Tese MS Carlos Diego O Azevedo
Tese MS Carlos Diego O Azevedo
Tese MS Carlos Diego O Azevedo
Comissão Examinadora:
ii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais que sempre investiram na minha educação, torceram por mim e
me incentivaram a buscar meus objetivos;
Aos meus avós, Luiz e Dilma, que sempre me incentivaram a progredir nos
estudos e vibraram com cada conquista;
iii
Ao meu orientador, Prof. Messias Gonzaga Pereira, por ter acreditado no meu
potencial acadêmico e científico desde os tempos de aluno de iniciação científica,
pela oportunidade de orientação ao longo do meu curso de mestrado e, pelos
conhecimentos transmitidos;
Aos meus coorientadores, Telma Nair Santana Pereira e Alexandre Pio Viana,
pelos conhecimentos transmitidos e por todo o suporte na execução dos meus
experimentos. Em especial, à profª Telma, por acreditar em meu potencial e por
dar-me conselhos que se mostraram cruciais para que eu pudesse vislumbrar
novas conquistas;
À “mãe” de todos os alunos do LMGV, Vitória, bem como aos meus amigos do
LMGV, Pedro, Lucas, Renato, Júlio, Marcela e Fernanda, pelos intercâmbios de
experiências e conhecimentos, assim como por todo o apoio na condução do meu
experimento;
iv
SUMÁRIO
Resumo .................................................................................................................. vi
Abstract ................................................................................................................. viii
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 5
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 15
4.1. Material Genético ...................................................................................... 15
4.2. Extração de DNA ...................................................................................... 20
4.3. Análise Molecular via SSR (Sequências Simples Repetidas) .................... 21
4.3.1. Preparo das Reações de Polimerase em Cadeia (PCR) ................. 21
4.3.2. Eletroforese ...................................................................................... 22
4.4. Análise dos Dados ..................................................................................... 23
4.4.1. Distância Genética ........................................................................... 23
4.4.2. Análise Molecular de Variância (AMOVA) ........................................ 23
4.4.3. Análise de Agrupamento .................................................................. 23
4.4.4. Análise de Coordenadas Principais (PCoA) ..................................... 24
4.4.5. Análise Descritiva ............................................................................. 24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 25
5.1. Aplicação de microssatélites para análise molecular da diversidade
genética de populações de coqueiro (Cocos nucifera L.) provenientes de
diferentes regiões produtoras no Brasil ................................................................ 25
vi
5.2. Aplicação de microssatélites para análise molecular da diversidade
genética de populações de coqueiro Anão Verde do Brasil (Cocos nucifera L. var.
Nana) ................................................................................................................... 33
6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 41
vi
RESUMO
vi
molecular, o DNA genômico foi extraído de acordo com o protocolo “mini-prep” de
Doyle e Doyle com modificações. A análise molecular, via SSR, procedeu-se
seguindo a metodologia sugerida por Baudouin (2009), com modificações. No
total, foram conduzidas reações de amplificação usando 17 primers SSR. Porém,
apenas os 15 primers eficazes foram usados nas análises posteriores. Os
fragmentos de DNA amplificados foram separados por eletroforese em gel de
agarose de alta resolução a 4%, sendo os produtos da PCRs corados como uma
solução de Blue Juice + Gel Red. Após a determinação do score dos fragmentos
amplificados, foi construída uma matriz com os dados do score, a qual foi utilizada
na execução da análise dos dados, promovida pelo programa GenAlEx, e na
geração do dendrograma, pelo programa MEGA 5. Os resultados deste trabalho
foram divididos da seguinte forma: a) na primeira seção, são apresentados os
resultados referentes a uma análise comparativa da diversidade genética entre
distintas populações de coqueiro no Brasil, por meio de microssatélites, a qual
envolveu diferentes populações de Gigante e Anão; b) na segunda seção, foi
promovida uma análise molecular, por microssatélites, da diversidade genética de
populações de coqueiro Anão Verde do Brasil, oriundas de várias regiões
produtoras do país, constituindo o primeiro trabalho, usando microssatélites, que
contemplou todas estas populações. Os valores de Heterozigosidade esperada
(He), também conhecida por diversidade genética, foram baixos, indicando baixo
índice de diversidade genética. Entretanto, as análises de estatística F, Fluxo
Gênico, Coordenadas Principais e Agrupamento indicaram que há diversidade
genética em nível moderado em todas as populações avaliadas. Portanto, este
trabalho aponta que há diversidade genética nas diferentes populações de
coqueiro avaliadas e destaca a diversidade genética detectada em populações de
coqueiro Anão Verde do Brasil (AVB), sobretudo nas populações BGD-PA e BGD-
PI, o que é uma informação muito importante para selecionar parentais e produzir
futuros híbridos AVB X AVB com maior produtividade e qualidade de água.
vii
ABSTRACT
Coconut (Cocos nucifera L.) is a tropical perennial palm tree, which is original from
Southeast Asia and was introduced in Brazil in the middle of 16th century by
Portuguese. In addition, it is one of the main perennial species of economic
interest in the World due to its noteworthy potential to create jobs and income. The
application of molecular markers during selection increases the efficiency in the
identification of the most genetically distant genotypes, potentiating the genetic
gain. The present study, via SSR markers (Simple Sequence Repeats), aims to
evaluate the magnitude of genetic diversity among and within coconut populations,
which are references for seed production in distinct growing regions in Brazil, in
order to select genetically divergent genotypes to be used as parents for future
crosses. Thus, a total of 160 genotypes were used to represent 16 populations of
different coconut varieties (green dwarf, red dwarf, yellow dwarf and tall), each
population from a distinct Brazilian State, emphasizing the Brazil Green Dwarf due
to the relevance of such coconut populations in Brazil, and 10 genotypes from
Mexico. Previously to the molecular analysis, genomic DNA was extracted,
according to “mini-prep” protocol described by Doyle and Doyle. The molecular
analysis via SSR was performed following Baudouin’s method with a few
viii
modifications. Amplification reactions using a total of 17 SSR primers were done.
Nevertheless, only the 15 efficient primers were used in the next analyses. The
amplified DNA fragments were separated by electrophoresis on a high resolution
agarose gel at 4%, the PCR products were stained by a solution of Blue Juice +
Gel Red. After scoring the amplified fragments, a matrix of such data was built and
used during the data analyses carried out by GenAlEx software and the
dendrogram was created by MEGA 5 software. The results of this study were
divided as follows: a) The first section has presented the results referring to the
genetic diversity analysis of several Brazilian coconut populations, which involved
different populations of tall and dwarf coconut; b) The second section, it was
promoted a molecular analysis of the genetic diversity of Brazil Green Dwarf
Coconut from several Brazilian growing regions via microsatellites. There was
never before a study based on microsatellites that used all these BGD
populations. The values of expected heterozigosity (He) also known as genetic
diversity were low, indicating a low level of genetic diversity. Nevertheless, the
analyses of F-statistics, Gene Flow (Nm), Principal Coordinates and Clustering,
indicate that there is genetic diversity at moderate level within all evaluated
populations. Therefore, this study points out that there is genetic diversity in each
evaluated coconut populations and highlights the genetic diversity detected within
the populations of Brazil Green Dwarf coconut (BGD), mainly the populations
BGD-PA and BGD-PI, which is a really important information in order to select
parents e produce future hybrids BGD X BGD with greater yield and water quality.
Keywords: Cocos nucifera L., SSR, Genetic Diversity, Dwarf x Dwarf Hybrids.
ix
1
1 . I N T R O D U Ç ÃO
informações foram revisadas por Santos et al. (1995). Segundo Santos et al.
(1995) no STANTECH (Manual de Técnicas de Pesquisa Padronizadas para o
Melhoramento de Coqueiro), os coqueiros gigantes são alógamos e,
consequentemente, heterozigotos; as palmeiras podem alcançar de 20 a 30m de
altura; o florescimento inicia com cerca de 6 a 10 anos após o plantio; a fase
produtiva estende-se por 60 a 70 anos. Em contrapartida, o coqueiro Anão é
autógamo e, consequentemente, homozigoto; pode atingir de 15 a 18m de altura;
o florescimento inicia com cerca de 3 anos após o plantio; e, permanece com
produção economicamente viável por 30 a 40 anos.
Apesar dessas diferenças botânicas, segundo Liyanage (1950), as
variedades podem ser cruzadas entre si, originando híbridos de características
intermediárias, fato este muito interessante para programas de melhoramento.
A investigação da variabilidade genética entre populações de coco é
fundamental para a busca de fontes de variabilidade genética para o
desenvolvimento de cultivares superiores adaptadas a diferentes condições
ambientais, mas, sobretudo, para a seleção de parentais divergentes a fim de
potencializar a heterose em hibridações futuras.
Inicialmente, antes do desenvolvimento e aplicação dos marcadores
moleculares, os estudos de diversidade genética em coqueiro, assim como em
outras espécies, eram usados marcadores morfológicos. Santos et al. (1995)
apresentam, em seu trabalho, uma lista de marcadores morfológicos que podem
ser aplicados em estudos de diversidade genética em coqueiro.
Entretanto, desde o início dos anos 1980, grandes avanços aconteceram
no que tange à aplicação de marcadores moleculares em plantas, sobretudo em
estudos de diversidade genética, construção de mapas de ligação e seleção
assistida.
Assim como as demais culturas perenes, a seleção de plantas de
coqueiro, baseada apenas em fenótipo, torna o processo oneroso, sobretudo no
que diz respeito ao tempo demandado para a realização dos trabalhos (Santos et
al., 1995). Em contrapartida, os marcadores moleculares podem ser aplicados em
qualquer estádio de desenvolvimento da planta e sofrem pouca influência do
ambiente (Shuster, 2011).
Assim sendo, os marcadores moleculares têm sido muito requisitados,
nos últimos anos, em inúmeros estudos de diversidade genética e seleção
3
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Botânica
O coqueiro é uma planta perene pertencente ao gênero Cocos, o qual
apresenta apenas a espécie Cocos nucifera L., o que denota a ausência de
parentes botânicos nesta espécie. Ainda no que tange à taxonomia, o coqueiro
pertence à Família Arecaceae, antiga Palmaceae, e à subfamília Cocoideae, a
qual possui 27 gêneros e 600 espécies (Teulat et al., 2000).
No que diz respeito aos aspectos morfológicos e botânicos, o coqueiro
apresenta caule do tipo estipe que atinge em média 18 m de altura; sistema
radicular do tipo fasciculado, o qual pode atingir uma profundidade de 1,20 m,
sendo que a região mais explorada pelo sistema radicular seja na faixa de 0,20 a
0,60 m; as folhas são compostas e do tipo penada, sendo as plantas capazes de
emitir de 12 a 18 folhas por ano; as flores são individualmente masculinas e
femininas, porém situam-se em uma mesma planta (monoicia) em inflorescências
do tipo panículas, as quais são axilares e protegidas por brácteas do tipo espata
(Passos, 1998; Holanda et al., 2007).
7
Fitotecnia
De acordo com Fontes et al. (2002), o coqueiro é uma planta tropical e,
portanto, requer: clima quente, com temperatura média de 27°C e não inferior a
15ºC, quando ocorrem distúrbios fisiológicos que comprometem o crescimento e a
floração; umidade relativa do ar superior a 60%, porém não muito elevada para
não comprometer a fisiologia e/ou favorecer a proliferação de fungos; o regime
8
pluviométrico anual deve ser de 1500mm, com taxa mensal de 130mm; e, por fim,
a média de insolação mensal exigida pela planta é de 120h.
Quanto ao solo, o coqueiro mais bem adaptado a solos leves e bem
drenados e, portanto, é adaptado ao tipo de solo predominante nos tabuleiros
costeiros – Neossolo Quartzarênico. Todavia, estes solos apresentam baixa
capacidade de retenção de água, a qual é compensada pela associação quase
frequente desses solos com lençóis freáticos pouco profundos, embora, em
alguns casos, a irrigação se faça necessária. Além disso, estes solos são
sabidamente pobres em nutrientes e matéria orgânica e, dessa forma, é
necessária a suplementação nutricional da planta para garantir o crescimento
vegetativo e produção (Fontes et al., 2002).
Atualmente no Brasil, são cultivados comercialmente o coqueiro Gigante,
o coqueiro Anão e o híbrido, ocupando 70, 10 e 20% dos plantios comerciais no
país, respectivamente (Fontes et al., 2002; Martins, 2011).
O coqueiro Gigante é rústico, crescimento rápido, atinge de 20 a 30m de
altura, inicia o florescimento cerca de 10 anos após o plantio, produz até 80
frutos/planta/ano, sendo esses frutos de médio a grande e o tempo útil de
exploração econômica da planta é de 60 a 70 anos. Os frutos são usados, no
Brasil, desde a forma in natura até em agroindústria de alimentos (Fontes et al.,
2002; Martins, 2011).
O Coqueiro Anão subdivide-se nas subvariedades Verde, amarela e
vermelha, sendo o Anão Verde responsável pela maioria dos plantios comerciais
de coqueiro Anão. Em linhas gerais, a variedade ‘Anã’ caracteriza-se por ser mais
sensível a estresses bióticos e abióticos, apresentar desenvolvimento vegetativo
precoce, atingir de 10 a 12m de altura, iniciar a produção entre 2 a 3 anos após o
plantio e finalizar sua vida útil entre 30 e 40 anos. Em acréscimo, produz cerca de
150 a 200 frutos/planta/ano que se destinam ao consumo in natura e ao uso
agroindustrial (Fontes et al., 2002).
O coqueiro híbrido intervarietal Anão x Gigante é explorado
comercialmente para fins da produção de água de coco, fibras e, sobretudo, para
a produção de polpa (albúmen sólido). As plantas são precoces como as da
variedade ‘Anã’, atingem até 20m de altura e produzem de 130 a 150
frutos/planta/ano, sendo estes frutos de tamanho médio (Fontes et al., 2002;
Martins, 2011).
9
Aspectos Sócio-econômicos
O coqueiro apresenta centenas de usos como fonte de alimento, bebida,
fibras, materiais de construção, óleo (com aplicação farmacêutica e industrial) e
carvão (Batugal et al., 2005; Holanda et al., 2008; Gunn et al., 2011).
A planta é considerada uma das espécies perenes de maior relevância do
mundo, porque detém a capacidade de gerar emprego e, consequentemente, a
renda em vários países, seja mediante o consumo de seus frutos in natura ou
pela industrialização, bem como de outros órgãos desta planta (raiz, estipe,
inflorescência, folhas e palmito), originando mais de 100 produtos e subprodutos
de significativo valor econômico. Além disso, o coqueiro é utilizado como planta
paisagística, adornando espaços públicos e privados (Costa et al., 2005).
Aproximadamente 92 países exploram comercialmente o coqueiro, isto
porque, nesses países, são encontradas condições ideais para o cultivo, tais
como, solos arenosos, alta umidade, boa precipitação e intensa radiação solar
(Aragão et al., 2010; Martins, 2011).
Segundo Batugal et al. (2005), ainda assim, em um passado recente,
apesar do grande potencial da cultura, mais de 90% dos produtores eram, na
verdade, pequenos produtores que apresentavam um baixo nível de qualidade de
vida.
Com o intuito de reverter este quadro, em 1991, o Grupo Consultor em
Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR) incluiu o coqueiro no seu portfólio de
pesquisas e, mais tarde, o Instituto Internacional de Recursos Genéticos Vegetais
(IPGRI) organizou a Rede Internacional de Recursos Genéticos de Coco
(COGENT), a qual visou e ainda visa, por meio do uso sustentável dos recursos
10
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Nomenclatura
Internacional Sequências dos Primers
F: AATCTAAATCTACGAAAGCA
CinCirA3
R: AATAATGTAAAAAGCAAAG
F:AATGTTTGTGTCTTTGTGCGTGTGT
CinCirA9
R:TCCTTATTTTTCTTCCCCTTCCTCA
F: GAGTGTGTGAGCCAGCAT
CinCirB6
R: ATTGTTCACAGTCCTTCCA
F: GCTCTTCAGTCTTTCTCAA
CinCirB12
R: CTGTATGCCAATTTTTCTA
F: AGAAAGCTGAGAGGGAGATT
CinCirC3’
R: GTGGGGCATGAAAAGTAAC
F: ATAGCATATGGTTTTCCT
CinCirC7
R: TGCTCCAGCGTTCATCTA
F: ATACCACAGGCTAACAT
CinCirC12
R:AACCAGAGACATTTGAA
F: TCGCTGATGAATGCTTGCT
CinCirE2
R: GGGGCTGAGGGATAAACC
F: TTGGGTTCCATTTCTTCTCTCATC
CinCirE10
R: GCTCTTTAGGGTTCGCTTTCTTAG
F: TCACGCAAAAGATAAAACC
CinCirE12
R: ATGGAGATGGAAAGAAAGG
F: GGTCTCCTCTCCCTCCTTATCTA
CinCirF2
R: CGACGACCCAAAACTGAACAC
F: AATATCTCCAAAAATCATCGAAAG
CinCirG11
R: TCATCCCACACCCTCCTCT
F: TTAGATCTCCTCCCAAAG
CinCirH4’
R: ATCGAAAGAACAGTCACG
F: GAGATGGCATAACACCTA
CinCirH7
R: TGCTGAAGCAAAAGAGTA
F: TCATTCAGAGGACAAAAGTT
CinCirH11
R: TAAAAATTCATAAAGGTAAAA
F: ACCAACAAAGCCAGAGC
CinCirC5
R: GCAGCCACTACCTAAAAAG
F: CTTGATTGCTATCTCAAATGG
CNZ40
R: CTGAGACCAAATACCATGTGT
-----
4.3.2. Eletroforese
de dados construídas mediante o score das bandas observadas nas imagens dos
géis.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Populações He I %P
BGD-SOUZA-PB 0.061 0.087 13.33
BGD-FS-PB 0.097 0.136 20.00
BGD-PA-CE 0.124 0.196 26.67
RD-GRAM-CE 0.125 0.189 33.33
YD-GRAM-CE 0.104 0.164 33.33
BGDXCRD-CE 0.185 0.282 46.67
Tall-PF-CE 0.159 0.236 33.33
CRD-CE 0.108 0.157 26.67
BGD-PI 0.241 0.351 53.33
BGD-BA 0.052 0.082 20.00
MYD-SE 0.033 0.046 6.67
MRD-SE 0.128 0.180 26.67
Mexican 0.173 0.255 46.67
BGD-OLD-PA 0.096 0.156 40.00
BGD-PA 0.275 0.405 60.00
BGD-Jiqui-RN 0.074 0.108 20.00
Gigante-de-Touros 0.097 0.136 20.00
MÉDIA 0.125 0.186 30.98
dessas populações não deve ser interessante por tender a expressar baixa
heterose, pela baixa heterozigosidade dos pais. Portanto, com base nesta
prerrogativa, é possível afirmar que outras combinações híbridas, tais como,
AVeBrJ x AVeBrPa, AVeBrJ x AVeBrPi e AVeBrPa x AVeBrPi ou AVeBrPi x
AVeBrPa, apresentem índices favoráveis para suscitar combinações híbridas de
performance superior à da AVeBrJ x AVC.
Quanto aos genótipos procedentes do México, é possível destacar um
nível médio de diversidade genética percebido tanto por meio dos valores médios
do Índice de Shannon (I = 0,255) e Heterozigosidade esperada (He = 0.173)
quanto mediante o valor médio da porcentagem de loci polimórficos em população
(%P = 46,67).
Em acréscimo, os resultados deste estudo em relação ao valor médio de
diversidade genética do coqueiro Anão (0.128) corroboram as informações
reportadas por estudos prévios que também usaram microssatélites, por exemplo,
o valor médio de 0.348 observado por Perera et al. (2000), o valor médio de 0.374
encontrado por Perera et al. (2003), o valor médio de 0.222 descrito por Meerow
et al. (2003), o valor médio 0.198 detectado por Nöel et al. (2007), o valor médio
de 0.04 apresentado por Rajesh et al. (2008), o valor médio de 0.21 reportado por
Dasanayaka et al. (2009) e o valor médio de 0.218 notado por Nöel et al. (2011).
O alvo principal deste estudo não era traçar um perfil da diversidade
genética dos coqueiros gigantes do Brasil. Portanto, uma menor
representatividade de acessos de coqueiro Gigante neste estudo implicou valores
de He e I baixos e próximos aos valores observados nas demais populações
avaliadas.
Todavia, o que se espera é que, com uma amostragem mais
representativa, seja possível perceber maiores valores de He e I para as
populações de coqueiro Gigante em detrimento dos valores mais baixos
observados nas populações de coqueiro Anão. Esta tendência pode ser
observada nos seguintes trabalhos que também usaram marcadores
microssatélites: Perera et al., 1999, 2000; Rivera et al., 1999; Teulat et al., 2000;
Meerow et al., 2003; e Perera et al., 2003.
O sistema de cruzamento de populações de coqueiro reforça as
informações apresentadas acima. Coqueiros gigantes são predominantemente
alógamos, enquanto anões são predominantemente autógamos (Liyanage, 1949).
29
Acessos He I %P
BGD-SOUZA-PB 0.061 0.087 13.33
BGD-FS-PB 0.097 0.136 20.00
BGD-PA-CE 0.124 0.196 26.67
BGD-PI 0.241 0.351 53.33
BGD-BA 0.052 0.082 20.00
BGD-OLD-PA 0.096 0.156 40.00
BGD-PA 0.275 0.405 60.00
BGD-Jiqui-RN 0.074 0.108 20.00
MÉDIA 0.128 0.190 31.67
6. CONCLUSÃO
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