AF Diabetes
AF Diabetes
AF Diabetes
Excesso de glicose na
Hiperglicemia corrente sanguínea.
Adultos
• 537 milhões de adultos tem
diabetes (20 a 79 anos).
• 3 em cada 4 diabéticos vivem
em países de baixa e média
renda.
• Quase 50% dos diabeticos não
sabem que possuem a
doença.
(IDF 2021)
(IDF 2021)
Crianças e adolescentes
(IDF 2021)
(IDF 2021)
• O Brasil apresenta as maiores prevalências
de diabetes tipo II (DM2), com 3,3 mil casos
a cada 100 mil adolescentes.
(IDF 2021)
Quais as consequências
da diabetes para a
saúde pública?
Aspectos econômicos e de mortalidade
• Pessoas com DM1 com controle glicêmico deficiente apresentam menor VO2pico, baixa sensibilidade
a insulina, baixa reatividade vascular ao exercício e disfunção mitocondrial do músculo esquelético.
• Preservação da massa e força muscular são essenciais, visando mitigar as comorbidades relacionadas a
diabetes.
• Associada a elevados níveis séricos de creatina quinase, um marcador de dano celular.
• Expressão reduzida e capacidade proliferativa de células satélite musculares.
• Densidade mitocondrial pode estar reduzida.
• O aumento da renovação proteica muscular, a degradação proteica exagerada e uma perda líquida de
massa muscular esquelética são características da deficiente insulinização na DM1.
(Riddell; Peters, 2022)
Complicações crônicas
Retinopatia diabética Risco cardiovascular: Úlcera no pé
• RD (34,6%), edema macular (6,8%) e RD Dislipidemias • Elevados níveis de
com risco de perda de visão (20%). • Duas a quatro vezes mais incidência
morbi-mortalidade e custos
• ↑ risco de complicações micro e macro de doença cardiovascular e acidente
financeiros para tratamento.
vasculares e doença renal vascular isquêmico.
• Incidência ao longo da vida de 19 a
• ↑ risco de insuficiência cardíaca,
34%.
Doença renal crônica doença arterial periférica e
• Recorrência de 40% em um ano e
complicações microvasculares.
• Pode acometer 30 a 50% dos pacientes 65% em três anos apos cicatrização.
• Expectativa de vida de 4 a 8 anos
com diabetes.
• Principal causa de diálise.
menor. Doença hepática gordurosa
Neuropatia periférica metabólica
Hipertensão diabética • Diabetes aumenta as chances de
• Afeta aproximadamente 60% dos • Disfunção dos nervos, de forma desenvolvimento, progressão da
diabéticos tipo II. difusa ou focal doença e piores resultados
• Aumento de 7 vezes o risco de morte. • Prevalência de 49%, 12% em hepáticos.
• Relacionada ao tempo que o individuo pré-diabeticos e 90% em diabéticos • Estima-se afetar 70% dos diabéticos
apresenta diabetes e a presença de candidatos a transplante renal. tipo II.
doença renal. • Colabora para o desenvolvimento de
Insuficiência Cardíaca e Infecção no pé fibrose.
• Complicações mais frequentes que • Mais frequente em pessoas com
síndrome isquêmica aguda exigem hospitalização. obesidade.
• Osteomielite pode complicar em 20%
• Taxa de mortalidade de 75% em 5 anos. as úlceras.
• Complicações cardiovasculares mais • Evento precipitando à amputações
graves. de MMII.
Atividade física e saúde
na diabetes mellitus
Antes da prática – análise do risco cardiovascular
(SBD, 2023)
Cuidados com a glicemia
(SBD, 2023)
Recomendações gerais da
Sociedade Brasileira de
Diabetes para atividade física na
DM1 e DM2
Recomendações Nível
Recomendado - Para indivíduos com condições de risco aumentado para desenvolvimento de DM2 (pré-DM)e
também para prevenção do DM2, é recomendado o mínimo de 150 min de atividade física aeróbia de IB
moderada intensidade e o mínimo de 7% de redução ponderal, seguido de manutenção do peso perdido
A solicitação de exames para rastreamento universal de DCV em pessoas com DM2 que pretendam iniciar a
prática de exercícios físicos NÃO É RECOMENDADA de forma rotineira, exceto se houver sintomas típicos ou III C
atípicos de DCV ou em pessoas de alto ou muito-alto risco cardiovascular.
Recomendado - Praticar exercícios combinados, resistidos e aeróbicos: pelo menos um ciclo de 10 a 15
repetições de cinco ou mais exercícios, duas a três sessões por semana, em dias não consecutivos e, no
IB
mínimo, 150 minutos semanais de caminhada moderada ou de alta intensidade, sem permanecer mais do
que dois dias consecutivos sem atividade.
Recomendado - Pessoas com DM2 ou pré-DM devem reduzir o tempo gasto em atividades sedentárias
IB
diárias, para reduzir o risco cardiovascular.
Recomendado - Pessoas com DM2, especialmente as idosas, pratiquem treinos de equilíbrio e flexibilidade
IB
com o objetivo de redução de quedas.
Recomendado - Pessoas com diabetes recebam orientação de exercício físico por escrito, para melhora da
IB
adesão e do entendimento.
Recomendado - Os praticantes de exercício físico com diabetes, e os profissionais de saúde, sejam
IC
conscientizados sobre os riscos associados do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes e similares.
Recomendações Nível
Recomendado - Incentivar a AF e o exercício físico em pessoas com DM1, como parte do seu tratamento. IC
Recomendado – Os médios avaliaram o risco cardiovascular antes da prescrição de AF ou exercício físico. IC
Recomendado - Pessoas com DM1 de alto ou muito alto risco, que desejem iniciar exercício físico, sejam
rastreadas inicialmente ao menos com eletrocardiograma de repouso. Exames adicionais podem ser IB
solicitados, dependendo da análise individual ou de cada caso.
Recomendado - realizar, no mínimo, 150 min/sem de exercício aeróbico de moderada ou vigorosa
IB
intensidade, não permanecendo mais do que dois dias consecutivos sem exercício físico.
Recomendado - Prática de treinamento aeróbico, resistido ou combinado em uma mesma sessão, para
IIa C
melhora da função endotelial, do condicionamento físico e do controle glicêmico.
Recomendado - Exercícios de equilíbrio e flexibilidade (idem tabela anterior) IC
Recomendado - Monitoramento da glicose antes, durante e após o exercício físico, para minimizar a variação
IB
da glicemia e o risco de hipoglicemia.
Pode ser considerado - Monitorização contínua da glicose intersticial, monitoramento flash de glicose com
IIb C
base em glicose oxidase, colocado transcutaneamente durante o exercício físico.
Pode ser considerado - utilização de tabela de setas nos monitores flash, para manejo da glicemia. IIb C
Pode ser considerado - Reduzir o bolus prandial da refeição que antecede exercício físico, reduzir por um
IIb C
tempo a taxa de infusão basal ou ainda desconectá-la temporariamente.
Possíveis benefícios Possíveis riscos
Cardiovascular (função cardíaca, pressão
Hipoglicemia
arterial, perfil lipídico e função endotelial)
Capacidade funcional (aptidão aeróbica,
capacidade de resistência, força muscular, Hiperglicemia
equilíbrio e flexibilidade)
Melhor funcionamento psicossocial e qualidade
Dor e/ou lesão musculoesquelética
de vida relacionada à saúde
Função cognitiva melhorada Angina, infarto agudo do miocárdio
Redução da mortalidade por todas as causas e Danos aos pés, especialmente se já houver
relacionada a doenças neuropatia e/ou úlceras nos pés
Piora da retinopatia diabética grave já existente
Melhor duração e qualidade do sono
(especialmente se levantar e/ou fazer esforço)
Melhor sensibilidade à insulina
• Exercício vigoroso pode melhorar a glicemia, sem reduzir peso corporal, através da eliminação de
glicose estimulada pela insulina e supressão da produção hepática de glicose.
• Pode estar associado a hipoglicemia de inicio tardio (a noite), caso a sessão seja realizada ao final
do dia ou com correção de insulina para tratar hiperglicemia pós-exercício imediato.
• Está associado a melhor estabilidade glicêmica quando comparado aos exercícios de Endurance
em pessoas com DM1.
• Baixo volume de repetições e alta carga podem provocar elevações marginais na glicemia (DM1).