PMSP Orientações Curriculares para o Ensino Fundamental II
PMSP Orientações Curriculares para o Ensino Fundamental II
PMSP Orientações Curriculares para o Ensino Fundamental II
Cincias Naturais
Gilberto Kassab
Prefeito
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO
Alexandre Alves Schneider
Secretrio
COORDENADORES DE EDUCAO
Eliane Seraphim Abrantes, Elizabete dos Santos Manastarla, Ftima Elisabete Pereira Thimoteo, Hatsue Ito, Isaias Pereira de Souza,
Jos Waldir Gregio, Leila Barbosa Oliva, Leila Portella Ferreira, Marcello Rinaldi, Maria Angela Gianetti, Maria Antonieta Carneiro,
Silvana Ribeiro de Faria, Sueli Chaves Eguchi
EDUCAO ESPECIAL
Adriana Sapede Rodrigues, Mariluci Campos Colacio, Mnica Leone Garcia Federico, Silvana Lucena dos Santos Drago, Yara Tereza
Taccola Andretto
CRCULO DE LEITURA
Angela Maria da Silva Figueiredo, Aparecida Eliane de Moraes, Ivani da Cunha Borges Berton, Leika Watabe, Margareth Ap. Ballesteros
Buzinaro, Regina Celia dos Santos Camara, Rosanea Maria Mazzini Correa, Silvia Moretti Rosa Ferrari, Suzete de Souza Borelli
25947005 2capa.indd 2
11.01.08 10:06:32
2007
ASSESSORIA PEDAGGICA
Celia Maria Carolino Pires - Coordenao Geral
ELABORADORES DE CINCIAS
Maria Teresinha Figueiredo
Snia Salem
COLABORADORES
Equipes Tcnicas das Coordenadorias de Educao
Responsveis pela Coordenao do processo de consulta R.M.E.S.P.:
Adriana de Lima Ferro, Angela Maria Ramos de Baere, Audelina Mendona Bezerra, Cllio Souza
Marcondes, Denise Bullara Martins da Silva, Elisa Mirian Katz, Eugnia Regina de Carvalho Rossatto,
Flvia Rogria da Silva, Francisco Jos Pires, Ivone de Oliveira Galindo Ferreira, Josefa Garcia Penteado,
Yukiko Kouchi, Marcos Ganzeli, Maria Antonia S.M. Facco, Maria Aparecida Luchiari, Maria Aparecida
Serapio Teixeira, Maria do Carmo Ferreira Lotfi, Maria Elisa Frizzarini, Maria Isabel de Souza Santos,
Maria Khadiga Saleh, Sandra da Costa Lacerda, Selma Nicolau Lobo Torres, Silvia Maria Campos da
Silveira, Simone Aparecida Machado, Valria Mendes S. Mazzoli, Vera Lucia Machado Marques
Ciclo II - Integrantes do Grupo de Referncia - Cincias
Sonia Marina Muhringer - Assessora
Adriano Carlos Pinto, Clia da Silva, Cristiane de Paula T.B. Stuani, Edmilson Nazareno Brito, Eliana de
M.P. Bordini, Fernanda de Nadai Caso, Fernanda Valeri Soares, Mrcia Paula de Almeida, Maria Sebastiana Souza Silva, Maurina Izabel da Silva, Mirtes Moreira Silva, Roseli Aniteli Silvrio, Rosicler Nemes
Pinheiro, Sandra Maria Crystal Pereira Simes, Sandra Scoparo Schilingovski Felix, Sonia R.S. Xavier,
Sumara Carman Libardi, Tais Cordeiro Conceio
CENTRO DE MULTIMEIOS
Waltair Marto - Coordenador
Projeto Grfico
Ana Rita da Costa, Conceio Aparecida Baptista Carlos, Hilrio Alves Raimundo, Joseane Alves
Ferreira
Pesquisa de Imagens
Eliete Carminhoto, Iracema Ftima Ferrer Constanzo, Lilian Lotufo Pereira Pinto Rodrigues, Magaly
Ivanov, Maringela Ravena Pinheiro, Patricia Martins da Silva Rede, Nancy Prandini, Rosangela P. C.
B. Morales, Silvana Terezinha Marques de Andrade
AGRADECIMENTOS
A todos os Educadores que leram, sugeriram e contriburam para a redao final deste documento
Editorao, CTP, impresso e acabamento
Imprensa Oficial do Estado de So Paulo
SUMRIO
PARTE 1
1.1 Apresentao do Programa............................................................................................................................. 10
1.2 Articulao do Programa com projetos em desenvolvimento......................................................................... 12
1.3 Articulao do programa com o projeto pedaggico das escolas................................................................... 14
PARTE 2
2.1 Fundamentos legais e articulao entre reas de conhecimento................................................................... 18
2.2 Aprendizagem, ensino e avaliao.................................................................................................................. 19
2.3 Critrios para seleo de expectativas de aprendizagem............................................................................... 23
2.4 Aspectos a serem considerados para organizao de expectativas de aprendizagem nas U. E................... 25
PARTE 3
3.1 Finalidades da matria de Cincias Naturais no ensino fundamental............................................................ 30
3.2 Problemas a serem superados....................................................................................................................... 32
3.3 Objetivos gerais de Cincias Naturais para o ensino fundamental................................................................. 34
3.4 Pressupostos norteadores da construo curricular de Cincias Naturais..................................................... 35
3.5 Critrios de seleo das expectativas de aprendizagem e de sua organizao............................................. 38
3.5.1 Critrios gerais de seleo de expectativas.......................................................................................... 38
3.5.2 Critrios de organizao das expectativas de aprendizagem............................................................... 39
PARTE 4
4.1 Quadros das expectativas de aprendizagem por ano..................................................................................... 50
4.1.1 Expectativas de Aprendizagem para o 1 Ano do Ciclo Ii do Ensino Fundamental............................... 51
4.1.2 Expectativas de Aprendizagem para o 2 Ano do Ciclo Ii do Ensino Fundamental............................... 53
4.1.3 Expectativas de Aprendizagem para o 3 Ano do Ciclo Ii do Ensino Fundamental............................... 55
4.1.4 Expectativas de Aprendizagem para o 4 Ano do Ciclo Ii do Ensino Fundamental............................... 58
PARTE 5
5.1 Diagnstico e ajustes...................................................................................................................................... 62
5.2 Organizao dos contedos . ......................................................................................................................... 62
5.3 Questes de natureza didtica e metodolgica de Cincias Naturais ........................................................... 63
5.3.1 Valorizao dos conhecimentos prvios e concepo de mundo dos alunos....................................... 64
5.3.2 A contextualizao, o cotidiano e o interesse dos alunos...................................................................... 66
5.3.3 Os procedimentos de investigao........................................................................................................ 67
5.3.4 As formas de trabalhar a linguagem...................................................................................................... 69
5.3.5 O trabalho em grupo e o trabalho individual.......................................................................................... 71
5.3.6 Os estudos do meio e sadas a campo.................................................................................................. 72
5.3.7 A resoluo de problemas...................................................................................................................... 73
5.3.8 Avaliao................................................................................................................................................ 74
5.4 Algumas propostas de estratgias e de atividades......................................................................................... 76
5.4.1 Primeiro ano: proposta de atividades para o tema gua.................................................................... 77
5.4.2 Segundo ano: propostas de atividades para o tema Mata Atlntica................................................... 96
5.4.3 Terceiro ano: Propostas de atividades para o tema Alimentao...................................................... 115
5.4.4 Quarto ano: Propostas de atividades para o tema Energia............................................................... 131
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................................. 150
PARTE 1
10
11
12
13
14
15
PARTE 2
18
opo desse tipo possa realmente oferecer algo com sentido cultural e no meros
retalhos de saberes justapostos.
O dilogo entre reas de conhecimento pode ser feito por meio de modalidades
como os projetos interdisciplinares, mas tambm pela explorao de procedimentos
comuns como a resoluo de problemas, as investigaes e ainda a explorao
de gneros discursivos e linguagens nas diferentes reas de conhecimento.
De todo modo, seja no mbito de uma rea ou de um grupo de reas diversas,
a forma de organizao curricular tem enorme importncia porque as decises que
se tomam condicionam tambm as relaes possveis que o aluno vai estabelecer
em sua aprendizagem.
Uma das condies necessrias para a organizao e o desenvolvimento de
um currculo articulado, integrado, coerente, a escolha e a assuno coletiva, pela
equipe escolar, de concepes de aprendizagem, de ensino e de avaliao, sobre as
quais sero feitas algumas reflexes no prximo item.
19
20
com relao aos contedos do currculo escolar. O professor orienta suas aes no
sentido de que o estudante participe de tarefas e atividades que o faam se aproximar
cada vez mais dos contedos que a escola tem para lhe ensinar.
Se a aprendizagem significativa concebida como o estabelecimento de relaes
entre significados, a organizao do currculo e a seleo das atividades devem buscar
outras perspectivas, de forma que o conhecimento seja visto como uma rede de
significados, em permanente processo de transformao; a cada nova interao, uma
ramificao se abre, um significado se transforma, novas relaes se estabelecem,
possibilidades de compreenso so criadas. Tal concepo pressupe o rompimento
com o modelo tradicional de ensino, do domnio absoluto de pr-requisitos, de etapas
rgidas de ensino, de aprendizagem, de avaliao.
A construo de uma nova prtica escolar pressupe definio de critrios para
a seleo e organizao de contedos, a busca de formas de organizao da sala
de aula, da escolha de mltiplos recursos didticos e de articulaes importantes,
como as relativas ao ensino e aprendizagem, contedo e formas de ensin-los,
constituindo progressivamente um ambiente escolar favorvel aprendizagem, em
que os estudantes ampliem seu repertrio de significados, de modo a poder utiliz-los
na compreenso de fenmenos e no entendimento da prtica social.
preciso levar em conta, ainda, que uma aprendizagem significativa no se
relaciona apenas a aspectos cognitivos dos envolvidos no processo, mas est
intimamente ligada a suas referncias pessoais, sociais e afetivas. Afeto e cognio,
razo e emoo compem-se em uma perfeita interao para atualizar e reforar,
romper e ajustar, desejar ou repelir novas relaes, novos significados na rede de
conceitos de quem aprende. preciso compreender, portanto, que a aprendizagem
no ocorre da mesma forma e no mesmo momento para todos; interferem nesse
processo as diferenas individuais, o perfil de cada um, as diversas maneiras que as
pessoas tm para aprender.
Uma aprendizagem significativa est relacionada possibilidade de os aprendizes
aprenderem por mltiplos caminhos, permitindo a eles usar diversos meios e modos
de expresso. Assumindo-se que crianas e jovens de diferentes idades ou fases da
escolaridade tm necessidades diferentes, percebem as informaes culturais de modo
diverso e assimilam noes e conceitos a partir de diferentes estruturas motivacionais e
cognitivas, a funo da escola passa a ser a de propiciar o desenvolvimento harmnico
desses diferentes potenciais dos aprendizes.
21
22
23
24
25
26
de construo dos conhecimentos dos alunos e, de cada rea, essencial que ele
aprenda, inclusive para se apropriar de estratgias que permitam estabelecer as
relaes interdisciplinares entre as reas, tornando a prpria interdisciplinaridade um
contedo de aprendizagem.
Leitura e escrita como responsabilidade de todas as reas de conheci
mento
Um dos problemas mais importantes a serem enfrentados pela escola relaciona-se
ao fato de que a no-garantia de um uso eficaz da linguagem, condio para que os
alunos possam construir conhecimentos, impede o desenvolvimento de um trabalho
formativo nas diferentes reas de conhecimento.
As tarefas de leitura e escrita foram tradicionalmente atreladas ao trabalho do
professor de Lngua Portuguesa e os demais professores no se sentiam diretamente
implicados com elas, mesmo quando atribuam o mau desempenho de seus alunos
a problemas de leitura e escrita.
Hoje, h um consenso razovel no sentido de que o desenvolvimento da
competncia leitora e escritora depende de aes coordenadas nas vrias
atividades curriculares que a escola organiza para a formao dos alunos do
ensino fundamental.
Entendida como dimenso capacitadora das aprendizagens nas diferentes
reas do currculo escolar, a linguagem escrita, materializada nas prticas que
envolvem a leitura e a produo de textos, deve ser ensinada em contextos reais
de aprendizagem, em situaes em que faa sentido aos estudantes mobilizar o
que sabem para aprender com os textos.
Para que isso ocorra, no basta decodificar ou codificar textos. preciso
considerar de que instncias sociais emergem tais textos, reconhecer quais prticas
discursivas os colocam em funcionamento, assim como identificar quais so os
parmetros que determinam o contexto particular daquele evento de interao e de
sua materialidade lingstico-textual.
Por isso, a aproximao entre os textos e os estudantes requer a mediao
de leitores e de escritores mais experientes, capazes de reconstrurem o cenrio
discursivo necessrio produo de sentidos que no envolve apenas a capacidade
de decifrao dos sinais grficos.
27
PARTE 3
30
31
32
vivos como se fosse a nica questo a ser investigada sobre eles que, no entanto,
apresentam tantos outros aspectos relevantes a serem explorados referentes
adaptao e interao nos ambientes em que vivem. Outro exemplo o resumo de
tpicos de Fsica e Qumica do ensino mdio na ltima srie do fundamental. Como
possvel compreender o resumo daquilo que no se conhece amplamente? H
contedos e abordagens dessas cincias que fazem sentido e podem ser tratados
desde as primeiras sries do ensino fundamental, integrando-se compreenso
de outros fenmenos, como as reaes qumicas que transformam substncias na
respirao celular, na digesto, na combusto, na produo e conservao de alimentos,
as trocas de calor nas mudanas de estado da gua, ou, ainda, a compreenso das
propriedades fsicas e qumicas de materiais, que podem explicar seus diferentes
usos no cotidiano. Nesses exemplos no se trata de estudar a tabela peridica dos
elementos qumicos ou as equaes da termodinmica, mas de conceitos fsicos ou
qumicos que explicam fenmenos e situaes que os alunos vo construindo e se
apropriando ao longo do ensino fundamental.
Considerando esses e muitos outros exemplos e incorporando orientaes
propostas nos PCN de Cincias Naturais, nos PCN+ para o Ensino Mdio e outras
sinalizadas pelas pesquisas em Ensino de Cincias que foram elaboradas e
distribudas pelas quatro sries finais do ensino fundamental, as expectativas de
aprendizagem aqui propostas. Como se trata de um momento em que a reorganizao
dos contedos conceituais est ainda em transio, optou-se nessa proposta por
manter alguns dos temas predominantes e mais freqentemente focalizados em
cada uma das sries, modificando, entretanto, no apenas suas abordagens, mas
tambm distribuindo-os ao longo dos quatro anos de forma a comporem unidades
inter-relacionadas que faam sentido e possibilitem um avano na direo de uma
proposta equilibrada e significativa.
33
34
toma como base os seguintes objetivos gerais a serem alcanados pelos estudantes
do ensino fundamental(1):
c ompreender a Cincia como um processo de produo de conhecimento e uma atividade
essencialmente humana;
c ompreender a natureza como um todo dinmico, sendo o ser humano parte integrante
e agente de transformaes do mundo em que vive;
identificar relaes entre conhecimento cientfico, produo de tecnologia e condies de
vida, no mundo de hoje e em sua evoluo histrica;
c ompreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo
benefcios e riscos vida e ao ambiente;
c ompreender a sade como bem individual e comum que deve ser promovido pela
ao coletiva;
reconhecer e utilizar diferentes linguagens - verbal, escrita, corporal, artstica - para descrever,
representar, expressar e interpretar fenmenos e processos naturais ou tecnolgicos;
c ombinar leituras, observaes, experimentaes, registros, etc., para a coleta, a
organizao, a comunicao e a discusso de fatos e informaes;
s aber utilizar conceitos cientficos bsicos, associados energia, matria,
transformao, ao espao, ao tempo, ao sistema, ao equilbrio e vida;
formular questes, diagnosticar e propor solues para problemas reais, a partir de
elementos das Cincias Naturais, colocando em prtica conceitos, procedimentos e
atitudes de sentido cultural e social, desenvolvidos no aprendizado escolar;
v alorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ao crtica e cooperativa para a construo
coletiva do conhecimento.
35
36
que se faam opes, que se priorizem alguns temas e contedos, que se abra mo de
outros. A enorme gama de conhecimentos acumulados nos vrios campos da cincia ao
longo da histria humana no pode ser plenamente contemplada na escola, colocando
questes sobre quais conhecimentos cientficos so mais pertinentes e relevantes? Quais
podem ser excludos do currculo escolar? Que critrios usar para selecionar alguns em
detrimento de outros? Quais as seqncias, tratamentos, abordagens e conexes?
Antes de tudo, h que se considerar como critrio geral perspectiva mais
abrangente da educao bsica, voltada formao da cidadania, ou seja, que
contribua para uma melhor compreenso e atuao na sociedade, que capacite os
jovens a enfrentar desafios e problemas presentes no mundo contemporneo. No
se trata, portanto, como durante muitas dcadas vinha e ainda vem se praticando, de
elencar tpicos padronizados e estanques (quase sempre extrados automaticamente
dos livros didticos) nos quais os conhecimentos tm fins em si mesmos, sem se levar
em conta o sentido mais amplo da formao desejada para os alunos e seu significado
a cada etapa da escolaridade.
Assim, os critrios que orientam a seleo e organizao de contedos e,
portanto, de expectativas de aprendizagem deixam de ter como referncia nica ou
primeira o que ensinar, passando a focalizar o para que ensinar, de modo que
se atribua ao conhecimento um sentido no prprio momento do aprendizado, e no
a mera transmisso de contedos voltada preparao do estudante para etapas
futuras da escolarizao. Ao se centrar no para que ensinar, passa-se a orientar o
ensino na preparao do jovem para a vida, para que seja capaz de lidar e intervir
no mundo real. , pois, importante que na definio de critrios de seleo de
contedos ou expectativas de aprendizagem se tenham como referncia questes
como: quais temas, abordagens e conexes so fundamentais para a apropriao de
conhecimentos, procedimentos, atitudes e valores que promovam a insero dos jovens
na sociedade e na cultura? Que favoream sua formao intelectual? Que permitam
estabelecer relaes com outros conhecimentos? Que levem em considerao suas
vivncias, interesses e potencialidades?
Ainda que responder a essas questes no seja tarefa fcil e com possibilidades
nicas, elas podem orientar o trabalho de professores a estabelecer critrios e fazer
escolhas no planejamento do ensino.
Nessa perspectiva, as expectativas de aprendizagem aqui propostas pressupem
uma organizao curricular em eixos temticos, integrados entre si, a serem
desenvolvidos ao longo das quatro sries finais do ensino fundamental.
37
38
Os eixos temticos
Os conhecimentos cientficos articulados entre si e com conhecimentos
tecnolgicos conferem ao ensino das Cincias Naturais uma perspectiva interdisciplinar,
uma vez que englobam fenmenos e conceitos biolgicos, fsicos e qumicos, bem
como de reas correlatas, tais como a astronomia e a geologia, e ainda conhecimentos
de natureza social e cultural. A orientao proposta pelos Parmetros Curriculares
Nacionais de Cincias Naturais (5a. a 8a. srie) de organizar o ensino segundo eixos
temticos no apenas facilita essa interdisciplinaridade, permitindo maior flexibilidade
na organizao dos contedos, como tambm representa uma ruptura com a lgica
formal e linear segundo a qual currculos e programas disciplinares vinham sendo
elaborados, ou seja, a estruturao disciplinar pelo critrio conceitual, baseada
centralmente na lgica do conhecimento e transformada em uma lista ou ndice de
tpicos ou contedos fragmentados e desprovidos de contexto ou significado.
...a compreenso de fenmenos naturais articulados entre si e com a
tecnologia confere rea de C.N. uma perspectiva interdisciplinar, pois
abrange conhecimentos biolgicos, fsicos, qumicos, sociais, culturais
e tecnolgicos. A opo do professor em organizar os seus planos de
ensino segundo temas de trabalho e problemas para investigao facilita o
39
40
tratamento interdisciplinar das C.N. uma prtica que, nessa rea, j vem
se tornando freqente e recomendvel, pois permite a organizao de
contedos de modo flexvel e compatvel com os seus critrios de seleo.
(PCN - EF - 5a. a 8a. srie, p.36)
1. Vida e Ambiente
Ampliao de conhecimentos sobre os ambientes e seus problemas, sobre os
seres vivos e suas relaes entre si e com os seres humanos, sobre as condies
para a vida.
Dinmica do planeta como um todo, no presente e no passado.
Histria evolutiva dos seres vivos.
Desenvolvido por meio dos seguintes contedos centrais:
1. Ano
2. Ano
Diversidade dos
ambientes. gua, solo
e ar: caractersticas,
fenmenos, relaes,
interveno humana e
suas conseqncias.
Lixo: impactos sobre solo
e gua, decomposio;
produo/reduo/
reutilizao.
3. Ano
4. Ano
Recursos renovveis e
no renovveis. Impactos
ambientais decorrentes
da explorao de
recursos naturais e da
gerao/transmisso/
consumo de energia.
Fenmenos climticos
locais e globais.
41
42
1. Ano
Doenas por
contaminao da
gua, do solo e do ar.
Respirao pulmonar
e problemas de sade
decorrentes de poluio
atmosfrica.
2. Ano
3. Ano
4. Ano
Organizao do corpo
e inter-relaes entre
as funes de nutrio:
alimentao, digesto
e sade (equilbrio
e distrbios como
obesidade, anemia,
bulimia). Sistema urinrio.
Sistema circulatrio.
Sade reprodutiva,
DST/AIDS e mtodos
anticoncepcionais. A
pele e outras defesas do
organismo.
Organismo humano
e interaes com o
ambiente, rgos e
funes sensoriais.
Sistema nervoso e
relaes com os outros
sistemas. Agravos
sade: comportamentos
de risco em aes que
envolvem os indivduos
e seu grupo social
prximo, como sexo
desprotegido, esportes
radicais, violncia, abuso
de drogas.
3. Matria e Energia
Compreenso das origens, processos de transformaes e uso dos materiais e
da energia no mundo natural e tecnolgico, nas relaes de mo dupla entre processo
social e evoluo tecnolgica.
Desenvolvido por meio dos seguintes contedos centrais:
1. Ano
Origens, transformaes
e uso de materiais.
Composio,
propriedades,
transformaes e uso da
gua, do solo e do ar.
Interaes entre gua
e solo. Composio,
transformaes e
destinaes de resduos
slidos.
2. Ano
3. Ano
Energia e composio
qumica dos alimentos.
Transformaes qumicas
no organismo humano.
Origem, composio,
transformaes e
conservao de
alimentos. Medidas de
massa e peso.
4. Ano
Movimentos, locomoo
e meios de transportes;
trabalho, potncia e
energia em movimentos
e mquinas. Fontes,
transformaes e uso
social da energia.
Gerao e consumo de
energia eltrica. Matriz
energtica brasileira.
Transformaes da
matria no uso de
recursos naturais.
Constituio,
organizao da matria
e propriedades dos
materiais. Conservao
de massa e de energia
em processos naturais e
tecnolgicos.
4. Terra e Universo
Compreenso, comparao e elaborao de modelos da Terra, do sistema solar e
do Universo, associando-os s condies para a existncia e manuteno da vida.
2. Ano
Duraes e estaes do ano.
Origem da luz solar e demais
estrelas. Caractersticas fsicas,
composio e clima em diferentes
planetas. Hipteses e modelos
sobre a origem da Terra e do
Sistema Solar. Condies para a
existncia e manuteno da vida.
4. Ano
Atrao gravitacional entre objetos
na Terra e no Universo. Satlites
artificiais e suas aplicaes.
Estimativas de tempos e distncias
astronmicos. Modelos de
formao, constituio e evoluo
do Universo
As dimenses do conhecimento
Este segundo plano organizador das expectativas de aprendizagem agrega
diferentes dimenses presentes na construo e na apropriao de conhecimentos
cientficos, promovendo as finalidades e objetivos do ensino de Cincias. Como j
exposto nesse documento, entendemos que o aprendizado em Cincias Naturais no
se limita aos seus fenmenos, conceitos e teorias, mas envolve aspectos essenciais
compreenso crtica do mundo natural e tecnolgico, tais como suas linguagens,
relaes entre cincia, tecnologia e sociedade, contextualizao histrica e cultural,
valores e responsabilidades individuais e coletivas. Assim, em cada srie, a cada
um dos eixos temticos, as expectativas de aprendizagem esto associadas a
quatro dimenses do conhecimento: 1.Linguagem, representao e comunicao;
2.Fenmenos, conceitos e processos naturais e tecnolgicos; 3.Contextualizao
histrico-cultural; 4. tica e responsabilidade social.
43
44
45
46
3. Contexto histrico-cultural
O processo de construo do conhecimento cientfico e tecnolgico uma
atividade humana, histrica e socialmente determinada. A compreenso desse
processo e de seus desdobramentos polticos, econmicos e culturais parte fundante
da formao cientfica, uma competncia geral que, ainda que tenha particularidades
ligadas a cada uma das reas cientficas, transcende o domnio especfico de cada
uma delas.
Essa compreenso da cincia como construo social, em constante
transformao, com limitaes, dificuldades e polmicas, abrangendo subjetividades,
interesses e concepes de mundo deve estar presente no aprendizado escolar das
Cincias Naturais nas perspectivas j apontadas nesse documento, especialmente
quando se almeja uma viso crtica do mundo.
Isso implica, por exemplo, situar historicamente modelos e explicaes para
diferentes fenmenos, confrontar explicaes e concepes dadas por diferentes
culturas em diferentes pocas, avaliar relaes entre cincia e tecnologia na sociedade
contempornea, sua presena no cotidiano, seu papel na vida humana, seus impactos
na sociedade.
So alguns procedimentos, habilidades e competncias dessa dimenso do
conhecimento e do aprendizado de Cincias (4):
C
ompreender o conhecimento cientfico e o tecnolgico como resultados de uma
construo humana, inseridos em um processo histrico e social.
C
omparar e discutir modelos, explicaes e concepes acerca de fenmenos e
processos naturais em diferentes pocas e culturas.
R
econhecer e avaliar o desenvolvimento tecnolgico contemporneo, suas relaes com
as diversas cincias, seu papel na vida humana, sua presena no mundo cotidiano e
seus impactos na vida social.
47
PARTE 4
50
SER HUMANO E
SADE
VIDA E AMBIENTE
DIMENSO DO
CONHECIMENTO
EIXO TEMTICO
LINGUAGEM,
REPRESENTAO
E COMUNICAO
C20- Diferenciar doenas crnicas desenvolvidas pela poluio do ar na cidade (como bronquite e asma) de outras
contagiosas veiculadas pelo ar (como gripe, tuberculose,
meningite bacteriana).
C17- Reconhecer doenas infecciosas e contagiosas veiculadas pela gua e pelo solo na cidade (tifo, disenteria, leptospirose, verminoses) e propor formas de evit-las.
CONTEXTO HISTRICOCULTURAL
TICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Explorando contextos e situaes do cotidiano que se relacionam aos conhecimentos cientficos, por meio de prticas que podem articular-se
em projetos ou seqncias de variadas atividades didticas, desenvolvendo os eixos temticos e as possveis articulaes entre eles, espera-se
que os estudantes possam:
CINCIAS NATURAIS
51
TERRA E
UNIVERSO
MATRIA E
ENERGIA
C37- Reconhecer e
representar, em desenhos e
esquemas, as diferentes fases
da Lua.
C43- Observar as diferentes fases da Lua e identificar horrios em que aparece e desaparece no cu, relacionando-as
com as suas posies em relao Terra e ao Sol.
C29- Reconhecer importncia da atmosfera para a existncia dos seres vivos, conhecendo sua composio bsica e
principais camadas.
52
ORIENTAES CURRICULARES Proposio de Expectativas de Aprendizagem - Ciclo II
SER HUMANO E
SADE
VIDA E AMBIENTE
DIMENSO DO
CONHECIMENTO
EIXO TEMTICO
LINGUAGEM,
REPRESENTAO E
COMUNICAO
CONTEXTO HISTRICOCULTURAL
TICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Explorando contextos e situaes do cotidiano que se relacionam aos conhecimentos cientficos, por meio de prticas que podem articular-se
em projetos ou seqncias de variadas atividades didticas, desenvolvendo os eixos temticos e as possveis articulaes entre eles, espera-se
que os estudantes possam:
CINCIAS NATURAIS
53
TERRA E
UNIVERSO
MATRIA E
ENERGIA
54
ORIENTAES CURRICULARES Proposio de Expectativas de Aprendizagem - Ciclo II
VIDA E AMBIENTE
LINGUAGEM,
REPRESENTAO E
COMUNICAO
DIMENSO DO
CONHECIMENTO
EIXO TEMTICO
CONTEXTO HISTRICOCULTURAL
TICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Explorando contextos e situaes do cotidiano que se relacionam aos conhecimentos cientficos, por meio de prticas que podem articular-se
em projetos ou seqncias de variadas atividades didticas, desenvolvendo os eixos temticos e as possveis articulaes entre eles, espera-se
que os estudantes possam:
55
SER HUMANO E
SADE
C27- Identificar a ao
protetora das vacinas
como auxiliar do sistema
imunitrio e como resultado
de descobertas e pesquisas
desde o sculo 18.
56
ORIENTAES CURRICULARES Proposio de Expectativas de Aprendizagem - Ciclo II
TERRA E
UNIVERSO
MATRIA E
ENERGIA
57
VIDA E AMBIENTE
SER HUMANO E
SADE
LINGUAGEM,
REPRESENTAO E
COMUNICAO
EIXO TEMTICO
DIMENSO DO
CONHECIMENTO
CONTEXTO HISTRICOCULTURAL
TICA E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
Explorando contextos e situaes do cotidiano que se relacionam aos conhecimentos cientficos, por meio de prticas que podem articular-se
em projetos ou seqncias de variadas atividades didticas, desenvolvendo os eixos temticos e as possveis articulaes entre eles, espera-se
que os estudantes possam:
58
ORIENTAES CURRICULARES Proposio de Expectativas de Aprendizagem - Ciclo II
TERRA E
UNIVERSO
MATRIA E
ENERGIA
C18- Reconhecer e
representar, em um esquema,
os principais componentes e
as etapas de funcionamento
de uma usina geradora de
eletricidade.
59
PARTE 5
62
eixo temtico e so abordados em vrios anos. Assim, por exemplo, temas relacionados
ao planeta Terra so propostos no 1o ano, como mais freqente, mas tambm no
2o, 3o e 4o anos, o que menos habitual. Assim, a Terra est considerada tanto nos
estudos dos ambientes, em assuntos referentes gua, ao ar e ao solo, como no seu
tratamento como planeta do sistema solar, no 1o ano; em suas caractersticas favorveis
ao desenvolvimento da vida e aspectos climticos, no 2o ano; nos aspectos relativos
evoluo dos seres vivos, no 3o ano e nas concepes de Universo no 4o ano.
Tomando-se como exemplo o 1o ano nos contedos relacionados ao Lixo,
percebe-se sua abordagem quer nos eixos Vida e Ambiente e Matria e Energia
(em vrias expectativas das quatro dimenses do conhecimento), quer no eixo Ser
humano e Sade. Assim, no planejamento de um bimestre, quando um assunto a ser
estudado for o Lixo, deve-se levar em conta essas diferentes abordagens.
Quanto s dimenses do conhecimento, formalizadas nas expectativas de
aprendizagem, todas devem ser consideradas a cada assunto planejado, o que fica claro,
no exemplo acima citado sobre o Lixo. Nos eixos temticos que privilegiam esse assunto
(Vida e Ambiente e Matria e Energia) so encontradas expectativas de acordo com
cada dimenso considerada. Para que esta proposta seja visualizada, vale o exerccio de
ler esse exemplo no prprio Quadro de Expectativas do 1o ano, identificando a presena
do tema em cada eixo privilegiado e nas diferentes dimenses do conhecimento.
63
64
65
66
67
68
69
70
para ler e construir quadros, tabelas, desenhos, esquemas e mapas; a algbrica para
relacionar grandezas e variveis, representar corretamente unidades (de massa,
volume, comprimento, tempo...) e para realizar clculos; a verbal para expressar idias,
fazer perguntas, participar de debates, comunicar resultados obtidos em experimentos,
a plstica para criar desenhos, fazer maquetes; a corporal para dramatizar situaes;
a audiovisual para criar ou apresentar fotografias, filmes, fitas de vdeo.
A linguagem verbal, muitas vezes desvalorizada no ensino escolar, por ser vista apenas
em sua funo comunicativa, tem papel importante no desenvolvimento de processos
cognitivos, pois os alunos, na inteno de formularem verbalmente a prpria representao,
compreenso, concluso ou opinio para comunic-las aos demais, so chamados a
reconsiderar e a analisar o que pretendem transmitir, incluindo conceitos e elementos de
estudos e de discusses anteriores, e tornando sua compreenso mais complexa. Soma-se
a isso a importncia, na aquisio de conhecimentos cientficos, dos procedimentos ligados
expresso e comunicao das idias, como argumentar, explicar, posicionar-se.
Por outro lado, a diversificao de recursos e de linguagens verbais e no
verbais promove no apenas competncias importantes no domnio da linguagem,
como oferece o acesso a diferentes formas de lidar com informaes, conceitos e
conhecimentos cientficos.
Desse modo, o livro didtico que continua prevalecendo como principal instrumento
do ensino uma, mas no a nica fonte de referncia, quer do professor, quer do
aluno, especialmente porque tem limitaes e no d conta dos meios, estratgias e
objetivos de ensino, por melhor que seja.
As dificuldades particulares dos alunos em ler com fluncia e compreender o que
lem tm preocupado muito os educadores de todas as reas.
Nessa perspectiva, o Caderno de Orientaes Didticas de Cincias do Programa
Ler e Escrever para o Ciclo II discute e organiza vrios procedimentos para que os
alunos superem as dificuldades de leitura e de escrita, concebendo o entendimento
da leitura de textos de gneros tanto da esfera escolar (como livros didticos e
paradidticos) quanto da esfera social (como revistas, jornais e fico), como objeto
de ensino e ferramenta para a aprendizagem2.
necessrio, portanto, articular o trabalho do Ler e Escrever com as expectativas
aqui definidas, em todas as situaes de ensino.
Referencial de expectativas para o desenvolvimento da competncia leitora e escritora no Ciclo II: caderno de
orientao didtica de Cincias Naturais. Secretaria Municipal de Educao So Paulo: SME/DOT, 2006.
71
72
cognitivo de cada aluno, apresenta propostas, desafios novos e meios para que o
aluno evolua em seu processo de aprendizagem, que interno e individual.
73
74
5.3.8 Avaliao
No incomum nas prticas da educao escolar a concepo de que avaliar
significa medir e determinar um certo valor ao desempenho do aluno de tempos
em tempos, ou aps pacotes e pacotes de contedos. Tal prtica pressupe, em
primeiro lugar, que o principal responsvel pelo sucesso ou fracasso do processo de
ensino o aluno; em segundo lugar, que o aprendizado se d por meio de acmulo
de conhecimentos e que este pode ser medido pelo grau de reteno desses
conhecimentos. Assim como se fragmenta o conhecimento em pacotes, supondo-se
que pela sua soma ou justaposio, o aluno ir adquirir uma viso de conjunto da
matria ensinada, imagina-se que a avaliao do seu aprendizado tambm ocorre
desse modo, fragmentada, localizada e individualmente.
No entanto, quando se concebe o aprendizado como empenho coletivo que
envolve o sistema educacional como um todo, a escola, o professor, o currculo e as
75
76
77
78
Por outro lado, o tema no se esgota nesse primeiro ano e deve ser retomado,
com profundidade e extenso crescentes ao longo de todo o ensino fundamental e,
posteriormente, no ensino mdio. Essa escolha, no entanto, no significa que esse
tema deva ser priorizado nesse ano, quer em termos de conhecimentos abarcados,
abrangncia das atividades ou extenso de tempo. A principal finalidade das seqncias
de atividades propostas sinalizar e apresentar exemplos de estratgias didticas e
metodolgicas, que podem ser estendidas aos demais temas.
79
80
Os alunos fazem, individualmente, uma lista por escrito de coisas que associam
gua : objetos, fatos, fenmenos, situaes, aparelhos, lugares etc.
Provavelmente, as listas dos alunos vo conter coisas muito variadas como:
Rio, mar, lago, chuva, torneira, sede, bebida, suco, filtro, gua mineral, barco,
navio, piscina, banho, cano, cachoeira, aqurio, peixe, poo, gelo, gua oxigenada,
gua-viva, conta dgua, chuveiro, ralo, caixa-dgua, mquina de lavar, nuvem, suor,
xixi, doenas, desidratao, gua benta, litro, garrafa, aqfero, poa, enchente, vapor,
praia, lava-rpido etc..
Organizando e classificando
Os alunos juntamente com o professor classificam ou agrupam essas palavras
em categorias, de acordo com assuntos ou abordagens relacionados a esse tema.
A proposta organizar e classificar o que os alunos levantaram, estabelecendo-se
alguns critrios. Esses critrios podem ser muitos e dependero, principalmente, de
um roteiro estabelecido previamente pelo professor para a abordagem desse tema,
em funo dos objetivos e expectativas de aprendizagem, ainda que tenha certa
flexibilidade seja readequado de acordo com esse levantamento.
Inicialmente os alunos sugerem formas de agrupar essas palavras. As primeiras
categorias podem ser mais especficas como a determinados tipos de uso, se
fenmenos naturais ou objetos/artefatos construdos, se relacionadas diretamente
ao corpo humano, ao meio ambiente, a animais ou plantas, composio (tipo
de gua), a meios de transporte etc. importante que essas propostas sejam
valorizadas e consideradas e que os alunos participem dessa construo, que
sob orientao do professor, vai sendo ajustada em novos reagrupamentos mais
abrangentes na direo pretendida.
Esse procedimento possibilita aos alunos uma viso de conjunto compartilhada
do tema a ser estudado, seus diferentes aspectos, conceitos, problemas, enfoques e
inter-relaes; permite ao professor um ponto de partida comum que leve em conta a
diversidade da turma e de seus conhecimentos prvios e serve como guia para que
ao longo do tratamento do tema, os alunos possam situar cada tpico ou cada novo
conhecimento na seqncia de aulas e atividades propostas. Alm disso, a participao
dos alunos nessa classificao promove um conjunto de habilidades importantes na
aprendizagem de Cincias, de relacionar, articular, mapear, estabelecer critrios,
classificar e estruturar um conjunto de palavras ou idias inicialmente desarticulado.
81
82
83
84
85
86
a tudo que h nesse percurso, j listado previamente por eles e, a partir dessa lista,
comea-se a desenhar o esquema no quadro, solicitando auxlio dos alunos. Por
onde comea? O que vem em seguida? At que um esquema completo que possa
se considerar aceito pelo grupo seja completado.
Atividade 2 gua limpa, gua pura, gua tratada
muito freqente, e faz parte do senso comum, confundir gua limpa
com gua pura, concepo essa que pode ser justificvel, na qual pura tem o
sentido de sem impurezas. Contudo, importante que se compreenda essa
diferena. Assim como os significados atribudos gua potvel, gua mineral
ou natural.
Para isso, a atividade pode ser iniciada com questes como: O que gua
limpa? ou gua limpa gua pura? ou A gua que chega sua casa limpa?
gua turva suja? contaminada?
O professor discute as idias apresentadas, observando que toda gua retm
resduos dos materiais com que entra em contato, devido sua propriedade de ser
um bom solvente*. Assim, mesmo a gua de rios, lenis subterrneos e outras
fontes naturais no poludas ou no contaminadas, no gua pura (representada
pela frmula H2O), mas contm resduos das substncias presentes no meio
ambiente, tais como sais minerais, microorganismos e partculas em suspenso.
Em particular, os mananciais de onde as guas para abastecimento das cidades
so retiradas, geralmente so poludos pelas mais diversas formas e resduos. O
que chamamos de gua limpa ou prpria para consumo, a gua potvel, uma
soluo homognea, sem impurezas e micrbios, e apenas ela serve para ser
bebida. Por isso, em muitas cidades, hoje em dia, a gua que chega s casas,
fornecida populao, submetida a vrios procedimentos de tratamento em
uma Estao de Tratamento de gua (ETA) para eliminar ao mximo todos os
poluentes de modo a ser utilizada sem causar danos sade. Se sua qualidade
for imprpria, pode transmitir diversas doenas.
Milhes de pessoas morrem, por ano, por doenas diretamente relacionadas ao
consumo de gua no mundo. Nas ltimas dcadas, a luta contra doenas de origem
hdrica tem constitudo um dos principais objetivos da sade pblica. A desinfeco
da gua a forma mais eficaz de preveno dessas doenas.
Observaes:
1. Algumas propriedades, como solubilidade, podem ser observadas por meio de
experimentos simples em que so feitas misturas de gua com diferentes substncias
e em diferentes quantidades (como sal, acar, tinta, farinha, leo, lcool, terra, poeira),
oportunidade tambm para discutir a importncia dessa propriedade da gua vida, por
possibilitar as transformaes qumicas necessrias aos organismos vivos.
2. Aqui tambm pode ser um momento oportuno para se fazer um levantamento das
doenas provocadas por contaminao da gua, formas de preveno ou tratamento e,
em particular, introduzir o problema da dengue, importante e atual.
87
88
Aula 1:
Antes de realizar o experimento, descreva o que ser proposto e pea aos alunos que faam
algumas hipteses sobre o que esperam ao final, da comparao entre as amostras: entre
a gua barrenta e a decantada, entre a barrenta e a filtrada, entre a decantada e a filtrada.
Qual ser mais limpa? Qual ser mais turva? Qual conter mais partculas suspensas?
Os alunos apresentam sugestes de como fazer uma decantao e uma filtrao.
Os alunos realizam a primeira parte do experimento, fazendo as misturas e os
procedimentos de decantao e filtrao para duas das trs amostras.
89
90
Aula 2:
Os alunos observam e comparam as trs amostras, discutem os resultados das
observaes, confrontando-as com suas hipteses iniciais.
Questione-os sobre o grau de limpeza dessas guas, por meio de perguntas como:
alguma dessas amostras de gua se tornou potvel? Mesmo que decantada e depois
filtrada, a gua teria se tornado potvel? Conteria microorganismos? O que faltaria
para torn-la potvel e adequada para ser consumida? Ser que uma gua mais
turva necessariamente mais suja que uma mais transparente?
Em seguida os alunos podem fazer a clorao da gua. Nesse caso, para a observao
da presena de microorganismos, seria necessrio o uso de um microscpio. Mas
podem testar o teor de cloro residual na gua tratada, utilizando procedimentos
caseiros que permitem identificar o teor de cloro por meio da colorao de misturas
adequadas (por exemplo, com iodeto de potssio, vinagre e amido de milho).
Para finalizar, os alunos elaboram, em grupos, um relato escrito para sistematizar
o percurso da investigao realizada, que contenha elementos como: objetivo(s)
do experimento; descrio de sua realizao; hipteses formuladas inicialmente;
resultados encontrados; interpretao dos resultados; o que aprenderam com o
experimento; questes e dvidas no respondidas.
Procedimento de leitura
A maioria dos hidrmetros possui 4 dgitos pretos e 2 vermelhos, mas existem hidrmetros que
possuem 4 pretos e 1 vermelho e outros com 4 pretos e 3 vermelhos.
Exemplo: Para se medir o consumo mdio de um dia, deve-se fazer a leitura de um intervalo maior, por
exemplo, 10 dias. (considerando um digito vermelho)
Os alunos obtm o consumo mdio por dia no perodo, para o exemplo apresentado.
Feita essa atividade em sala de aula, os alunos utilizam esse procedimento para medir
o consumo de gua na escola (ou em casa) para um perodo preestabelecido (dez dias,
por exemplo) para:
obter o consumo mdio dirio da escola nesse perodo e
fazer uma previso do consumo mensal;
O
s alunos analisam uma conta de gua da escola (ou de casa), identificando as principais
informaes e comparando o valor do consumo estimado com o valor real do ms
correspondente.
Observao: Aqui seria interessante trabalhar com unidades de medida de volume,
apresentando uma relao entre metros cbicos e litros, para que possam ter uma noo
mais palpvel desses valores, e comparar com outros conhecidos (na atividade seguinte
trabalharo com consumo de gua em litros).
F
inaliza-se a atividade, problematizando o resultado encontrado. um valor alto? Baixo?
Como saber? Com o que comparar? Onde esse volume de gua usado? Em que
atividades se consome mais ou menos gua? Seria necessrio e possvel reduzir o
consumo? De que forma?
91
92
93
94
O professor pode apresentar uma srie de perguntas desse tipo e/ou selecionar perguntas
dos alunos. Em seguida, organiza-as segundo critrios de classificao construdos com
os alunos, que podem ser relacionados a um tpico, conceito ou tema particular (nessa
lista, por exemplo, h questes sobre mudanas de estado, sobre presso e densidade,
vasos comunicantes, ciclo da gua, composio da gua, combusto, clima etc.).
Os alunos trocam perguntas entre si, elaboram respostas ou pesquisam explicaes.
O professor pesquisa com eles, discute, complementa e aprofunda, se necessrio,
algumas das respostas.
Ao longo das aulas, ou como uma atividade de finalizao do tema, pode-se pedir
aos alunos que elaborem novas perguntas para que comparem com as primeiras e
percebam como se modificaram.
95
96
adotam mtodos diferentes, mas de maneira geral, todas elas tm como pressuposto
a Teoria da Evoluo. (Parmetros Curriculares Nacionais Cincias Naturais 5
a 8 sries. Braslia: MEC/SEF, 1998)
Precisamos, ento, nos perguntar: os alunos comeam a formular novas
questes, elaboram novas curiosidades sobre os seres vivos com os quais convivem
(ou conhecem) aps seu estudo? Um aluno caminhando em uma mata, ter idias
e olhares diferentes sobre os seres vivos que v aps o estudo dos seres vivos na
escola? Saber prever com maior preciso possveis perigos ou cuidados?
Seria bom considerar o que se tem feito na escola de forma significativa que
faa sentido para os alunos, que no se atenha apenas memorizao de nomes
de grupos das plantas e dos animais, muitas vezes at desqualificado como mera
decoreba. Seria interessante pensar nos momentos em que efetivamente se trabalha
com questionamentos colocados a partir de algumas informaes, como por exemplo,
que tipos de animais aparecem no lixo abandonado a cu aberto? H alguma
relao entre eles? ou Havia muita variedade entre os grupos de dinossauros?.
O tratamento de questes desse tipo ao se estudar seres vivos pode desenvolver
atitudes investigativas de pesquisa, como: observaes, leitura de textos em vrios
livros, pesquisa em internet, escrita de textos pelos prprios alunos, etc.
Alm disso, os alunos devem sair de um estudo de forma diferente da que
entraram, para que a escola cumpra seu papel de educar. Como, ento, proporcionar
mais situaes em que estejam envolvidos em situaes-problema e que, para resolvlas, tenham que utilizar, por exemplo, informaes que se encontram nos livros?
O processo de estudo dos seres vivos precisa fornecer elementos para que os alunos
lidem com situaes corriqueiras e cotidianas de forma diferente daqueles que no passam
pela escola, como por exemplo: passem a observar com mais cuidado o que passarinhos
fazem em um simples jardim caseiro e saibam preservar o que importante para que sua
vida continue, como no cortar ramos de rvores onde os pssaros constroem ninhos,
caso seja essa a questo. Ou discriminar situaes em que animais representam perigo
real (como o caso de abelhas com ferro que podem provocar alergia e intoxicao), de
situaes das quais se tem medo indevidamente (como a crena de que qualquer sapo
ao ser encarado espirra veneno que cega nossos olhos). 3
Nesse caso particular, o que ocorre que os sapos possuem a pele muito fina, que poderia ser facilmente penetrada por micrbios caso no produzissem substncias txicas; algumas espcies produzem essas substncias
tambm em glndulas que ficam na regio atrs dos olhos e quando so espremidas podem esguichar o veneno de
sapo, que pode provocar intoxicao. Alm da proteo, essas substncias defendem os sapos de muitos predadores, que acabam desistindo de com-los ao sentir na boca substncias txicas.
97
98
99
desequilbrios
historicamente
os
principais
eventos
do
movimento
ambientalista.
C14 Valorizar e apreciar a vida em sua diversidade, as inter-relaes entre os
seres vivos e a preservao de ambientes.
C15 Associar a rpida perda de diversidade da vida aos efeitos da ao
humana.
C16 Investigar, organizar e divulgar informaes sobre transformaes nos
ambientes e medidas de proteo e de recuperao em regies brasileiras
e, particularmente, na cidade em que vive.
101
AS GUAS VO ROLAR
Thiago Romero
Combater a degradao das matas ciliares nos assentamentos rurais com o plantio
de rvores nativas da mata atlntica. Com esse objetivo principal, o Instituto de Pesquisas
Ecolgicas (IP) deu incio nesta semana ao projeto As guas vo rolar.
A iniciativa pretende tambm restaurar a paisagem, recuperar os recursos
hdricos e, por conseqncia, conservar as espcies ameaadas de extino no
Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de So Paulo.
O projeto, que conta com o patrocnio do Programa Petrobrs Ambiental,
tem como meta reflorestar 700 hectares ao longo dos assentamentos e pequenas
propriedades rurais. As rvores sero plantadas com base em uma lista de 85
espcies nativas da mata atlntica, disse Laury Cullen, coordenador do projeto,
agncia FAPESP.
Trata-se de uma rea emergencial que une as duas maiores unidades de
conservao do Pontal, o Parque Estadual Morro do Diabo e a Estao Ecolgica
103
Momento II Problematizao
Com o propsito de ativar conhecimentos prvios sobre a floresta, sugira aos
alunos que digam o que sabem sobre o modo como vivem os seres vivos de uma
floresta. Estimule-os a expressarem seus conhecimentos e a debater com os colegas,
sem a necessidade de rigor das informaes neste momento.
Que floresta esta?
Que tipos de seres vivos se encontram em uma floresta?
Como a variedade da altura das rvores?
possvel os animais da floresta se manterem sem as rvores? Por qu?
possvel as rvores se reproduzirem sem os animais?
O
professor conclui a discusso, resumindo o que foi levantado e prope a continuidade
e o desenvolvimento do estudo de vrias das questes, apresentando brevemente as
atividades seguintes.
105
107
TABELA 1
MATA ATLNTICA
Nveis extremamente altos de diversidade e endemismo
Total de Espcies
Espcies Endmicas
Total de Plantas
20.000
8.000
Mamferos
261
73
Pssaros
620
187
Rpteis
200
60
Anfbios
280
253
Peixes
350
133
Total de vertebrados
1.711
706
Fonte bma.org.br
Em duplas, os alunos fazem um esquema com chaves e/ou setas sobre grupos
de vertebrados esperados nos 3 estratos principais da floresta. esperado que citem
aves nas copas das rvores (gara, ti-sangue, tucano, araras, beija-flores, periquitos),
peixes nos rios, anfbios (sapos e rs) em lugares bem midos, rpteis no sub-bosque
(lagartos e jacar-de-papo-amarelo) ou nas rvores (cobras) e mamferos na gua
(ariranha), no sub-bosque (pres, quatis capivara tamandu-bandeira, o tatu-peludo
cachorro-do-mato), nos ramos das rvores (esquilos, jaguatiricas, ona-pintada,
bicho-preguia, mico-leo-dourado) ou nas copas (macacos). Chame a ateno para
o fato que os mamferos esto dispersos em vrios estratos, pois um grupo com
muita diversidade.
Modelos de esquemas ajudam o aluno a escolher e elaborar seu prprio meio
para compreender e estudar um assunto. Os esquemas permitem uma forma de
estudo, na medida em que os conhecimentos vo sendo organizados. Cada aluno
faz sua prpria sntese, organizando aspectos da forma como compreende. Expor e
analisar alguns esquemas individuais com todos os alunos amplia as possibilidades
de elaborao de esquemas por todos, alm de o professor verificar o que est sendo
mal compreendido4.
Socialize dois ou trs esquemas elaborados pelas duplas e amplie o repertrio dos
alunos sobre os animais que vivem na Mata Atlntica. Em caso de dvida, consulte na
4
Mais orientaes para desenvolver essa habilidade no Referencial de expectativas para o desenvolvimento da
competncia leitora e escritora no ciclo II do Ensino Fundamental, SME/2006, p.30-32
109
Internet os stios indicados. Conclua que todo esse conjunto constitui a biodiversidade
da Mata Atlntica.
Atividade 4 Novas espcies
Leia o texto Biodiversidade da Mata Atlntica, adaptado de stios da internet,
com o propsito de introduzir a noo de espcies e de sua extino pela perda de
floresta.
BIODIVERSIDADE DA MATA ATLNTICA
As florestas tropicais por suas condies de umidade e calor so os biomas
terrestres que dispem da maior diversidade de seres vivos. Entre elas a Mata Atlntica,
segundo estudos levados a efeito nas ltimas dcadas a floresta que apresenta a
maior quantidade de diferentes espcies arbreas. Foram localizadas mais de 450
diferentes espcies de rvores em apenas um hectare de mata no sul da Bahia e 476
espcies em um hectare nas serras do Estado do Esprito Santo. Numa comparao
simplificada existem mais plantas e animais diferentes em um hectare de Mata Atlntica
do que em toda a Alemanha.
Essa condio resultado, entre outras razes, das diferenas de altitude nas serras
costeiras cobertas por ela. Aps intensas mudanas climticas porque passou a regio
em distintos perodos geolgicos, h maior variao de climas, temperaturas, insolao
e solos, o que aumenta a possibilidade de evoluo e diversificao de espcies.
Associados Mata Atlntica existem tambm uma srie de ecossistemas como os
manguezais, as florestas de restinga, as dunas da beira das praias e campos de
altitude que mantm com ela uma grande relao de afinidade e complementaridade
e que esto igualmente sob forte presso de ocupao.
Essa diversidade, ao mesmo tempo em que representa uma excepcional riqueza
de vida e de paisagens, torna a mata extremamente frgil. A destruio de parcelas
ainda que pequenas dessa floresta, pode significar a perda irreversvel de inmeras
espcies, por vezes estudadas pela cincia.
Nesse importante conjunto florestal se concentram 185 das 265 espcies de
animais ameaados de extino no Brasil, ou seja, cerca de 70% do total deles.
Recorde mundial: mais de 450 espcies de rvores por ha.
Espcies em extino (vertebrados exceto peixes)
Brasil = 265
Nmero estimado de
espcies existentes
Nvel de preciso
Vrus
4.000
400.000
MP
Bactrias
4.000
1.000.000
MP
Protozorios/algas
80.000
600.000
MP
Vertebrados
52.000
55.000
Insetos/miripodes
963.000
8.000.000
Aracndeos
75.000
750.000
Moluscos
70.000
200.000
Crustceos
40.000
50.000
Nematides
25.000
400.000
Fungos
72.000
1.500.000
Plantas
270.000
320.000
P = POBRE M= MEDIANO
B= BOM
MB = MUITO BOM
111
Para quem est se aproximando pela primeira vez de um conceito especfico do qual
tem vaga idia ou alguma concepo muito superficial (ou errnea), receber definies
assim que inicia seu estudo, pouco contribui para ampliar ou corrigir o conhecimento que
possui. Para compreender esse conceito de fato, necessrio que muitas informaes
sejam relacionadas a ele, criando um campo de sentidos e de significados que se
conectam e fazem pontes com algo j conhecido, vivido ou experimentado pelo estudante.
Assim, apesar de tradicionalmente as definies iniciarem os estudos, tornam-se de
fato significativas quando formalizadas ao final de um percurso de vrias aproximaes,
abrangendo experimentos, leituras, anlises de situaes, informaes, exemplos, tabelas
ou grficos que estejam relacionados de vrias formas ao conceito estudado.
No decorrer da anlise da tabela ou em sua concluso, cabe ao professor definir
espcie de ser vivo como um conjunto de indivduos com patrimnios genticos prximos,
o que permite o seu cruzamento e sua reproduo, resultando filhotes tambm capazes de
se reproduzir. Todos os seres humanos constituem uma espcie biolgica, por exemplo. J
em outros grupos mais amplos, como os mamferos, por exemplo, cabem indivduos que
tm em comum alguns critrios estabelecidos pelos cientistas, mas com muitas diferenas
genticas. No exemplo de mamferos, so todos animais, vertebrados, que respiram por
pulmes, que mantm a temperatura do corpo estvel e que nascem precisando se alimentar
do leite produzido pelo corpo das fmeas. Cabe neste grupo desde a baleia at o ser humano,
passando por ariranhas, morcegos, bichos-preguia ou camundongos domsticos.
Comente tambm a seguinte definio de biodiversidade:
Segundo a Conveno sobre Diversidade Biolgica (CDB) da Conferncia
Rio-92, ratificada pelo Congresso Nacional no Brasil em 1994 e que em 2002,
contava com a adeso de 175 pases, BIODIVERSIDADE : A variabilidade
de organismos vivos de todas as origens, compreendendo os ecossistemas
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquticos, os complexos ecolgicos
de que fazem parte, a diversidade entre espcies e de ecossistemas, e
compreendendo ainda a diversidade gentica dentro das espcies.
113
seus fundadores, que se conseguiu pela primeira vez, impedir uma ao de destruio
da mata (no caso, a instalao de uma usina nuclear) localizada na faixa litornea
do litoral sul do Estado.
Como fruto da conquista, a rea do macio e da praia da Juria foi desapropriada
pelo governador de So Paulo, criando a Estao Ecolgica Juria-Itatins, entre os
municpios de Perube, Iguape, Itariri e Pedro de Toledo, com 80 mil hectares, alm
de um acordo assinado com o Paran para proteo interestadual da Mata Atlntica.
Aps essa conquista, tambm foi criada a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de
So Paulo. O texto Histria do Movimento Ambientalista da Mata Atlntica e os
stios indicados so prdigos nessas informaes.
Todos os subgrupos expem seus trabalhos. Ao final, o professor encerra
a exposio com um debate sobre o que pensam e o que podem fazer a partir
desse estudo. Neste momento, contedos relacionados a atitudes de preservao
ambiental tornam-se significativos, pois tm a consistncia de um conhecimento mais
aprofundado, que vai alm das meras frases ouvidas em campanhas ocasionais.
115
Por outro lado, tambm tem sido uma tnica dominante no ensino de Cincias,
iniciar os contedos de Qumica pela teoria atmico-molecular no ltimo ano do
ensino fundamental, apresentando um resumo de toda a qumica do ensino mdio a
ser estudado em um semestre. Parece at que no havia conhecimento de qumica
antes da tabela peridica.
Esse hbito de apresentar um resumo do ensino mdio no ensino fundamental,
de modo a facilit-lo um equvoco muito freqente, que deixa de lado vrias questes
importantes do ensino e aprendizagem. Primeiramente, no considera cada nvel de
ensino com sua especificidade prpria, cada um destinado a pblicos com repertrios e
interesses diferentes e com habilidades cognitivas especficas a serem desenvolvidas.
O ensino fundamental tem objetivos prprios, diferentes daqueles do ensino mdio.
A lgica implcita nessa abordagem de Qumica ir do mais simples para o mais
complexo. Assim, se apresenta inicialmente o tomo, seguindo-se os elementos
qumicos, a classificao peridica na tabela, as ligaes, as funes qumicas,
chegando ao balanceamento de reaes qumicas.
Mas pensemos: o fato de o modelo atmico-molecular de Rutherford-Bohr ser
compreendido somente a partir do sculo XX, como uma unidade estruturante da
matria no significa que seja uma idia simples! Ao contrrio, o resultado de uma
longa histria com muitas pesquisas, discusses e experimentos de muitos cientistas
ao longo de alguns sculos, por vezes retomando conceitos antigos (como a prpria
idia do tomo da Grcia antiga) e outras vezes, rejeitando idias e modelos, como
aqueles anteriores ao atualmente aceito pela comunidade cientfica.
At mesmo para o ensino mdio, j desde a dcada de 80 do sculo passado se
discutia a validade do incio do estudo da qumica pela lgica do tomo s reaes: ...
s posteriormente que perceberamos que o aluno teria que conhecer as substncias,
manuse-las, reagi-las e comear a ter dvidas e isso no acontecia. O curso de
Qumica do 2o grau (antigo ensino mdio) comeava com a estrutura atmica. Para o
professor, que j tinha estudado vrios tpicos de qumica, aquela seqncia do curso
ficava mais lgica. O nosso erro que para os professores era mais lgico, mas para
os alunos no, pois eles no tinham uma viso de conjunto e reagiam contra essa
proposta. (Mansur Lutfi. Cotidiano e educao qumica. Iju: Uniju, 1988)
Outra questo importante para essa discusso: o que h de conhecimento nos contextos
em que os alunos vivenciam, seja na esfera domstica, como na escolar ou social? O que
os alunos podem identificar como algum aspecto do conhecimento qumico?
117
119
Momento II Problematizao
A partir da discusso inicial, coloque em discusso questes como as
seguintes.
1. O que se come na cidade de So Paulo, quais so as comidas mais comuns na sua casa
e entre seus amigos e vizinhos? Qual a origem desses costumes?
2. Sua famlia mantm os hbitos de alimentao de seus avs? Se no, como voc explica
a mudana desses hbitos?
3. O que voc prefere: produtos in natura ou industrializados? Voc sabe como esses
alimentos so produzidos?
4. Voc acha necessrio melhorar os seus hbitos de alimentao? Por qu?
5. Voc conhece alguma doena ou distrbio alimentar causado pela alimentao
inadequada, deficiente ou exagerada?
6. O que melhor para a sua sade (e o ambiente): ser vegetariano ou onvoro?
7. Que lixo produzido com a alimentao? Que tipo de alimentao produz mais lixo?
Qual tipo de lixo mais persistente no ambiente?
8. Onde voc coloca o lixo produzido pela sua alimentao?
9. Quando nos alimentamos, estamos tambm interferindo no ambiente? Como?
121
123
controlar o seu uso, existem normas e leis em cada pas. Procure se informar
sobre essas regulamentaes e verificar quais so os rgos responsveis por
elas na regio onde mora. Fique ligado!
Os aditivos so, pois, mais um exemplo das muitas possibilidades
em que a cincia e a tecnologia contribuem para a vida humana, mas que
tambm podem prejudic-la. Contudo, no se trata apenas de ser contra ou
a favor; o consumidor precisa ficar atento quilo que compra ou consome.
bom lembrar que mesmo quando contm conservantes, os alimentos no
se conservam para sempre, por isso tm um prazo de validade, que deve
ser observado e respeitado, pois passado esse perodo, seu consumo pode
ser perigoso. Existem leis regulamentando a fabricao dos alimentos, mas
a fiscalizao nem sempre feita corretamente e, infelizmente, mesmo no
comrcio de alimentos, a fraude ainda praticada. Muitas vezes no se
conhece a origem de um produto, como a carne, que pode ser comprada em
aougues clandestinos sem nenhum controle de qualidade. Outro exemplo
o uso do bromato de potssio na fabricao do po, que o deixa maior, mas
com o mesmo peso. Como ele vendido em unidades, pagamos mais por
menos alimento. Mas o problema maior que o bromato de potssio txico
e, se ingerido em grandes quantidades, pode at provocar leses no sistema
nervoso. (extrado de: SAlEM, Sonia. ENCCEJA Cincias Livro do estudante
Ensino Fundamental. Braslia: MEC/INEP, 2002)
125
Barra de
chocolate (100g)
Leite integral
(100mL)
Macarro com
ovos (100g)
Tomate pelado em
suco de tomate (100g)
Protenas
3,7g
3,0g
11,0g
1,2g
Carboidratos
56,7g
4,5g
74g
2,7g
Gorduras
30,1g
3,0g
1,0g
0,2g
Energia
521 kcal
57 kcal
350 kcal
15 Kcal
Sais de sdio
36mg
50mg
0mg
6mg
127
Aps essa discusso prope-se para cada aluno anotar individualmente tudo o
que comeu no dia anterior, em cada refeio e nos intervalos. Alm disso, que anote
tambm outros dados, como: quanto tempo h entre cada refeio, se come depressa
ou devagar, se mastiga bem, se come sozinho ou em companhia de outras pessoas,
se conversa no momento das refeies, se a hora das refeies um momento calmo
e agradvel ou agitado...
Anotar todas essas questes j uma boa introduo para se refletir sobre os
hbitos alimentares. Ao discuti-los, outras questes envolvidas na higiene das mos,
dos alimentos, no preparo da comida podem aqui ser relembradas.
Como sntese da discusso a classe toda pode escrever coletivamente, sob
orientao do professor, uma lista de bons hbitos alimentares.
Em continuidade, solicita-se aos alunos que observem suas anotaes sobre
seus alimentos e os agrupem. Discuta critrios de classificao com os alunos,
retomando alguns que foram citados no Momento de Sensibilizao e Levantamento
Inicial, como: faz bem/no faz bem; vitamina/ porcaria, d energia, necessrio,
gostoso/ ruim...
Comea, ento, outra etapa da atividade. Em livros de Cincias sobre alimentos,
encontram-se quadros de nutrientes e alimentos que so ricos em cada um deles.
Uma primeira e breve anlise dessas tabelas evidencia o fato de que em sua maioria,
os alimentos so compostos por mais de um tipo de nutriente. Essa comprovao
tambm pode ser facilmente observada na tabela de composio alimentar dos rtulos
de alimentos industrializados.
Em duplas, os alunos aprofundam a pesquisa bibliogrfica sobre: os tipos
de nutrientes dos alimentos e o papel de cada nutriente na nossa alimentao.
Pesquisam tambm sobre carncias de vitaminas, desnutrio e obesidade,
localizando em sua prpria alimentao as possibilidades de distrbios alimentares
129
a que possam estar expostos. Essas comandas devem ficar claras para os alunos,
pois objetivam a pesquisa. Essas informaes so encontradas em vrios livros
disponveis na escola.
As duplas elaboram esquema de estudo e depois, o professor socializa os
esquemas.
A socializao de esquemas produzidos por diferentes alunos uma oportunidade
para o professor indicar o que considera importante no contedo em estudo e o que
suprfluo ou fator que atrapalha sua compreenso. O fato de os alunos verem vrios
esquemas tambm um aprendizado importante, pois amplia as formas que conhecem
para fazer esquemas, dando-lhes novas possibilidades.
Cada aluno registra a anlise de sua alimentao baseando-se no seu recordatrio
e, individualmente, faz uma avaliao de sua prpria alimentao, escrevendo o
que considera importante mudar ou permanecer. Essa avaliao deve incluir a lista
de bons hbitos alimentares feita anteriormente com toda a classe e tem carter
qualitativo. Com mais informaes no item anterior, possvel incluir tambm uma
anlise quantitativa, dependendo das necessidades calricas de cada faixa etria e
das atividades que cada um exerce.
A seguir, duplas de alunos trocam seu trabalho para ser avaliado pelo colega,
que deve se basear nas pesquisas feitas sobre os nutrientes presentes nos alimentos,
explicitando e justificando o que considera certo e errado na alimentao do colega
e em sua prpria avaliao.
Avaliao de trabalhos dos colegas uma outra oportunidade para aprender
contedos importantes sem que seja necessria a sua memorizao. Com essa
atividade, tambm se desenvolve o respeito pelo trabalho dos colegas, ao lado
do exerccio da crtica embasada em conhecimento. Alm disso, se desmistifica a
avaliao como instrumento de presso, colocando-a como instrumento de anlise
de processo.
131
133
135
Descreva como seria esse dia no bairro, em sua casa e na escola. Que coisas
deixariam de funcionar? Que atividades no bairro seriam paralisadas? Essas coisas
e atividades poderiam ser substitudas com as mesmas funes?
O professor sistematiza com os alunos suas respostas, obtendo uma lista
de atividades, aparelhos e sistemas que fazem uso da eletricidade, sinalizando e
discutindo sua presena intensiva no mundo atual.
Problematizao 2
Como era o mundo antes de existir eletricidade?
A eletricidade sempre existiu? Desde quando passou a fazer parte da vida
das pessoas? Como elas viviam antes? Como se locomoviam e se comunicavam?
Como as cidades e casas eram iluminadas? Como eram aquecidas ou refrescadas?
Quais eram suas atividades culturais e de lazer? Existem lugares regies, cidades,
comunidades, habitaes no Estado de So Paulo ou na capital que no possuem
esse recurso ainda hoje? Como vivem sem ele?
Os alunos apresentam suas hipteses para essas questes, que em outro
momento podem ser pesquisadas por meio de entrevistas a pessoas mais velhas,
livros ou outras fontes.
Chuveiro eltrico
aquece a gua
calor
ventilador
movimenta o ar
Movimento
lmpada
ilumina ambiente
luz (e calor)
aparelho de TV
luz e som
...
137
possvel encontrar textos, livros e stios na Internet que ensinam como funciona e
como se faz a leitura de relgios de luz (veja, por exemplo, no site da Eletropaulo).
Passados o perodo entre a primeira e ltima leitura do relgio, pea que obtenham o
valor da energia eltrica consumida no perodo e, a partir desse valor, que faam uma
estimativa do consumo mensal.
Aparelho
Tempo
dirio
(hora)
Potncia total
(watt)
Quantidade
Energia
consumida
(watt-hora)
Chuveiro
5000
5000
5000
Lmpada
incandescente
60
300
1500
20
40
Lmpadas
fluorescentes
200
Aparelho de TV
Geladeira
10
....
TOTAL/DIA
(SOMA)
139
perguntas sobre o que nos interessa, para ento busc-las no respectivo texto. Nesse
caso, por exemplo, h muitas informaes que podem ser irrelevantes no contexto da
discusso sobre consumo de energia eltrica, tais como nmero da nota fiscal, dados da
concessionria, nome e nmero do cliente, nmero do medidor, valor do imposto, entre
outras tantas. Em outros contextos essas informaes poderiam ser importantes.
A obteno de valores mdios. Talvez os alunos no estejam habituados a fazer mdias.
Contudo, ainda que esse clculo no seja trivial, importante que o faam e que
compreendam a sua importncia. A comparao entre os valores ao longo dos meses
pode ser ilustrativa, quando a diferena entre o maior e o menor valor grande. Depende,
por exemplo, da poca do ano (no inverno o consumo geralmente superior ao do vero
em nosso pas), da maior ou menor habitao da casa em certo perodo, de algum
problema na instalao eltrica, da aquisio ou do desligamento de algum equipamento
eltrico (como substituio de lmpadas ou de geladeira) etc. E a mdia quem nos
d a dica se um dado consumo foi muito ou pouco elevado. relativamente mdia que
podemos tirar esse tipo de concluso.
141
143
O que justifica que a hidreltrica seja a forma de gerao de energia eltrica mais utilizada
no Brasil? (Aqui, fazendo uma ponte com a geografia, e com o que j foi trabalhado no
tema gua, pode-se mostrar/discutir o potencial e a riqueza hdrica do pas).
Pergunte o que sabem sobre as demais fontes e contribuies apresentadas no grfico
(termoeltricas, nucleares, pequenas hidreltricas, importao lquida).
Fonte de energia
Principais vantagens
Principais
desvantagens
Hidroeltrica
Termoeltrica
Nuclear
145
Para isso, precisaro de algum tempo (que pode ser at a aula seguinte) para
colher algumas informaes que necessitam para compor a notcia. Nesse momento,
em sala de aula, cada grupo elabora um roteiro para orientar a busca de informaes
e imagens (fotografias, desenhos, esquemas)
Por exemplo:
147
Bibliografia
Bibliografia
LIVROS E DOCUMENTOS CONSULTADOS
BACHELARD, G. A formao do esprito cientfico: contribuio para uma psicanlise
do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto,1996. BRASIL. MEC/INEP.
ENCCEJA. Exame Nacional de Competncias para Jovens e Adultos. Ensino
Fundamental. Braslia: MEC/INEP, 2002.
BRASIL. MEC/SEF. Parmetros Curriculares Nacionais Cincias Naturais para o
terceiro e o quarto ciclos. Braslia: 1998.
BRASIL. Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica. PCN+ Ensino Mdio:
Orientaes Educacionais Complementares aos Parmetros Curriculares
Nacionais. Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias. Braslia:
MEC: SEMTEC, 2002.
BRASIL. Ministrio da Educao e Cultura. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais, ENEM - Exame Nacional do Ensino Mdio: documento bsico,
2002. Braslia, DF, 2001.
CACHAPUZ, A. et al. (organizadores). A necessria renovao do ensino de Cincias.
So Paulo: Cortez, 2005.
CARVALHO, A. M. P.; GIL - PREZ, D. Formao de professores de cincias. So
Paulo: Cortez, 2001. Col. Questes da Nossa poca. N 26.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. Ensino de Cincias:
fundamentos e mtodos. So Paulo: Cortez, 2002.
NIEDA, J.; MECEDO, B. Un curriculo cientifico para estudiantes de 11 a 14 aos.
Santiago, Chile: Unesco, 1997.
OLIVEIRA, Daisy Lara de (org.) Cincias nas salas de aula. Porto Alegre, Editora
Mediao, 1997.
POZO, J. I. (org.). A soluo de problemas. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1998.
151
VALADARES, Eduardo Campos de. Fsica mais que divertida: inventos eletrizantes baseados
em materiais reciclados e de baixo custo. Belo Horizonte: Ed. UFMG / INEP; 2000.
VALADO, MARINA MARCOS. Sade e qualidade de vida. So Paulo: Global/Ao
educativa, 2003.
WILSON, E. O. A diversidade da vida. So Paulo: Companhia das Letras, 1994.
TEMA ALIMENTAO
ARNOLD, Nick. Digesto nojenta. Editora Melhoramentos. (Srie Saber Horrvel)
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Nutrio. Editora tica. (Coleo de Olho na
Cincia)
PARKER, Steve. Os alimentos e a digesto. Editora Atual/Saraiva, 1992. (Coleo O
Corpo Humano)
TEMA ENERGIA
FERRARO, Nicolau Gilberto. Eletricidade: histria e aplicaes. So Paulo; Moderna;
1991. . (Desafios).
FIGUEIREDO, A.; PIETROCOLLA, M. Fsica, um outro lado: faces da energia. So
Paulo: FTD, 1999.
GASPAR, A. Histria da eletricidade. So Paulo: tica, 1996.
__________. Eletricidade e suas aplicaes. So Paulo: tica, 1996.
GONCALVES FILHO, Aurlio; BAROLLI, Elizabeth. Instalao eltrica: investigando
e aprendendo. So Paulo: Scipione,
GREF. Fsica 3: Eletromagnetismo. So Paulo, Edusp, 1995.
REVISTAS E PERIDICOS
Ensino de Cincias
CINCIA E EDUCAO (UNESP) - www2.fc.unesp.br/cienciaeeducacao/
CINCIA E ENSINO - http://www.ige.unicamp.br/ojs/index.php/cienciaeensino/index
FSICA NA ESCOLA (SBF) - www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
INVESTIGAES EM ENSINO DE CINCIAS (UFRGS) - www.if.ufrgs.br/public/
ensino/revista.htm
INSTRUMENTAO PARA O ENSINO DE CINCIAS - http://www.ib.usp.br/iec/
153
Divulgao Cientfica
CINCIA HOJE DAS CRIANAS, publicao da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Cincia (SBPC) ( www.ciencia.org.br).
CINCIA HOJE, publicao da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia
(SBPC) ( www.ciencia.org.br).
COM CINCIA Revista Eletrnica de Jornalismo Cientfico - http://www.comciencia.
br/comciencia/
SCIENTIFIC AMERICAN DO BRASIL (Duetto)
Vdeos
Srie PCN na Escola (MEC-TV Escola): coleo de vdeos disponveis sobre metodologia
de ensino, feitos como complemento aos PCN do ensino fundamental.
Coleo Cosmos (Abril): em DVD, da obra de Carl Sagan (box da revista Super
Interessante). Astronomia, planeta Terra, histria da Cincia e da evoluo do
homem e do universo.
TVE Portal Domnio Pblico
Sites
AL ESCOLA TV CULTURA - http://www.tvcultura.com.br/aloescola/
CENTRO DE DIVULGAO CIENTFICA E CULTURAL (CDCC-USP) Cincias para
professores do ensino fundamental - http://educar.sc.usp.br/ciencias/
ELETROPAULO - Manual de Administrao de Energia na Escola - http://www.
eletropaulo.com.br/download/escola.pdf
ESTAES DE TRATAMENTO DE GUA DE SO PAULO - SABESP: http://www.
sabesp.com.br/
LUDOTECA IFUSP - www.ludoteca.if.usp.br
155
157
Gilberto Kassab
Prefeito
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO
Alexandre Alves Schneider
Secretrio
COORDENADORES DE EDUCAO
Eliane Seraphim Abrantes, Elizabete dos Santos Manastarla, Ftima Elisabete Pereira Thimoteo, Hatsue Ito, Isaias Pereira de Souza,
Jos Waldir Gregio, Leila Barbosa Oliva, Leila Portella Ferreira, Marcello Rinaldi, Maria Angela Gianetti, Maria Antonieta Carneiro,
Silvana Ribeiro de Faria, Sueli Chaves Eguchi
EDUCAO ESPECIAL
Adriana Sapede Rodrigues, Mariluci Campos Colacio, Mnica Leone Garcia Federico, Silvana Lucena dos Santos Drago, Yara Tereza
Taccola Andretto
CRCULO DE LEITURA
Angela Maria da Silva Figueiredo, Aparecida Eliane de Moraes, Ivani da Cunha Borges Berton, Leika Watabe, Margareth Ap. Ballesteros
Buzinaro, Regina Celia dos Santos Camara, Rosanea Maria Mazzini Correa, Silvia Moretti Rosa Ferrari, Suzete de Souza Borelli
25947005 2capa.indd 2
11.01.08 10:06:32
Orientaes Curriculares
Proposio de Expectativas de Aprendizagem
Ensino Fundamental II
Cincias Naturais