Colagem de Barbotina
Colagem de Barbotina
Colagem de Barbotina
BANCA EXAMINADORA:
Agradeço
Ao meu Orientador, Prof Dr. Humberto
Gracher Riella, pela sugestão do tema da
dissertação de mestrado, pelos
ensinamentos repassados e pelo apoio
prestado.
Ao Capes pela concessão de bolsa.
À minha família, em especial à minha
mãe, meu irmão e minha nona.
A todos os meus colegas do LabMac, em
especial à Fernanda Chechinatto e Cléber
Zavarine, pela amizade e pelo auxílio nos
ensaios em laboratório.
v
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Figura 15 - Micrografia da Peça verde: (a) próximo ao molde; (b) Centro da peça
LISTA DE SÍMBOLOS
p – Sucção do Molde
Rc – 1/ Kp
t – Tempo
η – Viscosidade da Suspensão
ηR – Viscosidade Relativa
τ - Tensão Aplicada
γ - Deformação (Cisalhamento)
ρ - Densidade
v –Volume de Barbotina
m – Massa da Barbotina
sl – % de Sólidos
∆T – Intervalo de Temperatura
pu – Peso Úmido
ps – Peso Seco
RL – Retração Linear
Lf – Tamanho final
Li – Tamanho inicial
xii
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
Slip Casting as a forming process for clay wares was originated between the years
1700 and 1740, when it appeared as one of the main techniques in ceramic
industries applied in traditional products as well as in advanced ceramic. Some of its
main characteristics are the capacity to obtain complex shaped bodies and the
microstructural homogeneity. This process basically involves ceramic raw materials
suspension in aqueous way and a porous mold. This suspension known as slurry is
introduced into the mould that removes the liquid through its capillarity action and
shapes the clay body according to its inner cavity format. The Brazilian market for
special ceramic tiles has developed since 2000. While regular ceramic tiles cost
about R$ 10.00/m2, the price for special ceramic tiles manually decorated costs at
least R$ 70.00 / m2. Nowadays, ceramic presses produce special ceramic tiles. This
method cannot produce parts which are excessively raised and with abnormal
shapes. This work developed a ware body formulation to obtain special enameled
ceramic tiles using slip casting method. The ideal molding time to slurry, the inner
humidity distribution in crude and the additive influence to drying were studied.
Chemical, mineralogical, thermal gravimetric and dilatometrical analysis were carried
out. Burning parameters to ware body were appraised too.
Key words: slip casting, tiles, slurry, burning parameters, humidity, mould).
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
- Extrusão;
- Prensagem a seco;
- Colagem.
Como parte inicial deste estudo foram realizados ensaios de secagem pela
técnica de colagem, variando-se algumas propriedades reológicas de uma barbotina
empregada atualmente por uma indústria na produção de peças especiais por
colagem.
vem emergindo como uma das principais técnicas utilizadas na indústria cerâmica,
tanto na produção de produtos tradicionais como para o desenvolvimento de
cerâmica avançada [Smith, 1996 e Suzuki, 1996]. Entre os processos coloidais de
formação, a colagem é a mais usada para muitos tipos de pós cerâmicos devido à
alta confiabilidade do processo e sua simplicidade (CAMERUCCI, 1998).
1.2 Objetivos
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Moldagem
uma peça cerâmica oca, despeja-se o excesso de barbotina assim que a parede
atingir a espessura desejada.
2 ⋅ J ⋅ ∆p ⋅ t
L= [Van Vlack, 1973]
η ⋅ Rc
Onde:
Revisão Bibliográfica 12
p=Sucção do Molde;
Rc= 1/ Kp;
t = tempo;
= Viscosidade da Suspensão;
E ainda:
Revisão Bibliográfica 14
a) Que possua consistência baixa para que a pasta “gesso + água” para
fabricar os moldes com as maiores densidades, possa ser facilmente
misturadas e vertidas sem buracos e perda de detalhes;
b) Possuir um coeficiente de dilatação, durante e após a pega, pequeno
porém uniforme, de forma que o molde fabricado se destaque
facilmente da matriz, sem deformações e mantendo precisamente as
dimensões projetadas;
c) A pasta de “gesso + água” deve possuir um período de fluidez, longo e
uniforme, para permitir que possam ser feitos numerosos moldes em
diferentes matrizes, sem pressa.
d) O gesso deve possuir uniformidade em suas propriedades nos
diferentes lotes ou partidas;
e) Deve possuir capacidade de produzir moldes que sofram pequena
abrasão e desgaste e esse desgaste deve ser uniforme na superfície
do molde.
Revisão Bibliográfica 16
Uma das formas de controlar a ação destas forças de Van Der Waals é a
utilização de aditivos que interferem na intensidade destas forças provocando
alterações na reologia da suspensão. Destes aditivos os que mais se destacam são
defloculantes, plastificantes e os ligantes.
2.1.2.1 Plasticidade
2.1.2.2 Floculação
2.1.2.3 Ligantes
Os ligantes são adicionados a barbotina para se obter uma peça crua com
resistência mecânica à verde suficiente para permitir sua manipulação e
armazenagem. O ligante forma pontes orgânicas entre as partículas que resultam
numa adesão forte depois da evaporação da água. Deve auxiliar a estabilização,
atuar como lubrificante entre as partículas, se decompor a baixas temperaturas sem
deixar resíduos, e ser efetivo a baixas concentrações (abaixo de 10% em massa).
Este aditivo é mais usado para a colagem de folhas cerâmicas. Há muitos tipos de
substâncias, naturais ou sintéticas, usadas como ligantes na colagem. Em geral, em
barbotinas aquosas são usados ligantes derivados da celulose, como metilcelulose
(MC), hidroxietilcelulose (HEC) e carboxi-metilcelulose (CMC), ou ainda ligantes do
tipo vinil, como polivinilálcool (PVA) ou polivinilacetato (PVAc).
(c) Temperatura.
Revisão Bibliográfica 23
daquele previsto por Newton. Em virtude disso, novas equações de estado reológico
são necessárias para descrever o comportamento desse tipo de suspensão.
Pode-se definir uma suspensão coloidal como sendo uma dispersão de uma
fase sólida, constituída de partículas com dimensões no intervalo de 1µm a 1nm, em
um meio líquido contínuo. Dentro do espectro das matérias-primas utilizadas no
campo da cerâmica de revestimentos, existe um tipo específico, as argilas, que são
constituídas normalmente por cristais com dimensões nunca superiores a 5 µm e
que atingem, em sua grande maioria, as dimensões coloidais.
Estabilização Eletrostática:
através de cargas nas superfícies das
partículas
Estabilização Estérica:
Da adsorção de polímeros
Estabilização Eletroestérica:
Da adsorção de moléculas ionizadas
ou polieletrólitos
2.1.4.1 Secagem
2.1.4.2 Queima
Ciclo de queima
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
BOX
PESAGEM
MOAGEM
DESCARGA
MOLDAGEM
SECAGEM
1ª QUEIMA
DECORAÇÃO/
ESMALTAÇÃO
2ª QUEIMA
EMBALAGEM
- Percentual de sólidos;
- Resíduo em malha 325 Mesh Tyler;
- Tempo de escoamento em Cup Ford nº4;
- Densidade;
- Secagem após desmoldagem;
Com base na norma técnica NBR 13818 Anexo T (ABNT, 1997) comparou-
se os resultados encontrados de absorção de água com os valores recomendados.
pu 100%
ps x%
m
ρ=
v
Onde:
- ρ = densidade (g/cm³);
estufa a 110ºC com aquecimento lento por 12h para a avaliação de sua umidade
residual.
ms sl
mb 100%
Então, mb – ms = qta
Onde:
Assim
ms - mu = qta2
onde:
α=1 ∗ L
l0 T
RL ( % ) = ( tf) – ti )/ ti . 100
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 8: Fases cristalinas nas matérias primas: Identificadas (+) e não identificadas
(-)
(FICHAS JCPDS)
CAULINITA (14-164) + + + +
ILITA (26-911) - + - -
TALCO (13-558) - - - +
CALCITA(5-558) + - - +
DOLOMITA(36-426) - + - +
MICROCLINO (22-687) - - - -
ALBITA (19-1184) + - - -
MAGNETITA (19-629) - - - -
QUARTZO (33-1161) + + + +
HEMATITA ( ) + - - -
ORTOCLÁSIO ( ) + - - -
Argila A 28 Fundente
Argila B 29 Plástica
Argila C 25 Alto α
Q A - albite
Q - quartzo
H - hematite
m - muscovite
C - caulinite
O - ortoclase
Q
C O
Q Q
m C Q Q Q
m A O m O C AQ
H A
0 10 20 30 40 50 60 70 80
ângulos 2θ
Temperatura (°C)
0
0 200 400 600 800 1000 1200
variação de peso (%)
-2
-4
-6
-8
-10
Figura 9 – Gráfico Análise termogravimétrica
0
0 200 400 600 800 1000 1200
-1 Temperatura (°C)
-2
∆l/l0 (%)
-3
-4
-5
-6
19,40
Umidade residual [%]
19,20
Barb. A
19,00
Barb.B
18,80
Barb. C
18,60
18,40
20 40 60 80
Tempo de moldagem [min.]
16,50
Água Absorvida [g]
15,00
13,50 1,73 g/cm³
12,00 1,67 g/cm³
10,50
9,00 1,61g/cm³
7,50
6,00
20 30 40 50 60 70 80 90
tempo de moldagem [min.]
possuímos uma menor densidade no centro, devido a maior presença de água entre
as partículas sólidas, o que ocasiona o surgimento de tensões durante as demais
etapas do processo gerando defeitos indesejáveis, como trincas, por exemplo. Outro
defeito bastante comum é o aparecimento de um furo na região onde não há contato
com o molde. Na medida em que o processo avança, temos uma tendência para
homogeneização da umidade global da peça, alcançando-se valores satisfatórios em
50 minutos, tempo definido como mais adequado para esta peça e já estipulado nos
ensaios anteriores. As dimensões das peças testadas são as seguintes:
60 mm x 60 mm x 15 mm
Umidade Residual
Figura 15: Micrografia da peça verde, (a) próxima ao molde e (b) região central da
peça.
Resultados e Discussões 60
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
0 120 180 300 420 0
Tempo (min)
Figura 16 - Ciclo de Queima.
1050 0,9
1100 0,75
1140 0,70
Argila A 4
Argila B 48
Argila C 30
Argila D 12
Quartzo 6
Resultados e Discussões 71
Retração
Temp. (ºC) A.A. (%) x 10-7/ºC EPU (%)
(%)
1050 3,0 17 60 0,62
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO
CAPÍTULO 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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slip casting. Journal of European Ceramic Society 2001, n.21, 879-882 p.
FURNAS, C.C.; The relation between specific volume, voids and size
composition in systems broken solids of mixed sizes. Department of Commerce,
Bureau Mines, RI 2894,October 1928.
REED, J.S.; Principles Of Ceramic Processing. John Wiley & Sons, 2nd edition,
New York, 1992.
SANTOS, P.S.; Ciência e Tecnologia das Argilas. Editora Edigard Blucher Ltda 2ª
edição v.1, 1989. 92-235 p.
SMITH, P. A.; KERCH, H. M.; HAERLE, A. G.; KELLER, J.; Micro structural
characterization of alumina and silicon carbide slip cast cakes. J. Am. Ceram.
Soc. n.79, 1996. 2515-2526 p.
SUZUKI, S.; NASU, T.; HAYAMA, S.; OZAWA, M.; Mechanical and thermal
properties of Bo-sialon prepared by a slip casting method. J. Am. Ceram. Soc.
n.79, 1996. 1685-1688 p.
Referências Bibliográficas 81
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Particle Size Distribution on Drying Shrinkage Behavior of Alumina Slip Cast
Bodies. Ceramics International Journal n. 25, 1999. 577-580 p.
TARUTA, S. et al.; Slip casting of alumina powder mixtures with bimodal size
distribution. J. Ceram. Soc. of Japan n.104, 1996. 47-50 p.
ZHANG, Y.; BINNER J.; Enhanced Casting Rate by Dynamic Heating During Slip
Casting. Journal of the European Ceramic Society n.22, 2002. 135-142 p.
Anexos 82
ANEXOS
Matérias primas
Moagem
Portanto R$ 0,018kg.
Depreciação R$ 0,082 kg
Anexos 83
Modelagem e secagem
Primeira queima
Esmaltação
Segunda queima