Citologia e Histologia - Aula 03

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Citologia e Histologia - Aula 03

Prof. Mayara Fialho


O que é a Cromatina:
Cromatina consiste num complexo de DNA, RNA e proteínas que está presente no núcleo
celular dos eucariontes, em forma de um longo filamento. As histonas são as principais proteínas que
formam as cromatinas.
A cromatina costuma ser dividida em duas categorias, de acordo com a sua condição:
eucromatina e heterocromatina.

• Eucromatina: quando os filamentos de cromatina estão menos condensados significa que possui


DNA ativo, ou seja, a célula é capaz de "ler" o conteúdo deste material genético.

• Heterocromatina: os filamentos estão condensados, enrolados entre si num emaranhado. Neste


caso, o DNA está inativo, pois as células naquele momento não são capazes de codificar o
material genético condensado.
O que é a Cromatina:

É possível diferenciar a
eucromatina e a heterocromatina em Eucromatina e Heterocromatina vistas
em microscópio
laboratório através da cor. Quando
aplicado um corante especial, as zonas
que possuírem uma tonalidade mais
intensa significa um acúmulo de
cromatina, ou seja, heterocromatina.
Quanto mais clara for a região, por sua
vez, significa onde a cromatina está
menos condensada (eucromatina).
O que são os cromossomos?

Cromossomos são estruturas compostas


de DNA que, por sua vez, carregam os genes
de um ser vivo, responsáveis por definir as
características físicas particulares de cada
indivíduo.
Os cromossomos estão localizados no
núcleo das células que compõem o ser vivo.
Os seres humanos possuem 46 cromossomos,
divididos em 23 pares, sendo 44 autossomos e
2 sexuais.
O que são os cromossomos?

Os cromossomos que formam pares são chamados de homólogos e constituem as


chamadas células diploides (2n).
Todas as informações genéticas de determinado indivíduo, como a cor dos cabelos,
a cor dos olhos, a estrutura física, e outras características hereditárias, estão presentes
no DNA da pessoa. Os cromossomos servem para armazenar todas essas informações,
condensando o material genético para que caiba no interior das células.
Inicialmente, o primeiro cientista a observar os cromossomos foi o biólogo suíço Karl
Wilhelm von Nägeli, em 1842. Porém, apenas com Thomas Hunt Morgan, em 1910,
descobriu-se que os cromossomos são responsáveis por armazenar o material genético
dos seres vivos.
Estrutura dos cromossomos

Os cromossomos são formados por histonas, proteínas que formam grupos que são
englobados por moléculas de DNA. Estes conjuntos são chamados de nucleossomos e podem
existir vários destes grupos em uma única molécula de DNA.
Obviamente, existem diferenças entre a estrutura dos cromossomos dos procariontes (as
bactérias, por exemplo) e do eucariontes (os seres humanos, por exemplo).
No caso dos eucariontes, cada cromossomo possui um centrômetro (a sua região mais
condensada) e, neste ponto, as cromátides-irmãs estão ligadas (os dois “braços” que formam um
cromossomo).
Nas extremidades dos “braços” dos cromatídeos estão estruturas especiais chamadas
de telômeros, são responsáveis por manter a estabilidade estrutural do cromossomo.
Tipos de cromossomos

Os cromossomos não são todos iguais, podendo


variar a sua forma de acordo com a posição do
“estrangulamento” feito pelo centrômero (ponto de
ligação entre os cromatídeos).

• Cromossomo Telocêntrico: o centrômero está


localizado na extremidade terminal do cromossomo.
Tipos de cromossomos

• Cromossomo Acrocêntrico: o centrômero está afastado do centro e


próximo de uma das extremidades, fazendo com que uma das
duplas de “braços” que formam o cromossomo seja maior que a
outra.
• Cromossomo Submetacêntrico: quando o centrômero está pouco
afastado do meio do cromossomo.
• Cromossomo Metacêntrico: o centrômero está no centro do
cromossomo, fazendo com que todos os seus “braços” tenham o
mesmo tamanho.
Síndromes cromossômicas

Uma pequena alteração na estrutura dos cromossomos, pode


desencadear diversos tipos de síndromes e mutações genéticas.
Na espécie humana, por exemplo, mutações nos cromossomos
podem originar distúrbios fisiológicos e biológicos, como a síndrome
de Down (47 cromossomos), a síndrome de Turner (45X ou 47 XXX),
a síndrome de Edwards (47 cromossomos), a síndrome de Klinefelter
(47 XXY), entre outras.
Mitose
A mitose é um processo de divisão celular que resulta na formação de
duas células-filhas com as mesmas características genéticas e o mesmo
número de cromossomos. Esse processo, considerado uma divisão
equitativa, promove o desenvolvimento do organismo, manutenção da
homeostase, renovação dos tecidos e reprodução assexuada.
Antes do início da mitose, a célula é encontrada em um período
chamado de interfase. Durante essa etapa, a célula tem seu DNA duplicado e
ocorre a produção de proteínas. Após a interfase, inicia-se a divisão celular.
Didaticamente, costuma-se dividir a mitose em quatro fases: prófase,
metáfase, anáfase e telófase.
Fases da Mitose
Prófase
• Primeira etapa da mitose;
• Durante essa fase, os cromossomos ficam visíveis em virtude de sua
condensação;
• A membrana nuclear desorganiza-se;
• Os centríolos, que se duplicaram na interfase, migram para o polo da
célula. Inicialmente aparecem fibras em torno dessas organelas que
constituem o áster; depois, entre um centríolo e outro formam-se as fibras
do fuso;
• O nucléolo desaparece e o seu material é distribuído pela célula.
Metáfase
• Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau
máximo. Em virtude dessa característica, essa fase é a melhor
para a análise dos cromossomos;
• Cromossomos ligam-se às fibras do fuso e são alinhados na
região mediana da célula, formando a placa metafásica ou placa
equatorial.
Anáfase
• Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram
para os polos da célula em virtude do encurtamento das fibras do
fuso.
• Quando as cromátides migram juntas para o mesmo polo, ocorre
um processo chamado de não disjunção cromossômica, fazendo
com que uma célula fique com mais cromossomos que outra;
• Essa fase finaliza-se quando os cromossomos filhos atingem os
polos
Telófase

• Fase final da mitose;


• Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso;
• Os cromossomos descondensam-se;
• Ocorre o reaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear (cariocinese);
• No final dessa fase, observa-se a divisão do citoplasma (citocinese) e a
distribuição das organelas entre as células-filhas. Nas células animais, a
citocinese acontece por estrangulamento em razão do aparecimento de um anel
de actina e miosina na região equatorial da célula. Por se iniciar na periferia da
célula, essa citocinese é chamada de centrípeta.
Meiose

A meiose é a divisão celular que ocorre na formação dos gametas, reduzindo o número de
cromossomos de uma espécie pela metade. Assim, uma célula-mãe diploide origina 4 células-filhas
haploides. O processo ocorre por meio de duas etapas de divisões celulares sucessivas, dando
origem a quatro células:

Meiose I: Etapa reducional, pois o número de cromossomos é reduzido pela metade.

Meiose II: Etapa equacional, o número de cromossomos das células que se dividem mantém-
se o mesmo nas células que se formam.

A meiose ocorre quando a célula entra em fase de reprodução, sendo o processo essencial
para a formação de gametas, esporos e nas divisões do zigoto.
Fases da meiose
1. Meiose I
Na interfase os cromossomos são finos e cumpridos. Ocorre a duplicação do DNA e dos 
cromossomos, formando assim as cromátides.

• Prófase I : A prófase I é uma fase bastante complexa, sendo dividida em cinco subfases consecutivas
• Metáfase I : Na metáfase I, a membrana celular desaparece. Os pares de cromossomos homólogos
se organizam no plano equatorial da célula.Os centrômeros do cromossomo homólogos se ligam a
fibras que emergem de centríolos opostos. Assim cada componente do par será puxado em direções
opostas.
• Anáfase I : Na anáfase I, não ocorre divisão dos centrômeros. Cada componente do par de homólogos
migra em direção a um dos polos da célula.
• Telófase I : Na telófase, os cromossomos desespiralizam-se, a carioteca e o nucléolo reorganizam-se
e ocorre a citocinese, divisão do citoplasma. Desse modo, surgem duas novas células haploides.
Fases da meiose
Fases da meiose
2. Meiose II
A meiose II é extremamente semelhante à mitose. A formação de células haploides a partir de outras haploides só é
possível porque ocorre durante a meiose II, a separação das cromátides que formam as díades.
Cada cromátide de uma díade dirige-se para um polo diferente e já pode ser chamada de cromossomo-irmão. As fases da
meiose II são as seguintes:

• Prófase II : Ocorre a condensação dos cromossomos e a duplicação dos centríolos. O nucléolo e a carioteca voltam a
desaparecer.

• Metáfase II: Os centríolos estão prontos para serem duplicados e os cromossomos organizam-se na região equatorial.

• Anáfase II : As cromátides-irmãs separam-se se migram para cada um dos polos da célula, puxadas pelas fibras do fuso.

• Telófase II : As fibras do fuso desaparecem e os cromossomos já encontram-se nos polos da célula. A carioteca surge
novamente e o nucléolo se reorganiza. Por fim, ocorre a citocinese e o surgimento de 4 células-filhas haploides.
Fases da meiose
Quais as diferenças entre a mitose e a meiose?

A mitose e a meiose correspondem aos dois tipos de divisão celular. Porém,


algumas características diferenciam os dois processos:
• A mitose origina duas células-filhas idênticas à célula-mãe. Enquanto isso, na
meiose são geradas 4 células-filhas com material genético diferente ao da célula-
mãe. Além disso, as células-filhas ainda apresentam metade do número de
cromossomos da célula-mãe.
• A meiose reduz pela metade o número de cromossomos nas células-filhas. Na
mitose o número de cromossomos é mantido entre a célula-mãe e as células-filhas.
• A mitose ocorre na maior parte da células somáticas do corpo. Já a meiose ocorre
somente nas células germinativas e esporos.
Formação dos Gametas Humanos

Os gametas são formados a


partir de células especializadas
chamadas células germinativas,
que passam por várias divisões
celulares do tipo mitose que faz
com que se multipliquem. O
processo de formação dos gametas
recebe o nome de gametogênese.
Formação dos Gametas Humanos

Nas mulheres as células germinativas são chamadas ovogônias ou


oogônias e estão localizadas nos ovários. As mitoses que promovem a sua
multiplicação acontecem antes mesmo do nascimento, na vida intra-uterina. O
processo de formação das ovogônias recebe o nome de ovulogênese,
ovogênese ou ainda oogênese.
Nos homens, essas células são denominadas espermatogônias e se
localizam nos testículos. As mitoses ocorrem ao longo de toda vida, sendo
mais frequentes na época da puberdade e menos intensas na velhice. A
formação das espermatogônias é chamada de espermatogênese.
Espermatogênese

As espermatogônias são células diploides (possuem 46 cromossomos),


elas crescem e originam os espermatócitos primários (espermatócitos I) que
realizam a primeira divisão da meiose, originando 2 células-
filhas haploides (23 cromossomos) chamadas espermatócitos
secundários (espermatócito II).
Cada espermatócito II passa pela segunda divisão meiótica, originando
células-filhas semelhantes denominadas espermátides. Cada espermátide
se especializa por meio de um processo onde adquirem o flagelo e perdem
citoplasma, assim é formado o espermatozoide.
Ovulogênese
As ovogônias (células diploides, onde 2n=46) cessam a multiplicação e crescem originando
os ovócitos primários (ovócito I). Cada ovócito primário realiza a primeira divisão meiótica
originando 2 células-filhas diferentes, ambas haploides (n=23).
Uma delas é chamada ovócito secundário (ovócito II) é bem maior pois acumula mais
citoplasma e vitelo (que será usado na nutrição do embrião); a outra é denominada corpo polar
primário (ou glóbulo polar I) e tem tamanho bem reduzido, uma vez que passou quase todo
citoplasma para a célula-irmã. O corpo polar I fica aderido ao ovócito I, mas por não desempenhar
nenhuma função acaba por degenerar.
O ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, que é interrompida durante a metáfase
II. Ocorre a ovulação e é liberado um ovócito secundário, que se for fecundado, dará continuidade às
fases restantes da meiose II. Portanto, somente quando há penetração do espermatozoide no ovócito
secundário que ele se torna verdadeiramente um óvulo, e origina também o corpo polar secundário.

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