógico são
apostilas didáticas.
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sequência pedagógica de construção, do mais simples para o mais complexo. O Quadro 1
apresenta o planejamento das práticas sugeridas.
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Nº Prática Objetivo da Atividade
09 Rodas e Eixos Primeiro contato com rodas e eixos – Construir um carro
funcional utilizando o passo a passo.
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pandemia não ocorreram aulas presenciais. No ano de 2021, as aulas estão previstas para
voltarem a ocorrer presencialmente, cumprindo todos os protocolos de segurança sanitária.
Para descrever os aspectos positivos das aulas de robótica e os pontos de atenção, foram
convidadas três professoras que lecionavam na Educação Infantil e utilizavam as aulas de
robótica educacional com seus alunos. As professoras serão identificadas como Professora “A”,
Professora “B” e Professora “C”. Cada professora era responsável por vinte alunos, que eram
divididos em cinco grupos de quatro alunos (dependendo do número de alunos no dia da aula),
contando cada grupo com um kit de robótica educacional.
A professora “A” relatou que inicialmente ia fazendo o passo a passo junto com os
alunos, separando as peças que seriam necessárias, fazendo a contagem e montando para que
os alunos observassem. Em seguida eles desmontavam e tentavam fazer sozinhos a mesma
montagem. Os que tinham mais facilidade, terminavam a tarefa e ajudavam os demais. As
crianças tinham dificuldade em entender os encaixes das peças, pois pensavam que eram iguais
às pecinhas de encaixe tradicionais, mas conforme eles manuseiam o material eles assimilam
cores, formas, contagem e quantidades. Depois que aprenderam como funcionava, eles
passaram a utilizar o material tentando criar objetos diferentes dos trabalhados na apostila.
Outra dificuldade que eles tinham era identificar as peças corretas para o que eles precisavam
fazer no passo a passo (Figura 2).
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Conforme descreve a professora “A”, após cada atividade direcionada, as crianças
podiam explorar livremente o material e usar a criatividade para montar qualquer coisa que
imaginassem. Demonstravam que poderiam liderar os demais dizendo o que cada um podia
fazer e também socializavam e ajudavam os colegas em suas invenções. Os alunos mostravam-
se motivados para as atividades de robótica. Quando chegavam e estavam em fila para ir para
a sala eles já perguntavam se era dia de robótica e quando pegavam as apostilas ficavam
eufóricos e organizavam a fila sem a professora precisar falar nada. Tinha alunos que “se
apossavam” do kit e tinham dificuldades de compartilhar, outros tentavam pegar peças
diferentes, como as engrenagens, das caixas de outros grupos, para fazer alguma montagem
somente com aquelas peças. Como as aulas eram sempre antes do recreio, aconteceu de
perderem a noção do tempo e somente se darem conta quando as zeladoras iam perguntar se os
alunos não iriam lanchar. O processo de avaliação ocorria no decorrer de cada aula de acordo
com o nível de dificuldade das atividades e a desenvoltura dos alunos diante dos desafios
propostos.
A professora “B” relatou que as turmas possuíam um número elevado de alunos (no
caso, vinte), isso faz que aumente o número de alunos com dificuldade na realização das
atividades, mas os alunos com facilidades acabavam auxiliando os com dificuldades. Isso
denota o potencial para atividades colaborativas. Geralmente em suas aulas eles realizavam o
proposto pelo Registro do Cientista (Figura 3) e ficavam liberados para realizar as montagens
livres, desenvolvendo a criação autônoma. Em relação a um aluno, a mesma relatou que era
muito difícil a convivência dele com os colegas na sala de aula, mas quando o mesmo estava
na aula de Robótica Educacional ele tinha um bom relacionamento, realizando atividades em
grupo e compartilhar ideias.
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A Professora “C” relatou a importância da variedade de peças e cores do material, bem
como o material de encaixe e do material didático (apostila) de apoio disponível, no caso, a
qualidade do kit (Figura 4). Em relação aos alunos conseguirem criar o próprio brinquedo foi
muito atrativo para as crianças, para ela “eles se sentiam uns cientistas”. Ela relatou que em
certos momentos sentiu medo de que os alunos fossem quebrar as peças, mas eles montavam e
desmontavam sem medo e com sucesso. Os alunos que apresentavam inquietação em sala de
aula, quando estavam na aula da Robótica Educacional apresentavam calma e tranquilidade.
Um ponto de atenção é que ela não conseguiu utilizar apenas uma aula para cada prática, pois
precisavam deixar organizada a sala para a próxima turma. Ela trabalhou o conteúdo de
alfabetização por meio da Robótica Educacional, adaptando o aprendizado da sala de aula. Em
relação ao número de alunos também foi um ponto de atenção, a divisão que era feita em grupos
de alunos não levava em consideração a relação da qualidade de ensino, também entendendo
que com menor quantidade de alunos as aulas teriam um desenvolvimento melhor.
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modalidades, entre elas a tecnologia. Expressam suas necessidades, ao quererem realizar as
atividades em grupo ou individuais, suas emoções, dúvidas, hipóteses ou descobertas, e a partir
disso constroem sua identidade conhecendo a si mesmos e aos seus grupos de pertencimento
através das interações” (Brasil, 2019).
Considerações Finais
Referências
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http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/minicursos/MC%20Samuel%20Azevedo.pdf. Acesso
em 26/06/2021.
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