Cálculo Diferencial e Integral PDF
Cálculo Diferencial e Integral PDF
Cálculo Diferencial e Integral PDF
Integral
Prof. Ruy Piehowiak
2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Ruy Piehowiak
515.43
P613c Piehowiak, Ruy
Cálculo diferencial e integral / Ruy Piehowiak.
Indaial : UNIASSELVI, 2011.
259 p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-421-8
Impresso por:
Apresentação
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Cálculo Diferencial e Integral.
Derivada? Integral? Calma, não é tão difícil quanto parece. São apenas opera-
ções matemáticas, que facilitam, e muito, nossas vidas nos dias de hoje.
Portanto, este Caderno de Estudos servirá de rumo para você começar a cons-
truir e organizar seus conhecimentos ao longo desse período de estudo.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO ................................................. 1
VII
5 CÁLCULO DAS DERIVADAS – REGRAS DE DERIVAÇÃO .................................................... 95
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 100
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 101
VIII
UNIDADE 3 - INTEGRAÇÃO .............................................................................................................. 169
IX
X
UNIDADE 1
LIMITE E CONTINUIDADE DE
UMA FUNÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, apresentando os
conceitos e os principais teoremas sobre limites de função.
O primeiro tópico inicia mostrando intuitivamente o conceito de
limite a ser estudado nos Tópicos 1, 2 e 3. Em cada tópico são apresentados
conceitos e teoremas seguidos de diversos exemplos para auxiliá-lo(a) na
compreensão e resolução dos exercícios propostos no final de cada tópico.
E ainda é apresentado um resumo do tópico e um texto complementar
contendo um teorema e sua demonstração.
TÓPICO 4 – CONTINUIDADE
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO DE LIMITE
É com base nisso que pretendemos apresentar uma noção intuitiva de
limite, para que você possa observar o que ocorre com a função f(x), intuitivamente,
quando x tende para mais ou menos infinito, por exemplo. Usaremos limites para
definir retas tangentes a gráficos de função. Com o limite de uma função também
é possível descobrir o que ocorre com a função num determinado ponto.
Queremos saber o que ocorre com f(x) quando x assume valores (positivos
ou negativos) arbitrariamente grandes, ou seja, x tende para + ∞, x > 0 e x tende para
- ∞, x < 0. Observamos no quadro a seguir, quando x cresce o que está acontecendo
com a função f(x).
3
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
x f(x) = 1 + 1
_
x
1 2
2 1,5
3 1,333
500 1,002
..
.
1000 1,001
..
.
10000 1,0001
..
.
X f(x) = 1 + 1
_
x
-1 0
-2 0,5
-3 0,666
-100 0,99
..
.
-1000 0,998
..
.
-10000 0,9998
..
.
4
TÓPICO 1 | LIMITE DE UMA FUNÇÃO
UNI
5
4
3
2
1
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
-4
-5
FONTE: O autor
Queremos verificar o que ocorre com f(x) quando x assume valores próximos
de 3. Observemos, no quadro a seguir, o que acontece com a função f(x), quando x
aproxima-se de 3 com valores maiores que 3.
f(x) =
x
5 -0,25
4 -1
3,5 -4
3,1 -100
3,01 -10000
3,001 -1000000
..
.
5
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Então, quando x tende a 3 com valores maiores que 3, a função f(x) assume
valores arbitrariamente grandes em módulo. Simbolicamente, x → 3 com x > 3
enquanto que f(x) → - ∞ .
f(x) =
x
1 -0,25
2 -1
2,5 -4
2,9 -100
2,99 -10000
2,999 -1000000
..
.
Então, quando x tende 3 com valores menores que 3, a função f(x) assume
valores arbitrariamente grandes em módulo. Simbolicamente, x → 3 com x <
3 enquanto que f(x) → - ∞ .
FONTE: O autor
6
TÓPICO 1 | LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Queremos analisar o que ocorre com f(x) quando x assume valores próximos
de 2. Observamos, no quadro a seguir, o que está acontecendo com a função f(x)
quando x aproxima-se de 2 com valores maiores que 2. Para a construção da tabela
temos que ver qual sentença pegar, já que a função é dada por três sentenças. Neste
caso, para x > 2 usaremos f(x) = 3 - x.
x f(x) = 3 - x
4 -1
3 0
2,5 0,5
2,1 0,9
2,01 0,99
2,001 0,999
..
.
x f(x) = x2
0 0
1 1
1,5 2,25
1,9 3,61
1,99 3,9601
1,999 3,996001
..
.
7
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
FONTE: O autor
= x + 3 para x ≠ 3.
x f(x) = x + 3
2,5 5,5
2,9 5,9
2,99 5,99
2,999 5,999
x f(x) = x + 3
3,5 6,5
3,1 6,1
3,01 6,01
3,001 6,001
x2 - 9
lim =6
x →3 x - 3
correspondente δ > 0 tal que, para todos os valores de x com 0 < |x - a| < δ ⇒ |f
(x) - L| < ε.
Assim, |f (x) - L| < ε quer dizer que podemos tornar o módulo da diferença
tão pequeno quanto desejarmos, desde que tomemos o módulo 0 < |x - a| < δ para
um δ suficientemente pequeno, de tal modo que a - δ < x < a + δ ⇒ L - ε < f(x) < L + ε.
e também,
-2 -1 1 2 3 4 5
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
10
TÓPICO 1 | LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Então,
Portanto, δ = 0,01.
-2 -1 1 2 3 4 5 6
-1
-2
-3
-4
-5
FONTE: O autor
11
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 2:
Resolução:
Caros acadêmicos, percebam o que a questão pede: um δ > 0 tal que para
todo x, 0 < x - 7 < δ ⇒ x + 2 - 3 < 0,1 .
12
TÓPICO 1 | LIMITE DE UMA FUNÇÃO
FONTE: O autor
AUTOATIVIDADE
ATENCAO
Observe que ainda não calculamos o limite de uma função, apenas fizemos
análises e verificamos o limite intuitivamente. As duas proposições acima e as propriedades
listadas a seguir serão essenciais para calcular o limite.
4 PROPRIEDADES DO LIMITE
UNI
13
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
a)
b)
c)
d)
e)
h)
i)
j)
k)
Exemplo 3:
14
TÓPICO 1 | LIMITE DE UMA FUNÇÃO
Resolução:
Regra da potência
Proposição 1.1.1
Portanto,
Exemplo 4:
Resolução:
Regra do quociente
Regra da potência
Proposição 1.1.1
Portanto,
Exemplo 5:
15
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Resolução:
Regras da soma e da
diferença
Regra do produto por
uma constante
Regras da exponencial
e seno
Proposição 1.1.1
Portanto,
Exemplo 6:
Resolução:
Regra da raiz
Regras da soma e
da diferença
Regra do produto
por uma constante
Regras da potência
Proposição 1.1.1
Portanto,
E
IMPORTANT
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu inicialmente o limite de forma intuitiva. Em
seguida, estudou a definição de limite, as proposições e as propriedades.
17
AUTOATIVIDADE
1) em a = -7.
2) em a = 4.
3) em a = 2.
6) 10)
7) 11)
8) 12)
9)
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico vamos entender o que vem a ser indeterminação. Por exemplo,
2 INDETERMINAÇÃO
Observe que os dois limites têm resultados diferentes. Assim, fica evidente
que a expressão 0
_ não pode ter um valor determinado.
0
UNI
ou... é por este motivo que esta expressão é dita uma indeterminação, ou um símbolo de
indeterminação.
19
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
UNI
Exemplo 1:
Calcular .
Resolução:
Se no cálculo deste limite você tentar utilizar o item (e) das propriedades
(que não pode ser aplicado aqui, pois o denominador tem limite zero), você
chegará à indeterminação 0
_. Neste caso, o artifício algébrico usado para “levantar”
0
a indeterminação obtida é a FATORAÇÃO.
20
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Portanto, .
FONTE: O autor
TURO S
ESTUDOS FU
Exemplo 2:
Calcular .
Resolução:
Se no cálculo deste limite você tentar utilizar o item (e) das propriedades
(que não pode ser aplicado aqui, pois o denominador tem limite zero), você
chegará à indeterminação 0_. Neste caso, o artifício algébrico usado para levantar a
0
indeterminação obtida é a FATORAÇÃO.
21
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
2º) Na primeira linha, primeira coluna, coloca-se a raiz do polinômio. Raiz: -1.
22
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Portanto, .
TURO S
ESTUDOS FU
Exemplo 3:
Calcular .
Resolução:
23
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Como , temos:
Portanto, .
UNI
Caros acadêmicos, este limite resolvido acima pode ser resolvido de outra forma.
Podemos fazer uma substituição do tipo x = t2, t > 0, já que a expressão do numerador é
formada por uma raiz quadrada. Então, fazendo a substituição da variável x por t2 a função
ficará assim, que simplificando temos . Observe que o valor que a variável
tende também deve ser alterado, pois, quando t2 → 16, então x → 4. Fique atento: esta
substituição de variável não elimina a indeterminação, apenas faz com que a raiz saia e
as expressões virem polinômios onde é possível a simplificação. Sugerimos que refaça o
exemplo 3, utilizando esta substituição.
Exemplo 4:
Calcular .
Resolução:
24
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
numerador e o denominador.
Portanto, .
Exemplo 5:
Calcular .
Resolução:
25
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Portanto, .
3 LIMITES LATERAIS
Definição 1.2.1 Seja f(x) uma função definida em um intervalo aberto (d,
a). Dizemos que um número L é o limite à esquerda da função f(x), quando x tende
para a e indica-se por , se , tal que sempre
que .
26
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Definição 1.2.2 Seja f(x) uma função definida em um intervalo aberto (a,c).
Dizemos que um número L é o limite à direita da função f(x), quando x tende para
a e indica-se por , se , tal que sempre que
.
Exemplo 1:
a)
b)
Resolução:
Logo,
Assim,
b) Agora, pela Definição de limite à direita responderemos este item. Observe que
a função f(x) está definida por f(x) = 4 – x se x > 1.
Logo,
Assim,
27
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
1
x
-2 -1 1 2 3 4 5
-1
FONTE: O autor
Exemplo 2:
Resolução:
28
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Portanto,
1
x
-3 -2 -1 1 2 3 4
-1
-2
FONTE: O autor
{
Exemplo 3: -x, se x<0
a)
b)
c)
d)
29
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Resolução:
y
5
1
x
-2 -1 1 2 3 4 5
-1
FONTE: O autor
Exemplo 4:
30
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Resolução:
-2 -1 1 2 3 4 5 x
-1
FONTE: O autor
Quando x tende a 2 para valores menores que 2, isto é pela esquerda, então
.
Quando x tende a 2 para valores maiores que 2, isto é pela direita, então
.
Neste caso, existe limite de f(x) quando x tende a 2, mesmo que a função
não esteja definida para x = 2.
UNI
● Para que exista um limite , devem existir e ser iguais os limites laterais
31
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 5:
Seja . Determine e .
Resolução:
Logo, .
Agora é fácil: e
Portanto, e .
y
8
2
x
-6 -4 -2 2 4 6
-2
-4
-6
FONTE: O autor
Observação: Veja que, pelo Teorema 1.2.1, não existe , pois nos
limites laterais calculados acima eles são diferentes.
32
TÓPICO 2 | LIMITES INDETERMINADOS E LATERAIS
Exemplo 6:
Seja . Determine e .
Resolução:
Logo, ; .
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
● Para que exista o limite , devem existir e serem iguais os limites laterais
à esquerda e à direita, isto é: .
34
AUTOATIVIDADE
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9) Seja . Calcular
35
12) Na figura 2.7 está esboçado o gráfico de uma função y = f(x). Observando o gráfico,
é possível estimar os seguintes limites:
0 1 2 x
-1/2
-1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
13) Seja f(x) uma função definida para todo o número real por:
Determinar o valor da constante k para que exista
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior estudamos o comportamento de uma função f(x)
quando x aproxima-se de um número real a. Vimos ainda como levantar uma
indeterminação do tipo 0
_. Nesta seção iremos analisar o comportamento de uma
0
função f(x) quando x assume valores positivos arbitrariamente grandes (quando
x tende para + ∞), ou valores negativos com valores absolutos arbitrariamente
grandes (quando x tende para − ∞).
2 LIMITES NO INFINITO
Para valores de x, por exemplo, 0, 2, 5, 10, 100 e 1000 e assim por diante,
de tal forma que x cresça ilimitadamente, construímos o seguinte quadro para os
correspondentes valores da função f(x).
0 1
2 2,31
5 2,67
10 2,82
100 2,98
1000 2,998
Calcular:
37
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
UNI
Em geral, o símbolo (infinito) ∞ não representa nenhum número real e não pode
ser empregado na aritmética na maneira usual.
Definição 1.3.1 Seja f(x) uma função definida em um intervalo (a, + ∞). O
limite de f(x), quando x cresce ilimitadamente, é L, e escreve-se se,
para qualquer ε > 0, existir um número A > 0 tal que sempre que x > A.
TURO S
ESTUDOS FU
UNI
i)
38
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
ii)
Exemplo 1:
Calcular o valor de .
Resolução:
Se, no cálculo deste limite tentarmos utilizar o item (e) das propriedades dos
∞
__
limites, você chegará à indeterminação ∞ . Para “levantar” esta indeterminação,
vamos dividir o numerador e o denominador de f(x) por x, lembrando que x precisa
ser considerado positivo. Assim,
Regra do quociente
Regra da raiz
39
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Regra da soma
Portanto, .
Exemplo 2:
Calcule .
Resolução:
∞
__
Aqui surge uma indeterminação do tipo ∞ . A fim de usar o Teorema 1.3.1
vamos dividir o numerador e o denominador da fração por x3. Isto é possível, para
x ≠ 0. Então,
Teorema 1.3.1
Portanto,
Exemplo 3:
Calcule .
40
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Resolução:
Teorema 1.3.1
Portanto, .
Exemplo 4:
Calcule .
Resolução:
Neste caso, para que possamos usar o Teorema 3.1, dividimos os dois
termos da fração por x. Como x → + ∞, podemos supor x > 0 e, assim,
Lembremos que se a e b são positivos, então . Logo,
41
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Portanto,
UNI
supondo que x ≠ 0 nas divisões que faremos. Assim, dividimos o numerador e o denominador
por x e depois aplicamos as propriedades de limites juntamente com o Teorema 1.3.1.
Exemplo 5:
Calcule .
Resolução:
42
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
3
4
Portanto,
Exemplo 6:
Calcule .
Resolução:
Assim
Portanto,
4 LIMITES INFINITOS
Vamos estudar limites infinitos, isto é, limites onde o x se aproxima de um
número real a pela esquerda ou pela direita, e queremos saber o comportamento
da função f(x) nestas condições.
Podemos ter o caso em que o limite da função não existe, pois seu valor
não se aproxima de número algum. Assim, o limite poderá ser + ∞ ou - ∞: já
sabemos que estes símbolos são usados para indicar o que acontece com os valores
∞
__
assumidos pela função. E ainda, podemos encontrar indeterminações do tipo ∞
ou ∞ - ∞.
Tomando valores para x, por exemplo, 0, 2, 5, 10, 100 e 1000 e assim por
diante, de tal forma que x cresce ilimitadamente, construímos o seguinte quadro
para os correspondentes valores da função f(x).
44
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
0 1
2 2,31
5 2,67
10 2,82
100 2,98
1000 2, 998
y
6
x
-4 -2 2 4 6
-2
-4
FONTE: O autor
UNI
Em geral, o símbolo ∞ (infinito) não representa nenhum número real e não pode
ser empregado na aritmética na maneira usual.
45
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Definição 1.3.2 Seja f(x) uma função definida num intervalo aberto que
contém o ponto a, exceto eventualmente em a. Dizemos que se, para
todo A > 0, existe um δ > 0 tal que f(x) > A sempre que 0 < x − a < δ.
Definição 1.3.3 Seja f(x) uma função definida num intervalo aberto que
contém o ponto a, exceto eventualmente em a. Dizemos que , se
para todo B < 0, existe um δ > 0 tal que f(x) < B sempre que 0 < x − a < δ.
UNI
Além dos limites definidos acima, podemos considerar ainda os limites laterais
infinitos e os limites infinitos no infinito.
i)
ii) se n é par
se n é impar
Exemplo 1:
Calcular .
Resolução:
Ao limite aplicamos a propriedade de limites e obtemos
.
Assim, aplicamos o Teorema 1.3.2 item (i), no caso n = 6 e teremos
Portanto, .
46
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Exemplo 2:
Calcular .
Resolução:
Portanto, .
Teorema 1.3.3 Seja a um número real qualquer e f(x), g(x) funções tais que
e , sendo k ≠ 0. Então,
UNI
Este Teorema nos permite calcular alguns limites infinitos. Destacamos que ele
também é valido se substituirmos x → a por x → a+, x → a−, x → + ∞ ou x → − ∞.
Exemplo 3:
Calcular .
Resolução:
47
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Portanto, .
Exemplo 4:
Determine e .
Resolução:
Portanto
Portanto
Exemplo 5:
Calcular .
48
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Resolução:
Portanto
UNI
Exemplo 6:
Seja o limite .
Resolução:
Teorema 1.3.1
Logo, e
Exemplo 7:
49
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 8:
Exemplo 9:
com a0 ≠ 0 e b0 ≠ 0. Então,
O que o Teorema 1.3.4 nos diz é que um limite de uma função racional
pode ser dado pelo limite da razão ou quociente dos termos de maior grau dos
polinômios p(x) e q(x).
Este Teorema vai facilitar o cálculo de limite de uma função racional quando
a variável x tende para + ∞ ou tende para - ∞.
Exemplo 10:
Determinar .
Resolução:
Portanto,
Exemplo 11:
Determinar .
50
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Resolução:
Portanto, .
5 LIMITES FUNDAMENTAIS
Nesta seção apresentaremos três Teoremas chamados de limites
fundamentais. Esta denominação se deve ao fato de que, através destes limites,
podemos calcular outros limites.
0
Os limites fundamentais também são casos de indeterminações do tipo _
0
e 1+ ∞.
TURO S
ESTUDOS FU
Exemplo 1:
Determine .
Resolução:
Para resolver este limite precisamos fazer uma mudança de variável a fim
de podermos aplicar o Teorema 1.3.5.
Mudança de variável
Teorema 1.3.5
Portanto,
Exemplo 2:
Determine .
Resolução:
Artifício matemático
Teorema 4.4.1
Portanto,
Exemplo 3:
Determine .
Resolução:
Definição de secante
52
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Artifício matemático
Teorema 4.4.1
Portanto,
, e também
53
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Relembrando: é igual a .
Exemplo 4:
Calcular .
Resolução:
Exemplo 5:
Determine .
Resolução:
Portanto,
54
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Exemplo 6:
Calcular .
Resolução:
Portanto,
Demonstração:
Substituindo, temos,
55
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Concluímos que, .
Exemplo 7:
Calcular .
Resolução:
Exemplo 8:
Calcular .
56
TÓPICO 3 | MAIS UM POUCO DE LIMITES
Resolução:
Teorema 4.4.3
Portanto,
Exemplo 9:
Calcular .
Resolução:
Teorema 4.4.3
Portanto,
57
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos os limites no infinito, limites infinitos e os
limites fundamentais.
∞
__
• Vimos como levantar indeterminação do tipo ∞ utilizando algum artifício
algébrico.
i)
ii) Se n é par
Se n é impar
k>0
|k>0
k<0
k<0
k 0
58
• Teorema 1.3.4 (Limite de função racional) Seja a função racional
com a0 ≠ 0 e b0 ≠ 0. Então,
.
Também estudamos os limites fundamentais, que foram três.
59
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
60
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
Assista ao vídeo de
resolução da questão 14
61
62
UNIDADE 1
TÓPICO 4
CONTINUIDADE
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2 nesta unidade nos deparamos com cálculos de limites onde
o limite não existia. Isto é, os limites laterais eram diferentes. Então, aqui iremos
estudar estas situações e outras que envolvem a continuidade ou a descontinuidade
de funções.
2 DEFINIÇÃO DE CONTINUIDADE
63
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
a x
FONTE: O autor
a x
FONTE: O autor
a x
FONTE: O autor
64
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
Exemplo 1:
Resolução:
Logo, .
(iii) Esta condição é apenas para comparar se os valores no item (i) e (ii) são
iguais. O que comprovamos .
-3 -2 -1 1 2
-1
-2
FONTE: O autor
Exemplo 2:
Resolução:
Assim, como o item (ii) não foi satisfeito, podemos concluir que a função
f(x) é descontínua em x = 4, conforme pode ser constato na figura a seguir.
10
8
2
x
-6 -4 -2 2 4 6 8
-2
FONTE: O autor
Exemplo 3:
66
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
Resolução:
, que é uma
e
y
3
1
x
-4 -3 -2 -1 1 2
-1
-2
-3
FONTE: O autor
(i) f + g é contínua em x = a;
(ii) f – g é contínua em x = a;
(iii) f . g é contínua em x = a;
67
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 4:
Resolução:
, que é uma
e
indeterminação. Por outro lado,
Assim,
3
2
1
x
-3 -2 -1 1 2 3 4
FONTE: O autor
68
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
Exemplo 5:
Resolução:
e .
1
x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1
-2
FONTE: O autor
3 CONTINUIDADE EM UM INTERVALO
Teorema 1.4.2 Sejam I um intervalo aberto, c ∈ I e f(x) uma função com I ⊂
D(f ). Então f(x) é contínua em c, se, e somente se, for contínua à direita e à esquerda
no ponto c.
Definição 1.4.2 Quando uma função f(x) é contínua em todo ponto a ∈ D(f ),
69
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
diremos, simplesmente, que f(x) é contínua. Caso contrário, diremos que f(x) é descontínua.
Exemplo 1:
Resolução:
Exemplo 1:
70
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
Resolução:
FONTE: O autor
71
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
f(b)
f(c)= k
f(a)
a c b
x
FONTE: O Autor
UNI
72
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
f(b)
a
c b
x
f(a)
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Verifique que a função f(x) = x4 + 3x2 + 5x - 3 tem pelo menos uma raiz real
no intervalo (0,1).
Resolução:
Portanto, mostramos que f(x) possui uma raiz real no intervalo (0,1).
Exemplo 2:
Resolução:
73
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
Assim, f(1) < 0 e f(2) > 0 e conforme o Teorema 1.4.4 (TVI) existe c ∈(1,2) tal
que f(c) = 0.
Portanto, mostramos que f(x) possui uma raiz real no intervalo (1,2).
LEITURA COMPLEMENTAR
2.9.1 TEOREMA
Prova
Considerando a > 0, precisamos mostrar que para todo ε > 0 existe um δ >
0 tal que
se então . (6)
Como
(pois a > 0)
74
TÓPICO 4 | CONTINUIDADE
se então . (7)
Definição 2.1.1 como sendo , que contém a, mas não 0, estamos exigindo
. Então,
(pois a > 0)
(8)
Agora
(9)
75
UNIDADE 1 | LIMITE E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO
(pois a > 0)
(10)
(pois )
76
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
• Se a função não satisfizer uma das condições acima, será dita uma função
descontínua em x = a .
77
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
1) em x = 1
2) em x = 3
3) em x = 0
4) em x = -1
5) em x = 1
6) em x = 2
7)
8)
9)
78
10) Use o Teorema do Valor Intermediário para mostrar que a função f(x) = x4
– 2x3 – 4x2 + 8x possui pelo menos uma raiz no intervalo (1,3).
11) Use o Teorema do Valor Intermediário para mostrar que a função f(x) = x3
– 7x2 + 3x + 2 possui três raízes reais distintas no intervalo (-1,5).
Assista ao vídeo de
resolução da questão 2
79
80
UNIDADE 2
DERIVADA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Iniciamos a unidade apresentando vários conceitos dos elementos que en-
volvem as equações diferenciais. É preciso se apropriar da terminologia e
das notações. A partir daí, estudaremos as equações diferenciais lineares de
primeira ordem e também de segunda ordem.
Assista ao vídeo
desta unidade.
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO DE DERIVADA
TURO S
ESTUDOS FU
83
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 1:
Resolução:
84
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
Exemplo 2:
Resolução:
Portanto, .
85
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 3:
Resolução:
Exemplo 4:
Resolução:
Se , calculamos .
86
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
Indeterminação
Portanto, .
Teorema 2.1.1 Se uma função f(x) é derivável num ponto x0 do seu domínio,
então f(x) é contínua em x0 , ou seja, .
UNI
Para ilustrar sobre o que foi comentado no ícone acima, vamos ver através
dos dois gráficos a seguir (Figura 25a e Figura 25b) que mostram duas situações
comuns nas quais uma função que é contínua em x0 pode deixar de ser derivável
em x0.
87
UNIDADE 2 | DERIVADA
-2 -1 1 2 3 4
-1
-2
FONTE: O autor
-1 1 2 3 4 5 6
-1
FONTE: O autor
Seja y = f(x) uma curva definida no intervalo (a, b), na figura a seguir. Sejam
P(x1 ,y1) e Q(x2 ,y2) dois pontos distintos da curva. Seja s a reta secante que passa
pelos pontos P e Q. Considerando o triângulo retângulo PMQ, na figura a seguir,
temos que a inclinação da reta s (ou coeficiente angular de s) é:
88
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Definição 2.1.3 Dada uma curva y = f(x), seja P(x1, y1) um ponto sobre esta
curva, a inclinação da reta tangente à curva no ponto P é dada por
89
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 1:
Resolução:
, ou ainda,
90
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
FONTE: O autor
4 DERIVADAS LATERAIS
Definição 2.1.4 Seja f(x) uma função definida no intervalo aberto I e seja a
um elemento de I.
Exemplo 1:
91
UNIDADE 2 | DERIVADA
Resolução:
-3 -2 -1 1 2 3
-1
-2
-3
-4
-5
-6
FONTE: O autor
Exemplo 2:
Resolução:
4
3
2
1
x
-2 -1 1 2 3 4 5 6
-1
FONTE: O autor
Exemplo 3:
Resolução:
Temos que:
Em x0 = 6, temos
.
93
UNIDADE 2 | DERIVADA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
94
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
FONTE: O autor
FONTE: O autor
95
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Se , então f´(x) = 0.
Exemplo 3:
Exemplo 4:
Exemplo 5:
Exemplo 6:
Se então .
96
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
Se f(x) = ln x, então .
UNI
Sejam f uma função, c uma constante e g uma função definida por g(x) =
c·f(x). Se f ´(x) existe, então g´(x) = c·f ´(x).
Exemplo 7:
Exemplo 8:
Se então .
Exemplo 9:
Se então .
Exemplo 10:
Se então .
Sejam f e g duas funções e h a função definida por h(x) = f(x) + g(x). Se f´(x)
e g´(x) existirem, então h´(x) = f ´(x) + g´(x).
Exemplo 11:
Seja então .
Seja g(x) = 3x4 + 5x³ - 7x²- 4 .. Então g´(x) = 3.4x³ + 5.3x² - 7.2x – 0 = 12x³ + 15x²
97
UNIDADE 2 | DERIVADA
- 14x.
Assim, h´(x) = f´(x) + g´(x) = 12x5 – 4x² + 12x³ + 15x² - 14x = 12x5 + 12x³ + 11x²
- 14x.
j) Derivada de um produto
Exemplo 12:
Resolução:
f(x)
Sejam f e g duas funções e h a função definida por h(x) = ____, com g(x) ≠ 0.
g(x)
Se f ‘(x) e g’(x) existirem, então .
Exemplo 13:
Resolução:
98
TÓPICO 1 | DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
99
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro(a) acadêmico(a), neste tópico você viu que:
100
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
1) f(x) = x² + 1 no ponto x₀ = 5
2) f(x) = 2x³ no ponto x₀ = 2
3) f(x) = x4 + 3x, no ponto x₀ = 2
4) f(x) = √x, no ponto x₀ = 1
5) f(x) = 4 . ex no ponto x₀ = 2
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
101
Nas questões de 14 a 16, calcule as derivadas laterais , se existirem,
e determine se f é derivável em x0.
14) no ponto x₀ = 0.
15) no ponto x₀ = 2.
16) no ponto x₀ = 3.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 14
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Para derivar uma função como y = (2x³ - 5)7, será que é preciso desenvolver
o binômio?
então y = f(u) e
103
UNIDADE 2 | DERIVADA
UNI
e .
Observe que esse processo é mais eficiente e mais rápido para calcular a
derivada do que recorrer à enfadonha expansão binomial.
104
TÓPICO 2 | DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
Exemplo 1:
dy
Calcule ____ se .
g(x)
Resolução:
Exemplo 2:
Calcule se .
Resolução:
105
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 3:
Resolução:
Exemplo 4:
Calcular a derivada de .
Resolução:
UNI
Exemplo 5:
Calcular a derivada de .
Resolução:
106
TÓPICO 2 | DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
Exemplo 6:
Resolução:
ATENCAO
Exemplo 7:
Resolução:
107
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 8:
Calcular a derivada de .
Resolução:
Exemplo 9:
108
TÓPICO 2 | DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
Resolução:
Exemplo 10:
Calcular a derivada de .
Resolução:
Exemplo 11:
Resolução:
109
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 12:
Resolução:
UNI
À medida que o leitor fica mais à vontade com a regra da cadeia, pode querer
dispensar o uso das variáveis dependentes intermediárias, expressando a derivada na forma:
Uma maneira conveniente de lembrar essa fórmula consiste em chamar f de “função de fora”
e g de “função de dentro” na composição f(g(x)). Veja no esquema a seguir:
.
, ou seja,
110
TÓPICO 2 | DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA
UNI
Exemplo 1:
Resolução:
Assim, f´(x) = – 5 e g = f -1 .
Portanto, .
UNI
Exemplo 2:
Resolução:
111
Substituindo em temos:
Portanto,
112
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos como derivar funções compostas. A seguir, uma
lista das principais regras de derivação.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
113
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo das derivadas.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
114
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Até aqui, estudamos as funções em que a variável dependente y é dada
explicitamente em termos da variável independente x através de uma relação y =
f(x).
2 DERIVADAS IMPLÍCITAS
e
Há equações mais complicadas, onde a resolução explícita de y em termos
de x não é simples ou possível como é o caso da equação:
2xy2 + cos(xy) + 1 = 0
Exemplo 1:
115
UNIDADE 2 | DERIVADA
Resolução:
Temos, 4x – 3y2y´– 0 = 0
Portanto, .
UNI
Exemplo 2:
Resolução:
Exemplo 3:
Resolução:
UNI
Passo 4: Encontre y´ .
Exemplo 4:
Resolução:
e .
117
UNIDADE 2 | DERIVADA
7 A
B
3
0
-1 0 1 2 3 4 5 6
FONTE: O autor
2x + 2yy´– 6 – 10 = 0
Logo, , .
118
TÓPICO 3 | DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS E ALGUMAS APLICAÇÕES
Exemplo 1:
Resolução:
Exemplo 2:
Seja a função f(x) = x4 + 3x2 – 1. Obtenha f´´(x), f´´(x), f´´´(x), f(IV)(x) e f(n)(x)
para n qualquer.
Resolução:
Exemplo 3:
119
UNIDADE 2 | DERIVADA
Resolução:
Se , então
Exemplo 4:
Resolução:
Note que g(4) = g. Consequentemente, g(5) = g´, g(6) = g´´ e assim por diante,
ou seja, as derivadas se repetem após quatro derivações. Para obter g(35)(t), basta
dividir 35 por 4 e tomar o resto da divisão, que é 3.
120
TÓPICO 3 | DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS E ALGUMAS APLICAÇÕES
4 TAXA DE VARIAÇÃO
Exemplo 1:
Resolução:
121
UNIDADE 2 | DERIVADA
UNI
∆y
___
Podemos reescrever o quociente definido acima como taxa média de
∆x
ATENCAO
Exemplo 2:
Supondo que esteja caindo areia sobre uma base plana e horizontal a uma
razão de 12 m3 por hora e que o monte mantém sempre a forma de um cone cuja
geratriz forma um ângulo de 60° com a base. Calcule a velocidade com que a
altura do monte aumenta, no instante em que ela é de 6 metros.
Resolução:
122
TÓPICO 3 | DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS E ALGUMAS APLICAÇÕES
30º
60º
FONTE: O autor
Como , temos:
Exemplo 3:
123
UNIDADE 2 | DERIVADA
dois anos, seja aproximadamente 40kg, aos quatro anos 128kg, e aos oito anos,
256kg. Então o polinômio p(t) = 12t2 – t3 fornece o valor aproximado da massa da
árvore em qualquer momento t entre dois e oito anos. Determine a taxa de variação
instantânea (aproximada) de sua massa, num instante t qualquer entre dois e oito
anos.
Resolução:
5 TAXAS RELACIONADAS
Em muitos problemas surgem uma ou mais variáveis que são funções de
uma outra variável, que geralmente é o tempo. Digamos, F depende de x e y
que, por sua vez, são ambas funções do tempo t. Ocorre que normalmente não
conhecemos a expressão destas funções de t.
Exemplo 1:
Resolução:
124
TÓPICO 3 | DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS E ALGUMAS APLICAÇÕES
dV dR
Dado: ___ = 2 cm³ /s; pede-se: ___ quando R = 5.
dt dt
dR
dV ___
___
Para estabelecer a relação entre dt e dt , devemos derivar V em relação
a t usando a regra da cadeia. Como V representa o volume de uma esfera de raio
R, temos: .
. Como , temos .
Pelo enunciado
Logo,
Para R = 5, temos .
Isto significa que o raio aumenta à taxa de cm/s quando ele vale 5 cm.
ATENCAO
Exemplo 2:
Resolução:
FONTE: O autor
125
UNIDADE 2 | DERIVADA
FIGURA 38 – 3.4
FONTE: O autor
dh
Pede-se: ___ quando h = 4 m. A relação entre as variáveis V, R e h é
dt
estabelecida pela fórmula do volume do cone . Mas é possível escrever
V como função de uma das variáveis: R ou h.
Logo, .
Para h = 4, temos .
Isto significa que no momento em que o topo do monte está a quatro metros
do solo, ele sobe com velocidade de .
126
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
• Começamos vendo que é possível derivar uma função mesmo que a variável
dependente não esteja isolada, ou seja, que a função não apresente y = f(x) na
sua forma mais usual.
• Nas derivadas sucessivas, vimos que podemos derivar por várias vezes uma
função, desde que a função resultante seja também derivável.
127
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 10
128
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O objetivo desse tópico é dar condições para usarmos a derivada como
ferramenta para descobrir rapidamente os aspectos mais importantes de uma
função e esboçar seu gráfico.
x₁ x₂ x₁ x₂
FONTE: O autor
129
UNIDADE 2 | DERIVADA
Teorema 2.4.1 Seja f(x) uma função contínua em um intervalo fechado [a,b]
e diferenciável no intervalo aberto (a,b).
(i) Se f´(x) > 0 para todo valor de x em (a,b), então f é crescente em [a,b].
(ii) Se f´(x) < 0 para todo valor de x em (a,b), então f é decrescente em [a,b].
(iii) Se f´(x) = 0 para todo valor de x em (a,b), então f é constante em [a,b].
Exemplo 1:
Resolução:
Seja f(x) = 2x3 – 9x2 + 2, então f´(x) = 6x2 – 18x. FIGURA 40 – GRÁFICO 4.2
130
TÓPICO 4 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES I
3 MÁXIMOS E MÍNIMOS
A figura a seguir nos mostra o gráfico de uma função y = f(x), onde
assinalamos pontos de abscissas x1 , x2 , x3 e x4 .
FONTE: O autor
Esses pontos são chamados pontos extremos da função. f(x1) e f(x3) são
chamados máximos relativos e f(x2), f(x4) são chamados mínimos relativos.
Exemplo 1:
Resolução:
131
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 2:
Resolução:
132
TÓPICO 4 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES I
4 CONCAVIDADE
Na figura a seguir observamos que, dado um ponto qualquer c entre a e b,
em pontos próximos de c, o gráfico de f está acima da tangente à curva no ponto
P(c, f(c)). Dizemos que a curva tem concavidade voltada para cima no intervalo
(a,b).
FIGURA – 42 GRÁFICO 4.4 (a)
FONTE: O autor
FONTE: O autor
133
UNIDADE 2 | DERIVADA
(i) Se f´´(x) > 0 para todo valor de x em (a,b), então f tem concavidade voltada
para cima em (a,b).
(ii) Se f´´(x) < 0 para todo valor de x em (a,b), então f tem concavidade voltada
para baixo em (a,b).
Exemplo 1:
Resolução:
f´(x) = 3x2 – 6x + 4
f´´(x) = 6x – 6.
5 PONTOS DE INFLEXÃO
Vimos no Exemplo 1 acima que a concavidade da função f(x) = x3 – 3x2 +
4x - 12 que é inicialmente côncava para baixo muda para côncava para cima em
x = 1. Os pontos em que uma curva muda a concavidade são chamados de pontos
de inflexão.
134
TÓPICO 4 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES I
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
135
UNIDADE 2 | DERIVADA
-1 1 2 3
-1
FONTE: O autor
136
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico estudamos formas de definir função crescente ou decrescente,
pontos de máximo ou mínimo, definir quanto à concavidade das funções e
também pontos de inflexão. A seguir é apresentado um quadro-resumo destes
itens.
137
AUTOATIVIDADE
6) em (- ∞, - 1) e (0,7)
7)
8)
138
UNIDADE 2
TÓPICO 5
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
DAS FUNÇÕES II
1 INTRODUÇÃO
Dada uma curva y = f(x), usaremos a derivada para obter alguns dados
acerca da curva. Nesta seção discutiremos critérios para o uso de derivadas e as
retas assíntotas que auxiliaram nestes procedimentos.
139
UNIDADE 2 | DERIVADA
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
f´(x) = 3x2 + 4x – 4 = 0
(x + 2)(3x – 2) = 0
(+)(-) - f é decrescente
f tem um mínimo relativo em
0 0
(+)(+) + f é crescente
(i) Se f´( x0) = 0 e f´´( x0) > 0, então f tem um mínimo relativo em x0.
(ii) Se f´( x0) = 0 e f´´( x0) < 0, então f tem um máximo relativo em x0.
(iii) Se f´( x0) = 0 e f´´( x0) = 0, então o teste é inconclusivo, isto é, f pode ter um
máximo ou mínimo relativo ou nenhum dos dois em x0.
Exemplo 1:
Resolução:
f´(x) = x4 – 5x2 + 4 = 0
(x2 – 1)(x2 – 4) = 0
(x + 1)(x – 1)(x + 2)(x – 2) = 0
Assim, x = ± 1 e x = ± 2 são pontos críticos de f.
141
UNIDADE 2 | DERIVADA
-3 -2 -1 1 2 3
-1
-2
-3
-4
-5
-6
FONTE: O autor
FONTE: O autor
142
TÓPICO 5 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES II
(i)
(ii)
(iii)
(iv)
Exemplo 1:
Resolução:
(i)
(ii)
Exemplo 2:
Resolução:
143
UNIDADE 2 | DERIVADA
5 ESBOÇO DO GRÁFICO
Nosso objetivo nesta seção não é fazer gráficos milimetricamente exatos,
plotando inúmeros pontos, mas sim aplicarmos os critérios estudados nas
seções anteriores para determinar os extremos de uma função, os intervalos de
crescimento e decrescimento, os intervalos de concavidade, os pontos de inflexão e
outros elementos que constituem ferramentas importantes que auxiliam no esboço
do gráfico, como veremos nos exemplos a seguir.
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
144
TÓPICO 5 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES II
-3(x² - 4x + 3) = 0
-3(x – 1)(x – 3) = 0
obtendo-se x = 1 e x = 3.
2
1
-1 1 2 3 4 5
-1
-2
-3
FONTE: O autor
145
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 2:
Resolução:
0 0
f tem um ponto de inflexão em
0 0
f tem um ponto de inflexão em
146
TÓPICO 5 | ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS FUNÇÕES II
FONTE: O autor
Exemplo 3:
Resolução:
147
UNIDADE 2 | DERIVADA
FONTE: O autor
148
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico vimos testes envolvendo as derivadas assíntotas e o esboço
do gráfico.
• Ainda vimos que uma função pode ter assíntotas horizontais e/ou verticais e,
para isto, calculamos os limites infinitos e no infinito, já estudados no Tópico 3
da Unidade 1.
• O esboço do gráfico reúne tudo o que estudamos nestes dois últimos tópicos.
149
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
150
UNIDADE 2
TÓPICO 6
APLICAÇÕES DA DERIVADA
1 INTRODUÇÃO
Nesta seção vamos discutir um resultado chamado Teorema do Valor Médio.
Enunciado pela primeira vez pelo matemático francês Joseph-Louis Lagrange
(1736-1813), este teorema tem muitas consequências importantes, tanto que é
considerado um dos grandes princípios do Cálculo. Para entendê-lo melhor,
precisamos primeiro enunciar o seguinte teorema.
2 TEOREMAS
NOTA
O Teorema 2.6.1. (de Rolle) diz que uma curva derivável tem ao menos uma
tangente horizontal entre dois pontos quaisquer onde a curva intercepta o eixo x.
Em particular, na figura a seguir, essa curva tem três retas horizontais.
151
UNIDADE 2 | DERIVADA
FONTE: O autor
TURO S
ESTUDOS FU
O Teorema 2.6.2 (Teorema do Valor Médio – TVM) afirma que existe pelo
menos um ponto onde a tangente à curva é paralela à corda que une os
pontos P(a, f(a)) e Q(b, f(b)), conforme a figura a seguir.
FONTE: O autor
152
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
Exemplo 1:
Resolução:
Temos a = 1 e b = 3.
F(a) = f(1) = 1 + 5 =6 f(b) = f(3) = 9 + 15 =24
f’(x) = 2x + 5 f’(c) = 2c + 5
, então
2c + 5 = 9
Portanto, c = 2.
Exemplo 2:
Resolução:
153
UNIDADE 2 | DERIVADA
Vm = km/h.
O Teorema do Valor Médio garante que, pelo menos uma vez ao longo dos
4 km, o automóvel esteve a 48 km/h.
Exemplo 1:
Resolução:
Portanto, para que a caixa tenha área máxima, devemos ter x = 20 e y = 20.
Resulta um quadrado, é um caso particular do retângulo.
Exemplo 2:
Resolução:
FONTE: O autor
A(r) =
A(r)
156
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
dA
=0
dr
r=?
FONTE: O autor
ou
157
UNIDADE 2 | DERIVADA
ou .
Exemplo 3:
Resolução:
O custo médio é calculado por .
Para encontrar o menor custo médio possível, temos que encontrar o ponto
de mínimo relativo da função custo médio
Cᵐ (X) =
Cᵐ (X) =
ou
ou
Para isso temos que fazer c'ᵐ (x) = 0 e ter c''ᵐ (x) > 0
x² = 400
x = –20 ou x = 20.
158
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
Portanto, devem ser fabricadas 20 unidades para que o custo médio seja o
menor possível.
4 REGRAS DE L’HOSPITAL
Estudaremos algumas regras para o cálculo de limites indeterminados. Estas
regras baseiam-se no cálculo da derivada e são chamadas de regras de L’hospital,
em homenagem ao matemático francês Guillaume François de L’Hospital (1661-
1707).
TURO S
ESTUDOS FU
159
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 1:
Calcule .
Resolução:
Exemplo 2:
Calcule .
Resolução:
Exemplo 3:
Calcule .
Resolução:
160
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
Exemplo 4:
Calcule .
Resolução:
Exemplo 5:
Calcule .
Resolução:
161
UNIDADE 2 | DERIVADA
Exemplo 6:
Calcule .
Resolução:
LEITURA COMPLEMENTAR
Começamos nosso estudo de CáIculo com uma breve apreciação sobre seu
conteúdo e as razões de sua importância. Uma vista geral do percurso que esta à
frente pode ajudar-nos a atingir uma clareza de propósito e senso de direção que
nos serão muito úteis no meio dos muitos detalhes técnicos que constituem a parte
principal de nosso trabalho.
162
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
* Para os leitores interessados nas origens das palavras, calculus, na Roma Antiga,
era uma pequena pedra ou seixo utilizado para contagem e jogo, e o verbo latino calculare
passou a significar "figurar", "computar", "calcular". Hoje Cálculo é um método ou sistema
de métodos para resolver problemas quantitativos de uma natureza particular, como
no cálculo de probabilidades, cálculo de diferenças finitas, cálculo tensorial, cálculo das
variações, cálculo de resíduos etc. Nosso Cálculo - o ramo da Matemática que compreende
o cálculo diferencial e integral - é às vezes chamado o Cálculo, para distingui-lo de todos
esses outros cálculos subordinados.
163
UNIDADE 2 | DERIVADA
Às vezes é dito que o Cálculo foi "inventado" por aqueles dois grandes
gênios do século XVII, Newton e Leibniz**. Na verdade, o Cálculo é o produto
de um longo processo evolutivo que começou na Grécia Antiga e continuou no
século XIX. Newton e Leibniz foram homens verdadeiramente notáveis e suas
contribuições foram de importância decisiva, mas o assunto nem começou nem
terminou com eles.
Figura 2.2
164
TÓPICO 6 | APLICAÇÕES DA DERIVADA
Essa situação reflete a ideia intuitiva, que a maioria das pessoas tem de
tangente a uma curva num dado ponto como sendo uma reta que "toca" a curva
naquele ponto*. Ela sugere também a possibilidade de definir uma tangente a uma
curva como uma reta que intercepta a curva em apenas um ponto. Essa definição
foi usada com sucesso pelos gregos ao tratarem de circunferências e algumas
outras curvas especiais, mas, para curvas em geral, ela é totalmente insatisfatória.
Para compreender o porquê, considere a curva mostrada na Fig. 2.2 à direita. Ela
tem uma tangente perfeitamente aceitável (a reta debaixo), que essa definição
rejeitaria, é uma reta obviamente não-tangente (a reta de cima), que seria aceita.
FONTE: SIMMONS, George F. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Pearson Makron
Books, 1987. p. 69-72. v. 1.
165
RESUMO DO TÓPICO 6
• Estudamos o Teorema de Rolle e o Teorema do Valor Médio, este último muito
importante no Cálculo e tendo aplicações práticas.
166
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-se
das orientações dadas para o cálculo dos limites.
4) Uma caixa d’água (sem tampa) deve ter o formato de um paralelepípedo reto
retângulo, ter altura igual à largura e que a soma das áreas de suas paredes
(incluindo o fundo) seja 6 m2. Determinar suas dimensões para que sua
capacidade seja a maior possível.
5) Encontre o raio e a altura do cilindro circular reto de maior volume que pode
ser inscrito em um cone circular reto com 10 cm de altura e 6 cm de raio.
167
UNIDADE 3
INTEGRAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, apresentando as principais técnicas
de integração e aplicações de integrais definidas. Em cada tópico é apresentado
o conceito, seguido de diversos exemplos para auxiliá-lo(a) na compreensão e
resolução dos exercícios propostos.
Além disso, é apresentado um resumo do tópico e um texto complementar. Nes-
te texto é dada ênfase à personalidade matemática de Gottfrield Wiheim von
Leibniz, que contribuiu no desenvolvimento do cálculo diferencial e integral.
Assista ao vídeo
desta unidade.
169
170
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO À INTEGRAL
1 INTRODUÇÃO
2 INTRODUÇÃO À INTEGRAL
Havia outro estudo, eles investigavam áreas sob curvas, uma pesquisa que
desenvolveu o segundo ramo principal do cálculo, chamado cálculo integral.
3 INTEGRAL INDEFINIDA
Caros acadêmicos, iniciaremos o estudo de determinar uma função f(x) a
partir de um de seus valores conhecidos e sua derivada f´(x).
3_
Para a derivada da função F(x) = x², obtemos F´(x) = f(x) = 3x. Como a
2
integração é o processo inverso da derivação, deve-se obter uma função F(x) tal
que F´(x) = 3x. A função
171
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
3_ 3_
F(x) = x², é uma solução, mas existem outras, como: F1(x) = x² + 4 (F1´(x)
2 2
= 3x = f(x)).
Definição 3.1.1 Uma função F(x) é uma primitiva de uma função f(x) se
F´(x) = f(x) para qualquer x no domínio de f.
Exemplo 1:
Resolução:
2
1_
Pois, F´(x) = . 6x5 = 3x5 = f(x), satisfaz a Definição 1.1.1.
2
Exemplo 2:
Resolução:
1_
g´(x) = . 3x² + 0 = x² = f(x) e
3
1_
h´(x) = . ( x³ + 3)0. 3x² = x² = f(x).
3
Teorema 3.1.1 Se F(x) for qualquer primitiva de f(x) em um intervalo [a,
b] então, para qualquer constante c, a função F(x) + c é também uma primitiva
de f(x) em [a, b].
∫ f(x) dx.
172
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
Exemplo 3:
Calcule ∫ cos(4x)dx.
Resolução:
1_
F(x) = sen(4x) é uma primitiva da função f(x) = cos (4x).
4
1_
Então, pelo Teorema 1.1.1 ∫ cos(4x)dx = sen(4x) + c.
4
Exemplo 4:
Resolução:
Assim, ∫ 2xdx = x² + c.
FONTE: O autor
173
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
UNI
Usamos o símbolo ∫ f(x)dx para designar a integral indefinida. De acordo com esta
notação, o símbolo ∫ é chamado sinal de integração e a função f(x) integrando. O símbolo dx
que aparece no integrando serve para identificar a variável sobre a qual integraremos.
Exemplo 1:
∫ 5dx = 5 ∫ dx = 5x + c.
Exemplo 2:
Exemplo 3:
174
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
5 INTEGRAIS IMEDIATAS
A integração é o processo inverso da derivação. Assim como, na derivação,
temos “regras” de integração para funções básicas.
1) ∫ du = u + c
2) ∫ undu = + c, n ≠ -1
3) ∫ = ln|u| + c
4) ∫ audu = + c, a > 0, a ≠ 1
5) ∫ eudu = eu + c
6) ∫ sen u du = - cos u + c
7) ∫ cos u du = sen u + c
8) ∫ sec² u du = tg u + c
9) ∫ cossec² u du = - cotg u + c
14) ∫ tg u du = ln|sec u| + c
Exemplo 1:
175
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 2:
Exemplo 3:
Exemplo 4:
UNI
Exemplo 5:
Calcule .
Resolução:
176
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
Exemplo 6:
Resolução:
Exemplo 7:
Calcule .
Resolução:
177
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
UNI
Exemplo 1:
178
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
UNI
Passo 1: Faça uma escolha para u, isto é, u = g(x). A escolha deve se basear no fato de que
se quer facilitar a integração.
Passo 2: Calcule .
Passo 3: Faça a substituição u = g(x), du = g´(x) dx. Depois de feita a substituição de variável,
toda a integral deve estar em termos da variável u ; nenhum x deve continuar aparecendo.
Se isto não acontecer, deve-se tentar uma nova escolha para u.
Passo 4: Calcule a integral resultante, se possível. Neste momento, a integral resultante deve
ser uma integral imediata.
Exemplo 2:
Calcule a integral .
Resolução:
179
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 3:
Resolução:
AUTOATIVIDADE
Exemplo 4:
Calcule a integral .
Resolução:
180
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
ATENCAO
Exemplo 5:
Calcule a integral .
Resolução:
Podemos apontar dois motivos para escolher como u = x3: primeiro pelo
fato do grau ser maior (um grau a mais) que na outra função em x e o outro fato é
a comparação com a integral ∫ eu du da tabela. Fazendo a substituição u = x3, temos
du = 3x2 dx. Assim, reescrevemos a integral como:
181
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
E
IMPORTANT
Fazendo a verificação:
Veja que a igualdade foi verificada. Este é um recurso que você dispõe para
comprovar que de fato você encontrou a função primitiva através da integral.
E
IMPORTANT
Exemplo 6:
Resolução:
182
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
AUTOATIVIDADE
1) ∫ cos (5x) dx
2) ∫ cos (7x) dx
3) ∫ sen (6x) dx
4) ∫ sen (3x) dx
Exemplo 7:
Resolução:
183
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 8:
Calcule a integral .
Resolução:
Exemplo 9:
Calcule a integral .
Resolução:
184
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À INTEGRAL
UNI
Exemplo 10:
Resolução:
185
RESUMO DO TÓPICO 1
• Neste estudo inicial das integrais, aprendemos como calcular integrais imediatas
utilizando a tabela de integração.
Passo 2: Calcule .
186
AUTOATIVIDADE
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
187
Nos exercícios 13 a 20, calcule as integrais fazendo as substituições
apropriadas.
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
Assista ao vídeo de
resolução da questão 15
188
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
2 O CONCEITO DE ÁREA
No século XVII, vários matemáticos utilizavam limites para obter áreas de
figuras com contornos curvilíneos. Mas foram Newton e Leibniz que mostraram
que, se uma quantidade pode ser calculada por exaustão, então pode também ser
calculada muito mais facilmente com o uso de antiderivadas. Esse importante
resultado é denominado Teorema Fundamental do Cálculo.
O problema da área pode ser enunciado como: dada uma função f contínua
e não-negativa em um intervalo [a, b], qual a área da região entre o gráfico de f e
o intervalo [a, b] no eixo x (figura a seguir)?
FONTE: O autor
189
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
3 INTEGRAL DEFINIDA
O conjunto P = {x0 ,x1, x2, x3,..., xn-1, xn } é chamado partição de [a, b].
FONTE: O autor
[x0 ,x1], [x1 ,x2], [x2, x3],..., [xn-1, xn], onde [xi-1, xi] é o i-ésimo subintervalo de P,
e seu comprimento é ∆xi = xi - xi-1.
190
TÓPICO 2 | DEFININDO ÁREA COMO UM LIMITE
FONTE: O autor
Esta soma, que depende da partição P e da escolha dos números ci, é uma
soma de Riemann para f no intervalo [a, b].
UNI
191
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Definição 3.2.1 (Área sob uma curva) Se y = f(x) for não negativa e integrável
em um intervalo fechado [a, b], então a área sob a curva y = f(x) desde a até b será
a integral de f de a até b,
Exemplo 1:
Resolução:
192
TÓPICO 2 | DEFININDO ÁREA COMO UM LIMITE
A = 36 u.a.
UNI
Historicamente, a expressão “f(x) dx” era interpretada como uma área infinitesimal
de um retângulo de altura f(x) e base infinitesimal dx. Então, a área total sob a curva era
obtida somando essas áreas infinitesimais. O símbolo ∫ é um “S” espichado que era usado
para indicar essa soma. Para nós, o símbolo ∫ de integral e o símbolo dx podem servir para
lembrar que a integral definida é realmente o limite de somatório quando ∆xi → 0.
Teorema 2.2.1 Se f é contínua sobre [a, b], então f é integrável em [a, b].
193
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Teorema 3.2.3
(i) Se f for integrável em [a, b] e f(x) ≥ 0, para todo x em [a, b], então:
(ii) Se f e g forem integráveis em [a, b] e f(x) ≥ g(x) para todo x em [a, b], então:
194
TÓPICO 2 | DEFININDO ÁREA COMO UM LIMITE
Exemplo 1:
Resolução:
Portanto, .
UNI
Exemplo 2:
Calcule a integral definida .
195
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Resolução:
Teorema 2.4.2
Portanto,
Exemplo 3:
Resolução:
Para resolver esta integral definida, primeiro temos que reescrever a função
integrante para usar a tabela de integrais imediatas e depois o Teorema 2.4.2.
Propriedades da potência
Teorema 2.4.2
Portanto,
Definição 3.2.4 (Área líquida com sinal) Se uma função f for contínua em
[a, b], então a área líquida com sinal A entre a curva y = f(x) e o intervalo [a, b] é
definida por
196
TÓPICO 2 | DEFININDO ÁREA COMO UM LIMITE
Exemplo 4:
Use a Definição 2.4.1 para encontrar a área líquida com sinal entre o gráfico
de y = senx e o intervalo [0, 2π].
Resolução:
FIGURA 62 – GRÁFICO 2.5
Resolvemos a integral dada por
FONTE: O autor
A área líquida com sinal é nula. Isso se deve ao fato de ter duas regiões no
intervalo [0, 2π] com mesma área, sendo uma positiva (acima do eixo x) e outra
negativa (abaixo do eixo x). Essa conclusão está de acordo com o gráfico de f
mostrado na figura 61.
Exemplo 5:
Resolução:
No exemplo 2, a área obtida foi zero. Para ter a soma das duas áreas,
aplicaremos o Teorema 2.3.2 e a Definição 2.3.1. Então,
197
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
u.a.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), nas questões onde é para calcular a área total, é importante
fazer um esboço do gráfico da função para ver o posicionamento da região em relação ao
eixo x.
Exemplo 6:
Resolução:
x
-3 -2 -1 2 3
-1
-2
-3
FONTE: O autor
198
TÓPICO 2 | DEFININDO ÁREA COMO UM LIMITE
Definição 2.3.1
Teorema 2.4.2
u.a.
199
RESUMO DO TÓPICO 2
200
AUTOATIVIDADE
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Assista ao vídeo de
resolução da questão 6
201
202
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
FONTE: O autor
203
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
f(x*)
i
f(x*) – g (x*)
i
i
0 a b x 0 a b x
– g (x*)
i
x*i
∆x
FONTE: O autor
Definição 3.3.1 Se f e g são contínuas com f(x) ≥ g(x) ao longo de [a, b],
então a área da região entre as curvas y = f(x) e y = g(x) de a até b é a integral
de f - g de a até b
Exemplo 1:
Resolução:
FONTE: O autor
204
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Definição 3.1.1
Primitiva de f - tabela de
integrais imediatas
Teorema 2.4.2
Exemplo 2:
Resolução:
205
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
FONTE: O autor
x² = -x² + 4x
2x² - 4x = 0
x(2x – 4) = 0
x = 0 ou 2x - 4 = 0 ⇒ x = 2 Limites da integral definida
Definição 3.1.1
Primitiva de f - tabela
de integrais imediatas
Teorema 2.4.2
u.a.
206
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Definição 3.3.2 Se f e g são contínuas com f(y) ≥ g(y) ao longo de [c, d],
então a área da região entre as curvas x = f(y) e x = g(y) de c até d é a integral
de f - g de c a d:
Exemplo 3:
Resolução:
FONTE: O autor
207
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Definição 3.1.2
Teorema 2.4.2
u.a.
UNI
208
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
209
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
De acordo com a dica dada acima, retorne aos exemplos de cálculo de área
entre curvas e faça uso das setas para definir o modo de calcular (integrar) a área.
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
210
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
FONTE: O autor
Definição 3.2.1
Definição 3.2.2 Sejam f(x) e g(x) funções reais de variável real contínuas
em [a, b] com f(x) ≥ g(x) ≥ 0. O volume V do sólido de revolução gerado pela
rotação da região limitada em torno do eixo x pelos gráficos de y = f(x), de y =
g(x), de x = a e de x = b é dado por:
211
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 2:
Resolução:
ou
FONTE: O autor
Definição 3.3.4
Primitiva de f - tabela de
integrais imediatas
u.v.
212
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Exemplo 3:
Resolução:
Definição 3.3.5
FONTE: O autor
u.v.
Definição 3.3.6 Sejam f(y) e g(y) funções reais contínuas em [c, d] com
f(y) ≥ g(y) ≥ 0. O volume V do sólido de revolução gerado pela rotação x da região
limitada pelos gráficos de x = f(y) , de x = g(y), de y = c e de y = d em torno do
eixo é dado por:
213
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 4:
Resolução:
FONTE: O autor
Definição 3.2.4
u.v.
214
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Interpretação geométrica: Se f(x) ≥ 0 para todo x ∈[a, b], então a área sob o
gráfico de f é igual à área do retângulo de base b - a e altura f(c), conforme pode
ser observado na figura a seguir:
FONTE: O autor
Exemplo 1:
Resolução:
215
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 2:
Resolução:
Exemplo 3:
216
TÓPICO 3 | APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Resolução:
Aplicamos a técnica
da substituição
°C.
217
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos:
218
AUTOATIVIDADE
8) Calcule o volume do sólido que se obtém pela rotação da região limitada por
y = x³, y = 0 e x = 1 em torno do eixo y.
9) Calcule o volume do sólido que se obtém pela rotação da região limitada por
x² = y - 2, 2y – x – 2 = 0, x = 0 e x = 1 em torno do eixo x.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 9
219
13) Um pesquisador estima que t horas depois da meia-noite, em um
período típico de 24 horas, a temperatura em certa cidade é dada por
, 0 ≤ t ≤ 24 graus Celsius. Qual é a temperatura média na
cidade entre 6 da manhã e 4 da tarde?
220
UNIDADE 3
TÓPICO 4
MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
1 INTRODUÇÃO
Nesta seção estudaremos uma técnica de integração que está baseada na
derivação do produto. Observem o que é exposto a seguir.
Sabemos que e .
Assim, .
221
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Costumamos escrever
222
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
Exemplo 1:
Resolução:
u = x ⇒ du = dx
dv = cos x dx ⇒ v = ∫ cos x dx = sen x.
Exemplo 2:
Resolução:
u = x ⇒ du = dx
dv = ex dx ⇒ v = ∫ ex dx = ex
Exemplo 3:
223
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Resolução:
∫ In x dx = x.In x - x + c.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), observe que não há outra escolha possível para a função
u, pois, na tabela das integrais imediatas, não tem a integral ∫ In x dx.
224
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
Exemplo 4:
Resolução:
Assim,
u = 3x ⇒ du = 3 dx
dv = (x + 4)12 dx ⇒ .
225
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
ATENCAO
Observe que neste método temos que resolver pelo menos duas integrais.
E, muitas vezes, necessitaremos utilizar mais de uma técnica para calcular tais integrais:
precisaremos utilizar a integração por substituição ou mesmo aplicar novamente a técnica
de integração por partes até chegarmos a uma integral imediata (que esteja na tabela de
integração).
Exemplo 5:
Resolução:
u = x ⇒ du = dx
dv = sen(6x) dx ⇒ .
226
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
por substituição. .
Exemplo 6:
Resolução:
u = 4x² ⇒ du = 8x dx
dv = senxdx ⇒ v = ∫ sen x dx = - cos x.
227
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
u = 8x ⇒ du = 8 dx
dv = cos x dx ⇒ v = ∫ cosx dx = sen x.
228
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
3.1 m ímpar
Se m é ímpar, a potência do seno é ímpar (m = 2k + 1), podemos separar
um fator seno e utilizar a identidade trigonométrica conhecida como relação
fundamental da trigonometria sen² x + cos² x = 1. Assim, conseguimos expressar
os fatores remanescentes em termos de cosseno.
Exemplo 1:
Resolução:
229
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Portanto, .
3.2 n ímpar
Quando n é ímpar, agora a potência do cosseno é ímpar (n = 2k + 1), e
podemos separar um fator cosseno e utilizar a identidade trigonométrica cos² x =
1 – sen² x, assim expressamos os fatores remanescentes em termos de seno.
Exemplo 2:
230
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
Resolução:
Portanto, .
3.3 m, n par
231
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 3:
Resolução:
232
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
Portanto, .
UNI
Para as integrais:
233
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 1:
Resolução:
Exemplo 2:
Resolução:
234
TÓPICO 4 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO I
UNI
Observe que em situações onde o valor de n for maior que 3 é necessário aplicar
novamente a fórmula na integral do segundo membro.
Nestas integrais podem ocorrer também situações em que temos uma constante
multiplicando o argumento das funções trigonométricas. Por exemplo, ∫ sen4 5x dx. Então
o procedimento é: primeiro fazer uma substituição u = 5x e, em seguida, aplicar a fórmula
de redução.
Exemplo 3:
Resolução:
235
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
DICAS
236
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu:
Passo 2: Calcule e .
∫ u dv = u.v - ∫ v du.
Passo 5: Se a integral do segundo membro não ficou como uma integral imediata,
então aplique alguma técnica conveniente.
237
Estudou a técnica de integração trigonométrica. As fórmulas de redução
238
AUTOATIVIDADE
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
Assista ao vídeo de
resolução da questão 6
239
Nos exercícios 11 a 16, calcule as integrais trigonométricas.
11)
12)
13)
14)
15)
16)
240
UNIDADE 3
TÓPICO 5
MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
1 INTRODUÇÃO
p(x)
Uma função da forma ____
q(x) , onde p(x) e q(x) ≠ 0 são polinômios, é chamada
p(x)
de função racional. Tecnicamente, é possível escrever qualquer expressão ____ q(x)
como uma soma de expressões racionais cujos denominadores envolvem potências
de polinômios de grau não superior a 2.
241
FATOR LINEAR.
Exemplo 1:
Calcule .
Resolução:
242
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
Portanto,
Exemplo 2:
Calcule .
Resolução:
243
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Portanto,
Exemplo 3:
Calcule .
Resolução:
244
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
Portanto,
onde A1, A2, A3, ... Am, B1, B2, B3, ... Bm são constantes a serem determinadas.
Exemplo 4:
Calcule .
Resolução:
245
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Portanto,
Exemplo 5:
Calcule .
Resolução:
Assim,
246
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
Portanto,
3 INTEGRAIS IMPRÓPRIAS
247
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
UNI
Quando este limite existir, dizemos que a integral imprópria converge, e o limite é
definido como sendo o valor da integral. Quando o limite não existir, dizemos que a integral
imprópria diverge, e não é atribuído nenhum valor real. Isto se aplica a todo tipo de integrais
impróprias.
Exemplo 1:
Resolução:
y
3
1
x
-1 1 2 3 4 5
FONTE: O autor
248
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
Exemplo 2:
Resolução:
249
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
Exemplo 3:
Resolução:
Definição 3.5.4 Se f for contínua no intervalo [a, b], exceto por uma
descontinuidade infinita em b, então a integral imprópria de f no intervalo [a, b]
é definida por:
Definição 3.5.5 Se f for contínua no intervalo [a, b], exceto por uma
descontinuidade infinita em a, então a integral imprópria de f no intervalo [a, b]
é definida por:
.
FIGURA 77 – GRÁFICO 5.2
Exemplo 4:
Resolução:
250
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
UNI
251
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Sabemos hoje que isto não teria sido possível, dado que Leibniz, durante
aquela visita a Londres, não possuía conhecimentos de geometria e análise
suficientes para compreender o trabalho de Newton.
252
TÓPICO 5 | MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO II
( derivada do quociente)
dxn = n xn-1
253
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO
É sabido que Leibniz era capaz de ficar sentado na mesma cadeira por vários
dias, pensando. Era um trabalhador incansável, um correspondente universal -
ele tinha mais de 600 correspondentes. Era patriota, cosmopolita e um dos gênios
mais influentes da civilização ocidental. Em julho de 1716 adoeceu, ficou então de
cama até a sua morte, no dia 14 de novembro, em Hannover, Alemanha.
254
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico estudamos e vimos que:
ou
255
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudado. Lembre-
se das orientações dadas para o cálculo das integrais impróprias.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
256
REFERÊNCIAS
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. Porto Alegre: Bookman, 2007. v. 1.
LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra,
1994. v. 1.
257
ANOTAÇÕES
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258
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259