O Diagnóstico Da Situação Atual Como Problema Ético
O Diagnóstico Da Situação Atual Como Problema Ético
O Diagnóstico Da Situação Atual Como Problema Ético
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. OBJECTIVOS....................................................................................................................5
3. METODOLOGIA...............................................................................................................5
4. REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................................6
4.3. Principais teorias éticas apresentadas pelo autor e suas teses centrais........................7
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
O tema Desafios da Ética Contemporânea é um tema cadente que se apresenta talvez como o
problema mais importante para o início do terceiro milênio. Entre os muitos desafios que, de
facto, o mundo contemporâneo nos apresenta, há que se concentrar especialmente em três:
um primeiro, provocado pela mesma estrutura da ciência moderna e que exige uma ética da
ciência; um segundo, consequência do anterior, provocado pelo impacto da ciência e da
técnica na acção dos homens e que exige uma ética da solidariedade universal; e um terceiro,
provocado pelo fenômeno da globalização e que exige uma resposta ético-política capaz de
responsabilizar-se pelas consequências de nossas acções a nível planetário.
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2. OBJECTIVOS
3. METODOLOGIA
Para a realizaço deste trabalho que é um resumo sobre o artigo escrito pelo Prof. Dr. Pe.
Manfredo Araújo de Oliveira, foi usada uma única bibliografia fazendo referência ao artigo
do mesmo.
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4. REVISÃO DA LITERATURA
A ética contemporânea está acompanhada por várias reflexões históricas. Isto acontece
porque o homem ao longo da história vem evoluíndo na parte científica e como
consequência, as questões éticas que eram postas em um contexto de relações mais próximas
e mútuas, hoje em dia são postas em um contexto técnico-científico. Com a evolucção na
parte científica, o homem adquiriu um poder muito grande de interferência na ordem natural
das coisas, poder este que é também maior em relação a moral, o que impossibilita esta
mesma moral regular a civilização com a mesma eficiência que o fazia nos tempos passados.
Esta desproporcionalidade é evidentemente mostrada através de uma símples reflexão sobre
como o homem tem lidado com as vária situações do quotidiano como as guerras, a
destruição do ecossistema, a interferência nos processos quimicos responsáveis pelas
mudanças naturais no ser humano decorrentes da idade ou de processos biológicos.
Com isso o homem tem a sensação de ter se transformado no principal agente que tem o
destino em suas mãos que é capaz de submeter a natureza aos seus mandos e desmandos. De
alguma forma, a tecnologia avançada é sim capaz de destruir todo o ecossistema da terra, mas
o homem está se mostrando incapaz de reverter ou de por um fim neste espantoso progresso
cujo preço não só é a destruição da natureza, mas também de si próprio.
Ao analizarmos o contributo H. Jonas, ele diz que uma das possibilidades de resultado desta
análise é o colapso social e ecológico. Em outras palavras isto é uma referência que afirma
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que é um problema ético para o ser humano enquanto tal, pois os problemas fundamentais do
nosso tempo dizem respeito à humanidade como um todo. De um lado, o homem usa sua
brilhante inteligência para alargar freneticamente as possibilidades da acção humana e, gera-
se a partir daí uma necessidade de regrar o uso efectivo do potencial natural. Mas em termos
de eficácia, isto não funciona pois acaba se reduzindo apenas a controle de fenómenos e põe
em dúvida a possibilidade de uma verdade objectiva. Vive-se assim um cenário de ‘’vácuo
ético’’.
E. Levinas fala dos acontecimentos que foram marcantes no século XX como sendo os que
levaram o homem à crise de racionalidade e à perda de sentido deixando o homem sem rumo
e sem orientação na vida individual e colectiva.
Para Maclntaire, temos hoje uma competitividade entre as teorias morais, o que as tornam
incapazes de resolver os problemas morais actuais, o que nos conduz a dilemas insolúveis e
nos tornamos incopetentes na formulação de critérios morais coerentes nos levando ao caos
da moralidade contemporânea. Nossa cultura não conseguiu resolver os seus problemas
práticos e filosóficos.
4.3. Principais teorias éticas apresentadas pelo autor e suas teses centrais
4.3.1. Éticas deontológicas
racional através do retorno reflexivo do discurso humano sobre si mesmo. Numa palavra,
entre as condições transcendentais de sentido e validade de argumentação sensata está uma
norma que é fundamental para todo uso da razão: a reciprocidade dialógica universal, que
implica que todo aquele que argumenta tem o direito de legitimar estas pretensões pela
mediação de um discurso responsável frente a si mesmo e aos outros.
A ética do discurso reconhece que todos na qualidade de sujeitos têm o direito de levantar
questões e trazer à tona bons argumentos e não aceitar nenhum acto alheio à argumentação,
ou seja,a exclusão da violência e a utilização do diálogo para resolver todas as suas
pretensões em todos os seus níveis.
Para este mesmo autor, este é o resultado da crise da cultura iluminista moderna o que nos
deixa diante de um dilema: “ sustentar o projecto nietzseheano de uma crítica radical da
moralidade ou retornar a prespectiva da ética aristotélica das virtudes como forma de
devolver coerência e racionalidade ao desacordo moral que reina na cultura moderna”.
Ética da alteridade de Levinas: apesar das boas intenções, a ética permanece sempre à
mercê de jogos de vencedores e a civilização ocidental essencialmente egoísta e penetrada de
violência. Impõe-se aqui uma ruptura com a velha ordem e inicia-se a articulação de um novo
ponto de partida: a experiência originária de que o ser humano encontra seu sentido maior em
sua relação com o outro ser humano, seu próximo, numa relação responsável de tal modo que
o outro não seja integrado no mesmo.
A ética se instaura, portanto, na relação inter-humana, ela é então essencialmente uma ética
da alteridade e constitui o sentido profundo do humano, precedendo a ontologia e enquanto
tal é a filosofia primeira.
Ética da libertação de E. Dussel: E, Dussel vai insistir que o centro da ética é um critério
material universal, tendo por referência última toda a humanidade. Para Dussel se trata, no
núcleo da ética, da passagem de enunciados descritivos para enunciados normativos pela
mediação de uma fundamentação dialéctico-materialista de juízos normativos a partir de
juízos de facto sobre a vida. O procedimento de fundamentação, enquanto dialéctico, não é
dedução formal, como é o caso da falácia naturalista denunciada por Hme.
Utilitarismo: o utilitarismo constitui uma família de éticas com alguns aspectos gerais
comuns a todas elas como, por exemplo, a ideia de que a ética tem a ver com o bem-estar das
pessoas, que a qualidade moral de nossas acções depende de suas consequências, que o bem
dos individuos em questão deve ser maximizado e seu sofrimento minimizado, que a ética diz
respeito a todos os indivíduos capazes de sentir e sofrer.
Ética da responsabilidade de H. Jonas: H. Jonas põe no centro da sua reflexão ética a ideia
de que o ser humano é o único ser que, por ter conhecimento e vontade, pode ter
responsabilidade, o que pressupõe a capacidade de escolha entre alternativas. A
responsabilidade se revela assim uma consequência necessária da liberdade.
Para H. Jonas, sou responsável diante de ser em sua totalidade de tal forma que a
responsabilidade é a mediação entre dois polos constituidos de toda acção: a liberdade e o
carácter valorativo do ser.
Ética intencionalista-teleológica de V. Hosle: para ele, a ética é uma disciplina racional que
possui proposições normativas e avaliativas. Em relação a elas se põe a questão de sua
verdade ou falsidade se tornando central a questão de validade das sentenças éticas, que não
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pode ser decidida a partir de factos, pois estes em princípio podem ser sempre postos em
questão em relação à sua validade.
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS