Prospecção de Novos Negócios e Agências de Fomento
Prospecção de Novos Negócios e Agências de Fomento
Prospecção de Novos Negócios e Agências de Fomento
Negócios e Agências de
Fomento
Prof. Fernando Eduardo Cardoso
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
Prof. Tulio Kléber Vicenzi
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Fernando Eduardo Cardoso
Profª. Liliane de Souza Vieira da Silva
Prof. Tulio Kléber Vicenzi
332.67
C268p Cardoso; Fernando Eduardo Prospecção de novos negócios
e agências de fomento / Fernando Eduardo Cardoso; Liliane de Souza Vieira
da Silva; Tulio Kléber Vicenzi: UNIASSELVI, 2017.
191 p. : il.
ISBN 978-85-515-0067-5
1.Investimentos.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, a Prospecção de Novos Negócios tem o importante
papel no meio organizacional de identificar e distinguir o que é uma
oportunidade e o que pode ser uma armadilha. Para tanto, serão necessários
uma boa sondagem, estudos e pesquisas sobre o novo negócio, a fim de
apontar e ponderar os pontos fortes e fracos do novo negócio, contribuindo
com sua continuidade ou não.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO
DE NOVOS NEGÓCIOS.............................................................................................. 1
VII
2.2 CONCORRÊNCIA............................................................................................................................ 40
2.3 VIABILIDADE DE PRODUÇÃO.................................................................................................... 40
2.4 CONTROLE GOVERNAMENTAL................................................................................................ 40
2.5 INVESTIMENTO INICIAL E RETORNO..................................................................................... 41
3 ESTUDO DA VIABILIDADE DE UM NEGÓCIO.......................................................................... 41
3.1 INFORMAÇÕES DO MERCADO.................................................................................................. 42
3.2 INFORMAÇÕES DE PRODUÇÃO................................................................................................ 43
3.2.1 Definição das estratégias de produção................................................................................. 43
3.2.2 Opção tecnológica e fatores de produção............................................................................ 44
3.2.3 Caracterização do sistema produtivo................................................................................... 44
3.3 INFORMAÇÕES DE LOCALIZAÇÃO.......................................................................................... 45
3.3.1 Logística x Localização........................................................................................................... 45
3.3.2 Relação da logística com estratégias globais....................................................................... 46
3.4 INFORMAÇÕES SOBRE INVESTIMENTOS E RECURSOS...................................................... 46
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 49
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 51
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 52
VIII
3.3.2.3 Resolvendo os conflitos............................................................................................... 109
2.4 COLHENDO RECOMPENSAS...................................................................................................... 110
2.4.1 Negociando a transferência ou venda.................................................................................. 110
2.4.1.1 Sucessão familiar.......................................................................................................... 111
2.4.1.2 Aquisições financiadas................................................................................................. 112
2.4.1.3 Aquisições financiadas e planos de participação
acionária dos funcionários.......................................................................................... 112
2.4.1.4 Vendas para terceiros................................................................................................... 114
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 115
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 119
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 120
IX
3.6.2 Financiamento Coletivo - Crowdfunding............................................................................... 177
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 179
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 180
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 181
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 183
X
UNIDADE 1
PLANEJAMENTO E ETAPAS DA
PROSPECÇÃO DE NOVOS
NEGÓCIOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
• formalizar o negócio;
• internacionalizar a organização.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Ao final de cada um deles você
encontrará atividades que auxiliarão no seu aprendizado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A palavra prospecção está relacionada a sondagem, a investigação, tendo
sua origem no latim prospectione, que significa a ação de prospectar ou pesquisar,
tendo sentido diferente em diversos âmbitos.
3
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
3 PROSPECÇÃO DE REATIVAÇÃO
A prospecção de reativação é fazer com que um cliente inativo volte a ser
ativo. Esta prospecção pode ocorrer com aquele cliente que no passado negou
comprar ou fazer negócios com você, pelos mais diversos motivos, mas que com o
tempo ele pode mudar e precisar do seu produto/serviço ou mesmo fazer negócios
com você. É o caso de cliente que em algum momento disse não para você. Este
mesmo cliente agora pode estar precisando de um produto ou serviço. Pode ser
aquele cliente que pediu um orçamento, mas não fechou negócio.
4 PROSPECÇÃO DE RELACIONAMENTO
A prospecção de relacionamento ocorre quando existe a busca de um
relacionamento com os clientes da organização, sejam os clientes que a organização
já tem em sua carteira de clientes, seja os novos clientes que a organização venha a
ter futuramente. Há casos em que os clientes não negociam com uma organização,
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE PROSPECÇÃO
mas podem ter um excelente relacionamento com ela. Conhecer o que você vende
e saber que a sua empresa existe é o primeiro passo para vender para ele no futuro.
LEITURA COMPLEMENTAR
Terrenos
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE PROSPECÇÃO
Oportunidades espalhadas
8
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A prospecção de reativação é fazer com que um cliente inativo volte a ser ativo.
• Prospecção de novos negócios pode ofertar novos negócios para os clientes que
já trabalham com a organização, mas também pode prospectar novos clientes
interessados no novo negócio da organização, assim como pode ocorrer a
reativação de clientes do passado.
9
AUTOATIVIDADE
10
UNIDADE 1
TÓPICO 2
TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E
FORMALIZAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
1 INTRODUÇÃO
A variedade de tipos e modelos de empresas é grande, não existindo uma
melhor que a outra, o que importa é a existência de alguma organização que se
encaixe no perfil e nas possibilidades de cada empreendedor. Os vários tipos de
empresas apresentam vantagens e desvantagens, sendo importante analisar os
pontos fortes e os fracos de cada tipo de organização, a fim de não fazer um negócio
errado. Neste tópico estudaremos alguns dos principais tipos de empresas.
2 TIPOS DE EMPRESAS
Existem muitos tipos de empresas, podemos citar as tradicionais, as
familiares, as franquias, escritório doméstico (home office), cooperativas, entre tantas
outras. Estaremos detalhando estes cinco tipos de empresas, por considerarmos
estas as principais tipologias.
11
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
Sendo que essa lei considera que microempresa, para efeito do Simples
Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada
ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. E considera empresa
de pequeno porte, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica,
ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a
R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2017).
12
TÓPICO 2 | TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
13
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
Pontos fortes:
14
TÓPICO 2 | TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
• Falta de comando central capaz de gerar uma reação rápida para enfrentar os
desafios do mercado.
• Falta de planejamento para médio e longo prazos.
• Falta de preparação/formação profissional para os herdeiros.
• Conflitos que surgem entre os interesses da família e os da empresa como um
todo.
• Falta de compromisso em todos os setores da empresa, sobretudo com respeito
a lucros e desempenho.
• Descapitalização da empresa pelos herdeiros em desfrute próprio.
• Situações em que prevalece o emprego de parentes, sem ser este orientado ou
acompanhado por critérios objetivos de avaliação do desempenho profissional.
• Falta de participação efetiva dos sócios que legalmente constituem a empresa
nas suas atividades do dia a dia.
2.3 FRANQUIAS
Conceitualmente, franquia é um sistema de distribuição em que
proprietários juridicamente independentes (os franqueados) pagam taxas e
royalties a uma empresa controladora (o franqueador) pelo direito de usar sua
marca registrada, vender seus produtos ou serviços e, em muitos casos, usar o
modelo e sistema de negócios que ela desenvolveu (BARON; SHANE, 2011).
TUROS
ESTUDOS FU
2.5 COOPERATIVA
A cooperativa é uma sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica
própria, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços
16
TÓPICO 2 | TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
17
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
18
TÓPICO 2 | TIPOS DE ORGANIZAÇÕES E FORMALIZAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
Você sabe que é bom para você e que produzirá resultados positivos se
o fizer rotineiramente. Vendedores profissionais prospectam diariamente. É
importante bloquear um período específico em seu dia para suas atividades de
prospecção, tais como ligações telefônicas e envios de e-mail. Trate o seu tempo para
prospectar com o mesmo respeito que trata outros compromissos importantes, se
não haverá a tendência de escapar pelas frestas. Não é o momento de checar seus
e-mails, jogar paciência no computador, fazer uma ligação particular ou papear
com seus colegas. Concentre-se e prospecte seriamente. Estabeleça o tom fechando
a porta do escritório e segurando as ligações que receber, a não ser que seja de um
cliente ou um prospecto.
3. Use um roteiro
Não atire sem fazer pontaria. Só existe uma coisa pior do que escutar um
vendedor lendo um roteiro pelo telefone – é escutar um vendedor sem um roteiro.
Obviamente, é importante não só ter um roteiro como praticá-lo até que soe natural.
Arranje tempo para treiná-lo com um colega pelo telefone e trocar os papéis. Ao
fazer com que cada um faça a apresentação e criticando os pontos fracos, você
ganhará confiança, polirá seu roteiro e será mais efetivo. Ao prospectar, evite a
tentação de vender através do telefone. Seu objetivo é reunir informações e marcar
a reunião.
19
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
20
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
21
AUTOATIVIDADE
22
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O processo de prospecção e gestão de novos negócios apresenta-se como
uma tarefa complexa e bastante distinta. Muito mais do que uma boa ideia, ou
mesmo de um capital, para se ter sucesso em um novo negócio é preciso muito
planejamento, analisando o mercado, montando estratégias que se adéquem ao
ambiente dinâmico e turbulento em que as organizações estão inseridas.
Aperfeiçoamento do negócio
Exploração de hobbies
O que inicia como um hobby para o empreendedor pode vir a se tornar uma
oportunidade de negócio a partir do momento em que se visualiza o potencial
de comercialização em um segmento de mercado. Um exemplo de exploração de
hobbies é a invenção do walkman, que foi criado por Akio Morita, que queria jogar
golfe ao mesmo tempo em que ouvia música. Lojas de produtos de surfe ou de
aparelhos musicais, muitas vezes, se enquadram no mesmo caso.
Derivação de ocupação
Observação de tendências
27
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
5 MARCA E PATENTES
Infelizmente, não é muito comum no Brasil o empreendedor iniciante (e
até mesmo os mais experientes) pensar na proteção de sua ideia, depositando a
patente de seu invento e, ainda, registrando a marca de sua empresa ou produto
(DORNELAS, 2012). No entanto, essa é uma forma de se proteger da concorrência e
ganhar espaço no mercado. Caso seu produto ou serviço inovador seja um sucesso,
o empreendedor terá assegurado legalmente o direito de colher os frutos de sua
invenção, sem maiores preocupações.
NOTA
28
TÓPICO 3 | OPORTUNIDADE PARA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
5.1 MARCA
Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e
distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos
com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca registrada
garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional
em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo
consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços.
5.2 PATENTES
Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou
modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores, ou outras
pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Com esse direito,
o inventor ou o detentor da patente tem o benefício de impedir terceiros, sem o seu
consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar produto
objeto de sua patente e/ou processo ou produto obtido diretamente por processo
por ele patenteado. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente
todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente (INPI, 2017).
29
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
TUROS
ESTUDOS FU
O INPI (2017), apresenta uma relação do que não pode ser patenteado:
Desde março de 2013, o pedido de patente pode ser feito pela internet,
através da plataforma on-line e-Patentes. As outras opções para depositar um pedido
são na sede do Instituto, no Rio de Janeiro, ou em uma divisão ou representação
do INPI nas outras capitais do Brasil, ou pelos Correios, com aviso de recebimento,
endereçado à Diretoria de Patentes, escrevendo DVP no envelope. Coloque um
envelope selado para que o INPI envie o protocolo.
LEITURA COMPLEMENTAR
ANÁLISE DE MERCADO
ESTUDOS DE LOCALIZAÇÃO
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
31
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
PLANEJAMENTO DE MARKETING
32
TÓPICO 3 | OPORTUNIDADE PARA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
PLANEJAMENTO DE OPERAÇÕES
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
34
AUTOATIVIDADE
2 O que é marca?
3 O que é patente?
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Este tópico tem como finalidade apresentar um modelo de estudo da
viabilidade ou também chamado anteprojeto do negócio. O estudo da viabilidade
de um negócio pode apresentar várias etapas, que podem variar de um autor para
outro. Neste material foi adotado como base o modelo de estudo da viabilidade
de Casarotto Filho (2009), que segue como base o mix de estratégias globais e as
políticas de negócio e gestão, para se atingir o objetivo de determinar os parâmetros
para a concretização de um negócio.
INFORMAÇÕES DO MERCADO
INFORMAÇÃO DE PRODUÇÃO
INFORMAÇÕES DE LOCALIZAÇÃO
– Logística x localização
– Relação da logística com estratégias globais
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
37
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
Fatores-chave Descrição
Muitas vezes desprezada pelo empreendedor, a
pesquisa de marketing é crucial para evitar que
Pesquisa adequada de o produto fracasse. Sua desvantagem é o custo
marketing alto. Um exemplo de pesquisa de marketing é o
teste de um novo alimento nas entradas de teatro
e cinema e nos supermercados.
Requisito essencial de novo produto ou serviço é
Atendimento de uma ser realmente necessário para os consumidores.
necessidade Frequentemente, uma incógnita para o
empreendedor.
O produto deve ser superior aos concorrentes em
Grande vantagem do produto atributos como qualidade, aparência, tecnologia
e praticidade.
Se o produto tiver pouca qualidade ou preço
Qualidade e preço adequado
elevado demais quando lançado, dificilmente o
no lançamento
consumidor irá procurá-lo novamente.
Uma decisão crítica relacionada com novos
produtos envolve os canais de distribuição. A
Escolha dos canais corretos de
definição dos locais de venda e da forma de fazer
distribuição
o produto chegar aos clientes é determinante
para o sucesso.
FONTE: Maximiano (2006, p. 23)
38
TÓPICO 4 | AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
• Como seria comprado o produto ou serviço: Todos os dias? Uma vez por ano?
Em ocasiões especiais?
• Seria comprado para uso próprio ou, por exemplo, as famílias o comprariam
para os filhos?
• Qual o tamanho de mercado? Quantas pessoas, organizações ou outros tipos de
cliente há no mercado?
• Como se distribuem geograficamente os clientes? Quantos há em cada território
do mercado?
• Qual preço seria aceito pelos clientes?
• Quais políticas são necessárias para ajustar o negócio ao risco da sazonalidade,
presente em muitos ramos de atividades, como moda, alimentos e brinquedos?
39
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
2.2 CONCORRÊNCIA
Nos estudos da concorrência, o empreendedor deve buscar informações
como: número de competidores, alcance de seus canais de distribuição, suas
políticas de preços e suas vantagens competitivas.
40
TÓPICO 4 | AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
Informações de mercado
– Definição dos produtos
– Esquema de distribuição e transporte dos produtos
– Sazonalidades de comercialização
– Variações de demanda
– Programa de comercialização
Informações de localização
– Microlocalização
Informações de produção
– Estratégias de produção
– Sistema de produção
– Dimensionamento preliminar das utilidades e instalações auxiliares
– Suporte tecnológico
– Matérias-primas disponíveis, sua sazonalidade e informações sobre outros
insumos
41
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
42
TÓPICO 4 | AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
44
TÓPICO 4 | AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
• Estoque
• Aquisição e controle de matérias-primas
• Aquisição de serviços terceirizados
• Meios de transporte
• Capacidade de produção e flexibilidade
• Comunicação e controle
• Recursos humanos
• Respeito ao meio ambiente.
45
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
• Preços possíveis
• Retorno do investimento próprio
• Risco de pagamento do financiamento
• Possibilidades de pagamento de dividendos
• Índices de produtividade dos recursos
• Índices de risco financeiro
• Sensibilidade econômico-financeira a fatores externos
47
UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
48
TÓPICO 4 | AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Antes de mais nada, vale a pena lembrar que quando falamos em prospecção
corporativa, estamos nos referindo à etapa inicial do processo comercial da venda
consultiva ou técnica. Embora a prospecção corporativa tenha sido tradicionalmente
realizada pelos vendedores corporativos, a tarefa vem sendo transferida para o
departamento de marketing. O motivo é muito simples: a prospecção corporativa é
uma atividade destinada à geração de demanda e não ao fechamento de negócios.
E o marketing é quem tem a responsabilidade de definir estratégias, dentre delas, a
geração de demanda. Daí a razão de estar assumindo a prospecção.
5. Discrição
Com prospecção corporativa, a empresa conversa com seu público-alvo
de forma direta. O que é uma vantagem frente às campanhas publicitárias, por
exemplo, que divulgam informações valiosas sobre sua estratégia e podem chegar
à concorrência.
6. Antecipação
Em vendas, quem chega primeiro define as regras. Adiante-se! A prospecção
corporativa tem a grande vantagem de gerar a demanda antes da concorrência.
8. Economia
Além de apresentar resultados de maior qualidade, a prospecção
corporativa é mais barata do que outras ferramentas de geração de demanda.
9. Precisão
A atividade de prospecção corporativa tem por missão conversar com as
pessoas que tomam decisões na área que interessa para o serviço que você oferece.
50
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
51
AUTOATIVIDADE
3 Dois tipos de estratégias globais têm forte influência nos estudos logísticos:
estratégia de competitividade; e a estratégia de produto/serviço. Comente
cada uma delas.
52
UNIDADE 2
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em dois tópicos. Ao final de cada tópico você
encontrará atividades que lhe darão uma maior compreensão dos temas
abordados.
53
54
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Ao iniciar um negócio o empreendedor deverá, antes de tomar algumas
decisões, criar estratégias para que sejam alcançados os objetivos necessários para
uma nova entrada ou o crescimento de um negócio já existente.
55
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
2 ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO
Para que um negócio seja bem competitivo no mercado globalizado, é
necessário realizar muitas ações para a sua sobrevivência, e uma delas, considerada
muito importante e uma das principais, é a estratégia para o negócio, ou seja,
qual ou quais informações a empresa deverá obter para garantir que seu negócio
proporcione um crescimento contínuo, garantindo o emprego dos funcionários e
até a sobrevivência do empreendedor.
Muitas dessas teorias eram apenas modismo e outras foram aplicadas na vida
real das organizações, as quais trouxeram uma grande competitividade, gerando
o desejado crescimento das empresas. Mintzberg e Quinn (2001, p. 23), em seus
estudos, têm afirmado “que em estratégia não há uma única definição totalmente
aceita, mas que, entretanto, concordam nas definições reconhecidamente válidas”.
56
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
Senge e Quinn (1990 apud MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2004,
p. 24), afirmam que a estratégia “é um processo de aprendizagem crescente,
independentemente se individual ou coletivo, porém, a estratégia tem como
finalidade, ao longo do tempo, fornecer o desenvolvimento dos procedimentos
contínuos para que a organização aprenda a crescer”.
NOTA
NOTA
57
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
58
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
A estratégia do empreendedorismo tem como base a busca constante por
modernidade no gerenciamento para maximizar os ganhos e minimizar os custos,
mas na essência do negócio poucos ainda conseguem gerenciar de forma eficiente
a empresa.
59
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
NOTA
60
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
Nos quadros a seguir, Bernardi (2011) descreve algumas estratégias
genéricas de formas isoladas e combinadas para um modelo genérico de
organização.
61
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
62
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
63
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
Concentração Características
A empresa busca manter o foco nas suas • Redução de custos.
atividades operacionais, no produto • Melhoria do retorno.
ou na linha que apresenta maior • Foco e concentração dos recursos.
rentabilidade. • Dependências.
• Capacidade ociosa.
• Perda de vendas a curto prazo.
Risco: Baixo a moderado.
Manter posição Características
A empresa traça uma estratégia para • Crescimento das vendas no ritmo do
garantir sua sobrevivência mantendo setor.
uma posição adequada de participação • Manutenção de margens.
e competitividade. • Investimentos para manter posição.
Risco: Baixo
FONTE: Adaptado de Bernardi (2011)
64
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
Aperfeiçoamento de métodos e funções: Neste modelo, a organização
investe em novos processos, sempre prescrevendo o melhoramento do desempenho
operacional global, é nesse método que se encontram estratégias modernas e
diferenciais estratégicos que as empresas necessitam para sua competitividade
global.
65
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
Para cada estratégia existe um modelo específico e único a cada ramo de negócio
ou nova entrada, não existe uma “receita” pronta, cabe ao empreendedor visualizar qual é o
melhor caminho a ser seguido para o seu empreendimento (BERNARDI, 2011).
66
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
E
IMPORTANT
67
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
Observe que não é uma garantia de que o negócio seja um sucesso ou fracasso,
tudo depende da vontade do empreendedor de fazer acontecer.
Atratividade
Critérios
Alto Potencial Baixo Potencial
Mercado
• Necessidades do cliente. Identificadas, receptivas, Sem foco, leal a outros
atingíveis. produtos.
69
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• Tempo para: Ponto de Menos de dois anos. Mais que três anos.
equilíbrio e fluxo de
caixa positivo.
70
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
até levar ao fechamento do estabelecimento. Por fim, a importância de estar
bem informado e com formações desejadas para cada cargo, ou seja, distribuir
o que cada membro da família irá fazer dentro do estabelecimento, levando em
consideração a sua formação profissional, como por exemplo: um médico sabe
realizar as consultas nas pessoas, pois ele tem um conhecimento específico no
tratamento de algum problema de saúde, no entanto, não tem conhecimento em
administração para gerenciar o financeiro de um hospital ou clínica (claro que em
casos de fazer cursos e buscar mais conhecimento, com certeza terá parâmetros
para gerenciar).
ATENCAO
a) Demanda de Mercado:
• Qual é a população-alvo?
• Qual o ciclo de vida do produto/serviço no mercado? (Durabilidade)
• Quais os canais acessíveis para os clientes?
• Qual o valor agregado da empresa no relacionamento com os clientes?
• O crescimento do mercado é alto? Tem potenciais de crescimento? (Maior que
15%, 30% ou 45% anuais).
• O custo da captação dos clientes é recuperável a curto prazo?
c) Análise de Margem:
72
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
NOTA
Essas análises devem ser efetuadas logo no início da avaliação, quando se está
formando a nova entrada, ou seja, a oportunidade. Vale lembrar que as questões são simples,
mas, muitas vezes, difíceis de serem respondidas.
Para que o empreendedor possa iniciar seu projeto, vamos nesse momento
focar apenas na criatividade. Para Mariano e Mayer (2011), todas as pessoas têm
criatividade, pois desde os primórdios da história do homem a capacidade de
criar é uma característica humana, ou seja, o único animal capaz de pensar sonha
com o futuro, assim, gerando novas tecnologias. É sabido que de muitas invenções
obtivemos coisas boas e coisas ruins com o passar dos anos, mas que estamos
cercados pela inovação que tem a capacidade de mudar o mundo.
NOTA
Mito: Quem não nasce criativo, nunca será criativo. Na realidade, todos nós
somos criativos quando nascemos, mas nossa criatividade fica bloqueada na medida que nos
tornamos adultos (MARIANO; MAYER, 2011).
74
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
Mesmo após identificado como o empreendedor deverá se posicionar em
cada mercado para atender às demandas, ainda existem algumas diferenças entre
os setores, que são apresentadas por Malheiros, Ferla e Cunha (2003):
75
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
NOTA
76
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
dos produtos. É necessário um plano de marketing para inserir a nova entrada,
indiferentemente de um produto novo ou já existente (CECCONELLO, 2008).
c) Novo uso do produto: Muitas vezes uma empresa, ao identificar que seu
produto não está sendo utilizado da forma esperada, pode auxiliar na busca de
clientes que utilizam o produto de forma correta. Um exemplo de um produto
que pode estar sendo utilizado da forma errada é um taco de beisebol, ao invés
de usar para jogar, o cliente deixa guardado em um lugar de fácil acesso para
usar em uma eventual invasão na própria casa. Esse exemplo mostra que,
muitas vezes, os produtos são usados para outras situações. Agora, cabe ao
empreendedor verificar as mudanças para efetuar alguma melhoria. Outro
exemplo é um automóvel com tração 4x4, a empresa tinha a informação de que
apenas era usado por homens adultos para seu lazer, mas acabou identificando
que mulheres com filhos utilizavam para levá-los para a escola, por ter um
amplo espaço para acomodar as mochilas.
77
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
78
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
d) Inovação: Quando a empresa tem o desenvolvimento de novos produtos,
pode ser essencial para o seu crescimento, a competitividade apenas acontece
se a organização mantém novas inovações, com novos produtos no mercado.
Esse modelo de introdução no mercado para novos produtos faz com que o
consumidor tenha confiança, pois induz as novas tecnologias a consumirem
mais os novos produtos. Observe que empresas como a Apple ou a Samsung
têm a necessidade de estarem sempre inovando seus produtos, muito diferente
do produto da Coca-Cola, pois se a mudança da fórmula mudar, as pessoas
podem não saborear ou gostar, podendo mudar de refrigerante. (No passado já
houve essa mudança, forçando a empresa a retornar para a fórmula antiga).
As estratégias anteriores para novos produtos podem ser usadas para novas
empresas ou empresas já existentes. As estratégias são utilizadas em empresas
já existentes que buscam, muitas vezes, novos posicionamentos no mercado.
Cecconello (2008) apresenta os itens que podem auxiliar a melhorar o crescimento
de uma organização.
79
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
80
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
• A segunda é a integração descendente, ela dá um passo à frente, ou para baixo
em direção aos clientes, na cadeia de valor agregado, significa que a empresa
se torna um atacadista em produtos finais. Basicamente se torna o seu próprio
comprador.
Que tal o empreendedor entrar no mercado com um novo produto que não
esteja relacionado à empresa e com as três integrações (ascendente, descendente
e horizontal)? A resposta é curta: “NUNCA FAÇA ISSO”. Se o que está sendo
colocado no mercado não tem relações com a empresa e não tem possibilidades de
vantagens competitivas perante a concorrência, é melhor pensar até mais que duas
vezes (CECCONELLO, 2008).
81
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
Não quer dizer que o empreendedor não possa diversificar, mas ele deve ter
conhecimento de onde estará pisando, pois a concorrência pode estar há anos
no mercado e tem o conhecimento de como se portam as pessoas e as sazonalidades que
devem ser levadas em consideração.
82
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
NOTA
Custos fixos: Esses são mais fáceis de controlar, pois são valores que não
mudam durante um determinado tempo, são aqueles cuja variação não é afetada
pelo volume total da produção ou vendas da organização. Dessa forma, não
importa se ocorrem momentos de baixa ou alta venda, esses valores permanecem os
mesmos. Exemplo: Salário dos funcionários, aluguel, financiamento das máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, infraestrutura, entre outros.
83
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
Para calcular os preços, custos e outros processos que são necessários para uma
organização, é importante estudar a disciplina de Custos.
LEITURA COMPLEMENTAR
84
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
E, então, a Apple lançou o Itunes e o Ipod. E esses novos produtos
colocaram a empresa milhas à frente da concorrência. Com as novidades, alcançou
um novo mercado além do seu: os consumidores de música. E o melhor: os antigos
concorrentes dela não estavam ali. A Apple entrou soberana no oceano azul.
Assim, o termo oceano azul foi uma metáfora criada para descrever os
tais novos mercados, intocados e livres de concorrência. Também há um nome
poético para denominar mercados já conhecidos e saturados, oceano vermelho,
que representaria um grande e sangrento campo de batalha, onde empresas
concorrentes lutam entre si na disputa por consumidores.
Se você nunca ouviu falar desse tema, assim que terminar esse artigo,
vale comprar um exemplar e se aprofundar no assunto. Aqui, você encontra uma
entrevista (em inglês) que a Fast Company fez com os autores do livro, falando
especificamente sobre o tema. Outra dica é acessar o site oficial da publicação. Vale
a pena a navegação: lá você encontra cases e depoimentos de CEOs de grandes
empresas que adotaram a estratégia do oceano azul.
Está bom, mas como faço para achar o oceano azul do meu negócio?
Antes de mais nada, para se criar uma estratégia de oceano azul, é preciso
conhecer muito bem como funciona o oceano vermelho, ou seja, o mercado onde
o negócio já está atuando em toda a sua dinâmica. Assim, é possível entender os
seus consumidores e concorrentes, mas também é preciso olhar atentamente para
seus não consumidores. As oportunidades estão com eles.
Além disso, você pode usar como ferramenta o Strategy Canvas. Ele te ajuda
a entender a essência da estratégia daqueles que competem no oceano vermelho e
desenvolver propostas de oceano azul. Saiba mais aqui.
86
TÓPICO 1 | ESTRATÉGIAS DE PROSPECÇÃO: NOVOS NEGÓCIOS,DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO NEGÓCIO
Atenção, criação de mercado não é a mesma coisa que destruição criadora:
a teoria da destruição criadora de Joseph Schumpeter está no cerne da economia
da inovação, e ocorre quando uma invenção transforma radicalmente um mercado
e acaba destruindo concorrentes que não acompanham essa transformação. Um
exemplo são os aplicativos de táxi, que mudaram radicalmente a forma como esse
mercado funciona – e as cooperativas e empresas tradicionais estão ralando para
correr atrás do prejuízo. Agora, a criação de novos mercados não envolve destruição
criadora, pois expandir para novos mares significa, na prática, justamente oferecer
soluções que não existiam anteriormente. A indústria de microfinanças do Banco
Grameen é um exemplo.
87
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• Não existe uma receita pronta para um negócio, tudo depende da força de
vontade do empreendedor de conhecer o mercado em que está inserindo o negócio
(BERNARDI, 2011).
88
AUTOATIVIDADE
4 Qual é uma das atitudes que o empreendedor deverá tomar quando estiver
com a necessidade de abrir uma nova entrada (novo negócio)?
89
90
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Ao abrir um negócio, o empreendedor deverá ter o conhecimento do
produto ou serviço que estará inserindo no mercado, pois, muitas vezes, esse
conhecimento passa despercebido, ocorrendo sérios problemas na construção de
um novo negócio. Ou seja, o empreendedor deverá conhecer todo o processo para
gerenciar corretamente e levar ao crescimento a organização, independentemente
do segmento ou posicionamento do mercado.
Para que isso ocorra de forma correta e que a satisfação dos consumidores
seja alcançada, é importante um preço competitivo e com qualidade, e que
tenha um diferencial. Esse, por sua vez, é um método que se deve aprender para
proteger o negócio, levando em consideração os lucros e a exploração de novas
oportunidades de negócio.
Para finalizar, todo empreendedor que esteja com uma ideia de negócio
tem a necessidade de colher as recompensas, no entanto, todo esse processo deverá
seguir uma estratégia com um planejamento de marketing e com muito cuidado
com a saúde da organização. O desejado sucesso apenas dependerá das decisões
tomadas pelo empreendedor ou por um grupo de administradores, sendo elas
negativas ou positivas, tudo depende da estratégia que for utilizada para a nova
entrada de negócio.
91
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
De certa forma, vale lembrar que existem muitas ferramentas que auxiliam
o empreendedor a ter vantagens competitivas que garantam de certa forma a
sobrevivência do negócio. No entanto, é questão de uma administração adequada,
que possa garantir que a nova entrada consiga um posicionamento em um mundo
globalizado, em que empresas de grande porte tentam se sobrepor às mais
pequenas.
NOTA
92
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
Imitadores: A partir do momento em que a ideia está sendo colocada em
prática, inicia-se a imitação do negócio. Um clássico exemplo é o que acontece na
China, muita coisa é uma cópia quase que idêntica de muitos produtos dos EUA e dos
países da Europa. No entanto, não se pode impedir que outras pessoas e empresas
tentem imitar seu negócio. Isso, de certa forma, até ajuda, pois ao contrário do
monopólio, essa competitividade garante a inovação dos mais diversos produtos e
serviços. O simples fato de perseguir uma ideia de negócio supre outras pessoas,
tanto empreendedores individuais como empresas existentes, com informações
que elas precisam para desenvolver uma ideia de negócio que explore com sucesso
a mesma ideia que havia sido identificada.
NOTA
93
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
94
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
é guardada a “sete chaves” pela empresa Natura. Há ainda outros exemplos, como
os de cerveja, lâmpadas, empresas de informática, televisões, entre tantos outros.
que está sendo ofertado. Quanto antes o empreendedor inovar e melhorar seus
produtos ou serviços, antes poderá oferecer aos clientes os atributos que outras
empresas ainda não têm oferecido, ou seja, quanto mais cedo o empreendedor
inovar, melhor será a satisfação do cliente em manter-se consumidor do mesmo
estabelecimento. Um exemplo de inovação é a distribuição de cosméticos
realizada pela empresa Natura: o cliente faz o pedido com as representantes que
vão atender em sua própria casa, após o pedido realizado, os produtos serão
entregues na própria casa, fazendo com que o cliente não tenha necessidade de
ir até alguma loja no centro ou nos bairros da cidade, pois tudo é entregue na
comodidade de sua residência.
NOTA
96
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
NOTA
QUADRO 13 – PATENTES
Patente de Utilidade Com um tempo determinado de 20 anos – o período
exclusivo de utilização –, podendo ser expandido
conforme os critérios utilizados de acordo com o que
97
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
É importante que o empreendedor procure uma empresa que ofereça esse tipo de
serviço para patenteamento, assim impedindo de ocorrer problemas jurídicos no futuro e evitando
a geração de multas, que podem ser altíssimas devido à falta de cuidado no momento do registro.
b) Marca arbitrária: São usadas em qualquer língua, mesmo que tenham outros
significados, mesmo que não descrevam diretamente um produto ou serviço,
exemplos são a Apple, Coca-Cola, Pepsi, entre outros.
100
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
d) Marca descritiva: Fica registrada nas mentes das pessoas que descrevem ou
explicam a natureza do produto ou serviço, esse modelo se fixa com maior
facilidade e assim o consumo se torna mais rápido, como exemplo: Bom ar,
Bombril, Gillette, Q-suco, entre outros.
ATENCAO
Cuidado para não confundir marca sugestiva com descritiva. Enquanto a primeira
apenas sugere um produto ou serviço, a segunda lembra do produto ou serviço quando
visualiza a marca.
autorais às pessoas que são donas, tanto das músicas, livros e/ou filmes. O prazo
para o direito autoral expirar é em torno de 70 anos em média; até que o autor
esteja vivo, há a necessidade de pagamento de uma taxa. Um exemplo simples
são os arquivos com alguma forma de proteção. Um jogo de tabuleiro pode ser
protegido por marca registrada, o jogo em si, por uma patente de utilidade; a
matéria impressa ou o tabuleiro, por um direito autoral; e as peças do jogo por
uma patente de design (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009).
102
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
NOTA
Para adquirir uma franquia, o caminho mais fácil é procurar um shopping center
ou seguir até o franqueador e buscar informações, como o preço do investimento e o
mercado que estará disponível para o empreendedor.
104
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
NOTA
aprender em sua jornada como gestor, para assim minimizar ou garantir uma
relação adequada entre as pessoas e/ou até mesmo entre patrão e empregado.
NOTA
106
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
O gerenciamento dessas situações não é uma situação que garanta o
convívio entre as pessoas, mas de certa forma auxilia no envolvimento harmonioso
em relação ao local de trabalho. É importante para o empreendedor garantir que a
satisfação esteja presente entre os funcionários, com isso essas habilidades auxiliam
na construção do capital social de seu novo empreendimento. Já é comprovado
que empresas que possuem altos níveis de confiança, admiração recíproca e mútua
identificação das pessoas são muito mais eficientes, eficazes e bem-sucedidas do
que em organizações com baixa estima de capital social (BARON; SCOTT, 2010).
Observe na figura a seguir dois modelos que demonstram como poderá ser
compreendida a relação entre a confiança e a colaboração dos indivíduos de uma
organização.
107
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
Por outro lado, os conflitos não podem ser considerados como algo ruim, mas
podem auxiliar no desenvolvimento da organização, pois poderá trazer mudanças
em situações que antes não estavam sendo questionadas. Isso é importante para a
sobrevivência da organização e para a continuação da construção de um negócio
sólido.
108
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
NOTA
• Gerar ofertas para a discussão: É muito mais fácil negociar quando se tem
alternativas. Em uma negociação, o ideal é apresentar soluções onde existe o
ganha-ganha das duas partes, isso aumenta a confiança, e o conflito cognitivo
é muito mais interessante na solução de problemas. A negociação é importante
para satisfazer as duas partes.
109
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
110
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
das vezes, existem as negociações de transferência, existem outras formas em que
o empreendedor pode finalizar o seu negócio. Baron e Scott (2010) apresentam
as seguintes sugestões: Sucessão familiar, Aquisições financiadas, Planos de
participação acionária dos funcionários e Venda para pessoa de fora.
NOTA
NOTA
111
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• Caso os gestores tenham dinheiro, poderão pagar pelo negócio em uma só vez.
112
TÓPICO 2 | ATITUDES E TÉCNICAS DE PROSPECÇÃO: RECOMPENSAS E
CRESCIMENTO DO NEGÓCIO
para cobrir o valor principal e os juros, tendo como garantia as ações da empresa
pelo empréstimo.
113
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
NOTA
LEITURA COMPLEMENTAR
O começo
115
UNIDADE 2 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
Um negócio fantástico
118
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Os modelos dos procedimentos para que a empresa seja um sucesso e que seja
duradoura dependerão de muita vontade do empreendedor em buscar parcerias,
ter um convívio benéfico com seus funcionários ou parceiros de negócio, bem
como estar motivado mesmo em épocas com baixa demanda, que possa deixar
a saúde financeira da empresa com algum problema no fluxo de giro, mas que
sua determinação possa alavancar novas tecnologias.
119
AUTOATIVIDADE
2 Como dificultar que terceiros usem a ideia do seu negócio, como proteger
seus lucros e seu mercado?
120
UNIDADE 3
GESTÃO DE RELACIONAMENTO
COM O MERCADO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em dois tópicos. Ao final de cada um deles
você encontrará atividades que lhe darão uma maior compreensão dos temas
abordados.
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Do escambo à era dos negócios virtuais (e-commerce) muita coisa mudou,
passamos de fregueses a clientes e, mais recentemente, chamados de consumidores
(BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005).
123
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
124
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
3ª Geração - Início dos anos 1970. Esse período foi marcado por altas
taxas de inflação, aumento do desemprego. As empresas foram forçadas a adotar
estratégias de consolidação e racionalização (controle e redução de custos), o foco
era reduzir a incidência de falhas e desperdícios. Nesse período, estudos empíricos
sobre inovação foram publicados, enfatizando que o sucesso ou o fracasso de uma
organização raramente podia ser explicado em termos de apenas um ou dois
fatores. Dessa forma, o sucesso de uma corporação fundamenta-se numa lógica
sequencial de processos interligados (o processo de inovação é uma rede complexa
de vias de comunicação, tanto intraorganizacional como extraorganizacional).
Assim, esse período foi marcado pela forte orientação de marketing e a ênfase agora
está em satisfazer as necessidades do usuário, ou seja, ênfase no desenvolvimento
e na criação de valor para o usuário. Observa-se que nesse período o marketing e
vendas se relacionam com mais setores da organização com foco voltado para o
mercado (ROTHWELL, 1994).
126
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
lista do "Financial Times", ele é o quarto nome mais importante do setor, atrás
apenas de Jack Welch, Bill Gates e Peter Drucker.
FIGURA 10 - PHILIP KOTLER
128
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
129
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
NOTA
130
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
FONTE: A autora
• Os consumidores são pessoas que compram bens e serviços para seu próprio
uso ou para presentear outras pessoas.
131
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
Agora vamos conhecer um pouco mais dessa que é uma das vertentes
do marketing, a Gestão de Relacionamento com o Cliente (GRC), ou em inglês,
Customer Relationship Management (CRM). Trata-se de um conceito relativamente
novo e, como o próprio nome diz, tem seu foco na criação de valor para o cliente e
na satisfação de suas necessidades.
132
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
133
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
134
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
• 1ª Fase 1880 a 1950: Esse período, marcado pelo nascimento de gigantes como:
Coca-Cola, P&G, Kodak, Quaker etc., tem como principais características a
produção em grande escala e o baixo custo unitário.
• 2ª Fase 1950 a 1980: A segunda fase iniciou-se logo após a Segunda Guerra
Mundial, em meados de 1950, e foi considerada a sociedade da abundância.
Nela os processos de produção foram aperfeiçoados e o poder de compra
atingiu camadas sociais mais vastas, a publicidade esbanjou sua força e
euforia, seduziu com imagens da vida “perfeita” e ideias de autorrealização
que, de certa maneira, “ditaram” regras efêmeras que ao sufocar-se pelos
135
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• Novas ideias podem surgir a partir das sugestões elencadas pelos clientes.
136
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
ser um bom ouvinte. Afinal, são os seus próprios clientes que saberão no que se
pode melhorar. E é da necessidade deles que surgem ideias inovadoras.
Para isso, o ideal é que se tenha uma percepção bastante aguçada quanto
ao seu público-alvo. Dedique um tempo do seu dia para pensar em seu negócio.
Coloque como método de gestão analisar seus clientes e percebê-los. Assim,
conseguirá vislumbrar oportunidades de crescimento. Um ótimo método são
as pesquisas com clientes.
137
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
DICAS
138
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
139
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
de usuários, empresas estão se utilizando das redes sociais para estabelecer contato
com seus clientes. As Mídias Sociais Digitais são plataformas que permitem a criação
e o compartilhamento de conteúdo entre as pessoas, viabilizam a comunicação em
larga escala e vêm ganhando cada vez mais destaque. Essa nova realidade possui
muitos perigos, por isso, antes de colocar seu empreendimento nas mídias sociais,
dedique-se ao planejamento e organização do conteúdo ou procure um consultor
especializado no assunto. Em meio a tantos canais de comunicação, a empresa
deve optar por aqueles que se mostrarem mais eficientes.
DICAS
140
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
Endomarketing FIAT
141
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
A partir daí inúmeras cobranças começaram a surgir sobre quais devem ser
as responsabilidades das empresas, partindo do ponto de vista de que, assim como
os indivíduos, as organizações também possuem responsabilidades, pois são parte
integrante da sociedade (ASHLEY; COUTINHO; TOMEI, 2000; SARKIS; DAOU,
2013).
143
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
144
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
UNI
UNI
145
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
E
IMPORTANT
Preço
Há clientes que pagam mais por produtos e marcas que incluem a sustentabilidade
na linha de produção e na gestão. Lembre-se de considerar o custo do seu produto
ou serviço; o custo da ação de sustentabilidade; a tributação; as despesas, bem
como sua margem de lucro para gerar o preço final de seu produto.
Produto
146
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
mais saudáveis, ajudam o meio ambiente por não passarem pelo refino e
clareamento químico.
• Para a confecção do seu produto, escolha matéria-prima que foi reciclada ou
que tenha algum selo que comprove sua responsabilidade socioambiental.
Ponto de venda
Abaixo uma lista de ações que devem ser adotadas para deixar o ponto comercial
sustentável:
Promoção
147
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
148
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
UNI
O método de melhorias conhecido pela sigla PDCA, popularizado na década de cinquenta pelo
especialista em qualidade W. Edwards Deming, é um exemplo de gestão do conhecimento
utilizado em várias empresas. Neste método a empresa organiza o processo de resolução de
problemas por meio do ciclo: PLANEJAR – EXECUTAR – ANALISAR – AGIR.
No primeiro estágio de planejamento ocorre a criação do conhecimento, no segundo estágio,
associado ao fazer, ocorre o compartilhamento do conhecimento. No terceiro estágio, a
organização utiliza dados das etapas anteriores para a mensuração do sucesso das atividades.
O último estágio, relacionado ao agir, é o do aprendizado e melhoria, em que a organização
usa dos resultados obtidos pela mensuração para aperfeiçoar continuamente o processo. O
processo cíclico realizado na aplicação do método planejar, fazer, verificar e agir desenvolve
a geração, aplicação e compartilhamento de conhecimento (SCHARF; SORIANO-SIERRA,
2008).
149
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
150
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
151
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• Compactar dados.
• Facilidade de consulta.
• Diminui o esforço braçal.
• Aumento da segurança das informações.
• Facilidade de atualização.
• Facilidade de compartilhamento das informações, que fica acessível a qualquer
pessoa que estiver utilizando o sistema e com a devida permissão.
O ponto crucial é como criar um banco de dados eficaz, ou seja, não basta
ter um banco de dados, mas, sobretudo, selecionar quais as informações que devem
constar neste banco de dados, ou seja, não basta ter informações, é necessário ter
informações plausíveis e organizadas. Para tanto o empreendedor deve:
UNI
152
TÓPICO 1 | GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM O MERCADO
153
RESUMO DO TÓPICO 1
154
AUTOATIVIDADE
1 A internet mudou a forma como trabalhamos, fazemos compras, contatamos
nossos amigos ou procuramos novos relacionamentos, lemos, escrevemos, nos
informamos, e, sobretudo, afetou drasticamente o sentido e a possibilidade
de privacidade. Em suma, a internet mudou radicalmente nosso cotidiano. A
partir deste contexto, descreva como a internet tem auxiliado os consumidores
no processo de compra.
FONTE: Disponível em: <http://www.institutocpfl.org.br/cultura/programa-
anual/como-a-internet-esta-mudando-nossas-vidas/>. Acesso em: 3 abr. 2017.
156
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Nem sempre o empreendedor dispõe de todo o recurso financeiro
necessário para colocar em prática o novo empreendimento. A falta de dinheiro é,
sem dúvida, um dos motivos que faz com que muitas ideias não saiam do papel.
157
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
A definição do porte das empresas pode ser distinguida por vários critérios
(faturamento, número de funcionários etc.). Beck e Levine (2002) analisaram
o sistema de financiamento mais adequado para dar suporte ao processo de
crescimento das empresas, se via bancos ou mercado. A conclusão dos autores foi
que em economias em desenvolvimento, o financiamento da expansão industrial
via sistema bancário é mais efetivo, já que os bancos têm poder de induzir as
companhias a revelarem informações e de forçar o pagamento dos débitos. A
conclusão dos autores foi que empresas com forte necessidade de financiamento
externo crescem mais rapidamente em países com alto nível de desenvolvimento
financeiro e com sistema legal eficiente. Quanto à forma de financiamento mais
efetiva, contudo, os autores não conseguiram estabelecer uma conclusão definitiva
(JUNQUEIRA et al., 2010).
158
TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
159
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
160
TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
Geralmente, o franqueado é uma pessoa da classe média, que obtém o capital para
investir no empreendimento através de poupança pessoal, Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço, herança ou endividamento (SANTOS, 1999; ROCHA;
GIMENEZ, 2011).
Vantagens Desvantagens
Menor risco de falência Menor autonomia
Risco vinculado à performance do
Reduz incertezas
franqueador
Limitações quanto à escolha de
Compartilhar competências
produtos e fornecedores
Facilidade de se obter financiamento Inibe o surgimento de inovações
FONTE: O autor
161
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
• Franquia de produto-marca:
Tipos de
Finalidade Exemplo
franquia
Franquias de Envolve franquias de prestação de Hotelaria (Acoor), Tinturaria
Serviço serviços, requerem treinamentos (Sapataria e tinturaria do
constantes aos franqueados e suas Futuro), Manutenção de
equipes visam a manutenção dos Automóveis (Martelinho de
padrões de atendimento e do Ouro), Aluguel de Carros
formato do negócio. (Localiza), Academia de
Ginástica (Curves)
Franquias de O franqueado produz todos os Cosméticos e Perfumaria
produção e produtos que serão comercializados (O Boticário), Alimentação
distribuição pela rede. A função do franqueado (Mc’Donalds), Vestuário e
é revender os produtos que são, Acessórios (Hering)
em grande parte, de fabricação do
franqueador.
162
TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
DICAS
163
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
8. Analise o contrato.
10. Dedicação: Uma franquia que serve para uma determinada pessoa pode
não ser a mais indicada para outra, por isso, os franqueadores devem fazer uma
avaliação consistente do perfil do franqueado antes de fechar o negócio.
FONTE: Disponível em: <franquia.com.br>. Acesso em: 17 fev. 2017.
DICAS
AUTOATIVIDADE
Em um dos sites indicado no Uni Dica, escolha uma franquia que se identifique
com você, apresente aos seus colegas, expondo o porquê dessa escolha e qual
local seria propício à instalação desse empreendimento.
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
Preparação
Poder de persuasão
1. Capa
2. Sumário
3. Sumário Executivo
4. Descrição da Empresa
5. Produtos e Serviços
6. Mercado e Competidores
7. Marketing de Vendas
8. Análise Estratégica
9. Plano Financeiro
E
IMPORTANT
1 Capa
A capa é a primeira página do PN. Segundo Dornelas (2008), ela deve
conter:
166
TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
• Nome da empresa.
• Endereço da empresa.
• Telefone da empresa (incluindo DDD).
• Logotipo, se a empresa tiver um.
• Nomes, cargos, endereços e telefones dos proprietários da empresa (dados do
gerente e principais pessoas-chave da empresa).
• Mês e ano em que o plano foi feito.
• Número da cópia.
• Nome de quem fez o Plano de Negócios.
2 Sumário
Nesta etapa o PN deve conter a indicação das páginas das demais seções
do Plano de Negócios.
3 Sumário Executivo
4 Descrição da Empresa
5 Produtos e Serviços
É importante indicar o ciclo de vida do produto, isso pode ser feito por
meio da utilização da Matriz BCG.
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UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
6 Mercado e competidores
2. Mercado-alvo: Indique quem são seus clientes e descreva como você chegou a
este resultado, o ideal é que o empreendedor apresente uma pesquisa de mercado
demonstrando que esses clientes se interessam pelo produto. Apresente uma
projeção do mercado-alvo da empresa.
3. Análise da concorrência: Indique quem são seus concorrentes e por que seu
produto ou serviço possui vantagem sobre eles.
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
7 Marketing de Vendas
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UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
8 Análise estratégica
9 Plano Financeiro
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
Para que isso ocorra, o empreendedor deve saber “vender seu peixe”,
acreditar tanto em seu negócio que impulsione as pessoas à sua volta a querer,
tanto quanto ele, que esse sonho se concretize.
Não obstante, quando falamos em dinheiro, as coisas não são tão simples
como imaginamos, portanto, para que seus amigos e familiares acreditem no
negócio, o empreendedor deve apresentar dados concretos, conhecer bem o
173
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
mercado e, se possível, começar a vender seu produto e/ou serviço antes mesmo
de possuir uma loja física, investindo no marketing zero por meio de suas redes
sociais (Facebook, Instagram).
Criar uma página no Facebook, interagir no Linkedin caso seu negócio seja
focado no B2B (business to business) e publicar fotos no Instagram são práticas que
podem ser adotadas para que o seu negócio já nasça com clientela.
ainda Angel Investor. São pessoas físicas experts na detecção de boas oportunidades
de negócio, quando estas ainda estão no nascedouro (FURTADO, 2008).
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
nos próximos dois anos; 31% dos investidores anjo são executivos, 42% são
empresários e 19% investem em setores diferentes dos quais atuam ou são
gestores de investimentos.
FONTE: Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/quem-sao-os-investidores-anjo/>.
Acesso em: 21 fev. 2017.
DICAS
Caro acadêmico, se você deseja ficar por dentro dos assuntos que envolvem
a figura do investidor anjo no Brasil, acesse a Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro
de 2016. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm>. Esta
lei, sancionada em 27 de outubro de 2016, alinha o Brasil às tendências mundiais e afasta a
possibilidade de o investidor anjo ser considerado sócio da start-up e responder por dívidas da
empresa a que houver sido feitos os aportes de capital.
FIGURA 25 - CROWDFUNDING
177
UNIDADE 3 | FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
O crowdfunding tem sido apontado com uma das mais relevantes inovações
financeiras modernas. Em sua essência, esse novo sistema de financiamento
significa acessar um ilimitado conjunto de pessoas geograficamente dispersas,
apelidado como “the crowd”, com a intenção de captar determinadas quantias
de dinheiro, com a finalidade de financiar um projeto, ou um empreendimento
(LEHNER, 2013).
De modo geral, basta ter uma ideia e cadastrá-la em uma plataforma on-line
de financiamento coletivo, sua ideia será analisada por uma equipe responsável e, se
aprovada, estará disponível para visualização de várias pessoas pelo mundo. Caso
essas pessoas se interessem pela ideia, poderão divulgá-la e também contribuir
financeiramente para que seu projeto atinja a meta de arrecadação e saia do papel.
Os financiadores do projeto, chamados de “The Crow”, recebem resultados futuros,
ou participação na sociedade da firma. Podemos dizer que o Crowdfunding é um
modo mais abrangente do que conhecemos no Brasil como “vaquinha”.
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TÓPICO 2 | AGÊNCIAS DE FOMENTO: PROSPECÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA O NOVO EMPREENDIMENTO
LEITURA COMPLEMENTAR
Quem pôde contar com uma vasta rede de estudantes, ex-alunos e colegas
de trabalho foi Fernando Antônio Prado Gimenez, professor de Administração da
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em 70 dias, ele conseguiu mobilizar 214
apoiadores e arrecadar no Catarse – um dos maiores portais de crowdfunding do
país – o valor de R$ 7.395, mais que os R$ 6,9 mil planejados. Com os recursos,
Gimenez publicará em agosto uma coletânea de textos sobre empreendedorismo
e administração de pequenas empresas que ele escreveu para seu blog ao longo
do último ano. As mil cópias do livro serão distribuídas gratuitamente a pessoas
interessadas e a bibliotecas das universidades federais do país. “Meu desejo não é
vender livros, mas difundir ideias e informações que podem ser úteis a muitos”,
defende Gimenez.
FONTE: Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/economia/empreender-pme/
vaquinha-virtual-ajuda-a-tirar-projetos-do-papel-49f6y6eqxzd9jkc0p089m5emm>. Acesso em: 17
fev. 2017.
179
RESUMO DO TÓPICO 2
180
AUTOATIVIDADE
2 A falta de dinheiro é um dos principais motivos que faz com que muitas
ideias não saiam do papel, por isso, conhecer as fontes de financiamento
é tão importante para o empreendedor. Dado este contexto, descreva as
principais fontes de financiamento existentes no Brasil.
181
182
REFERÊNCIAS
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BECK, Thorsten; LEVINE, Ross. Industry growth and capital allocation: does
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BEGNIS, Heron Sérgio Moreira; PEDROZO, Eugenio Avila; ESTIVALETE, Vânia
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Sul. Organizações rurais & agroindustriais. Lavras, MG. Vol. 17, n. 4 (2015), p.
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franqueadores e franqueados no Brasil. Revista de Administração, v. 43, n. 1, p.
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191