Livro Fundamentos Da Qualidade
Livro Fundamentos Da Qualidade
Livro Fundamentos Da Qualidade
Qualidade
Prof. Fernando Eduardo Cardoso
Prof.ª Eliza Damiani Woloszyn Batista
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Fernando Eduardo Cardoso
Prof.ª Eliza Damiani Woloszyn Batista
658.562015195
C268f Cardoso, Fernando Eduardo
186 p. : il.
ISBN 978-85-515-0090-3
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA
QUALIDADE .............................................................................................................. 1
VII
3.1.1 Causas comuns .......................................................................................................................... 56
3.1.2 Causas especiais . ....................................................................................................................... 56
4 ERA DA GARANTIA DE QUALIDADE ............................................................................................ 56
4.1 PERDAS INTERNAS ......................................................................................................................... 57
4.2 PERDAS EXTERNAS ......................................................................................................................... 58
5 ERA DA GESTÃO TOTAL DA QUALIDADE ................................................................................... 58
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................................... 60
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................... 61
VIII
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................. .100
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 101
IX
5 PRINCÍPIOS DO BENCHMARKING ............................................................................................... .155
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... .163
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ .164
TÓPICO 4 – PLANO DE AÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM BASE NO PDCA .... .165
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 165
2 CONCEITUALIZAÇÃO DO PDCA .................................................................................................. 166
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 175
X
UNIDADE 1
CONCEITOS, EVOLUÇÃO E
PRINCIPAIS PESQUISADORES DA
QUALIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nesta unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. Em cada um deles você
encontrará diversas atividades que o(a) ajudarão na compreensão das
informações apresentadas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITOS DE QUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
A qualidade vem desempenhando seu importante papel ao longo dos
anos, no que se refere à consolidação da vantagem competitiva. O aumento da
qualidade está diretamente ligado à satisfação do cliente, o que vai levar ao
aumento da produtividade, proporcionada pela redução do desperdício e do
retrabalho. A qualidade acaba gerando redução nos custos, que gera aumento da
lucratividade das organizações.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS DE QUALIDADE
• Há quem pense que qualidade seja o mesmo que perfeição. Efeito deste
entendimento: a qualidade atingiu um estágio que não comporta mais
mudanças. Implicações nas diretrizes e ações da gestão da qualidade: o que é
perfeito não pode melhorar mais.
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
• Há quem pense que qualidade seja o mesmo que um bom processo produtivo.
Ou seja: a qualidade é própria de quem consegue fabricar qualquer coisa,
bastando apenas ter em mãos o projeto. Efeito deste entendimento: este é
um caso de empobrecimento do conceito da qualidade, onde se leva em
consideração apenas a relação do projeto e produto.
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS DE QUALIDADE
Como se pode observar, alguns dos danos causados por estas falhas
gerenciais podem ser irreversíveis.
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS DE QUALIDADE
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS DE QUALIDADE
• Qualidade é simplesmente fazer o que havíamos dito que iríamos fazer; dar ao
cliente (tanto interno como externo) exatamente o que ele pediu (CROSBY, 1999).
• Qualidade não é algo que o fornecedor coloca num produto ou serviço, mas algo
que o cliente obtém e pelo qual paga. Os clientes pagam apenas por aquilo que
lhes é útil e lhes traz valor. Nada mais constitui qualidade (DRUCKER, 1999).
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Critérios operacionais:
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS DE QUALIDADE
São muitos os conceitos de qualidade, e eles vêm mudando ao longo dos anos,
se adaptando às novas realidades e às mudanças provocadas pelos consumidores.
DICAS
O mesmo link apresenta uma leitura sobre “Qualidade voltada ao atendimento”, mostrando
a importância do atendimento para fidelizar o cliente. O artigo destaca a importância da
estrutura física e do bom atendimento dos funcionários como fatores fundamentais na
qualidade para atendimento ao cliente.
13
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico estudamos e descobrimos:
14
AUTOATIVIDADE
3) Descreva as posturas que conduzem a falhas críticas nas ações que compõem
a gestão da qualidade.
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A qualidade já existia nos primórdios da sociedade, ela sempre esteve
presente na sociedade. O ser humano sempre se preocupou em buscar o que mais
se adequasse às suas necessidades.
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
A sua proposta foi aceita com entusiasmo e Deming viajou pelos Estados
Unidos, tendo oferecido cursos sobre controle estatístico da qualidade a mais de
30 mil alunos. Desse entusiasmo resultou a criação, em 1946, da American Society
for Quality Control (ASQC), sendo Deming membro honorário (GOMES, 2004).
18
TÓPICO 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
DICAS
20
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos e descobrimos:
21
AUTOATIVIDADE
22
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Ao longo de sua história, o termo qualidade vem apresentando diversos
conceitos, mostrando uma constante evolução à medida que novas descobertas,
novos estudos, são divulgados. Os gurus da qualidade, como são chamados os
principais pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento da qualidade,
são os principais responsáveis por esta evolução.
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
24
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
FONTE: BQ (2017)
2 W. EDWARDS DEMING
Um dos principais mestres da qualidade, William Edwards Deming, mais
conhecido como W. Edwards Deming. Seus pais eram William Albert Deming e
Pluma Irene Edwards, nasceu em Sioux City, Iowa, no dia 14 de outubro de 1900.
Ele tinha dois irmãos: Robert Edwards nasceu em 11 de maio de 1902; e Elizabeth
Marie, mais tarde Elizabeth Deming Hood, nasceu em 21 de janeiro de 1909.
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Segundo Asq (2017), durante suas viagens ao Japão, Deming fez diversos
contatos com estatísticos daquele país e desenvolveu uma admiração duradoura
e carinho para com o povo japonês. Deming convenceu Kenichi Koyanagi,
um dos membros fundadores da União de Cientistas e Engenheiros Japoneses
(JUSE), do potencial dos métodos estatísticos na reconstrução da indústria
japonesa. Koyanagi, por sua vez, sugeriu a ideia à JUSE, que convidou Deming
para ministrar cursos de métodos estatísticos para a indústria japonesa.
26
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
• 1) Constância de propósitos;
• 2) Adotar uma nova filosofia;
• 3) Não depender somente da inspeção;
• 4) Fazer com que os fornecedores sejam parceiros;
• 5) Melhoria contínua nos processos de produção:
• 6) Incentivar a liderança;
• 7) Incentivar treinamento em todos os níveis;
• 8) Eliminar o medo, enfrentar os receios;
• 9) Quebrar barreiras departamentais;
• 10) Eliminar slogans e metas numéricas;
• 11) Eliminar cotas numéricas de trabalho, gerenciamento por objetivos;
• 12) Não classificar colaboradores por desempenho;
• 13) Instituir programa de melhoria pessoal;
• 14) Estruturar a gestão para seguir os 13 itens anteriores.
3 JOSEPH M. JURAN
Joseph M. Juran nasceu em 1904, na cidade de Braila, na Romênia, vindo a
morar em 1912 nos Estados Unidos. Juran era filho de um imigrante, e justamente
por isso ele procurava um emprego que lhe proporcionasse estabilidade. Foi
trabalhar na Bell System.
28
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Segundo o site de Juran (2017), no ano de 1979 ele criou o Instituto Juran,
uma instituição preocupada em fornecer pesquisas e soluções pragmáticas para
permitir que as organizações de qualquer setor da indústria aprendessem as
ferramentas e as técnicas para gerenciar a qualidade.
29
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Para que a trilogia pudesse ser colocada em prática, Juran (2017) sugeriu
uma sequência de passos:
1) Identifique os clientes.
2) Identifique as necessidades dos clientes.
3) Traduza as necessidades dos clientes em especificações.
4) Desenvolva os produtos que atendam às necessidades dos clientes.
5) Aperfeiçoe as características dos produtos.
6) Desenvolva as capacidades dos processos para produzir o produto.
7) Teste os processos.
8) Operacionalize os processos.
Juran sempre foi moderno, lançando ideias que são atuais ainda nos
tempos de hoje, funcionando como base da qualidade nas organizações. Pelas
suas contribuições Juran recebeu 40 prêmios de 12 países diferentes.
30
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Corrêa e Corrêa (2006) afirmam que Juran propôs que cliente externo seria
aquele que é impactado pelo produto, mas não é membro da organização que
o produziu. Já o cliente interno seriam pessoas ou áreas que são supridas por
outras, dentro da própria organização produtora.
4 PHILIP B. CROSBY
Philip B. Crosby nasceu em Wheeling, West Virginia, EUA, em 18 de junho
de 1926. Iniciou sua carreira na área da qualidade no ano de 1952, logo após ter
servido a duas guerras, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Correia. No
espaço de tempo entre estas duas guerras, Philip Crosby aproveitou para estudar
medicina (HARTMAN, 2002).
31
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Como autor, publicou diversos livros que se tornaram best sellers. Foram
vendidos mais de 2,5 milhões de exemplares do seu primeiro livro, "Quality is
Free"(1979), publicado em 12 idiomas. (PHILIPCROSBY, 2017).
Segundo Picchi (1993), qualidade para Crosby está associado aos conceitos
de: Zero defeitos; Os quatro absolutos da qualidade; A vacina da qualidade; e Os 6 Cs.
Zero defeitos: não significa que o produto tenha que ser perfeito. Significa
que todos os indivíduos, na organização, estão comprometidos em satisfazer os
requisitos já na primeira vez, evitando assim o retrabalho. O dia “zero defeitos”
permite à gestão de topo reafirmar o seu compromisso com a qualidade. (PICCHI,
1993). No zero defeito todos na organização estão focados na busca do zero defeito.
Mesmo isso sendo de certa forma impossível de ocorrer, a busca constante por
esta conquista faz com que todos estejam sempre procurando fazer o seu melhor.
33
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
5 KAORU ISHIKAWA
Kaoru Ishikawa nasceu no dia 13 de julho de 1915, na cidade de Tóquio,
Japão. Ele era o filho mais velho de um total de oito filhos de Ichiro Ishikawa.
Formado em Engenharia com ênfase em Química Aplicada, no ano de 1939, pela
universidade de Tóquio. Trabalhou como oficial técnico naval ente os anos de
1939 até 1941, depois trabalhou na Nissan até 1947.
34
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
36
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
A abordagem de baixo para cima (do topo para base da pirâmide) é melhor
exemplificada pelo círculo de qualidade. O círculo proporciona à organização
o desenvolvimento dos processos internos, vistos pelos olhos dos próprios
funcionários, nos mais diversos setores e níveis organizacionais.
Embora os círculos fossem uma das ideias japonesas das mais adiantadas
sobre a qualidade a ser popularizada, Ishikawa era sempre ciente da importância
do apoio da gerência superior. O apoio do topo é um elemento-chave na estratégia
de qualidade abrangente do Japão: controle de qualidade em toda a empresa
(CWQC), talvez melhor descrito em Ishikawa's What is Total Quality Control? O
Caminho Japonês (ASQ, 2917).
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
38
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
6 GENICHI TAGUCHI
O guru da qualidade Genichi Taguchi criou um método intitulado Método
de Taguchi. Este método de controle da qualidade proporciona a melhoria da
qualidade, bem como a redução de custos.
Em 1960 escreveu o livro Experimental Design and Life Test, quando, logo
após concluir seu doutorado, aproveitou seu conhecimento na área têxtil e
atualizou na segunda edição do mesmo livro um capítulo sobre o setor têxtil,
sendo de grande contribuição para esta área.
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Em 1963, segundo Asq (2017), Genichi Taguchi iniciou uma parceria com
o grupo de pesquisa denominado “Associação Japonesa de Padrões”, e mais tarde
fundou um grupo de pesquisa de qualidade, que periodicamente se encontrava
para discutir o tema da qualidade, o que estava sendo pesquisado e o que podia
ser feito para melhorar o processo de controle da qualidade na indústria.
No início dos anos 1980, Taguchi iniciou sua carreira nos Estados Unidos,
onde um fornecedor tinha introduzido os métodos de Taguchi na Ford Motor
Co. Foi convidado para fornecer seminários aos executivos da Ford em 1982. Em
1983, era diretor executivo do Instituto de Fornecedor de Ford, Inc., que mais
tarde mudou seu nome para Instituto de Fornecedor Americano.
40
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
42
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
1) Estabelecer padrões.
2) Avaliar a conformidade em relação a estes padrões.
3) Agir corretivamente quando necessário.
4) Planejar uma melhoria definitiva.
LEITURA COMPLEMENTAR
Mestres da Qualidade
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS, EVOLUÇÃO E PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
Deming com seu método dos “14 Pontos da Gestão” e PDCA, Juran com
suas categorias de Qualidade, Crosby com sua teoria de “Defeito Zero”, Ishikawa
com a prática dos “Círculos de Qualidade” e controle realizado através de
Diagramas de causa e Efeito (Análise de Pareto, Histogramas, Folhas de controle,
Diagramas de escada, Gráficos de controle, Fluxos de controle), Feingenbaum
com seu conceito de Qualidade Total, Massaaki com a filosofia Kaizen, Taguchi
com sua enorme contribuição na promoção do design industrial e Schonberger
com o fabuloso JIT (just in time), apresentaram sem dúvida os passos certos para
o alcance da qualidade, mas independentes não definem um conceito único do
que seja qualidade.
44
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS PESQUISADORES DA QUALIDADE
45
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos e descobrimos:
• Para que a trilogia pudesse ser colocada em prática, Juran sugeriu uma
sequência de passos: 1 Identifique os clientes; 2 Identifique as necessidades
dos clientes; 3 Traduza as necessidades dos clientes em especificações; 4
Desenvolva os produtos que atendam às necessidades dos clientes; 5 Aperfeiçoe
as características dos produtos; 6 Desenvolva as capacidades dos processos
para produzir o produto; 7 Teste os processos; 8 Operacionalize os processos.
• Para Juran, a qualidade é definida em dois conceitos que norteiam suas ações
na gestão do controle da qualidade: (i) Qualidade são aquelas características
do produto que atendem às necessidades dos clientes e, portanto, promovem a
satisfação com o produto. (ii) Qualidade consiste na ausência de deficiências.
• Para Crosby, qualidade está associada aos seguintes conceitos: zero defeitos; os
quatro absolutos da qualidade; a vacina da qualidade; os 6 Cs.
46
AUTOATIVIDADE
6) Quais são os oito passos descritos por Juran para que sua trilogia possa ser
colocada em prática?
9) Para Crosby, qualidade está associada a quatro conceitos. Quais são estes
quatro conceitos de qualidade?
13) Descreva sobre o conceito “Os seis Cs” descrito por Crosby.
47
17) Quais são os quatro conceitos atribuídos a Genichi Taguchi?
48
UNIDADE 2
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE
QUALIDADE TOTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir da perspectiva do saber fazer, nesta unidade você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade está dividida em quatro tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 4 – PROGRAMA 5S
49
50
UNIDADE 2
TÓPICO 1
ERAS DA QUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
Os anos 1990 representam, pelo menos dentro da infraestrutura
industrial dos países desenvolvidos, o que é conhecido como Era da Qualidade
e Produtividade. A definição de qualidade vem sendo intensificada agravada de
forma significativa e invasiva no atual mundo da manufatura e dos serviços.
51
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
2 ERA DA INSPEÇÃO
O conceito de inspeção é definido como uma função organizacional de
revisão, avaliação e emissão de opinião quanto ao ciclo administrativo (planejamento,
execução, controle) em todos os momentos e ambientes das empresas.
52
TÓPICO 1 | ERAS DA QUALIDADE
53
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
54
TÓPICO 1 | ERAS DA QUALIDADE
LIMITES
L C
|0 |1 |2 |3 |4 |5 |6 |7 |8 |9 |10 |11 |12 |13
Amostras retiradas ao longo do tempo
FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAK3YAB/analise-risco-
estatistica-na-validacao-processo>. Acesso em: 23 mar. 2017.
55
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
56
TÓPICO 1 | ERAS DA QUALIDADE
A partir dos anos de 1951, J. Juran anunciou uma obra literária com a
finalidade de abordar os aspectos econômicos da qualidade, destacando os
conceitos de custos que poderiam ser evitados e de custos inevitáveis durante
a fabricação de produtos. Foi instituída a atividade de Engenharia de Controle
de Qualidade e posteriormente foi iniciada a Engenharia de Confiabilidade,
assegurando a performance aceitável do produto no decorrer do tempo, sobretudo
na época, declarado com os componentes e sistemas militares.
57
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
58
TÓPICO 1 | ERAS DA QUALIDADE
59
RESUMO DO TÓPICO 1
A apresentação dos conceitos relacionados às eras da qualidade pode ser
resumida em:
• A era da qualidade e produtividade surgiu nos anos 1990, sendo cada vez mais
importante para a sobrevivência DAS EMPRESAS.
60
AUTOATIVIDADE
61
62
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O conceito de Qualidade Total compreende um modelo de gestão de uma
empresa, com foco na qualidade e com fundamento na participação de todos os
seus integrantes, tendo em vista o sucesso em longo prazo, pela satisfação dos
clientes e os benefícios para todos os elementos da empresa.
Juran conceituou a GQT (ou TQM – Total Quality Management) como sistema
de atividades orientadas para a busca da satisfação dos clientes, colaboradores com
responsabilidade, qualificação e autoridade e empresa com maior faturamento e
redução de custos.
63
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
A partir dos anos 1980, no Brasil, principalmente a partir dos anos 1990, a
Gestão da Qualidade Total foi amplamente implementada em empresas de vários
segmentos industriais e de serviços, sendo elas de pequeno, médio e grande porte.
• Os consumidores e o mercado cada vez mais criterioso, com foco no que agrega
valor e ausência de defeitos, a um baixo preço de venda.
64
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
• Outro programa, que nos dias atuais é muito utilizado pelas empresas,
denomina-se Produção Enxuta, surgiu na indústria automobilística,
considerada como “Indústria das Indústrias”, que alterou radicalmente nossa
forma de produzir bens por duas vezes neste século. Este sistema de produção
tem forte influência dos conceitos e métodos da gestão da qualidade total.
• O sistema de gestão da qualidade ISO 9001, sendo que cada vez mais as empresas
estão exigindo certificação, aplicado como evidência de que as empresas que
possuem o certificado gerenciam nos mínimos detalhes a qualidade.
65
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
2.1 COMPOSIÇÃO
Filho (2010) aborda que a Gestão da Qualidade Total é composta de cinco
elementos, que são a base para determinar as estratégias das empresas:
1) Qualidade específica.
2) Preço baixo.
3) Pontualidade de entrega.
4) Segurança na utilização.
5) Moral da equipe.
66
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
Para que esta redução ocorra, deve-se ter um bom planejamento específico
de aquisição de recursos, custos de mão de obra, número de colaboradores da
empresa, análise dos processamentos necessários, logística externa, investimentos
e outros requisitos importantes para a manutenção da competitividade da
empresa no mercado.
67
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
• O percentual de absenteísmo.
• Número de afastamentos.
• Quantidade de acidentes no trabalho.
• Treinamentos realizados, que permitem ações para manutenção e melhoria no
ambiente de trabalho.
Os clientes são a própria razão de ser das empresas, sendo que elas buscam
a qualidade estabelecendo processos organizados e permanentes para troca de
informações e aprendizado com os clientes.
68
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
69
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
70
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
71
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
72
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
• Verificação macro:
o Avaliação das necessidades dos clientes.
o Observação do ambiente em que a empresa está inserida.
o Análise dos planos de longo prazo.
o Estudo das questões internas.
o Pesquisa de desempenho atual.
o Exploração dos fatores críticos de sucesso.
73
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
• Determinação.
• Recursos.
• Comprometimento da equipe e
• Melhoria Contínua (estar de acordo com objetivos PDCA).
74
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
75
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
Por fim, estas etapas devem ser fundamentadas por uma infraestrutura
e cultura organizacional adequada. Os valores e princípios da cultura da gestão
pela qualidade total compõem a base para qualquer tipo de intervenção.
4 GERENCIAMENTO DA ROTINA
O gerenciamento pela rotina é um método de gerenciamento das pequenas
tarefas do dia a dia com o objetivo de controlar a qualidade em cada uma das
atividades, mantendo a qualidade final do produto.
76
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
77
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
78
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
79
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
Quando uma empresa aplica a gestão Lean, ela elimina desperdícios, não
é raro que ocorram aumentos de produtividade de 30%-50%, redução de espaços
de 50%, melhoria de qualidade, redução de lead times de até 10 vezes.
LEITURA COMPLEMENTAR
1) Satisfação do cliente
Quando se fala em qualidade total, os clientes são vistos como a parte mais
importante de uma empresa e ela deve criar ações de atendimento ao cliente, parceria,
superação de expectativas e a comparação feita pelo cliente com os concorrentes. Uma
organização deve direcionar suas medidas através da satisfação de seus clientes.
80
TÓPICO 2 | CONCEITOS DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
2) Gerência participativa
4) Constância de propósitos
5) Aperfeiçoamento contínuo
81
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
6) Gerenciamento de processos
7) Delegação
8) Disseminar informações
9) Garantia da qualidade
A política em uma empresa deve ser a de Zero Defeito e deve ser adotada por
todos os segmentos da organização. Um erro não deve ser ignorado, para que uma
atividade preventiva seja tomada contra ele a fim de reduzir os custos da qualidade
de um produto. Ações corretivas devem ser introduzidas em casos recorrentes, pois
prevenir um erro sai mais barato do que consertá-lo posteriormente.
82
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico apresentamos:
83
AUTOATIVIDADE
( ) Este sistema tem seu foco principal na definição das metas da empresa.
( ) Acompanha a empresa na execução das metas, previstas no planejamento
anual.
( ) A definição das metas da empresa é definida através da estruturação de
ações a curto prazo para execução.
( ) O gerenciamento pelas diretrizes também é conhecido como Hoshin
Kanri ou planejamento hoshin ou desdobramento das diretrizes.
84
UNIDADE 2
TÓPICO 3
CERTIFICAÇÕES ISO
1 INTRODUÇÃO
A Internacional Organization for Standardization (ISO) aperfeiçoou,
juntamente com o comitê técnico, um conjunto de normas para os sistemas da
qualidade, que ficou conhecido como a ISO Série 9000.
85
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
Você sabia que alguns países têm exigido esta certificação, dependendo do
ramo de atividade, na hora da exportação? Mas, se é tão necessária a certificação,
por que nem todas as empresas são certificadas? Bem, estas e outras respostas nós
teremos ao longo dos estudos deste tópico.
2 HISTÓRICO
Segundo com MARSHALL JÚNIOR et al. (2003), a ISO surgiu durante uma
reunião realizada na cidade de Londres no ano de 1946, com representantes de 25
países, onde decidiram criar uma organização internacional com a finalidade de
proporcionar, em nível mundial, a administração e integração das normas industriais.
ISO é uma palavra derivada do grego “isos” e significa “igual”, que deu
origem ao prefixo “iso”, utilizado em grande quantidade de termos, por exemplo,
isometria e isonomia.
86
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
87
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
3 CERTIFICAÇÃO
A necessidade de as empresas realizarem uma comunicação eficiente com
os seus clientes e com o mercado, a adaptação de seu sistema de qualidade às
normas de referência resulta em atividades para alcançar a certificação.
88
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
89
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
90
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
91
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
A ISO 9001 demanda também que a empresa faça a gestão dos seus
recursos físicos e humanos, para assegurar a eficiência do sistema de gestão da
qualidade, construir uma visão sistêmica de seus processos.
92
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
A ISO 9001 foi revisada pela primeira vez no ano de 1987, sendo que já
se apresentaram três revisões, em 1994, 2004 e 2008. Desde a revisão realizada no
ano 2000, a ISO retirou as certificações ISO 9002 e ISO 9003, conservando apenas
o certificado ISO 9001 de sistema da qualidade.
93
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
Segundo Carpinetti (2012), a ISO 9001:2008 afirma que a alta direção deve
estipular metas da qualidade, que sejam mensuráveis e adequadas com a política
da qualidade da empresa, podendo ser monitoradas por meio de indicadores.
Esta avaliação deve ser feita através de reuniões, com intervalos planejados,
para garantir sua adequação, eficiência e análise das oportunidades de melhoria
nos processos.
94
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
95
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
Além da gestão dos recursos humanos, a ISO 9001:2008 afirma que a empresa
deve definir, aprovisionar e manter a infraestrutura necessária para o atendimento
dos requisitos dos clientes. A norma se refere a três variedades de recursos:
96
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
Medição e monitoramento
97
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
98
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÕES ISO
99
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico foram apresentados os conceitos e modelos de certificações
de qualidade, conforme resumo:
• A ISO 9001 demanda também que a empresa faça a gestão dos seus recursos
físicos e humanos, para assegurar a eficiência do sistema de gestão da qualidade.
100
AUTOATIVIDADE
4) Quais são as práticas que devem ser realizadas por uma empresa para que
possa adquirir a certificação da qualidade?
101
102
UNIDADE 2
TÓPICO 4
PROGRAMA 5S
1 INTRODUÇÃO
O programa 5S, embora não gere certificação para a empresa, contribui
muito em relação à melhoria da produtividade, pois nem sempre os objetos que
guardamos são úteis para o desempenho de nossas funções.
Você já deve ter ouvido falar em 5S. Então, uma forma de colocar o
housekeeping em prática é através do programa 5S. O 5S teve origem no Japão, na
década de 1950, após a II Guerra Mundial, como um programa de qualidade total.
103
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
2 O QUE É O PROGRAMA 5S
O nome 5S faz menção a cinco palavras japonesas que iniciam com a letra
S no alfabeto ocidental: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Mas, afinal, por que
as empresas utilizam um programa japonês aqui no Brasil?
3 IMPLANTANDO O 5S
Afirma-se que o 5S é a base para a Gestão da Qualidade Total porque, se
pretendemos mudar nossa forma de gerenciar, antes de qualquer ação, temos que
limpar e organizar nosso local de trabalho.
104
TÓPICO 4 | PROGRAMA 5S
desenvolvimento sustentável deve passar pelo 5S. Esse programa é válido tanto
para empresas quanto para residências e comunidades.
4 SIGNIFICADO DE 5S
Mas afinal, o que a empresa ganha implantando o 5S? Vejamos agora
quais são os benefícios que o 5S nos oferece e como podemos melhorar o meio em
que vivemos e trabalhamos por meio deste programa.
105
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
O que é usado quase sempre: coloque o mais próximo possível ao local de trabalho.
O que é usado ocasionalmente: coloque um pouco afastado do local onde trabalha.
O que é usado raramente, mas necessário: coloque separado num local determinado.
O que for desnecessário deve ser: reformado, vendido ou eliminado.
O Senso Seiton tem por objetivo arrumar os objetos que sobram após
a seleção. Além disso, também visa à identificação deles no local de trabalho,
facilitando a localização quando necessário.
106
TÓPICO 4 | PROGRAMA 5S
Agora que você já selecionou o que realmente precisa ser guardado, poderá
ordená-lo. Refere-se à disposição sistemática dos objetos e dados, bem como a
uma excelente comunicação visual que facilite o acesso rápido aos mesmos, além
de facilitar o fluxo das pessoas.
107
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
108
TÓPICO 4 | PROGRAMA 5S
109
UNIDADE 2 | EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE TOTAL
5 VISÃO GERAL DO 5S
Contudo, é impressionante como um programa de fácil metodologia pode
oferecer tantos benefícios. Na maioria das vezes estamos tão acostumados com os
maus hábitos do dia a dia que não paramos para olhar ao nosso redor e ver como
as coisas poderiam ser diferentes.
110
TÓPICO 4 | PROGRAMA 5S
Entretanto, adotar estes sensos não é uma tarefa tão fácil. As pessoas nem
sempre estão dispostas a mudar seus hábitos e costumes e, por isso, a implantação
desta metodologia deverá ser trabalhada com toda a equipe, pois envolve a
participação de todos e, principalmente, na manutenção das conquistas iniciais
por meio de auditorias externas e internas.
111
RESUMO DO TÓPICO 4
Após a descrição dos conceitos e práticas de implementação do programa
5S, apresentamos um resumo do conteúdo:
• O senso de ordenação tem por objetivo arrumar os objetos que sobram após a
seleção.
112
AUTOATIVIDADE
113
114
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nesta unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles você encon-
trará autoatividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA
QUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
As ferramentas da qualidade são técnicas utilizadas para ajudar a
organização no processo de melhoria da qualidade. As ferramentas ajudam
na definição, mensuração, análise, além de propor soluções para problemas
que possam aparecer nos processos do dia a dia e que afetem o desempenho
organizacional (CONEXITO, 2008).
2 FLUXOGRAMA
O fluxograma, segundo Lins (1993), proporciona uma representação
gráfica e sequencial de todas as etapas de um determinado processo, mostrando a
relação de cada uma das etapas com um todo. O fluxograma proporciona analisar
todo o processo e não apenas uma parte dele. Verificando todo o processo se torna
mais fácil a identificação de possíveis falhas no processo ou, mesmo, identificar
oportunidades de melhorias.
Representa a forma como as coisas são feitas (real) e não como deveria ser
feito, ou como o chefe pensa que é feito (MARIANI, 2005). No entanto, não existe
uma padronização nos símbolos do fluxograma. Dependendo do autor, podemos
encontrar símbolos diferentes para uma mesma atividade.
Sempre que fizer um fluxograma, que se faça uma legenda com o significado
de cada símbolo. A seguir serão apresentados os símbolos mais utilizados.
117
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Símbolo de atividade
Sentido do fluxo
Decisão
Documento relatório
118
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Início/término
Observação
Conector de página
119
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
FONTE: O autor
FONTE: O autor
120
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
UNI
3 DIAGRAMA DE PARETO
O Diagrama de Pareto, segundo Conexito (2008), tem a finalidade de mostrar
a importância de todas as condições, a fim de escolher o ponto de partida para solução
de problemas; identificar as causas básicas do problema; e monitorar o sucesso.
121
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
FONTE: O autor
Observe que o Diagrama de Pareto nos proporciona uma análise visual dos
principais problemas da organização. O gráfico proporciona ao gestor identificar
os problemas de maior representatividade para a organização e que deveria ser
dada prioridade na resolução destes problemas.
122
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
FONTE: O autor
UNI
123
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
4 DIAGRAMA DE ISHIKAWA
O Diagrama de Ishikawa tem a finalidade de explorar e identificar
todas as causas possíveis de um problema ou oportunidades de melhorias,
proporcionando a localização das possíveis causas que estão provocando as falhas
de um processo. Muito mais do que isso, ele também serve para os processos que
não estão apresentando falhas, mas que podem ser aperfeiçoados.
124
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
125
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
UNI
5 FOLHA DE VERIFICAÇÃO
A folha de verificação é muito utilizada para facilitar a atividade de coleta
e análise de dados. A folha de verificação, segundo Conexito (2008), são tabelas ou
planilhas simples, que proporcionam economia de tempo, eliminando o trabalho
de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Ainda podemos definir
a folha de verificação como formulários planejados, nos quais os dados coletados
são preenchidos de forma fácil e concisa (CONEXITO, 2008).
126
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
127
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Atraso na liberação de
||| || 5
recursos financeiros
Especificaçãoes de
||| || || ||| | |||| 15
materiais imprecisas
Atraso na liberação de
||| || || ||| |||| | |||| | 20
crédito
128
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
6 MATRIZ DE GUT
O GUT é uma ferramenta que transforma os dados qualitativos em dados
quantitativos. Eles transformam as categorias em fatores. Quando trabalhamos
com fatores, conseguimos identificar qual é mais importante que outro, colocando
os fatores em ordem decrescente.
Temos aqui a matriz de GUT, que nos serve de gabarito para se elaborar
os cálculos.
129
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Para o “U” da urgência, temos que pensar se eu posso esperar dois meses
para resolver o problema ou se preciso resolvê-lo imediatamente. Por se tratar de
vazamento de combustível e risco de vidas envolvidas, podemos identificar que
o problema precisa ser resolvido imediatamente, o quanto antes, por isso atribuo
nota 5 ao “U” – da urgência.
Com relação ao “U” da urgência, será que eu posso esperar dois meses para
resolver o problema, ou preciso ligar para o fornecedor e resolver imediatamente
o problema? Digamos que o posto costuma fazer encomendas uma vez por
mês, então daria para o posto esperar até a próxima solicitação de compra para
solicitar a água faltante, então poderia dar uma nota 2, e esperar um mês para
encomendar a água.
130
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
131
RESUMO DO TÓPICO 1
132
AUTOATIVIDADE
133
134
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A sobrevivência das organizações depende da sua capacidade de atender
às necessidades dos clientes. Para isso, elas devem ser capazes de promover
mudanças rápidas, pois essas também ocorrem no mundo globalizado.
A fidelização dos clientes está cada vez mais difícil, são muitos os produtos,
marcas, tamanhos, cores, uma variedade enorme para os clientes escolherem, o
que torna a identificação dos problemas fundamental para resolver problemas que
já apareceram, ou mesmo melhorar processos antes dos problemas aparecerem.
135
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
2 USO DO MASP
O uso do MASP proporciona uma série de vantagens para o
gerenciamento organizacional. Segundo Conexito (2008), o uso do MASP é
justificado por cinco fatores:
136
TÓPICO 2 | MASP – MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
3 ETAPAS DO MASP
O MASP é um método decorrente do PDCA, mas, dependendo do autor
utilizado como base, pode apresentar pequenas alterações. Alguns autores
apresentam sete etapas, outras apresentam oito etapas do MASP, desta forma,
algumas etapas podem ser apresentadas juntas, outras separadas.
137
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Conclusão Aprendizado
Passamos a detalhar cada uma das etapas, bem como suas subetapas
(passos) que lhe dão suporte.
138
TÓPICO 2 | MASP – MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
UNI
139
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
• Coleta de dados.
• Priorizar os problemas.
140
TÓPICO 2 | MASP – MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Tendo em vista que uma nova estratégia tanto pode contribuir como
pode prejudicar outros processos organizacionais, é preciso levantar os pontos
positivos e negativos de cada estratégia, avaliando se a nova estratégia não está
gerando um efeito negativo em outra atividade da organização, certificando-se
da ausência de possíveis efeitos colaterais.
141
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
• Treinar.
• Executar a ação.
142
TÓPICO 2 | MASP – MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
143
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
UNI
No link a seguir gravamos uma apresentação sobre o uso do MASP, não deixe
de acessar para aprofundar o seu conhecimento. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=1yQTNvkckx8>.
144
RESUMO DO TÓPICO 2
• A etapa de plano de ação é composta por dois passos: 4.1. Elaborar a estratégia
de ação; 4.2. Estabelecer metas.
145
AUTOATIVIDADE
1 - Problema.
2 - Observação.
3 - Análise.
4 - Plano de ação.
5 - Execução.
6 - Verificação.
7 - Padronização.
8 - Conclusão.
a) 5 – 1 – 2 – 6 – 7 – 3 – 4 – 8.
b) 3 – 1 – 7 – 4 – 6 – 2 – 5 – 8.
c) 7 – 4 – 2 – 5 – 3 – 6 – 1 – 8.
d) 2 – 3 – 1 – 7 – 4 – 6 – 5 – 8.
146
( ) Perdas atuais.
( ) Envolvimento da equipe.
( ) Executar a ação.
a) V – V – F – V – V – F.
b) F – F – V – F – F – V.
c) V – V – V – F – F – F.
d) F – V – F – V – V – V.
147
148
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O benchmarking é uma ferramenta de gestão para melhorar o desempenho
organizacional, proporcionando a vantagem competitiva, em que a organização
consegue manter ao longo do tempo um desempenho superior e médio, se
destacando perante a concorrência.
149
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
2 CONCEITOS DE BENCHMARKING
O benchmarking, segundo Araújo (2012), é uma ferramenta de maior utilidade
para a gestão organizacional. Centrada na premissa de que é imperativo explorar,
compreender, analisar e utilizar soluções de uma organização, concorrente ou
não, diante de determinado problema, o benchmarking é uma excelente ferramenta
de gestão organizacional e oferece, aos que acreditarem corretamente em seu
potencial, alternativas que aperfeiçoam processos organizacionais, produtos e
serviços.
150
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
• Reconhecidas: o processo envolve uma investigação inicial que tem por intuito
descobrir quem, provavelmente, será examinado como detentor das melhores
práticas, e que, portanto, deve possuir informações valiosas para oferecer.
3 MITOS DO BENCHMARKING
Muitas organizações rejeitam a ideia de promover estudos de benchmarking.
Isto ocorre porque muitas organizações não acreditam no potencial do
benchmarking. Segundo Feltus (2000), existem alguns mitos do benchmarking que
fazem com que algumas organizações rejeitem o seu estudo. A seguir listaremos
os mitos do benchmarking descritos por Feltus (2000):
Mito 2 – a gerência não entende, não oferece o devido suporte: esse tipo de
afirmação também não tem procedência. Muitos gerentes entendem todos os esforços
e promovem o suporte competente. Muitos são os que a compreendem como uma
extensão natural e moderna do atual papel da gerência, de qualquer gerência.
151
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Mito 3 – você só pode fazer benchmarking com o melhor: você não precisa
fazer benchmarking com os melhores para alcançar os resultados que deseja. Às
vezes, um estudo sobre as práticas das organizações que são quase tão boas quanto
as líderes é o bastante para sua empresa. Além disso, muitas companhias que detêm
as melhores práticas não abrem espaço para a realização de parcerias voltadas
para o estudo. Por fim, fazer com os melhores pode trazer resultados maléficos a
curto prazo. Se a diferença entre as práticas do líder e as de sua empresa for muito
grande, o desestímulo para as pessoas envolvidas será certo.
152
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
4 TIPOLOGIA BENCHMARKING
Podemos encontrar diversos estudos apresentando diferentes tipologias
de benchmarking, por exemplo, as tipologias de Camp, do Grupo Know How,
Soares, GT Investimentos, entre outros. Nesta seção estaremos estudando as
tipologias apresentadas por Camp e Grupo Know How, que se apresentam como
as mais utilizadas.
153
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
154
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
- Informações
relevantes para - Dificuldades
os resultados de de coleta de
Concorrentes - Cannon
negócios. dados.
diretos vendendo - Ricoh
Competitivo - Práticas/ - Questões
para uma mesma - Kodak
tecnologias éticas
base de clientes. - Sharp.
comparáveis. - Atitudes
Histórico da coleta antagônicas.
de informações.
- Ação potencial
para descobrir Dificuldades
práticas na
inovadoras. transferência
- Armazéns (L. L. - Tecnologias/ de práticas
Organizações
Bean) práticas de fácil para
reconhecidas
- Acompanhamento transferência. ambientes
como tendo os
Funcional do status de - Desenvolvimento diferentes.
mais avançados
(genérico) despachos (Federal de redes - Algumas
produtos/
Express). de contatos informações
serviços/
Serviço ao cliente profissionais. não podem ser
processos.
(American Express). - Acesso a transferidas.
bancos de dados - Consome
relevantes. bastante
- Resultados tempo.
estimulantes.
5 PRINCÍPIOS DO BENCHMARKING
Os princípios norteiam todo o processo de benchmarking antes, durante
e depois do seu estudo. Watson (1994) descreve os princípios: reciprocidade;
analogia; medição; validade, que precisam ser observados durante o processo de
estudo do benchmarking.
155
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Análise dos dados – Deve ser efetuada tendo em conta dois aspectos
(PMELINK, 2017):
FORMAR A EQUIPE
156
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
157
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
158
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
159
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Para Floyd e Lane (2000), para que o middle manager possa interagir
com o nível de diretoria (top-manager) é preciso que entenda qual é o objetivo
da organização e sua estratégia competitiva, além do contexto político no qual
está inserida. Espera-se que o middle manager realize a interação entre o nível
operacional (bottom) e o nível de diretoria (top-manager). Neste contexto, o número
de interações e a complexidade das informações são maiores para o middle manager
do que para os demais níveis de liderança (FLOYD; LANE, 2000).
160
TÓPICO 3 | BENCHMARKING COM FOCO NA GESTÃO DA QUALIDADE
IMPLEMENTAR AS AÇÕES
161
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
RECOLHER OS BENEFÍCIOS
162
RESUMO DO TÓPICO 3
• Existem alguns mitos do benchmarking que fazem com que algumas organizações
rejeitem o estudo dele.
163
AUTOATIVIDADE
1) Conceitue benchmarking.
164
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Quando falamos que o plano de ação é um tema que engloba as mais
diversas áreas, todos os gestores, em algum momento de sua carreira, terão que
passar por um processo de montagem de um plano de ação. Como gestores, ou
seja, procurando atender a uma demanda da própria organização quando, por
exemplo, é solicitado para fazer um plano que aumente as receitas, ou diminua as
despesas, enfim, para melhorar o desempenho.
O plano de ação ainda serve para a vida pessoal, quando as pessoas querem
fazer uma viagem, ou desejam realizar um sonho, elas precisam montar um plano
de ação de forma que consigam definir as atividades, os passos necessários para
realizarem os seus sonhos. Sejam profissionais, sejam pessoais.
165
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
2 CONCEITUALIZAÇÃO DO PDCA
O ciclo do PDCA foi criado na década de 1920, por Walter Andrew
Shewart, que ficou conhecido no pioneirismo no controle estatístico de qualidade
(SHEWART, 1939).
O ciclo PDCA recebe este nome devido ao significado das suas iniciais
em inglês:
P – Plan ou planejamento.
D – Do ou executar.
C – Check ou analisar ou verificar.
A – Action ou agir procurando corrigir falhas.
UNI
Para compreender melhor o que é ciclo PDCA, confira uma breve explicação
sobre cada um dos seus quatro estágios:
Planejamento: Um projeto bem elaborado é primordial para o ciclo PDCA, pois impede
falhas futuras e gera um enorme ganho de tempo. Paute o planejamento de acordo com
a missão, visão e os valores da empresa, estabelecendo metas e objetivos e definindo o
melhor caminho para atingi-los.
Checagem: É o estágio do ciclo PDCA onde são identificadas possíveis brechas no projeto.
As metas alcançadas e resultados obtidos são mensurados através dos dados coletados e
do mapeamento de processos ao final da execução. A checagem pode e deve ser feita de
duas maneiras: paralelamente à execução, de modo a ter certeza de que o trabalho está
sendo bem feito, e ao final dela, para uma análise estatística mais abrangente que permita
os ajustes e acertos necessários.
Ação: A “última” etapa, na qual são aplicadas ações corretivas de modo a estar sempre e
continuamente aperfeiçoando o projeto. É simultaneamente fim e começo, pois após uma
minuciosa apuração do que tenha causado erros anteriores, todo o ciclo PDCA é refeito
com novas diretrizes e parâmetros.
166
TÓPICO 4 | PLANO DE AÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM BASE NO PDCA
PLANEJAMENTO
Segundo Deming (1986), o PDCA pode ser usado tanto para ajudar
a empresa com problemas em seus processos, como também pode ser usado
para aperfeiçoar o que já está indo muito bem. Ou seja, não precisamos esperar
o problema aparecer para procurar soluções, o PDCA procura o constante
aperfeiçoamento.
O PDCA ainda é usado como uma forma de controle, porque logo após
elaborar o plano de ação, o gestor consegue aplicar e fazer todos os controles para
ver se tudo que foi planejado foi realmente implantado, ou se foi necessário fazer
algum ajuste. (SHEWHART, 1980).
167
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
168
TÓPICO 4 | PLANO DE AÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM BASE NO PDCA
169
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
PLANO DE AÇÃO
What (o que): o que será feito para resolver o problema da falta de livros.
Neste caso serão comprados novos livros. Aqui é preciso definir as ações para
resolver o problema.
Who (quem): quem será o responsável pela compra dos livros. Poderia
ser a bibliotecária, visto que ela é responsável pela biblioteca, seria ela a pessoa a
cuidar da compra dos livros.
170
TÓPICO 4 | PLANO DE AÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM BASE NO PDCA
Why (por que): por que vou despender tempo, dinheiro, recursos, para
resolver os problemas? No nosso caso, estaremos resolvendo o problema dos
livros, onde foi feito um estudo que mostrou muita reclamação dos alunos quanto
à falta de livros, o que pode ser um fator negativo para captação de novos alunos.
E por isso será resolvida a questão da falta de livros na biblioteca.
How (como): uma das principais perguntas, como é que eu vou colocar
na prática este plano, é justamente onde eu preciso ter o maior detalhamento. É
onde vou descrever passo a passo como vou fazer para colocar na prática o meu
plano de ação.
How much (quanto custa): a última pergunta é o custo, seja custo de pessoa,
custo financeiro ou custo de estrutura, terei que levantar o custo relacionado ao
meu plano de ação.
171
Quadro 10 - Modelo de plano de ação
172
Muitas
Programa de reclamações
Falta De Pagamento
treinamento de que os
treinamento Treinar os dd/mm/aa No Contratar equipe de R$ 4.000,00
UNIDADE 3 | TÉCNICAS, MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Fonte: O autor
TÓPICO 4 | PLANO DE AÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM BASE NO PDCA
Não deixe de assistir ao nosso vídeo que apresenta exemplos e o uso das
ferramentas de gestão da qualidade.
173
RESUMO DO TÓPICO 4
174
AUTOATIVIDADE
175
176
REFERÊNCIAS
ABBOTT. Quality and competition. New York: Columbia University Press,
1955.
BALOGUN, Julia; HUFF, Anne S.; JOHNSON, Phyl. Tree Responses to the
Methodological Challenges of Studying Strategizing. Journal of Management
Studies, 40, 1, 2003.
177
BQ. Disponível em: <http://falandodequalidade.net/Gurus%20da%20
Qualidade%20Mundial-%20PageView.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2017.
BROH, R. A. Managing quality for higher profits. New York: McGraw Hill,
1974.
CAMP, R. Benchmarking: The Search for Industry Best practices that Lead to
Superior Performance. Quality Press, Milwaukee, WI. 1989.
178
CARDOSO, F. E. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=FZAMHnSvuAg->. Acesso em: 19 maio 2017.
DEMING, W. Edwards. Out of the Crisis. [S.l.]: MIT Center for Advanced
Engineering Study. 1986.
179
DEMING, William Edwards. Calidad, Productividad y Competitividad. La
salida de la Crisis. Ediciones Díaz de Santos, S. A., Madrid, 1989.
DRUCKER, Peter. Desafios gerenciais para o século XXl. São Paulo: Pioneira,
1999
EOQC-European organization for Quality Control. Glossary of Terms Used in
Quality Control.
FILHO, Geraldo Vieira. Gestão da qualidade total: uma abordagem prática. São
Paulo: Editora Alínea, 2010.
180
FLOYD, S. W.; WOOLDRIDGE, B. Middle Management’s Strategic Influence
and Organizational Performance, Journal of Management Studies, 34, 3, 465-85,
1997.
GARVIN, David A. Managing quality: the strategic and competitive edge. EUA,
New York: Harvard Business School, 1988.
181
HOSOTANI, Katsuya. The QC problem solving approach: solving workspace
problems the japanese way. Tokio: 3A Corporation, 1992.
ISHIKAWA, K. Building from the basics. Quality Progress, ASQ, Jan. 2009.
182
LAVARDA, R.; CANET-GINER, M. T. La Perspectiva Integradora en el Proceso
de Formación de la Estrategia y el Papel del Middle Management – Un Ensayo
Teórico. In: ENCONTRO DE ESTUDOS EM ESTRATÉGIAS, 4, Recife, Anais...,
Rio de Janeiro, 2009.
LOBO, Renato Nogueirol. Gestão da qualidade. São Paulo: Editora Érica, 2010.
LOBOS, Júlio. Qualidade através das pessoas. São Paulo, J. Lobos, 1991.
MARSHALL JUNIOR, I.; CIERCO, A. A.; ROCHA, A. V.; MOTA, E. B.; LEUSIN,
S. Gestão da Qualidade. 8. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
183
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos,
metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 1992.
PIRSIG, R. Zen and the art of motorcycle maintenance. New York: Bantham
Books, 1974.
184
REGNÉR, P. Strategy Creation and Change in Complexity – Adaptive and
Creative Learning Dynamics in the Firm, Published doctoral dissertation,
Institute of International Business, Stockholm School of Economics: Stockholm,
Sweden. 1999.
185
SKINNER, Ross M; ANDERSON, R. J. Auditoria analítica: um estudo sobre
aplicação do fluxograma na auditoria contábil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1975.
186