Modelo de Manual Da Qualidade 17025-2017
Modelo de Manual Da Qualidade 17025-2017
Modelo de Manual Da Qualidade 17025-2017
QUALIDADE
MODELO
ISO/IEC 17025:2017
Além desse manual gratuito, você encontra mais materiais em howtolab.com.br
Antes de contar como comecei a trabalhar com a ISO/IEC 17025, vou contar, de forma resumida, a minha
trajetória profissional.
Sou química e me formei em 2002 na Universidade de São Paulo. Na época, os cursos na área ambiental
estavam em evidência e decidi fazer um mestrado na área. Concluí em meados de 2005 o mestrado em
Hidráulica e Saneamento, também pela Universidade de São Paulo. Acontece que este curso tinha grande
conteúdo de engenharia civil e este não era o meu forte. Acabei me voltando mais para as questões de
laboratório, onde eu podia contribuir. Em Agosto de 2005 passei em um concurso da mesma universidade e
fui contratada como especialista de laboratório do LATAR – Laboratório Avançado de Tratamento de Água
e Reuso na Escola de Engenharia de São Carlos.
Neste trabalho eu era responsável pela gestão do laboratório. Além de controlar o acesso dos alunos de pós-
graduação, eu organizava as bancadas, fazia reagentes, comprava material e traduzia os métodos do inglês
para o português.
Após cerca de um ano no trabalho, em Setembro de 2006, eu recebi um email do grupo de estudantes do
mestrado em Saneamento. O email tratava de certa “lei” amedrontadora que dizia que a CETESB
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) dentro de certo tempo só aceitaria laudo feitos por
laboratórios acreditados pelo Inmetro. Eu achei aquela notícia muito interessante. Fui pesquisar e encontrei
a Resolução 37 da Secretaria de Meio Ambiente de SP. A resolução dizia que em 02 anos os laudos da área
ambiental só seriam aceitos se fossem feitos por laboratórios acreditados com a ISO/IEC 17025. Eu me
lembro claramente deste momento! A partir daí eu ganhei foco e meta! Isto porque eu sentia falta de
informação para gestão do laboratório e, no serviço público, eu me sentia sem objetivos claros.
O conteúdo do ISO/IEC 17025 soou como música para mim. Fazia tanto sentido. Trabalhei por meses
reorganizando o laboratório e reescrevendo os métodos. Mas me faltava conhecimento. Faltava-me muito
conhecimento e a Universidade não tinha muita verba para cursos externos, ainda mais em uma área que
ainda não era de grande interesse.
Em outubro de 2007 eu encontrei um curso que parecia perfeito. Exceto o detalhe que era em outro país com
18 meses de duração. Em Agosto de 2008, após a decisão de pedir demissão de um emprego público para me
especializar na ISO/IEC 17025, em ingressei no EMQAL – European Master in Quality of Analytical
Laboratories.
Regressei ao Brasil em 2010 e deste então sou consultora e ministro cursos sobre a ISO/IEC 17025.
MANUAL DA QUALIDADE E O SISTEMA DRS
Decidi distribuir gratuitamente o Manual da Qualidade em 2014, porque nesses anos de experiência percebi
que as pessoas que trabalham em laboratório têm pouco contato com sistemas de gestão e aí mora a maior
dificuldade para a implementação da ISO/IEC 17025. No final de 2017 a norma passou por revisão e o
manual não é mais obrigatório. Em 2020 eu decidi voltar a distribuir o manual pois, apesar de não ser
obrigatório, ainda é de grande valia para os laboratórios.
Geralmente, químicos, biólogos, engenheiros de materiais, nutricionistas não tem dificuldade em executar
corretamente o método. Os desafios aparecem no momento de registrar e organizar os documentos.
Este manual é muito parecido com o Manual da Qualidade do Laboratório de Radiologia da Faculdade de
Química da Universidade de Barcelona. Este laboratório é acreditado pela ISO/IEC 17025 e foi lá que eu
exerci a parte prática do mestrado em qualidade de laboratórios.
Este mesmo modelo de manual já está em uso em laboratórios no Brasil acreditados pelo Inmetro.
Assim como todos os documentos que elaboro, este manual prima pela estrutura e linguagem simples. É um
documento que realmente orienta como o sistema de qualidade funciona. Evite escrever manuais que são a
cópia do norma e não facilitam as vida de quem precisa dele.
Neste manual são citados os documentos DRS da How to Lab. Há mais informações em nosso site.
Gostaria de ressaltar que este modelo já ter enviado a dezenas de pessoas. Acho importante você adaptá-lo
ao seu laboratório, principalmente as políticas de qualidade. Cada laboratório trabalha a sua maneira e o
auditor pode verificar se as políticas escritas no manual são realmente verdadeiras.
Abraço,
MQ Rev 0X
NOME DO LABORATÓRIO
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MANUAL DA QUALIDADE
Índice
1 Política de Qualidade ................................................................................................ 4
2 Apresentação do Laboratório.................................................................................... 4
3 Ramo de Atividades.................................................................................................. 4
4.1 Imparcialidade.................................................................................................... 4
6.1 Generalidades..................................................................................................... 5
6.2 Pessoal................................................................................................................ 5
6.4 Equipamentos..................................................................................................... 7
9 Referências Bibliográficas...................................................................................... 14
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NOME DO LABORATÓRIO
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DD/MM/AAAA
1 Política de Qualidade
A declaração da política da qualidade é emitida sob a autoridade da Gerência Geral,
descrita abaixo:
2 Apresentação do Laboratório
O laboratório XXX foi fundado em DD/MM/AAAA na cidade de ____________ , .... (Seja breve
rsrs)
3 Ramo de Atividades
Laboratório está capacitado a fazer todos os exames físicos e análises químicas mais
importantes relativas à qualidade das águas, além de dispor de área para experimentos e
ensaios.
4 Requisitos Gerais
4.1 Imparcialidade
O NOME DO LABORATÓRIO declara que todas as atividades de laboratório são realizadas com
imparcialidade e estruturadas e gerenciadas de forma a salvaguardar a imparcialidade.
As diretrizes relacionadas a este requisito são tratadas no DRS 01 Imparcialidade e
Confidencialidade.
A gerência do laboratório é comprometida e assegura manter uma sistemática para identificar,
analisar, eliminar ou reduzir ameaças à imparcialidade, bem como identificar os riscos à sua
imparcialidade de forma contínua decorrentes de suas atividades, de seus relacionamentos ou
dos relacionamentos de seu pessoal. Quando um risco é identificado o laboratório demonstra
como elimina ou minimiza tais riscos por meio da gestão no DRS 21 Gestão de Riscos e
Oportunidades.
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4.2 Confidencialidade
O Laboratório é responsável pela preservação, proteção, confidencialidade e integridade de
todas as informações dos clientes. As diretrizes estabelecidas para este requisito estão definidas
no DRS 01 Imparcialidade e Confidencialidade, e todos os colaboradores estão cientes da
importância do cumprimento deste procedimento.
5 Requisitos de Estrutura
5.1 Estrutura
O laboratório XXX é uma entidade legal (ou uma parte definida de uma entidade legal) e
responde legalmente com o CNPJ __________________________________por suas
atividades de laboratório
O laboratório identifica a gerência com responsabilidade geral pelo laboratório, define e
documenta o conjunto de atividades de laboratório para as quais está em conformidade com a
ABNT NBR ISO 17025. Todos os reuisitos de estrutura são tratados no DRS 02 Estrutura.
6 Requisitos de Recursos
6.1 Generalidades
O NOME DO LABORATÓRIO dispõe de pessoal, instalações, equipamentos, sistemas e
serviços de apoio necessários para gerenciar e realizar suas atividades de laboratório.
6.2 Pessoal
O NOME DO LABORATÓRIO orienta todo o pessoal do laboratório a agir com
imparcialidade, ser competente e trabalhar de acordo com o sistema de gestão.
Os procedimentos e registros que tratam dos requisitos de pessoal estão no DRS 03
Pessoal.
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6.4 Equipamentos
O laboratório dispõe dos equipamentos requeridos para a correta realização das
atividades de laboratório que realiza. Estes são identificados por meio de identificação
unívoca.
Todos os requisitos relacionados aos equipamentos como manuseio, transporte,
armazenamento uso e manutenção planejada, registros de utilização, históricos de
manutenção, checagens intermediárias são tratadas no DRS 07 Equipamentos e
Rastreabilidade.
Os intervalos de calibrações são realizados obedecendo ao programa de calibração do
laboratório estabelecido na PL 02 Gestão de Equipamentos.
O laboratório estabelece como comunica aos provedores externos todos os seus requisitos
relacionados a produtos ou serviços, garantindo assim que o provedor receberá a informação
correta e aprovada.
7 Requisitos de Processo
7.1 Análise crítica de pedidos, propostas e contratos
O laboratório estabelece os procedimentos para a análise crítica dos pedidos, propostas e
contratos no DRS 09 Análise Crítica de Pedidos Propostas e Contratos a fim de assegurar que
os requisitos sejam adequadamente definidos, documentados e entendidos, que o laboratório
tenha a capacidade e os recursos para atender aos requisitos, que estes requisitos sejam
aplicados a provedores externos e que sejam selecionados os métodos apropriados.
Todos os requisitos relacionados a este requisito devem ser tratados no DRS como
informações sobre declarações de conformidade, problemas, desvios ou diferenças devem ser
resolvidas entre o cliente e o laboratório antes do início das atividades, deve-se obter o aceite do
cliente em todas as etapas ou modificações no processo.
7.3 Amostragem
O laboratório realiza amostragens de acordo com o DRS 11 Amostragem. O método de
amostragem também está definido no DRS 11 e aborda a seleção de amostras e locais, o plano
de amostragem a preparação e o tratamento de amostras. Este é baseado em métodos
normalizados e está disponível no local de amostragem. Para todas as amostragens deve ser
retidos registros de todos os dados relacionado ao ensaio, condições ambientais,
equipamentos, entre outros.
ensaios são analisados e, quando estiverem fora dos critérios pré-definidos, é tomada ação
corretiva para corrigir o problema e evitar que resultados incorretos sejam relatados.
7.9 Reclamações
O laboratório possui um processo documentado para receber, avaliar e tomar decisões
sobre as reclamações recebidas. Para isto utiliza o DRS 16 Reclamações.
A descrição do processo para o tratamento das reclamações será disponibilizada a
qualquer parte interessada, quando solicitado. As respectivas investigações e ações corretivas
implementadas são tratadas conforme descrito no DRS 16.
8.6 Melhoria
O laboratório identifica e seleciona oportunidades para melhoria da eficácia do seu sistema
de gestão por meio de análise crítica dos procedimentos operacionais, do uso de políticas,
objetivos gerais, resultados de auditorias, ações corretivas, análise crítica pela gerência,
sugestões feitas pelo pessoal, avaliação de risco, análise de dados e resultados de ensaios de
proficiência. As ações necessárias são implementadas sempre que necessário. O laboratório
obtém retroalimentação dos seus clientes, e as analisa para aprimorar seu sistema de gestão,
as atividades de laboratório e o atendimento ao cliente. Todos estes procedimentos são
realizados conforme o DRS 22 Melhoria e Retroalimentação.
9 Referências Bibliográficas
VIM Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos
Associados.
ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017 - Requisitos Gerais para a Competência dos Laboratórios de
Ensaio e de Calibração.
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