PPP Dimensões Conceituais e Metodológicas
PPP Dimensões Conceituais e Metodológicas
PPP Dimensões Conceituais e Metodológicas
2.1.1 Introdução
Além disso, no mundo globalizado, caracterizado entre outros aspectos, pela di-
fusão das tecnologias da informação e da comunicação que têm trazido maior dinamis-
mo para as diversas sociedades. Quando falamos que o projeto é temporário significa
que haverá metas e objetivos a serem atingidos em curto, médio e longo prazo.
Todo projeto tem seu ciclo composto pelas seguintes etapas: iniciação, plane-
jamento, execução, controle e avaliação. O ciclo de vida do projeto visa melhorar as
chances de um projeto obter sucesso. Veja esquema abaixo:
Para que a escola possa elaborar seu Projeto Político Pedagógico de forma de-
mocrática é preciso autonomia.
Para que a escola obtenha sucesso nos processos de elaboração, execução e ava-
liação do PPP é preciso que todos os segmentos envolvidos na práxis educativa sejam
convidados e motivados a participarem ativamente e com igual poder de decisão.
É preciso também que o(s) problema(s) que será(ão) resolvido(s) seja(m) defini-
do(s) com clareza, bem como deve ser clara a solução para o(s) problema(s). É preciso
> Assim, o PPP acaba se constituindo como uma obrigatoriedade legal, mas
que em nada modifica a condução do trabalho pedagógico na escola. Grande parte das
dúvidas em relação à construção do PPP está relacionada à definição da identidade da
escola e à compreensão da função social da escola.
> O Projeto Político Pedagógico tem como objetivo maior tornar real a função
social da educação e da escola. Para tanto, é preciso considerar a educação no seu
sentido ampliado, ou seja, enquanto prática social que se dá nas relações sociais, nas
diversas instituições e movimentos sociais (VEIGA, 2001). Cabe, portanto, à escola,
formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres,
capazes de compreender e transformar a realidade em que vivem.
> Ser processo participativo e ter como ponto de partida a realidade, tendo
como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais
problemas aparecem;
> Preocupar-se em implantar a forma de organização de trabalho pedagógico
que desvele os conflitos e as contradições;
> Estabelecer, de forma clara, princípios baseados na autonomia da escola, na
solidariedade e no estímulo à participação de todos os segmentos;
> Propor ações e conter opções explícitas na direção de superar problemas no
decorrer do trabalho educativo;
> Ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avalia-
ção;
> Ser construído continuamente.
Em um projeto, planejamos para alcançar objetivos que ainda não foram con-
quistados pela escola e para garantir que as ações que a escola tem adotado com bons
resultados continuem e sejam oficializadas, no PPP, como prática pedagógica da esco-
la.
A proposta curricular deve conter a definição do que deve ser ensinado, como
ensinar e com qual finalidade, e precisa atender à base legal (LDBEN, 9394/96, as Di-
retrizes Curriculares Nacionais e a documentação oficial da Secretaria de Educação).
> Currículo como um documento legislativo, que consiste numa lista de objeti-
vos e conteúdos reguladores do ensino, um instrumento útil para determinar a avalia-
ção do alunado (CONTRERAS, 2000, p.88). Concepção essa que norteou a elaboração
da matriz curricular das escolas por muitos anos. Segundo o autor, essa concepção de
currículo envolve verticalidade e padronização presentes na base curricular nacional,
os PCNs;
> Currículo como definidor dos aspectos do trabalho escolar diretamente rela-
cionados à prática pedagógica, ao espaço e ao papel exercido pelos diferentes segmen-
tos envolvidos com o processo educativo: aproveitamento do tempo escolar, articula-
ção entre as diversas áreas do conhecimento, os conteúdos, entre a equipe pedagógica
e entre esta e a comunidade. (PINHEIRO, 2001)
> Currículo como espaço de lutas em torno dos diferentes significados sobre o
oscial e o político, como espaço por meio do qual os diferentes grupos sociais, princi-
palmente, os grupos dominantes, expressam sua visão de mundo, seu projeto social e
seus desejos e interesses em relação à formação dos indivíduos. (SILVA, 2001)
Assim, ao se pensar sobre o sujeito e sobre o mundo que se deseja formar é pre-
ciso pensar sobre a organização curricular e sobre a importância e o lugar dos diversos
tipos de conhecimento na proposta pedagógica da escola.
RESUMINDO
DIMENSÕES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
POLÍTICA
Compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade;
Formulação de mecanismos de participação da comunidade local e escolar na
construção e consolidação do PPP;
Tipo de relações estabelecidas entre a escola com o sistema de ensino e com a
sociedade.
PEDAGÓGICA
Definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus propósitos e
sua intencionalidade;
Gestão do currículo;
ADMINISTRATIVA-FINANCEIRA
Desenvolvimento das condições para a concretização da proposta educativa da
escola;
Gestão financeira e do patrimônio da escola,manutenção e conservação do es-
paço físico;
Administração do pessoal da escola.
JURÍDICA
Relação da escola com outras instâncias do sistema de ensino:
> Municipal
> Estadual
> Federal
Atendimento à legislação educacional vigente.
Marco Referencial
Representa um conjunto dos valores nos quais a comunidade escolar acredita e
das aspirações que têm em relação à aprendizagem dos alunos. O marco referencial de-
fine a identidade da escola. Para sua elaboração, os segmentos envolvidos no processo
de construção do PPP precisam responder às perguntas: Para nós, o que é Educação?
Que aluno queremos formar? E, para qual sociedade?
Marco Situacional
Caracterização da escola e da comunidade escolar. Representa a percepção dos
segmentos envolvidos na construção do PPP em torno da realidade da escola e da co-
munidade na qual está inserida.
Marco Conceitual
Corresponde à definição dos pressupostos e à fundamentação teórica que nor-
tearão o trabalho pedagógico da escola. O processo de elaboração do Marco Conceitual
possibilita a todos os atores envolvidos na elaboração do PPP, tanto a explicitação,
quanto o debate e a busca de consenso mínimo em torno de conteúdos epistemológi-
cos, éticos, políticos-pedagógicos, metodológicos que assegurarão a formação de sujei-
tos críticos, participativos, transformadores da realidade na qual vivem.
Marco Operacional
Ações a serem desenvolvidas. Diz respeito às ações que deverão ser implemen-
tadas para que a escola possa atingir os objetivos e metas propostos no PPP. No Marco
Operacional também constam as funções de controle e avaliação do PPP, que se refe-
rem à proposição de mecanismos de monitoramento das atividades e ações realizadas,
com o propósito de garantir que os objetivos, metas e estratégias previstas no Projeto
Político Pedagógico serão atingidos dentro do prazo estipulado e de mecanismos que
assegurem a implantação de ações corretivas.
Plano de Atividades: Seleção das prioridades (os problemas mais urgentes ou mais
graves detectados no diagnóstico, em relação a: contexto da escola, características da
escola, resultados educacionais e convivência na escola); definição dos objetivos, me-
tas e estratégias a serem adotadas e previsão e provisão de recursos financeiros e hu-
manos; prever o modo pelo qual a equipe de gestão deverá acompanhar a execução do
Plano de Atividades, bem como o trabalho dos professores; avaliação contínua para
permitir o atendimento de situações imprevistas; correção de desvios e ajustes das
atividades propostas. Podem ser previstos momentos de avaliação (semestral, anual,
bianual), com participação de toda a comunidade escolar.
Pensar a operacionalização do PPP é ponto fulcral uma vez que ele sintetiza o
planejamento da escola, dá um rumo, um norte para a condução da gestão administra-
tivo-financeira e pedagógica da escola. O papel dos gestores neste processo envolve o
emprego de
2.2.1 Introdução
Bem, esse é o objetivo deste texto, ou seja, propiciar, aos gestores escolares,
conhecimentos sobre a organização administrativa e pedagógica das instituições de
ensino.
O Regimento Escolar é
O PDE viabiliza o plano de ação da escola por meio do apoio técnico e financeiro
do MEC.
> gerir a escola, cumprindo e fazendo cumprir a legislação em vigor, bem como
os regulamentos, diretrizes e normas emanadas dos órgãos superiores e as disposições
do Projeto Político-Pedagógico e do Regimento Escolar, de modo a garantir a consecu-
ção dos objetivos do processo educacional;
> coordenar e garantir a elaboração, a execução e a avaliação da proposta peda-
gógica da escola;
> garantir o funcionamento da organização escolar;
> zelar pelo patrimônio físico e cultural da escola e da comunidade;
> promover a administração do pessoal da escola e dos recursos
materiais e financeiros necessários para o aperfeiçoamento do trabalho educacional.
> esponder perante a gestão, pelo expediente e execução dos serviços gerais da
secretaria;
> organizar, superintender e realizar serviços de escrituração escolar e os regis-
tros relacionados com a administração do pessoal;
> organizar e manter sob guarda os prontuários dos alunos, fichários e arquivos
zelando pela sua ordem e conservação;
> promover e manter atualizados os registros de aproveitamento escolar e fre-
quência dos alunos, a escrituração dos livros e dos documentos de sua responsabilida-
de;
> prestar informações e esclarecimentos referentes à escrituração e legislação,
ao pessoal docente, técnico e administrativo;
> fazer expedir toda a correspondência da escola.
> zelar juntamente com seus filhos pela conservação de todos os espaços físicos,
bem como de materiais existentes na escola e que são patrimônio de uso coletivo;
> comprometer-se com o processo de aprendizagem e assiduidade de seu filho;
> participar do processo de eleição dos pais / mães ou responsáveis represen-
tantes por turma, processo este disciplinado no Plano Anual da escola.
As escolas precisam gerir diversos recursos financeiros que devem ser empre-
gados na aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos re-
paros da unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funciona-
mento da escola; avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico; e
desenvolvimento de atividades educacionais.
Os recursos financeiros, de modo geral, são repassados às escolas uma vez por
ano, é calculado a partir do número de alunos relatado pela escola no censo escolar do
ano anterrior. As escolas devem prestar contas anualmente dos recursos financeiros.
Uma escola pode receber recursos financeiros do FNDE, PDDE, PDE-ESCOLA, etc.
Não é tarefa fácil, segundo Borges (2003), a função da Equipe Pedagógica en-
contra-se maximizada no processo educativo agindo em todos os espaços para a garan-
tia da efetivação de um projeto de escola que cumpra com sua função política, pedagó-
gica e social. Ainda sobre as dificuldades enfrentadas pelos pedagogos, Saviani (1994)
afirma que esses profissionais, enquanto especialistas em pedagogia escolar cabe-lhes
a tarefa de trabalhar os conteúdos de base científica, organizando-os nas formas e mé-
todos mais propícios à sua efetiva assimilação por parte dos alunos.
Freire (2004) chama a atenção para o fato de que a escola precisa ressignifi-
car o processo de ensinar e aprender de forma a possibilitar, ao sujeito aprendente,
o estabelecimento de conexções e relações entre os conhecimentos produzidos pela
humanidade e a realidade na qual está inserido. Para o autor, os conhecimentos signi-
ficativos promovem o diálogo, provocam questionamentos e discussões, propiciando a
interação entre sujeito e conhecimento.