Apresentação Diabetes No Idoso - Viana - Out2016 PDF

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CONTROLO GLICÉMICO NO

IDOSO
PRINCIPAIS DESAFIOS

Vanda de Sousa
Viana do Castelo, 1 Out 2016
“O prolongamento da vida é uma aspiração de qualquer sociedade. No entanto, só pode ser
considerado como uma real conquista na medida em que se agregue qualidade aos anos adicionais
de vida. Assim, qualquer política destinada aos idosos deve levar em conta a capacidade funcional, a
necessidade de autonomia, de participação, de cuidado e de auto-satisfação. Além disso, deve abrir
campo para possibilidade de atuação em variados contextos sociais e de elaboração de novos
significados para a vida na idade avançada.” (1)

(1) Lima-Costa MF, Peixoto SV, Firmo JOA, Uchoa E. Validade do diabetes auto-referido e
seus determinantes: evidências do projeto Bambuí. Rev Saúde Pública 2007; 41:947-53.
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DIABETES NO IDOSO
ASPECTOS A CONSIDERAR

• Fragilidade
• Limitação funcional
• Alterações do estado psíquico
• Não adesão à terapêutica
• Dor crónica
• Erros na medicação

A carregar…
• Depressão
• Episódios frequentes hipo
• Dependência de terceiros
• Deterioração do controlo glicémico
• Multipatologia
• Polimedicação
• Efeitos secundários

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DIABETES NO IDOSO
OBJECTIVOS E MEDIDAS

• Controlo glicémico
• Tratamento da HTA
• Tratamento da dislipidémia
• Cessação tabágica
• Planos de actividade física adaptados
• Dietas com limitações – atenção!
• Vigilância

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MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA NO IDOSO
QUAIS OS OBJECTIVOS?

Controlo da hiperglicemia e dos Redução das hipoglicemias


seus sintomas

A carregar… Prevenção de
internamento hospitalar

Prevenção, avaliação e tratamento


Manutenção ou melhoria do estado
de complicações macro e micro-
geral de saúde
vasculares

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MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA NA DIAB.
TIPO 2
QUAIS AS RECOMENDAÇÕES?

Monitorização da glicemia é parte


integral e fundamental na gestão da
diabetes

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MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA NA DIAB.
TIPO 2
QUAIS AS RECOMENDAÇÕES?

IDF IDF AGS

ADA/ EASD

ADA

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MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA NA DIAB.
TIPO 2
QUE EVIDÊNCIA?

• Redução da HbA1c
• Identificação e previsão de episódios
hipoglicémicos
• Redução da variação glicémica
• Redução de complicações
• Redução da morbilidade e mortalidade

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GLICEMIA NA DIAB. TIPO 2
METODOLOGIAS DE MONITORIZAÇÃO

Regra dos 3 H • Análise da H bA1C

• Análise de H ipoglicemias

• Análise de H iperglicemias

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ANÁLISE DA HBA1C
PEQUENAS REDUÇÕES – GRANDE IMPACTO

Redução do risco relativo por -1% HbA1c

Mortalidade Insuficiência
- 21% - 16%
associada à Cardíaca
diabetes

Complicações Amputações
- 37%
Microvasculares - 43%

Cirurgia às
- 19%
Cataratas Enfarte do
- 14%
Miocárdio

AVC
- 12%

Fonte: UK Perspective Diabetes Study (UKPDS), Group. UKPDS 35, 2000


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ANÁLISE DA HBA1C
GUIDELINES

Característica do Paciente HbA1c Alvo (%)

Elevada esperança de vida / Baixo risco de 6 a 6,5%


hipoglicemia / Poucas Complicações

A carregar…
Necessidade de redução de doença microvascular <7%

Reduzida esperança de vida / Elevado risco de 7,5 a 8%


hipoglicemia/ Várias complicações

Fonte: ADA EASD Consensus Report, Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2012
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ANÁLISE DA HBA1C
SERÁ SUFICIENTE?

12

11

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ANÁLISE DA HIPOGLICEMIA

• A pessoa idosa tem um risco aumentado de hipoglicemia, devido a:

- Efeitos adversos da medicação


- Nutrição insuficiente
- Diminuição cognitiva
- Insuficiência renal
- Disfunção autonómica

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ANÁLISE DA HIPOGLICEMIA

• O idoso tem mais sintomas de neuroglicopeia (tonturas, delírios, etc) do que sintomas adrenérgicos
(tremor, sudação)
• O idoso tem uma diminuição da contrarregulação à hipoglicemia

• As Hipoglicemias, muitas vezes não sentidas/identificadas pelo idoso, podem provocar:


• - quedas (complicadas de fracturas)
• - alteração do estado de consciência
• - maior risco de eventos cardiovasculares e disfunção cardíaca
• - maior número de admissões (internamentos) hospitalares

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ANÁLISE DA HIPOGLICEMIA

• O idoso sente menos a hipoglicemia, tem menor capacidade de a corrigir e tem uma recuperação
mais lenta.

• Verificar a altura do dia em que geralmente ocorre (jejum ou pós-prandial) e a frequência com que
ocorre

• Avaliar sintomas
• Quando não existe nenhum registo de Hipoglicemia
• Quando existem registos de hipoglicemia

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ANÁLISE DA HIPERGLICEMIA

• Hiperglicemia:
• Focar primeiro nas hiperglicemias de jejum
• Depois, corrigir as hiperglicemias pós-prandiais*
• Identificar a frequência de hiperglicemia
• Identificar quando acontece (ver um dia standard, ver intervalos horários de vários dias)

• Nota: se o doente teve recentemente um agravamento do controlo com hipers de jejum e pós-
prandiais: detectar situações de infecção. Houve alguma alteração de medicação ou estilo de vida?

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REDUZIR A GLICEMIA PÓS-PRANDIAL É A FORMA MAIS EFICAZ
DE ALCANÇAR VALORES DE HBA1C ABAIXO DE 8,5%

Num estudo publicado pela revista internacional Diabetes Care, foram analisados os valores
glicémicos e os episódios de hiperglicemia de 290 pacientes com diferentes níveis de HbA1c
durante um período de 6 meses.

Conclusões:

Influência da glicemia Hba1c<8,5% Hba1c≥8,5%

Influência da glicemia de jejum Influência Reduzida Influência Elevada

Influência da glicemia pós Influência Elevada Influência Reduzida


prandial

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REDUZIR A GLICEMIA PÓS-PRANDIAL É A FORMA MAIS EFICAZ
DE ALCANÇAR VALORES DE HBA1C ABAIXO DE 8,5%

O controlo da glicemia de jejum é essencial. No entanto, torna-se insuficiente para atingir um controlo
glicémico optimizado, para reduzir a HbA1c e para diminuir a ocorrência de complicações associadas
à hiperglicemia pós prandial.

Fonte: Monier, L. et al., Contributions of Fasting and Postprandial Plasma Glucose Increments to the Overall Diurnal
Hyperglycemia of Type 2 Diabetic Patients, Diabetes Care, 2003 18
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MONITORIZAÇÃO GLICÉMICA NO IDOSO
RECOMENDAÇÕES GERAIS

• O cronograma para a auto-monitorização da glicemia deve ser


considerado dependendo de habilidades funcionais e cognitivas do
idosos e do cuidador
• A metodologia deve basear-se nos objectivos do cuidado, níveis de
HbA1c alvo, o potencial de modificar a terapia e o risco de
hipoglicemia

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MONITORIZAÇÃO GLICÉMICA NO IDOSO
O DESAFIO

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MONITORIZAÇÃO GLICÉMICA NO IDOSO
METODOLOGIAS RECOMENDADAS

Quem: Painel internacional de peritos


Objectivo: Criar recomendações para a medição da glicemia na diabetes tipo 2.
Resultado: Conjunto de recomendações, baseadas nas experiências locais dos peritos, na análise
da evidência mais recente (estudos clínicos) e considerando as guidelines actuais para a gestão da
diabetes.

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REDUZIR A GLICEMIA PÓS-PRANDIAL É A FORMA MAIS EFICAZ
DE ALCANÇAR OS VALORES DE HBA1C PRETENDIDOS

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REDUZIR A GLICEMIA PÓS-PRANDIAL É A FORMA MAIS EFICAZ
DE ALCANÇAR OS VALORES DE HBA1C PRETENDIDOS

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VANTAGENS

• Comunicação mais clara entre os profissionais


e discussão de opções

• Visualização dos dados:


• Conclusões mais rápidas e precisas

• Registo do perfil glicémico do doente


• Ajustes terapêuticos
• Ajustes educacionais
• Evolução do perfil

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SUMÁRIO

• Existem aspectos particulares no acompanhamento a adultos e idosos com Diabetes que


devem ser considerados

• Deveremos procurar um balanço entre a qualidade de vida e a optimização do perfil


glicémico, no sentido de prevenir complicações secundárias e internamentos hospitalares

• Para além do valor de HbA1c, a análise da variabilidade glicémica é fundamental para uma
melhor avaliação das hiper e hipoglicemias, permitindo um melhor ajuste terapêutico,
adequação “educacional” e preventiva.

• Existem Guidelines especificas para o acompanhamento da Diabetes em pessoas com mais


de 65 anos

• Existem metodologias de monitorização glicémica simples de aplicar e que providenciam


dados que facilitam a comunicação entre os profissionais e consequentemente uma melhor
gestão da diabetes.

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Obrigada!

Vanda de Sousa
[email protected]

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