Filosofia - OAB 1 Fase
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NOBERTO BOBBIO
CRÍTICAS AS CARACTERÍSTICAS DE KELSEN:
a) Unidade: ele acredita que a primeira norma existente decorreu unicamente
do ato de força social e não de uma norma fundamental;
b) Completude: ele entende que existe sim lacunas na norma e elas são de
forma variada, inclusive lista quais são, como, por exemplo, a lacuna
ideológica em que o juiz ao aplicar a lei ao caso concreto entende que aquela
norma é injusta e não atende aos preceitos do direito, por isso ele cria uma
nova norma, através do processo de integração;
Antinomias Aparentes: são aqueles conflitos que podem ser resolvidos por
três critérios: Especialidade: a norma específica predomina sobre a geral;
Hierárquico: a norma superior predomina sobre a inferior; Cronologia: a
norma anterior predomina sobre a posterior.
e) Princípio da Utilidade: com base na tese, conclui-se que, de acordo com esse
princípio, ação útil é aquela que proporcione o máximo de felicidade para
maioria da sociedade.
OBS.: Uma minoria defende que Mill se aproxima mais da visão de Justiça de
Kant do que do Utilitarismo, mas não devemos considerar isso.
Ou seja, se ilícito ocorre, você já sabe qual a consequência (a sanção) que precisa
ser aplicada.
*Kelsen no início da vida também tinha essa ideia de juízo hipotético, mas depois
passou para a ideia de norma como imperativo (2º KELSEN – IMPERATIVO).
3) DA NATUREZA SANCIONATÓRIA:
BOBBIO → entende que as sanções existentes não possuem o único caráter de
intimidar, de coagir, de punir alguém, mas existem sanções que vão ter natureza
premial, ou seja, preveem que se você cumprir aquilo que a norma fala você vai
receber uma bonificação, para induzir você a agir de acordo com a lei, inclusive,
Bobbio entende que as sanções premiais devem prevalecer.
KELSEN → só enxerga a sanção como punitiva.
Jeremy Betham – Mínimo Ético: entende que dentro das normas éticas estão
contidas as normas morais e dentro destas as normas jurídicas, ou seja, “toda
norma jurídica é uma norma moral, mas nem toda norma moral é jurídica”.
Immanuel Kant: para este autor, há uma intersecção entre as normas jurídicas e
morais, de forma que há uma parte que a moral influencia o direito e vice versa e
outra em que cada uma delas são autônomas.
Hans Kelsen: acredita que o direito é completamente autônomo da moral e,
além disso, é o direito que decidirá se será ou não influenciado pela moral e não
o oposto.
DISTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL:
Samuel Rutherford: ele realizou a distinção entre teologia moral (normas
morais) e direito natural (normas jurídicas) da seguinte forma:
Moral: regula o comportamento humano no âmbito interno (pensamentos,
ideias, desejos, etc);
Direito: regula o comportamento humano no âmbito externo (ação e omissão).
Hart: só para frisar que ele também se baseia na ideia de Samuel de fazer a
distinção através do âmbito do comportamento.
Miguel Reale:
Hans Kelsen:
Moral: não coercível;
Direito: coercível.
Coatividade X Coercibilidade:
Coatividade: uma vez descumprida a norma, é certo que será aplicada uma
sanção.
Coercibilidade: contra toda norma jurídica, EM TESE, que for descumprida
pode ser aplicada uma sanção (possibilidade).
OBS.: REALE: concorda com essa ideia, mas não entender ser suficiente para
diferenciar direito e moral.
Carlos Cossio:
Moral: regula interferências subjetivas;
Direito: regula interferências intersubjetivas.