Aula Alimentos 14jun2022

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DIABETES MELLITUS

Como modelo de doença metabólica


DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
DO DIABETES MELLITUS

• ~7,5% da população brasileira tem diabetes (7,1%


H e 8,1% M) e cerca da metade dos pacientes
desconhece sua doença (Fonte: Vigitel 2018)

• Prevalência de 9,2 % na faixa de 45 –55 anos e


23% na faixa acima de 65 anos!

• Prevalência de 15% em pessoas com ensino


fundamental e 3,7% em pessoas com nível superior
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
DO DIABETES MELLITUS
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
DO DIABETES MELLITUS
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E
CONCEITOS

IMPORTANCIA EPIDEMIOLOGICA
! !
DO DIABETES MELLITUS ica
b l
• Causa mais frequente de mortalidade p úpor problemas
cardiovasculares. d e
a ú
s
einternação hospitalar
• 6 causa mais frequente de
a

a d
l e m
• Principal causa debamputação de membros inferiores
(pés e pernas). r o
e p
n t
• Principal
r a
t causa de cegueira adquirida.
po
m dos pacientes que ingressam em programas de
• I26%
diálise são diabéticos.
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
DO DIABETES MELLITUS
O que é o Diabetes
mellitus?
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E
CONCEITOS

DEFINIÇÃO

“Síndrome de etiologia múltipla,


decorrente da falta de insulina
e/ou da incapacidade da insulina
de exercer adequadamente seus
efeitos”.
Consenso Brasileiro sobre Diabetes (2002)
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES E
CONCEITOS
QUADRO CLÍNICO DO DIABETES
MELLITUS
Sintomas Principais
• Poliúria (urina em excesso)
• Polidipsia (sede em excesso)
• Polifagia (apetite excessivo)
• Perda de peso

Outros Sintomas
• Fraqueza, sonolência, caimbras,
formigamento e dormência nas mãos
• Baixa resistência às infecções e impotência
sexual
WHO. Definition, Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus and its
complications, 1999.
Diabetes mellitus:
classificação etiológica
Classificação etiológica

Em 1997, a ADA e a OMS modificaram a


nomenclatura do diabetes mellitus
1) Os termos “insulino-dependente e insulino-
independente” foram eliminados baseados na
natureza farmacológica desses termos ao invés
das considerações etiológicas
2) DM tipo 1: Destruição da célula , levando a
deficiência absoluta de insulina
DM tipo 2 : Graus variados de resistência
insulínica e deficiência na secreção de insulina
Classificação etiológica

Diferenças entre diabetes tipo I e II


Sem diabetes

Diabetes tipo 2

Diabetes tipo 1
Diabetes Tipo 1
Diabetes Tipo 1
Definições

Diabetes mellitus Tipo I é definido como um


desordem catabólico no qual a insulina circulante
é virtualmente ausente, glucagon elevado e
celulas-b pancreáticas param de responder a
todos os estimulos de secreção de glicose.
Representa o 10% dos diabeticos no Brasil (2018)
Acontece por um processo autoimune em
individuos geneticamente susceptíveis
Diabetes Tipo 1

Deficiencias genéticas

40% da agregação
familiar do diabetes tipo
I é por conta de
polimorfismos em genes
do MHC, principalmente
no HLA-DR2
Polimorfismos no
cromossomo 11, na
região promotora da
insulina também estão
associados a alguns
casos de diabetes tipoI
Diabetes Tipo 1

Autoantígenos
O principal autoantígeno
é producido contra a GAD
(acido glutámico
descarboxilase)
A albumina bovina, que
contem similaridade com
a proteina p69 de
superficie de celulas B ,
também foi postulada
como autoantígeno, mas
foi posteriormente
descartada
Diabetes Tipo 2
Patogênese do Diabetes Tipo 2

Resistência à Insulina

Insuficiência secretória
das
células ß
A HISTÓRIA NATURAL do
Diabetes Mellitus Tipo 2
Fase de Fase Pré-clínica
ou Fase de
Susceptibilidad Fase Clínica
Período de latência Incapacidade
e

Antecedente familiar Ganho de peso Discreta Hiperglicemia Complicações MORTE


Genética excessivo  glicemia mantida crônicas
Outros (?)

Fatores de risco
Obesidade Sedentarismo Pré- Retinopatia
Diabetes
Diabetes Angiopatia
Cardiopatia
Nefropatia
Início Biológico Início dos Sinais
da Doença e Sintomas
Como diagnosticar o Diabetes?
Critérios de diagnóstico

Existem três critérios de diagnostico


recomendados pela ADA

1) Sintomas do diabetes: polidipsia, poliuria,


polifagia, perda de peso, e níves glicemia >200
mg/dL (11,1 mmol/L) quendo monitorada a
qualquer hora
2) Níveis de glicemia > 126 mg/dL (7 mmol/L) após
8 horas de jejum.
3) Níveis de glicemia >200 mg/dL (11,1 mmol/L)
após o teste de tolerância oral a 75 g de glicose
(TTG)
Análises laboratoriais

Sangue

Glicemia
Os valores normais de glicose em jejum
oscilam entre 70-110 mg/dL (3,9 - 6,1 mmol/L).
A concentração de glicose é 10-15 % menor
no sangue total do que no plasma. Por este
motivo, a monitoração é mais eficiente neste
ultimo.
Análises laboratoriais

Sangue
Glicemia
Glicemia plasmática:

 O sangue é coletado em
tubos contendo floreto de
sodio (inibidor de glicólise).
 O plasma ou soro resultante
e armazenado a 4oC
 O método de deteção pode
ser colorimetrico (o-toluidina)
ou enzimatico (glicose
oxidase)
Análises laboratoriais

Sangue

Glicemia
Glicemia capilar:

 É monitorada por tiras de papel


contendo glicose oxidase
 O método é acoplado a um
sistema eletrônico portátil (ex.
Accu Check Easy ® ) que lê a
glicemia durante 45 segundos e
precisa de 12-50 ml de sangue
total.
Análises laboratoriais

Sangue
Hemoglobina glicosilada (glicada)
A Glicohemoglobina (GHb) é
produzida pela reaação entre uma
molecula de glicose e a região
amino-terminal de ambas as cadeias
beta da hemoglobina.
Existem três tipos de Hb glicada:
A1c 4-6% da Hb total
A1b e A1c 2-4% da Hb total
A fração A1c da Hb é elevada de
maneira substancial em diabéticos
com hiperglicemia crônica
Análises laboratoriais

Sangue

Hemoglobina glicosilada (glicada)


A glicosilação de Hb é dependente da concentração de
glicose no sangue.
A reação é não-reversível, porém dependente do tempo de
vida das hemácias (~ 120 dias).
A GHb reflete o estado de glicemia das 8-12 semanas
precedentes ao teste. É o melhor método para monitorar
hiperglicemia crônica

GHb 5 - 7% Glicemia controlada


8 - 15% Glicemia não controlada
Análises laboratoriais

Glicose (mg/dL)= (1,98%HbA1c– 4,29) / 0,056.


Análises laboratoriais

Sangue

Lipoproteínas
Os níveis de Lipoproteinas dependem dos níveis normais
e da ação da insulina
Quando a hiperglicemia é corrigida os níveis de
Lipoproteinas voltam ao normal.
Diabéticos tipo II obesos apresenta-se uma “dislipidemia”
como resultado da resistência a insulina

Trigliceridos séricos (>300-400 mg/dL)


HLD colesterol (< 30 mg/dL)
Análises laboratoriais

Urina

Cetonúria
A cetonúria é a presença de corpos cetónicos na urina, os quais
são secretados como resultado da ausência dos efeitos da
insulina e a ocorrência de cetoacidose diabética.
No entanto outras condições também podem provocar cetoúria:
jejum prolongado, dietas hipercalóricas, febre, etc
Análises laboratoriais

Urina

Proteinuria
A proteinúria é a presença de proteínas na urina.
Normalemnte mede-se a quantidade de proteínas totais e a taxa
de creatinina urinária
Individuos normais secretam < 30 mg de proteína por dia.
A proteinuria alterada manifesta-se severamente (3-5 g de
proteina por dia) quando o quadro de Nefropatia é agudizado
(edema, hipoalbuminemia, hipercolesteromia)
Análises laboratoriais

Urina
Microalbuminúria
É uma forma especifica de proteinúria que reflete a taxa de
secreção de albumina na urina.
Desde que alguns fatores como exercício e dieta rica em
proteínas levam ao aumento de albumina na urina, mede-se
preferencialmente a razão: albumina/creatinina

Alb (mg/L)
Cre (mg/L) < 30 Normal
A microalbuminuria alterada é um dos melhores indicadores
precoces de Nefropatia diabética
Complicações crônicas
do diabetes
Complicações crônicas

Complicações oftalmológicas
Retinopatia diabética
Patogênese

1) Retinopatia não proliferativa

2) Retinopatia proliferativa
Complicações crônicas

Complicações oftalmológicas
Cataratas Normal Catarata

Representa uma mudança


esclerótica do núcleo do cristalino.
Ocorre predominantemente em
diabéticos tipo I e manifesta-se
precocemente.
Apresenta correlação significativa
com a hiperglicemia crônica
A catarata senil é muito comum
em pessoas acima de 70 anos
Complicações crônicas

Complicações oftalmológicas
Glaucoma

Ocorre em aproximadamente
6% dos indivíduos diabéticos
O glaucoma de ângulo
fechado (o mais comum) resulta
da re-vascularização do iris.
Geralmente aparece após
extração das cataratas
Complicações crônicas

Complicações renais
Nefropatia
A Nefropatia caracteriza-se por
uma hiperfiltração glomerular
induzida pela hiperglicemia, que
finalmente danifica a função
renal global
A dilatação da arteriola
glomerular aferente é maior que
a eferente, aumentando a
pressão glomerular hidrostatica
e forçando a passagem de
liquido pelo aparelho de filtração
glomerular.
Complicações crônicas

Complicações neurológicas
Neuropatias
Neuropatia sensorial periférica

A perda de sensibilidade é precedida por meses ou anos


de dor intensa
A dor é normalmente presente nas extremidade
superiores e inferiores.
A neuropatia sensorial avançada impede a percepção de
traumas e provoca deformações nos joelhos e ulcerações
no pé (pé diabético)
Complicações crônicas

Complicações neurológicas
Neuropatias
A síndrome do “pé diabético”

 A neuropatia está presente em 80% dos pacientes


diabéticos que apresentam ulceração nos pés.
 O aumento do risco de ulceração ou amputação
aumenta com:
- sexo masculino
- níveis de glicose não controlados
- complicações cardiovasculares,nefropatia e
retinopatia.
 No Brasil, risco de ocorrência de amputações de
membros inferiores 100 vezes maior entre os diabéticos
Complicações crônicas

Complicações neurológicas
Neuropatias
A síndrome do “pé diabético”

 Aproximadamente 15% das pessoas com diabetes


desenvolverão úlcera nos pés.
 Diabéticos têm 15 vezes mais chances de desenvolver
úlceras nos pés que conduzem à amputação do que os
não diabéticos.
 Isso implica em altos custos de hospitalização, assim
como em termos de afastamento do trabalho, curativos,
efeitos sociais e emocionais e reabilitação.
Complicações crônicas

Complicações neurológicas
Neuropatias
A síndrome do “pé diabético”
Prevenção e manejo do
diabetes
Prevenção e manejo do diabetes

Índice glicêmico dos alimentos (IG)

 O índice glicêmico é um parâmetro com o qual os


alimentos são classificados com base na velocidade
com que aumentam a glicemia e,
consequente, aumento da insulina , hormônio
responsável por manter o açúcar no sangue sob
controle.
 O valor calculado refere-se à glicose pura ou pão
branco, convencionalmente igual a 100.
 Quanto maior o índice glicêmico, mais rápido o
açúcar no sangue aumenta e maior a descarga de
insulina pelas células beta do pâncreas.
Prevenção e manejo do diabetes
Prevenção e manejo do diabetes

Índice glicêmico dos alimentos (IG)

Café da manhã Almoço Janta

Refeição com alto índice glicêmico

Refeição com baixo índice glicêmico


Prevenção e manejo do diabetes

Carga glicêmica dos alimentos (IG)

 Carga glicêmica (CG) é calculada multiplicando-


se o valor do IG daquele alimento pela quantidade (g
ou kg) realmente introduzida do mesmo alimento,
dividindo o resultado por 100.
 A carga glicêmica explica porque algumas frutas,
apesar de terem alto índice glicêmico, ainda podem
ser aceitáveis, do ponto de vista da saúde, por não
causarem altos picos glicêmicos.
 Por exemplo, melancia com IG = 72 e melão com
IG = 65 têm CG baixo = 4.
 Os sucos de frutas causam altos picos glicêmicos,
apesar de terem o mesmo IG da fruta de que são
feitos.
Prevenção e manejo do diabetes
Índice glicêmico dos alimentos (IG)
x
carga glicêmica (CG)
Refrigerante

Aveia

Salmão
Feijão
Prevenção e manejo do diabetes
FATORES QUE DIMINUEM O ÍNDICE
GLICÊMICO DOS ALIMENTOS

 Forma física
Mudanças no tamanho da partícula de alguns alimentos
(purê de batata versus batata inteira

 Processamento
Métodos de processamento que afetam a integridade dos
grânulos de amido e tamanho da partícula facilitam
acesso de enzimas digestórias ao amido no interior
(embalar, triturar, moer, cozinhar e armazenar alimentos)

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