Educacao Inclusiva
Educacao Inclusiva
Educacao Inclusiva
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof.ª Marlei Adriana Beyer Floriani
371-9
F635e Floriani; Marlei Adriana Beyer
Educação inclusiva / Marlei Adriana Beyer
Floriani: UNIASSELVI, 2017.
202 p. : il.
ISBN 978-85-515-0050-7
1. Educação Especial.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Apresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à Disciplina de Educação Inclusiva!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ
ATUALIDADE ............................................................................................................... 1
VII
UNIDADE 2 - DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS ............................. 63
VIII
TÓPICO 6 - ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO ............................................................ 121
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 121
2 ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: O QUE É? ........................................................... 121
2.1 CARACTERÍSTICAS DO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO . ...... 122
3 ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES OU
SUPERDOTAÇÃO ................................................................................................................................ 123
RESUMO DO TÓPICO 6 ....................................................................................................................... 125
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 126
IX
5 TRANSTORNO DA EXPRESSÃO ESCRITA ................................................................................. 164
6 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) ....................... 165
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 169
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 170
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nesta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade contém quatro tópicos que nos darão uma análise do caminho
percorrido pela Educação Inclusiva e suas possibilidades futuras. No final
de cada tópico, atividades sobre os temas contribuirão para aprofundar seus
estudos.
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, por mais desafiante que pareça ser a inclusão, lembre-se
das ações que já realizamos para isso. Seja na comunidade, seu prédio, ou sua
escola. Nossa sociedade já foi mais preconceituosa. Juntos, vamos minimizar
ainda mais esta ação. Bons estudos e bom trabalho!
2 SEGREGAÇÃO PRÉ-HISTÓRICA
A história da humanidade sempre relacionou nossa sobrevivência com
nossas ações. Primeiramente, sabemos que para se viver, se manter e comer, o
homem pré-histórico caçava, cultivava a terra vivendo em grupo, de forma nômade.
Neste período, temos registros de problemas relacionados à convivência em grupo
de indivíduos com alguma deficiência natural. O autor Bianchetti (1995) nos revela
que, devido às necessidades de caça, pesca e abrigo em cavernas, era importante
que cada um se bastasse e ainda contribuísse com o grupo. A pessoa com “alguma
deficiência natural ou impingida na luta pela sobrevivência acaba se tornando um
3
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
empecilho, um peso morto, fato que o leva a ser relegado, abandonado e sem que
isso cause os chamados sentimentos de culpa” (BIANCHETTI, 1995, p. 9). Era uma
forma de seleção natural, pelo bem do grupo, que se mantinha sobrevivente e
fortalecido, por ter apenas homens saudáveis e fortes.
DICAS
Alguns autores têm um vocabulário mais elaborado. Pode ser interessante você
ter acesso a um dicionário para melhor entender alguns significados. Por exemplo: você
sabe o que é “impingida”? O termo utilizado acima remete a golpe dado com violência. Ou
seja, a deficiência poderia ser natural ou proveniente de um golpe dado com violência na
luta pela sobrevivência. Agora é sua vez: o que quer dizer relegado?
4
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
3 AS DEFICIÊNCIAS NA ANTIGUIDADE
O uso de equipamentos fica evidente também no antigo Egito. Entre
vários registros artísticos desta fase, há um em especial que retrata um homem
com deficiência interagindo com outras pessoas. Trata-se, de acordo com Silva
(1986), de um homem identificado como Roma, ocupante de um cargo de grande
responsabilidade em seus dias: porteiro do templo de um dos deuses egípcios.
Sua perna esquerda tem uma anomalia de musculatura e seu pé está atrofiado.
Imagina-se que seja devido à poliomielite, conforme afirmam alguns médicos, na
atualidade. Pelas dificuldades para andar com segurança, o homem usa um longo
bastão para se apoiar.
5
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
A autora ainda ressalta que o Egito ficou conhecido como a terra dos cegos,
pois, frequentemente, os egípcios eram acometidos por infecções nos olhos, que,
em muitos casos, levavam à cegueira.
6
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
ATENCAO
Pare um pouco. Qual a sua sensação ou reação sobre esta parte da História?
As crianças eram abandonadas, jogadas de montanhas, mortas. Reflita um pouco. Depois,
vamos adiante!
7
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
FIGURA 6 - HOMERO
8
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
DICAS
FILME: “300”
A história é narrada pelo soldado Dilios, o único
sobrevivente dos 300 espartanos que lutaram na
passagem de Termópilas, pois Leônidas o mandou
de volta a Esparta antes da batalha onde o exército
dele pereceu. No filme, temos passagens mostrando
como era feito o treinamento dos soldados e como
se selecionava as crianças para tal.
9
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
DICAS
10
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
Apesar desta aparente aceitação, Garcia (s.d., s.p.) nos faz um alerta:
No século XIII surge pela primeira vez uma instituição para cuidar de
pessoas com deficiência. Precursora de atendimento sistemático, “era
uma colônia agrícola, na Bélgica, que propunha o tratamento com
base na alimentação, exercícios e ar puro para minimizar os efeitos da
deficiência”, nos diz Rodrigues (2008, p. 9).
11
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
12
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
ATENCAO
13
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
14
TÓPICO 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA HISTÓRIA
15
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
DICAS
Como vimos, relacionamos vários autores neste tópico. Quando puder, estude
um pouco mais suas teorias. Froebel, Pestalozzi e Montessori têm muito a nos acrescentar!
16
RESUMO DO TÓPICO 1
A Educação Inclusiva passou por várias fases. No início, excluir era uma
questão de sobrevivência, por isso, o abandono. As pessoas com deficiências não
serviam para a caça. Depois, o descaso continuou. Eram jogadas de montanhas,
afogadas em rios ou, ainda, “aceitas”, de certa forma, para entretenimento, como
músicos ou palhaços. Mais tarde, eram consideradas castigos divinos.
17
AUTOATIVIDADE
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior estudamos um pouco sobre como as pessoas com
necessidades especiais foram sobrevivendo ao longo dos séculos. Realmente, foi
uma questão de sobrevida, dadas as condições de preconceito e falta de informação
sobre as deficiências. Havia também a questão religiosa, que foi determinante.
19
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
DICAS
Você conhece todos os Direitos Humanos? Quando puder, procure saber mais!
20
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
21
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
22
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
É a primeira vez que se discute e se cria uma definição para estes termos.
1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
1989
LEI Nº 7.853/89
1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimento
especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil
e abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo
ambiente de ensino que todas as demais.
23
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
1996
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LBD)
2000
LEIS Nº 10.048 E Nº 10.098
2001
DECRETO Nº 3.956 (CONVENÇÃO DA GUATEMALA)
24
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
DICAS
25
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
A criação desta escola deve-se a Ernesto Hüet, que veio da França para o
Brasil com os planos de fundar uma escola para surdos-mudos. Em 1957
a escola passou a se chamar Instituto Nacional de Educação de Surdos
– INES. Ainda no período imperial, em 1874, iniciou-se o tratamento
de deficientes mentais no hospital psiquiátrico da Bahia (hoje, Hospital
Juliano Moreira) (MOREIRA, 2013, s.p.).
26
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
1961
LEI Nº 4.024
1971
LEI Nº 5.692
27
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
1973
CRIAÇÃO DO CENESP
1988
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DICAS
Você pode ter acesso ao texto integral da Constituição Brasileira através do link:
<http://livraria.senado.leg.br/ebook.constituicao>.
É fácil e gratuito. Boa leitura!
1989
LEI Nº 7.853
28
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
anos, e multa: abdicar, cancelar, adiar, ou cessar, sem justa causa, a matrícula de
aluno em estabelecimento de ensino, independente de curso ou grau, público ou
privado, por motivos provindos de deficiência.
1990
DECLARAÇÃO DE JOMTIEN
1994
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
1994
LEI Nº 8859
1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
1994
PORTARIA MEC Nº 1.793
29
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
1996
LEI Nº 9.394 - ATUAL LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
DICAS
Você pode ter acesso ao texto integral da LDB, através do link: <http://www.
famasul.edu.br/2015/arquivos_pdf/106.pdf>. É fácil e gratuito. Boa leitura!
1999
DECRETO Nº 3.298
Estabelece a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, reafirmando a educação especial
como categoria de ensino que pode promover o desenvolvimento de pessoas com
necessidades especiais.
2001
DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DE MONTREAL SOBRE INCLUSÃO
Institui que o acesso a todos os espaços da vida é uma condição para que os
direitos humanos sejam efetivados, considerando que uma sociedade inclusiva é a
essência do desenvolvimento social sustentável.
30
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
2001
DECRETO Nº 3.956
2001
RESOLUÇÃO CNE/CEB 02
2001
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – PNE, LEI Nº 10.172
31
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
DICAS
Você pode ter acesso ao texto integral da Lei Nº 10.172, o antigo Plano Nacional
de Educação, neste link: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/L10172.pdf>.
2002
LEI 10.436
2002
RESOLUÇÃO CNE/CP 01
32
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
2002
PORTARIA MEC 2.678
2004
LEI Nº 10.845
2005
DECRETO Nº 5.626
2007
DECRETO Nº 6.094
DICAS
2006
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
(CDPD)
2009
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 04
2011
DECRETO Nº 7611
34
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
2011
DECRETO Nº 7612
DICAS
Você pode ter acesso ao texto integral do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa
com Deficiência - Plano Viver sem Limite, neste link: <http://www.pessoacomdeficiencia.
gov.br/>.
E
IMPORTANT
Caro acadêmico! Você reparou alguma diferença de nomenclatura, no texto acima? Desde
2010, não se usa mais o termo portador de deficiência, mas sim, Pessoa com Deficiência. O
Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência definiu através da portaria 2.344, de novembro
de 2010, que a forma correta para o tratamento das pessoas com necessidades especiais,
por lei, deve ser Pessoa com Deficiência.
2011
META 4 DO NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
35
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
FIGURA 20 – META 4
36
TÓPICO 2 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO
DICAS
Você pode ter acesso ao texto integral do Plano Nacional de Educação (PNE
2011-2020) neste link: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>.
2012
LEI Nº 12.764
DICAS
37
RESUMO DO TÓPICO 2
Finalizamos mais um importante tópico, tratando sobre a legislação que
norteia a Educação Inclusiva. Percebemos uma grande evolução histórica, na
forma como são tratadas as pessoas com necessidades especiais. Do abandono e da
morte, vivenciamos, hoje em dia, várias leis que minimizam as deficiências e abrem
as escolas e a ação educativa para que todos tenham educação, e de qualidade,
conforme suas possibilidades de aprendizagem.
38
AUTOATIVIDADE
a) Declaração de Jomtien
b) Declaração Universal dos Direitos Humanos
c) Declaração de Guatemala
d) Declaração de Salamanca
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
39
40
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Já estudamos a História da Educação Inclusiva e vimos como, com o
passar dos séculos, as ações de toda sociedade avançaram a favor das mudanças
às pessoas com necessidades especiais. O mesmo aconteceu com a legislação, que
evoluiu muito e hoje já garante direitos e acesso à educação de maneira respeitosa
às diferenças.
Ainda temos muito a aprender. Vamos intensificar nossos estudos sob outra
abordagem neste momento, iniciando uma proximidade maior com a Educação
Inclusiva em si, analisando os fundamentos que vão nortear a prática, para além
da história e da legislação. Para isso, vamos conhecer um pouco mais sobre a
contribuição de áreas como a Filosofia e a Psicologia para a Educação.
Afinal, por que a pessoa com deficiência tem direito a frequentar uma
escola comum, como qualquer outra criança? Ela tem o direito de aprender? Que
fundamentos defendem este direito? Vamos às respostas! Para assim, fazermos a
diferença!
Logo, estar em uma sala de aula com outras crianças, com ou sem deficiência,
é igualmente natural. “O direito da criança e do adolescente de estar numa sala de
aula é um direito que decorre do fato de ele ser cidadão. (...) Ninguém pode revogar
o direito à convivência e à educação” (SARTORETTO, 2011, p. 1). Principalmente
quando, em certo sentido, “a escola é a continuação e a amplificação da família”.
41
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
O professor precisa perder a ilusão de que é com ele que a criança vai
aprender as coisas mais importantes para a vida, aquelas das quais
ele mais vai precisar. A maior parte do que o ser humano aprende,
o aprende na convivência, na interação, através dos mecanismos
que Piaget denomina de acomodação e adaptação, enfrentando os
problemas do dia a dia. A boa escola é aquela que, ombreando com a
escola da vida, oferece ao aluno bons “cardápios”, com produtos de boa
qualidade, através de situações-problema, de questões bem elaboradas,
de roteiros de trabalho, de projetos, de aulas onde o ator principal é o
aluno e não o professor (SARTORETTO, 2011, p. 1).
FIGURA 21 – PIAGET
42
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNDAMENTOS E NOMENCLATURAS
quanto mais diversificadas forem essas experiências, quanto mais instigantes esses
desafios, mais a criança aprende (SARTORETTO, 2011, p. 1).
43
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
FIGURA 22 – VYGOTSKY
44
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNDAMENTOS E NOMENCLATURAS
deste Caderno de Estudos.Vamos saber um pouco mais sobre isso? Com base em
Silveira e Monteiro (2013, p. 9-11), definiremos assim:
45
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
de base para outros estudos. Um dos textos dele mais conhecidos e estudados
tem o título “Terminologia sobre Deficiência na Era da Educação”. Muitos autores
o citam. Escolhemos mostrar a você, algumas terminologias que o autor Sassaki
aborda, e, que as autoras Silveira e Monteiro (2013, p. 18-23), citaram, bem como,
a forma correta de uso:
46
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNDAMENTOS E NOMENCLATURAS
Certamente, você já ouviu ou até falou muitos dos termos que foram
descritos. Geralmente os analisamos, remetendo a alguma situação que
vivenciamos. O que podemos garantir é que, por mais natural que seja vivenciá-
los, não podemos fazer deles uma prática efetiva. Precisamos, de novo, mudar o
paradigma. Seguir adiante. Vamos tratar disso, no próximo tópico.
DICAS
Ana Paula Borges nos traz uma Resenha muito interessante sobre o que lemos acima: a
possibilidade de fazermos toda a diferença:
47
RESUMO DO TÓPICO 3
Finalizamos este tópico conhecendo um pouco mais sobre os Fundamentos
da Educação Inclusiva. Havíamos estudando sobre os Fundamentos Legais nos
tópicos 1 e 2, e agora vimos sobre os Fundamentos Filosóficos e Psicológicos.
48
AUTOATIVIDADE
I – Educação Especial
II – Educação Inclusiva
III – Exclusão
IV – Segregação
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
49
50
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
A inclusão de pessoas com deficiência já foi amplamente abordada nos
tópicos anteriores. Vimos que é prevista na Constituição, sendo um dos direitos
dos cidadãos. Na prática, entretanto, realizar essa inclusão não se resume apenas a
garantir a presença dessas pessoas em todos os espaços, mas diminuir ou extinguir
as práticas excludentes e discriminatórias.
51
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
52
TÓPICO 4 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Para minimizar este desafio da falta de preparo, tanto das escolas como
dos professores, Casagrande (2009, s.p.) sugere quatro pontos essenciais de
flexibilização que se tornam imprescindíveis quando há na classe alunos com
necessidades educacionais especiais. São eles:
• Criar oportunidades para que todos aprendam, em salas de aula comum, com a
mesma faixa etária.
53
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
DICAS
54
TÓPICO 4 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
DICAS
55
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
LEITURA NO TATO
56
TÓPICO 4 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
que está lá para ensinar", diz Rossana Ramos, especialista no tema da Universidade
Federal de Pernambuco.
HORA DE CONTAR
57
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
AVANÇAR SEMPRE
NOVA HABILIDADE
58
TÓPICO 4 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Aprender Libras é uma das principais atividades de AEE para alunos com
deficiência auditiva.
59
UNIDADE 1 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTEXTO HISTÓRICO ATÉ ATUALIDADE
FONTE: MONROE, Camila; SANTOMAURO, Beatriz. Conheça as salas de recurso que funcionam
de verdade para a inclusão. Nova Escola, São Paulo, abr. 2010. Disponível em: <http://
novaescola.org.br/formacao/conheca-salas-recursofuncionam-verdade-para-inclusao-
deficiencia-546795.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2016.
DICAS
O portal Nova Escola disponibiliza um teste para educadores, sobre inclusão. Vale
a pena conferir.
<http://novaescola.org.br/formacao/inclusao-voce-esta-preparado-424792.shtml>. Acesso
em: 30 ago. 2016.
60
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, partimos da teoria em busca da prática. Vimos que é possível
realizar uma Educação Inclusiva se tivermos o comprometimento de todos que
podem fazê-la: setor público, famílias, escolas e professores.
61
AUTOATIVIDADE
1 Ao final desta Unidade, enumere alguns aspectos, sob seu ponto de vista, em
que ainda devemos, enquanto sociedade, evoluir para que a inclusão ocorra.
Seja ela na escola, no ambiente de trabalho, na cidade em si. O que ainda é
preciso ser feito para que nos tornemos uma sociedade que inclui?
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
62
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade terá seis tópicos, que abordarão as deficiências senso-
riais, físicas e intelectuais, trazendo suas características, limitações e possibi-
lidades. No final de cada tópico, atividades sobre os temas contribuirão para
aprofundar seus estudos.
Assista ao vídeo
desta unidade.
63
64
UNIDADE 2
TÓPICO 1
DEFICIÊNCIA VISUAL
1 INTRODUÇÃO
Bem-vindo à nossa nova unidade, caro acadêmico, para começar, nesta
unidade vamos abordar deficiências específicas. Por isso, vale elencar alguns
pontos introdutórios importantes.
65
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
Próximo à cegueira:
Cegueira:
66
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
67
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
2.2 CEGUEIRA
Para Coeicev (s.d., s.p.), “cegueira é a ausência total de visão, até a perda da
capacidade de indicar projeção de luz, utilizando o sistema braile como principal
recurso para leitura e escrita”.
68
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
69
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
• Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver
ou não podem ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).
• Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para as
pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham para
o vazio. Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).
• Ajude-o a desenvolver comportamentos e habilidades para participar de
brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de
socialização e inclusão.
• Oriente o uso de contraste claro e escuro entre os objetos e seu fundo.
• Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar
nos objetos enquanto olha.
• Lembre-se de que o uso prolongado da baixa visão pode causar fadiga.
• Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante, encorajando-o
sempre ao progresso.
• Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das mãos.
• Oriente o estudante a procurar recursos como o computador, pois ele se cansará
menos e aumentará sua independência. Pense nos estudantes com baixa visão
como pessoas que veem.
• Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.
• Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após
algum tempo.
• Compreenda que o sentido da visão funciona melhor em conjunto com os
outros sentidos.
• Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa visão.
• Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para os objetos
familiares. Peça-lhe para descrever o que vê.
• Torne o “olhar” e “ver” uma situação agradável, sem pressionar.
• Evite tentar fazer tudo pela criança com baixa visão. Lembre-se de que ela
precisa se desenvolver e aprender com seus erros para tornar-se independente
no futuro. A extrema proteção pode levar a criança a dependências crônicas.
Ela deve ser responsável pelas próprias ações.
70
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
71
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
72
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
“Os recursos não ópticos são aqueles que melhoram a função visual sem o
auxílio de lentes ou promovem a melhoria das condições ambientais ou posturais
para a realização das tarefas” (DUARTE, s.d., s.p.). A autora relaciona algumas
delas que podem ser realizadas pelo professor:
FIGURA 35 - TIPOSCÓPIO
73
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
3.4 SOROBÃ
Bernardes (2010, s.p.) destaca o sorobã, na área da matemática: “aparelho
de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes visuais”.
Tem grande aceitação porque os cálculos são realizados com rapidez, e o aparelho
tem baixo custo e é muito durável.
FIGURA 37 - SOROBÃ
74
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
4 O SISTEMA BRAILE
Certamente, de todos os recursos que mencionamos, o sistema braile é
aquele de que mais ouvimos falar, não é? Ele é um recurso de escrita e leitura
baseado em 64 símbolos em relevo: “resultantes da combinação de até seis pontos
dispostos em duas colunas de três pontos cada”, afirma Costa (2009, s.p.).
De acordo com a mesma autora, este código teve sua origem na França,
com Louis Braille (1809-1852). Ele perdeu a visão aos três anos, quando teve o
olho perfurado por uma ferramenta na oficina do pai, que trabalhava com couro.
Depois deste incidente, ele teve uma infecção grave, que resultou na cegueira nos
dois olhos. Aos 16 anos, criou o sistema braile.
Costa (2009, s.p.) aponta que o código braile não foi a primeira ação de
leitura para cegos: “havia métodos com inscrições em alto-relevo, normalmente
feito por letras costuradas em papel, que eram muito grandes e pouco práticos”.
Antes de criar seu método, quatro anos antes, Louis Braille conheceu um capitão
da artilharia francesa que havia criado um sistema de escrita noturna, “para
facilitar a comunicação secreta entre soldados, já utilizando pontos em relevo.
Braille simplificou esse trabalho e o aprimorou, permitindo que o sistema fosse
também utilizado para números e símbolos musicais”.
75
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
76
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
NOTA
77
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
FIGURA 40 - REGLETE
DICAS
• O sino de Anya.
• Além dos meus olhos.
• Perfume de mulher.
• À primeira vista.
• Dançando no escuro.
• Demolidor.
• Castelos de gelo.
• Ray.
• Quando só o coração vê.
• Um clarão nas trevas.
• Jennifer.
• A próxima vítima.
• La symphonie pastorale.
• Vermelho como o céu.
• Eu não quero voltar sozinho.
78
TÓPICO 1 | DEFICIÊNCIA VISUAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Ricardo Ampudia
[...] A escola pode recomendar aos pais e responsáveis que busquem fazer
o exame de acuidade visual das crianças sempre que notarem comportamentos
relacionados a dificuldades de leitura, dores de cabeça ou vista cansada durante
as aulas.
O aluno cego tem direito a usar materiais adaptados, como livros didáticos
transcritos para o braile ou a reglete para escrever durante as aulas. Antecipe a
adaptação dos textos junto dos educadores responsáveis pela sala de recursos, que
deve contar com máquinas braile, impressora e equipamentos adaptados.
79
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
o Baixa visão.
o Próximo à cegueira.
o Cegueira.
80
AUTOATIVIDADE
1 Ao final deste tópico, sugerimos que você elabore um texto sobre as reflexões
solicitadas. Imaginando que você poderá ser um professor de portador
de deficiência visual, quais as maiores contribuições que trouxemos? Que
atividades você pode realizar em sala para minimizar a dificuldade e
contribuir para o aprendizado de seu aluno?
2 O sistema Braille é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. Analise
as afirmações abaixo, indicando, posteriormente, a alternativa correta:
I. A leitura é feira da esquerda para a direita.
II. O alfabeto braille possui 63 sinais simples.
III. Além de letras, o sistema também tem representação de números e símbolos
musicais.
IV. Reglete é o único equipamento utilizado para a leitura do Braille
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
81
4 Há várias causas para os problemas de baixa visão. As mais comuns são
congênitas (presentes no nascimento). Há ainda, outras possibilidades,
como exemplo:
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
1 INTRODUÇÃO
As pessoas com deficiência auditiva, assim como aquelas com dificuldade
de visão, enfrentam problemas para participar da sociedade e da educação escolar.
Muitos destes problemas acontecem pela falta de estímulos adequados ao seu
potencial cognitivo, que não é afetado por conta da deficiência auditiva. E ainda,
por conta de adaptações que nossa sociedade ainda não está habituada a realizar.
Vamos estudar estas questões, bem como veremos as definições, causas e soluções
para minimizar os entraves causados pela deficiência auditiva.
Gil (2009) aponta que a orelha é dividida em três partes: orelha externa,
orelha média e orelha interna. Lesões em alguma destas partes podem comprometer
o bom funcionamento da sensibilidade auditiva e originar problemas de audição.
83
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
84
TÓPICO 2 | DEFICIÊNCIA AUDITIVA
85
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
• Perda auditiva leve: Sons fracos são difíceis de escutar, como o tique-
taque do relógio. Entender os sons da fala é difícil em um ambiente
ruidoso, principalmente de consoantes como f,s,p, t e k.
• Perda auditiva moderada: Sons fracos e moderados são difíceis de
escutar. Entender a fala, em nível de voz natural, é muito difícil. Apenas
sons fortes como um choro de bebê ou aspirador de pó são audíveis.
• Perda auditiva severa: Conversas têm que ser conduzidas em voz
alta. Conversas em grupo só são possíveis com considerável esforço,
porque nenhum som de fala é audível em conversação natural. Latidos
altos e toques de telefone em volume máximo são ouvidos.
• Perda auditiva profunda: É possível escutar alguns sons muito
fortes, como serra elétrica, helicóptero ou motocicleta. Sem aparelhos
auditivos, a comunicação não é mais possível, mesmo com muito
esforço. Por isso, quando a alteração acontecer desde o nascimento, a
linguagem fica comprometida (TSUJI, s.d., s.p.)
• Exposição prolongada a ruídos altos que pode causar danos graves ao ouvido
interno.
E
IMPORTANT
87
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
• Evite cobrir a boca ou virar de costas para a turma, para permitir a leitura
orofacial no caso dos alunos que sabem fazê-lo.
• Prefira o uso de recursos visuais nas aulas, como projeções e registros no quadro
negro.
Ampudia (2011b, s.p.) aponta que: “para os alunos com perda auditiva
severa ou surdez, a aquisição da Língua Brasileira de Sinais é fundamental para a
comunicação com os demais e para o processo de alfabetização inicial. Isso garante
a inclusão mais efetiva dos alunos”.
88
TÓPICO 2 | DEFICIÊNCIA AUDITIVA
89
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
FIGURA 51 – NÚMEROS
3.2 LIBRAS
Silva et al. (2007, p. 9), no seu Caderno Pedagógico Aprendendo Libras
como Segunda Língua, trazem importantes informações sobre a Língua Brasileira
de Sinais. Eles a definem como a língua materna dos surdos brasileiros, mas que
pode “ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta
comunidade”.
90
TÓPICO 2 | DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Libras. Já para surdos que nascem em famílias ouvintes onde não há comunicação
em Libras, entendemos como língua natural” (SILVA et al., 2007, p. 9).
DICAS
DICAS
Quer saber mais? Aproveite! Há muitos cursos, inclusive on-line, sobre o tema
LIBRAS. Vale a pena também conferir este link: <http://www.dicionariolibras.com.br/>.
91
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
92
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
93
AUTOATIVIDADE
Nesse cenário, entre as ações que podem favorecer a aprendizagem desse aluno
surdo e garantir seu direito à educação, incluem-se as de:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
94
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e III
b) I e IV
c) II e III
d) I, II e IV
e) II, III, IV.
95
96
UNIDADE 2
TÓPICO 3
DEFICIÊNCIA FÍSICA
1 INTRODUÇÃO
A Deficiência Física é caracterizada pelo comprometimento de uma ou
mais partes do corpo humano, conforme a área cerebral afetada.
De acordo com o grau das lesões, a pessoa com deficiência física pode
desenvolver outras dificuldades também, como na linguagem, por exemplo. Estes
detalhes, bem como os tipos, as causas desta deficiência, estudaremos neste tópico.
Ainda veremos sobre a legislação vigente que garante os direitos e o atendimento
pedagógico das pessoas com deficiência física.
97
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
98
TÓPICO 3 | DEFICIÊNCIA FÍSICA
99
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
100
TÓPICO 3 | DEFICIÊNCIA FÍSICA
DICAS
ESCOLA INCLUSIVA
“Em escolas projetadas para todos, a altura do mobiliário, o espaço entre as estantes e
as mesas, a localização de bebedouros, o tipo de piso, as cores dos ambientes e outros
cuidados garantem que as pessoas, não só com deficiência, possam se locomover com
segurança e autonomia”.
Esta é a chamada do material disponível no Portal Nova Escola, que já indicamos na Unidade
1. Se você ainda não viu, vale a pena conferir o infográfico sobre como adaptar a escola de
forma inclusiva. Acesse: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/793/escola-inclusiva>.
101
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
• Ferrugem e Osso.
• Espíritos indômitos.
• Amargo regresso.
• Carne trêmula.
• Feliz ano velho.
• Nascido em 4 de julho.
• O óleo de Lorenzo.
• O Homem Elefante.
• The Other Side of the Mountain.
• Uma janela para o céu (Parte 1 e 2).
• Dr. Fantástico.
• Johnny vai à guerra.
• Meu pé esquerdo.
• Inside I’m Dancing.
• The Best Years of Our Lives.
• Mar adentro.
• Murderball.
• As sessões.
• Intocáveis.
• Gabi, uma história verdadeira.
DICAS
<http://www.ufpb.br/cia/contents/manuais/abnt-nbr9050-edicao-2015.pdf>.
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
103
AUTOATIVIDADE
1 Ao final deste tópico, sugerimos que você analise seu local de trabalho ou
de estudo, ou, sendo professor, sua escola. Relacione que adaptações são
necessárias que se faça para facilitar o livre acesso de deficientes físicos.
a) Ler.
b) Interpretar.
c) Escrever.
d) Soletrar.
Tipos:
I – Paraplegia.
II- Monoplegia.
III – Monoparesia.
IV – Tetraplegia.
Definições:
( ) Perda total das funções motoras de um só membro.
( ) Perda total das funções motoras dos membros inferiores.
( ) Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
( ) Perda parcial das funções motoras de um só membro.
a) I, II, III, IV
b) II, I, III, IV
c) IV, III, II, I
d) II, I, IV, III.
104
UNIDADE 2
TÓPICO 4
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
1 INTRODUÇÃO
“A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências
simultaneamente, sejam deficiências intelectuais, físicas ou ambas combinadas. As
causas são variadas, mas, seguem a linha de pré-natais, por má-formação congênita
e por infecções virais como rubéola ou doenças sexualmente transmissíveis, que
também podem causar deficiência múltipla em indivíduos adultos, quando não
tratadas” (AMPUDIA, 2011c, s.p.).
105
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
E
IMPORTANT
Alonso apud Ampudia (2011c, s.p.) nos diz que “mais do que a somatória
de deficiências, é preciso levar em conta que há consequências nos diversos
aspectos do desenvolvimento da criança que influenciam diretamente sua
maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas”. A
orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, conforme os tipos e o grau de
comprometimento do aluno.
107
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
A imagem acima é do aluno João. Ele estuda na Escola Coronel Epifânio Mendes
Mourão, em São Gonçalo do Pará, a 118 quilômetros de Belo Horizonte. A professora dele,
Amanda Rafaela Silva, procurou a direção e a coordenação pedagógica quando soube que
receberia João Vitor Silva, sete anos, com deficiência múltipla, em sua turma de Educação
Infantil. Conheça mais sobre a história deles, e de como sua aprendizagem foi desenvolvida,
em: <http://acervo.novaescola.org.br/formacao/escola-barreiras-495635.shtml>.
DICAS
108
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, vimos que:
109
AUTOATIVIDADE
a) Insuficiência renal
b) Paralisia cerebral
c) Paralisia respiratória
d) Mobilidade reduzida
a) Álcool e drogas.
b) Acidentes, sarampo, meningite.
c) Intoxicação alimentar e herpes.
d) Falta de oxigênio e rubéola.
a) Sensorial e Física.
b) Sensorial e Psíquica.
c) Física e Psíquica.
d) Nenhuma das alternativas acima.
110
UNIDADE 2
TÓPICO 5
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
1 INTRODUÇÃO
Muita gente confunde deficiência intelectual e doença mental, mas são
duas coisas bem diferentes.
“Já a doença mental relaciona uma série de condições que causam alteração
de humor e comportamento e podem afetar o desempenho da pessoa na sociedade.
Essas alterações acontecem na mente da pessoa e causam uma alteração na sua
percepção da realidade” (MANTOAN, 1997, p. 15). Considerada uma doença
psiquiátrica, deve ser tratada por um psiquiatra, com uso de medicamentos
específicos para cada situação. Por isso, se diz que “a deficiência mental não se
esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida por um
único saber. Ela é uma interrogação e objeto de investigação de inúmeras áreas do
conhecimento” (MANTOAN, 1997, p. 15).
111
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
(2011d, s.p.) que: “Estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de
deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na
aquisição de novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência”,
ainda conforme Ampudia (2011d): “Mesmo assim, é possível que a grande maioria
alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13%
restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento
especial por toda a vida”, completa o autor.
Ampudia (2011d, s.p.) nos revela que “as causas são variadas e complexas,
sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-
formação fetal ou problemas durante a gravidez”. Além disso, a desnutrição
severa e o “envenenamento por metais pesados durante a infância também podem
acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual” (AMPUDIA,
2011d, s.p.).
Causas pré-natais
112
TÓPICO 5 | DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Causas perinatais
• Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do
bebê: hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente); prematuridade e
baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG); icterícia grave do recém-
nascido (kernicterus).
Causas pós-natais
• Fatores que incidem do 30º dia de vida do bebê até o final da adolescência:
desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global; infecções:
meningites, sarampo; intoxicações exógenas: envenenamentos provocados
por remédios, inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.
Síndrome de Down:
113
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
114
TÓPICO 5 | DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Síndrome de Angelman: APAE São Paulo (s.d., s.p.) aponta que essa
síndrome é um “distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual,
comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar
desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil,
alterações no comportamento, entre outras”. Algumas características faciais
distintivas: boca grande com protusão da língua, queixo proeminente, lábio
superior fino, dentes espaçados e redução da pigmentação cutânea, com pele mais
clara do que o padrão familiar e maior frequência de cabelos finos e loiros e olhos
claros.
115
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 5 | DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
117
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
118
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, vimos que:
• Muita gente confunde deficiência intelectual e doença mental, mas são duas coisas
bem diferentes.
• As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como
as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez.
119
AUTOATIVIDADE
Síndrome:
I – Síndrome de Down.
II – Síndrome do X Frágil.
III – Síndrome de Angelman.
IV – Síndrome de Williams.
Característica:
( ) Acontece no início da gravidez, pode variar o coeficiente de inteligência.
( ) Alteração genética que provoca atraso mental e face alongada.
( ) Face de “gomo” ou “fadinha”.
( ) Comprometimento ou ausência da fala, apesar da boca grande.
120
UNIDADE 2 TÓPICO 6
ALTAS HABILIDADES E
SUPERDOTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Já estudamos sobre várias deficiências e dificuldades de aprendizagem.
Agora, vamos tratar sobre portadores de altas habilidades, ou, como conhecemos
popularmente, os superdotados. Estes educandos apresentam desempenho
superior em comparação aos demais alunos e têm características específicas, como
capacidade intelectual geral, pensamento criativo, talento especial ou capacidade
de liderança.
Neste tópico estudaremos um pouco sobre isso, caro acadêmico! Vamos lá?
Este é o último tópico de nossa segunda unidade.
121
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
122
TÓPICO 6 | ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO
E
IMPORTANT
123
UNIDADE 2 | DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, FÍSICAS E INTELECTUAIS
DICAS
O MEC tem um material bem interessante sobre a questão: Saberes e Práticas da Inclusão:
Desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais
de alunos com Altas Habilidades/Superdotação. Ele pode ser baixado em: <portal.mec.gov.
br/seesp/arquivos/pdf/superdotacao.pdf>.
A Revista Nova Escola traz uma reportagem bem interessante sobre o tema: Repletas de
necessidades, de Cinthia Rodrigues. Para saber mais, acesse: <http://acervo.novaescola.org.
br/formacao/altas-habilidades-489225.shtml>.
124
RESUMO DO TÓPICO 6
Neste tópico, vimos que:
125
AUTOATIVIDADE
3 São atividades que o professor pode desenvolver para seus alunos de altas
habilidades:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
126
UNIDADE 3
SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA
GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS
ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E
COMPORTAMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa Unidade está organizada em três tópicos, sendo que em cada qual há o
desafio de aprofundamento através da pesquisa, conforme proposição nas
autoatividades, auxiliando para uma maior compreensão dos temas abor-
dados.
TÓPICO 1 – SÍNDROMES
Assista ao vídeo
desta unidade.
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 1
SÍNDROMES
1 INTRODUÇÃO
129
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
As crianças com esta síndrome têm baixa estatura, unhas estreitas, tórax
largo, alterações cardíacas e ósseas, pouco crescimento mandibular, pescoço alado.
Conforme Alves (2012a), devido à deficiência de hormônios femininos, quando
adultas, as mulheres com esta síndrome não desenvolvem as características sexuais
ao atingir a puberdade, sendo identificadas facilmente: desenvolvimento pequeno
e amplamente espaçado das mamas ou mamas ausentes e pelve masculinizada;
elas não menstruam e têm pelos pubianos reduzidos ou ausentes.
130
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
131
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
suave a severa, fala tardia, demora para aprender a sentar, engatinhar e andar.
Segundo Alves (2012c), nem todos os portadores desta síndrome apresentarão
estas características.
132
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
133
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
134
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
E
IMPORTANT
135
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
136
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
137
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
138
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
E
IMPORTANT
3 ZIKA VÍRUS
Transmitido pelos mesmos mosquitos da dengue e da chicungunya, um
novo vírus, conhecido como zika, circula o Brasil. A figura a seguir mostra recortes
de sites brasileiros de notícias que representam o que vem sendo tratado e discutido
sobre o zika vírus nos últimos anos no Brasil. Optamos em escrever sobre o fato
porque, cedo ou tarde, teremos maior contato com estes casos, seja na escola ou em
nossa vida em sociedade. Afinal, os números são alarmantes.
FONTE: A autora
139
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Milhorance (2016, s.p.) escreve sobre os sintomas da doença, que, além dos
sintomas parecidos com os da dengue e da chicungunya: dores nas articulações,
no corpo e de cabeça, febre, náuseas, diarreia e mal-estar, “o zika vírus ainda pode
causar fotofobia, conjuntivite e erupções cutâneas por todo o corpo, incluindo
as palmas das mãos e as plantas dos pés, acompanhadas de muita coceira”. Os
sinais aparecem entre três a 12 dias depois da picada do mosquito e duram de
quatro dias a uma semana. A transmissão se dá pelo mosquito Aedes aegypti. Há
estudos também relacionando a transmissão por relação sexual, transfusional e
a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, conforme o
Portal da Saúde (s.d.).
DICAS
Há muito material sobre o tema, nas unidades de saúde de seu município, além
de ampla divulgação em programas de TV e sites institucionais, como o Ministério da Saúde.
Uma dica interessante é esta cartilha: <http://combateaedes.saude.gov.br/images/conteudo/
cartilha-informacoes-ao-publico.pdf>
140
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
141
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
3.2 MICROCEFALIA
Como já dissemos, o aumento repentino de casos de microcefalia nos
motivou a escrever sobre o zika vírus. É um assunto relativamente novo, que tem
sido muito comentado em nosso país nos últimos anos. E, com ele, ouvimos mais
sobre a microcefalia. Das ações do zika, esta é, certamente, a que mais vai refletir
nas escolas.
durante o ano de 2015 foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos em 549
municípios do Brasil. Em 2016 foram mais de 200 mil registros” (MINHA VIDA,
2015, s.p.).
• A maior parte dos casos está concentrada em Pernambuco, com 804 bebês
nascidos este ano com a condição, sendo o primeiro Estado a identificar o
aumento anormal da incidência de microcefalia no Brasil. Depois de Pernambuco,
o segundo estado com maior número de casos é a Paraíba, com 316 notificações,
seguido da Bahia com 180, Rio Grande do Norte 106, Sergipe 96, Alagoas 81,
Ceará 40, Maranhão 37, Piauí 36, Tocantins 29, Rio de Janeiro 23, Mato Grosso do
Sul com nove casos, três em Goiás e um no Distrito Federal. Além do mosquito
da dengue, há outras causas de microcefalia: desde infecções virais e uso de
certos medicamentos, até condições genéticas (MINHA VIDA, 2015, s.p.).
• Nos bebês, esta má-formação congênita faz com que o cérebro dos bebês “não
se desenvolva de maneira adequada: o perímetro cefálico é menor que o normal
[...]. Ocorre atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e comprometimento
de áreas cerebrais responsáveis pela linguagem, aprendizagem e cognição”
(RENAN, 2016, s.p.).
143
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
FIGURA 76 – MICROCEFALIA
144
TÓPICO 1 | SÍNDROMES
UNI
145
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
• Deixar claro que, mesmo com certas dificuldades, as crianças têm outras
capacidades, por exemplo: ela pode não falar muito bem, mas pode entender
tudo o que se diz.
146
RESUMO DO TÓPICO 1
o Síndrome de Turner.
o Síndrome de Klinefelter.
o Sindrome do miado de gato.
o Síndrome de Cornélia de Lange.
o Síndrome do Triplo x.
o Síndrome de West.
o Síndrome de xyy.
o Síndrome de Apert.
o Síndrome de Tourette.
o Síndrome de Ossos de cristal.
o Síndrome de DiGeorge.
• Conhecemos mais sobre o zika vírus, considerado uma pandemia mundial, dados
os números alarmantes de sua incidência. No Brasil, enfrentamos problemas
relacionados ao vírus e à microcefalia.
147
AUTOATIVIDADE
Síndrome:
I – Síndrome de Turner.
II – Síndrome do Triplo X.
III – Síndrome de Cri-du-chat.
IV- Síndrome de Apert.
Características:
( ) Nestes casos, as mulheres apresentam um cromossomo X a mais.
( ) Conhecida como “Miado de Gato”.
( ) Ausência de um dos cromossomos do par X das mulheres.
( ) doença genética caracterizada por uma má-formação na face.
a) 30 cm.
b) 34 cm.
c) 32 cm.
d) 36 cm.
148
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Alguns acadêmicos talvez estejam mais familiarizados com este tema e, por
isso, não tenham estranhado o nome deste tópico: Transtornos da Gama do Autismo.
Há alguns anos, ele se chamaria Transtornos Globais do Desenvolvimento. Esta
mudança ocorreu porque estamos seguindo o DSM – 5, que é o Manual Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais.
Este Manual é criado pela APA – Associação Americana de Psiquiatria,
para profissionais da área da saúde, principalmente saúde mental, de critérios
e categorias dos transtornos mentais. Ele é utilizado para fazer diagnóstico das
pessoas que têm algum tipo de transtorno (GADELHA, 2013).
Muita coisa mudou do DSM IV, sua penúltima versão, para o DSM
V. A primeira mudança é na nomenclatura. Autismo não está mais
na categoria de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, TID, e sim
numa nova categoria: Transtorno de Espectro Autista. O que acabou
sendo uma mudança positiva, porque as pessoas de cara já sabem do
que se trata. Mas não é apenas uma mudança de nome, é uma mudança
de classificação. Com isso, eliminam-se as categorias de Autismo,
Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo e Transtorno
Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação e todos passam
a ser Transtorno de Espectro Autista, que é dividido nos níveis leve,
moderado e severo (GADELHA, 2013, s.p.).
149
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
DICAS
150
TÓPICO 2 | TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO
151
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
152
TÓPICO 2 | TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO
E
IMPORTANT
2.2 INCIDÊNCIA
O autismo já foi “considerado uma condição rara, que atingia uma em cada
duas mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada cem crianças é
portadora do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas”, afirma
Varella (2014, s.p.). Em geral, o transtorno se instala cedo, logo no primeiro
153
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
154
TÓPICO 2 | TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO
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UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
DICAS
Ana Leite selecionou 30 filmes sobre o autismo, vale a pena conferir a lista em:
<http://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/30-filmes-que-trazem-o-autismo-e-o-
asperger-preparados-para-assistir>.
É a história de Kyle Gram, que é um menino que sofre de autismo. Seus pais fazem de tudo
para tentar se comunicar com ele, até que o garoto ganha um cachorro e o batiza com o
nome de Thomas, aquele trenzinho do desenho animado que ele mais gosta. Através do
cão, os pais conseguem criar uma relação com o menino que o ajudará a escapar do seu
silêncio. Ele e o cão têm uma interação bastante interessante em passeios, com limites e
responsabilidades.
LEITURA COMPLEMENTAR
1 Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Não
penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como videoteipes correndo
em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.
156
TÓPICO 2 | TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO
2 Deve-se evitar séries de instruções verbais longas. Pessoas com autismo têm
problemas de lembrar sequências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel.
Sou inábil em lembrar sequências. Se pergunto a localização de um posto de gasolina,
posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções têm que
ser escritas. Ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque não
posso formar uma imagem em minha mente.
3 Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores
de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Acho que há
necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.
4 Muitas crianças autistas têm fixação em um assunto, como trens ou mapas. A
melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos
escolares. Ex.: se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e
fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens.
Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de Nova York a
Washington.
5 Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais
me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números.
Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores
diferentes para os números de um a dez. Com isto, aprendi a adicionar e subtrair.
Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em
quatro partes e uma pera cortada ao meio. A partir daí, aprendi o conceito de
quatro e metades.
6 Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas têm problemas
com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil. Isto
pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a
adquirir escrita, deixe-a digitar no computador. Datilografar é, às vezes, muito
mais fácil.
7 Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos,
e outras aprenderão com a memorização das palavras. Aprendi pelo método
fônico.
8 Quando era criança, sons altos, como o da campainha da escola, feriam os meus
ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo
precisam ser protegidas de sons que lhes ferem os ouvidos. Os sons que me
causaram os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro
de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos
casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado
simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão.
O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis
ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo
que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema
amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.
157
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
158
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
• Assim como não há uma certeza da causa do transtorno, não se conhece a sua cura
definitiva, nem há um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os
portadores do distúrbio: por isso, a intervenção precoce, intensiva e adequada
facilitará o desenvolvimento da criança com o transtorno.
159
AUTOATIVIDADE
QUADRO-RESUMO: AUTISMO
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
160
UNIDADE 3
TÓPICO 3
TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE
APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
1 INTRODUÇÃO
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UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
3 TRANSTORNO DA LEITURA
Segundo Fontes ( s.d., s.p.), “o Transtorno da Leitura, alternativamente
conhecido como dislexia, é um transtorno caracterizado por problemas no
reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação
e dificuldade de ortografia”. É importante salientar que, por se tratar de um
transtorno específico das habilidades de leitura, ele não está relacionado à idade
mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.
162
TÓPICO 3 | TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
163
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
4 TRANSTORNO DA MATEMÁTICA
O Transtorno da Matemática, conhecido como discalculia, segundo Fontes
(s.d., s.p.), “não é relacionado à ausência de habilidades matemáticas básicas,
como contagem, e sim, na forma com que a criança associa essas habilidades com
o mundo que a cerca”.
164
TÓPICO 3 | TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Seguindo a linha do DSM-V apud Fontes (s.d., s.p.), são critérios diagnósticos
do Transtorno da Expressão Escrita:
165
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
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TÓPICO 3 | TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Sampaio (2012, s.p.) relaciona algumas estratégias para o aluno com TDAH,
primeiramente, para que ele não se sinta entediado e não atrapalhe tanto as aulas:
• Estes alunos adoram novidades, lance mão destes recursos não habituais para
prender sua atenção. Peça ajuda ao professor de artes para trabalhar de forma
interdisciplinar. Estas crianças são muito criativas e se identificam muito com
tarefas como criar, construir, explorar. Os adultos hiperativos poderão ter
mais sucesso em carreiras ligadas a designers, publicidade, artes plásticas.
• Coloque esta criança próxima a outras mais concentradas e calmas, assim ela
não encontrará seguidores para sua agitação.
• Traga esta criança para perto de você, assim poderá ver se ela está conseguindo
acompanhar seu ritmo, ou se você precisa desacelerar um pouco. Isto o
ajudará também a dispersar-se menos.
• Coloque sempre no quadro as atividades do dia para que este aluno perceba
que há regras predefinidas e previamente organizadas e que todos devem
cumpri-las, sem exceção de ninguém.
• As tarefas não poderão ser longas. Deverão ter conclusão rápida para que ele
consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum. As
tarefas maiores deverão ser divididas em partes para que ele perceba que elas
podem ser terminadas.
• Evite cores muito fortes na sala e na farda, como amarelo e vermelho. Cores
fortes tendem a deixá-los ainda mais agitados, excitados e menos atentos.
Procure colocar tons mais neutros e suaves. Compare com o quarto de um
bebê, agora pense: por que ninguém usa cores fortes nele? Estímulo demais
não é bom para ninguém.
• Permita que o aluno saia algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz
em outra sala, ir ao banheiro. Estes alunos não gostam de ficar parados por
muito tempo e, desta forma, estará evitando que ele fuja da sala por conta
própria.
• Peça que o aluno faça três riscos no quadro. Isto será o número de vezes que
ele poderá sair. Cada vez que ele sair deverá apagar um risco no quadro. Isto
funciona como um limite e tende a dar certo, porque a criança se controla
mais antes de pensar em sair da sala.
167
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
• Uma agenda de comunicação entre pais e escola é muito importante. Isto evita
que as conversas se deem apenas em reuniões.
• As aulas de Educação Física são um ótimo auxílio para estas crianças que
parecem ter energia triplicada. A ginástica ajuda a liberar mais esta energia
que parece ser inesgotável, ajuda na concentração através de exercícios
específicos, ajuda a estimular hormônios e neurônios, a distinguir direita de
esquerda, já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito
sua aprendizagem.
168
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
169
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
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UNIDADE 3 TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Chegamos aos tópicos finais de nossa terceira unidade. Agora, mais do que
reunir informações, discutiremos alguns pontos sobre a realidade de quem vive
com alguma síndrome ou transtorno.
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UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Para Mantoan apud Moreno e Fajardo (2013, s.p.) “o mais importante para
uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas
ter a possibilidade de aprender a colaborar, ter autonomia, governar a si próprio, ter
livre expressão de ideias e ver o esforço pelo que consegue criar, ser recompensado e
reconhecido”.
Para finalizar, Martins (2009, s.p) enumera seis soluções práticas para
contribuir com a inclusão sem preconceitos:
172
TÓPICO 4 | PARA ALÉM DAS DEFICIÊNCIAS E SÍNDROMES: A PRESENÇA DO PRECONCEITO E DO BULLYING EM NOSSAS ESCOLAS
E
IMPORTANT
173
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
DICAS
O Estatuto da Pessoa com Deficiência é baseado na Lei da Inclusão, traz mais informações
para a validação dos direitos da pessoa com deficiência. Para saber mais, acesse:
<http://livraria.senado.leg.br/e_estatuto_da_pessoa_com_deficiencia>.
LEITURA COMPLEMENTAR
174
TÓPICO 4 | PARA ALÉM DAS DEFICIÊNCIAS E SÍNDROMES: A PRESENÇA DO PRECONCEITO E DO BULLYING EM NOSSAS ESCOLAS
175
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
176
TÓPICO 4 | PARA ALÉM DAS DEFICIÊNCIAS E SÍNDROMES: A PRESENÇA DO PRECONCEITO E DO BULLYING EM NOSSAS ESCOLAS
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UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
178
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, vimos que:
• A exclusão é uma forma de bullying e deve ser combatida com o trabalho de toda
a equipe escolar.
179
AUTOATIVIDADE
180
3 A escola pode realizar ações para que a inclusão aconteça sem preconceitos.
Pensando nisso, assinale a única alternativa que não condiz com esta
possibilidade:
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
181
182
UNIDADE 3
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
No caso do Ensino Superior, Viegas (2016, s.p.) aponta que “essa política
visa assegurar às pessoas com deficiência o seu ingresso e as oportunidades de
desenvolvimento pessoal, social e profissional, bem como não restringir sua
participação em determinados ambientes e atividades em razão da deficiência”.
Conforme os dados que mostraremos a seguir, esta Política Nacional tem tido sucesso.
183
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
“Apesar do ingresso das pessoas com deficiência ter aumentado três vezes e
meia, em relação ao total de matrículas no Ensino Superior do país em 2014, o percentual
não chegou nem perto de 1% do total, representando somente 0,42%” (VIEGAS, 2016,
s.p.).
184
TÓPICO 5 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR
3 POLÍTICAS DE INCLUSÃO
De acordo com o Ministério da Educação (MEC) apud Viegas (2016, s.p.):
185
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Para o Ensino Superior, essa política está consolidada por ampla legislação,
“visa assegurar às pessoas com deficiência o seu ingresso e as oportunidades
de desenvolvimento pessoal, social e profissional, bem como não restringir sua
participação em determinados ambientes e atividades em razão da deficiência”, de
acordo com Viegas (2016, s.p.).
186
TÓPICO 5 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR
LEITURA COMPLEMENTAR
187
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
A pedagoga Micheli, que foi professora de Mirian no Ceja, incentivou a aluna a ingressar
na faculdade.
Crédito: Juliana Eichwald
“Eu me formei em Pedagogia e fui tentar uma vaga de professor pelo Estado
e acabou vindo a oportunidade de trabalhar como professor 2. E no mesmo momento
em que iniciei com a Mirian, eu comecei uma especialização em neuropsicopedagogia
clínica e institucional por causa da Mirian, por querer aprender e fazer um bom
trabalho com ela”, explica.
188
TÓPICO 5 | EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR
189
UNIDADE 3 | SÍNDROMES, TRANSTORNOS DA GAMA DO AUTISMO, TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
190
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, vimos que:
• Em um período de dez anos, entre 2004 e 2014, o acesso de pessoas com deficiência ao
Ensino Superior deu um salto no país: em 2004, o número de pessoas com deficiência
que se matricularam em cursos superiores presenciais e à distância no Brasil foi de
5.395, já em 2014, foram 33.377 matrículas, o que representa um aumento de mais de
518,66%.
191
AUTOATIVIDADE
a) São surdas.
b) São cegas.
c) Tem deficiência mental.
d) Tem deficiência física.
192
REFERÊNCIAS
ABCMED. Síndrome de West: como ela é? [s.l.], 2015. Disponível
em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/742922/
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193
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<http://novaescola.org.br/conteudo/267/o-que-e-deficiencia-multipla>. Acesso em:
19 set. 2016.
APAE SÃO PAULO. Sobre a Deficiência Intelectual. São Paulo, [s.d.]. Disponível
em: <http://www.apaesp.org.br/SobreADeficienciaIntelectual/Paginas/O-que-e.
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Disponível em: <http://novaescola.org.br/formacao/leis-diversidade-424523.
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www.iorj.med.br/baixa-visao/>. Acesso em: 17 set. 2016.
FRANK, M. Discalculia: o que você precisa saber para ajudar seu filho.
São Paulo, 2013. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/
comportamento/discalculia-voce-precisa-saber-ajudar-seu-filho-732394.shtml>.
Acesso em: 15 out. 2016.
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GONÇALVES, F. Síndrome do Triplo X. [s.d.]. Disponível em: <http://www.
infoescola.com/doencas-geneticas/sindrome-do-triplo-x>. Acesso em: 10 out.
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HIGUCHI, E. Como lidar com uma criança com Síndrome de Down. 2014.
Disponível em: <http://www.universal.org/noticia/2014/08/31/como-lidar-com-
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197
MONROE, C.; SANTOMAURO, B. Conheça as salas de recurso que funcionam
de verdade para a inclusão. Nova Escola, São Paulo, abr. 2010. Disponível em:
<http://novaescola.org.br/formacao/conheca-salas-recursofuncionam-verdade-
para-inclusao-deficiencia-546795.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2016.
198
SAMPAIO, S. Distúrbios e Transtornos. 2012. Disponível em: <http://
pedagogiaaopedaletra.com/disturbios-e-transtornos>. Acesso em: 10 out. 2016.
SILVA, et al. Aprendendo Língua Brasileira de Sinais como segunda língua. São
José: CEFET, 2007. Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/acessibilidade/
system/files/anexos/apostia_libras_basico.pdf>. Acesso em: 18 set. 2016.
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VIEGAS, A.. 2016. Cresce o acesso da pessoa com deficiência ao ensino superior no país.
[s.d.]. Disponível em: <http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/cresce-
o-acesso-da-pessoa-com-deficiencia-ao-ensino-superior-no-pais.html>. Acesso em: 25
out. 2016
200
ANOTAÇÕES
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201
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