ETICA
ETICA
ETICA
3º Ano
O presente trabalho versa sobre ética como sendo o conhecimento, a teoria ou a ciência do
comportamento moral e aceite que os nossos comportamentos são manipulados pelos valores
e costumes aceites na nossa sociedade e comunidade, pelo mundo em geral, havendo aspectos
que na prática nos dividem, isso denomina-se ética ou moral. Actualmente fala-se bastante
sobre a perda de valores morais, esta discussão leva a reflectir sobre as noções de ética e
moral, desta forma, este trabalho visa compreender o conceito da ética e moral, identificando
as suas semelhanças e diferenças e por fim analisar a livre vontade do agir Humano. Sendo
este um tema de grande valor pois assume um real significado para os grupos humanos que
vivenciam a ética revelando um carácter social. E sendo o nosso pais multicultural, onde cada
cultura tem seus hábitos e costumes é importante realçar o agir dos moçambicanos num todo.
2. Objectivos:
2.1.Objectivo Geral
2.2.Objectivos Específicos
Sendo este um tema de grande valor pois assume um real significado para os grupos humanos
que vivenciam a ética revelando um carácter social. E sendo o nosso pais multicultural, onde
cada cultura tem seus hábitos e costumes é importante realçar o agir dos moçambicanos num
todo.
4. Metodologia
5. Revisão da bibliografia
5.1.Conceito de Ética
Ética é uma palavra de origem grega com duas interpretações possíveis. A primeira é a
palavra grega éthos, com “e” curto, que pode ser traduzida por costume. A segunda também
se escreve éthos, porém com “e” longo, que significa propriedade do caráter.
De acordo com Cotrim (2002), a ética é um estudo reflexivo das diversas morais, no sentido
de explicitar os seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência
humana que sustentam uma determinada moral. p.(13)
Para Cordi (2003), a ética não diz o que deve e o que não deve ser feito em cada caso
concreto, isso é da competência da moral. A partir dos factos morais a ética tira conclusões
elaborando princípios sobre o comportamento moral.
Para abordar o tema em questão, é importante descrever sobre seu surgimento para uma
melhor compreensão do significado e abrangência dessa palavra. A Ética teria surgido com
Sócrates, quando o filósofo investiga e explica as normas morais que o leva a agir não só por
tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.
(TADÊUS;CUNHA,2009,p.143).
5.2.Conceito da Moral
A palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Pode-se descrever então que
moral são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um equilíbrio entre os
anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta moral, que é a
orientação para os actos segundo os valores descritos pela sociedade.
De acordo com Cotrim (2002), a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que
orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada
comunidade ou grupo social.
A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que
também significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido
etimológico, no qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo
com o que é bem quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral,
onde se busca entender os sentidos dos valores morais.
Tanto a ética quanto a moral são assuntos que devem ser trabalhados no ambiente escolar com
o intuito de nortear o comportamento dos indivíduos na sociedade em que vivem. Por ser a
escola a verdadeira formadora de cidadãos, cabe-lhe a tarefa de orientar o comportamento
ético e moralista dos seus educandos. A partir do momento em que o indivíduo não adulterar
documentos ou produtos para obter vantagens, tratar as pessoas com respeito, não falar
palavrões etc., estaria cumprindo com as normas da ética e da moral adquiridas na instituição
educacional. . (CANIVEZ, 1991, p. 33).
Admite-se que a ética esteja consagrada no bojo da família, da escola e da comunidade por ser
a base de uma sociedade mais justa e igualitária e que, portanto, carece de um olhar humano
mais aprofundado, pois ela é uma forma racional humana de viver em harmonia com outros
humanos.
6.1.Definição de vontade
É observada como uma faculdade própria de agentes racionais para escolher um curso de
acção entre algumas alternativas que significa a possibilidade de uma autodeterminação
interna sem obstáculos de uma pessoa na realização de determinados objectivos e actividades.
Hegel (2003), concebe a vontade como sendo um conceito fundamental de sua filosofia do
espirito objectivo, é ai que entra sua concepção característica de liberdade. Acresce que a
vontade tem como finalidade a realização do seu conceito, a liberdade no aspecto objectivo.
(p.7)
Para Hegel (2005), a livre vontade inclui de início em si mesma, as diferenças que consistem
a liberdade é a sua determinação e seu fim, o agir humano tem como finalidade o “bem”.
O ser livre não é aquele que age sem lei alguma, mas aquele que impõe a si mesmo a sua
própria lei. Em consequência, um ser livre é um ser racional e vice-versa. A vontade é um
modo de causalidade próprio dos seres racionais. A liberdade é uma propriedade da vontade.
O que é livre ou não é a vontade. A vontade é livre quando se autodetermina. Uma vontade
livre é uma vontade autónoma.
O homem não vive sozinho, pois, como ser humano, coexiste com os seus hábitos, costumes,
tradições, sonhos, trabalhos dentro duma ordem social e moral, onde os seus acto9s desde que
visem o bem são tidos como éticos.
Logo todos os seus actos devem alicerçar em actos éticos, com princípios que a fundamenta
para que possa exteriorizar o seu comportamento moral.
O agir humano em caso especial de Moçambique centra se em vontade ética, Acção reflexa,
tendência ética e instinto ético.
6.3.Vontade Ética
6.4.Acção Reflexa
Cada época influencia na educação que pais ensinam a seus filhos, de acordo com factores
sociais, políticos, econômico, tecnológico, etc., mas os princípios morais e éticos seguem uma
linha de conservadorismo na formação do carácter, entretanto o rigor imposto fornece
profundas impressões cerebrais, que possam comandar os actos reflexos com grande poder.
Existem muitos casos de filhos que seguem o exemplo dos pais, o qual o pai educa e ensinam
seus filhos de acordo com seu ambiente de trabalho, um exemplo pode ser o de um militar;
nesses casos a tendência das acções reflexas se potencializa, e existem muitos casos de filhos
que sucederam seus pais em suas profissões. Em muitas nações, essa sucessão de
desempenhos e de ética ocorre há milênios, o filho “imita” o pai, de tal forma, que suas
atitudes habituais tornam-se automáticas, por efeitos reflexos acentuados.
Deste modo, entende-se que as normas e os usos e costumes estabelecem, o que o cérebro já
tinha absorvido desde a fase de criança, pela educação recebida. Por isso, o efeito educacional
esta fortemente, instalado em nosso inconsciente que passou a promover acções reflexas,
como se fosse acções naturais.
6.5.Tendência Ética
Muitos estudiosos admitem que a tendência provenha de descendestes, genes, por outro lado,
espiritualistas, acreditam que é como uma reencarnação; de modo geral as causas
permanecem no campo da polémica e dos diversos critérios de estudiosos.
Existem tendências que nasce com as pessoas e outras derivadas de hábito e observação que
ligam virtudes naturais do individuo com as exigíveis para desempenho de certas tarefas.
Quem gosta de determinado trabalho procura inteirar-se de todos os assuntos a que o mesmo
diz respeito, ou com objectivo de seguir os ensinamentos, para próprio beneficio.
Portanto, o desejo de andar correctamente e praticar bons hábitos, está directamente ligado a
formação natural de alguns seres, e quando sua educação já é recebida conforme uma
profissão específica, o ser torna-se um exemplo ético a ser seguido por outros. Sem esquecer
que cuidados também são necessários, pois o que é demais também prejudica; principalmente
excesso de rigor e radicalismo.
7. Instinto da Ética
O instinto ético usa a ética como um meio, e não como um fim. É difícil perceber diferenças
entre agir por impulso, agir por reconhecer e agir por intenção natural. O instinto não provém
de algo que se recebeu nem do que se escolheu, mas de uma disposição natural, biológica, de
autoconservação pela prática de uma acção, sendo estável em sua manifestação. De maneira
geral, o instinto não se caracteriza por uma acção ao individuo, mas sim por uma ação que
liga o ser a todos os ensinamentos recebidos.
As teorias sobre conduta são milenares; os seguidores dos filósofos gregos já a possuíam;
enfatizavam que o primeiro cuidado do ser é preservar-se em seu meio, entende-se que seu
sentido é amplo, mas inserido o ético. Após anos de estudos se admitiu, no campo da moral e
da ética que a acção humana instintiva de preservação do ser em seu grupo, traz harmonia
dentro de sua comunidade. Quando se intensificou os estudos, muitas teorias foram
estabelecidas e continuam em evolução, por exemplo, no campo da psicologia, sobre o
comportamento humano, inclusive o instinto ético.
Foi ilustrado precedentemente que a vontade é vista como o aspecto prático do espírito, por
outro lado é o posicionamento de diferenças e autodeterminação em relação ao mundo
externo. A esfera de actividade, acções e os elementos que determinam os diferentes modos
da vontade são: a universalidade enquanto infinito abstracto e indeterminado; particularidade
na sua reflexão sobre si e o regresso para a universalidade ou a singularidade. Neste sentido, a
singularidade aparece como um conceito concreto onde “a universalidade e a particularidade
apareceram como os momentos do devir” (HEGEL, 2011, p.224). A partir deste momento a
vontade é em si mesma.
Hegel passa, então, a considerar os diferentes tipos de conteúdo da vontade, revelando que
“este conteúdo, isto é, as diferentes determinações da vontade começam por ser imediatas”
(HEGEL, 2003, §10), consistindo nas coisas que se apresentam para nós com base em nossos
impulsos, é uma vontade “imediata ou natural”. Nesse momento a vontade é relacionada aos
impulsos, desejos e inclinações, que determinam amplamente nossa conduta na infância. Nela,
o sujeito que deseja é capaz de identificar-se como tal, mas não é capaz de conceber o
conteúdo da vontade (os desejos, impulsos e inclinações) como produtos seus. Para Hegel, a
vontade natural é uma vontade somente livre em si e finita dentro de si.
A liberdade nessa determinação é bastante rudimentar, pois se levanta a questão de dizer que,
ser imediatamente determinado por nossos impulsos, desejos e inclinações é antes uma forma
de determinação ou liberdade negativa. Sendo que a ideia é a verdade, se um objecto ou uma
determinação são concebidos, restritos à pura existência em si, o intelecto limita-se ao
abstracto da liberdade sem alcançar a sua ideia e a sua verdade.
A vontade é livre em si mesma, pois tem potencial para ser livre. Os impulsos, desejos e
inclinações podem ter relação com vários objectos e podem ser compreendidos de várias
maneiras. Para essas inclinações naturais, o “eu” tem a potencialidade de dizer não devido a
sua natureza abstracta que tem a possibilidade de decidir na vontade natural e vai exigir uma
decisão do indivíduo que deseja.
Terminada a investigação conclui-se que, embora os dois termos (ética e moral) estejam
inseridos na área do comportamento humano, eles não são termos equivalentes sendo um erro
utilizá-los como se fossem sinónimos. A configuração principal da ética é solucionar conflitos
de interesses, baseando em argumentos universais. A ética tem seu impasse, pois o que é
considerado ético para um grupo, não é para outro. No que concerne a livre vontade do agir
humano, tem-se essas articulações filosóficas: o Homem é, pensa, decide e age. O homem
agindo faz, faz porque decide, decide porque pensa, pensa, porque é.
BOBBIO, Norberto. A Era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho.Nova ed, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.
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Acessado em 05 out. 2017.
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05 out. 2017