Anuário Atualizado 2022 180523

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MUNICIPAL DE ENSINO

DA REDE PÚBLICA
ANUÁRIO 2023
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,
CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
JÂNIO NATAL
Prefeito

PAULO ONISHI
Vice-Prefeito

DILZA REIS
Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico

ANA PAULA GUERRIERI


Sub Secretaria do Litoral Sul

EPAMINONDAS CASTRO
Supervisor Pedagógico

ERIKA MAGNAVITA
Superintendente de Ensino e Apoio Pedagógico

CARLA SOUZA COELHO


Superintendente de Planejamento e Gestão

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,


CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Superintendência de Ensino e Apoio Pedagógico
Érika Patrícia Magnavita Silva Guerreiro – Superintendente Pedagógica
Anderson dos Anjos Santos – Técnico de apoio à Plataforma Educa Porto
Seguro

Supervisão Pedagógica
Epaminondas Lima de Souza Barbosa de Castro – Supervisor Pedagógico

Educação Infan l
Grace da Mata Brasileiro Rocha – Coordenadora Técnica Pedagógica
Ana Paula Lima da Silva – Técnica Pedagógica
Sandra Helena Lima Caires – Técnica Pedagógica

Ensino Fundamental Anos Iniciais


Mara Rúbia Santos Oliveira Procópio – Coordenadora Técnica Pedagógica
Dorley Dark Ameno Santos – Técnica Pedagógica

Programa Ensinar pra Vencer – EPV


Alessandra Silva Souza – Formadora Língua Portuguesa
Aidê Vieira Lima - Acompanhamento e Monitoramento
Ana Léia Teodoro da Silva – Formadora Pedagoga
Asenate Lima da Silva – Acompanhamento e Monitoramento
Jânua San ago de Oliveira – Acompanhamento e Monitoramento
Natalia Lima Pinheiro Maia – Acompanhamento e Monitoramento
Neanes Pinto Santana – Acompanhamento e Monitoramento
Núbia Yuri de Paula Matsui – Avaliação
Rossane Maria da Costa Leite – Formadora Pedagoga
Saulo Oliveira da Silva – Formador Matemá ca

Ensino Fundamental Anos Finais


Neiva Cris ane Santos de Oliveira Feitosa – Coordenadora Técnica
Pedagógica
Glicimeire Aquino Fernandes Santos – Técnica Pedagógica
Wilson da Silva Rocha – Técnico Pedagógico
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Educação para Jovens, Adultos e Idosos – EJAI
Josenilso de Jesus Santos - Coordenador Técnico Pedagógico
Mara Lice Mar ns – Técnica Pedagógica
Débora Mara Oliveira da Glória Catarino – Técnica pedagógica
Jeremias Santos Macedo - Técnico Pedagógico

Educação Escolar Indígena


Ângelo Santos do Carmo – Coordenador Técnico Pedagógico
Ronald Goivado dos Santos – Técnico Pedagógico

Educação Básica do Campo


Adnaci Rodrigues Lima – Coordenadora Técnico Pedagógico
Lucélia Almeida – Técnica Pedagógica
Carla Viviani Silveira Folega - Técnica Pedagógica
Jane Célia Ribeiro Santos Souza - Diretora Escolar

Educação Especial Inclusiva


Danillo Palmeira – Coordenador Técnico Pedagógico
Lenise Brasileiro da Fonseca – Técnica Pedagógica
Daniela Souza de Lima Amorim – Coordenadora das Salas de Recursos
Mul funcionais

Psicólogo/a Escolar
Nara Shirley Augusto da Cruz – Psicóloga
José Luís Mar ns Berwanger – Psicólogo
Geórgia Muriel Sousa Santana – Psicóloga
Luan de Araújo Ferreira – Psicólogo

Núcleo de Formação e Tecnologias - NUFORT


Luzia Ba sta dos Santos – Técnica Pedagógica (coordenadora NUFORT)
Alcyone Gilberto de Brito Vieira / Help – Técnico Pedagógico
Noel Santos Monteiro – Técnico pedagógico
Marcos Oliveira de Queiroz – Técnico Pedagógico
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Núcleo de Apoio à Saúde Escolar - NAS;
Verônica Rosa Pereira – Coordenadora Técnica Pedagógica

Apoio Pedagógico
Edro de Aquino Tenório – Professor
Eliane Gonzaga Sobrinho - Professora
Érica Seles - Professora
Gildânia Silva Gallina – Professora
Luciano Fernandes de Souza – Professor
Pedro Ivo Moreira Gomes Rodrigues - Professor

Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação Plano Municipal de


Educação - PME
Ian Freitas de Souza – Professor (coordenador de pesquisa)
Ranya Miranda Santos - Assistente de pesquisa

Educação para as Relações Étnico-Raciais – ERER


Gilmária Menezes da Cruz – Técnica Pedagógica
Thawan Dias Santana Tannes - Professor
SUMÁRIO
Apresentação…………………………………………………………………………………… 06
Introdução………………………………………………………………………………………… 08
Índice de Desempenho da Educação Básica – IDEB da sua Escola……. 12
Educação Infan l…………………………………………………………………………….. 144
Diagnós co da Rede Anos Iniciais……………………………………………………. 151
Diagnós co da Rede Anos nais.………………………………………………………. 178
Educação Inclusiva…………………………………………………………………………… 193
PPP/Projeto Polí co Pedagógico……………………………………………………… 199
PME/Plano Municipal de Educação 2015/2025 – Oito Anos de quê? . 212
Anacrônico, Analógico e Digital: ainda sobre dados…………..……………… 246
CEMPEC: Centro Municipal de Pesquisa, Educação e Cultura……………. 279
Referências Bibliográ cas………………………………………………………………… 281
Ficha Técnica…………………………………………………………………………………… 285
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APRESENTAÇÃO

A educação é um direito fundamental das pessoas, imprescindível para a formação de cidadãos. É assegurada pela Cons tuição
Federal no art. 205, sendo dever do Estado garan r o acesso, a permanência e o sucesso através de um ensino de qualidade e com
equidade. É pela educação que aprendemos nos preparar para vida, portanto é primordial garan r um processo educa vo nas escolas
com efe va condições de sucesso na aprendizagem para todos/as os/as estudantes.

O presente Anuário apresenta informações sistema camente organizadas, sobre as ações e resultados da Secretaria da Educação,
Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC) do Município de Porto Seguro no contexto do ensino e da aprendizagem, oferecendo elementos,
dados e caracterís cas de forma organizada que permitam uma visão de conformidade e desempenho de maneira a permi r à gestão
educacional, nas suas dimensões administra va e pedagógica, caminhos norteadores para eventuais redirecionamentos voltados para a
e cácia da ação educa va escolar.

Nessa direção, este documento apresenta um retrato de nossa educação na rede municipal, se cons tuindo como um importante
serviço prestado à população do município de Porto Seguro, representado por seus/as pesquisadores/as, gestores/as, estudantes,
professores/as, en m, todos aqueles que acreditam na Educação como prioridade para a construção de um país socialmente justo.
Esperamos que esta publicação venha a se consolidar como um recurso estrategicamente importante para a compreensão dos desa os
globais da Educação Municipal Porto Segurense e, sob um prisma mais especí co, de acompanhamento das estratégias do Plano
Municipal de Educação (PME – 2015-2025) alicerçadas nas metas do Plano Nacional de Educação (PNE – 2014-2024).

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Assim, se encontram aqui sistema zados, os esforços co dianos empreendidos por todos os/as funcionários/as, equipes técnicas
administra vas e pedagógicas, gestores/as, professores/as, passados e presentes, no trabalho diário e constante, no atendimento aos
estudantes e na determinação do constante aperfeiçoamento por uma educação humanizada, responsável e de qualidade. Nessa
perspec va, os resultados ora apresentados se devem exclusivamente à importante contribuição pessoal e cole va de todos/as
envolvidos/as, atuando tanto nas Unidades Escolares quanto na SEDUC, assim como no trabalho realizado no convívio com nossas
crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Dilza Silva dos Reis Saigg


Secretária Municipal de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico-SEDUC

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INTRODUÇÃO

“O animal satisfeito dorme”.


Guimarães Ros

O “Relatório de Capital Humano Brasileiro - Investindo nas Pessoas1”, produzido pelo Banco Mundial e apresentado
pelo site “ONU News – Perspectiva Global Reportagens Humanas”, con rma que a pandemia no Brasil causou “perda
equivalente a 10 anos de avanços no Índice de Capital Humano”

“Uma criança brasileira nascida em 2021 perderá, em média, 46% do seu potencial total devido às condições de
saúde e educação, agravadas pela pandemia de Covid-19. Já para as nascidas em 2019, esse percentual era de
40%. Em dois anos, por causa da crise sanitária, econômica e educacional, o Brasil perdeu o equivalente a uma
década de progresso no Índice de Capital Humano. Os dados são do ‘Relatório de Capital Humano Brasileiro -
Investindo nas Pessoas’, lançado pelo Banco Mundial”

Diante do exposto, o relatório aponta que, ainda que o ICH – Índice de Capital Humano – tenha aumentado na Região
Nordeste do Brasil, e mais especi camente nos Estados de Pernambuco, Alagoas e Ceará, entre 20% e 25%, demoraria em
torno de 60 anos para atingir o patamar dos países desenvolvidos. Nesse mesmo sentido, aponta o relatório, que o Brasil
levaria entre 10 a 13 anos para atingir o patamar dos índices educacionais apresentados no ano de 2019, mesmo assim, para
que isso ocorra, o mesmo relatório, nas suas recomendações aponta:

1Pandemia no Brasil causa perda equivalente a 10 anos de avanços no Índice de Capital Humano. Disponível em: https://news.un.org/
pt/story/2022/07/1794812. Acesso em: 20 de jan. às 14h

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(...) - Visto que os impactos da Covid-19 na formação de capital humano no Brasil se materializaram, em grande
parte, na educação, a recuperação e aceleração do aprendizado devem ser prioridades nos próximos anos. Em
primeiro lugar, todos os alunos devem voltar à escola
- Uma vez de volta à escola, os alunos precisam, efetivamente, reaprender. A recuperação e aceleração do
aprendizado devem ser prioridade
- É essencial fortalecer a aprendizagem híbrida, ampliar a conectividade à internet, fornecer dispositivos
computacionais para alunos vulneráveis e aprimorar as competências digitais
- O Sistema Único de Saúde, SUS, deve proteger crianças e adolescentes das consequências sanitárias e
socioemocionais da pandemia
- Como desigualdades preexistentes tendem a se agravar, o programa brasileiro de transferência condicionada de
renda (anteriormente denominado Bolsa Família, agora Auxílio Brasil) deve ser fortalecido para apoiar grupos de
pessoas mais afetados pela pandemia de Covid-19

Ainda que o mesmo documento destaque os Estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco pelo desempenho
apresentado, para os demais Estados da Região Nordeste temos situações muito parecidas. Desse modo, o cenário atual
nos obriga a pensar sobre o que fazer, como fazer e quando fazer
Quando conjecturamos aqui os efeitos da pandemia sobre a educação, fazemos de um lugar para o qual
necessitamos deter o nosso olhar, as nossas re exões, o nosso fazer pedagógico e, sobretudo, o nosso posicionamento
político em relação àquilo que professamos. E isso diz muito sobre onde estamos, para onde vamos e quais os
caminhos percorreremos para chegar onde queremos. Esse movimento é necessário. É urgente!
Se considerarmos as séries históricas do IDEB no Estado da Bahia e no Município de Porto Seguro (e aqui muito mais
atentos sobre as condições técnicas e estruturais; as estratégias de mobilização que giram em torno da produção desses
dados) precisaremos considerar também sobre o momento para o qual, “nos atentamos que o nosso trabalho estava e está
sendo avaliado”? E, não obstante a isso, sobre o construto social ofertado à sociedade por meio do nosso trabalho...e daí
indagamos: o nosso trabalho produz consequências? Se atuamos conforme previsto no Artigo 205 da Constituição Brasileira2

2“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua quali cação para o trabalho".

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e/ou da mais recentemente Lei nº 14.325 de 12 de abril de 2022, popularmente conhecida como o Novo FUNDEB3,
encontraremos paradoxalmente a nossa maior fragilidade e, portanto, a nossa maior ambição: ofertar Educação Pública de
qualidade principalmente no concernente à Educação Básica, ofertada pela Rede Pública Municipal de Ensino. E diremos,
ora, se é interesse do Estado4, se é de interesse da sociedade, se as narrativas dos/das pro ssionais que atuam na área
estão repletas de posturas e práticas que convergem para obtenção de resultados exitosos, o que está acontecendo
Com índices de reprovação em 2019 de 25%, com IDEB de 4,8 para os Anos Iniciais, 3,6 para os Anos Finais (anterior
a pandemia) e a mais recentemente, IDEB de 2,25 para o Ensino Médio (abaixo da média do Estado da Bahia que é de 3,5),
amargamos com o construto do trabalho desenvolvido para ofertar educação de qualidade à Educação Básica. Detalhe, todo
esse cenário agravado pela pandemia
O presente Anuário 20236, não pretende trazer respostas. Assim como, ao introduzi-lo enquanto um dos principais
documentos e apresentações da Jornada Pedagógica Edição 2023, não tenhamos outro propósito além de questionar,
indagar, inquietar, instigar e desa ar. Essa espécie de “diagnóstico”, (termo que nos parece bem apropriado) deverá
servir de base para uma análise conjuntural da nossa política, considerando todas as suas subjetividades. A
digressão que por ora fazemos é sobretudo um exercício para atentar que vivemos num mundo de conexões complexas e
que isso que tem a ver com o que fazemos, com o que deixamos de fazer... tem a ver com aquilo que impedimos que
o/a outro/a faça; tem a ver com o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro; tem a ver com os espaços de

3Lei Nº 14.325, de 12 de abril de 2022, Altera a Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, para dispor sobre a utilização dos recursos
extraordinários recebidos pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em decorrência de decisões judiciais relativas ao
cálculo do valor anual por aluno para a distribuição dos recursos oriundos dos fundos e da complementação da União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEB), previstos na Lei nº 9.424.
4 Estado refere uma entidade jurídica soberana politicamente, equivalendo a Nação e todas as suas instâncias.
5 Índice de 2022.
6Anuário; 1. registo do que se faz durante um ano; 2. publicação anual; 3. catálogo do estado e do movimento dos indivíduos de
determinadas pro ssões.

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poder que ocupamos, sejam eles de Prefeito/a, Secretário/a, Supervisor/a, Gestor/a, Professor/a, Famílias/Responsáveis...
Tem a ver com a Sociedade que queremos e estamos “a duras penas” a construir

Epaminondas Castr
Supervisor Pedagógico da Rede Pública Municipal de Ensino – SEDUC

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ÍNDICE DE DESEMPENHO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB
O INEP1, Ins tuto responsável pelas avaliações que acompanham o nível da educação em todo o Brasil, tem o obje vo de avaliar a
qualidade, a equidade e a e ciência da educação básica (BRASIL, 2021). Um dos mecanismos u lizados para alcançar esse m, é o IDEB (Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica), que busca criar um parâmetro através dos conceitos do uxo escolar e do desempenho de alunos/as
em avaliações. Assim, compreende-se que não se trata apenas de uma atribuição de nota ou número sobre o desempenho de cada unidade
escolar, mas de um dado que visa auxiliar cada município, Secretarias de Educação, gestores/as, coordenadores/as e professores/as para o
desenvolvimento de ações que busquem melhoria do ensino e aprendizagem. Se tratando especi camente da rede pública de ensino, é
preciso pensar em ações cole vas, pois a evolução nos resultados do IDEB não será possível com prá cas individualizadas e ações isoladas. A
avaliação, diferentemente do exame, visa promover um diagnós co sobre o nível da educação básica, o que aponta para uma série de fatores
que re etem a necessidade de ajustes em diversos setores que afetam diretamente o ensino.
Para re e r sobre o IDEB na realidade local, é importante compreender o contexto municipal, onde algumas localidades o acesso é
mais fácil através de outros municípios. São 18 aldeias reconhecidas pela FUNAI e quase uns 10 (dez) núcleos de aldeados ainda sem
reconhecimento, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social. São 06 Distritos, entre eles, Arraial d’Ajuda, Caraíva, Trancoso, Vale
Verde etc. e aproximadamente 20 núcleos urbanos. Dentro desse território de 2.285.734 km2 e uma população es mada em 152.529
habitantes, segundo dados do IBGE (2021), a Rede conta com 104 (cento e quatro) Unidades Escolares (UEs) e um número de alunos e alunas
que varia entre 31.000 a 34.000.
Desse modo, no que diz respeito ao município de Porto Seguro, seguindo o histórico do IDEB, nosso resultado con nua abaixo da meta
es pulada, como podemos observar no ano de 2019, que a meta projetada para o Ensino Fundamental Anos Iniciais foi 5,0 e o resultado
alcançado foi de 4,8.

1 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

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Já para os Anos Finais, a meta projetada foi de 4,5 e o resultado alcançado para o ano de 2019 foi de 3,6 conforme gura abaixo:

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Numa perspec va nacional o IDEB é medido a cada dois anos, o índice registrado no Ensino Fundamental Anos Iniciais no país passou
de 5,8 em 2017, para 5,9 em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto par culares. Nos Anos
Finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No âmbito estadual, especi camente no Estado da Bahia, esses
índices já dão sinal de declínio quando comparados a série histórica entre 2013 a 2019 alcançando, em 2019, a média de 3,8 quando o
projetado seria 4,3.

Seguindo a série histórica, os resultados foram ainda mais alarmantes no ano de 2021 em nossa Rede. Contudo não podemos deixar de
mensurar o impacto que a pandemia da Covid-19, infecção respiratória aguda causada pelo corona vírus SARS-CoV-2, teve sobre esses
resultados. Falaremos sobre a pandemia mais à frente. Por ora, é importante registrar que no ano de 2021 o ano le vo foi organizado no
formato 02 em 01, em que o/a aluno/a cursou o ano em que foi matriculado/a em 2020 no primeiro semestre e o ano subsequente no
segundo semestre.

A medida adotada pelo município de Porto Seguro para a organização do ano calendário de 2021 em dois anos le vos (2020 e 2021)
ins tuído pela Portaria Norma va nº 003, de 01 de fevereiro de 2021 que visou regularizar a “vida escolar” dos/as estudantes do município de
Porto Seguro, apesar de não ter observado os 200 dias le vos, garan u o cumprimento das 800 horas para cada ano le vo, com a
obrigatoriedade de 3 (três) horas diárias complementares, no primeiro semestre e de 2 (duas) horas diárias no segundo semestre, conforme o
ar go 6º da portaria.

Entretanto, mesmo cumprindo às 800 horas exigidas pelas portarias do MEC e pelos documentos municipais produzidos para tal
regularização do ano le vo de 2020 e 2021, compactados no ano calendário de 2021, acredita-se que por conta de o ensino ter sido à
distância, a aquisição das habilidades e competências necessárias para realizar a prova SAEB em 2021 cou extremamente prejudicada. Uma
vez que a didá ca aplicada para consolidação dos conhecimentos dos/as alunos/as que são devidas ao/a professor/a das disciplinas passaram
a ser de responsabilidade dos pais, mães e familiares dos/as alunos/as que não detém à formação necessária para tal mediação do
conhecimento.

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Assim, uma ín ma parcela das unidades escolares da Rede Pública Municipal de Ensino conseguiu realizar a prova do SAEB no ano em
questão. Desse modo, nossas fragilidades caram mais expostas, ao mesmo tempo em que sinaliza a urgência de desenvolver polí cas
públicas, programas e novos olhares sobre a educação em nosso município. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, somente 06 (seis)
unidades escolares conseguiram realizar a prova SAEB obtendo o resultado médio de 4,5 quando sua meta para o ano seria de 5,3. Conforme
grá co:

Já nos Finais do Ensino Fundamental, somente 01 (uma) unidade escolar conseguiu realizar a prova SAEB, assim, não obtendo nota
média no IDEB para a etapa.

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Estes dados nos impulsionam a pensar algumas estratégias para o aperfeiçoamento do sistema educacional local. Considerando que a
responsabilidade sobre o resultado do aprendizado dos/as alunos/as e, consequentemente, a nota do IDEB, é uma responsabilidade de todos/
as, é preciso (re)pensar o nosso planejamento pedagógico e estrutural para desenvolver ações mais efe vas e e cazes, pois, como
pro ssionais da educação, temos a responsabilidade de apresentar melhores resultados. Entendemos que não há receita pronta, por isso, nos
movimentamos na busca de instrumentos capazes de viabilizar pré-requisitos de aprendizagens para os/as alunos/as.

Em relação ao Ensino Média, o IDEB se tornou outro gargalo, estadual e municipal. O Ensino Médio da rede estadual de ensino da Bahia
con nua entre os piores do país, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2021. No ano de 2019 a nota do IDEB
estadual cou em 3,2.

Ensino Médio 2019


Nota SAEB - 2019
Região/ Taxa de Aprovação - 2019
IDEB
Unidade Nota Média
Rede Indicador de Matemática Língua 2019
da Padronizada
Total 1ª 2ª 3ª 4ª Rendimento Portuguesa (N x P)
Federação (N)
(P)
VL_APROVACAO_2021_SI_4
VL_APROVACAO_2021_1
VL_APROVACAO_2021_2
VL_APROVACAO_2021_3
VL_APROVACAO_2021_4
VL_INDICADOR_REND_2021
VL_NOTA_MATEMATICA_2021
VL_NOTA_PORTUGUES_2021
VL_NOTA_MEDIA_2021
VL_OBSERVADO_2021
Bahia Estadual 77,5 69,5 80,1 86,2 77,5 0,78 253,02 256,94 4,09 3,2

A nota do Estado para o ano de 2021 foi de 3,5 só supera os índices de Rio Grande do Norte (2,8), Pará (3,0) e Amapá (3,1). Entre os
estados nordes nos, a Bahia só ganha do Rio Grande do Norte, que registrou índice de 2,8, o mais baixo do país. Na pro ciência dos alunos em
português e matemá ca, a Bahia cou no penúl mo lugar, com nota 3,96 à frente apenas do estado do Maranhão, que registrou índice de
3,92. Como podemos veri car:

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Ensino Médio
Nota SAEB - 2021
Região/ Taxa de Aprovação - 2021
IDEB
Unidade Nota Média
Rede Indicador de Matemática Língua 2021
da Padronizada
Total 1ª 2ª Rendimento 3ª 4ª Portuguesa (N x P)
Federação (N)
(P)
VL_APROVACAO_2021_SI_4
VL_APROVACAO_2021_1
VL_APROVACAO_2021_2
VL_APROVACAO_2021_3
VL_APROVACAO_2021_4
VL_INDICADOR_REND_2021
VL_NOTA_MATEMATICA_2021
VL_NOTA_PORTUGUES_2021
VL_NOTA_MEDIA_2021
VL_OBSERVADO_2021
Bahia Estadual 87,4 89,7 85,3 86,8 91,7 0,88 246,49 254,39 3,96 3,5

De acordo com o IDEB, 2019, no Ensino Médio, a rede estadual de ensino saltou de 2,7 (2017) para 3,2 (2019). Este foi o melhor IDEB
alcançado pela rede desde que o índice foi ins tuído, em 2007. Em termos rela vos, percentuais, o IDEB da Bahia cresceu 18,5%. A Bahia
também é um dos oito estados com aumento maior do IDEB, 0,5, maior do que a média nacional, que foi de 0,4.

O Ensino Médio brasileiro sempre precisou lidar com a evasão e a qualidade ruim de aprendizagem. A pandemia deixou ainda mais
pedras no caminho, por isso gera tanta preocupação em educadores e especialistas. No município enfrentamos algo singular, que é a
responsabilidade em administrar o Ensino Médio na Escola Indígena Pataxó Boca Da Mata e na Escola Indígena Barra Velha. Assim, podemos
concluir que precisamos de uma reformulação metodológica ou, ainda, repensar estratégicas em prá ca que impactem os índices acima
demonstrados. Precisamos, enquanto Rede, pensar conjuntamente em ferramentas que nos façam avançar, para assim superar a média
municipal do Ensino Médio:

Ensino Médio - 2021


Nota SAEB - 2021
Taxa de Aprovação - 2021 IDEB
Código do Município Nome do Município Rede Nota Média 2021
Indicador de Matemática Língua Portuguesa Padronizada (N x P)
Total 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série (N)
Rendimento (P)
CO_MUNICIPIO NO_MUNICIPIO REDE VL_APROVACAO_2021_SI_4
VL_APROVACAO_2021_1
VL_APROVACAO_2021_2
VL_APROVACAO_2021_3
VL_APROVACAO_2021_4
VL_INDICADOR_REND_2021
VL_NOTA_MATEMATICA_2021
VL_NOTA_PORTUGUES_2021
VL_NOTA_MEDIA_2021
VL_OBSERVADO_2021
2925303 Porto Seguro Municipal 70,4 67,8 64,6 80,4 - 0,70 219,96 226,18 3,16 2,2

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Ensino Médio - 2019
Nota SAEB - 2019
Taxa de Aprovação - 2019 IDEB
Código do Município Nome do Município Rede Nota Média 2019
Indicador de Matemática Língua Portuguesa Padronizada (N x P)
Total 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série (N)
Rendimento (P)
CO_MUNICIPIO NO_MUNICIPIO REDE VL_APROVACAO_2021_SI_4
VL_APROVACAO_2021_1
VL_APROVACAO_2021_2
VL_APROVACAO_2021_3
VL_APROVACAO_2021_4
VL_INDICADOR_REND_2021
VL_NOTA_MATEMATICA_2021
VL_NOTA_PORTUGUES_2021
VL_NOTA_MEDIA_2021
VL_OBSERVADO_2021
2925303 Porto Seguro Municipal 84,00 81,40 84,10 86,40 - 0,84 219,39 229,88 3,21 2,7

O IDEB é calculado como a média dos resultados padronizados do SAEB de português e matemá ca, mul plicados pela taxa de
aprovação do Censo. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao
Inep realizar um diagnós co da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do/a estudante. Por meio de
testes e ques onários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o SAEB re ete os níveis de
aprendizagem demonstrados pelos/as estudantes avaliados, explicando esses resultados a par r de uma série de informações contextuais.

O SAEB permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos/as
estudantes. O resultado da avaliação é um indica vo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o
monitoramento e o aprimoramento de polí cas educacionais com base em evidências.

As taxas de rendimento escolar de cada ins tuição são geradas a par r da soma da quan dade de alunos/as aprovados/as, reprovados/
as e que abandonaram a escola ao nal de um ano le vo. Elas são importantes porque geram o Indicador de Rendimento, u lizado no cálculo
do IDEB.

Para calcular as taxas de aprovação, reprovação e abandono, o Inep se baseia em informações sobre o movimento e o rendimento
escolar dos alunos, fornecidas pelas escolas e pelas redes de ensino municipais. As taxas de rendimento se referem ao preenchimento ou não
dos requisitos de aproveitamento e frequência dos/as alunos/as ao nal de um ano le vo. Elas são formuladas a par r das taxas de aprovação,
reprovação e abandono. Por sua vez, as taxas de transição ou uxo escolar revelam a progressão dos/as alunos/as entre os anos le vos
consecu vos e são compostas pelas taxas de promoção, repetência e evasão, conforme mostra a gura a seguir:

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Outro dado signi ca vo no processo de evolução sobre o resultado médio do IDEB foi a pandemia do Corona vírus. A Covid-19 infecção
respiratória aguda causada pela pandemia do Corona Vírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição
global, afetou de forma nunca vista no mundo, no nosso país e no município de Porto Seguro a sociabilidade como um todo e a Educação não
escapou deste ciclo que pegou de surpresa o mundo a par r do nal do no de 2019. No Dia Internacional da Educação, 24 de janeiro, e à
medida que a pandemia de Covid-19 se aproxima da marca dos dois anos, o UNICEF compar lha os úl mos dados disponíveis sobre o impacto
da pandemia na aprendizagem das crianças no mundo.

“Em março, marcaremos três anos de interrupções na educação global relacionadas à Covid-19. Resumidamente, estamos diante de
uma perda quase sem volta para a escolaridade das crianças”, disse Robert Jenkins, chefe global de Educação do UNICEF. “Embora seja
fundamental retomar as aulas presenciais, apenas reabrir as escolas não é su ciente. Os estudantes precisam de apoio intensivo para
recuperar a educação perdida. As escolas também devem ir além dos locais de aprendizagem para reconstruir a saúde mental e sica das
crianças, o desenvolvimento social e a nutrição”.2

Crianças perderam habilidades básicas de aritmé ca e alfabe zação. Globalmente, a interrupção da educação signi cou que milhões de
crianças perderam consideravelmente o aprendizado que teriam adquirido se es vessem na sala de aula, com crianças mais novas e
vulneráveis enfrentando a maior perda. Em países de baixa e média renda, as perdas de aprendizado devido ao fechamento de escolas
deixaram até 70% das crianças de 10 anos incapazes de ler ou entender um texto simples, em comparação com 53% antes da pandemia.

2Disponível em <https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/covid-19-extensao-da-perda-na-educacao-no-mundo-e-grave> Acesso em 19


de abril de 2022.

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Em vários Estados brasileiros, cerca de três em cada quatro crianças do 2º ano estão fora dos padrões de leitura, número acima da
média de uma em cada 02 (duas) crianças antes da pandemia. Em todo o Brasil, um em cada dez estudantes de 10 a 15 anos relatou que não
planejava voltar às aulas assim que sua escola reabrisse.

O Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou, 8 de julho de 2022, os resultados da pesquisa
“Resposta educacional à pandemia de COVID-19 no Brasil”. Os dados aferidos serão fundamentais para a compreensão das consequências da
pandemia no sistema educacional brasileiro. O levantamento foi aplicado entre fevereiro e maio de 2021, por meio de um ques onário
suplementar, durante a segunda etapa do Censo Escolar 2020, a Situação do Aluno, que tem a função de apurar informações rela vas ao
movimento e o rendimento dos estudantes ao término do ano le vo. A pesquisa reúne dados sobre os impactos e as respostas educacionais
decorrentes da pandemia de COVID-19. Para isso, o INEP desenvolveu um formulário especí co com o intuito de coletar informações sobre a
situação e as estratégias adotadas pelas escolas, para a consecução do ano le vo de 2020. Os resultados também serão importantes para
elaborar estratégias e polí cas para o enfrentamento dos impactos da crise sanitária no ensino e na aprendizagem. Ao todo, 94% (168.739) das
escolas responderam ao ques onário aplicado pelo INEP por meio do Censo Escolar. O percentual corresponde a 97,2% (134.606) e 83,2%
(34.133) das redes pública e privada, respec vamente. “É uma cobertura que nos permite chegar a um nível de desagregação das informações
muito relevante para mostrar como as redes de ensino reagiram a essa situação de excepcionalidade”, a rmou o diretor de Esta s cas
Educacionais do INEP, Carlos Eduardo Moreno Sampaio.3

O levantamento mostra que 99,3% das escolas brasileiras suspenderam as a vidades presenciais. Em função disso, parte delas também
ajustou a data do término do ano le vo de 2020, visando ao enfrentamento das questões pedagógicas decorrentes dessa suspensão. As
escolas públicas sen ram uma necessidade maior de fazer a adequação. Pouco mais de 53% delas man veram o calendário. O percentual de
escolas brasileiras que não Retornaram às a vidades presenciais no ano le vo de 2020 foi de 90,1%, sendo que, na rede federal, esse

3Disponível em < https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-escolar/divulgados-dados-sobre-impacto-da-pandemia-na-educacao> Acessado


em 19 de abril de 2022.

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percentual foi de 98,4%, seguido pelas escolas municipais (97,5%), estaduais (85,9%) e privadas (70,9%). Diante desse contexto, mais de 98%
das escolas do País adotaram estratégias não presenciais de ensino.

Não é di cil perceber que a existência de IDEB baixo é explicada pela combinação de resultados baixos na taxa de aprovação (poucos/a
alunos/a passam de ano) e/ou no desempenho no SAEB (poucos/as alunos/as alcançam boas notas). Entre escolas com mesmo desempenho
no SAEB, terá maior IDEB aquela com maior taxa média de aprovação. Entre escolas com a mesma taxa média de aprovação, terá maior IDEB
aquela com maior desempenho no SAEB. Quando todos os alunos e alunas são aprovados, o IDEB é igual ao desempenho no SAEB.

Com o IDEB, ampliam-se as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, difundindo e valorizando a cultura do
aprendizado, uma vez que o índice é comparável nacionalmente e expressa em valores dois resultados muito importantes do processo
educacional. A combinação de ambos tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino re ver seus alunos para obter
maiores resultados no SAEB, o fator uxo será prejudicado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema
apressar a aprovação de alunos sem se preocupar com o aprendizado, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de
melhoria do sistema, ou seja, para melhorar o IDEB, os sistemas de ensino devem melhorar simultaneamente as duas dimensões do indicador,
uxo escolar e desempenho nas avaliações.

Segue abaixo indicadores IDEB por Unidade Escolar para o ano de 2019.

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116198-ce-crianca-esperanca/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/112135-cm-brigadeiro-eduardo-gomes/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: https://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edition=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Par cipação no SAEB

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/119846-cm-frei-calixto/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124714-cm-governador-cesar-borges/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116202-educandario-pero-vaz-de-caminha/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/119950-escola-alcides-faus no-dos-santos/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/118550-escola-alegria-do-saber/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/114921-escola-antonio-osorio-menezes-ba sta/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124720-escola-canta-galo/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124720-escola-canta-galo/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/119575-escola-chico-mendes/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/121526-escola-frei-miguel-gagliard/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/106707-escola-helena-rebocho/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/106707-escola-helena-rebocho/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/121070-escola-higina-cristo-oliveira/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/111670-escola-indigena-barra-velha/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/120873-escola-indigena-pataxo-aldeia-velha/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/120873-escola-indigena-pataxo-aldeia-velha/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/129115-escola-indigena-pataxo-boca-da-mata/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124713-escola-indigena-pataxo-imbiriba/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/115263-escola-jardim-do-eden/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/112136-escola-manoel-ribeiro-carneiro/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/112136-escola-manoel-ribeiro-carneiro/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/121361-escola-maria-lucia-westphal-santana/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/128842-escola-monteiro-lobato/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124145-em-adao-graca-de-oliveira/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/120790-em-archimedes-ernesto-da-silva/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/119576-em-de-caraiva/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/123523-em-de-itaporanga/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/123526-em-de-sapirara/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/123585-em-do-arraial-dajuda/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/123585-em-do-arraial-dajuda/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/126411-em-dois-de-maio/ideb

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Fonte: https://qedu.org.br/escola/29374103-escola-municipal-governador-paulo-souto/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/123739-em-honorina-passos/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116287-emei-can nho-da-paz/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/135264-escola-municipal-joao-carlos-ma os-de-paula/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/135264-escola-municipal-joao-carlos-ma os-de-paula/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/130768-escola-municipal-maria-dos-anjos/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/132770-em-padre-jose-de-anchieta/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/132770-em-padre-jose-de-anchieta/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124715-em-sao-miguel/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124715-em-sao-miguel/ideb?dependence=3&grade=2&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/268410-escola-municipal-valdivio-costa/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/131940-escola-neilton-dantas/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/113431-escola-prefeito-manoel-carneiro/ideb

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Fonte: https://www.qedu.org.br/escola/126414-escola-professora-raydahlia-bittencourt-de-oliveira/ideb?
dependence=3&grade=1&edition=2019

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Fonte: https://www.qedu.org.br/escola/129745-escola-sao-joao-batista/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/124718-escola- radentes/ideb

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Fonte: https://www.qedu.org.br/escola/123522-em-do-cambolo/ideb

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INDICADORES IDEB PARA O ANO DE 2021

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Fonte: https://qedu.org.br/escola/29373948-escola-professora-raydahlia-bittencourt-de-oliveira/ideb

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Fonte: https://qedu.org.br/escola/29374162-escola-antonio-osorio-menezes-batista/ideb

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: h ps://www.qedu.org.br/escola/116092-cm-de-porto-seguro/ideb?dependence=3&grade=1&edi on=2019

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Fonte: https://qedu.org.br/escola/29272424-colegio-municipal-sao-pedro/ideb

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EDUCAÇÃO
INFANTIL
A Educação Infan l tem como pressuposto que a infância está em permanente construção. Nessa concepção, a criança é um “sujeito
histórico e de direitos que, nas interações, relações e prá cas co dianas que vivencia, constrói sua iden dade pessoal e cole va, produzindo
cultura”.
A par r dessa imagem que temos de criança, construímos nosso repertório de relação com elas, buscando proposições que es mulem as
suas ações, acolhendo seu mundo interno e oportunizando experiências para construir signi cados no mundo que acaba de chegar. Ao propor
experiências em que as crianças tenham a oportunidade de estar consigo mesmas e com os outros, de par cipar, conviver, brincar, conhecer-se,
explorar, interagir com os materiais e com os espaços, ou seja, a par r das vivências do co diano, o/a professor/a irá oportunizar tempo para
que as descobertas aconteçam.

A ins tuição de Educação Infan l representa um dos referenciais de espaço social para a construção da cultura, de saberes,
potencialidades, interesses, princípios, é cos esté cos, polí cos e de iden dades individuais e cole vas. Essa concepção de organização,
evidencia narra vas de um ser que para além da sala de aula, é um sujeito integral. É regida pela convicção de que as prá cas pedagógicas que
concre zam o atendimento à criança precisam estar respaldadas em concepções norteadoras da ação dos diversos pro ssionais.

É nessa perspec va que faz-se necessário a elaboração e /ou criação de mecanismos capazes de oportunizar a quali cação da Educação
Infan l de tal modo que sejam integrados o acolhimento, a segurança, o lugar para a emoção, para o gosto, para o desenvolvimento da
sensibilidade sem deixar de lado o desenvolvimento das habilidades sociais, o domínio do corpo, das modalidades expressivas; deve privilegiar o
lugar para o despertar da curiosidade, o desa o e a oportunidade para a inves gação, pois, tudo isso cons tui conhecimento escolar na
Educação Infan l e faz parte da orientação curricular.

É nesse pressuposto que se alicerça a importância da etapa para o município de Porto Seguro – Ba.

Apresentamos abaixo o quan ta vo de professores/as e crianças que compõem a Educação Infan l na Rede.

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DIAGNÓSTICO DA REDE:
ANOS INICIAIS
O ano de 2022 começou de modo a pico, com inúmeros desa os a serem vencidos. Todos os anos, Secretaria de Educação, professores,
coordenadores pedagógicos e toda a equipe escolar se deparam com situações di ceis nas escolas; como indisciplina, di culdade de
aprendizagem, evasão, problemas estruturais, dentre outros. No entanto, esse foi o ano de retorno às aulas presenciais após 2 anos de Pandemia
da COVID-19, o que fez com que todos os desa os anteriores se potencializassem e ainda gerassem outros problemas a serem vencidos.
Diante desse cenário caó co, a Secretaria Municipal de Educação de Porto Seguro, aderiu ao programa de ensino, baseado em formação
con nuada em serviço e para o serviço, “Educar Pra Valer” (EPV), ... cujo principal obje vo é contribuir para a melhoria da educação nos Anos
Iniciais (1o ao 5o ano) do município de Porto Seguro, garan ndo a alfabe zação na idade certa e assegurando equidade em todas as escolas da
Rede. O programa dispõe de um material estruturado, que foi disponibilizado para toda a rede de ensino de forma digital, além de oferecer
formação para Gestores escolares, Coordenadores pedagógicos e Professores. No município, o programa aderiu a nomenclatura “Ensinar pra
Vencer”.
Baseado nas diretrizes do EPV, o município realizou três avaliações em quase toda a rede nos anos iniciais de 1o ao 5o anos, nas quais
avaliavam os alunos em níveis de Fluência leitora, conforme (Tabelas 1, 2 e 3) e uma avaliação “Obje va (Diagnós ca)”, na qual observou-se o
desempenho dos alunos nas diversas habilidades essenciais para cada ano/série, em Língua Portuguesa e Matemá ca.

A avaliação de Fluência leitora “habilidade para ler em voz alta corretamente, com entonações e pausas apropriadas, que cons tuem
indicadores de que o leitor compreende o signi cado” e possui a seguinte classi cação: Leitor Fluente, Leitor sem Fluência, Leitor de Frases, Leitor
de Palavras, Leitor de Sílabas, Não Leitor, Não Avaliado e Não Informado.

Leitor Fluente: O aluno que ao ler textos diversos com ritmo e entonação, cometer um número de erros inferior a 10% das palavras do
texto e ler com velocidade adequada.

Leitor Sem Fluência: O aluno que ao ler um texto, cometer muitos erros ou ler com ritmo e entonação inadequados, mas conseguir ler o
texto todo, será considerado leitor sem uência.

Leitor de Frases: O aluno que apresentar muitas di culdades ao ler um texto, mas consegue ler as frases com poucos erros e
demonstrando compreensão será considerado leitor de frase.

Leitor de Palavras: O aluno que apresentar muita di culdade em ler frases, cometendo muitos erros ou sem entonação, no entanto, ler as
palavras corretamente, sem silabar e demonstrando compreender o sen do, será considerado leitor de palavras.

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Leitor de Sílabas: O aluno que apresentar di culdade em ler as palavras, cometendo erros, silabando ou gaguejando a cada sílaba, mas
reconhece e ler algumas sílabas sem di culdades, será considerado leitor de sílabas.

Não Leitor: Se o aluno não conseguir iden car as sílabas ou cometer erros, será considerado não leitor. O aluno que reconhece letras, mas
não lê sílabas, deve também ser considerado não leitor.

Não Avaliado: Aluno que, por alguma razão, não passou pelo processo de avaliação ou não concluiu, porém foi informado. Não Informado:
Aluno que não par cipou da avaliação, nem foi jus cada a sua não par cipação.

A Tabela 1 mostra o resultado da avaliação inicial (Diagnós ca). Nota-se que, uma grande parte dos alunos estão enquadrados nos níveis, não
leitor, Leitor de sílaba e Leitor de Palavras (30%). Dos 11.900 (Onze mil e novecentos) alunos matriculados nas respec vas escolas, avaliadas
pela rede, apenas 1.642 (Mil e seiscentos e quarenta e dois), ou seja, 13,7% são leitores uentes. Esse resultado é ainda mais preocupante,
levando-se em consideração que os alunos de 1o ano não par ciparam dessa avaliação. Além disso, 2.916 (Dois mil e novecentos e dezesseis)
alunos não foram avaliados ou informados, num total de 24,5%.

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Na Avaliação Forma va em Fluência Leitora, realizada em (agosto de 2022), 2.930 (25%) alunos se encontravam no nível “Leitor Fluente”, um
acréscimo de mais de 13%. Em relação a Avaliação Diagnós ca. No entanto, a quan dade de alunos que não foram avaliados ou informados
ainda corresponde a 16,2%. Considerando os níveis adequados para cada ano, mais de 50% estão inadequados para sua série em níveis de
leitura. Vale ressaltar que as turmas de 1o Ano realizaram essa avaliação, a m de se veri car o progresso no 1º Semestre.

Fonte: SAEV, disponível em: <h p://www.educarpravaler.org/> QEdu, disponível em: <h ps://novo.qedu.org.br/>

Na avaliação de saída em uência leitora, realizada em dezembro de 2022, a quan dade de alunos leitores, aumentou
exponencialmente, sendo inicialmente 13,7%, passando para 33,2%, um aumento de quase 20%. “Não Leitor” apresentou um
decréscimo de 14% para 8,6%. No entanto, os não informados ou não avaliados, ainda se encontram em 18%. Se ainda levarmos em
consideração os níveis adequados, apenas 43,5% dos alunos se enquadram. Nesse sen do, cerca de 56% dos alunos se encontram em
níveis inadequados de leitura, ou seja, mais da metade dos alunos que estão matriculados ou vinculados nas respec vas escolas não
sabem ler.

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É importante esclarecer que a Pandemia da Covid-19 trouxe impactos severos para toda Educação Básica, corroborados pelos baixos
índices de aprendizagem apresentados pelos indicadores.

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De acordo com a BNCC (BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM), até o nal do 1o Ano fundamental, os alunos devem conseguir
escrever “espontaneamente ou por ditado” palavras e frases de forma alfabé ca, além de escrever corretamente o próprio nome, o dos
pais, o endereço completo e ler palavras e pequenos textos. No entanto, levando em consideração os problemas gerados pela Pandemia
da Covid, onde os alunos não veram acesso à escola, já era esperado que boa parte dos alunos não alcançariam o nível de “Leitor
Fluente”. O grá co abaixo mostra o desempenho dos alunos nas Avaliações de uência leitora, onde, num total de 2.384 de alunos de 1º
Ano nas Avaliações em Fluência Leitora, em que, num total de 2.384 subme dos a Avaliação de Saída, obteve-se 260 leitores uentes, 341
leitores sem uência e 229 leitores de frases, alcançando um total de 830 alunos em níveis considerados adequados para esse público,
cerca de 34%.

OBS. Os alunos de 1o Ano, não realizaram a avaliação diagnós ca em uência leitora, realizada pela Rede em abril (2022), pois, no processo
inicial de alfabe zação, os devidos alunos são considerados “não leitores”.
Fonte: SAEV, disponível em: <h p://www.educarpravaler.org/>

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Os 2º Anos por sua vez, apresentaram um avanço bastante signi ca vo desde a Avaliação Diagnós ca ate a Avaliação de Saída. Dos
2.298 alunos, 860 concluíram o ano le vo em níveis sa sfatórios, ou seja, 37,4%, um acréscimo de 28% comparado com os 9% na Avaliação
Diagnós ca. O número de alunos que não leem também decresceu de 814 para 283.

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O 3º ano iniciou o ano le vo com uma quan dade de 259 alunos leitores uentes, 249 leitores sem uência e 166 leitores de frases,
níveis considerados adequados para essa etapa dos ANOS INICIAIS. No entanto, 582 alunos iniciaram no mais baixo nível de uência leitora, o
nível não leitor. É importante observar também que 506 alunos não foram informados na avaliação diagnós ca e 245 não foram avaliados.
Com o decorrer do ano le vo, é esperada uma melhora nos níveis de leitura, principalmente se considerarmos que alunos de 3º ano já devem
iniciar o ano le vo como leitores uentes. Essa melhoria na aprendizagem é observada nas avaliações subsequentes, principalmente de saída,
com um total de 1.463 alunos leitores, considerando os níveis adequados de uência (L. Fluente, L. sem Fluência e Leitor de Frase).

É importante destacar que os alunos do 3º Ano só veram o primeiro contato sico direto na escola no ano de 2022, nesse caso, esses alunos
estudaram 1º e 2º Anos de forma remota e híbrida respec vamente. Nesse ponto, já era esperada uma avaliação aquém dos níveis desejados
para essa série.

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Segundo (Lima, 2021), o desempenho nas habilidades de leitura, escrita e aritmé ca é considerado um bom indica vo sobre o
desempenho acadêmico das crianças. A leitura caracteriza-se por um processo complexo, onde variados subprocessos estão envolvidos, desde
a decodi cação, até a construção de uma representação do texto lido (Salles & Parente, 2004). Envolve habilidades especí cas do
processamento da informação escrita e habilidades gerais, como atenção, raciocínio e conhecimentos gerais (Vellu no, Fletcher, Snowling, &
Scanlon, 2004). Estes processos reconhecidos como importantes para a leitura também se relacionam e afetam a escrita (Morken & Helland,
2013), nesse sen do a leitura uente também está ligada a outras habilidades que devem ser contempladas nas séries dos anos iniciais e
consolidadas até o 3º Ano.
O desempenho dos alunos do 4o Ano, nas Avaliações Diagnós ca, Forma va e de Saída, mesmo com avanços signi ca vos de níveis de
leitura, ainda está aquém do ideal, onde 100% dos alunos são leitores uentes. Dos 2.400 alunos do 4o Ano, mais da metade iniciou o ano
le vo de 2022 abaixo do nível em competência leitora desejada para esse Ano/Série, com muitas habilidades que não haviam sido
contempladas. Esse dé cit é jus cado pela ausência dos alunos no espaço escolar, consequência da Pandemia da Covid-19, onde o ano de
2021 foi mesclado entre ensino remoto e ensino no formato híbrido. Vale ressaltar que nem todas as unidades escolares aderiram ao segundo
modelo de ensino, concluindo o ano apenas no modelo remoto, nesse sen do, os alunos do 4o ano, só es veram em um ambiente escolar no
1o Ano, ano esse de início do processo de alfabe zação. No entanto, se considerarmos a avaliação de saída, ainda se veri ca um número alto
de alunos não leitores. A di culdade das crianças em quebrar o código da leitura se deve à vários fatores, ansiedade no retorno das aulas,
indisciplina por falta de ro na estabelecida, problemas estruturais, dentre outros.

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O 5º ano iniciou o ano le vo de 2022 com 741 alunos leitores uentes (Avaliação Diagnós ca) e no nal do processo com 1381
(Avaliação de Saída). As avaliações mostram um quadro evolu vo até signi ca vo, com a quan dade de alunos não leitores caindo bastante e
um número crescente de leitores. Porém, vale ressaltar que o 5º Ano é o ano de conclusão dos ANOS INICIAIS, sendo esses alunos, na maioria
das vezes, transferidos para outras unidades escolares e não serão assis dos em suas de ciências de aprendizagem, nesse sen do, torna-se
relevante a quan dade de alunos que ainda não se enquadram em níveis adequados de leitura, sendo esses 173, considerando os não leitores,
leitores de sílabas, leitores de palavras e leitores de frases, níveis considerados insu cientes para o nal do 5º ano. Se a progressão considerar
os níveis de aprendizagem, esses alunos seriam re dos na série, no entanto, levando em conta a progressão de aprendizagem apresentada por
esses alunos, retê-los torna-se um processo arbitrário. Esse quan ta vo corresponde a cerca de 7,3% de alunos do 5º ano das escolas
avaliadas, um percentual alto de estudantes que estarão inseridos nos anos nais sem ler ou escrever corretamente.
Outro fator importante a ser considerado é o per l do professor alfabe zador. É bastante comum os professore de 1º, 2º e até 3ø Anos
estarem preparados para o processo de alfabe zação, sendo que este deve estar efe vado no 3º ano. No entanto, no 4º e 5º Ano esse
processo torna-se mais dispendioso, uma vez que os professores desses anos esperam alunos leitores uentes, deixando de lado esse per l de
alfabe zador, ainda que seja comum receberem alunos não alfabe zados. Mediante essas considerações, para se tornar um professor
alfabe zador a formação inicial por si só não se faz su ciente; é preciso oportunizar, através de formação con nua, saberes necessários ao
pro ssional para que este sinta segurança ao lecionar e possa, de fato contribuir com o processo de ensino-aprendizagem. Vale lembrar que o
tempo na docência também se con gura num dos elementos indispensáveis para o exercício da pro ssão, uma vez que a prá ca pode ser
(re)apropriada conforme os diferentes contextos que o professor atua.

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Ainda nesse sen do, se para o professor de 4º e 5º Anos alfabe zar já é di cil, mesmo que esses pro ssionais tenham formação
especí ca para o exercício, esse processo para pro ssionais de áreas especí cas ainda é mais di cil. Ao observar a quan dade de alunos não
avaliados e não informados e somarmos aos não leitores, temos um total de 602 alunos no nal de 2022 com níveis abaixo do esperado.

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O grá co apresenta a quan dade de alunos dos Anos Iniciais por níveis de leitura ao nal do ano le vo de 2022. É importante sinalizar
que ao somar todos os alunos não avaliados e não informados de toda a rede, temos 2.140 alunos que não sabemos em que nível de uência
estão. Esses estudantes, tornam-se um desa o para a rede, pois entendemos que a prá ca da avaliação é de suma importância para o processo
de aprendizagem, e ainda, dentro de uma educação equânime, ninguém pode passar pelo processo de aprendizagem sem ter experimentado
algum processo de avaliação ou pelo menos algum que contemple as suas par cularidades. E então, colocamos alguns ques onamentos a
respeito desses alunos; Porque ainda se tem uma quan dade tão alta de alunos não avaliados? Por que eles não puderam passar por esse
processo? Que jus ca va têm as escolas para não inserirem os mesmos no processo de Avaliação? São ques onamentos que devem ser
respondidos antes da etapa nal da avaliação. O município passou por mais duas avaliações com números gritantes de alunos não avaliados, a
Diagnós ca e a Forma va, então não se jus ca a não avaliação. Também é importante chamar atenção sobre os estudantes não informados,
estudantes esses que estão inseridos nas turmas, porém são desconhecidos nas unidades escolares como (transferidos, evadidos, duplicados
no sistema ou matriculados em turmas erradas).

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No ano de 2022, além da Avaliação de Fluência Leitora, também foram aplicadas Avaliações Diagnós cas Obje vas de Língua
Portuguesa e Matemá ca entre os meses de maio e junho. Como foi realizada apenas uma avaliação nessas áreas, não foi possível acompanhar
a evolução da aprendizagem. Assim, apresentamos no grá co abaixo o desempenho dos alunos em relação aos descritores avaliados.

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Apenas o 4º Ano realizou mais uma avaliação obje va, sendo essa a Avaliação de Saída, realizada entre os meses de novembro e dezembro.
Na avaliação de Matemá ca para os 4o Anos, o município apresentou um desempenho médio de 29% nos descritores SAEB1 na avaliação de Saída.
Deve-se notar que na Avaliação Diagnós ca do município o desempenho médio foi de 45%. Essa Avaliação de Saída aplicada em nossa Rede, foi
elaborada pelo SAEV (Sistema de Avaliação Educar pra Valer) e está baseada nos descritores do SAEB, que são divididos por eixos: (Espaço e Forma,
Grandezas e Medidas, Números e operações/ Álgebra e sua Funções e Tratamento da Informação).

Espaço e Forma: Eixo no qual se trabalha a localização e o reconhecimento de guras planas e não planas no espaço.

Grandezas e Medidas: Grandeza é aquilo que pode ser quan cado, como comprimento, massa, temperatura, volume, força etc. Já medida é
o que mensura as grandezas.

Números e operações/ Álgebra e suas Funções: Eixo no qual se trabalha as operações matemá cas básicas, adição, subtração, mul plicação e
divisão e representam as relações de números entre si.

Tratamento da Informação: Eixo que engloba a leitura de grá cos e tabelas, onde o aluno deve encontrar dados para resolver problemas.

1 Elementos que descrevem as habilidades trabalhadas nas avaliações externas, a par r dos quais são elaboradas as questões dessas mesmas avaliações

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Em Língua Portuguesa, com foco em leitura, são avaliadas habilidades e competências de nidas por meio de descritores, agrupadas em
tópicos que compõem a Matriz de Referência dessa disciplina.

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As matrizes de Língua Portuguesa da Prova Brasil e do SAEB estão estruturadas em duas dimensões. Na primeira dimensão, que é
“objeto do conhecimento”, foram elencados seis tópicos, relacionados a habilidades desenvolvidas pelos estudantes. A segunda dimensão da
matriz de Língua Portuguesa refere-se às “Competências” desenvolvidas pelos estudantes. E dentro desta perspec va, foram elaborados
descritores especí cos para cada um dos seis tópicos.
Para a 4a série do ensino fundamental, a Matriz de Referência completa, em Língua Portuguesa é composta pelo conjunto dos seguintes
descritores:

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DIAGNÓSTICO DA REDE:
ANOS FINAIS
O Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), propôs para as Unidades de
Ensino da Educação Básica uma plataforma de monitoramento e acompanhamento na retomada das aulas presenciais. A Plataforma de
Avaliação Diagnós ca e Forma va, que disponibilizava testes obje vos dos componentes de Língua Portuguesa, Matemá ca, Ciências e
Língua Inglesa para as escolas com Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Pensando em instrumentos de avaliação das aprendizagens, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Patrimônio e Histórico,
por intermédio da coordenação do setor Pedagógico dos Anos Finais do Ensino Fundamental, mobilizou as escolas da Rede Municipal de
Educação em março de 2022 para aderirem a essa proposta de avaliação, acompanhamento e monitoramento dos estudantes
matriculados nesse segmento. Nessa perspec va, 24 unidades de ensino iniciaram no nal de março o cadastramento de professores/as,
gestores/as e alunos/as junto a plataforma.

A proposta inicial foi de aplicar apenas as avaliações dos componentes de Língua Portuguesa e Matemá ca do 6° ao 9° do Ensino
Fundamental das escolas cadastradas, distribuídas em dois testes obje vos: Avaliação Diagnós ca, entre os meses de abril a maio de
2022, e o 1° ciclo da Avaliação Forma va, aplicada no mês de agosto. É importante ressaltar que a Secretaria de Educação, dentre suas
competências, subsidiou escolas que não nham como fazer a impressão do material.

O acompanhamento dos resultados foi feito ao longo do ano le vo, sempre dialogando com os/as coordenadores/as e os/as
gestores/as das unidades de ensino sobre o desempenho nas avaliações e nas habilidades que foram a ngidas pelos alunos e as com
defasagem de aprendizagem, propostas em cada questão sobre dos testes obje vos. E ainda, sobre as lacunas em relação ao Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ano base 2021.

Diante da baixa frequência dos estudantes, os técnicos da pasta dos Anos Finais, optaram por u lizar o desempenho médio dos
alunos do 6º ao 9º ano que realizaram as avaliações em suas unidades de ensino. Com a proposta metodológica do IDEB (INEP, 2021),

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foram analisadas as taxas de aprovação dos Anos Finais, referentes ao ano base de 2021, das Unidades de Ensino que apresentaram ao
setor de escrituração da Secretaria de Educação em tempo hábil.

Portanto, o Índice de Desenvolvimento Educacional de Porto Seguro (IDEPS) foi gerado u lizando a média de desempenho
estudan l nas avaliações da plataforma CAED/UFJF no ano de 2022, mul plicado pelas taxas de aprovações escolares referente ao ano de
2021 de cada ins tuição de ensino. Escolas que não veram taxa de aprovação referente ao ano base de 2021, aderiram a média
municipal, disponibilizada pelo Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), referente ao Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2021.

A seguir, apresentamos os grá cos com os índices locais: Taxa de Aprovação, Desempenho de Avaliações MEC – CAED/UFJF e, por
m, o IDEPS

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TAXA DE APROVAÇÃO/REDE

Fonte: INEP, 20221; SEDUC, 20222.

1Brasil. Ins tuo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/areas-
de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
2 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: INEP, 20223; SEDUC, 20224.

3Brasil.
Ins tuo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/areas-
de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
4 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: INEP, 20225; SEDUC, 20226.

5Brasil.
Ins tuo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/areas-
de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
6 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: INEP, 20227; SEDUC, 20228.

7Brasil.
Ins tuo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/areas-
de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
8 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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DESEMPENHO AVALIAÇÃO MEC – CAED 2022, REDE

Fonte: MEC; CAED/UFJF, 2022. 9

9 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03/01/2023

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 2022. 10

10 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03/01/2023

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 2022. 11

11 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03/01/2023

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 2022. 12

12 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03/01/2023

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DE PORTO SEGURO 2022, REDE

Fonte: MEC; CAED/UFJF, 202213; INPE, 202214; SEDUC, 202215.

13 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03 de jan. de 2023
14Brasil. Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/
areas-de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
15 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 202216; INPE, 202217; SEDUC, 202218.

16 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03 de jan. de 2023
17Brasil. Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/
areas-de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
18 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 202219; INPE, 202220; SEDUC, 202221.

19 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03 de jan. de 2023
20Brasil. Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/
areas-de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
21 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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Fonte: MEC; CAED/UFJF, 202222; INPE, 202223; SEDUC, 202224.

22 BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnós ca e Forma va: Plataforma CAED/UFJF. Disponível em: h ps://
plataformadeavaliacaomonitoramento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03 de jan. de 2023
23Brasil. Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( INEP). Resultados do IDEB 2021. Disponível em: h ps://www.gov.br/inep/pt-br/
areas-de-atuacao/pesquisas-esta s cas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 03 de jan. de 2023.
24 Porto Seguro – BAHIA. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino, ano base 2021. Setor: Escriturário da SEDUC.

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EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
DESCRIÇÃO DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DA REDE MUNICIPAL DE PORTO SEGURO -BA

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Vale salientar que concluímos o ano de 2022 com 29 (vinte e nove) Salas de Recursos Mul funcionais em efe vo exercício e outras 02
(duas) escolas cadastradas, com recursos nanceiros em caixa, em elaboração do plano de ação do PDDE Sala de Recursos Mul funcionais e
Bilíngues de Surdos, com previsão de inauguração no primeiro semestre do ano de 2023 que são a ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
CRECHE TERRA MATTER e CRECHE MUNICIPAL PROFESSORA PEROLINA BORGES DE JESUS. Temos ainda a ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO
OSÓRIO, que aguarda a compra dos mobiliários e recursos pedagógicos e a nova equipe gestora para a abertura no primeiro semestre de 2023.
E, por m, contamos ainda com 02 (duas) escolas cadastradas com recursos disponíveis, mas não possuem espaço disponível, necessitando de
construção das Salas de Recursos Mul funcionais, que são ESCOLA ADÃO GRAÇA e ESCOLA ALEGRIA DO SABER (Nova Caraíva).

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CEAME - CENTRO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

O Centro de Educação Inclusiva e Atendimento Especializado – CEAME, cons tuído e man do pela Secretaria Municipal
de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico, conta com novas modalidades de atendimento: es mulação precoce, atendimento
às famílias e equipe mul disciplinar (além dos especialistas em cada área da de ciência e equipe para avaliação pré diagnós co,
Assistente Social, Psicóloga e Fonoaudióloga). Oferece também a vidade complementar com artes, natação e psicomotricidade.
O CEAME faz parte da Polí ca Pública para a Educação Especial na perspec va inclusiva, obrigatória como segunda
matrícula do aluno com de ciência. No ano de 2023, a matrícula aconteceu entre os meses de fevereiro e março e, atualmente
atendemos a 202 alunos na área psicopedagógica e 176 atendimentos em outras a vidade, totalizando 392 atendimentos
semanais.
O Atendimento Especializado no CEAME é feito uma ou duas vezes por semana no contra turno escolar. A equipe
desenvolve com a Assistente Social e a Psicóloga, um projeto de escuta e acolhimento às famílias. Para as demais necessidades,
os alunos são encaminhados para a Secretaria de Saúde, CAPS Infan l, CRAS e outros equipamentos públicos. Esse ano devido a
di culdade do aluno adolescente com TEA na habilidade social, deu-se início ao grupo de convivência com a Psicóloga e
Professora do atendimento especializado. Esse grupo vai agregar também outros adolescentes matriculados no CEAME.
Faz parte dos compromissos do CEAME a par cipação em ações de mobilização escolar e social, como o combate ao
preconceito contra o T21 (Trissomia 21-Síndrome de Down), Dia de Conscien zação sobre o TEA Transtorno do Espectro do
Au smo, Dia Nacional da Surdez e Dia da De ciência Visual. O combate ao preconceito evita a redução do sujeito apenas ao seu
laudo, uma vez que essa postura cria isolamento, obstáculos para a formação de vínculos sócio afe vos e pro ssionais e
reduzindo suas potencialidades.
A par r da pandemia de Covid-19, observa-se um aumento no comprome mento cogni vo, devido ao afastamento
escolar e isolamento social. Desse modo, optamos por ofertar prioritariamente o projeto de alfabe zação, de forma que o aluno
possa avançar na sua escolarização.

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PPP/
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O movimento em torno da (re)elaboração dos Projetos Polí co-Pedagógicos na Rede Municipal de Educação de Porto Seguro faz
parte de um programa de formação e capacitação ofertado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/BA), em
parceria com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME/BA), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Itaú Social
para os municípios baianos. Este programa foi aderido pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Seguro no mês de maio de 2022.
Desde então, iniciou-se na Rede uma mobilização para a produção e revisão do Projeto Polí co-Pedagógico em cada Unidade de Ensino.
Todo o trabalho foi orquestrado por técnicos e técnicas da Secretaria Municipal de Educação Cultura e Patrimônio Histórico
(SEDUC), que juntos formaram o Comitê de Gestão Local1, ins tuído através da Portaria Nº 14/22 de 23 de maio de 2022 e coordenado
pelo Professor Marcos Oliveira de Queiroz. Entre as atribuições do Comitê de Gestão Local destacamos as seguintes ações:
1. Par cipação a va das ações formacionais promovidas pelo Programa;
2. Mobilização da Comunidade Escolar para o processo de (re)elaboração do Projeto Polí co Pedagógico;
3. Mobilização, orientação da ins tuição escolar e monitoramento do trabalho dos Comitês de cada unidade escolar durante o
processo formacional e de elaboração;
4. Validação do planejamento e cronograma de ações;
5. Disponibilização dos materiais de estudo;
6. Orientação e zelo pela ampla comunicação do processo;
7. Cuidado pelo cumprimento das etapas subsequentes à (re)elaboração dos Projetos Polí co-Pedagógicos.
O programa consiste em oferecer materiais, contribuindo diretamente com re exões e discussões sobre questões fundamentais
que devem estar presentes no PPP e que regem a vida e dinâmica da comunidade escolar. Esse i nerário forma vo e todas as ações

1 Integrantes do Comitê de Gestão Local: Luzia Batista dos Santos (Coord. do Núcleo de Formação Continuada – NUFORT; Dorley Dark Ameno
Santos (Anos Iniciais); Glicimeire Aquino Fernandes (Anos Finais); Danillo Silva Palmeira (Educação Especial); Carla Viviani Silveira Folegatti (Educação
do Campo); Débora Mara Oliveira da Glória (Educação de Jovens, Adultos e Idosos - EJAI); Ângelo Santos do Carmo (Educação Escolar Indígena)
Grace da Mata Brasileiro Rocha (Educação Infantil); Elisabete Reis Leite dos Santos (Coord. Técnica Pedagógica); Luciano Fernandes de Souza
(Técnico Pedagógico); Neanes Pinto Santana (Mediadora da Ação Pedagógica – MAP) Soenice Oliveira da Silva (Técnica Pedagógica).

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desenvolvidas no ano de 2022 se mostraram bastante per nentes, visto que os PPPs, na maioria das escolas da Rede Municipal de Ensino
de Porto Seguro, estavam muito defasados, conforme pode ser veri cado no grá co a seguir:

Conforme os dados apresentados na imagem do grá co acima, o úl mo ano em que as escolas se voltaram à atualização do PPP
foi em 2020, ano em que o mundo inteiro foi gravemente afetado pela pandemia da Covid-19, o que levou à suspensão das a vidades

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presenciais, e na realidade das escolas públicas, em sua grande maioria, a suspensão de qualquer possibilidade de manutenção das aulas,
diante dos diversos entraves para a con nuidade destas.
Entre as di culdades encontradas, as questões relacionadas à condição socioeconômica dos/as estudantes - que não possuíam
recursos e nem internet para o acompanhamento das aulas remotas - foram as mais evidentes, além de problemas de logís ca e
organização domés cas e problemas socioemocionais, como medo, ansiedade e ataques de pânico, dadas as condições de isolamento
social provocadas pela pandemia. Essa situação afetou direta e gravemente o processo de aprendizagem dos/as estudantes que veram
de se ausentar do espaço sico da escola por dois anos, bem como de outros ambientes de convívio social, retornando apenas em 2022
às aulas de modo presencial. Dada a lacuna no processo de aprendizagem dos/as estudantes e a nova realidade imposta pela pandemia,
fez-se necessário repensar as metodologias de ensino, aprendizagem, avaliação, entre outros.
Algo bastante preocupante, que pode ser iden cado no grá co acima, é que o Projeto Polí co-Pedagógico, na prá ca, não tem
sido priorizado e valorizado por grande parte das escolas da Rede, visto que apenas 50% das escolas do município atualizaram o PPP entre
os anos de 2019 e 2020. Considerando o Projeto Polí co-Pedagógico como um documento de suma importância para a escola, sendo o
responsável pela iden cação das ações, projetos e exposição dos conceitos e perspec vas da comunidade escolar, a este não tem sido
dada a devida importância, visto que 50% das escolas do município zeram a úl ma atualização do PPP no ano de 2018 e/ou anos
anteriores.
É sabido que, por ser o documento que orienta as ações, a vidades e projetos da escola, é inaceitável que o PPP seja
negligenciado dessa forma e a sua atualização deixe de ser revista anualmente. É importante ressaltar que quando falamos de atualização
do PPP não se trata de refazer todo o documento, mas de discu r com todos os atores e atrizes que integram a comunidade escolar os
principais pontos a serem revistos, ou seja, elementos que devam ser subtraídos ou acrescentados no documento.

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A imagem do grá co acima demonstra a e cácia do trabalho desenvolvido na Rede Pública Municipal de Ensino de Porto Seguro,
visto que, através das ações do Comitê de Gestão Local foi possível afetar as escolas do município sobre a urgente necessidade de
atualização do Projeto Polí co-Pedagógico da Escola. Para que esse resultado fosse alcançado, foi desenvolvida, na Rede, uma série de
encontros remotos, como Lives e reunião via Google Meet, para orientação e ar culação das ações, além de visitas in loco em algumas
escolas. É importante destacar que muitos gestores e gestoras reclamaram sobre a necessidade de uma visita presencial em suas

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respec vas Unidades de Ensino, porém, devido à limitação de transporte para o Setor Pedagógico na SEDUC, as i nerâncias não foram
possíveis de acontecer no decorrer do ano de 2022.
A despeito de todos os empecilhos, consideramos que o trabalho do Comitê de Gestão Local foi posi vo para a Rede, visto que
algumas escolas já concluíram a revisão do PPP, outras estão em processo de conclusão ou com a tarefa em andamento. Apenas doze
escolas ainda não iniciaram o trabalho de atualização do PPP. Sobre estas, trabalharemos durante o ano de 2023, oferecendo auxílio mais
direto para que essas escolas possam concluir o processo de (re)elaboração do seu Projeto Polí co-Pedagógico.
Entre as di culdades apontadas pelos gestores e gestoras, a sobrecarga com as a vidades escolares - o que implica na escassez de
tempo para ar culação das ações com a comunidade escolar – foi um dos pontos mais destacados no formulário aplicado às escolas.

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ORG PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA
. – CONCLUÍDO
1 Centro Comunitário Casa do amor X

2 Escola do Núcleo São João Ba sta X

3 Escola Tiradentes X

4 Escola Alber na Fioro Moreira X

5 Creche São Sebas ão X

6 Escola Municipal Honorina Passos X

7 Escola Municipal Professora Nilzenil de Almeida Nobre X

8 Escola Indígena Pataxó Boca da Mata X

9 Archimedes Ernesto da Silva X

10 Colégio Municipal Professora Rita de Cássia Silva Santos X

11 Escola Municipal São Miguel X

12 Escola Maria Lúcia W. Santana X

13 Escola Jardim do Éden X

14 Escola Indígena Pataxó Tupiniquins X

TOTAL 14

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ORG PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA
. – EM PROCESSO DE CONCLUSÃO
1 Creche Recanto de Apoio Criança Feliz X

2 Escola Chico Lage X

3 Escola Municipal Valdivio Costa X

4 Escola Frei Miguel Gagliard X

5 Escola Indígena Barra Velha X

6 EMEI Terra Ma er X

7 Escola professora Raydahlia Bi encourt Oliveira X

8 Projeto Semen nha X

9 Escola Alcides Faus no Santos X

10 Escola Monteiro Lobato X

11 Escola Manoel Ribeiro Carneiro X

12 Escola Municipal Joana Moura X

13 Escola Municipal Dois de Maio X

14 Ins tuto Renascer de Itaporanga X

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15 Escola Juarez Soares de Oliveira X

16 Escola Municipal Paulo Freire X

TOTAL 16

ORG PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


ESCOLA
. – EM ANDAMENTO
1 Escola Maria dos Anjos X

2 Creche Municipal Lar Amor a Criança X

3 Escola Adão Graça de Oliveira X

4 Escola municipal Caminho da Esperança X

5 Creche Comunitária Ebenézer X

6 Escola Chico Mendes X

7 Creche Municipal Prof.Maria Lúcia Gonçalves dos Santos X

8 Escola Tio Pa nhas X

9 Escola Municipal do Cambolo X

10 197 X

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11 Creche Professora Perolina Borges de Jesus X

12 Colégio Municipal de Porto Seguro X

13 Creche Municipal Professora Cleinha X

14 Escola indígena Pataxó Pé do Monte X

15 Escola Neilton Dantas X

16 Escola Higina Cristo Oliveira X

17 Escola Indígena Pataxó da Jaqueira X

18 Escola Helena Rebocho X

19 Escola Neilton Dantas X

20 Escola Higina Cristo Oliveira X

21 Escola Indígena Pataxó Cassiana X

22 Centro Educacional Zaidy Barreto X

23 Escola Municipal de Caraíva X

24 Escola Municipal Maria Helena Rodrigues Paschoarelli X

25 Creche Municipal Rosa Cris na Alves Cardoso X

26 Escola Indígena Pataxó Nova Esperança X

27 Escola Prefeito Manoel Carneiro X

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28 Escola Municipal Novo Triunfo X

29 Escola Profª Terezinha da Conceição Sampaio Vieira X

30 Escola Jardim da Infância X

31 Escola Pero de Campos Tourinho X

32 Escola de Educação Infan l Cruz de Malta X

33 Escola Santo Antônio X

34 Escola Municipal Canta Galo X

35 Alegria do Saber X

36 Escola Municipal João Carlos Matos de Paula X

37 Escola Municipal Padre José de Anchieta X

38 Escola José Francisco X

39 Escola Mangabeira X

40 Escola Francisco Estrela X

41 Escola Quinze de Agosto X

42 Escola Rui Barbosa X

43 Escola Oscar Oliveira Silva X

44 Creche Escolar Mun. Prof°. Mazoniel Santos Macedo X

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45 Educandário Pero Vaz de Caminha X

46 Escola Municipal Frutos da Terra X

47 Escola Indígena Pataxó Mirapé Ytamawy X

48 Escola Municipal São Pedro X

49 Escola Municipal Corujinha Feliz X

50 Escola Municipal São Geraldo X

51 Escola Municipal Infan l Can nho da Paz X

52 Escola Municipal Hanna X

53 Central Educacional Criança Esperança X

54 Escola Paulo Freire X

TOTAL 54

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ORG PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA
. – AINDA NÃO INICIADO
1 Escola Indígena Pataxó Tingui do Guaxuma X

2 Escola Municipal de Sapirara X

3 Escola Municipal Governador Paulo Souto X

4 Escola Indígena Pataxó Xandó X

5 Escola Indígena Pataxó Bugigão. X

6 Escola Indígena Pataxó Meio da Mata X

7 Escola Municipal Antônio Osório Menezes Ba sta X

8 Escola Indigena Pataxó Imbiriba X

9 Escola Indígena Pataxó Aldeia Velha X

10 Escola Municipal Morro Alto X

11 Colégio Municipal Governador César Borges X

12 Escola Indígena Pataxó Aldeia Nova X

TOTAL 12

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PME/PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
2015/2025 – OITO ANOS DE QUÊ?
APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação (PME) de Porto Seguro é respaldado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/1996) e na Lei
Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que ins tuiu o Plano Nacional de Educação (PNE), assim como nos marcos norma vos que embasam
o regime de colaboração entre federados: União, Estado e Município. As estratégias de nidas no PME foram baseadas nas 20 metas propostas
pelo Plano Nacional da Educação, dialogando-as com o contexto histórico, polí co, social, cultural, geográ co e ambiental de Porto Seguro.
Neste contexto, o Plano Municipal de Educação (PME) estabelece metas que visam garan r o direito à educação de qualidade, de forma
que o Município avance no atendimento educacional sendo um dos principais instrumentos de polí ca pública educacional. De acordo com o
Plano, as metas e suas respec vas estratégias devem ser executadas dentro do prazo de vigência do PME.
A Secretaria Municipal de Educação, ins tuiu Equipe Técnica, com o obje vo de Acompanhar, Monitorar e Avaliar con nuamente as
metas e estratégias do Plano, a par r de levantamentos, sistema zações e análises dos dados e informações referentes à execução do Plano.
Essa equipe é cons tuída por Coordenador de pesquisa, técnicos e assistente da Secretaria Municipal de Educação.
A função desta Equipe é também contribuir para o planejamento e a gestão educacional, assim como organizar e relatar as produções
descri vas realizadas nos estudos. Também Compete a Comissão Coordenadora de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Educação
analisar e propor medidas aos gestores e comunidade em geral, apresentar os relatórios, pareceres e notas referentes aos estudos realizados,
bem como divulgar os resultados.
Foram fontes de pesquisa, além da legislação e normas educacionais vigentes, o Plano Nacional de Educação (PNE), Plano Plurianual do
Município (PP), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), dados disponibilizados pelo Censo Escolar, IBGE, MEC/INEP, QEdu, SIMEC, SUVISA,
Observatório do Plano Nacional de Educação, Relatório do 3º e 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de educação – 2021 e
2022, , Secretaria Municipal de Educação Cultura e Patrimônio histórico de Porto Seguro, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Estado de
Educação (Sec), Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) sinopses e esta s cas da educação, e etc.
Neste contexto, o Plano Municipal de Educação (PME) estabelece metas que visam garan r o direito à educação de qualidade, de forma
que o Município avance no atendimento educacional sendo um dos principais instrumentos de polí ca pública educacional. De acordo com o
Plano, as metas e suas respec vas estratégias devem ser executadas dentro do prazo de vigência do PME.
A Secretaria Municipal de Educação, ins tuiu Equipe Técnica, com o obje vo de Acompanhar, Monitorar e Avaliar con nuamente as
metas e estratégias do Plano, a par r de levantamentos, sistema zações e análises dos dados e informações referentes à execução do Plano.
Essa equipe é cons tuída por Coordenador de pesquisa, técnicos e assistente da Secretaria Municipal de Educação.

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A função desta Equipe é também contribuir para o planejamento e a gestão educacional, assim como organizar e relatar as
produções descri vas realizadas nos estudos. Também Compete a Comissão Coordenadora de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal
de Educação analisar e propor medidas aos gestores e comunidade em geral, apresentar os relatórios, pareceres e notas referentes aos estudos
realizados, bem como divulgar os resultados.
Foram fontes de pesquisa, além da legislação e normas educacionais vigentes, o Plano Nacional de Educação (PNE), Plano Plurianual do
Município (PP), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), dados disponibilizados pelo Censo Escolar, IBGE, MEC/INEP, QEdu, SIMEC, SUVISA,
Observatório do Plano Nacional de Educação, Relatório do 3º e 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de educação – 2021 e
2022, , Secretaria Municipal de Educação Cultura e Patrimônio histórico de Porto Seguro, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Estado de
Educação (Sec), Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) sinopses e esta s cas da educação, e etc.
Tendo em vista que o úl mo CENSO do IBGE foi realizado no ano de 2010. É importante sinalizar que como o úl mo Censo do IBGE foi
realizado no ano de 2010, algumas informações importantes estão defasada, e em alguns casos não foi possível aferir os indicadores sugeridos
no Plano devido a esse fato.
O Plano Municipal de Educação (PME) de Porto Seguro é respaldado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394/1996) e na Lei
Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que ins tuiu o Plano Nacional de Educação (PNE), assim como nos marcos norma vos que embasam
o regime de colaboração entre federados: União, Estado e Município. As estratégias de nidas no PME foram baseadas nas 20 metas propostas
pelo Plano Nacional da Educação, dialogando-as com o contexto histórico, polí co, social, cultural, geográ co e ambiental de Porto Seguro.
Para além disso, durante o processo de monitoramento e de avaliação cou também evidenciada a di culdade na obtenção de dados,
levantamento de diagnós cos em outras fontes, sendo que, algumas metas e estratégias carecem de percentuais, o que de certa forma
di cultou a sua mensuração
Desta forma, o Plano Municipal de Educação de Porto Seguro-BA cons tui um instrumento de gestão e planejamento que transcende os
desejos pessoais, de nindo polí cas públicas para a educação.

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Meta 1 – Universalizar, até 2016, a Educação Infan l na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de

M1 idade e ampliar a oferta de Educação Infan l em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
das crianças de até 3 (três) anos até o nal da vigência deste Plano.

A Meta 1 do Plano Municipal de Educação (PME) de Porto Seguro ins tui que a oferta da Educação Infan l no Município deve ser
ampliada de modo que, até 2016 seja universalizada a Educação Infan l na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, e que até o
nal da vigência do plano, pelo menos 50% das crianças de 0 a 3 anos de idade sejam atendidas. A evolução da Meta 1 é avaliada por meio da
taxa de atendimento escolar aplicada aos dois grupos etários considerados a par r dos indicadores abaixo:
- 1A Percentual da população de 4 a 5 anos que frequenta a escola/creche
- 1B Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola/creche
Os dados apurados pela Equipe Técnica do PME apontam para o Indicador 1A, o percentual de 97% de atendimento da população dos 4 e
5 anos em 2022. Para esses dados, consideramos a quan dade de crianças residentes e o quan ta vo de crianças matriculadas, conforme pode
ser observado no grá co abaixo.

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Os dados foram coletados na base de matrícula da Secretaria Municipal de Educação e SUVISA- Superintendência de Vigilância em Saúde,
considerando o atendimento do público de 4 e 5 anos. Atento a estes fatos, das 5017 crianças de 4 e 5 anos, 4855 são atendidas pelas escolas
públicas e privadas.
Em relação ao Indicador 1B, os dados apurados pela Equipe Técnica do PME apontam que a Meta deve contemplar 50% da população dos
0 aos 3 anos, mas tem cado muito abaixo do estabelecido, fechando 2022 com 28,92% de atendimento como demonstra o grá co abaixo:

Crianças de 0 a 3 anos que frequentam creches


9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1 2
Crianças residentes 7.768 100%
Alunos matriculados 2.246 29%
Alunos não matriculados 5.522 71%

Os dados também foram coletados na base de matrícula da Secretaria Municipal de Educação e SUVISA, considerando o atendimento do
público de 0 a 3 anos. Atento a estes fatos, das 7768 crianças de 0 a 3 anos, apenas 2246 são atendidas por creches da rede pública e privadas, e
deste percentual o quan ta vo de atendimento da rede pública municipal é de 1789, e privada 457.

RECOMENDAÇÕES
A par r da análise situacional veri ca-se a necessidade da realização do recenseamento atualizado da população de 0 a 5 anos para conhecer o
número real de crianças nessa faixa etária residente no município e também, a demanda de famílias por creches e pré-escola. A universalização
do atendimento na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos é quase toda atendida perante a demanda manifesta para essa faixa etária. Porém,
na faixa etária de 0 a 3 anos e 11 meses não está alcançando a meta. Diante desta realidade faz-se necessária construção e adequação de mais
espaços públicos com padrões arquitetônicos e mobiliários especí cos.

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Meta 02: Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos

M2 e garan r que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada,
até o úl mo ano de vigência deste PME.

A universalização do Ensino Fundamental de nove anos e a sua conclusão na idade recomendada na Meta 2 do PME, na qual se
estabelece que, até o m da vigência do Plano, em 2025, o Município de Porto Seguro garanta para toda a população de 6 a 14 anos de idade o
acesso à escola e que a conclusão dessa etapa na idade recomendada ocorra para, pelo menos, 95% dos adolescentes. Para aferir o alcance da
Meta 2, u lizamos dois indicadores:
- 2A: Percentual de pessoas de 6 a 14 anos que frequentam ou que já concluíram o Ensino Fundamental (taxa de escolarização líquida
ajustada);
- 2B: Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o Ensino Fundamental concluído;
O atendimento da demanda da população dos 6 aos 14 anos no Ensino Fundamental é par lhado entre as Redes Pública Municipal e
Privada de Ensino em que a Rede Municipal atende a maior parte desse público. A Rede Privada se destaca por também atender as duas etapas
do Ensino Fundamental Anos Finais. O maior con ngente de matrículas está na área urbana, contudo, o município vem conseguindo manter a
oferta no Ensino Fundamental - Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental nas áreas rural e indígena, facilitando o acesso a este público alvo.
Enquanto números demográ cos, u lizamos os dados da SUVISA o que nos leva a realizar algumas considerações: Porto Seguro é uma
cidade utuante, com um grande uxo de pessoas, e dentre outras realidades também atendemos alunos/as que residem em outros municípios,
mas são matriculados em escolas da nossa Rede (é o caso de estudantes que residem em Itamaraju/BA e estudam na escola Pé do
Monte).Optamos por usar os dados da SUVISA por ser um sistema do governo do Estado da Bahia e nos apresentar dados demográ cos mais
atuais (informações atualizadas em dezembro de 2021), este u liza de informações de órgãos como o IBGE, SESAB, DATASUS, Ministério da
Saúde e outros, mas ainda assim nos apresenta dados que destoam do real, por questões como as mencionadas acima e outras que necessitam
de estudos especí cos do e no município.
Com os dados atuais extraídos da SUVISA as populações residentes de 6 a 14 anos compreendem o quan ta vo de 23.414 crianças e
adolescentes, enquanto o quan ta vo de matriculados compreendem 27.314.

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30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0
1 2
Total de crianças e
23.414 100%
adolescentes residentes
Total de crianças e
adolescentes residentes e 27.314 116%
matriculados

O fato de o quan ta vo de matriculados apresentar maior quan dade do que o de residentes demonstra a necessidade que temos de
construir e atualizar os dados demográ cos da realidade local e regional para lidar com questões necessárias como essas, a construção de
documentos como o relatório de Acompanhamento e Monitoramento necessitam de dados mais concretos, mas a inexistência de um Censo
atualizado (Em 2010 foi o úl mo censo do IBGE) di cultam este processo.
Mas a grande questão a ser considerada é que, apesar desses percalços, foi possível realizar esses cálculos seguindo as orientações
metodológicas adotadas pelo INEP – Ins tuto Nacional de Estudos e Pesquisas, responsável pelo Monitoramento e Avaliação do Plano Nacional
de Educação que nos instruem a tomar a mesma metodologia na construção do Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação dos Planos
Municipais de Educação. Dessa forma, a metodologia adotada compreende iden car o quan ta vo da população de 6 a 14 anos de idade e
u lização do percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola. Na realidade da Educação de Porto Seguro, temos um grande
quan ta vo de alunos com distorção idade/série; nessa situação precisamos compreender que um grande número de alunos com 15, 16, 17 e
18 anos estão matriculados nas turmas de 9º e foram contabilizados no grá co geral, que, em teoria, teria o limite de 14 anos, o que explica de
forma emergente o porquê de o quan ta vo de matriculados estar acima dos residentes.
Em relação ao indicador 2A, da universalização do Ensino Fundamental, os dados coletados apontam para um alcance universal da
população dos 6 aos 14 anos. Como não há registros ou dados junto à Rede Municipal de crianças ou adolescentes, que estejam fora da escola
na referida faixa etária, a Secretaria Municipal de Educação considera que 100% da demanda estão sendo atendida.

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Quanto ao uxo escolar, Indicador 2B, a ser alcançado até o nal da vigência do plano, a meta não está sendo alcançada, porém, não há
como a rmar categoricamente, tendo em vista a inexistência de mecanismos locais para a realização do levantamento destas informações com
mais delidade, mas o site QEdu- Portal de dados educacionais, ligado ao Governo Federal apresenta dados atualizados de 2021 em relação à
distorção idade/série, e demonstra que no 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais é que se encontra a maior distorção com 52,5%. A
relação do quan ta vo de adolescentes com 16 anos e da população de 16 anos de idade com 9 anos ou mais anos de estudos pode ser
conferida no grá co abaixo:

3.500

3.000

2.500

2.000

1.500

1.000

500

0
1 2
Quantitavo de adolescentes
3.099 100%
com 16 anos residentes
Quantitavo de adolescentes
com 16 anos residentes com 1.212 39,12%
E.F completo

RECOMENDAÇÕES
• A par r da análise situacional veri ca-se a necessidade da realização do recenseamento atualizado da população de 6 a 14 anos para
conhecer o número real de crianças e adolescentes nessa faixa etária residente no município.
• Projeto Ins tucional que desenvolva ações cole vas que promovam a correção da defasagem idade e série e que garanta a aprendizagem dos
alunos para a redução das taxas de reprovação e abandono, em que a população de 6 a 14 anos conclua o Ensino Fundamental na idade
recomendada.

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• Levantamento dos registros e dados das escolas, do número de alunos com histórico de repetência,
• Conhecer as di culdades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados;
• Flexibilização da avaliação e acompanhamento do desempenho dos alunos;
• Envolvimento da família ou responsáveis no co diano escolar e na avaliação dos resultados;
• Buscar e efe var parcerias com ins tuições públicas e privadas no intuito de trabalhar o desenvolvimento socioemocional do estudante
através de pro ssionais quali cados entre os quais citamos Psicólogos, Terapeuta Ocupacional Fonoaudiólogo, Assistente Social e
Psicopedagogo.

M3
Meta 03: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e
elevar, até o nal do período de Vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e
cinco por cento).

A Meta 3 do Plano Nacional de Educação apresenta dois obje vos educacionais voltados à população de 15 a 17 anos de idade: i) a
universalização do atendimento escolar da população de 15 a 17 anos; e ii) que a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio a nja 85%, até o
ano de 2025. Para o monitoramento desta meta u lizamos dois indicadores:
- 3A: Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola ou já concluiu a Educação Básica.
- 3B: Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta o Ensino Médio ou possui Educação Básica completa.
Em relação ao atendimento da demanda da população dos 15 aos 17 anos, esta atribuição se dá pela par cipação das redes municipal,
estadual, federal e privada. Ainda que os indicadores o ciais e extrao ciais apontem que o Indicador 3A tenha cado abaixo de 100% no período
analisado, há que se considerar a busca por formação de nível médio regular e técnico pro ssionalizante fora do município, bem como de
pessoas nesta faixa etária cursando EJA. É importante sinalizarmos que a meta previa a universalização do atendimento escolar dos adolescentes
de 15 a 17 anos até 2016, mesmo com uma grande porcentagem desse público sendo atendido é preciso dobrar os esforços para que estes
sejam alcançados na sua totalidade. Neste sen do, podemos a rmar que existem adolescentes de 15 a 17 anos fora da escola, mas em provável
número diferente dos apresentados pelos dados o ciais. No grá co abaixo é possível perceber os índices do Indicador 3A, calculado com os
dados da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola, e população de 15 a 17 anos de idade.

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População de 15 a 17 anos de idade residentes e
matriculados na escola
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1 2
População de 15 a 17 anos de
9.214 100%
idade
População de 15 a 17 anos de
idade matriculados no Ensino 8.651 93,80%
Médio

A população de 15 a 17 anos representa o quan ta vo de 9.214 adolescentes, deste número 5.209 estão matriculados no Ensino Médio
e 3.442 estão no Ensino Fundamental. Quanto ao uxo escolar, Indicador 3B, do percentual da população dos 15 aos 17 anos que frequenta ou
concluiu o Ensino Médio, é muito importante um trabalho de mais atenção para o cumprimento dos 85% previstos para 2025 com esta meta, No
entanto, tendo em vista a inexistência de mecanismos locais para o levantamento destas informações, de acordo com os dados disponíveis,
apontamos um percentual de 47,91% de distorção idade-série no Ensino Médio em 2021, conforme pode ser observado no grá co abaixo:

População de 15 a 17 anos de idade residentes e


matriculados no Ensino Médio
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1 2
População de 15 a 17 anos de
9.214 100%
idade
População de 15 a 17 anos de
5.209 56,53%
idade que frequenta a escola

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RECOMENDAÇÕES
• A par r da análise situacional veri ca-se a necessidade da realização do recenseamento atualizado da população de 15 a 17 anos para
conhecer o número real de crianças e adolescentes nessa faixa etária residente no município.
• Projeto Ins tucional que desenvolva ações cole vas que promovam a correção da defasagem idade e série e que garanta a aprendizagem dos
alunos para a redução das taxas de reprovação e abandono, em que a população de 15 a 17 anos conclua o Ensino Fundamental na idade
recomendada.
• Levantamento dos registros e dados das escolas, do número de alunos com histórico de repetência,
• Conhecer as di culdades e os conteúdos que terão de ser mais trabalhados;
• Elaboração do currículo de acordo com a BNCC;
• Reparar o alto índice de evasão escolar dos alunos matriculados no Ensino Médio, há de se ar cular, com urgência, a coordenação de novas
proposições de ações, pactuadas entre o MEC e a Secretaria de Estado de Educação, que possam legi mar a cons tuição de um conjunto
orgânico que aponta o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia como dimensões que devam estar contemplados no Ensino Médio, ações
estas, que perpassam a aprendizagem do aluno e que contribuam para a elevação da taxa de frequência à escola e da taxa de escolarização
líquida no Ensino Médio.

Meta 04: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com de ciência, transtornos globais do

M4
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à Educação Básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garan a de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos mul funcionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

A quarta meta do PME tem por obje vo universalizar a Educação Básica para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com
de ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Para entender o comportamento desta meta usamos
os seguintes instrumentos:
- 4A: Percentual da população de 4 a 17 anos com de ciência que frequenta a escola.
- 4B: Percentual de matrículas em classes comuns da Educação Básica de alunos de 4 a 17 anos de idade com de ciência, TGD e altas
habilidades ou superdotação.

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O monitoramento da Meta 4 enfrenta limitações importantes e, novamente, nos coloca diante da necessidade de construirmos um censo
e acompanhamento a nível local e regional sobre a realidade da nossa população. É preciso dizer que existe a inviabilidade de cálculo em nível
municipal para o indicador, pois o relatório de linha de base de 2022, u liza o Censo demográ co como fonte de dados do Censo de 2000 a
2010. Para mensurar esta meta são necessários dados o ciais atualizados, pois a defasagem temporal é gritante em relação aos de 2010 que
u lizamos para o monitoramento dos indicadores.
Outra limitação é de natureza conceitual e metodológica, contudo, as perguntas e as alterna vas de resposta acerca de de ciências
foram elaboradas de modo dis nto nos Censos Demográ cos de 2000 e 2010. Há ausência de padronização/de nição conceitual, pois as fontes
de dados sugeridas (Censo demográ co e escolar) possuem conceitos diferentes de de ciências. O censo demográ co coletou informações
sobre pessoas com de ciência intelectual e di culdade ou incapacidade de enxergar, ouvir, caminhar e subir degraus, ao passo que o Censo da
Educação Básica, u lizado também para os Indicadores, iden ca as pessoas com de ciência, TGD e altas habilidades ou superdotação, o que
gera bases de dados diferenciadas. O censo demográ co engloba todas as pessoas (matriculadas ou não) e o censo escolar apenas os
matriculados. Não temos informações de transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação para as pessoas que estão
fora da escola. Os dados que serão apresentados referente ao comportamento da meta são do SIMEC- Sistema Integrado de Monitoramento
Execução e Controle de 2019 e 2021, com replicação para 2022.
O indicador 4A aponta que 90% da população dos 4 aos 17 anos com de ciência frequenta a escola e 99% desta mesma população com
de ciência e/ou altas habilidades estava sendo atendidas em classes comuns do ensino regular.
Em relação as matrículas totais na Educação Básica Pública em 2022 obtemos 870 (463 com laudo e 407 sem laudo) e escolas privadas
em 2022 totalizam 151 matriculas. Cabe destacar que um mesmo aluno pode apresentar mais de um po de de ciência.
Atualmente a Rede Municipal dispõe de 29 salas de Atendimento Educacional Especializado, e conta com alguns cuidadores, psicólogos
educacionais, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neuropsicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, professores bilíngues, intérpretes
e etc., e também realiza encaminhamentos para Secretarias de Saúde e de Assistência Social.

RECOMENDAÇÕES
• Buscar parcerias com entes federados para pós-graduação na área da Educação Especial;
• Campanhas e mobilizações para conscien zação da inclusão social em calendário escolar preferencialmente na semana do Excepcional em
parceria com a APAE (mês de agosto);
• Criação de Fórum para Educação Especial no município.
• Jornada Pedagógica (cursos e o cinas) voltada para Educação Especial assegurada em calendário escolar;

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• Adequação das unidades escolares (zona urbana e rural) para acessibilidade;
• Garan r a Educação Inclusiva no Projeto Polí co Pedagógico das unidades escolares;
• Pro ssionais e assistentes quali cados para atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais-AEE.

M5 Meta 05: Alfabe zar todas as crianças, no máximo, até o nal do 3° (terceiro) ano do Ensino Fundamental.

A meta 05 está no ar go 214 da Cons tuição Federal e é complementada pela Lei nº 13.005/2014, que estabelece a alfabe zação de
todas de todas as crianças no máximo até o nal do 3º ano do Ensino Fundamental (EF). Para o monitoramento dessa meta, as redes municipais,
estaduais e federais de educação se alicerçam nos resultados da ANA – Avaliação Nacional da Alfabe zação, desenvolvida em 2013 e existente
até a edição de 2016, para aferir os níveis de alfabe zação e letramento em Língua Portuguesa e de alfabe zação em Matemá ca de crianças
regularmente matriculadas no 3º ano do Ensino Fundamental.
Dentre os resultados es ma-se tornar ao nal do 3º ano do Ensino Fundamental, es ma-se que as crianças tenham alcançado a
pro ciência em LEITURA, ESCRITA e MATEMÁTICA. Para análise desta meta adotaremos um caráter mais qualita vo, pois tanto o PNE quanto o
PEE- Plano Estadual de Educação não promoveram até a presente data nenhuma alteração na sua respec va Lei do Plano da Educação, nem no
anexo da Lei, principalmente, quanto à meta 5; e como os municípios do Estado da Bahia desenvolvem um trabalho de Acompanhamento e
Monitoramento do PME tendo como premissa a consonância dos planos, e, também, como não foram aplicadas as provas para aferir a Avaliação
Nacional da Alfabe zação (ANA) desde 2016, nos foi recomendado trabalhar os indicadores com ferramentas locais.
Dessa forma, a Coordenação de Ensino da Secretaria de Educação Municipal juntamente com os Dirigentes Escolares, Coordenadores
Pedagógicos e Professores do ciclo inicial do Ensino Fundamental realizaram uma análise da pro ciência dos alunos com base na escala de
pro ciência em leitura, escrita e matemá ca a par r do programa Ensinar para Vencer. Este programa tem o obje vo de alfabe zar as crianças
na idade certa e contribuir para elevar os índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) na rede municipal de ensino.

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Importante ressaltar que a pandemia agravou ainda mais as di culdades no setor de educação, por isso o programa trouxe um
direcionamento para os gestores e professores, alicerçados na formação con nuada, avaliação diagnós ca e no acompanhamento e
monitoramento das ações pedagógicas. Para alcançar os obje vos estão sendo realizadas formações no decorrer do ano para gestores/as,
professores/as e coordenadores/as.
As avaliações de pro ciência para as turmas de 3° ano do Ensino Fundamental aqui consideradas foram aplicadas no primeiro semestre
de 2022, de acordo com o desenvolvimento do trabalho houve também o aumento gradual da quan dade de alunos matriculados, dessa forma,
os 3 indicadores terão como base o quan ta vo de matriculados, quando realizada a aplicação do diagnós co.
- 5A - Pro ciência dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental em Leitura
Quando aplicado o diagnós co de leitura, as turmas de 3º ano do Ensino Fundamental con nham 2.684 alunos, dos quais 2.146 par ciparam do
exame e como resultados alcançaram 19,78% de uência.
- 5B - Pro ciência dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental em Escrita
Quando aplicado o diagnós co de escrita, as turmas de 3º ano do Ensino Fundamental con nham 2.667 alunos, dos quais 1.893 par ciparam do
exame e como resultados alcançaram 41,03% de pro ciência em escrita.
- 5C- Pro ciência dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental em Matemá ca
Quando aplicado o diagnós co de escrita, as turmas de 3º ano do Ensino Fundamental con nham 2.537 alunos, dos quais 1.753 par ciparam do
exame e como resultados alcançaram 46,43% de pro ciência em matemá ca.

RECOMENDAÇÕES
• Formação Con nuada, o cinas pedagógicas direcionadas a coordenação pedagógica e professores do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental;
• Avaliação Interna nas Escolas realizada pelo núcleo pedagógico;
• Formação Con nuada aos professores voltadas às novas tecnologias educacionais;
• Acompanhamento Pedagógico no processo de alfabe zação e reforço escolar;
• Con nuar no programa Ensinar pra Vencer.

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M6
Meta 06: Oferecer Educação em Tempo Integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de
forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da Educação Básica.

A Meta 6 do Plano Municipal de Educação estabelece a ampliação de oferta da Educação em Tempo Integral (ETI), prevendo o aumento
do período de permanência dos estudantes na escola ou em a vidades escolares, visando oferecer atendimento a, pelo menos, 25% dos alunos
dos estabelecimentos públicos de ensino da Educação Básica em, no mínimo, 50% das escolas públicas, até o nal da vigência do Plano. Para
mensurar esta meta u lizamos dois indicadores:
- I6A: percentual de alunos da Educação Básica pública que pertencem ao público-alvo da ETI e que estão em jornada de tempo integral.
- 6B: percentual de escolas públicas da Educação Básica que possuem, pelo menos, 25% dos alunos do público-alvo da ETI em jornada de
tempo integral.
É preciso dizer que aqui tratamos de todos os alunos da Educação Básica, incluso os do Ensino Médio, pois nos referimos à educação que
existe no município e não apenas a oferecida pelo município. Nesse ínterim, os alunos da Educação em Tempo Integral são os alunos da
Educação Básica cujas matrículas de escolarização são presenciais, em escola pública, e não pertencem à Educação de Jovens e Adultos nem à
educação pro ssional técnica de nível médio oferecida na forma subsequente ou concomitante. É também preciso informar que a jornada de
tempo integral é a jornada cuja duração é, em média, igual ou superior a sete horas diárias. Esta é contabilizada a par r da soma da carga
horária da matrícula de escolarização do aluno na escola pública com a carga horária total das matrículas de a vidade complementar (AC) e/ou
de atendimento educacional especializado (AEE).
No município de Porto Seguro existem 111 escolas de educação pública, sendo 103 pertencentes a rede municipal, 07 a rede estadual e
01 da rede federal. As creches são as únicas intuições de ensino do município que ofertam educação de tempo integral, mas não são todas. Das
103 escolas municipais, apenas 10 ofertam educação de tempo integral. Na rede estadual, das 07 escolas apenas o CIEPS – Complexo Integrado
de Educação de Porto Seguro oferece Educação em Tempo Integral. Em relação ao quan ta vo de alunos atendidos pela educação integral no
município de Porto Seguro tem no total 31.634 alunos e apenas 1.089 são atendidos pela educação integral, na rede estadual temos 4.856 e
apenas 262 são atendidos pela educação de tempo integral.
A par r das informações apresentadas chegamos aos seguintes resultados:

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Indicador 6A: percentual de alunos da Educação Básica pública que pertencem ao público-alvo da ETI e que estão em jornada de
tempo integral.
Total de alunos atendidos pela Educação Integral
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
1 2
Total de alunos que estudam
na rede pública de Ensino em 36.490 100%
Porto Seguro
Total de alunos que estudam
na rede pública de Ensino em
Porto Seguro e que são 1.351 3,70%
atendidos pela Educação
Integral

Indicador 6B: percentual de escolas públicas da Educação Básica que possuem, pelo menos, 25% dos alunos do público-alvo da ETI em
jornada de tempo integral.

Quantitativo e percentual de escolas públicas da


educação básica que possuem ETI
120

100

80

60

40

20

0
1 2
Percentual de escolas púbicas
111 100%
da educação básica
Percentual de escolas púbicas
11 9,90%
da educação básica com ETI

Os indicadores 6A e 6B mostram que os índices alcançados pela meta estão bem abaixo do previsto.
227
RECOMENDAÇÕES
• Construção de espaços sicos;
• Contratação de professores e funcionários;
• Rever valor custo/aluno (MEC)
• Ver recursos, a serem programados e previstos no orçamento público municipal, no intuito de implantar a Educação Integral.

M7
Meta 7: Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades, com redução do número de
alunos por sala de aula, com melhoria do uxo escolar e da aprendizagem, de modo a a ngir médias nacionais e
municipais para o IDEB.

A sé ma meta do Plano Municipal de Educação do PME estabelece a melhoria da qualidade da Educação Básica tomando como indicador
o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, tem como critério dois componentes: o uxo escolar, ou seja, a taxa de aprovação da
etapa e o resultado dos alunos na avaliação SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica. O PME a par r da sua estratégia 7.1 prevê que o
município alimentasse o seu IDEB progressivamente de forma que em 2021 alcançássemos as seguintes médias: Ensino Fundamental – Anos
Iniciais 6,0, Ensino Fundamental-Anos Finais 5,5 e Ensino Médio 5,2.

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Esta meta é calculada a par r dos seguintes indicadores:
- 7A: IDEB do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
- 7B: IDEB dos Ensino Fundamental – Anos Finais do Ensino Fundamental.
- 7C: IDEB do Ensino Médio.
Entretanto alcançamos os seguintes resultados do IDEB de 2021: Anos Iniciais 4,5, Anos Finais Não vemos resultados e Ensino Médio
2,2. Concluímos que todas as etapas da Educação Básica em Porto Seguro estão abaixo da meta proposta pelo IDEB, nos forçando, impelindo a
rever metodologias de trabalho para buscar o alcance da meta.
A Meta 7 estabelece um outro obje vo descrito na estratégia 7.2, que prevê a redução do número de alunos por sala de aula em todos os
segmentos, observando as especi cidades da Educação do Campo e Educação Escolar Indígena, de modo a atender a tabela apresentada abaixo:

Em relação ao que foi estabelecido nesta estratégia, o município tem seguido o Regimento Comum das Escolas Públicas Municipais de
Porto Seguro-BA. Na Educação Infan l, atualmente, as salas com crianças de 0 a 11 meses funcionam com o quan ta vo de 6 a 8 crianças por
sala, as de 1 anos a 2 anos e 11 meses funcionam com 16 crianças por sala, as de 3 anos com 18, e as de 4 e 5 anos com 20 crianças. No Ensino
Fundamental – Anos Iniciais os alunos do 1º ao 3º ano estudam em salas com até 30 alunos, e os do 4º e 5º ano com o quan ta vo de 25 a 30
alunos. Por m, nos Ensino Fundamental – Anos Finais trabalha-se com o quan ta vo de, em média 35 alunos. Pontuamos que esses dados
referentes ao quan ta vo de alunos por sala, de acordo com as idades e níveis, estendem-se para todas as modalidades.

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RECOMENDAÇÕES
• Organização da Matriz Curricular em consonância com a BNCC.
• Criar resolução para que só se tenha no máximo dois professores por turmas de creche, Ed. Infan l e Anos Iniciais do E.F.
• Criação de um projeto de recuperação paralela para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como referência o nível de
desenvolvimento do aluno.
• Criar avaliação ins tucional elaborada pela equipe técnica da Rede e encaminhada às unidades escolares.
• Incen var a cultura digital dentro do âmbito escolar através de pro ssional/professor quali cado para auxiliar o processo de ensino e
aprendizagem;
• Incen vo a leitura através de Construção de Bibliotecas Escolares com mobiliários adequados;
• Formação/ Curso de capacitação aos professores e bibliotecários e Acervos infanto-juvenis atualizados e na linguagem de acordo com a faixa
etária.
• Formação con nuada com professores das redes estaduais e municipais.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no

M8
mínimo, 12 (doze) anos de estudo no úl mo ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de
menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre
negros e não negros declarados à Fundação Ins tuto Brasileiro de Geogra a e Esta s ca – IBGE.

No tocante à Meta 8, da elevação da escolaridade média da população adulta dos 18 a 29 anos, vale destacar o compromisso local com a
oferta con nua da Educação Básica Regular dos 4 aos 17 anos de idade, bem como no resgate dos estudos e dos níveis de formação da
população que não teve oportunidade em fazê-lo no tempo adequado, o qual pode ser acessado por meio da oferta de Educação de Jovens,
Adultos e Idosos, vinculados à rede Municipal e Estadual, assim como também a oferta de educação nas escolas indígenas e do campo. Para
mensurar esta meta é necessário o uso dos indicadores:

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- Indicador 8A: Escolaridade média, em anos de estudo, da população de 18 a 29 anos de idade.
- Indicador 8B: Escolaridade média, em anos de estudo, da população de 18 a 29 anos de idade residente na área rural.
- Indicador 8C: Escolaridade média, em anos de estudo, da população de 18 a 29 anos de idade pertencente aos 25% mais pobres (renda
domiciliar per capita).
- Indicador 8D: Razão percentual entre a escolaridade média de negros e não negros na faixa etária de 18 a 29 anos.
Mas em relação aos Indicadores 8A, 8B, 8C e 8D, não há dados o ciais recentes que permitam avaliar a escolaridade média da população
na faixa etária considerada, nem tampouco, em relação à diversidade (população do campo, mais pobres e negros).

RECOMENDAÇÕES
• Recenseamento para averiguar a população supracitada que se encontra fora da escola;
• Levantamento de dados relacionados a absenteísmo;
• Reelaboração do currículo em consonância com a BNCC, Currículo da Bahia e realidade local;
• Formação Con nuada à equipe pedagógica e coordenação pedagógica.

M9
Meta 9: Elevar a taxa de alfabe zação da população com 15 (quinze) anos ou mais, para 75% (setenta e cinco por
cento), e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa “de analfabe smo funcional, até o nal da vigência deste PME.

A nona meta do Plano Municipal de Educação estabelece a luta pela erradicação do analfabe smo, com a pretensão de alcançar 75% da
população com 15 anos ou mais, e reduzir em 50% a taxa de analfabe smo funcional.
Para o monitoramento dessa meta, precisam ser considerados dois indicadores:
- Indicador 9A: Taxa de alfabe zação da população de 15 anos ou mais de idade.
- Indicador 9B: Taxa de analfabe smo funcional da população de 15 anos ou mais de idade.

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Com base nas de nições adotadas pelo Ins tuto Brasileiro de Geogra a e Esta s ca (IBGE), considera-se alfabe zada a pessoa que
declara saber ler e escrever e analfabeta funcional a pessoa com 15 anos ou mais de idade que possui menos de cinco anos de escolaridade.
No entanto, não possuímos dados esta s cos para a referida meta devido a defasagem das pesquisas censitárias do IBGE assim como a
não existência no município de dados referentes aos anos de estudos de todas as pessoas na faixa etária selecionada. Dessa forma os
indicadores acima serão analisados com base nos dados o ciais da PNAD- Pesquisa Nacional de Amostra em Domicílios 2013, onde o município
de Porto Seguro apresenta taxa de alfabe zação de 81,9% da população de 15 anos ou mais de idade, percentual rela vamente baixo em relação
ao Brasil (93,0% - PNAD 2015) e 18,1% de analfabe smo. Na descrição da meta, o município assumiu a responsabilidade de reduzir o
analfabe smo em 50% até o nal da vigência do PME.
O analfabe smo envolve situações complexas para o município, o qual, a priori, apresenta compromissos com as demandas da Educação
Básica, na idade recomendada, sendo necessário para isso, melhorar os mecanismos e ações em regime de colaboração entre os entes da
federação. Em relação à alfabe zação e analfabe smo funcional de jovens e adultos, o número de matrículas atende à demanda necessária em
Porto Seguro, uma vez que nesta modalidade de ensino a oferta de vagas depende da demanda manifesta.

RECOMENDAÇÕES
• Recenseamento para averiguar a população supracitada.
• Pesquisa e levantamentos de dados para averiguar a evasão escolar;
• Avaliações Internas e Externas – para averiguar a EJA.
• Trabalho em Equipe com a área da saúde, assistência social e demais órgãos competentes;
• Parceria com empresas local para programas de alfabe zação e formação con nuada à equipe pedagógica e docente da rede municipal e
estadual;
• Projetos Sociais e o cinas que valorizem experiências e vivências dos estudantes;

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M10
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de Educação de Jovens e Adultos, nos
Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à educação pro ssional.

A décima Meta do PME estabelece que, no mínimo, 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Fundamental e
Médio sejam ofertadas de forma integrada à educação pro ssional. Essa meta soma-se ao empenho de tornar universal a Educação Básica e a
busca pela quali cação pro ssional para inserção no mercado de trabalho. Para mensurar essa meta u lizamos o seguinte indicador:
- Indicador 10A: Percentual de matrículas da Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à educação pro ssional.
Entretanto, o município de Porto Seguro ainda não oferta a EJA integrada à Educação Pro ssional e não há escolas da rede estadual,
federal ou privada que ofereçam EJA junto à Educação Pro ssional. Ressalta-se que esta integração possibilitaria um maior retorno destes alunos
à escola, como já apresentado no próprio Plano Municipal de Educação.
Em relação à meta 10, é possível observar que há necessidade de colaboração entre os entes federados para que as estratégias sejam
executadas e os índices previstos tenham progressão até a ngir o percentual de 25%.

RECOMENDAÇÕES
Para cumprir a meta faz-se necessário a oferta dos programas do Ministério da Educação, bem como realizar projetos e ações que visem o
retorno dos cursos de nível médio da Rede Estadual do nosso município, principalmente de forma integrada.

M11
Meta 11: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para
33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da
oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

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A Meta 12 estabelece a expansão, com qualidade, das matrículas nos cursos de graduação e apresenta três obje vos quan cáveis: i) a
elevação da taxa bruta de matrícula para 50%, a elevação da taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, e a expansão de ao menos 40%
das novas matrículas no segmento público. U lizamos três indicadores para monitorar essa meta:
- Indicador 11A: Taxa bruta de matrículas na graduação -TBM.
- Indicador 11B: Taxa líquida de escolarização na Educação Superior -TLE.
- Indicador 11C: Taxa líquida de matrículas no setor público - TLMP
Os números sobre o Ensino Superior no Brasil são dados a par r do Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo INEP, este é o
instrumento de pesquisa mais completo sobre as Ins tuições de Educação Superior (IES) que ofertam cursos de graduação e sequências de
formação especí ca, além de seus alunos e docentes.
O Censo da Educação Superior u liza as informações do cadastro do Sistema e-MEC, em que são man dos os registros de todas as IES,
seus cursos e locais de oferta. A par r desses registros, o Censo coleta informações sobre a infraestrutura das IES, vagas oferecidas, candidatos,
matrículas, ingressantes, concluintes e docentes, nas diferentes formas de organização acadêmica e categoria administra va. Entretanto, existe a
inviabilidade de cálculo para o indicador, pois, o censo da Educação Superior não informa endereço do aluno. Os dados são apresentados por
região, Estado e a nível federal, mas não municipal.
Dessa forma, não há informações recentes em relação à taxa bruta e taxa líquida de escolarização na Educação Superior da população de
18 a 24 anos (Indicadores 12A, 12B e 12C). Porém, os dados o ciais disponíveis da PNAD 2013, retratam que os indicadores estão um tanto
quanto distantes daqueles previstos para serem alcançados até o nal da vigência do PME de 50% e 33%, respec vamente. O município também
não dispõe de banco de dados municipais para análise mais precisa dos indicadores.
A respeito do número populacional de acordo com as faixas etárias estabelecidas na meta, obtemos os seguintes resultados consultados
na SUVISA 18 anos 3.033, 19 anos 3.031, já entre os 20 a 24 temos os dados totais 15.594. Ressalvo também que no município há oferta de
cursos na modalidade Presencial, EAD e Semipresenciais em formações de Bacharelado, Licenciatura e Tecnólogo em Universidades públicas e
privadas. Dessa forma, pontuamos que a realidade da taxa de matrículas deve ter crescido sa sfatoriamente no período decorrido do plano
decenal.

RECOMENDAÇÕES
Para cumprir e/ou potencializar essa meta faz-se necessário a parcerias com os entes federados e com ins tuições de ensino superior para a
oferta de cursos de graduação, bem como realizar projetos e ações que visem a inserção desses grupos na universidade.

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M12
Meta 12: Fomentar ações junto às ins tuições de Ensino Superior do município, com vistas à implantação de cursos
de pós-graduação, na modalidade stricto sensu (Mestrado e Doutorado).

O compromisso assumido pelo município nesta meta é a abertura de programas de pós-graduação para a formação de mestres e
doutores. A perspec va local consiste no incen vo de parcerias pela busca de abertura desses programas e por tais tulações. Pontua-se que as
estratégias também buscam a promoção na carreira de professor, prevista no Plano de Carreira do Magistério.
Para o Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Educação não existem dados o ciais disponíveis para a apuração deste índice e
nem mesmo subsídio para tal. Trata-se de uma meta exequível em regime de colaboração entre os entes federados e as redes de ensino. O
ponto importante para este indicador é que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulga os dados apenas
para o Estado, não sendo os dados disponibilizados para o município. Entretanto, é possível fazer a amostragem dos cursos de pós-graduação a
nível de mestrado e doutorado existentes no município.
A Universidade Federal do Sul da Bahia se destaca como a ins tuição que mais tem oferecido programas de pós-graduação em Porto
Seguro, e em seguida o Ins tuto Federal da Bahia, sendo ambas as únicas ins tuições que oferecem cursos de mestrado e doutorado
reconhecidos pelo MEC.
Universidade Federal do Sul da Bahia
Cursos de Mestrado:
• Ensino e Relações Étnico-Raciais;
• Estado e Sociedade;
• Saúde da Família;
• Ciências e Tecnologias Ambientais (Curso oferecido em parceria com IFBA de Porto Seguro);
Cursos de Doutorado:
• Estado e Sociedade;
• Ciências e Tecnologias Ambientais (Curso oferecido em parceria com IFBA de Porto Seguro).
A meta 12 do PME não estabelece prazo ou progressão, desta forma, os indicadores tomaram como base o quan ta vo de cursos
existentes no município, na medida em que podemos compreender um crescimento do obje vo desta meta de acordo com o crescimento do
número de cursos de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado.

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RECOMENDAÇÕES
Para cumprir e/ou potencializar essa meta faz-se necessário a parcerias com os entes federados e com ins tuições de ensino superior para a
oferta de cursos de de pós-graduação strictu sensu, bem como realizar projetos e ações que visem a inserção desses grupos nesses cursos.

Meta 13: Garan r, em regime de colaboração com a União, o Estado e Distrito Federal, no prazo de 05 anos de
vigência deste PME, polí ca municipal de formação dos/as pro ssionais da educação, de que tratam os incisos I, ll

M13
e III do caput do Art. 61 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a ngindo 100% desses/as servidores/as, em
nível de licenciatura na área em que atuam, e aos demais funcionários/as, de que tratam a Lei n° 12.015/09 e o
Decreto n° 7.415, de 30 de dezembro de 2010, até o nal da Vigência deste PME, 70% de formação especí ca em
nível técnico e 20% em nível superior, através do Profuncionário, na área em que atuam.

O obje vo da meta do quinze do PME é assegurar que todos os/as professores/as da Educação Básica possuam formação especí ca de
nível superior, ob da em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Desta forma, busca-se uma polí ca nacional de
formação dos pro ssionais da educação em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Assim como a
formação dos demais funcionários em nível técnico em 70% e superior em 20 %. Para o monitoramento desta meta u liza-se os seguintes
indicadores.
- Indicador 13 A: quan ta vo de professores efe vos com nível superior.
- Indicador 13 B: quan ta vo de demais pro ssionais com nível técnico.
- Indicador 13 C: Quan ta vo de demais pro ssionais com nível superior.
A meta assumida em relação à quali cação dos pro ssionais da Educação Básica na rede ensino, com prazo até o nal do decênio para ser
alcançada, até 2020 ainda não havia sido a ngida, conforme o Quadro dos Indicadores 13A e 13B a seguir, porém, estão muito próximos de
serem alcançados. A rede de educação de Porto Seguro conta com 1.117 professores efe vos, dos quais 1.070 tem nível superior e apenas 47
não têm, ou seja, 95,79% dos professores têm formação de nível superior. O grá co, na próxima página, faz a demonstração desse quan ta vo:

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Quantitativo de professores efetivos com e sem
nível superior
1.200 120%

1.000 100%

800 80%

600 60%

400 40%

200 20%

0 0%
Quantitativo de Quantitativo de
Quantitativo de
professores efetivos professores efetivos
professores efetivos
com nível superior sem nível superior
Série1 1.117 1.070 47
Série2 100% 95,79% 4,21%

Em relação aos pro ssionais de apoio à educação, a Prefeitura Municipal conta com 631 pro ssionais, dos quais 125 realizaram o
Profuncionário, dentre eles Inspetores de Classe, Auxiliar de Serviços Gerais, Merendeira, Auxiliar Administra vo e etc. Os dados podem ser
percebidos a par r dos indicadores 13B e 13C representados no grá co abaixo:

Quantitativo de profissionais de apoio a


educação com e sem nível técnico
700
600
500
400
300
200
100
0
1 2
Quantitativo de demais
profissionais de apoio a 631 100%
educação
Quantitativo de demais
profissionais de apoio a 125 19,80%
educação com nível técnico

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Em relação aos pro ssionais de apoio à educação, efe vos da rede, com nível superior, o município não dispõe de informações em
relação ao quan ta vo.

RECOMENDAÇÕES
• Cabe à União estabelecer diretrizes e bases, regular e elaborar estratégias e medidas que possam ampliar a oferta e elevar a qualidade da
Educação Superior e nível técnico. Ao município cabe es mular e valorizar o corpo docente e demais pro ssionais da educação em efe vo
exercício, a prosseguirem seus estudos.
• Oferta de cursos na Plataforma da Educação Básica e divulgação interna nas unidades escolares na zona rural quanto na urbana, através de
cartazes, pan etos e redes sociais.
• Ar cular projetos interdisciplinares com carga horária especí ca para a vidades complementares e extensão.
• Buscar parcerias voltadas para formações con nuadas em ambiente EAD com as ins tuições privadas.
• Realizar projetos e ações que visem o retorno dos cursos e programas de nível médio ofertados pelos entes federados e União, para os
pro ssionais da educação nos setores: administra vos e serviços gerais.

M14
Meta 14: Valorizar os/as pro ssionais do magistério das redes públicas de Educação Básica, de forma a equiparar
seu rendimento médio ao dos/as demais pro ssionais com escolaridade equivalente, até o nal do sexto ano de
vigência deste PME.

Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que ins tuiu o piso salarial pro ssional nacional para os pro ssionais do
magistério público da Educação Básica. Para o cálculo do valor do piso salarial pro ssional nacional do magistério é calculado o percentual de
crescimento do valor anual mínimo por aluno (VAAF-Min) referente ao Ensino Fundamental - Anos Iniciais. Esse percentual é de nido
nacionalmente pelo MEC, e divulgado através de Portaria no nal de cada ano. Desta forma, o reajuste do piso nacional do magistério a par r de
1º de janeiro de 2022 foi de 33,23%, ou melhor especi cado R$ 3.845,63.

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O município de Porto Seguro a par r do seu Plano Municipal de Educação e também o Plano de Carreira do Magistério estabelece a
obrigatoriedade de pagamento do piso nacional ins tuído por lei a todos os pro ssionais que fazem parte do corpo efe vo de docentes. A par r
dos dados da PNAD o valor médio de salário de outros pro ssionais com Ensino Superior no Brasil é de 5.552,00, enquanto o piso nacional dos
professores corresponde a 69,27% desse valor. Em contramão às es ma vas de nível nacional, o salário dos pro ssionais do magistério da
Prefeitura Municipal de Porto Seguro de nível, I 40h, corresponde a R$ 4.863,30, ou seja, 87,60%.
O município não dispõe de dado o cial referente ao valor médio salarial da população municipal, nível superior, com carga horária
semanal de 40 horas. Entretanto, a meta estabelece que essa equiparação acontecesse até 2021, quando o piso era de R$ 2.886, 00 e a renda
média dos outros pro ssionais com Ensino Superior segundo o IBGE de R$ 4.925, ou seja, 58,60%.

RECOMENDAÇÕES
No que se refere à equiparação salarial com os demais pro ssionais com escolaridade equivalente, hoje, ainda estamos longe; e, mais do que
encontrar fontes de nanciamento, é necessário aumentar os inves mentos na Educação. Outro aspecto importante a ser considerado é a visão
da importância dos pro ssionais de Educação.

M15
Meta 15: Garan r, sempre que necessário, a atualização do Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, de
modo a atender as demandas e as necessidades da categoria, sempre a par r de ampla discussão com a mesma.

A Meta 15 do Plano Municipal de Educação des na-se ao plano de carreira para os pro ssionais da educação pública. Seu
monitoramento perpassa a veri cação da existência de Plano de Carreira e a sua constante atualização para o atendimento das demandas e
necessidades da categoria.
- Indicador 15A: Existência de Plano de Carreira
- Indicador 15B: Atualizações do Plano de carreira
Visando a qualidade do ensino e a valorização dos educadores, cabe destacar que o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal foi criado
em 2012 e revisado/alterado em 2018 a par r da lei nº 1461/18, ação realizada com a efe va par cipação dos professores, no qual destacamos
a alteração do percentual de proventos para a progressão de carreira.

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É importante também destacar que outras questões perpassam o Plano de Carreira e vem sendo cumpridos pelo município, como a
realização das horas a vidades dos professores na proporção de 1/3 de sua carga horária, bem como o vencimento base do Piso Nacional
Pro ssional, em conformidade com a Lei Federal nº 11.738/2008.

Meta 16: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos de vigência deste PME, para a efe vação da gestão

M16 democrá ca da educação, em 100% das escolas no município de Porto Seguro, associada a critérios técnicos de
mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
recursos e apoio técnico do Município e da União para tanto.

Esta meta trata da gestão democrá ca da educação no âmbito das escolas públicas, associando-a à consulta pública e a critérios técnicos
de mérito e desempenho. Nessa direção, as estratégias da Meta 16 dissertam sobre a criação de fórum municipal, par cipação da comunidade
em conselhos e estabelece, também, que os diretores e diretoras de escolas públicas devem ser nomeados em consonância com tais
pressupostos da gestão democrá ca.
Com a aplicação da polí ca da universalização do ensino, deve-se estabelecer como prioridade educacional a democra zação do ingresso
e a permanência do aluno na escola, assim como a garan a da qualidade social da educação. A gestão democrá ca da educação está vinculada
aos mecanismos legais e ins tucionais, bem como à coordenação de a tudes que propõem a par cipação social e abaixo pontuamos alguns
mecanismos.
Em Porto Seguro os Conselhos atuantes na educação são os seguintes:
• Conselho Municipal de Educação - CME
• Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro ssionais da Educação - FUNDEB
• Conselho de Alimentação Escolar - CAE
• E também o Fórum de Educação
Também em consonância com a Gestão democrá ca, o Projeto Polí co Pedagógico das ins tuições é elaborado pela comunidade escolar,
com representa vidade de todos os segmentos, sendo atualizados constantemente.

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As eleições para gestores anteriores a 2022 aconteceram em 2017, e a seguinte estava prevista para 2020, mas por conta da pandemia e
a impossibilidade da realização das eleições os diretores foram nomeados em pro tempore. Entretanto, as eleições exigem algumas
considerações que são listadas pela Lei nº 1.802 de 2022. Pelos documentos orientadores, a escola do município precisa ter pelo menos 100
alunos para ter um diretor, por esse critério, na atual realidade do município, 27 escolas detém um número de alunos inferior ao estabelecido,
destas 13 são do campo no qual foi estabelecido um gestor enquanto diretor dessas 13 escolas. Nas escolas indígenas há 14 em que não há
diretores, em contrapar da a realidade das escolas indígenas se deparam com outra questão estabelecida pelo Estatuto e documentos
orientadores: a maior parte do corpo Docente são de contratados, e para o cargo de direção é obrigatório ser professor efe vo. Além das
questões pontuadas, há também a necessidade de a escola ter um conselho; as escolas que não têm, consequentemente, não podem par cipar
das eleições para gestores escolares.
O município de Porto Seguro tem 103 escolas, destas, 76 têm conselhos e possuem mais de 100 alunos matriculados, ou seja, estão
elegíveis para as eleições de gestores; 27 não elegíveis por terem menos de 100 alunos e também não terem conselhos. Por m, duas escolas
apresentam todos os critérios para concorrerem às eleições para gestores, mas não possuem conselho, o que as impossibilitam.
A eleição direta de diretores municipais é regulamentada através da lei orgânica municipal, através dos ar gos 58, inciso IV e 96, inciso III,
também pelos disposi vos da Lei nº 1461/2018 e Lei municipal nº 1802/22. O obje vo é promover a gestão competente e democrá ca das
Escolas e Centros de Educação Infan l do município de Porto Seguro e, ainda, ampliar a par cipação da comunidade escolar nas unidades de
ensino. A úl ma eleição foi realizada, de forma democrá ca, por meio de votação pela comunidade escolar, no ano de 2022. As chapas para
concorrerem às eleições foram formadas por pro ssionais que atenderam a todos os critérios exigidos pelas leis citadas e também por edital.
Todos os processos foram acompanhados por comissões especiais compostas por servidores de cada unidade e uma comissão organizadora da
Secretaria Municipal de Educação.
A úl ma cer cação para escolha dos novos diretores e vices das escolas municipais, aconteceu ainda em 2022. A cer cação é pré-
requisito para o processo de escolha de diretores que é realizado por meio de eleição com a comunidade escolar no ano de 2022. A cer cação
busca formar e avaliar os conhecimentos pedagógicos, técnicos e as competências necessárias ao sa sfatório desempenho do cargo de diretor
de escolas e centros de Educação Infan l municipais. Para par cipar, o/a candidato/a deverá ser professor/a da Educação Básica ou especialista
em Educação Básica, detentor/a de cargo efe vo municipal, há pelo menos dois anos ininterruptos, até a data da inscrição. Ele/a também deverá
ter licenciatura em pedagogia ou área especí ca com pós-graduação na área da educação.

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RECOMENDAÇÕES
• Divulgar através de palestras para comunidade escolar a função e atuação dos conselhos colegiados como princípio norteador da Gestão
Democrá ca;
• Ofertar cursos de capacitação e materiais norteadores a todos os membros do CME e posteriormente repassar aos Colegiados Escolares no
intuito de orientar, deliberar e scalizar no exercício da sua função.
• O Ministério de Educação e os entes federados ofertarem formação con nuada aos conselhos e aos pro ssionais da educação;
• Organizar Audiência Pública e reuniões com pais e pro ssionais da educação em consonância com o calendário escolar.
• Acompanhamento do calendário e plano de ação do Conselho Escolar dentro do âmbito escolar
• Fomentar a organização do grêmio estudan l dentro do ambiente escolar;
• Processo ele vo de gestores por meio da Comunidade Escolares, no qual será escolhido três representantes para apreciação do gestor
execu vo.

M17
Meta 17: Ampliar o percentual inves do na educação pública municipal, de forma a a ngir, no mínimo, 27% (vinte
e sete por cento) da arrecadação municipal, no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, ao nal do decênio, o
mínimo equivalente a 30% (trinta por cento) da arrecadação municipal.

Para o atendimento das Metas do Plano Municipal de Educação é imprescindível a existência de inves mentos públicos em educação
pública. A Meta 17 do PME trata da ampliação desse inves mento, que precisava a ngir o mínimo de 27% da arrecadação municipal no quinto
ano de vigência da lei do PME e no mínimo 30% com o nal do decênio.
O índice alcançado pelo município mostra que não foi cumprida a meta prevista para o período e que o índice caiu em comparação às
análises temporais de progressão da meta. De acordo com o Plano Municipal de Educação a prefeitura de Porto Seguro ressalta a necessidade
de seu monitoramento e avaliação, com envolvimento das instâncias responsáveis e a devida mobilização social para acompanhar
sistema camente o esforço de implementação das metas e estratégias do plano.

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Como sinalizado acima, em 2020 o município deveria estar inves ndo em educação o percentual de 27%, mas inves u 25, 21%. Em 2021,
o inves mento em educação a par r da arrecadação municipal a ngiu 15,70%, demonstrando uma grande queda em relação ao progresso da
meta.

RECOMENDAÇÕES
• Incluir as estratégias do PME no Plano Plurianual-PPA dentro das previsões orçamentárias.
• Ar cular parcerias e emendas parlamentares junto aos entes federados (União e Estado);
• Reivindicar e ar cular parcerias e emendas parlamentares junto aos entes federados;

M18
Meta 18: Criar um centro de atendimento especí co para os/as trabalhadores/as pro ssionais da Educação,
visando à prevenção, reabilitação, tratamento e acompanhamento na área da saúde.

Para o Acompanhamento e Monitoramento do Plano Municipal de Educação u liza-se o indicador Indicador 18A: Criação de um centro
de atendimento especí co para os/as trabalhadores/as pro ssionais da Educação
Entretanto, não existem dados o ciais disponíveis para a apuração deste índice e nem mesmo subsídio para tal. As únicas informações
disponíveis são descritas abaixo:
Em 2020 foi criado núcleo NAPE – Núcleo de Apoio Psicossocial aos Pro ssionais da Educação; esta é uma inicia va da Secretaria
Municipal de Educação, que tem como princípio estabelecer um sistema mul disciplinar para acolhida, escuta quali cada e direcionamentos aos
eventuais problemas que possam comprometer a saúde sica, intelectual e emocional dos pro ssionais da Rede Pública Municipal de Ensino. No
mesmo ano foi criado o NAS – Núcleo de Apoio à Saúde Escolar, uma inicia va da Secretaria Municipal de Educação que tem como obje vo
melhorar a qualidade de vida dos educandos, docentes e da comunidade em geral, orientando-os sobre a importância de uma vida saudável,
visando o bem-estar sico, mental e social.
A Secretaria de Educação dispõe de um pro ssional que faz ar culação com as secretarias de saúde e assistência social, onde, quando
iden cada a necessidade de atendimento a algum sujeito pertencente ao grupo de trabalhadores/as pro ssionais da Educação, é realizada a
intervenção. Em contrapar da, não existe um espaço especí co e adequado para o atendimento desse público, como solicita a meta.

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RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se atenção para a criação do centro de atendimento especí co para os/as trabalhadores/as pro ssionais da Educação como bem
especi ca a meta.

Meta 19: Assegurar aos povos indígenas, além das garan as estabelecidas neste documento, o direito a uma
educação escolar especí ca, diferenciada, intercultural, comunitária e de qualidade, através de estratégias
especí cas e amparadas pela Cons tuição Federal de 1988, pela Convenção 169 da Organização Internacional do

M19
Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas e Tribais, promulgada no Brasil, por meio do Decreto n° 5.051/2004, pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, da Organização das Nações Unidas (ONU), pela Declaração
das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas de 2007, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9.394/96), bem como por outros documentos nacionais e internacionais que visam assegurar o direito
à educação como um direito humano e social.

A meta 19 do Plano Municipal de Educação trata de uma meta exequível em regime de colaboração entre os entes federados e as redes de
ensino. A meta estabelece que os povos Indígenas tenham direito a uma educação escolar especí ca, diferenciada, intercultural, bilíngue/
mul língue e comunitária, conforme de ne a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar Indígena e outros documentos nacionais e
internacionais que visam assegurar o direito à educação como um direito humano e social.
Não há indicadores para mensurar o desdobramento sobre o alcance desta meta, tendo em vista que ela aponta para questões
qualita vas. Desta forma os cumprimentos de suas estratégias apontam para o cumprimento da meta.

RECOMENDAÇÕES
A BNCC orienta a elaboração dos currículos para se adequar às diferentes modalidades de ensino, na Educação Escolar Indígena, deve ser
assegurada competências especí cas a serem desenvolvidas a par r de suas culturas tradicionais. A educação é, assim, vista de maneira
abrangente e as concepções de educação são tão variáveis quanto são as culturas dos povos indígenas. Discu r sobre educação é um processo
vasto e con nuo, que acontece ao longo da vida de cada pessoa e estão para além experiências de escolarização.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste processo de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação, observou-se que muitas metas avançam na medida em que
suas estratégias são realizadas, e em consonância com as ações realizadas trouxeram melhorias para a educação do município em sua totalidade.
Avaliou-se também que outras metas com suas estratégias ainda não foram alcançadas, estas precisam de mais tempo, inves mentos, parcerias,
novas ações, novos enfoques, para que até o nal de vigência deste Plano Municipal de Educação, possam também estarem sendo realizadas,
sempre em consonância com o PNE e o PEE.
O Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Educação é um ato con nuo de observação e análise, e de
extrema importância no acompanhamento da execução o das metas e estratégias, signi cando uma oportunidade de melhorar a qualidade
técnica do diagnós co, de ampliar a par cipação social e de quali car ano a ano a execução o de cada meta. Este trabalho se caracteriza como
uma tarefa intensa, pois nos faz pensar nos obje vos propostos por este plano, bem como nas ações realizadas em prol da polí ca de educação
do nosso município.
O PME do município de Porto Seguro demonstra transparência para ser acompanhado, controlado e executado, por ser um documento
que torna a educação para todo município uma prioridade.

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ANACRÔNICO, ANALÓGICO E DIGITAL:
AINDA SOBRE DADOS
O MUNDO ESTÁ EM EBULIÇÃO!

Nos espaços geográ cos, mudanças reais e surpreendentes assolam orestas, rios, animais, climas ou solos, nos deixando à mercê
de poderosas tormentas, deser cações exponenciais, temperaturas mínimas ou máximas extremas, ex nção em massa, derrubadas sem
precedentes de árvores para dar lugar a pastos inóspitos ou a produção de monocultura a perder de vista, ou o desaparecimento/
derre mento de áreas polares enormes com impactos diretos nos níveis do mares pelo mundo.
Nesses mesmos espaços, ondas migratórias serpenteiam nos quatro cantos do mundo, conduzindo famintos, amedrontados,
perseguidos que, usando as correntes dos oceanos ou os caminhos tortuosos das fronteiras europeias, asiá cas ou americanas, almejam
lugares de paz, proteção ou de saciar a fome.
Nos costumes, eclodem nos quatro cantos do mundo, movimentos exigindo liberdades. Liberdades em nome de Mahsa Amini, de
22 anos, que acabou sendo morta sob custódia da chamada "polícia da moralidade” do Irã, que catalisou um poderoso processo de
enfrentamento do modelo teocrá co que oprime principalmente mulheres. Mulheres essas que enfrentam diariamente no Brasil uma
mistura de insegurança e força para lutar ou os con nuos enfrentamentos feitos pelas comunidades LGBTQIA+, seja na Rússia de Pu n, na
Hungria de Viktor Orban ou no Brasil de Jair Bolsonaro.
Os movimentos negros de a rmação, salientam incessantemente a perpetuação de mecanismos colonialistas que sustentam
racismos e lutam con nuamente por processos de reconhecimentos, reparações e direitos, numa batalha que transcende séculos.
Nos meios de comunicação, os processos de digitalização, a internet, colocam de cabeça para baixo a maneira como consumimos
ou produzimos informações, ou nos levam a re e r sobre as necessidades de se produzir inclusão digital, já que essa base sustentará
inevitavelmente toda nova pro ssão que está por surgir.
E a Educação não passa incólume diante desse caos, diante dessas novas e admiráveis possibilidades e, desse modo, o espaço
formal da escola precisa re e r sempre seu momento histórico e as inter-relações que se cons tuem entre seus pares e seu espaço de
existência.
O conceito de Mídia Educação acaba se tornando elemento de canalização entre todos esses processos ebulientes citados, sendo
veículo de u lização, divulgação e re exão sobre esse mar de acontecimentos e as possibilidades todas de falar sobre eles, salientando
ainda a necessidade atualíssima de trazer para o palco das escolas os mecanismos que sustentaram o aparecimento dessa onda, até então

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inimaginável, das “fake news”, nos fazendo pensar sobre essas engenharias também obscuras, que usam os algoritmos para processos
intermináveis de consumo e controles, que se espraiam principalmente pelas grandes alamedas abertas das redes sociais.

MÍDIA-EDUCAÇÃO: ASPECTOS CONCEITUAIS E PEDAGÓGICOS

Coexis mos com uma quan dade de informações que transcende qualquer possibilidade humana de retenção desse mar
simbólico e mais do que em qualquer outro período da história, urge a necessidade de es mular, nos espaços educa vos, os debates
todos em torno dessas temá cas.
É necessário ampliar as polí cas públicas que promovam, cada vez mais, as ações que foquem nos processos de alfabe zação, seja
das palavras, letras, ou alfabe zação digital. Alfabe zar para que nossas crianças, jovens ou adultos tenham capacidades cogni vas que
lhes permitam entender e interpretar os conhecimentos e as complexidades do mundo, mas também que dominem ferramentas
imprescindíveis aos novos caminhos que também o mercado de trabalho acena.
Para Rivoltella1 (2006, P. 2), estamos diante de uma mul plicidade de espaços do ver, a par r de tantas telas, seja o cinema, TV,
vídeo games, projeções ou celulares, criando, portanto, uma nova geogra a do ver. Essa co-presença de tantas telas rede nem
modalidades e signi cados do olhar, seja ele durável, que se assiste do começo ao m, variável também, já que podemos saltar, voltar,
decidir sobre o que e quando devemos ver, e nalmente o olhar isolável, aquele em que o cinema ou a TV me permitem ver, olhar
cons tuído pelo que o sujeito enunciador me permite ver.
Segundo ele, essa tríade se recon gura radicalmente a par r do aparecimento das novas tevês de tantos canais e dos controles
remotos, fazendo surgir o olhar intermitente, móvel e intera vo. Intermitente, pois não se relaciona mais com a duração do lme, mas

1 RIVOLTELLA, Pier Cesare. Screen Generation. Gli adolescenti e le prospettive dell’educazione nell’età dei media digitali. Vita e Pensiero, Milano:
2006. Tradução de Ilana Eleá Santiago.

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mergulhado num mosaico de es mulos visuais, o móvel subs tui o variável no sen do do tempo em frente as telas, e intera vo porque
descon gura por completo a lógica do olhar isolável a par r da ação do sujeito com as diferentes telas.
Essa mudança percep va caracterizada pelas mudanças dos olhares, rede nem como os sujeitos se apropriam do saber. A
mul plicação dessas telas promove um crescimento exponencial da informação e uma diminuição dos pontos de vista centralizados,
permi ndo que os sujeitos encontrem mais compa bilidades com seus es los cogni vos. Além da aprendizagem, a repercussão das
informações também é poderosamente afetada, invertendo a lógica das tradicionais formas de pesquisa, o saber se espraia para além dos
locais tradicionais de busca, bibliotecas ou arquivos, se deixando circular por todas as telas, todos os ecrãs. 2 (RIVOLTELLA. 2006, p. 4)
Nas sociedades pré-digitais as comunicações estavam vinculadas inevitavelmente ao espaço sico compar lhado, fosse ele um
muro, uma porta, uma janela, uma rua, uma feira, limitando exponencialmente o acesso ou exclusão da comunicação. Já em tempos de
sociedade digital, do celular e da internet, as possibilidades de comunicação não se vinculam mais a presencialidade sica no mesmo
espaço, pois o ciberespaço nos vincula através de mensagens de texto, vídeo chamadas ou lives.
A divisão com outras pessoas de uma vídeo chamada, via celular, permite que estejamos em espaços sicos diferentes, mas
dividindo um mesmo e novo espaço social. Uma consequência relevante nessa integração entre mídias digitais e prá cas dos sujeitos é a
superação da contraposição entre o real e o virtual.
Levy3 (1999, p. 17) nos traz o conceito de ciberespaço, ou rede, como re exo da interconexão mundial dos computadores,
especi cando infra-estrutura material, o universo oceânico das informações e também os seres humanos que navegam e alimentam esse
universo. Ele de ne a cibercultura como o "conjunto de técnicas (m teriais e intelectuais), de prá cas, de a tudes, de modos de
pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço".
Esses modos de pensamentos e valores apontados, precisam ser analisados de maneira crí ca nos espaços educa vos, já que a
escola, como tudo e todos, é transpassada por esse novo universo, esses novos espaços, em todas as suas dimensões.

2 RIVOLTELLA, Pier Cesare. Screen Generation. Gli adolescenti e le prospettive dell’educazione nell’età dei media digitali. Vita e Pensiero, Milano:
2006. Tradução de Ilana Eleá Santiago.
3 L VY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Ireneu da Costa. S o Paulo: Ed. 34, 1999. 260p. (Cole o TRANS).

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Para essa análise proponho os caminhos metodológicos que se desenvolvem em torno do conceito de “Mídia-Educação”.
De nições mais atuais de mídia-educação abarcam a inclusão digital como elemento que abrirá as portas do mundo de
possibilidades que podem permi r a todas e todos, que se tornem produtoras e produtores de conteúdos, mas também objeto de estudos
a par r de uma análise crí ca dessas mensagens ampliadas, e por m, ferramenta pedagógica, através da integração dessas ferramentas
todas em situações de aprendizagem nos processos educacionais4.
A mídia-educação surge e se desenvolve em paralelo a formação da indústria cultural nas primeiras décadas do século XX, vista
inicialmente como um mal, uma an cultura que a educação deveria combater, as mídias eram objetos de reações diversas por parte dos
educadores, ignoradas por alguns, elemento a ser atacado por outros.
Fan n5 nos apresenta um linha cronológica e re exiva sobre o aparecimento e desenvolvimento da mídia-educação, a começar pela
Grã-Bretanha e Estados Unidos nos anos 30 e 60 que geraram grupos de defesa e de resistência cultural. Nos anos 60 uma concepção de
leitura crí ca sobre o termo, valorizando a cultura popular, fruto do crescimento dos estudos em semió ca que voltam a atenção para os
sujeitos consumidores de mídias, torna mídia-educação uma intervenção necessária, garan ndo capacidades e conhecimentos para
re e r e se necessário, transformar os processos midiá cos.
Em meio a um vendaval de ditaduras militares, sobretudo nos anos 70 e 80 na América La na, surge a possibilidade de resistência a
par r da mídia-educação. Uma concepção ideológica realiza uma comunicação alterna va no interior das lutas polí cas, que nos
movimentos de educação popular defende a democracia, os direitos humanos, os valores culturais contra as formas colonizadoras,
tornando a mídia-educação um instrumento de luta.

4 BÉVORT, Evelyne; BELLONI, Maria Luiza. Mídia-Educação: conceitos, histórias e perspectivas Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 109, p.
1081-1102, set./dez. 2009 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br> p. 1098/1099
5 FANTIN, Monica. Mídia-educação: conceitos, experiências, diálogos Brasil-Itália / Monica Fantin. - Florianópolis: Cidade Futura, 2006.

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Ampliaram a discussão os estudos da semió ca ao xar um dos princípios fundamentais da mídia-educação que é o da não-
transparência dos meios, os estudos do neomarxismo de Althusser e Gramsci recuperando a ideia das mídias como sistema
de reprodução social ao mesmo tempo em que con guram uma arena de luta hegemônica cultural e polí ca-econômica e os
estudos de audiência considerando o papel a vo na interpretação dos textos midiá cos. Tais estudos mostraram que ler
cri camente os produtos midiá cos não signi cava mais apenas o julgamento de valor, mas a desconstrução e
desmis cação de sua lógica, reconhecendo os traços da cultura hegemônica. (FANTIN, 2006, p. 45)

A concepção das ciências sociais in uenciada pelos Estudos Culturais nos anos 80, considera as mídias como uma instância da
prá ca social que estabelece relações complexas com outras, e o estudo dessa relação rede ne o papel da mídia-educação, que passa a
atuar na interpretação dos textos midiá cos na integração didá ca entre estudos de semió ca, ideologia e análise de consumo,
implicando um papel a vo do usuário.
A primeira de nição o cial de mídia-educação pelo Conselho Internacional do Cinema e da Televisão (CICT), órgão ligado a UNESCO,
em 1973, referia-se ao “estudo, ensino e aprendizagem dos modernos meios de comunicação como disciplina autônoma no âmbito da
teoria e prá ca pedagógica”6 (2006, p 51), de nição essa que reconhece a escola como lugar especí co da mídia-educação. Já a segunda
de nição, apresentada pelo mesmo órgão em 1979, amplia esse campo na visão de mídia como produto e processos culturais e sociais e
na ampliação da disciplina mídia-educação para outras faixas etárias, envolvendo crianças, jovens e adultos.
A compreensão mais ampla de mídia-educação a par r de suas dimensões polí co-econômica, ambiental, psicológica e cultural
aponta para a promoção crí ca sobre as mensagens e o es mulo para o desenvolvimento do indivíduo autônomo através de processos
interdisciplinares que estruturam suas bases conceituais.
Para Bévort e Belloni7, mídia-educação é um campo rela vamente novo, com inúmeras di culdades para consolidar-se, entre as
quais a pouca importância na formação inicial e con nuada de pro ssionais de educação, acrescentada com a ausência de preocupação

6 FANTIN, Monica. Mídia-educação: conceitos, experiências, diálogos Brasil-Itália / Monica Fantin. - Florianópolis: Cidade Futura, 2006.

7 BÉVORT, Evelyne; BELLONI, Maria Luiza. Mídia-Educação: conceitos, histórias e perspectivas Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 109, p.
1081-1102, set./dez. 2009 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>

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com a formação crí ca e cria va das novas gerações a par r das novas tecnologias de informação e comunicação, inde nição e
insu ciência de polí cas públicas e recursos para ações e pesquisa, confusões e prá cas inadequadas em lugar da re exão temá ca na
formação de educadoras, in uência nega vas de abordagens do uso de mídias que tendenciam a bani-las no lugar de compreender suas
implicações sociais, culturais e educacionais e integração apenas instrumental das TIC nas escolas sem a devida re exão sobre suas
mensagens e contextos de produção.
Epistemologicamente mídia-educação se situa na intersecção, no encontro, dos campos de educação e comunicação, portanto para
sua compreensão são necessárias abordagens interdisciplinares tanto das ciências ou teorias da educação quanto as ciências ou teorias
da comunicação.
Par ndo do princípio de uma educação para vida toda é socialmente essencial educar para mídia-educação, não apenas as novas
gerações, imersas nesse mar de linguagens e possibilidades, mas também as populações adultas, num processo de aquisição dos
conhecimentos sobre os mecanismos poderosos de produção, reprodução e transmissão da cultura, es mulando assim a apropriação
crí ca e cria va imprescindíveis para o exercício da cidadania.

AUTODIDAXIA: NOVOS CAMINHOS PARA A ESCOLA

Observando as novas gerações, as que tem acesso as tecnologias digitais, é inevitável perceber o quão na vas digitais elas são, e
isso deve mudar muita coisa, ou tudo, em educação!
Entre tantas e interessantes possibilidades, a ideia de autodidaxia, de autodida smo, visto aqui como o que ou quem se instrui por
esforço próprio, sem a ajuda de mestres, desponta como elemento chave que conduz possibilidades nesse novo caminho em que a
educação aponta, ou é apontada.

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Nossas crianças de um ano, não foram ensinadas a usar o celular, mas observando o uso con nuo de quem a cerca, acabam por
desenvolver habilidades mecânicas, para usar o gadget em questão, através do toque. Crianças maiores, com quatro anos por exemplo,
que ainda estão no seu início de alfabe zação, já se apropriam de celulares ou tablets e verbalizam que desenhos ou vídeos desejam ver
nas melines do YouTube, ou nos buscadores da Google sem saber escrever, demonstrando essa autodidaxia, essa caracterís ca essencial
dos modos de apre dizagem das crianças e jovens em sua relação com os celulares, por exemplo.
Como interagir com tais habilidades e desenvolver conhecimentos a par r das novas tecnologias digitais nas escolas públicas
municipais de Porto Seguro?
Não temos modelos estanques a seguir, mas existem caminhos e possibilidades para experimentar e começar a construir essa
escola, essa educação do futuro, agora, no presente.
Belloni8 (2009, p. 8) salienta os desa os postos ao campo da educação, tanto da intervenção, da de nição e implementação de
polí cas públicas, quanto no campo das re exões, na construção de conhecimento apropriado à u lização adequada daquelas
ferramentas com ns educacionais. Desa os que permitam entender como a escola poderá contribuir para que nossas crianças se tornem
usuárias cria vas e crí cas dessas mesmas ferramentas e não apenas simples consumidoras compulsivas dessas representações dos
velhos clichês.
Desa os são parte a va nos processos de construção de uma educação pública municipal de qualidade, visto os tantos desa os
que já passaram e os tantos que aparecem no horizonte próximo. Mas temos potenciais ferramentas disponíveis para transformar tais
desa os em possibilidades.
Enfrentamos, durante a pandemia, a tarefa hercúlea de fazer educação nas escolas do nosso município. A distância e a experiência
se cons tuíram a par r de um conjunto signi ca vo de inseguranças, tenta vas, erros e acertos, que nos zeram ter um outro olhar
sobre, por exemplo, o uso do celular na escola.

8Belloni, Maria Luiza. O que é mídia-educação/Maria Luiza Bclloni - 3. ed. rev. -Campinas, SP: Autores Associados. 2009. - (Coleção polemicas do
nosso tempo: 78)

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Antes da pandemia os maiores e mais acalorados debates, se espraiavam sobre como proibir o uso do celular no ambiente de
aprendizagem, mas a pandemia nos fez perceber sua nova e surpreendente função: levar educação a alunas e alunos, encerrados em suas
casas, junto a suas famílias.
O gadget se tornou essencial para que pudéssemos fazer educação, e zemos, através de vídeo aulas produzidas por professoras e
professores, e também recebemos por vídeo, as respostas produzidas pelas famílias com as questões encaminhadas para o Google Sala de
Aula, ou ainda as possibilidades em que essas telinhas nos conectaram as turmas, através do Google Meet, ou através do Zoom.
Que bom que o celular estava a serviço também da aprendizagem, e sem eles, provavelmente não teríamos realizado o que
realizamos. Mas, só foi a pandemia arrefecer, que novamente, buscamos silenciar o potencial educa vo gigantesco, presente nos
celulares, e novamente os debates em muitas escolas, giram novamente em torno da ideia de como proibir e impedir que o celular deixe
de atrapalhar as aulas mornas que insis mos em disponibilizar.
O documento "Diretrizes de Polí cas da UNESCO para a Aprendizagem Móvel”9 nos aponta caminhos interessantes nos bene cios
e nas diretrizes em desenvolver educação formal ou não-formal com essa ferramenta tão presente em nossas vidas.
Bene cios que passam por expandir o alcance e a equidade da educação, facilitar a aprendizagem individualizada, criar
comunidades de estudantes, apoiar a aprendizagem fora da sala de aula, ou diretrizes de como criar ou atualizar polí cas referentes à
aprendizagem móvel, treinar professores sobre como fazer avançar a aprendizagem por meio de tecnologias móveis, ampliar e melhorar a
conec vidade, assegurando também equidade ou criação e aperfeiçoamento de conteúdos educacionais para uso em aparelhos móveis.
Outra interessante re exão diz respeito a formação con nuada, auto formação, de professores e professoras, muitos e muitas das
quais com uma idade mais avançada, assim sendo necessário trilhar pelas alamedas que compõe os processos de aprendizado do adulto,
a andragogia.
Essa formação con nuada está a serviço também, daquilo que as demandas contemporâneas exigem sobre sermos, nós,
professoras e professores, indivíduos dotados de competências técnicas múl plas, hábeis no trabalho cole vo, com capacidade de

9UNESCO. Policy Guidelines for Mobile Learning. Organiza o das Na es Unidas para a Educa o, a Ci ncia e a Cultura (UNESCO). Paris, France,
2013. Dispon vel em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000227770. Acessado em: 15 de dezembro de 2022.

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aprender e adaptar-se a novas s tuações, desenvolvendo capacidades associadas a autogestão, resolução de problemas, adaptabilidade e
exibilidade frente a novas tarefas, assumindo responsabilidades e aprendendo por si próprio e constantemente, trabalhar em grupo de
modo coopera vo e pouco hierarquizado.10 (2009, p. 22, 23)
Tais demandas nos fazem re e r sobre um caminho inevitável de formação de professoras e professores ao longo da vida,
salientando que os novos modos de aprender, potencializados pelo conjunto de tecnologias digitais, são ainda um incógnita para a grande
maioria desses e dessas pro ssionais.
Não se defende aqui, um processo forma vo atrelado apenas ao que o mercado deseja, mas que as re exões trazidas pela mídia
educação, possam apontar para caminhos de auto formação e de formação ins tucional que levem a rede a perceber a necessidade de se
atualizar e, principalmente, de potencializar suas prá cas metodológicas, com as possibilidades todas que as ferramentas digitais e suas
re exões de usos, tem a nos oferecer.

10Belloni, Maria Luiza. O que é mídia-educação/Maria Luiza Belloni - 3. ed. rev. -Campinas, SP: Autores Associados. 2009. - (Coleção polemicas do
nosso tempo: 78)

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COMO A REDE SE APRESENTA: FERRAMENTAS E PERCEPÇÕES

No segundo semestre do ano de 2022, através do NUFORT (Núcleo de Formação e Tecnologias), da Secretaria Municipal de
Educação, Cultura e Patrimônio Histórico de Porto Seguro - SEDUC, começamos a desenvolver uma pesquisa que pretendia colher
informações sobre disponibilidade e uso de celulares, computadores e internet em nossa rede, buscando saber como as pessoas que
integram o setor pedagógico da SEDUC, as gestoras e gestores das escolas, coordenadoras e coordenadores pedagógicos e professoras e
professores, se relacionam com tais elementos tecnológicos.
Para coletar essas informações, foram desenvolvidos um conjunto de formulários digitais, sendo três formulários dis ntos, com
um conjunto de perguntas dirigidas para o espaço e função em que as/os entrevistados atuam. Foram 33 retornos dos formulários
especí cos para quem trabalha na SEDUC, 194 retornos da gestão (incluindo direção e coordenação) e 723 respostas de professoras e
professores da rede. Desse modo, a pesquisa envolveu esses três segmentos: pro ssionais do Setor Pedagógico da Secretaria Municipal
de Educação - SEDUC, Gestores Escolares (compreendendo nesse documento a direção e coordenação das unidades escolares) e
professoras e professores que atuam nas salas de aula.
O resultado e análise dos dados coletados serão expostos a par r de agora.

IDADE, GÊNERO E ETNIA

Possuímos uma rede de meia idade11, eminentemente feminina, de maioria parda/preta em todas as três áreas que par ciparam da
pesquisa: SEDUC, Gestão e Docentes.

11 Faixa etária que compreende o público entre 40 e 60 anos.

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Retomamos assim as re exões trazidas por Belloni12 (2009, p. 8) sobre processo de formação con nuada para essa plêiade de
trabalhadoras e trabalhadores em educação que já possuem uma idade mais avançada, portanto fazendo parte de uma geração muito
mais associada ao disco ou CD, do que ao mp3, ao DVD do que ao streaming, assim, mais vinculadas ao analógico do que ao digital.
Penso que isso não seja um m em si mesmo, que não existe aqui uma determinação, uma inevitabilidade, mas, é necessário
estabelecer um processo de formação con nuada mais adaptado as necessidades dessa faixa etária, re e ndo enquanto Secretaria de
Educação. Mas também é necessário re e r enquanto pro ssionais da educação e, a par r da autodidaxia, estabelecer um caminho
inevitável para autoformação nessa parcela importante de pro ssionais que compõe a rede municipal de Porto Seguro.
Como potencializar toda gama de compreensões e re exões que a mídia-educação traz para as trincheiras das escolas, se o corpo
técnico que compõe esses espaços não se apropria desse conjunto signi ca vo de ferramentas e possibilidades?
Trabalhar coopera vamente com nossas alunas e alunos em sala de aula, na escola, a par r de tais ferramentas, ou es mular um
ambiente que esteja se preparando para ter uma estrutura menos hierarquizada através de autogestão, requer preparo e formação
con nuada.

12Belloni, Maria Luiza. O que é mídia-educação / Maria Luiza Bclloni - 3. ed. rev. -Campinas, SP: Autores Associados. 2009. - (Coleção polemicas do
nosso tempo: 78)

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FORMAÇÃO

Quanto a formação, descor na-se um horizonte preenchido principalmente por pedagogas/os, nos três segmentos par cipantes,
totalizando em linhas gerais, uma média superior a 60%. Já o grupo de especialistas, em média 35%, é composta por maioria da área de
humanas com média superior a 80%, seguida por exatas e biológicas.
Dessa totalidade, mais de 60% dos par cipantes da pesquisa, tem especialização, números expressivos de mestrados, em todos os
segmentos, com a incidência de doutoras/es e pós doutoras/es na Gestão e na Rede.
A rede possui maioria de concursadas/dos na SEDUC e na Gestão, com média superior a 80%, mas esse número cai quando se
trata de professoras/es, onde o total de concursados se estabelece em 55,5%, e o de contatadas/os em 44,5%.
O tempo de atuação na docência se concentra em dois blocos, sendo que uma média superior a 80% dos entrevistados que atuam
na SEDUC e na Gestão, lecionam entre 11 a 20 anos e mais de 20 anos. Esses números se ressigni cam quando analisamos os formulários
das/os docentes, em que esses números caem para um pouco mais de 60% na temporalidade acima referida e mais de 30% para quem
está na rede entre 1 a 10 anos.

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ESTRUTURA DIGITAL NA ESCOLA

Essa etapa da pesquisa foi direcionada aos par cipantes que atuam na Gestão Escolar e na docência, pois dizem respeito a
estrutura sica tecnológica existente em suas respec vas escolas.
A inexistência de computadores/desktops nas escolas está na casa de 18,5% de acordo com as respostas da gestão e em 24,4% nas
respostas de docentes. Tal situação provoca a necessidade de uma re exão dos órgãos públicos sobre tal fato, pois é complicado imaginar
o funcionamento e desenvolvimento de um conjunto signi ca vo de ações e procedimentos sem a existência desses recursos.
A maioria dos computadores existentes estão defasados e estão disponíveis nos setores da direção, coordenação e secretaria.
Ressaltamos que nas respostas emi das pela Gestão, não aparece nenhuma escola que esteja disponibilizando algum computador para
alunas/alunos, mas nas respostas de docentes, essa possibilidade aparece em 1,1%.
Sobre a existência de notebook, as respostas dos dois grupos par cipantes evidenciam sua inexistência em mais de 50% das
escolas, sendo que os existentes são classi cados como usados e/ou defasados.

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Em seguida, passamos a inves gar sobre a disponibilidade e qualidade de internet nas unidades escolares.
Gestores apontam que a internet é inexistente em 2,6% das unidades e docentes projetam esse número para 4,5%. Essa diferença
nos dados pode sinalizar que em algumas unidades escolares, pode exis r internet apenas para uso administra vo, sem disponibilidade
para os docentes.
Quando perguntado sobre o alcance dos espaços de u lização da internet, uma média de 19% de gestores e docentes sinalizam
que o uso está restrito para gestão e secretaria. Outros 19% de gestores e docentes indicam que esse uso é para gestão, secretaria e sala
de professores. Ainda 37% dos entrevistados nos dois segmentos apontam que essa disposição alcança as salas de aulas, além dos
espaços anteriormente citados. Sobre a disponibilidade para alunas e alunos, a gestão informa 13,9% e os docentes 7,9%.
Em relação ao nanciamento da internet disponível, uma média de 80% informa que a internet é paga por programas
governamentais (federal, estadual ou municipal); média de 8% aponta que são os próprios funcionários das unidades escolares que
rateiam o valor da internet entre si e em torno de 6,5% a rma que a internet é paga por parceria com en dades privadas.
Ao ques onar sobre a qualidade da internet disponível, 42,3% de gestores a rmam que a internet u lizada tem bom sinal e 51%
a rmam que o sinal é fraco. Entre docentes, 31,2% informam que o sinal é bom e 61% dizem que é fraco.

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SOBRE TECNOLOGIAS DIGITAIS E VOCÊ

Nesse tópico da pesquisa, a intenção foi inves gar sobre o acesso, qualidade e uso das tecnologias digitais pelos indivíduos
par cipes dos três segmentos.
Perguntados sobre quem possui celulares/smartphones, 100% dos pro ssionais que par ciparam pela SEDUC a rmaram
posi vamente, acompanhado por 99% de gestoras/es e docentes.
A maioria dos portadores desses equipamentos nos três segmentos inves gados, inves ram em média entre 1.000 e 2.000 reais
na aquisição. Avaliando os equipamentos disponíveis no mercado nessa faixa de valores é notório observar que tais ferramentas ofertam
possibilidades diversas para o uso pedagógico e de aperfeiçoamento pro ssional.
Em relação ao uso que é feito desses celulares/smartphones pelos par cipantes, nos três segmentos, foi evidenciado que para
além de redes sociais, compras e jogos, é uma ferramenta eminentemente usada para comunicação com a família e como instrumento de
trabalho. Esses dados nos permitem considerar que a rede já percebe o celular/smartphone como ferramenta de trabalho, cabendo,
portanto a SEDUC, enquanto órgão gerenciador dos processos de formação, ampliar a oferta de possibilidades de uso dessa ferramenta
para ns pedagógicos e aos docentes e gestores, a abertura para receber essas formações e se arriscar a u lizá-las e ainda se
disponibilizarem para trilhar seus caminhos de autodidaxia em busca dessas novas u lizações.

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Sobre o uso desses equipamentos nos ambientes de trabalho, dentre as pessoas que atuam na SEDUC 69,7% responderam que
usam bastante, 18,2% usam regularmente e 12,1% fazem pouco uso. Já na Gestão, 74,6% a rmam usar bastante, 20,5% regularmente e
4,9% usam pouco. Entre os docentes, esses dados sofrem mudanças signi ca vas, pois 26,1% a rmam usar bastante, 33% regularmente,
35% pouco e 5,6% nunca u lizam. Tal diferença entre esses usos, pode estar associada as dinâmicas de complexidade da sala de aula, com
o número maior de pessoas envolvidas, com muitos alunos que podem não dispor de equipamentos, também as questões de
disponibilidade de sinal, pois como visto anteriormente, em poucas escolas o sinal alcança esses espaços e ainda sobre as próprias
limitações técnicas dos pro ssionais envolvidos.

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No que diz respeito aos dados sobre limitações técnicas, 93,3% de gestoras/es e 84,4% de docentes apontam esse entrave para a
u lização dessas tecnologias. E 57,1% de gestoras/es classi cam principalmente problemas com a internet da escola enquanto 59,6% de
docentes fazem a mesma a rmação.

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Uma questão a respeito da percepção da presença das tecnologias digitais no co diano, trouxe unanimidade em reconhecimento
a esse fato. No entanto, quando perguntadas/os sobre a percepção de se a SEDUC acompanha essa tendência, entre os pro ssionais que
atuam nesse espaço, 50% considera que acompanha bastante, 34,4% regularmente e 15,6% acompanha pouco. Para gestoras/es e
docentes a pergunta direcionada foi se a escola acompanha essa tendência. Os primeiros consideram que 34% acompanha bastante,
42,9% regularmente, 21,5% pouco e 1,6% acredita que a escola nunca incorpora essas tecnologias digitais. Já entre os segundos, 25,5%
a rmam que a escola acompanha bastante, 41,1% regulamente, 32,3% acompanha pouco e 1,3% nunca acompanha essas tendências
tecnológicas. Ao analisar tais dados, ca evidente que as/os pro ssionais que atuam no espaço escolar, percebem menos a presença das
tecnologias nesse ambiente e essa informação deve acender uma luz de atenção, uma vez que é nesse espaço onde a grande
transformação didá ca, metodológica pode trazer maiores impactos para a aprendizagem e a vida das crianças. Não podemos também
esquecer que todos nós que atuamos na Educação, trabalhamos em função desse público, independente do espaço em que atuemos.

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Através de uma pergunta sobre habilidades básicas para o uso de programas e plataformas também considerados básicos na
atuação pro ssional (Word, Excel, Power Point, a plataforma Educa Porto e navegação na internet) alcançamos os seguintes resultados:
entre os pro ssionais que atuam na SEDUC, 97% a rmam usar o Word, 51,5% o Excel, 81,8% o Power Point, 78,8% a plataforma Educa
Porto e 97% asseguram ter habilidades para navegar na internet. Entre gestoras/es, 94,2% a rmam usar o Word, 55,6% o Excel, 59,3% o
Power Point, 93,1% a plataforma Educa Porto e 78,8% também asseguram habilidades para navegar na internet e 01 (um) gestor/a indica
não ter desenvolvido habilidades para o uso dessas ferramentas. Já entre docentes, 88% fazem uso do Word, 30,4% do Excel, 42,5% do
Power Point, 84,9% da plataforma Educa Porto e 70,2% se consideram hábeis para navegação. E 1,9% também sinaliza não terem
desenvolvido as habilidades básicas para o uso dessas ferramentas.

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Cabe novamente uma re exão sobre esse afunilamento no uso de ferramentas básicas à medida que chegamos nas escolas e nas
salas de aulas. Ferramentas essas que podem e muito favorecer a melhora do desenvolvimento do trabalho dos docentes e ainda
contribuir signi ca vamente para a aprendizagem. E, mais uma vez, podemos também associar esse resultado ao alcance e
disponibilidade dos recursos para a sala de aula como um dos fatores.
Em uma tenta va de contribuir com a disponibilidade de equipamentos pessoais para o exercício pro ssional, a Prefeitura
Municipal disponibilizou tablets para os pro ssionais de educação efe vos da rede no início de 2022. Na presente pesquisa, buscamos
compreender e avaliar como esse equipamento está sendo u lizado para ns pedagógicos e/ou metodológicos.
Perguntados sobre a curiosidade pessoal e busca de aplica vos para incrementar e auxiliar no exercício de sua função, alcançamos
quase unanimidade posi va nos três segmentos contemplados na pesquisa. Porém quando as perguntas se voltam para o uso efe vo na
ação prá ca, os resultados se invertem, pois, em média, 41,3% dos pro ssionais que atuam na SEDUC pouco ou nunca u lizaram o tablet
para reuniões. Essa mesma contradição também está presente na escola, uma vez que entre gestoras/es 26,6% pouco ou nunca u lizaram
o equipamento para reuniões ou formações on-line e 31,2% pouco ou nunca o u lizaram para desenvolver a vidades pedagógicas. Entre
docentes, 41,5% pouco ou nunca u lizou o tablet para reunião ou formação on-line e 48,6% pouco ou nunca u lizou para desenvolver
a vidades pedagógicas. Esses dados revelam que apesar de ter uma ferramenta à disposição, de a rmarem que existe curiosidade e
pesquisas sobre o uso, esse uso efe vo ainda pode e deve ser melhorado.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Os maus, sem dúvida, entenderam alguma coisa que os bons ignoram.”
Woody Allen

Usando essa epígrafe, Giuliano Da Empoli, abre seu livro “Os Engenheiros do Caos”13, que ao longo dessa leitura necessária, nos
es mula a pensar e re e r sobre o enorme poder que emana por trás das redes sociais, onde uma nova propaganda acaba por se
alimentar, principalmente de emoções nega vas, garan ndo assim, maior par cipação, maior engajamento, produzindo poder e sucesso,
além de muita manipulação, sob rastros das fake news e das teorias da conspiração.
Esses novos elementos acabam compondo uma necessária travessia intelectual que nos permita entender os novos ares dessa
modernidade líquida, parafraseando Bauman e como ela diz respeito diretamente as nossas vidas.
E a escola, a educação, está no olho desse furacão e sendo assim, também cabe a quem compõe as estruturas que pensam e
fazem educação, re e r e provocar re exão sobre essa temá ca que afeta diretamente nossas vidas polí cas, par culares, econômicas ou
sociais.
Martha C. Nnussbaum, em "Sem ns lucra vos - por que a democracia precisa das humanidades”, nos envolve na tese de que a
educação vive um momento de crise, onde os sistemas de educação estão descartando habilidades valiosas e indispensáveis para manter
a democracia viva, indicando que se permanecermos nessa trajetória, estaremos produzindo “gerações de máquinas lucra vas em vez de

13 Empoli, Giuliano Da. Os engenheiros do caos / Giuliano Da Empoli; tradução Arnaldo Bloch. -- 1. ed. -- São Paulo: Vestígio, 2019.

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produzirem cidadãos íntegros”14, a rmando também que a educação não é ú l apenas para a cidadania, que prepara também para o
mundo do trabalho e para aquilo que ela julga fundamental: preparar para uma vida que tenha sen do.
Penso que é exatamente essa vida com sen do que deve promover em nós, aquelas e aqueles que trabalham e acreditam no
poder transformador da educação, a vontade deliberada de encontrar novos rumos e valorizar rumos já conhecidos, nesse processo sem
m que é pensar, fazer e sen r educação.
Esse conjunto signi ca vo de análise de dados que produzimos nas úl mas páginas, nos leva a perceber que falta muito para
construirmos uma escola “digital” ideal, a começar por nossa infra estrutura incipiente, onde, por exemplo, existem ainda inúmeras
escolas que não possuem internet. Imagine, em plena era do conhecimento em rede, não exis r internet, ou exis r internet de baixa
qualidade nas escolas, nos dá uma dimensão do quão absurdo isso se mostra.
Não devemos re rar das nossas alunas e alunos, da Rede Municipal de Educação, a oportunidade de adquirir habilidades e
competências para as novas frentes de trabalho que já emergem, já estão entre nós, sem o proseli smo de que serão as pro ssões do
futuro. O futuro é agora! E pensando por esse prisma, falta muito ainda para que a nossa rede esteja fazendo seu papel de maneira ideal,
quando pensamos em uma escola digital, inclusiva e transformadora.
A nós trabalhadoras e trabalhadores em educação, um chamado: vamos cobrar do poder público, mas vamos também nos apossar
de nossa autodidaxia e construir também em nós tais habilidades e competências para que essa educação das tecnologias digitais, das
TIC’s, já existentes em alguns nichos públicos comece a se tornar, aos poucos, real para nossa rede, nos re rando desse anacronismo
perverso que busca nos manter numa época anterior a que já estamos.
Vamos?

14 NNUSSBAUM, Martha C. Sem fins lucrativos - por que a democracia precisa das humanidades. S o. Paulo- WMF Martins Fontes, 2015.

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CEMPEC: CENTRO MUNICIPAL DE PESQUISA,
EDUCAÇÃO E CULTURA
O CEMPEC é uma autarquia ligada a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico,
desenvolvendo ações nas áreas de pesquisa, Educação e Cultura. Na área de pesquisa oferece apoio a estudantes em
todos os níveis de ensino, além de fomentar projetos próprios como o "Buranheim" e o "Primavera Pau- Brasil",
voltados a questões ambientais.
Integra o CEMPEC a Biblioteca Municipal de Porto Seguro, que possui um acervo de aproximadamente 11 mil livros e
no momento atende a aproximadamente 900 usuários.
Na área educacional, funciona como uma escola de artes e oferece cursos para crianças, jovens e adultos, nos três
turnos. Dentre os cursos oferecidos em 2023 destacamos dança, teatro, música (violão, ukulele e canto coral, artes
plás cas e visuais, inglês, italiano, espanhol, redação e criação poé ca.
O CEMPEC desenvolve ainda formação docente nas áreas especí cas de arte, além de palestras, seminários, rodas
de conversa em parceria com UFSB, FNSL, Academia de Letras de Porto Seguro e outras ins tuições.
Na área cultural é desenvolvida proposições nas diversas áreas da arte, para serem apresentadas às escolas e
comunidade, e em espaços culturais diversos , além de oferecer apoio com orientações sobre desenvolvimento de
projetos a novos grupos que surgem na cidade.
No âmbito internacional foram desenvolvidos projetos nas três áreas, pesquisa, educação e cultura, em Portugal e
Espanha.
O CEMPEC ainda oferece apoio ao Coral Municipal de Porto Seguro, no desenvolvimento das suas a vidades..

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BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia-educação / Maria Luiza Bclloni - 3. ed. rev. -Campinas, SP: Autores Associados.
2009. - (Coleção polemicas do nosso tempo: 78)

BÉVORT, Evelyne; BELLONI, Maria Luiza. Mídia-Educação: conceitos, histórias e perspectivas Educ. Soc., Campinas,
vol. 30, n. 109, p. 1081-1102, set./dez. 2009 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br> p. 1098/1099.

Brasil. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resultados do IDEB 2021.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/ 14 areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb/resultados.
Acesso em: 03 de jan. de 2023.

BRASIL. Lei n° 13.005, de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação – PNE EM MOVIMENTO. Diário Oficial
daUnião, Brasília, DF. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Plataforma de Avaliações Diagnóstica e Formativa: Plataforma CAED/UFJF.


Disponível em: https://10plataformadeavaliacaomonitoram ento.caeddigital.net/#!/pagina-inicial. Acesso em: 03/01/2023.

BRASIL. Plano Nacional de Educação. Centro de Documentação e Informação. Coordenação de Publicações.


Brasília:2015.

EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos / Giuliano Da Empoli; tradução Arnaldo Bloch. -- 1. ed. -- São
Paulo:Vestígio, 2019.

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FANTIN, Monica. Mídia-educação: conceitos, experiências, diálogos Brasil-Itália / Monica Fantin. -
Florianópolis:Cidade Futura, 2006.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Ireneu da Costa. São Paulo : Ed. 34, 1999. 260p. (Coleção TRANS).

NNUSSBAUM, Martha C. Sem fins lucrativos - por que a democracia precisa das humanidades. São.
Paulo- WMFMartins Fontes, 2015.

Porto Seguro. Secretaria de Educação, Cultura e Patrimônio Histórico (SEDUC). Atas das Unidades de Ensino,
ano base2021. Setor: Escriturário da SEDUC. Porto Seguro, 2021.

PORTO SEGURO. Lei nº 1.040/2015, de 19 de junho de 2015. Plano Municipal de Educação de Porto Seguro.

PREFEITURA DE PORTO SEGURO. Informações dos Setores Contábil, Recursos Humanos, Administrativo,
Pedagógico, Censo Educacional e Controle Interno e Secretaria Municipal de Educação, 2022.
RIVOLTELLA, Pier Cesare. Screen Generation. Gli adolescenti e le prospettive dell’educazione nell’età dei
media digitali. Vita e Pensiero, Milano: 2006. Tradução de Ilana Eleá Santiago.

UNESCO. Policy Guidelines for Mobile Learning. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura (UNESCO). Paris, France, 2013. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000227770. Acessado em: 15 de dezembro de 2022.

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SITES UTILIZADOS PARA CONSULTA E PESQUISA
htp://ideb.inep.gov.br/ htp://pne.mec.gov.br/
htp://portal.inep.gov.br/web/guest/indicadores-educacionais
htp://simec.mec.gov.br/login.php htp://www.saude.ba.gov.br/suvisa/ htps://cidades.ibge.gov.br/
htps://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/florianopolis/pesquisa/38/47001?�po=ranking htps://educa.ibge.gov.br/
htps://inepdata.inep.gov.br/analy�cs/saw.dll?Dashboard htps://observatoriodopne.org.br/
htps://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pnad htps://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2600:1::MOSTRA:NO:RP
htps://www.fnde.gov.br/index.php/fnde_sistemas/siope/relatorios/relatorios-municipais
https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2600:1::MOSTRA:NO:RP
https://www.fnde.gov.br/index.php/fnde_sistemas/siope/relatorios/relatorios-municipais
https://www.fnde.gov.br/siope/consultarRemuneracaoMunicipal.do?
acao=pesquisar&cod_uf=42&municipios=120001&anos=2020&mes=0
htps://www.gov.br/i htps://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/inep-data/consulta-matricula
htps://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-esta�s�cas
htps://www.ibge.gov.br/esta�s�cas/sociais/populacao/9103-es�ma�vas-de-populacao.html?=&t=downloads
htps://www.ibge.gov.br/esta�s�cas/sociais/trabalho/17270-pnad-con�nua.html?=&t=o-que-e
https://www.fnde.gov.br/siope/consultarRemuneracaoMunicipal.do?
acao=pesquisar&cod_uf=42&municipios=120001&anos=2020&mes=0
htps://www.gov.br/i htps://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/inep-data/consulta-matricula
htps://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-esta�s�cas
htps://www.ibge.gov.br/esta�s�cas/sociais/populacao/9103-es�ma�vas-de-populacao.html?=&t=downloads
htps://www.ibge.gov.br/esta�s�cas/sociais/trabalho/17270-pnad-con�nua.html?=&t=o-que-e

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GRUPO DE TRABALHO DO ANUÁRIO 2022/2023

Epaminondas Lima de Souza Barbosa de Castro – Diretor

Alcyone Gilberto de Brito Vieira / Help – Coordenador


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,
CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Ana Paula Lima da Silva, Grace Brasileiro, Sandra Helena Caires – Educação Infan�lAna Léia Teodoro da Silva –
Revisão e Termo de Referência
Saulo Oliveira da Silva, Núbia Yuri de Paula Matsui– Diagnós�co da Rede Anos IniciaisWilson da Silva Rocha,
Glicimeire Aquino F. dos Santos, Neiva Cris�ane Santos de O. Feitosa – Diagnós�co da Rede Anos Finais
Danillo Palmeira, Daniela Amorim – Educação Especial Inclusiva
Alcyone Gilberto de Brito Vieira / Help – Anacrônico, Analógico e Digital: ainda sobredados
Marcos Oliveira de Queiroz – PPP / Projeto Polí�co Pedagógico
Edro de Aquino Tenório – Índice– Índice de Desempenho da Educação Básica - IDEB Gildânia Silva Gallina – Apoio
Técnico e Termo de Referência

Ian Freitas de Souza, Ranya Miranda - PME / Plano Municipal de Educação 2015/2025

- Oito Anos de quê?

Alcyone Gilberto de Brito Vieira / Help – Formatação e Diagramação

Imagens

www.br.freepik.com

www.pexels.com

www.pixabay.com

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“Mas é preciso, sublinho, que o educador, “Todo sistema de educação é uma maneira
permanecendo e amorosamente cumprindo o seu política de manter ou de modificar a
dever, não deixe de lutar politicamente, por seus apropriação dos discursos, com os saberes e os
direitos e pelo respeito à dignidade de sua tarefa, poderes que eles trazem consigo” (Michel Foucault)
assim como pelo zelo devido ao
espaço pedagógicoem que atua” (Paulo Freire)
“O que as paredes pichadas tem pra me dizer?
O que os muros sociais tem pra me contar?
Porque aprendemos tão cedo a rezar?
Porque tantas seitas têm aqui seu lugar?
É só regar os lírios do gueto que
o Beethoven Negro vêm pra se mostrar!
Mas o leite suado é tão ingrato, que as gangues
Vão ganhando cada dia mais espaço.” (O Rappa)

“Em todas as épocas, o conhecimento


“As pessoas educam para a competição e
foi avaliado com base em sua capacidade
esse é o princípio de qualquer guerra. de representar fielmente o mundo.
Quando educarmos para cooperarmos e Mas como fazer quando o mundo
sermos solidários uns com os outros, muda de uma forma que desafia
nesse dia estaremos a educar constantemente a verdade do saber
para a paz” (Marta Montessori) existente, pegando de surpresa até os
mais ‘bem-informados’?” (Zygmunt Bauman)

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