Aditivos PE
Aditivos PE
Aditivos PE
Dissertação de Mestrado
i
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais
ii
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Prof. Dr. João Henrique Zimnoch dos Santos por todo
apoio, incentivo, persistência e dedicação durante o período de realização
deste trabalho.
Aos avós da minha filha, por toda dedicação com meu tesouro durante
os vários dias dedicados à escrita dessa dissertação.
iii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14
2. OBJETIVOS .............................................................................................. 16
4. PARTE EXPERIMENTAL.......................................................................... 42
6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 93
v
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3: Aplicações do PEAD (a) Tubos (b) Bombonas (c) Sacolas ............... 20
Figura 4: Aplicações do PEBD (a) Embalagem de Soro (b) Fios e Cabos (c)
Mangueira. ....................................................................................................... 21
Figura 5: Aplicações do PEBDL (a) Sacaria Pet Food; (b) Plástico Bolha; (c)
Embalagem para pão. ...................................................................................... 23
vi
Figura 14: Dinâmica envolvida na aplicação do tratamento corona ................. 40
Figura 15: Ilustração de uma gota em uma superfície não tratada e tratada. .. 40
Figura 18: Três modos de termogravimetria. (a) TGA isotérmica; (b) TGA
quase-isotérmica; (c) TGA dinâmico (Adaptado de [30]). ................................. 48
vii
Figura 33: Teor de Erucamida nas amostras de pellets (A1-A4) ao longo de um
período de 0 a 90 dias de armazenamento ...................................................... 68
Figura 38: (a) sobreposição dos cromatogramas das amostras no tempo zero e
(b) sobreposição dos cromatogramas das amostras 60 dias de armazenamento
dos filmes. ........................................................................................................ 73
Figura 39: Relação de áreas do lado interno do filme ao longo de 90 dias ...... 75
Figura 40: Relação de áreas do lado externo do filme ao longo de 90 dias ..... 75
Figura 41: Espectros de Infravermelho do lado externo dos filmes – tempo zero
......................................................................................................................... 76
Figura 46: Ilustração da migração das amidas no filme (Adaptado de [17]). .... 81
Figura 54: Micrografia da Amostra 2 – Lado interno após 45 dias – Filme com
estrutura característica de sílica ....................................................................... 87
Figura 56: Imagens de AFM de filme sem tratamento e filme com tratamento
corona .............................................................................................................. 90
Figura 57: Imagens de AFM obtidas pelo método de contato intermitente ...... 92
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 8: Dados dos compostos voláteis identificados por GC-MS após 60 dias.
......................................................................................................................... 74
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
CV Coeficiente de Variação
FE Fase estacionária
FM Fase móvel
IF Índice de Fluidez
IR Infra Vermelho
P.A "Pro Analyse". Solvente com grau de pureza que não interfere
nas análises nas quais é usado
PE Polietileno
xi
RESUMO
xii
ABSTRACT
xiii
1. INTRODUÇÃO
14
A presente dissertação encontra-se organizada da seguinte forma: o
capítulo “Objetivos” contempla a descrição do objetivo geral e específicos. O
capítulo de “Revisão Bibliográfica” aborda o polietileno, os aditivos e o cenário.
O capítulo de “Parte Experimental” descreve os materiais, equipamentos e
métodos aplicados neste estudo, bem como um breve descritivo sobre as
técnicas empregadas. Em “Resultados e Discussão” são apresentados os
resultados obtidos, assim como uma discussão sobre os mesmos. No capítulo
de “Conclusão”, são descritas as principais conclusões obtidas nesta pesquisa.
15
2. OBJETIVOS
16
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 POLIOLEFINAS
3.2 O POLIETILENO
17
A estrutura molecular dos vários tipos de polietileno varia. O polietileno
de baixa densidade (PEBD) é caracterizado por ramificações laterais longas
que dão à resina sua combinação de flexibilidade, transparência e facilidade de
processo. O polietileno de alta densidade (PEAD) tem uma estrutura mais
linear, permitindo um empacotamento mais denso das moléculas, resultando
em um material mais denso e rígido. O polietileno linear de baixa densidade
(PELBD) possui ramificações curtas, que são obtidas devido ao comonômero
utilizado, além de ter uma distribuição de massa molar mais estreita. [1]
18
Tabela 1: Comparativo de valores típicos de algumas propriedades do
PEAD, do PEBD e do PEBDL (Adaptado de [6]).
19
As principais aplicações deste tipo de polietileno são sacos e sacolas
para supermercado, frascos e tambores soprados, tubos de pressão e peças
injetadas. O que varia entre estas aplicações, basicamente, é a massa molar e
a distribuição de massa molar. Além disso, em função da alta cristalinidade, o
PEAD apresenta alta capacidade de impermeabilidade à água e resistência
química. [8] A resistência química pode ser melhorada com tratamentos de
superfície, tais como fluoretação e sulfonação ou por coextrusão com outros
polímeros com alta barreira como a poliamida. [1]
21
O PEBDL é um copolímero de etileno e α-olefina, normalmente 1-
buteno, 1-hexeno ou 1-octeno. Estes polímeros têm densidades na faixa de
0,915-0,930 g/cm3 e contém 2-7% (m/m) ou cerca de 1-2% mol/mol de α-
olefina. Eles são polimerizados utilizando catalisadores Ziegler-Natta, ou
metalocenos e podem ser produzidos em um processo de fase gasosa ou em
suspensão.
22
As propriedades de filmes de PELBD são atribuídas a sua linearidade e
cristalinidade geradas devido ao tipo de catalisador usado. Sua cristalinidade,
embora muito menor que a do PEAD, é maior do que a do PEBD. Essa maior
cristalinidade aliada à linearidade das cadeias poliméricas, afetam
positivamente as propriedades mecânicas dos filmes sem causar decréscimo
em suas características ópticas.
Figura 5: Aplicações do PEBDL (a) Sacaria Pet Food; (b) Plástico Bolha;
(c) Embalagem para pão.
23
3.3 ADITIVOS
24
De forma global, os aditivos representam cerca de 20% em peso do
plástico colocado no mercado. A tabela abaixo mostra a distribuição de
consumo dos vários tipos de aditivos.
3.3.1 Deslizantes
25
O coeficiente de atrito (COF) é uma propriedade muito importante para a
indústria de filmes flexíveis, a qual utiliza esta propriedade como um indicativo
de facilidade de deslizamento do filme nas linhas de extrusão, impressão,
laminação e, principalmente, nas máquinas utilizadas para o empacotamento
automático.
Erucamida
Oleamida
COF (Coeficiente de
Deslizante atrito) Deslizante em ppm
Baixo deslizante 0.50-0.80 200-400
Médio deslizante 0.20-0.40 500-600
Alto deslizante 0.05-0.20 700-1000
27
Figura 7: Filme de PEBDL com diferentes teores e tipo de deslizante
(Adaptado da [17]).
* Cristalinidade da resina;
* Condições de processamento;
* Tratamento superficial;
* Adesivos;
28
* Tempo e temperatura de armazenamento.
3.3.2 Antibloqueantes
3.3.2.1 Inorgânicos
29
essa combinação fornece uma interessante alternativa a outros
antibloqueantes. [20]
3.3.2.2 Orgânicos
30
baixa massa molar, como oligômeros. Condições especiais de polimerização e
extração do material de baixa massa molar são geralmente suficientes para
eliminar o bloqueio, mas raramente são utilizados porque a adição de aditivos
antibloqueantes é mais econômica. A seguir alguns parâmetros que podem
causar bloqueio ou reduzi-lo:
- taxa de difusão;
- rugosidade da superfície.
31
grupos hidroxila na sua superfície e esses grupos podem reagir com muitos
polímeros e aditivos. Muito provavelmente ligações de hidrogênio estão
envolvidas no processo. Devido à baixa energia de formação da ligação
hidrogênio, essas ligações são fáceis de serem rompidas e também de serem
refeitas, o que significa que a ligação hidrogênio reduzirá a migração de
substâncias, as quais são susceptíveis a essa ligação.
3.3.3 Antioxidantes
32
com os radicais peróxi ou alcóxi do que os átomos de hidrogênio. Sua principal
reação é com radicais peróxidos (ROO.). As moléculas do estabilizante
competem efetivamente com o polímero pelo sacrifício do seu átomo de
hidrogênio. A reação do radical peróxido com as moléculas de antioxidantes
retarda a produção de radicais alquis que alimenta o ciclo de auto-oxidação.
Cada antioxidante primário pode desativar dois radicais peróxidos. Fazendo
isto, são formados óxidos, hidroperóxidos e radicais metis. [24]
34
aumentar o range das condições de processo, sem a perda de propriedades
físicas, que poderiam ser causadas pela degradação do polímero.[26]
Branqueamento
Aumento da reflexão
36
branco e mais brilhante. Este branqueamento ótico foi descoberto no início do
século XX quando substâncias naturais eram utilizadas para branquear fibras.
Compatibilidade
Resistência a luz
(1) bis-benzoxazoles
(2) phenylcoumains
(3) bis-(styry)biphenyls
37
3.4 INTERAÇÃO COM OUTROS COMPONENTES DA
FORMULAÇÃO
38
3.5 TRATAMENTO CORONA
39
Figura 14: Dinâmica envolvida na aplicação do tratamento corona
Figura 15: Ilustração de uma gota em uma superfície não tratada e tratada.
40
O tratamento é aplicado para facilitar a ancoragem da tinta, no entanto,
prejudica a soldagem do filme. Assim, o nível de tratamento precisa ser
ajustado de acordo com a finalidade, para que não se apresente nem de
maneira excessiva, nem escassa.
41
4. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
42
Foram utilizados aditivos antioxidantes comercializados pela Basf,
deslizantes pela Croda, antibloqueante pela PQ Corporation, auxiliar de fluxo
pela Du Pont - Dow e branqueador ótico pela Basf. O teor dosado (que por
motivo de sigilo não revelado) foi o mesmo utilizado na formulação de filmes
industriais.
PARÂMETROS DE GRANULAÇÃO
Funil (°C) Furos da matriz 12 -
1 (°C) 180 Rosca -
2 (°C) 190 Perfil de rosca -
3 (°C) 200 SEI Kwh/kh
4 (°C) 200 Rotação da rosca 50 rpm
5 (°C) 200 Amperagem/Torque 110 A/%
Temperatura
43
obtenção de um filme plano em forma de tubo, onde o filme é pressurizado com
ar injetado no seu interior, promovendo sua orientação molecular no sentido
transversal. Esse processo é amplamente empregado na obtenção de filmes
destinados à produção de embalagens flexíveis onde há necessidade de
resistência mecânica alta e percentual de alongamento alto.
44
Tabela 6: Parâmetros de Extrusão.
45
4.4.1 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)
46
Metanol. O solvente de extração utilizado foi isopropanol. O fluxo no
cromatógrafo foi de 1,5m L/min. A temperatura da coluna a 35 0C e coluna C18.
47
balança detecta a variação de massa, a temperatura é mantida constante até
se obter um novo patamar, característico de massa constante para a amostra,
e assim sucessivamente; c) TGA dinâmico ou convencional, em que a amostra
é aquecida ou resfriada num ambiente cuja temperatura varia de maneira pré-
determinada, de preferência, à razão de aquecimento ou resfriamento linear.
Figura 18: Três modos de termogravimetria. (a) TGA isotérmica; (b) TGA
quase-isotérmica; (c) TGA dinâmico (Adaptado de [30]).
49
Para realizar a identificação desses componentes, estes quando chegam
ao detector de massas, recebem energia suficiente para que as moléculas
destes compostos se rompam. Esse processo, também conhecido como
fragmentação, ocorre de maneira dependente da estrutura molecular do
composto e, portanto é característico a cada composto orgânico analisado.
50
separadas conforme seu tempo de retenção para posterior identificação no
espectrômetro de massas. A avaliação do cromatograma obtido é feita
posteriormente e os componentes foram qualificados utilizando o software
GCMS #1 Enhanced Data Analyses.
52
uma amostra submete-a a uma faixa larga de energias. Em principio, a análise
dessa faixa de radiação que passa pela amostra da origem ao espectro
completo de infravermelho.
53
feixe infravermelho de incidência ao cristal e o outro que orienta o feixe que sai
do cristal ao detector conforme a Figura 22. [30]
Para esta avaliação foi utilizado o acessório ATR multiponto, que é muito
prático, rápido, não destrói a amostra e dispensa preparação prévia, além de
analisar a superfície das amostras.
54
Figura 24: Imagens do Espectrômetro FTIR e acessórios
55
retangular. O sinal de imagem resulta da interação do feixe incidente com a
superfície da amostra. O sinal recolhido pelo detector é utilizado para modular
o brilho do monitor, permitindo a observação. A maioria dos instrumentos usa
como fonte de elétrons um filamento de tungstênio (W) aquecido, operando
numa faixa de tensões de aceleração de 1 a 50 kV. O feixe é acelerado pela
alta tensão criada entre o filamento e o ânodo. Ele é, em seguida, focalizado
sobre a amostra por uma série de três lentes eletromagnéticas com um spot
menor que 4 nm. O feixe interagindo com a amostra produz elétrons e fótons
que podem ser coletadas por detectores adequados e convertidas em um sinal
de vídeo.
56
Figura 25: Delineamento instrumental dos componentes básicos do MEV.
(Adaptado de referência [35])
57
Figura 27: Equipamento utilizado para recobrimento com carbono ou deposição
metálica sobre as amostras não condutoras
Existem dois tipos de atrito: (i) atrito estático e (ii) atrito dinâmico. Atrito
estático é a resistência oposta ao início do movimento relativo entre duas
superfícies; atrito dinâmico: é a resistência oposta à continuidade de um
movimento relativo entre duas superfícies. Normalmente, o atrito estático é
maior que o dinâmico, porém, para alguns materiais plásticos, esta relação
pode se inverter ou se igualar.
58
força da gravidade. Assim, da mesma forma que para a força de atrito, existem
dois tipos de coeficientes de atrito: estático e dinâmico.
A análise foi realizada nos filmes conforme ASTM D-1894 e obtido média
de três leituras para cada amostra. E com o objetivo de avaliar o COF ao longo
do tempo, as medições foram realizadas em tempos pré-determinados desde o
tempo zero (logo após a extrusão do filme) até 90 dias.
59
Figura 28: Imagem do equipamento para medição do Coeficiente de
Fricção (COF)
O método baseia-se na medida direta da força de resistência ao
movimento de um bloco (sled) por uma célula de carga calibrada. O software
calcula o coeficiente de fricção estático e dinâmico instantaneamente, à medida
que ocorre o movimento.
60
Na presente dissertação, o ensaio foi realizado com espessímetro digital
marca TMI (Testing Machines, Inc.), segundo a ASTM D-6988. A espessura da
amostra é dada pela média aritmética de 20 leituras ao longo do corpo de
prova, sendo que o filme deve ser medido na direção transversal.
61
com a natureza das forças envolvidas: repulsão coulombica (AFM-modo
contato), força de van der Waals (AFM – modo não contato e contato
intermitente), forças magnética, força elétrica e força de atrito, entre outras.
62
As vigas são microfabricadas de silício, sílica e nitreto de silício usando
técnicas fotolitográficas. Dimensões típicas são largura e espessura
respectivamente de 100 e de 1 µm, com constante elástica de 0,1-1 N/m e
frequências de ressonância de 10-100kHz. A deflexão pode ser medida na
ordem de 0,01 nm.
, onde (Equação 1)
64
Figura 32: Imagem do Microscópio de Força Atômica
65
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
66
Tabela 7: Resultados de espessura média dos filmes
67
Para se determinar essa quantidade de aditivo, geralmente é necessário
empregar metodologias e equipamentos capazes de detectar essas
substâncias em quantidades muito pequenas (partes por milhão), sendo
utilizados métodos cromatográficos. Para esta quantificação, foi utilizado um
Cromatógrafo Líquido de Alta Eficiência (HPLC) e a avaliação foi realizada
tanto nos pellets como nos filmes. A Figura 33 apresenta o perfil de liberação
do aditivo (perda) das amostras de pellets, correspondentes às quatro
formulações, A1 – A4.
1000
Teor de Erucamida
800 835
772 790
820 817
803 743 692 686
663 697
600
(ppm)
772 786
837 772 686 641
759 782 732
400 660
628
654 613
200
0
0 5 15 30 60 90
0
N dias
A1 A2 A3 A4
68
A Figura 34 apresenta os dados referentes às formulações A1-A4,
dispostas sob forma de filmes.
1000
Teor de Erucamida
800 816
752 752
812 733
750 739
(ppm)
600 765
727
700
734
629 603
811 742
620 592
773 749
400 764
670
628
609 581
200
0
0 5 15 30 60 90
0
N dias
A1 A2 A3 A4
69
levando a formação de uma –OH substituída derivada da Erucamida. O
mecanismo B envolve a oxidação no C13 seguido pela separação do
hidrogênio levando à formação de um hidroperóxido secundário, o qual pode
sofrer rearranjo e se degradar em dois compostos aldeídos: nonanal e amida
do ácido 13-oxi-tridecanoico. Mecanismos similares podem ser escritos para os
derivados resultantes da oxidação do C14. [38]
Mecanismo A Mecanismo B
70
Conforme Figura 36, a temperatura de máxima decomposição da
Erucamida é de aproximadamente 317 ºC. Diante desta informação, uma
pequena quantidade de erucamida foi aquecida no TGA a 300 ºC por 10
minutos, para que fosse degradada.
71
Os compostos foram identificados através da espectrometria de massas
e estão relacionados na Figura 37.
A b u n d a n c e
T IC : Q M 3 3 9 1 2 A M ID A N O R M A L .D
T IC : Q M 3 3 9 1 2 A M ID A D E G R A D A D A .D (* )
7 5 0 0 0 0
7 0 0 0 0 0
6 5 0 0 0 0
6 0 0 0 0 0
5 5 0 0 0 0
5 0 0 0 0 0
4 5 0 0 0 0
4 0 0 0 0 0
3 5 0 0 0 0
3 0 0 0 0 0
2 5 0 0 0 0
2 0 0 0 0 0
1 5 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0
5 0 0 0 0
0
2 .0 0 4 .0 0 6 .0 0 8 .0 0 1 0 .0 0 1 2 .0 0 1 4 .0 0 1 6 .0 0 1 8 .0 0 2 0 .0 0
T im e - - >
VOLÁTEIS
72
Os compostos da Tabela 7 foram caracterizados de forma qualitativa
através da biblioteca interna do equipamento. Por isso, os resultados
expressos na coluna “P.D. (%)” referem-se à probabilidade de detecção do
composto comparado. Probabilidades menores que 60 % não foram
consideradas.
A b u n d a n c e
Abundanc e
T IC : A M O S T R A 1 .D
2 1 0 0 0 0 0 T IC : A M O S T R A 2 .D (* )
T IC : A M O S T R A 3 .D (* )
T IC: A M O S T R A 1 - 6 0 D IA S .D
(a) (b)
2 0 0 0 0 0 0 T IC : A M O S T R A 4 .D (* )
1 9 0 0 0 0 0
T IC: A M O S T R A 2 - 6 0 D IA S .D (*)
1600000 T IC: A M O S T R A 3 - 6 0 D IA S .D (*)
1 8 0 0 0 0 0
T IC: A M O S T R A 4 - 6 0 D IA S .D (*)
1 7 0 0 0 0 0
1 6 0 0 0 0 0 1400000
1 5 0 0 0 0 0
1 4 0 0 0 0 0 1200000
1 3 0 0 0 0 0
1 2 0 0 0 0 0 1000000
1 1 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0
800000
9 0 0 0 0 0
8 0 0 0 0 0
600000
7 0 0 0 0 0
6 0 0 0 0 0
5 0 0 0 0 0
400000
4 0 0 0 0 0
3 0 0 0 0 0 200000
2 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0
0 1 .0 0 2 .0 0 3 .0 0 4 .0 0 5 .0 0 6 .0 0 7 .0 0 8 .0 0 9 .0 0 1 0 .0 0 1 1 .0 0
1 .0 0 2 .0 0 3 .0 0 4 .0 0 5 .0 0 6 .0 0 7 .0 0 8 .0 0 9 .0 0 1 0 .0 0 1 1 .0 0 1 2 .0 0 1 3 .0 0 1 4 .0 0
T im e - - > T ime -->
73
Tabela 8: Dados dos compostos voláteis identificados por GC-MS após
60 dias.
Substância Mw Tr PD (%)
Pentano 72 1,82 93 90 91 82
2-propanol, 78 1,95 78 82 82 90
2-metil
Hexano 86 2,40 91 89 85 92
1-Pentanol 88 6,43 83 85 82 91
Mw = peso molecular; Tr = tempo de retenção (min); PD = probabilidade de detecção
0,2000
0,1500
AMOSTRA 1
PAR
AMOSTRA 2
0,1000
AMOSTRA 3
0,0500 AMOSTRA 4
0,0000
0 20 40 60 80 100
Tempo de Armazenamento (Dias)
LADO EXTERNO
0,2500
0,2000
0,1500 AMOSTRA 1
PAR
AMOSTRA 2
0,1000
AMOSTRA 3
0,0500 AMOSTRA 4
0,0000
0 20 40 60 80 100
Tempo de Armazenamento (Dias)
Para o lado externo, a relação de áreas indicou que a migração foi muito
semelhante para as amostras 2, 3 e 4, além de ser aproximadamente 30%
superior àquela da amostra 1.
75
Observa-se que as duas amostras que possuem além do deslizante,
antibloqueante em sua formulação, obtiveram maior migração tanto na parte
interna do filme, quanto na parte externa, o que confirma alguns estudos
[20, 39, 40]
realizados anteriormente onde sílicas absorvem agentes deslizantes e,
dependendo da combinação, podem trocar de função entre si.
76
devido à formação de outro composto. Na região de deformação axial de C=O
(Banda de amida I), houve uma inversão na intensidade dos picos. A absorção
mais intensa em 1650 cm-1 indica a presença predominante de amida em fase
sólida. Além disso, nesta região (Figura 43), observa-se a formação de uma
banda em 1660 cm-1, que pode ser atribuída à formação de aldeído com
ligação de hidrogênio intramolecular.[34]
77
Figura 43: Espectro de Infravermelho do Lado externo – após 60 dias, da
região de deformação axial de C=O
78
Figura 444: Espectro de infravermelho de amida normal (azul) e amida
degradada (vermelha)
79
5.7 COEFICIENTE DE FRICÇÃO – COF
80
Figura 46: Ilustração da migração das amidas no filme (Adaptado de [17]).
81
LADO EXTERNO
0,60
0,50
0,40 Amostra 1
COF
0,30 Amostra 2
0,20 Amostra 3
Amostra 4
0,10
0,00
0 20 40 60 80 100
LADO INTERNO
2,00
1,50
Amostra 1
COF
1,00 Amostra 2
Amostra 3
0,50 Amostra 4
0,00
0 20 40 60 80 100
82
aderindo mais e causando maior atrito. Com o passar do tempo, ocorre a
acomodação das cadeias poliméricas, o que diminui naturalmente a área de
[27]
contato e diminui o valor de COF.
FTIR X COF
0,2500 0,60
0,50
0,2000
0,40
0,1500
0,30
0,1000
0,20
0,0500
0,10
0,0000 0,00
0 5 15 30 60 90
83
HPLC X COF
900 0,60
800
0,50
700
600 0,40
500
0,30
400
300 0,20
200
0,10
100
0 0,00
0 5 15 30 60 90
84
Figura 51: Imagem ilustrando volume de interação (Adaptado de [37]).
85
Figura 52: Micrografias obtidas das amostras armazenadas por 7, 30, 45
e 60 dias
86
Figura 53: Micrografia da Amostra 3 – Lado externo após 45 dias
Figura 54: Micrografia da Amostra 2 – Lado interno após 45 dias – Filme com
estrutura característica de sílica
87
através do MEV, algumas sílicas disponíveis comercialmente com o objetivo de
identificar alguma diferença entre elas (Figura 55).
Sílica-1
Sílica-2
Sílica-3
88
5.9 MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA – AFM
89
textura da matriz de polietileno ou alteração na quantidade e/ou morfologia da
camada de cristais de amida.
Figura 56: Imagens de AFM de filme sem tratamento e filme com tratamento
corona
90
91
Figura 57: Imagens de AFM obtidas pelo método de contato intermitente
92
6. CONCLUSÃO
93
7. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
94
8. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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