Sebenta de Etica
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SEBENTA DA CADEIRA
DE
LUANDA 2024
Prof. Msc: Celestino António Buca 2023-
2024
Conteúdo
CAPÍTULO – I CONSIDERAÇÕES HISTÓRICO-CONCEITUAIS SOBRE A
ÉTICA …………………………………………………………………………………. 5
1.1. 5
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INTRODUÇÃO
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1. Conceitos Fundamentais
A ética que, na presente obra constitui o objecto da nossa reflexão, não foi
estudada na mesma proporção, em todas as idades históricas existentes, nomeadamente,
a Antiga, Média, Moderna e a Contemporânea, porque cada uma destas idades, segundo
o testemunho da história, foi dominada por um pensamento especifico.
Idade Antiga: A barca o período que se estende desde a invenção da escrita (de
400 a.C a 3500 a.C), até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d. C), que tinha
Roma como Capital. Diferentes povos se desenvolveram nesta idade com destaque para
as civilizações do Egipto, Mesopotâmia, China, Grécia, Roma, os Hebreus, os Fenícios,
alem dos Celtas, Etruscos, dos povos germanos, etc. (DOS SANTOS, 2016)
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Sócrates: Mondim (1982), faz-nos perceber que é um filosofo grego, que nasceu
em 470 a. C. e morreu em 399 a. C. O seu testemunho de vida e ensino, possuíam uma
dimensão transversal que continua a servir de garante na produção cientifica da era
actual, com destaque para os campos filosófico, ético e politico.
Refere-se que a ética Socrática tinha a virtude como o centro das atenções, que
se define como uma disposição para praticar o bem, suprimir os desejos despertados
pelos sentimentos, racionalizando as acções em benefício da colectividade. Defendia a
cultura da promoção de valores como o bem, a virtude, a justiça e a sabedoria, como
elementos indispensáveis para uma vida sadia e harmónica em sociedade. Identificou a
virtude na condição de conduta recta, como sendo sinónimo de sabedoria e a felicidade
como fim último da vida humana em sociedade. Considerava a ética como uma área do
saber que subsidiava a politica na assunção de comportamentos dignos à convivência
entre os homens e sobretudo no exercício de boa cidadania.
Sócrates foi uma personalidade que viveu todas as perturbações políticas do seu
tempo, bateu-se com coragem pela sua cidade e levou a sua inquietante originalidade ao
extremo de aceitar voluntariamente uma sentença iníqua, era um falador incasável que
se imaginava vendedor de felicidade e de bem-estar e que na realidade, era um hábil
maçador sempre a pregar a virtude e outras coisas fastidiosas.
Platão é para Luckesi (2011) um filosofo grego que nasceu no ano 427 a. C. e
morreu em 347 a. C.
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Para Mondin (1982), Aristóteles tornou-se célebre especialmente por suas obras
filosóficas. Como mais importantes podemos citar a Metafisica (14 livros), a Fisica (8
livros), a ética a Nicómaco (10livros), a politica (8 livros), o Da Alma (3 livros), o Da
Geração e da corrupção (2 livros) e a poética (1 livro incompleto).
Diz ainda Mondin que, Aristóteles, foi um filósofo que igualmente se revia no
chamado princípio teleológico segundo o qual, toda a acção do homem tem em vista um
fim que se identifica com o bem. Defendeu a felicidade como valor supremo em torno
do qual gravita a meta do esforço do homem sobre o cosmos. Enfatizou também que,
Aristóteles considerou a felicidade como fim último da vida social, cujo meio que leva o
homem a alcança-lo é a virtude, enquanto hábito de escolher o justo meio. Dividiu
assim, a virtude em duas vertentes seguintes:
Fazendo uma análise ao pensamento dos referidos filósofos, pode-se retirar quatro
lições resumidas no seguinte:
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A terminar e para evidenciar o quão era importante a ética na vida do povo heleno,
Rocha (2010), defende o seguinte:
A ética tinha entre os gregos, uma relação muito estreita com a politica tendo
como base a cidadania e a forma de organização social. Atenas era o ponto de encontro
da cultura grega onde nasceu uma democracia com assembleias populares e tribunais e
as teorias éticas incidiam sobre a relação entre cidadão e a polis em que a conduta do
indivíduo era determinante para se alcançar o bem-estar colectivo. Apesar das
diferenças conceptuais das várias correntes filosóficas, pode dizer-se que todas têm um
denominador comum: o homem devera por os seus conhecimentos ao serviço da
sociedade, de modo a que cada um dos seus membros possa ser feliz. A ética na
civilização grega, era apenas normativa, limitando-se a classificar os actos humanos
como correctos ou incorrectos e adequados ou inadequados a uma determinada situação.
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atenções sobretudo devido ao poderio que a Igreja Católica havia conquistado nível
mundial tal como reza a historia.
Vale lembrar que, por força maior da visão teocêntrica, to pensamento dos
pensadores da época girou em torno da defesa da omnipresença divina nas
multifacêticas áreas do saber. Como prova da situação, o Estado subordinava-se a
Igreja, o que significa que a politica andou de mãos dadas e a mercê da religião, a
filosofia à Teologia e ética finalmente subordinava-se a moral cristã.
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Refere-se que na sua visão sobre a ética, S. Tomas de Aquino defende Deus
como fim supremo e da felicidade, alegando que para o ser humano atingir a felicidade
ou o fim supremo, são necessárias não somente as virtudes intelectuais e morais ou
cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança), mas também e sobretudo as
virtudes teologais (fe, esperança e caridade). Para que possa ser considerada boa a
vontade deve conformar-se à norma moral que se encontra nos seres humanos como
reflexo da lei eterna da vontade divina.
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Considera ainda Luckesi que, Maquiavel nasceu numa época em que a liberdade
de pensamento pesquisa e o estado nação em substituição das Cidades estado já eram
realidades sonantes. Tal é assim que, aos 29 anos de idade, foi nomeado Secretario da
Segunda Chancelaria da República e Secretario do Conselho dos Dez da liberdade e
paz-comissão de negócios estrangeiros e questões militares. Caído em desgraça na era
em que o governo florentino encontrava-se sob responsabilidade dos médicos, publicou
em 1531, a sua obra magna conhecida por O príncipe, cujo titulo verdadeiro é dos
principados, onde manifestou de forma sabia e sistemática, as estratégias inerentes a
conquista, exercício e manutenção do poder.
Quando em 1512, e com a ajuda do Papa Júlio II, os medicis foram reinvestidos
no poder em Florença, a carreira de Maquiavel teve um fim súbdito. Foi destituído de
todos os seus cargos e proibido de sair do território florentino. Sem fonte de sustento,
retirou-se para a quinta da família em Percussina, alguns quilómetros a sul de Florença,
onde começou a ler livros de História e biografia das grandes figuras de Roma e Atenas
antigas, aliado a grande experiencia que acumulara em matérias de governação. Assim,
tornou-se homem de letras, escreveu a história de Florença, obra que por ironia do
destino, havia sido encomendada pelos Médicis e outros textos entre os quais A Arte da
Guerra, a única das obras de carácter histórico ou politico que foi publicada no seu
tempo de vida (O príncipe, 2012, xviii).
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verdade é que, para manter a ordem e paz, bem como preservar a honra do seu estado,
poderá ser necessário agir de modo tal que, como cidadão comum jamais agiria.
Para Mondin (1982), as doutrinas ética e jurídica de Kant, são expostas na critica
da razão pratica e nos fundamentos da metafísica dos costumes. Por razão pratica,
entende a razão na função de ditar a vontade e a moral. Enquanto as outras concepções
éticas são chamadas teleológicas porque tem o bem como fim supremo. Assim, a moral
de Kant é deontológica porque tem o dever como palavra-chave, e esta expressa num
princípio conhecido por Imperativo categórico, resumido no seguinte:
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Quanto a universalidade da lei: Age de tal modo que a máxima da tua acção
possa sempre valer também como princípio universal da conduta.
Quanto a humanidade como fim: Age de modo que trates a humanidade, na tua
pessoa como na dos outros, como fim e nunca como meio;
Quanto a vontade legisladora universal: Age de tal modo que a tua vontade,
possa considerar a si mesma como instituidora de uma legislação universal, isto
é, age segundo máximas tais que a vontade de qualquer homem, enquanto
vontade legisladora universal possa aprova-las.
Refere-se que, a ética kantiana também conhecida por ética deontológica porque
se baseia no dever, dispõe no nosso ponto de vista de uma vontade firme que se prende
com a prática de um bem valido benéfico não só ao agente da acção, como também aos
seus destinatários.
Esta visão kantiana, de querer o bem colectivo, serviu de base para outros
pensadores que tanto contributo deram para o desenvolvimento da humanidade, a
exemplo do filósofo alemão Hans Jonas, que na sua obra princípio da responsabilidade,
publicada em 1979, procurou de forma sabia e sistemática adaptar o Imperativo
Categórico kantiano da seguinte maneira: actuar de tal forma que os efeitos de suas
acções sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana genuína na terra
futuramente.
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Segundo Silva (2010 152 – 153), John Stuart Mill, actualizou o epicurismo,
ligando-o à doutrina ética defendida pelo seu padrinho Jeremy Bentham: o objectivo da
ética é a maior felicidade para o maior número possível de pessoas. Os dois pensadores
são considerados os inspiradores do ideal aritmético e tecnológico de justiça social, isto
é de utilitarismo social, político e ético.
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Princípio da liberdade: cada pessoa tem um igual direito a um sistema
plenamente adequado de liberdades e de direitos fundamentais, iguais para
todos e compatível com o mesmo sistema para todos;
Princípio da diferença: as desigualdades sociais e económicas devem cumprir
duas condições para serem admissíveis;
a) Ligarem-se a funções e posições abertas a todos em condições de justa igualdade
de oportunidades;
b) Servirem para o maior benefício dos menos favoráveis.
Orientar a vida do homem em sociedade, para uma conduta aberta à prática das
virtudes bem, de modo a mitigar o fenómeno da propagação de conflitos no
mundo, por razões de natureza politica, cultural, económica, social, religiosa e
financeira.
Ensinar o homem a aprender a ser e estar, respeitando-se como pessoa e
respeitar os outros como pessoa portadoras de dignidade, em prol da cidadania.
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Segundo Rocha (2012), concorrem para tal desafio normativo do homem, quatro
ordens que integram a chamada categoria das normas de conduta social nomeadamente:
Ética Geral: estuda o conjunto de princípios gerais que regem a conduta humana
em sociedade.
Ética Especial: estuda princípios que regem a conduta de um profissional numa
área específica. Dito de outro modo, corresponde a ética aplicada a uma
determinada área ou profissão.
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Deontologia: para Rocha (2010), vem do grego deon ou deonthos que significa
dever e logos que equivale a tratado ou ciência. É o tratado ou conjunto de deveres,
princípios e normas adoptadas por um determinado campo profissional. O termo como
tal foi introduzido por Jeremy Bentham, em 1834, para referir-se ao ramo da ética cujo
objecto de estudo são os fundamentos do dever e as normas morais.
Bioética: segundo Bento (2008), vem do grego bios que significa vida ethos
relativo a ética. É a ciência que regula o comportamento humano no campo da vida e da
saúde à luz de valores e princípios morais racionais.
Assim, a Bioética, é um ramo da ética especial ou aplicada, que tem no seu bojo
a manifestação apologética do bem vida, apelando para o efeito a parcimónia na
operacionalização das proezas científicas, de modo a se evitar situações desastrosas da
profissão inerente ao ramo da saúde na vida social.
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Os estudos sobre a ética tal como se fez referencia nos pontos anteriores, deram
inicio na Antiguidade, tratando-se de uma ciência humana de carácter normativo apesar
das variações que foi ganhando ao longo do tempo por razões históricas. Conforme se
pode perceber, os referidos estudos com destaque para os realizados por Sócrates,
Aristóteles e Platão, tinham um cunho, mais virado para o presente.
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Vertente da cidadania: o respeito quer pela vida, assim como pelo meio
ambiente, no sentido de beneficiar os viventes do presente e futuro, constitui um convite
ao exercício efectivo da cidadania, em que todo e qualquer cidadão é desafiado a rever-
se.
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Ética: do grego Ethos que significa costume e carácter. É a parte da filosofia que
estuda os princípios que regulam a conduta humana. (ROCHA, 2010).
Refere-se ainda que, a moral, tem a ver com a qualificação que se atribui aos
actos humanos, onde se considera bom ou positivo o acto, se e somente estiver de
acordo com os padrões estabelecidos numa determinada sociedade e negativo, caso não
esteja de acordo com os padrões estabelecidos. Neste caso, a moral, representa a parte
prática no estudo sobre a conduta humana e por isso, é considerada como o objecto de
estudo da ética. A moral varia de povo para povo e de época para época, ao passo que a
ética não.
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A pedagogia por sua vez, é uma palavra de origem grega paidos, agoge, que
significa arte de guiar a criança. É a ciência que se encarrega pelo estudo de questões
relacionadas a educação. Um processo de endoculturação ou socialização, o que
equivale dizer o seu enfoque é sem quaisquer duvidas o homem, porque ela existe por
causa dele e para ele. O objectivo da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a
perfeição da qual ele é capaz. Esta perfeição refere-se ao desenvolvimento barmonioso
de todas as faculdades humanas, (KANT apud DURKHEIM).
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Refere-se que a pessoa humana é a palavra – chave para a qual propende a acção
jurídica. O Direito, ao preocupar-se com o estabelecimento de regras por via da lei que é
a sua positivação, salvaguarda uma oportunidade solene de querer ver o homem
enquanto ser de relação, a agir de forma ordeira, civilizada e com espírito de
responsabilidade e co-responsabilidade, permitindo desta forma a preservação do meio
ambiente que o circunda e dirimir os conflitos resultantes das relações interpessoais,
rumo ao alcance do bem-estar social.
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Sobre a meta dos bens produzidos e distribuídos: em nosso entender, a meta dos
bens produzidos e distribuídos, destina-se fundamentalmente à concretização do bem-
estar do homem enquanto ser de relação e politico por natureza, bem como ao progresso
social, realidade esta que efectivamente pode acontecer desde que haja no seio dos
homens um senso moral e ético.
Distribuídos: Os dois pontos em supra, desembocam nesta última uma vez que a
economia existe por causa do homem e para o homem. Logo, considera-se que, a ética e
a economia, possuem uma relação de interdependência. Se a economia não estiver
centrada na ética, estaremos condenados a continuar a assistir posições mercantilistas
que releguem o homem para a condição de meio e o dinheiro ou a maximização de
lucros como fim último da vida social.
Por conseguinte, considera-se que, a relação que deve existir entre a ética e a
ecologia, é de complementaridade. O menosprezo que o homem possa fazer às questões
inerentes a ética, sobretudo no seu contacto permanente com os novos meios
tecnológicos, é passível de gerar consequências nefastas à vida dos presentes e das
posteriores gerações, dai a necessidade do cuidado e da preservação da mesma e do
meio ambiente.
Em relação a Ciência Politica, para Marcel Prélot e Marcelo Caetano, ela tem
como objecto de estudo. É o conhecimento descritivo, explicativo e prospectivo do
Estado e dos fenómenos que com ele se relacionam, quer por autoridade, quer por
simultaneidade ou ainda por sobreposição.
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1. Respeito: para o Dicionario Aurelio, vem do latim, respectus que significa olhar
outra vez, veneração e consideração. É uma qualidade que contempla
consideração, sentimento que leva alguém a tratar outra pessoa com grande
atenção e profunda deferência.
2. Sensibilidade: segundo o Dicionario Michaelis, vem do latim sensibilitas, que
significa sentir. É a capacidade de sentir e ou ser emocionalmente favorável e
compreensível. Faculdade responsável pela recepção das impressões sensoriais,
possibilitando o processo de conhecimento imediato e intuitivo que o ser
humano estabelece e vincula com os objectos.
3. Empatia: para Wispe (1986), vem do grego empatheia, que significa paixão ou
sentir com. É a capacidade de conhecer a consciência de outra pessoa e de
raciocinar de maneira análoga a ela através de um processo de imitação interna,
sendo que por meio dessa capacidade, pessoas com o mesmo nível intelectual e
moral poderiam compreender-se umas das outras. Refere-se que, o termo em
causa, foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo alemão Rudolf Letze em
1858.
4. Prudência: de acordo com o dicionário Miachaelis, vem do latim prudentia que
quer dizer agir ou falar com cuidado, de forma justa e apropriada, cautelosa, com
moderação, com previsão e reflexão, sensata e com precaução, para evitar
possíveis danos, dificuldades, males e inconveniências.
5. Justiça: segundo Perelman (2005), é uma virtude entre outras que consiste em:
i. Dar a cada a mesma coisa;
ii. Dar a cada segundo os seus méritos;
iii. Dar a cada segundo as suas obras;
iv. Dar a cada segundo as suas necessidades;
v. Dar a cada segundo a sua posição;
vi. Dar a cada segundo o que a lei lhe atribui.
6. Integridade: para o dicionário Aurélio, vem do latim integritas que quer dizer
qualidade de ser íntegro. É aquilo que é íntegro, trata-se de alguém que é recto,
honesto e exemplar.
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iii) Integridade Profissional: Acto que consiste em manter uma conduta combinada
entre a pessoa e a profissional, de modo a viabilizar a relação de proximidade, harmonia
e progresso entre o consumidor cidadão e a organização no contexto sócio –
organizacional. Por isso, observar o principio de sigilo profissional, é uma questão de
integridade profissional, assim como respeitar as normas que regem a profissão, em
conformidade com o previsto nas clausulas contratuais entre o profissional e a
organização na qual pertence;
iv) Integridade pessoal: Acto que consiste em respeitar-se como pessoa e respeitar os
outros como pessoas, independentemente da cor, raça, etnia e condição social. Neste
caso, respeitar o nosso corpo e o do outro como templo do Espirito Santo e de um
sujeito portador de dignidade capaz de ser respeitada e preservação na qual pertence;
8. Altruismo: para o dicionário Michaelis vem do latim Alter que significa o outro e do
francês Altruisme que quer dizer falta de egoísmo. O termo foi criado no século XIX,
pelo pensador francês Augusto Conte, para definir o tipo de comportamento contrário
ao egoísmo. Dito de outro modo, é a tendência de ajudar os outros desinteressadamente.
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O termo Deontologia, foi utilizado pela primeira vez, por Jeremy Bentham,
filósofo inglês no ano de 1834. Envolve um código de direitos e deveres num âmbito
concreto de acção, o que implica conhecimento das competências exigidas e as relações
inerentes a cada pratica profissional em questão, uma reflexão crítica sobre esse código,
para aperfeiçoar os comportamentos dos profissionais na organização (Ibidem).
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Mitos: São acontecimento que por meio das acções, percepções sentimentos e
pensamentos, são manifestos em forma de histórias;
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1. Clientes
2. Colegas
3. Outros profissionais
4. Entidades empregadoras
Moral comum
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Uma ética dos máximos (ética pessoal), como aspiração moral desejada e
procurada (felicidade), mantém-se poderosa como ideal a alcançar, mobilizador das
vontades, e sempre por acabar.
PRINCÍPIOS NORMAS
1. Descritivos
2. Gerais 1. Prescritivos
3. Abstractos 2. Específicos
4. Fundamentadores 3. Concretos
4. Reguladores
PRIVACIDADE CONFIDENCIALIDADE
2. VALOR
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Valores objectivos: valores que não Valores subjectivos: valores que o são de
variam a partir das circunstâncias. acordo com as circunstâncias (dependem
Permanecem do espaço e do tempo)
Transmutam-se
3. VIRTUDES E DEVERES
Virtudes Deveres
Disposição habitual para bem agir ou Impõem-se como obrigação
excelência de carácter
Honestidade Integridade
b) Não-maleficência
a) Autonomia
b) Justiça
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Libertária
Utilitária
Igualitária
Comunitarista
1. Libertária: obrigatoriedade de respeito integral pelos direitos individuais
(liberdade e propriedade privada), sem que o Estado tenha autoridade para impor
padrões de redistribuição;
2. Utilitária: obrigatoriedade de maximização da utilidade social (o maior bem
para o maior número de pessoas), podendo subestimar direitos, valores,
singularidades;
3. Igualitária: obrigatoriedade de distribuição igualitária de bens (atendendo à
especificidade das pessoas e grupos particulares);
4. Comunitária: obrigatoriedade de codificar as práticas sociais de acordo com as
tradições culturais de cada sociedade, tendo a comunidade prioridade sobre os
interesses particulares e mesmo sobre as liberdades individuais e o respeito pela
igualdade entre todos os cidadãos.
5. A Justiça distributiva refere-se à distribuição justa (fair), equitativa (equitable) e
apropriada, determinada por normas justificáveis que estruturam os termos da
cooperação social. Não há um único princípio que possa responder a todos os
problemas de justiça.
c) Vulnerabilidade
a) Exprime para todos a finitude e a fragilidade da existência humana que, para os que
são capazes de autonomia, funda a possibilidade e a necessidade da moral;
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Bibliografias
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instituto ethos de empresa e responsabilidade social 2023.
Carmo Hermano a educação para a cidadania no século XXL Lisboa editora escola
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Felizardo de Sá ética profissional 2006 texto disponível em sua pesquisa com acessado
1717∕ 05∕18. 16 h 13.
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Lima José Maria Maciel ética na idade moderna 2017 texto disponível em www.
Sohistoria. Acessado aos 17∕05∕17 11h
Pereira CAA importância da ética para a pratica e para a ciência revista portuguesa.
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