Livro Capitalismo Humanista Amostra KBR
Livro Capitalismo Humanista Amostra KBR
Livro Capitalismo Humanista Amostra KBR
O Capitalismo Humanista
1 Edio
POD
Petrpolis
KBR
2011
Edio KBR
Reviso Marco Antonio Beck e Carla Marcondes Hasson Sayeg
Editorao APED
Capa Carla Marcondes Hasson Sayeg
ISBN: 978-85-64046-73-3
340 - Direito
Sumrio
Introduo 7
Captulo I
Captulo II
Premissas 29
( ) JUS-HUMANISMO NORMATIVO
(2) METODOLOGIA
(3) LIBERALISMO, DEMOCRACIA E PAZ
(4) FEDERALISMO E DIREITOS HUMANOS
9
39
42
46
Captulo IV
9
69
Humanismo Integral 83
3
90
0
4
Captulo V
Capitalismo Humanista
Captulo VI
4
3
9
7
3
6
9
7
4
( ) EXISTNCIA E CONCEITO
( ) FONTES NATURAIS
(3) NATUREZA JURDICA
( ) RELEVNCIA DA TUTELA DO HOMO ECONOMICUS
( ) INCIDNCIA GRAVITACIONAL
Referncias Bibliogrficas
4
200
202
5
Webgrafia 229
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Introduo
2008, o neoliberalismo ainda prevalece na economia mundial, estabelecendo para o planeta a globalizao econmica capitalista. Em sua
formatao original, tal processo se estrutura juridicamente em uma
concepo antijudicialista antropocntrica, individualista e hedonista,
apoiada no pensamento clssico de Adam Smith e David Ricardo.
O regime capitalista e a economia de mercado so realmente necessrios, eicientes e recomendveis, mas no h como desconsiderar
suas principais implicaes negativas, consubstanciadas no esgotamento planetrio e na excluso do circuito econmico, poltico, social e cultural de parcela substancial da humanidade, chegando ao ponto crtico
de coloc-la merc do lagelo da fome, da misria e da subjugao,
ambos inaceitveis.
Ipso facto, a im de conformar o capitalismo s exigncias da
atualidade em favor do homem, de todos os homens e do planeta,
necessrio formular uma teoria jus-humanista de regncia jurdica da
economia e do mercado que, sem abominar este ltimo e, pelo contrrio, recomendando-o, proponha-se a estruturar um direito planetrio
imanente, consagrador do Planeta Humanista de Direito.
Da, no obstante o carter individualista das poderosas foras
do mercado, se contemplar a efetivao multidimensional dos direitos humanos com vistas satisfao universal da dignidade da pessoa
humana, cujo mnimo concreto para o planeta a consecuo dos oito
objetivos gerais identiicados nas Metas do Milnio: (1) erradicar a ex| 17 |
trema pobreza e a fome; (2) atingir o ensino bsico universal; (3) promover a igualdade de gnero e a autonomia das mulheres; (4) reduzir
a mortalidade infantil; (5) melhorar a sade materna; (6) combater o
HIV/AIDS, a malria e outras doenas graves; (7) garantir a sustentabilidade ambiental; e (8) estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.1
As presentes relexes representam uma proposta de caminho
jurdico que, por meio da Lei Universal da Fraternidade, dentro do ambiente capitalista, revele-se apta a conduzir a humanidade, com liberdade e igualdade, na marcha para a democracia e a paz.
Em nosso sentir, o fundamento de tal caminho a proposta deixada por Jesus Cristo, porque, como Ele ensinou, mais do que iguais,
somos irmos, posto que conectados a um elemento comum a tudo e a
todos, cuja existncia ratiicada pela partcula de Deus reconhecida pela fsica quntica e pela cosmologia na teoria do Big Bang e,
biologicamente, pela semente da vida, reairmada pela descoberta do
DNA.
Jefrey Sachs conirma essa conexo planetria ao airmar que a
consecuo dos objetivos de desenvolvimento do milnio requer uma
parceria global apropriada a um mundo interconectado. O mundo realmente compartilha um destino comum.2
Pretendemos assim, por meio da concretizao universal dos direitos humanos em suas trs dimenses subjetivas liberdade, igualdade e fraternidade , lanar um novo olhar jurdico sobre a economia,
elevando o mercado, de sua conhecida e mtica condio de ambiente
selvagem e desumano, a uma economia humanista de mercado para satisfao universal do direito objetivo inato, correspondente dignidade da pessoa humana em suas dimenses de democracia e paz. Como
airma Marques da Silva, a dignidade decorre da prpria natureza
humana.3
Isso tudo ser efetivado sob a perspectiva do esprito objetivo da
humanidade, sntese do tomismo antropoilaco culturalista, em uma
reviravolta em prol do homem, de todos os homens e do planeta, tendo
como base um humanismo que insula o jus-humanismo normativo,
consagrador de um Planeta Humanista de Direito.
1 Declarao do Milnio das Naes Unidas.
2 http://www.institutoatkwhh.org.br, em 19.11.2009.
3 Cidadania e democracia: instrumentos para a efetivao da dignidade humana, p. 227.
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O Capitalismo Humanista
I
Marco Terico da Fraternidade
O Capitalismo Humanista