Efrain Naftali Lopes Soares
Efrain Naftali Lopes Soares
Efrain Naftali Lopes Soares
RECIFE, 2018.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL TROPICAL
RECIFE, 2018.
A277f Soares, Efraim Naftali Lopes.
Distribuição espacial de Aedes aegypti (diptera: culicidae) em áreas vulneráveis
para a transmissão de arboviroses / Efraim Naftali Lopes Soares – Recife, 2018. 78f. :
il.
_________________________________________________
EFRAIM NAFTALI LOPES SOARES
Aprovada em 16/02/2018
Banca examinadora:
________________________________________________________
Profª Dra. GÍLCIA APARECIDA DE CARVALHO
Unidade Acadêmica de Garanhuns – UFRPE
Orientadora
_______________________________________________________
Profª DRa MARIA APARECIDA DA GLORIA FAUSTINO
Departamento de Medicina Veterinária - UFRPE
___________________________________________________________
Prof. Dr. RAFAEL ANTÔNIO DO NASCIMENTO RAMOS
Unidade Acadêmica de Garanhuns – UFRPE
_________________________________________________
Prof. Dr. LEUCIO CÂMARA ALVES
Departamento de Medicina Veterinária – UFRPE
Dedico este trabalho a Antônio e Izindinha, pelo amor
incondicional e cuidado de sempre; a Severina Lopes, vó
amada, coluna da nossa família; aos amados Thiago e Tamires,
e a minha sobrinha Maria Eduarda, que chegou na nossa
melhor primavera.
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo TempoTempoTempo
Vou te fazer um pedido
Tempo TempoTempoTempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo TempoTempoTempo
Entro num acordo contigo
Tempo TempoTempoTempo
Oração ao tempo.
Ao arquiteto do universo e ao seu filho Jesus que recebeu por parte Dele, todo poder,
toda honra e toda glória;
A minha amada tia Cleide e ao meu amado Pr. Carlos, por todo carinho, amor, torcida,
apoio e incentivo, a trilhar caminhos de crescimento acadêmico e espiritual;
A minha amada tia Sônia e Tia Nilda, que acompanham essa caminhada a trinta e sete
anos, sempre acreditando que é possível fazer sempre mais;
Aos meus tios Ednado Manoel da Silva e Núbia Silva, pelo apoio e carinho;
Aos meus primos (Jordana, Anderson, Andressa e Carlos Júnior) pelo carinho e torcida
de sempre;
A Leide Pereira, Sara Pereira, Erineide Queiroz, Carlos Queiroz e Fernanda Queiroz,
por sempre estarem por perto, vibrando com toda conquista;
A Professora Drª Gilcia Aparecida, que com muito esmero ensinou e partilhou
conhecimentos, como também se dedicou, compreendeu e incentivou essa produção científica;
A Claúdia Agra, pelo apoio, atenção e torcida para a realização deste sonho;
A família de Roberval Maciel pela acolhida e carinho de sempre. É bom tê-los por
perto, Maria José, Lorena Maciel e Robervalzinho.
A Manasses Leite, pela oportunidade de continuação do meu projeto de pesquisa, bem
como a participação em sua equipe de trabalho, visando um SUS cada vez mais equânime e a
Fabriça Franciara por todo carinho dedicado à minha pessoa.
Ao prefeito Thiago Lucena Nunes e a Renata Linhares por acreditar, permitir e apoiar a
pesquisa científica no município de Agrestina;
Aos secretários de outras pastas do município Agrestina que sempre apoiaram o meu
trabalho à frente da vigilância em Saúde em especial a Joelma Leite, Josenildo Santos e Saulo
Batista;
Aos amigos mais chegados, aqueles que moram do lado esquerdo do peito, Thadyma
Siqueira, Charles Maciel, Wedja Vieira, Eline Mendonça Lauana Lane, Renato Melo, Edilson
Alves, Luandson Henrique, Rita de Cássia, Franci Ribeiro, Maria Helena e Breno Feitosa.
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................................... 17
2. Revisão de Literatura ............................................................................................ 19
2.1 Características dos culicídeos ............................................................................... 19
2.2 Gênero Aedes........................................................................................................ 19
2.3 Ciclo Biológico, características morfológicas e habitat do Aedes aegypti ........... 20
2.4 A importância do Aedes aegypti e Aedes albopictus na transmissão das 23
doenças..................................................................................................................
2.5 Aspectos etiológicos, epidemiológicos e clínicos nas principais arboviroses de 23
importância no Brasil ..........................................................................................
2.5.1 Dengue .................................................................................................................. 23
2.5.2 Febre do Chikungunya ........................................................................................... 25
2.5.3 Zika Vírus .............................................................................................................. 27
3. Epidemiologia das Arboviroses em Pernambuco ......................... ...................... 29
4. Programas de Controle do Aedes aegypti .............................................................. 30
1.0 INTRODUÇÃO
Os insetos da família Culicidae, gênero Aedes possuem duas espécies que estão
diretamente relacionadas a transmissão das arboviroses, o Aedes aegypti e o Aedes
albopictus. Essas espécies apresentam hábitos antropofílicos, onde as fêmeas realizam a
hematofagia e a oviposição é realizada em coleções hídricas onde haja água pobre em
matéria orgânica e parada. O ciclo biológico dos culicídeos dura em média de 8 a 12
dias, em condições favoráveis ao seu desenvolvimento e envolve quatro fases: ovo,
larva com quatro estádios larvais, pupa e o inseto adulto (FERNANDES, 2014;
CONSOLI, 1994).
2. REVISÃO DE LITERATURA
A fase larval do Ae. aegypti possui quatro estádios (L1, L2, L3 e L4), sendo o
tempo de evolução de cada um deles, dependendo das condições (temperatura e
alimento) adequadas para o seu desenvolvimento no criadouro. A larva é composta pela
cabeça, tórax e abdômen. O abdômen apresenta oito segmentos, onde o seguimento
posterior contém lobo anal e sifão respiratório. O lobo anal é composto por quatro
brânquias lobuladas para a regulação osmótica e o sifão para a respiração da larva na
superfície da água, sendo sensível a movimentos bruscos, como também se desloca com
rapidez ao ser exposta ao feixe de luz (FORATTI, 1986; CONSOLI, 1994; FUNASA,
2001;).
A fase de pupa não se alimenta e geralmente em dois a três dias desenvolve para
a fase adulta. A morfologia da pupa compreende duas partes distintas: cefalotórax e
abdome. A pupa tem um par de tubos respiratórios ou “trompetas”, que atravessam a
água e permite a respiração (CONSOLI, 1994; FUNASA, 2001).
O adulto do Ae. aegypti representa a fase reprodutiva do inseto. O macho se
distingue da fêmea por possuir antenas mais plumosas e palpos mais longos, geralmente
esse inseto é escuro e através das escamas ornamentais formam manchas prateadas. O
dorso do tórax é recoberto por escamas escuras, além de outras branco-prateadas, sendo
formado um desenho que se compara a uma “lira”. O abdômen é escuro com manchas
brancas-prateadas formando anéis. Os fêmures e tíbias do inseto revestidas de escamas
brancas e os artículos tarsais com nítidas anelações brancas na extremidade basal,
formam as pernas FORATTI, 1986; CONSOLI, 1994; FUNASA, 2001;).
Após sair do período pupal o Ae. aegypti passar por um período de repouso nas
paredes dos depósitos, visando o fortalecimento do exoesqueleto, das asas, e no caso
dos machos para a rotação da genitália, estando apto a acasalar dentro de 24 horas. Essa
regra vale para ambos os sexos, visto que o acasalamento se dá durante o voo e
raramente sobre uma superfície. Uma única cópula é suficiente para fecundar todos os
ovos que a fêmea venha a produzir. As fêmeas do culicídeo se alimentam de seiva de
plantas e de sangue humano, onde através do repasto sanguíneo fornece proteínas para a
maturação dos ovócitos, ou seja, a ovo gênese. A oviposição acontece geralmente no
fim da tarde, sendo atraída por recipientes escuros de superfície áspera, nos quais
depositam os ovos, reiniciando seu ciclo (DE FREITAS BARATA,2001; FUNASA,
2001; NATAL, 2002; LAGROTTA, 2006).
23
2.5.1 Dengue
destacaram, possuindo o maior número de casos. A soma das duas regiões totalizou
1.337.745 casos notificados. As demais regiões Centro-Oeste, Sul e Norte chegaram a
registrar 311.263 casos. Nesse mesmo ano foram confirmados 1.569 casos de Dengue
grave, 20.329 de dengue com sinais de alarme. Os óbitos também duplicaram em
relação ao ano de 2014, chegando a 863 óbitos em todo país.
No ano de 2016 foram notificados 1.688.688 casos prováveis de Dengue, onde
as regiões Sudeste e Nordeste se destacaram mais uma vez no cenário nacional em
relação as outras regiões apresentando 1.183.088 casos respectivamente. As demais
regiões Sul, Centro-Oeste e Norte totalizaram 317.447 casos. Desses casos, foram
confirmados 861 casos de Dengue grave e 8.402 com Dengue com sinais de Alarme,
apresentando uma queda em relação ao ano de 2015. Em 2016 foram confirmados 642
óbitos por dengue e nesses mesmo período.
Em 2017 foram notificados 1.483.623 casos prováveis de Dengue, onde a região
Sudeste apresentou 847.584 e a região Nordeste 316.917, destacando-se entre as demais
regiões do país. Em relação ao número de óbito o foram notificados 141 casos em todo
país, sendo a região Nordeste a que apresentou o maior número de casos, destacando-se
38 óbitos.
as Ilhas da Reunião o que resultou em uma mutação, levando o Aedes albopictus a uma
maior e mais eficaz transmissibilidade. Transmissões autóctones também foram
detectadas ao longo dos anos na Europa e nas Américas, onde o CHIKV, foi introduzido
nesse último, pelo Caribe no ano de 2013 e em 2014 foi detectado no Brasil na cidade
de Oiapoque (Amapá) (HONÓRIO, 2015; AZÊVEDO, 2015).
O CHIKV possui três genótipos, porém apenas dois circulam simultaneamente
causando as epidemias, o CHIKV Asiático e o africano descrito entre os anos de 2013 e
2014, um nas Américas e o outro no Velho Mundo respectivamente (VASCONCELOS,
2015). Há muitas características semelhantes entre a infecção por Dengue e o
Chikungunya. O período de incubação varia entre 10 (dez) a 12 (doze) dias,
apresentando febre alta, cefaleia, mialgia, edemas (FIGURA 3) dores agudas e
duradouras, “rash” cutâneo (FIGURA 4) e esses sintomas podem cessar em cerca de 7
(sete) a 15 (quinze) dias, apesar que as dores presentes nas articulações durem meses e
até anos (ALBUQUERQUE, 2012; TAULI, 2014; AIKEN, 2015;).
como a dengue, malária, leptospirose, Zika vírus, febre reumática e artrite séptica
(BRASIL, 2017).
No que se refere a febre do Chikunguya no ano de 2015, 20.661 casos foram
notificados, onde destes, 7.823 foram confirmados, sendo 560 por critério laboratorial e
7.263 por critério clínico epidemiológico e mais de 10.420 casos continuaram em
investigação neste ano. Os números de óbitos somaram-se a três, sendo dois no estado
da Bahia e um em Sergipe. Em 2016 foram notificados 271.824 casos. O Nordeste se
destacou como a maior incidência e as unidades federadas se destacaram o rio Grande
do Norte, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Paraíba. Foram confirmados 196 óbitos por
Chikunguya neste ano.
No ano de 2017 a Febre Chikungunya tem destaque na região Nordeste com
239.714 casos e 146 óbitos. Foram notificados neste mesmo ano 277.888 casos em todo
pais representando 28% de todos os casos notificados no país.
O Zika vírus (ZIKV) foi identificado a partir de soro de macacos que habitavam
na floresta de Zika, na Uganda no ano de 1947 e por meio século foi sendo notificado de
forma esporádica no continente Asiático e Africano em seres humanos. O Primeiro
surto do (ZIKV) ocorreu na ilha de Yap na Oceania e nos anos de 2013 e 2014 houve
uma epidemia na Polinésia Francesa, onde o surto se espalhou pelas ilhas do Pacífico.
Na América do Sul, meados de Fevereiro de 2014, foi detectado o primeiro caso pelo
(ZIKV), na Ilha de Páscoa, no Chile em uma criança e em 2015 autoridades brasileiras
do Ministério da Saúde, confirma a circulação do (ZIKV) na região Nordeste do país,
sendo a partir dessa data, vários casos notificados e confirmados nas demais unidades
federativas do Brasil (VASCONCELOS, 2014; LUZ, 2015; SALVADOR, 2016;;
NUNES, 2016).
O (ZIKV) é um arbovírus do gênero Flavivírus da família Flaviviridae, a sua
transmissão ocorre geralmente por meio de vetores artrópodes da família culicidae do
gênero Aedes durante o repasto sanguíneo. Outras hipóteses de transmissão já foram
descritas como: por via sexual, congênita, transfusão sanguínea, transplantes e acidentes
laboratoriais (MUSSO, 2014; IOOS, 2014; MUSSO, 2015; HENNESSEY, 2016).
As manifestações clínicas pelo (ZIKV) são geralmente assintomáticas e
autolimitadas, porém ao apresentarem os sinais e sintomas, as manifestações
28
As larvitrampas são armadilhas que são feitas de pneus usados, que são
colocadas em locais consideradas porta de entrada do vetor adulto (aeroportos, portos,
ferrovias, terminais rodoviários) (FIGURA 9). As larvitrampas devem ser instaladas a
uma altura de oitenta cm do chão e a água que é posta dentro dos pneus deverá ocupar
apenas 2/3 da capacidade da mesma, de modo que fique espaço nas paredes da
36
11. BRASIL. Nota técnica SVS/MS. Procedimentos a serem adotados para vigilância
da febre do Zika Virus no Brasil, 2016.
12. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-
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9.0 OBJETIVOS
10.0 ARTIGO
transmission of arboviruses
Abstract
and the Zika have been considered important threats to public health. Currently, the
assessment of vulnerable areas for the transmission of arboviruses has been monitored
through the use of oviposition traps. Therefore, the aim of this study was to evaluate the
arboviruses. Methods: From May 2016 to April 2017 ovitraps were installed twice per
Northeastern Brazil. The Ovitraps Positivity Entomologic Index (OPI), Eggs Density
Index (EDI) and Vector Density Index (VDI) were calculated. The spatial distribution
of Ae. aegypti was determined through analyses of Kernel density. Results: A total of
44.936 eggs were collected and the indexes of infestation (i.e., OPI, EDI and VDI)
presented variations, ranging from controlled zones to risk zones. Relative air humidity
was the factor that significantly contributed for the vetorial infestations and the thematic
maps signalized the putative areas of major transmission for arboviruses. Conclusions:
The oviposition traps, the analysis of climatic factors, the use of entomologic indexes
and the application of georeferencing tools might be considered good strategies for
INTRODUCTION
veterinary concern1. Among these diptera, the species Aedes aegypti and Aedes
albopictus have the ability to transmit many arboviruses such as Dengue, Chikungunya,
endemic for many of these arboviruses, and recently several cases have been reported.
For example, in 2017 the Brazilian Health Ministry (HM) registered an incidence mean
rate of 151.3 cases per 100,000 inhabitants for Dengue, 249.6 for Chikungunya and 9.3
for Zika in the Northeastern region. On the other hand, in the same period the state of
Pernambuco reported incidence rates of 95.5 cases per 100,000 inhabitants for Dengue,
management of garbage and climatic conditions have favored the reproduction and
In Brazil, the HM has proposed many strategies for monitoring the distribution
of Ae. aegypti. For instance, the Building Infestation Index (BII) which identifies the
larval amount per visited domicile, and the Breteau Index (BI) which identifies the main
types of createurs in the visited domiciles, help to determine the situation of a specific
been used to determine the dispersion, density and seasonality of Ae. aegypti10,11.
contributes with spatial analysis, providing important data for the understanding of the
49
prevention11,13.
the state of Pernambuco, an increase of these viruses of about 90% was observed from
2014 to 2016. Therefore, the aim of the present study was to evaluate the spatial
Study area
The study was conducted from May 2016 to April 2017 in the municipality of
humidity and rainfall are of 24.3ºC, 83.7% and 4.5mm, respectively. The municipality
has seven districts, from which samples were collected. These points will be referred to
in the text from now on as Point 1 (P1) to Point 7 (P7) (Figure 1).
Climatic data of temperature, relative humidity and rainfall were obtained from
Pernambuco (IPA)] and the Pernambuco Agency for Water and Climate [Agência
The ovitraps (black plastic vials containing 300 mL of water and a rough
wooden palette (15 x 5 cm) partially submerged) were installed in the peridomicile at
1.00 to 1.50 m from the ground. In each collection point, five traps were installed,
50
totaling 35 for collection (Figure 1). All ovitraps were georeferenced through the
satellite remote sensing Global Positioning System (GPS) Garmin Etrex20. Each ovitrap
was replaced every 15 days for a period of 12 months, corresponding to six cycles of
plastic boxes (50 x 50 cm) and maintained at room temperature for 24 hours until
drying.
Afterwards, palettes were submerged in plastic vials (30 x 40 x 10 cm) containing tap
water and maintained at 28 °C until larvae hatching. Third-stage larvae (L3) were fixed
Entomological indexes
Entomologic Index (OPI), Eggs Density Index (EDI) and Vector Density Index (VDI).
All parameters described above were calculated based on the National Dengue Control
According to the values obtained for OPI, EDI and VDI, the areas were
classified as: i) Risk zone: OPI ≥ 60%, EDI ˃ 60 eggs and VDI ˃40 eggs; ii) Alert zone:
OPI from 41 to 60%, EDI from 41 to 60 eggs and VDI from 21 to 40 eggs; and iii):
Data analysis
51
Data was analyzed through descriptive statistics where absolute and relative
frequencies were obtained. Then, the Lilliefors test was used to verify the normality of
the data. In addition, the Chi-square test (χ2) with Yates correction was used to compare
the number of eggs per cycle at different collection points. The number of eggs per
cycle and climatic variables were assessed by the Pearson correlation coefficient. The
significance level was set at 5%. All analyses were performed using the statistical
Spatial analysis
The address of each collection point was manually geocoded using QGIS
version 2.8. The kernel density estimation (KDE) is a smoothing and interpolating
technique for generalizing point location for the whole study area. KDE is a simple
alternative to analyze focal patterns, in which the outputs are easily readable and
understood18. For the study, an adaptive bandwidth was used and the adaptive kernel
was chosen because the distribution of the domiciles in the study area was not
RESULTS
A total of 44,936 culicid eggs were collected during the whole study period, at
all collection points and from all ovitraps. Ae. aegypti was the only species herein
identified, and among all collected eggs 55.44% (24897/ 44936) were considered
viable.
each collection point (χ2 = 263.108; p = 0.0000). It is important to note that a minimum
of 4,056 eggs (at P3) and maximum of 8,583 eggs (at P6) were observed.
52
A high number of eggs were obtained in May (third cycle) and in August 2016
(fourth cycle) with 13,999 and 15,046 eggs, respectively (χ2 = 128.521; p = 0.0000).
Conversely, in November 2016 (sixth cycle) and February 2017 (first cycle) a low
number of eggs were detected with 2,429 and 2,685 eggs, respectively (χ2 = 166.818; p
Interestingly, from May (87.7%) to August 2016 (89.7%) high levels of relative
air humidity (RH) were detected. This parameter strongly influenced the number of
eggs during the study (r = 0.9933; p = 0.0000). Conversely, a weak correlation was
highlight that a negative and strong correlation (r = - 0.9010; p = 0.0142) was observed
between the temperature and the oviposition during the period from July to August 2016
The entomological indexes (OPI, EDI and VDI) demonstrated a spatial and
temporal distribution of infestation by Ae. aegypti. In all cycles of the study the
classification of collection points varied from control to risk zones (Table 1). According
to the OPI, all points were classified from alert zone to risk zone, except P7 which
remained a risk zone during the whole study period. In the sixth cycle, a reduction of
oviposition was observed. Coincidentally, during this cycle P1, P2, P3, P4 and P6 were
were classified as control zones, and that according to IDV, P1 and P4, were classified
as control zones, in the sixth and seventh cycles, respectively (Table 1).
aegypti in the municipality of Agrestina, with hotspots occurring from May to October
2016 (third to fifth cycles) and January to February 2017 (first cycle). A reduction of
53
eggs density was observed during the study, as well as the dispersion and high
concentration of eggs at P7, during March and April 2017 (second cycle) (Figure 3).
DISCUSSION
The results obtained in this study highlight the presence of Ae. aegypti in the
Northeastern Brazil. The exclusivity of this species in the area may be related to its
predilection for domestic and urban environments, which presents many similarities
with the Ae. albopictus species regarding adaptation to the domestic environments as
well as to the urban. A study performed in the state of Rio de Janeiro evaluated the
frequency of culicid species in different environments, and observed that Ae. aegypti is
The predominance of eggs in P2, P4 and P6 at the third and fourth cycles of
2016, is most likely related to the high population density of this area, as well as to the
lack of basic sanitation, which is a common problem in Brazilian urban areas. A study
human population process, associated with the intense environmental impact due to the
the absence of regular water supply in these areas has contributed to the spreading of
these vectors. Interestingly, at the third and fourth cycles of 2016 a higher oviposition
was observed. This period overlaps a time period in which high relative humidity was
After comparing the number of eggs captured in the ovitraps according to the
climatic factors registered during all cycles of the study, the results showed that RH is
54
directly related to the increase in the number of eggs. This finding corroborates with a
study performed in Nepal, in which authors reported that high relative humidity
contributes for the hatching of these eggs. In addition, the same study found that
temperature, relative humidity and rainfall affected significantly the abundance of Ae.
aegypti population21.
The entomologic indexes OPI, EDI and VDI demonstrated that many areas of
the municipality were at risk. This finding has been very frequent in Brazilian urban
areas where high population density, as well as the absence of basic sanitation and
traps demonstrated sensitivity to capture culicid eggs and consequently to detect areas
of higher vulnerability for the transmission of arboviruses. The methods used in this
georeferencing, show that for the effective control of the Ae. aegypti it is necessary to
implement and monitor these tools, in association with better actions in health
education.
vulnerable areas for the presence of foci of Ae. aegypti. Moreover, it showed that
ovitraps associated with georreferenced tools should be more frequently used to assess
CONFLICT OF INTEREST
ACKNOWLEDGMENTS
55
The authors would like to thank the Secretaria Municipal de Saúde de Agrestina,
IV Gerência Regional de Saúde and Secretaria Estadual de Saúde for supporting this
study.
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59
FIGURE 2 – Number of eggs collected per cycle in Agrestina, Pernambuco, Brazil and relative humidity observed
16000 100
89,7 90
14000 87,7
79 80
77,8 76
12000 75
70
Temperature e humidity
10000
60
Number eggs
Umidade (%)
Humidity (%)
40
6000
Pluviosidade
Rainfall (mm) (mm)
30
4000 24,4 26 25 25
23,9 22,6
20
2000
10
6,0 7,49
4,9 4,52
1,6 2,5
0 0
Cycle
Ciclo 33 Cycle
Ciclo 4 Cycle
Ciclo 55 Cycle66
Ciclo Cycle11
Ciclo Cycle22
Ciclo
Cycles
61
FIGURE 3 – Kernel estimation map of eggs in ovitraps in the municipality of Agrestina, Pernambuco, Brazil
62
Table 1 – Entomological indexes obtained through ovitraps in different collection points in Agrestina, Pernambuco, Brazil.
Collection CYCLE
Points
3º/2016 4º/2016 5º/2016 6º/2016 1º/2017 2º/2017
OPI% EDI VDI OPI% EDI VDI OPI% EDI VDI OPI% EDI VDI OPI% EDI VDI OPI% EDI VDI
P1 100.0 98.8 98.8 80.0 133.2 106.6 80.0 48.9 39.2 60.0 31.7 19.0 55.0 38.2 21.0 60.0 62.0 37.0
P2 95.0 114.6 108.9 100.0 148.9 148.9 80.0 72.1 57.7 50.0 26.0 13.0 70.0 14.9 10.4 70.0 23.7 16.6
P3 90.0 55.8 50.2 80.0 71.1 56.9 70.0 35.3 24.7 55.0 26.5 14.6 70.0 27.4 19.2 70.0 53.1 37.2
P4 90.0 128.8 115.9 100.0 121.6 121.5 60.0 44.9 27.0 55.0 15.5 8.5 60.0 9.5 5.7 90.0 15.2 13.7
P5 100.0 91.4 91.4 100.0 79.8 79.8 75.0 58.7 44.0 70.0 35.8 25.0 50.0 28.0 14.0 50.0 48.9 24.5
P6 80.0 170.4 136.6 100.0 150.6 150.6 80.0 77.4 62.0 50.0 41.7 20.9 80.0 40.3 32.2 45.0 60.6 27.3
P7 100.0 90.9 90.9 100.0 88.1 88.1 85.0 38.2 32.5 85.0 28.2 24.0 70.0 45.2 31.6 90.0 106.5 95.9
63
12. APÊNDICE