Currículo Língua Inglesa

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Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

Orientações Didáticas
do Currículo da Cidade

ENSINO FUNDAMENTAL Língua Inglesa


Prefeitura da Cidade de São Paulo
Bruno Covas
Prefeito

Secretaria Municipal de Educação


Alexandre Schneider
Secretário Municipal de Educação

Daniel Funcia de Bonis


Secretário Adjunto

Fatima Elisabete Pereira Thimoteo


Chefe de Gabinete
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

Orientações Didáticas
do Currículo da Cidade

Língua Inglesa

São Paulo | 2019


COORDENADORIA PEDAGÓGICA - COPED EQUIPE DE COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO
Minéa Paschoaleto Fratelli - Coordenadora COORDENAÇÃO GERAL
Carla da Silva Francisco
ASSESSORIA TÉCNICA - COPED Wagner Barbosa de Lima Palanch
Fernanda Regina de Araujo Pedroso Minéa Paschoaleto Fratelli
Tânia Nardi de Pádua
ASSESSORIA PEDAGÓGICA GERAL
DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – DIEFEM Fernando José de Almeida
Carla da Silva Francisco - Diretora
EQUIPE TÉCNICA – DIEFEM CONCEPÇÃO E ELABORAÇÃO DE TEXTOS
Cíntia Anselmo dos Santos LÍNGUA INGLESA
Daniela Harumi Hikawa
Daniella de Castro Marino Rubio ASSESSORIA
Felipe de Souza Costa Adriana Ranelli Weigel
Heloísa Maria de Morais Giannichi Glaucia d’Olim Marote Ferro
Hugo Luís de Menezes Montenegro
Humberto Luis de Jesus EQUIPE TÉCNICA - SME
Karla de Oliveira Queiroz Maria Alice Machado da Silveira
Kátia Gisele Turollo do Nascimento Felipe de Souza Costa
Lenir Morgado da Silva
Paula Giampietri Franco
Rosangela Ferreira de Souza Queiroz PROJETO EDITORIAL
Yara Dias da Silva
CENTRO DE MULTIMEIOS
NÚCLEO TÉCNICO DE CURRÍCULO – NTC Magaly Ivanov - Coordenadora

Wagner Barbosa de Lima Palanch - Diretor NÚCLEO DE CRIAÇÃO E ARTE - Editoração e Ilustração
Ana Rita da Costa - Projeto gráfico
EQUIPE TÉCNICA – NTC Angélica Dadario
Adriana Carvalho da Silva Cassiana Paula Cominato
Carlos Alberto Mendes de Lima Fernanda Gomes Pacelli
Claudia Abrahão Hamada Joseane Alves Ferreira
Clodoaldo Gomes Alencar Junior
Pesquisa Iconográfica
Edileusa Andrade de Carvalho Araújo Costa
Eliete Caminhoto
Márcia Andréa Bonifácio da Costa Oliveira
Maria Selma Oliveira Maia Fotos Capa
Mariângela do Nascimento Akepeu Daniel Arroyo da Cunha
Monica de Fátima Laratta Vasconcelos Enzo Maia Boffa
Nágila Euclides da Silva Polido Magaly Ivanov
Regina Célia Fortuna Broti Gavassa Paula Letícia de Oliveira Floriano
Silvio Luiz Caetano
Tânia Tadeu
Vera Lúcia Benedito
Viviane Aparecida Costa

CC S
BY NC SA

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2.ed. – São Paulo : SME / COPED, 2019. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo recorre a diversos meios para
localizar os detentores de direitos autorais a fim de solicitar autorização para
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vigente. Caso tenha ocorrido equívoco ou inadequação na atribuição de autoria de
Bibliografia alguma obra citada neste documento, a SME se compromete a publicar as devidas
alterações tão logo seja possível.
1.Educação – Currículo. 2.Ensino Fundamental. 3.Inglês
– Orientação didática. I.Título. Disponível também em: <http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br>

Consulte o acervo fotográfico disponível no Memorial da Educação Municipal da


CDD 375.001
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Memorial-da-Educacao-Municipal
Código da Memória Técnica: SME173/2018 Tel.: 11 5080-7301 e-mail: [email protected]
Elaborado por Patrícia Martins da Silva Rede – CRB-8/5877
Educadores e
Educadoras,
Dando continuidade ao processo de implementação do Currículo da Cidade, estas Orientações
Didáticas constituem-se como mais um desdobramento de toda a discussão e proposição de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento. Nesse sentido, este documento apresenta possibilidades de trabalhos
com esses objetivos sem, no entanto, limitar o poder criativo de cada professora e professor em nossa Rede.
As Orientações Didáticas não foram pensadas de modo complementar ao Currículo da Cidade,
mas constituintes desse documento, que abarca diversos saberes e que tem, como principal finalidade,
garantir a aprendizagem de estudantes no Município de São Paulo.
Para tanto, não perdemos de vista os princípios que visam à garantia da: equidade, colabora-
ção, continuidade, relevância, contemporaneidade, educação integral e, como não poderia deixar de
ser, da educação inclusiva, que pressupõe o respeito e a valorização da diversidade, a qual nos constitui
como sujeitos e cidadãos de uma cidade multifacetada.
Assim, os documentos orientadores fazem parte de uma coleção que comporá a formação con-
tinuada de profissionais da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, à medida que apresenta discussões
importantes para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento ganhem vida e passem a ser
uma realidade possível na ação docente.
É importante dizer que, nas páginas das Orientações Didáticas, o professor e a professora en-
contrarão pontos de partida e sugestões de trabalho, mas não “receitas”, pois entendemos que – numa
cidade tão complexa como a nossa – as realidades locais são levadas em consideração. Nosso esforço
está centrado no sentido de empreender estratégias e na proposição de possibilidades para que estu-
dantes da cidade continuem aprendendo.
Por falar em aprendizagem, o foco maior de nossas ações, organizamos a coleção de Orienta-
ções Didáticas por área e por componente curricular: Linguagens (Arte, Educação Física, Língua Inglesa
e Língua Portuguesa), Matemática, Ciências da Natureza (Ciências Naturais) e Ciências Humanas (Ge-
ografia e História), Tecnologia para Aprendizagem. Cada volume compreende discussões orientadoras
do 1º ao 9º ano. A novidade, desta vez, é que há um documento especialmente elaborado para a Co-
ordenadora e o Coordenador Pedagógico.
Para além dessa organização, foram pensados aspectos que entrecruzam todos os componentes
curriculares, ou seja, que visam à Matriz de Saberes. Portanto, propomos orientações que considerem: o
pensamento científico, crítico e a criatividade; a resolução de problemas; a comunicação; o autoconheci-
mento e o cuidado; a autonomia e a determinação; a abertura à diversidade; a responsabilidade e a partici-
pação; a empatia e colaboração e o repertório cultural.
Finalmente, nosso desejo é que as Orientações Didáticas fortaleçam os Projetos Político-Pe-
dagógicos, redimensionem olhares para discussões mundiais, como os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, e que, sobretudo, continuem a garantir a aprendizagem de estudantes.
Bom trabalho!

Alexandre Schneider
Secretário Municipal de Educação
Matriz de
Saberes

Saber mais
Língua Inglesa

Sumário

7 Apresentação

9 Introdução

13 Dimensão Intercultural

19 Práticas de Linguagem Oral – Produção e Escuta

27 Práticas de Leitura de Textos

39 Práticas de Análise Linguística

47 Práticas de Produção de Textos Escritos

54 Proposta de Integração de Eixos – Sugestões



Língua Inglesa

Apresentação

Este caderno de Orientações Didáticas do Currículo da Cidade busca dar


continuidade aos processos de orientação e desenvolvimento curricular já iniciados
na Rede, que originaram o Currículo da Cidade – Língua Inglesa, especialmente
no que se refere aos ciclos, eixos estruturantes e aos conceitos delineados em do-
cumentos anteriores em relação ao trabalho com a linguagem e a Língua Inglesa.
Essas aproximações fizeram parte do processo de atualização curricular
confirmando pontos comuns na composição do currículo de Língua Inglesa da Se-
cretaria Municipal de Educação de São Paulo – SME-SP, em que se destacam como
princípios básicos: a concepção de linguagem como prática social, a perspectiva
dos (multi)letramentos, a visão de inglês como língua franca e os conceitos de
multiculturalidade, plurilinguismo e, principalmente, interculturalidade.
Destaca-se a elaboração de orientações para o Ensino Fundamental I, de
modo a atender às características do contexto de ensino da Rede. Com isso, o Cur-
rículo da Cidade de Língua Inglesa dá um passo à frente em relação às orientações
hoje existentes, uma vez que poderá oferecer subsídios para outras proposições de
oferta da Língua Inglesa ao longo de todo o Ensino Fundamental.
Portanto, também foram consideradas orientações e propostas em desen-
volvimento nos três ciclos da Rede, com resultados bastante positivos. Esse diag-
nóstico e reflexão sobre as práticas já em andamento, bem como o que se pretende
buscar para a melhoria do ensino na Rede nos próximos anos, constituem-se como
referência importante na elaboração deste documento.

Bom trabalho aos professores!

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Introdução
Conforme apresentado no Currículo de Língua Inglesa para a Cidade de
São Paulo, princípios e concepções considerados no componente “Língua Ingle-
sa” em documentos anteriores serão retomados, e serão estabelecidas conexões
com o documento elaborado nesse momento. Essa reconstrução histórica servirá
como pano de fundo para esta nova etapa, com a garantia de continuidade de um
percurso que vem sendo construído. Portanto, muitos dos princípios orientadores
aqui considerados já fazem parte das práticas desenvolvidas pelos professores em
suas aulas, que podem ser retomados, consagrados e articulados em função dos
eixos estruturantes e dos ciclos previstos para o Ensino Fundamental nas escolas
da Capital.
Um desses princípios, o que diz respeito à concepção de aprendizagem da
Língua Inglesa em práticas sociais de linguagem, é também seguido no ensino de
Português, língua materna de boa parte de nossos estudantes.
Assim, é nessa perspectiva de integração, de língua em uso, auxiliada pela
possibilidade de ampliação da comunicação em Língua Inglesa, especialmente nos
contextos de uso digital e multimodal das linguagens e pela consequente utilização
do Inglês no mundo global, em que as relações entre língua, território e cultura são
necessariamente redimensionadas e reconstruídas, que as indicações aqui presen-
tes serão sugeridas. Essa orientação permite que os princípios norteadores do cur-
rículo preconizem, efetivamente, a incorporação de papéis e dimensões coerentes
com o que hoje vivemos no mundo (global, quase sem fronteiras), na comunicação
(com novos percursos de acesso, de conhecimentos e de participação social – mes-
mo que limitados a poucos) e na cultura (com vistas à integração, desvinculada da
noção de pertencimento, voltada para um contexto inter/multicultural). Essas são
algumas das particularidades da sociedade atual, que nos levam ao tratamento do
currículo como um organismo vivo, orgânico, adaptável às características do grupo
e da comunidade da escola ou fora dela, bem como voltado para o reconhecimen-
to e o respeito às diferenças e, especialmente, formativo de identidade(s), de pes-
soas preparadas para as exigências do mundo contemporâneo, com consciência
crítica e autônoma.
Estabelecem-se, portanto, a partir desse panorama atual de educação lin-
guística consciente, crítica, abrangente e socialmente determinada, as considera-
ções a serem feitas em relação aos princípios adotados e suas implicações para
o ensino atual da Língua Inglesa. Em suma, como já enfatizado, considerações e
princípios que:
yy compreendem a prática escolar como prática situada e, com isso, es-
truturam a atividade docente a partir do planejamento e da busca

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

de possibilidades a respeito de “o quê” e “por que” ensinar a Língua


Inglesa, em processo dialógico que considera e respeita o contexto de
ensino, seus participantes e objetivos;
yy legitimam o ensino da língua como prática social e a perspectiva pluri-
linguística e inter/transcultural da linguagem;
yy justificam a opção de tratamento do Inglês como língua franca ressig-
nificada, prestando-se para o agenciamento crítico nas novas mobiliza-
ções sociais;
yy admitem o hibridismo e a multiplicidade das formas de comunicação
pela língua e, desse modo, a “desestrangeiriza”;
yy indicam a necessidade e importância do trabalho pedagógico a partir
da visão ampliada, não fragmentada e integrada de conhecimento e
informação, potencializando novos contatos e aproximação com práti-
cas diversificadas da língua, especialmente do universo digital, exigin-
do orientação da aprendizagem voltada para os multiletramentos e as
multimodalidades (ou multissemioses);
yy valorizam a interculturalidade, a aproximação, o diálogo, as relações de
troca entre sujeitos, povos e culturas e o respeito à diversidade;
yy incentivam a integração entre os componentes da área de Linguagens
bem como entre os das demais áreas;
yy garantem o trabalho pedagógico como trajetória ao longo do Ensino
Fundamental em ciclos, com focos de ação diferenciados em cada um
deles. No entanto, o foco no brincar, no intervir e no investigar, pró-
prios de cada um dos ciclos, não exclui possibilidades de ocorrências de
características de um ciclo no outro;
yy pressupõem a integração das quatro habilidades comunicativas (escu-
tar, falar, ler e escrever), superando a visão de ensino isolado dessas
habilidades e a inclusão de outras igualmente importantes para as prá-
ticas sociais do mundo contemporâneo, tais como o compor, o pensar,
o sentir, o agir;
yy consideram os eixos estruturantes Recepção e Experimentação, Explo-
ração e Reflexão, Criação e Transformação, sua natureza e função para
a consolidação das práticas de linguagem e dos direitos da aprendiza-
gem da Língua Inglesa, já estabelecidos.
Como resultado dessas concepções e da sintonia entre elas, será apresen-
tada, a seguir, a proposta de organização curricular distribuída em quadros dos
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento comuns para cada um dos ciclos. A
apresentação dos quadros será feita considerando os eixos articuladores do currí-
culo, com perspectivas de articulação e integração entre eles, apesar de apresenta-
dos individualmente.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa
Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Para a articulação de temas e conteúdos Esse olhar para o outro permite


trabalhados ao longo do Ensino Fundamental, o também que os estudantes possam, ao
comparar essas diferentes representa-
presente documento sugere como ponto central o ções, conhecerem-se, em um processo
tema “Identidade e Diversidade”, escolhido como de distanciamento de si que provoca a
um “hipertema” que reflete, de forma abrangen- reflexão sobre suas identidades, suas sin-
te, os princípios, os conceitos e a visão de todo o gularidades. Nesse sentido, causa empa-
tia, favorece o respeito, a aceitação do
processo de aprendizagem da Língua Inglesa atra- outro, uma visão de que a diversidade
vés e ao longo dos ciclos. Essa sugestão do grupo é característica natural do ser huma-
tem como objetivo apenas auxiliar o professor de no. Também abre brechas para que o
plurilíngue, existente no mesmo idioma
Língua Inglesa a visualizar o trabalho pedagógico
como em outras línguas, configure as
a partir da articulação entre os eixos organizado- vivências em Língua Inglesa e contribua
res, unidades temáticas a serem propostas e habi- para a conscientização e ampliação lin-
lidades a serem desenvolvidas. guística das crianças.

No decorrer do texto há quadros intitula-


dos “Saber mais” que têm como objetivo apresentar sugestões que podem con-
tribuir com o planejamento e a organização didática do professor, e a aprendi-
zagem dos estudantes.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Dimensão Intercultural

O eixo dimensão intercultural tem por objetivo explicitar conteúdos rela-


tivos a conhecimentos acerca de como diferentes povos e culturas representam a
realidade do mundo e vivem essas realidades. Além disso, engloba especialmente
conhecimentos afetivos e atitudinais voltados para uma formação que leva em
consideração os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) voltados para a redução de
O pensamento crítico permite
desigualdades, para a paz, a justiça, e também o ao estudante “observar, questionar,
bem-estar. Esse eixo é o que está mais intrinseca- investigar causas, elaborar e testar hi-
mente relacionado à visão ressignificada de Lín- póteses; refletir, interpretar e analisar
ideias e fatos em profundidade; produ-
gua Inglesa como língua franca, já apresentada zir e utilizar evidências” (SÃO PAULO,
na primeira parte deste documento, ao conceito 2017, p.33).
de multiculturalidade e também de plurilinguis- Por isso a importância de o professor
mo, ambos retomados no Currículo da Cidade planejar ações em que estejam presen-
de Língua Inglesa. tes esses procedimentos, elucidando-os
aos estudantes, para que passem a uti-
Iniciamos a apresentação dos eixos pela lizar, com maior frequência, tais ações
dimensão intercultural por duas razões: primei- cotidianamente.
ramente porque se trata de um eixo que abarca
o potencial para ser o fio condutor, articulador de
propostas pedagógicas (sequências didáticas e projetos, por exemplo) que via-
bilizam o trabalho integrado dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
listados em todos os outros eixos. Segundo, porque articula-se, do ponto de vista
temático, com a Matriz de Saberes proposta pelo Currículo da Cidade, principal-
mente abertura à diversidade (abrir-se ao novo, respeitar e valorizar diferenças, e
acolher a diversidade), empatia e colaboração (especialmente no que tange consi-
derar a perspectiva e os sentimentos do outro), bem como com os 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), incorporados pela Rede como temas inspi-
radores a serem trabalhados em todos os componentes curriculares ao longo dos
ciclos, e em toda a educação básica.
O trabalho com essa dimensão permite acolher, reconhecer e valorizar a di-
versidade cultural, respeitar a cultura do outro e, sobretudo, favorecer o diálogo entre
culturas, uma vez que, por meio da Língua Inglesa, se (re)conhece a existência de ou-
tras possibilidades de ver o mundo e de representá-lo por meio de outras linguagens.
É importante considerar que, diante da realidade atual da Rede, na qual se
fazem presentes estudantes oriundos de diferentes culturas e falantes de Inglês e de
outras línguas (como o Espanhol, o Árabe, dentre outras), torna-se fundamental
que o professor desenvolva uma competência multicultural. Como nos lembram

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Weinstein, Tomlinson-Clarke e Curran (2004), essa sensibilidade é essencial para


que o professor conduza o processo de ensino-aprendizagem de grupos de estu-
dantes oriundos de diferentes culturas, não apenas compreendendo como diferen-
tes comportamentos e atitudes devem ser interpretados, mas também de modo
a apoiar esses estudantes no desenvolvimento de habilidades interpessoais. Esse
procedimento tem por finalidade também fazê-los viver de modo mais adequado
em sua nova realidade e cultura e, assim, sentirem-se acolhidos e inseridos na co-
munidade.
No Ciclo de Alfabetização, os objetos de conhecimento foram selecionados
de modo a serem condizentes com o enfoque no brincar e nas atividades sociais e
gêneros textuais/discursivos típicos dessas atividades (contação de histórias, brinca-
deiras, canções). Por isso, no 1º ano, exploram-se brincadeiras infantis ao redor do
mundo; no 2º ano, o conhecimento de histórias infantis ao redor do mundo, com
um enfoque multicultural e multilíngue, e no 3º ano, busca-se, de modo mais foca-
lizado e aprofundado, conhecer histórias infantis típicas de países anglófonos. Tra-
ta-se, nesse ano, de deslocar o olhar tradicionalmente focado em países de variantes
hegemônicas do Inglês para países onde essa língua se instaurou principalmente de-
vido a processos de colonização. Esse objeto de conhecimento é fundamental para
que o desenvolvimento do pensamento crítico seja iniciado, em outras palavras, a
sensibilização para questões sobre a relação entre poder, identidade, cultura encon-
tram, nesse objeto, um terreno fértil para ser explorado com os estudantes.
No Ciclo Interdisciplinar, cujo enfoque está no investigar as diversas mo-
dalidades de ler o mundo, os objetos selecionados permitem que os estudantes se
engajem em projetos de pesquisa sobre um espaço importante de suas vidas – a
escola, e como ela é em diferentes países/culturas, num exercício de compara-
ção crítica entre realidades diversas. A perspectiva de investigação interdisciplinar
continua no objeto de conhecimento que convida os estudantes a observarem a
presença da Língua Inglesa em suas atividades cotidianas e materiais/produtos (jo-
gos eletrônicos, brinquedos, desenhos animados, na história e em textos falados,
cantados e escritos). Como podemos observar nos objetivos do 4º e do 5º ano:

EF04LI13
Reconhecer palavras e/ou expressões em inglês presentes nos usos de diferentes for-
mas de linguagem em atividades cotidianas dos estudantes (ao brincar com ou sem
jogos eletrônicos, ao assistir desenhos animados, entre outros).

EF05LI17

Reconhecer alguns símbolos e produtos de diferentes culturas (artes visuais, arquite-


tura, dança, teatro, cinema, entre outros) por meio da Língua Inglesa.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

As crianças podem, num viés lúdico, agir como “detetives em ação” e cons-
truir, com a mediação do professor, um grande painel de verificação sobre como
a Língua Inglesa se faz presente no cotidiano, expressa nos objetivos do 6º ano:

EF06LI16
Reconhecer a presença da Língua Inglesa na sociedade brasileira/comunidade
(palavras, expressões, portador e esferas de circulação e consumo) e seu significado,
valorizando o hibridismo e o plurilinguismo.

EF06LI17

Conhecer elementos/produtos culturais de países de Língua Inglesa absorvidos pela


sociedade brasileira/comunidade.

Outras línguas estrangeiras também podem fazer parte dessa investigação,


em uma perspectiva multilíngue e, nesse sentido, importa conversar com os estu-
dantes sobre os possíveis motivos pelos quais essa presença (da Língua Inglesa e
potencialmente outras línguas) acontece, levando-os a desenvolver o pensamento
crítico, um dos objetivos expressos na Matriz de Saberes do Currículo
da Cidade, como indicado.
Língua No final do Ciclo Interdisciplinar (6º ano) e nos três
Portuguesa anos do Ciclo Autoral, os objetos de conhecimento bus-
- Para promover cam ampliar e aprofundar especialmente o desenvol-
CONEXÕES

a reflexão sobre a
vimento do pensamento crítico por meio do estudo
presença da Língua
Inglesa no cotidiano, é da presença da Língua Inglesa (e outras línguas)
possível usar HQs (por em diferentes produtos culturais e espaços (por
exemplo, da Turma da exemplo, no supermercado em embalagens de
Mônica) e/ou tiras (da produtos, nas ruas e letreiros de lojas, em vestu-
Mafalda e do Baldo, por ário, nos vídeos, revistas, propagandas e outros).
exemplo) nas quais o uso
Cabe aqui trabalhar pedagogicamente com uma
de estrangeirismos apare-
cem de modo a propor problematização a respeito da diversidade cultu-
uma reflexão sobre a per- ral, que não deve ser entendida como a negação
tinência de seus usos e do conflito e, ingenuamente, nos levar a validar,
que valores são a eles por exemplo, relações de poder opressoras, em prol
atribuídos. Vale a da “tolerância à diversidade cultural”. Como bem ex-
pena pesquisar.
plica Rocha (2012), é importante que o professor, ao
desenvolver o trabalho dentro de um enfoque multi/inter-
cultural, fique atento para não deixar que “as desigualdades,
causadas pela discriminação social, passem a ser vistas como ‘dife-
renças culturais’, totalmente desvinculadas de dinâmicas sociais que, na verdade, as
(re)produzem” (p. 142-143).

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Na progressão para o 7º ano e passagem para um novo ciclo, os objetos


de conhecimento e o enfoque no intervir possibilitam que os estudantes, de modo
criativo e autoral, produzam conhecimento em projetos nos quais haja o reconhe-
cimento da variação linguística como manifestação da forma de pensar e expressar
o mundo por diferentes falantes, no sentido de legitimar usos locais da Língua
Inglesa, superando a dicotomia entre falantes nativos e não nativos. Nessa etapa
da escolarização e de progressão dentro do componente, os estudantes, com um
repertório linguístico mais ampliado, podem explorar modos de falar em Língua
Inglesa com vistas a refutar preconceitos linguísticos.
No 8º ano, a criação e uso inventivo da Língua In-
Ao trabalhar com o repertório cul- glesa também está assegurado pelo objeto de co-
tural, o professor permite que os es- nhecimento que explora as manifestações cultu-
tudantes “ampliem e diversifiquem suas
possibilidades de acesso a produções rais e a comunicação intercultural. Pelo trabalho
culturais e suas experiências emocionais, mais focalizado com as artes plásticas e visuais, a
corporais, sensoriais, expressivas, cogni- literatura, a música, o cinema, a dança, as festi-
tivas, sociais e relacionais, desenvolven- vidades, os estudantes devem reconhecer a língua
do seus conhecimentos, sua imaginação,
criatividade, percepção, intuição e emo- como um produto cultural revelador de marcas de
ção.” (SÃO PAULO, 2017, p.35) identidades diversas. Esse reconhecimento levará
os estudantes a pensarem sobre tais manifesta-
ções a partir de um olhar crítico, que problema-
tiza os contextos nos quais elas são produzidas, interpretadas e quais sentidos
produzem para quem com elas dialoga. Por sua vez, pelo trabalho com aspectos
específicos da comunicação intercultural, pretende-se fazer com que os estudantes
problematizem outros aspectos da dinâmica comunicacional que não estão restri-
tos somente à linguagem verbal, mas que compõem os usos de diferentes modos
de expressão (gestos, expressões faciais, comportamentos) e seus significados para
diferentes culturas.
Assim, é importante ter em mente que trata-se de trabalhar com uma pers-
pectiva de multiculturalismo crítico, chamando a atenção dos estudantes “para os
mecanismos e processos que (re)produzem desigualdades, com vistas a provocar
transformações sociais que sustentem reações mais democráticas e igualitárias”.
Os objetos de conhecimento do Ciclo Autoral, especialmente, dão condições para
que essa perspectiva seja bem desenvolvida, como destacado nos objetivos do 7º
ano do Currículo da Cidade:

EF07LI25

Reconhecer a variação linguística como manifestação de formas de pensar e expressar o


mundo por diferentes falantes.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

EF07LI26

Explorar modos de falar em Língua Inglesa (falantes nativos e não nativos), refutando
preconceitos e reconhecendo a variação linguística como fenômeno natural das línguas.

A hegemonia da aprendizagem da Língua Inglesa atualmente é algo históri-


co e não determina valor especial a esta ou aquela língua. O Francês já foi a língua
mais falada, como segunda língua, no Brasil do século XIX e parte do XX; nos sécu-
los anteriores a primeira e segunda língua do Brasil já foi o Guarani.
É importante frisar aqui a importância das línguas como elemento da for-
mação da identidade nacional e o número de línguas que desaparece por dia no
mundo. A UNESCO tem muitos dados sobre o tema que nos remetem a itens dos
ODS, principalmente os das Parcerias e da Paz.

yy Para conhecer sobre escolas ao redor do mundo, acesse


https://www.kidsdiscover.com/teacherresources/schools-around-the-world/: o site
apresenta materiais para o ensino de diferentes temas relacionados a componentes
curriculares em escolas americanas, e muitos deles podem servir de inspiração para
o desenvolvimento de projetos locais.
https://www.theguardian.com/world/gallery/2015/oct/02/schools-around-the-worl-
d-un-world-teachers-day-in-pictures: neste artigo do jornal britânico The Guardian,
fotográficos da Agência Reuteurs mostram imagens de escolas ao redor do mundo, em
uma perspectiva multicultural.
yy Para conhecer brincadeiras ao redor do mundo, acesse
https://schools.unicefkidpower.org/ - vale a pena olhar todo o site, em especial o link
Educational resources, e o Global games, que apresenta vídeos com jogos de dife-
rentes culturas. No site, há várias possibilidades para que as crianças participem de
projetos de cidadania ativa.
yy Para desenvolver projetos em parcerias com escolas ao redor do mundo acesse
http://www.globalschoolnet.org/

FOCO NO TRANSFORMAR

yy Para fomentar a criticidade dos estudantes, acesse http://www.voicesofyouth.org/:


originalmente criado pela UNICEF, o site tem por objetivo conectar jovens do mundo
todo em torno de discussões relativas a direitos humanos, educação, cultura, tecno-
logia, saúde, guerra e conflito, entre outros, por meio da participação dos estudantes
nos blogs com vídeos, posts, etc.
yy Para promover o contato com produções digitais, dentro de uma perspectiva multi-
cultural, acesse http://cowbird.com/: o site é uma biblioteca pública digital sobre vi-
vências humanas, com histórias coletadas entre 2011 e 2017. São histórias produzidas
de forma multimodal, organizadas a partir de diferentes temas que se interconectam.
yy Para conhecer filmes produzidos por crianças e acessar ferramentas on-line para pro-
duzir filmes, acesse http://www.kidfilmmakers.com/

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Práticas de Linguagem
Oral – Produção e Escuta

Em linhas gerais, o eixo Práticas de linguagem oral – produção e escuta


– apresenta objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados a alguns
aspectos importantes para o trabalho com as práticas sociais de linguagem com
enfoque no falar, escutar e interagir, por meio da linguagem oral com outros sujei-
tos (presencialmente ou não). O eixo Práticas de linguagem oral – no Currículo da
Cidade – busca indicar a relevância do trabalho com a interação oral em Língua
Inglesa. O foco das práticas de linguagem oral em sala de aula está no modo como
sujeitos discursivos se engajam para produzir sentidos, o que requer desses sujei-
tos conhecimentos acerca da língua (repertórios, saberes), conhecimentos de uso
(saber fazer, saber usar) e conhecimentos sociais, afetivos (saber ser), em relação
principalmente aos contextos de comunicação. A
produção oral e a escuta são tratadas numa re-
Ao trabalhar com a comunicação,
lação de interdependência, porque no eixo enfa- o professor permite ao estudante “uti-
tiza-se a interatividade entre elas, sob a ótica de lizar as linguagens verbal, verbo-visual,
uso social autêntico, nas interações em sala de corporal, multimodal, artística, mate-
mática, científica, LIBRAS, tecnológica e
aula. Assim, os conteúdos (objetos de conheci- digital para expressar-se, partilhar infor-
mento) e a visão de língua/linguagem como prá- mações, experiências, ideias e sentimen-
tica social (a língua em uso, na perspectiva dos tos em diferentes contextos e produzir
gêneros discursivos/textuais) foram orientadores sentidos que levem ao entendimento
mútuo” (SÃO PAULO, 2017, p.34).
dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimen-
Na rotina do professor de Língua Ingle-
to apresentados no eixo na perspectiva do uso sa, é importante prever situações nas
significativo da Língua Inglesa. quais os estudantes organizem conhe-
cimentos e ideias, e utilizem diferentes
Os objetos de conhecimento escolhidos formas de compartilhá-las.
- convívio social, rotinas de sala, interação dis-
cursiva, produção de textos orais, estratégias de
escuta de textos, usos da Língua Inglesa, práticas in-
vestigativas foram selecionados principalmente para garantir que o uso da Língua
Inglesa pudesse ser natural e, portanto, significativo para todas as crianças, em
cada ano, ciclo e, de forma progressiva, ao longo do Ensino Fundamental.
Além disso, foram consideradas as interações genuínas em Língua Inglesa
que contemplassem retomadas necessárias e fossem, ao longo dos ciclos, sendo
incorporadas às rotinas da sala. Especialmente aos usos típicos de situações es-
colares e no ensino de funções características nessas interações (como saudar em
Inglês, ouvir instruções para as brincadeiras, negociar quem começa uma atividade
em duplas, solicitar um esclarecimento, dentre outras).
19
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Em relação à participação nas atividades lúdicas, destacamos o brincar e


as possibilidades de uso da língua nessas atividades, como podemos constatar nos
objetivos do 2º e 3º ano:

EF02LI03 e EF03LI01
Experimentar brincadeiras em inglês repetindo espontaneamente algumas palavras e/ou
expressões típicas dessas vivências;

Essas atividades permitem um tempo ampliado de exposição das crianças à


linguagem oral, seja por meio da escuta do professor, ou em situações de contato
com outros textos orais, que nunca acontecem isoladamente, distanciadas ou des-
tacadas de seus contextos.
Em relação aos gêneros discursivos orais, sugerimos, em cada ciclo, al-
guns gêneros que possibilitam vivenciar o uso da Língua Inglesa de modo signifi-
cativo, reforçando a ideia de que se trata de uma sugestão. Cabe aqui também re-
tomar os enfoques já apresentados anteriormente e que levam em consideração
atividades sociais nas quais as crianças estão naturalmente inseridas (o brincar,
por exemplo – enfoque central no Ciclo de Alfabetização) mas também aquelas
que a vida na escola proporciona (o investigar, o intervir, por exemplo, nos Ciclos
Interdisciplinar e Autoral, respectivamente), o que amplia a perspectiva de letra-
mentos que serão desenvolvidos por meio das vivências em Língua Inglesa. Em
outras palavras, importa as crianças viverem, experienciarem o mundo e, assim,
construírem sentidos por meio do movimento, dos sons, das cores, dos aromas,
do tato, enfim; outros modos pelos quais o conhecimento do mundo também é
construído. Temas como a preservação do meio ambiente, desmatamento abu-
sivo, situação de pobreza no mundo ou desenhos infantis sobre parcerias e paz
encontram-se em inúmeras animações e documentários em Inglês que podem ser
assistidos e debatidos em aula. Os conteúdos e as formas de manifestações são
elementos constitutivos da aprendizagem.
Rocha (2012), ao propor uma recontextualização didática no ensino de
Língua Inglesa para o Fundamental I pautada na perspectiva dos multiletramentos
e multimodalidades, sugere um quadro com principais âmbitos, esferas e gêneros
que, em sua visão, podem organizar o componente de Língua Inglesa em todo o
Ensino Fundamental. A seguir, reproduzimos, a título de exemplificação, o quadro
correspondente ao domínio da vida cultural (p. 215):

20
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Domínio Âmbito Esferas de atividade Gêneros


Das artes Literária Autobiografia, conto, crônica, poema,
novela, roteiro de peça teatral, limeriks...
Literatura Infantojuvenil
Contos de fadas e populares,
fábulas, narrativa de aventura, de
enigma, de ficção científica...
Da tradição oral Adivinha, cordel, lenda, cantiga de
roda, parlenda, piada, trava-línguas
Das artes do corpo Da dança e teatro Coreografia, script, encenação de
Vida cultural

peças teatrais...
Das artes musicais Da música e canção Melodia e letra de canção e de
cantigas, arranjo musical, efeitos de
som...
Das artes plásticas e Da pintura, desenho, dia- Pintura, escultura, colagem, grafite,
gráficas gramação e ilustração caça-palavras, desafio, palavras
cruzadas, HQ, tirinha, cartum, ilustra-
ção...
As artes da imagem Multimidiática Cenas de filme, de desenho anima-
do, videoclip, animação, fotografia,
fotolegenda...

Essa orientação, voltada para os extensos panoramas de gêneros explorados,


garante que a linguagem oral seja trabalhada integrada a outras linguagens e não
mais restrita a uma visão de prática de linguagem oral, como repetição, memoriza-
ção ou estritamente focada nos sons da língua, na prática de diálogos artificiais,
com textos e discursos que receberam tratamento pedagógico para simplificação
de seus recursos estruturais (léxico, sintático) ou
para o ensino de uma língua homogênea, de uma
determinada variante cultural dominante
No Ciclo de Alfabetização, é importante
destacar que, por ser o início da aprendizagem
formal da língua, algumas características do
processo de aprendizagem da língua materna
acontecem. Semelhante à criança pequena que
se relaciona com a família durante um tempo
sem ainda fazer uso da fala, nossos estudantes
podem passar por um período de silêncio, ou pe-
ríodo não verbal, no qual interagem com o pro-
Foto: Acervo das autoras

fessor e colegas recorrendo à língua materna ou


com gestos. Isso não quer dizer que as crianças
não estão suficientemente estimuladas para a

21
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

aprendizagem, ou que é tímida, ou, mais ainda, que há algum tipo de problema no
processo de ensino-aprendizagem. No geral, o que acontece é que, do ponto de vista
cognitivo, elas estão trabalhando ativamente na compreensão e nos sentidos produ-
zidos durante a vivência na Língua Inglesa. Elas observam e ouvem com atenção o
professor e as outras crianças que eventualmente já estão usando o Inglês durante
as brincadeiras. Aliás, cabe aqui falar sobre as práticas de escuta, que ampliam o
que tradicionalmente chamamos de compreensão oral. Essa escuta, para além da
compreensão oral estritamente linguístico-verbal, envolve a multimodalidade e mul-
tiplicidade de linguagens, e parte do conhecimento prévio de mundo das crianças.
Assim, o professor precisa considerar esse conhecimento prévio e acioná-lo para que
as crianças interajam com textos lidos em voz alta (uma contação de história, uma
leitura oralizada, uma dramatização) de forma significativa.
Ainda no Ciclo de Alfabetização, por ser o início do processo de aprendiza-
gem formal em Língua Inglesa, a maioria dos objetivos de aprendizagem e desen-
volvimento utilizam verbos, como o conhecer, o reconhecer, o participar, o expe-
rimentar, ou seja, o foco de aprendizagem deve ser a experienciação; a participação
nas atividades lúdicas propostas em sala de aula, que não necessariamente exigem
da criança o uso da Língua Inglesa na sua modalidade verbal oral, e sim, que ela,
de alguma forma (visual, sonora, corporal) possa demonstrar que está, do ponto
de vista cognitivo, trabalhando ativamente nas propostas. Pode ser num sorriso
dado ao professor que termina a contação de uma história, pode ser inclusive no
comentário em Língua Portuguesa ou na sua língua materna sobre o final de uma
história que acabou de ser lida, ou ainda, na solicitação para que uma determi-
nada brincadeira seja feita novamente ou na aula seguinte. Como já apontado no
documento Direitos de Aprendizagem dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral: Língua
Inglesa, “aprender a canção, as palavras ou versos que acompanham uma brinca-
deira são atividades que ganham um novo sentido na medida em que é a prática
social que está em jogo” (SÃO PAULO, 2016, p. 58).
Nos Ciclos Interdisciplinar e Autoral, conforme o processo de aprendi-
zagem vai ganhando corpo e as crianças já estão
em pleno desenvolvimento de um repertório não
Para que os estudantes desenvol- apenas de vivências, mas também linguísticos
vam a responsabilidade e a participa-
ção consciente, é necessário que com- em Inglês, os objetivos de aprendizagem já con-
partilhem situações, planejadas pelo sideram, de forma mais constante, verbos como
professor, nas quais essas atitudes se contrastar, explorar, fazer uso da Língua Inglesa
façam necessárias. para expor ideias e apreciar o discurso do outro.
Os Trabalhos Colaborativos de Autoria –
TCAs – são uma das possibilidades para De modo mais enfatizado no Ciclo Inter-
que o engajamento, a tomada de deci- disciplinar, escutar textos para conhecer fenôme-
são e a participação ativa se efetivem. nos científicos relacionados à vida humana e a
Para os estudantes, é mais que desen-
volver um projeto, é passar a agir dessa do planeta, aguçando a curiosidade das crianças
forma em tudo que realizam. e adolescentes para as ciências, por exemplo, in-
tegra as disciplinas e reforça a aprendizagem de

22
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

outros conteúdos, por meio da Língua Inglesa. Com isso, os objetos de conheci-
mento também expandem a capacidade dos estudantes para desenvolver conheci-
mentos relacionados à matriz de saberes, tais como o cuidado com o planeta, as
formas saudáveis de alimentação e agricultura ou as guerras no mundo. No entan-
to, é importante ressaltar que o brincar, enfoque do Ciclo de
Alfabetização, nesse ciclo, adquire novas configurações. As
brincadeiras podem agora incluir, de forma mais sistemáti- Além da resolução de
problemas, que propicia
ca, o elemento lúdico em atividades que consideram o co- ao estudante “inventar, rein-
nhecimento sobre a língua e o repertório dos estudantes, ventar-se, resolver proble-
como jogos diversos (adivinhas, trava-línguas, bingo, jogo mas individuais e coletivos
da velha, jogo da forca) e jogos de tabuleiro que podem e e agir de forma propositiva
em relação aos desafios con-
devem ser utilizados com diferentes propósitos, levando em temporâneos” (SÃO PAULO,
consideração o uso oral da Língua Inglesa. 2017, p.34), o trabalho pro-
posto aqui, para o Ciclo Au-
Cabe aqui também tratar da distinção entre a fala toral, outorga ao estudante
espontânea e a fala planejada, principalmente nos objeti- a construção de sua auto-
vos de aprendizagem e desenvolvimento do Ciclo Autoral. nomia e o faz trabalhar com
determinação e resiliência:
Ao estabelecer que os estudantes do 9º ano, por exemplo, aprendizagens necessárias
planejem apresentações para explicar, debater e propor aos desafios da sociedade
soluções para situações-problema, compartilhando-as contemporânea.
oralmente com o grupo, o trabalho pedagógico deve con- Além da aprendizagem do
siderar uma produção oral que envolva uma preparação conteúdo, há a aprendiza-
gem sobre pesquisar, pla-
anterior à execução, que pode ser mediada pela escrita, nejar intervenções, definir
por exemplo, e que deve ser ensaiada para que a produção metas, perseverar e realizar
oral seja mais elaborada do ponto de vista linguístico. Esse projetos pessoais e coletivos.
trabalho também deve considerar que os estudantes mobi- O professor é o grande me-
diador desses saberes na me-
lizem seu repertório linguístico, pensando sobre os recur-
dida em que organiza situa-
sos linguísticos de que dispõem de modo mais crítico, pro- ções nas quais os estudantes
blematizador (eventualmente havendo a necessidade de se coloquem em jogo essas
investigar outros recursos mais adequados para produzir aprendizagens.
esse texto oral), inclusive pensando em níveis de complexi-
dade linguística adequados para o texto em si. Dessa forma,
é importante buscar condições para que os estudantes consigam realizar o traba-
lho de forma autoral (com maior ou menor mediação pedagógica). Nota-se que
o que está em jogo aqui não é somente a apresentação em si, mas o processo que
vai desde o planejamento da atividade (pelo professor), o compartilhamento des-
ta com os estudantes e o processo de planejamento deles, que envolve pesquisa,
construção da apresentação, ensaio, entre outros aspectos importantes. A apren-
dizagem não é só do conteúdo, mas da forma como compartilha o que aprendeu
com os colegas, entre outros saberes.
No Ciclo Autoral, objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relaciona-
dos à escuta de textos em diferentes gêneros em Língua Inglesa ganham complexi-
dade e volume de trabalho. Ativar o conhecimento do estudante sobre o assunto,
o gênero e sua estrutura composicional, e definir com clareza os objetivos para

23
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

ouvir um texto (observando entonação, palavras transparentes, nomes próprios,


palavras repetidas e outras características naturais do texto) desenvolvendo a com-
preensão intensiva, extensiva e seletiva são ações pedagógicas eficientes para que
os estudantes progridam nessa competência.
Nesse último ciclo, em especial, o uso de filmes (curtas, animações, dese-
nhos animados) que tratem, entre outros, de temas relacionados aos ODS e que
remetam, também, à Matriz de Saberes, por exemplo, podem não apenas apoiar o
desenvolvimento da prática de escuta de textos orais mas, principalmente, motivar
os estudantes a recriarem e/ou dramatizarem cenas, num trabalho que também tem
por objetivo a produção oral, de modo criativo e inventivo. A transformação pode
ser tanto no âmbito da criação de ideias nas artes, na música, como criação de ideias
em propostas de intervenção social, com a melhoria da vida nas comunidades, por
meio de apresentação de peças de teatro ou um programa de rádio comunitária.

CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
yy Para conhecer parlendas, trava-línguas, canções infantis e cantigas de roda tradicionais, acesse
http://www.nurseryrhymes.org/nursery-rhymes.html
http://abckidsinc.com/top-nursery-rhymes-time-lyrics-origins/
http://www.bbc.co.uk/learning/schoolradio/subjects/earlylearning/nurserysongs

CICLO INTERDISCIPLINAR
yy Para trabalhar com assuntos relacionados à saúde, alimentação, vida saudável de
crianças e adolescentes, acesse
https://kidshealth.org/en/kids
yy Para trabalhar com conhecimentos de diferentes áreas com linguagem acessível para
crianças e acessar jogos, experimentos, e atividades, acesse
http://www.ducksters.com/science/environment/
http://easyscienceforkids.com/
http://www.sciencekids.co.nz/
yy Para vídeos, desenhos animados e jogos sobre a vida no planeta e outras áreas das
ciências, acesse
http://kids.nationalgeographic.com/
http://discoverykids.com/
http://www.motionkids-tv.com/en/
yy Para conhecer estratégias didáticas para trabalhar com músicas, acesse
https://www.teachingenglish.org.uk/article/kids-songs
https://www.teachingenglish.org.uk/article/using-music-songs

FOCO NO INTERVIR
yy Para filmes independentes sobre temáticas humanizadoras (direitos humanos, empa-
tia e solidariedade, problemas sociais globais, dentre outros), acesse
http://film-english.com/
yy Para sugestões de projetos artísticos para desenvolver com crianças, acesse https://
artprojectsforkids.org/category/view-by-artist/
yy Para conhecer recursos didáticos que visam uma educação para a diversidade demo-

24
crática, acesse https://www.tolerance.org/

Orientações Didáticas do Currículo da Cidade


Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Orientações Didáticas do Currículo da Cidade


25
Língua Inglesa
Língua Inglesa

26
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Práticas de Leitura
de Textos

Leitura, multimodalidade
e multiletramentos

O eixo Práticas de leitura de textos tem por objetivo explorar práticas so-
ciais de comunicação escrita em Língua Inglesa, de modo a ultrapassar os limites
do código linguístico e considerar as diferentes semioses na produção de sentidos.
Busca-se, nesse eixo, incentivar o trabalho com práticas diversificadas de leitura,
a partir da escolha planejada e do uso, em sala de
aula, de uma amplitude de gêneros multimodais
em que a Língua Inglesa esteja presente. Os gê- A abertura à diversidade é um sa-
ber a ser desenvolvido por todos os
neros devem ser explorados, ao longo do Ensino sujeitos que compartilham o cotidia-
Fundamental, em suas variações, diversidades e no da escola. Equipes gestora, docen-
apropriações híbridas, de modo que a Língua In- tes e estudantes podem planejar ações
glesa seja ensinada como meio de educação in- em que temas envolvendo o “conviver
harmonicamente com os diferentes,
tercultural, legitimando a pluralidade. Esse vas- apreciar, fruir e produzir bens culturais
to repertório de “textos”, visto como modos de diversos, valorizar as identidades e cul-
representar e de “ler o mundo”, e reveladores da turas locais” (SÃO PAULO, 2017, p.34)
estejam presentes.
diversidade cultural e das novas linguagens imer-
TCA, debates, seminários, assembleias,
sas na sociedade contemporânea, devem se fazer encontros com pais e outros agentes da
presentes no contexto escolar e explorados para comunidade são algumas possibilida-
garantir a estruturação curricular ao longo dos des para a reflexão sobre esse saber.
ciclos pelos eixos da recepção e experimentação,
exploração e reflexão, e criação e transformação.
Com isso, a escola assume sua responsabilidade de trabalho com os novos letra-
mentos que emergem na sociedade, buscando garantir a interação com o mundo
da escrita real, vivo e significativo para as crianças. Dessa forma passa a promover,
desde o início do processo escolar, a inclusão social dos estudantes. Tal inclusão
tem como finalidade sua formação integral para que possam, enquanto estiverem
na escola e após a passagem por ela, no exercício de uma participação sociocultu-
ral engajada e crítica, atuar como cidadãos de sua comunidade e do mundo.

27
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

As novas formas de representação da linguagem e de fusão de recursos ver-


bais, sonoros e visuais em “textos multimodais” determinam, como consequência,
novas concepções de texto, de leitura e de formação leitora. Nessa direção, tam-
bém exigem uma nova forma de trabalho pedagógico voltado para a prática dos
letramentos. Vale relembrar que qualquer atividade na qual um texto escrito está
presente, servindo como elemento em torno do qual ocorre uma interação social,
é considerada um evento de letramento (SÃO PAULO, 2016, p. 37).
Nesse sentido, é importante interagir e interpretar a linguagem sob a ótica
dos multiletramentos.

A Leitura no Ciclo de Alfabetização

Ao pensarmos no ensino da leitura no Ciclo de Alfabetização imediatamen-


te fazemos referência ao momento em que as crianças estão vivenciando o pro-
cesso de alfabetização propriamente dito em Língua Portuguesa. É o início de um
processo de aprendizagem do funcionamento do sistema fonológico e do sistema
gráfico da língua, em que práticas de uso da linguagem escrita são direcionadas
para o ler e escrever (e, obviamente, ser compreendido).
No entanto, não devemos deixar de lado toda uma gama de ocorrências e
situações significativas de vivências dos estudantes no que diz respeito aos usos
da escrita antes de ingressarem na escola. Sempre que possível, essas ocorrências
devem ser contempladas e, em muitos casos, recuperadas, ao longo do processo
de alfabetização. Explorar e (re)viver experiências dos estudantes com a leitura e
a escrita e seus usos na família, na comunidade e no mundo em que vivem, bem
como expô-los a novas situações de convivência com práticas de leitura e escrita
no ambiente escolar - incluindo nessas práticas o contato e a aprendizagem da
escrita alfabética - é desenvolver o trabalho pedagógico voltado à valorização
das manifestações culturais presentes na escola e fora dela. Essas manifestações
são expressas em multimodalidades de linguagem (verbal, visual, gestual, entre
outras) cujos sentidos lhes são atribuídos em processos de letramento(s), ou
melhor, de multiletramentos.
Essa situação não é nova para as crianças, uma vez que todas elas, em
maior ou menor extensão, já entram na escola com experiências de letramentos,
mesmo sem saberem ler convencionalmente. Boa parte delas, especialmente viven-
do em uma cidade como São Paulo, ao ingressar na escola já é, de alguma forma,

28
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

letrada, fruto da exposição a um rol de linguagens que circulam na sociedade,


especialmente as das mídias digitais, inclusive com o uso simultâneo de Língua
Portuguesa, Língua Inglesa e eventualmente outras línguas. As crianças ainda bem
pequenas convivem com formas impressas de linguagem e novas mídias, adquirin-
do desde cedo um domínio de múltiplas linguagens, especialmente ao entrarem em
contato com imagens pela exposição e participação em ocorrências variadas via
televisão, filmes, jogos de vídeo, músicas, danças, entre outras tantas, presentes no
seu cotidiano e de suas famílias.
Letrar não se resume apenas a contatos com materiais impressos como
livros, revistas, rótulos e nomes de produtos, outdoors e outros tantos referenciais
que se utilizam da escrita alfabética. Aliás, como já enfatizado anteriormente, há
hoje um potencial de ocorrências voltadas para as multimodalidades de “textos”
nas práticas sociais de representação e de leitura do mundo. Com isso, cada vez
mais estamos expostos a leituras de “textos” que utilizam não só a escrita, mas
também sons, imagens, gráficos e até configurações 3D. Nesse sentido, vimos que
a concepção de leitura na escola necessita ser ampliada, de modo a considerar os
múltiplos usos das linguagens e adaptada às novas práticas e configurações tex-
tuais. Desse modo, ensinar a ler é permitir que os estudantes desenvolvam a capa-
cidade de atribuir sentidos, em qualquer língua, nesse panorama de uso conjunto
das múltiplas linguagens, para atender às novas demandas e desafios da sociedade
contemporânea. Essa perspectiva de leitura tem, portanto, validade para qualquer
língua ensinada na escola bem como deve ser considerada para qualquer contexto
de uso e de prática social de linguagens, com implicações para situações de intera-
ção escolar envolvendo as áreas de conhecimento e os componentes curriculares.
O que apresentamos até aqui redimensiona, portanto, o ensino de leitura
na escola não apenas no Ciclo de Alfabetização, mas ao longo de todo o processo
de escolarização e, consequentemente, serve de referencial quando consideramos
o ensino de Língua Inglesa neste ciclo, em especial, bem como nos demais ciclos.
No que diz respeito às orientações para o ensino, a escolha por pedagogias situ-
adas orienta o trabalho do professor de Inglês, desde o início da aprendizagem e
de contato com a língua na escola. Nelas, diferentes esferas de saberes - locais e
globais, escolares e não escolares – constituem o foco do trabalho docente. Essas
abordagens, aliadas às considerações mais gerais sobre leitura, multiletramentos e
modalidades atuam diretamente não só no desenvolvimento do ensino da leitura
nas aulas de Inglês, mas em todo o currículo de Língua Inglesa. Um currículo que
se organiza, de maneira integrada e interdependente, com foco nas práticas sociais
das linguagens, ilustrado na figura a seguir, retirada do documento sobre os Di-
reitos de aprendizagem dos Ciclos Interdisciplinar e Autoral: Língua Inglesa (SÃO
PAULO, 2016, p.50) para representar a interação entre os eixos estruturantes do
currículo de Língua Inglesa nos três ciclos do Ensino Fundamental.

29
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

ampliar

Fonte: SÃO PAULO, 2016, p.50

Figura 1. Interação entre os eixos estruturantes do currículo de Língua Inglesa nos três
ciclos do Ensino Fundamental

No Ciclo de Alfabetização, no caso da leitura, há uma prioridade para a


recepção e a experimentação, com ênfase no ouvir, sentir, usufruir, brincar, jogar.
Atividades de contação de histórias diversas, inclusive cantadas; rodas de lei-
tura nas quais são lidas ou contadas histórias e exploradas estratégias de leitu-
ra como antecipação do conhecimento prévio (sobre assunto, título, autor, ilus-
trador, por exemplo), recuperação de informações, previsibilidade (por meio de
perguntas do professor com foco na história, nas figuras, na capa do livro, nos
personagens, no tema) são importantes para leitura dos diversos tipos de texto e
possibilitam a ampliação dos conhecimentos dos estudantes.
Para as rodas de leitura são utilizados livros, personagens conhecidos (de
histórias, de filmes, de jogos), cartazes, fantoches, a partir dos quais podem ser

30
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

trabalhadas situações de (re)criação de histórias e caracterização do contexto, tais


como indicar ações envolvidas na história, personagens, enredo e sequência dos
fatos, leituras oralizadas (pelo professor ou outros narradores) de histórias em
quadrinhos, filmes, vídeos e jogos são exemplos de como desenvolver o trabalho
com leitura em Língua Inglesa com a (re)composição de processos de letramentos
múltiplos. Aliás, vale ressaltar que explorar ao máximo a leitura a partir de outras
linguagens (visuais, sonoras), antes da linguagem escrita, deve ser prioridade quan-
do se pensa em ensino de leitura no Ciclo de Alfabetização.
Receitas culinárias e instruções de montagem de brinquedos, por exemplo,
são excelentes referenciais para explorar a leitura visual de figuras em sequência,
onde o texto pode estar presente.
Pode-se também propiciar um ambiente favorável à leitura, com planeja-
mento do espaço da sala de aula que promova a aproximação e familiarização com
a linguagem escrita em Língua Inglesa, que vai ampliando no decorrer do ciclo,
considerando situações significativas para as crianças (e a possibilidade de arti-
culação com o ambiente alfabetizador de Língua Portuguesa). Cuidar do espaço
físico da sala com cartazes e outros recursos visuais fixados nas paredes é fator de
motivação. Outras condições do ambiente como dispor e incentivar o manuseio
de livros, revistas, jogos variados, favorecem o trabalho colaborativo e o compar-
tilhamento de ideias, além de incentivar a imaginação e a resolução de problemas
pelas crianças.
Organizar situações para brincar, assistir a filmes, cantar, bem como explo-
rar o espaço escolar, despertando a curiosidade das crianças para fatos e ocorrên-
cias contadas ou vividas na escola ou no seu entorno auxiliam na convivência das
crianças com práticas estimuladoras de uso das linguagens em geral e da leitura
nos mais variados usos e funções. Do mesmo modo, o trabalho com assuntos di-
versos, sempre que possível, integrado aos conhecimentos explorados em outros
componentes (Ciências, História, Geografia, Artes) deve fazer parte do ensino de
leitura em Língua Inglesa.
Já nessa etapa escolar, o contato com as mídias digitais em jogos e ativida-
des variadas pode auxiliar na exploração de itens lexicais diversos, especialmente
aquelas expressões imediatamente reconhecidas pelas crianças, por exemplo, a ex-
pressão “Once upon a time” como indicador de que uma história será contada ou
as expressões “Goodbye”, “Bye bye”, “See you” como indicadoras de despedida.
Ou ainda itens do repertório lexical de muitos estudantes como book, ketchup,
game, entre outros que se fazem presentes no cotidiano das crianças dentro e/ou
fora da escola.
Ao ingressar no Ciclo Interdisciplinar, o estudante já possui domínio da
escrita alfabética em Língua Portuguesa. No ciclo anterior, o foco principal desse
componente curricular (Língua Portuguesa) está direcionado para a apropriação do
sistema de escrita alfabética, as principais regras que a orientam (a alfabetização

31
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

propriamente dita), a compreensão dos usos sociais nas práticas de escrita e a


articulação desses conhecimentos com outras práticas (de compreensão oral, por
exemplo) e linguagens (sonora, visual, entre outras).
Em Língua Inglesa, o foco da leitura no Ciclo de Alfabetização relaciona-se
aos eventos de letramento (multiletramentos) e às atividades com predomínio da
produção e escuta voltadas para a oralidade e oralização, bem como às práticas
de usos das várias linguagens potencialmente significativas para a faixa etária dos
estudantes. Desse modo, a ênfase no “brincar” do Ciclo de Alfabetização desen-
volve-se em atividades primordialmente lúdicas com jogos e brincadeiras a partir
de ações como cantar, desenhar, adivinhar, pintar, acompanhadas de práticas que
explorem e desenvolvam habilidades como reconhecer, localizar reproduzir (oral-
mente, visualmente, etc.).
O trabalho com leitura em Língua Inglesa no Ciclo Interdisciplinar volta-se
à continuidade da proposta de multiletramentos do Ciclo de Alfabetização, o que
demonstra e justifica a orientação para um currículo espiralado, ainda com perma-
nência de atividades lúdicas do ciclo anterior, ampliadas para um grau de comple-
xidade de objetivos de aprendizagem de acordo com a faixa etária dos estudantes.
Fazem parte das atividades de leitura, nesse ciclo, aquelas voltadas para a
interação entre as várias linguagens a partir de algumas ações, como investigar, re-
lacionar, localizar, aplicar, acrescidas de outras que requeiram maior investimento
no caráter formal das linguagens. Atividades indicadas são: reconhecer a estrutura
composicional de um gênero através de pistas como título, imagens, informações
veiculadas ou relacionar diferentes formas (oral, escrita, pictórica, gestual) de re-
presentação de sentidos. Busca-se com tais atividades investigar/perceber seme-
lhanças e diferenças na estrutura, nos conteúdos, bem como no uso de elemen-
tos presentes em textos multimodais. Apresentar temas integrados ao universo do
conhecimento dos estudantes nas áreas e componentes trabalhados no ciclo ou
voltados para questões interculturais ajudam tal desenvolvimento.
Espera-se, nesse ciclo, que sejam oferecidas aos estudantes oportunidades
de práticas situadas de linguagens nas quais, por meio do estímulo à curiosidade,
à recepção e experimentação, sejam incentivados a explorar e refletir sobre uma
variedade de experiências e vivências linguístico-culturais produzidas por diferentes
povos e culturas.
Nessa etapa, o trabalho de aproximação com a leitura individual ou cole-
tiva se dará por meio do acesso a livros, imagens, mapas e tabelas simples, de ins-
truções (de receitas, de games, de construção de brinquedos reciclados, etc.), de
rótulos variados (de alimentos, remédios, etc.), de notícias em jornais e nos meios
digitais, de informações voltadas aos interesses dos estudantes em sites, blogs, en-
tre outras atividades que incentivem a leitura para a resolução de problemas. Assim
cria-se ambiente para comparar, obter informação, para conhecer, investir na lei-
tura por prazer, etc. Desse modo, as atividades devem contemplar situações que se

32
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

mostrem significativas para os estudantes, que envolvam seu conhecimento prévio


de mundo e dos usos e funções da leitura já conhecidos, de modo que eles possam
aprender o novo a partir do que já sabem, arriscando-se a “aprender a aprender”
e privilegiar o contato com a Língua Inglesa, experimentando seu sentido de língua
franca, seu caráter multimodal, multicultural e plurilíngue, legitimando, portanto,
o hibridismo, a pluralidade e fluidez nos usos sociais do inglês na atualidade.
O trabalho individual e/ou coletivo de leitura tem como objetivo explorar
a leitura de textos variados e selecionados pelos estudantes com o auxílio do pro-
fessor, englobando livros diversos, textos multimodais de diferentes esferas, como
reportagens, com nível de dificuldade linguística e temas acessíveis, para que os
estudantes:
1. Apreciem textos variados e desenvolvam gosto e preferências;
2. Utilizem textos de diferentes tipos, gêneros e temas em suas iniciativas
de estudar e aprender;
3. Desenvolvam comportamentos leitores diversos, de acordo com as dife-
rentes práticas sociais da escrita.

COMPORTAMENTO LEITOR

Comportamento leitor está ligado a atitudes em relação ao ato de ler que pode ser
evidenciado em diversas situações como:
yy Ler trechos de textos de que gostou para colegas; No Currículo da
Cidade de Língua
yy Procurar materiais de leitura regularmente; Portuguesa há
yy Frequentar bibliotecas (de classe, da escola ou da comunidade); um capítulo sobre
Comportamento
yy Comentar o que se está lendo; Leitor.
yy Compartilhar a leitura com colegas;
yy Recomendar livros ou outras leituras que considera valiosas;
yy Comparar o que leu com outras obras já lidas (do mesmo autor, sobre temas
semelhantes ou diferentes, por exemplo)

Devem prevalecer, ainda, atividades de escuta de leitura oral ou oralizada


de histórias, filmes, vídeos, entre outros, envolvendo ações como apreciar, sentir,
usufruir, perguntar, deduzir, compartilhar, “em momentos de fruição, prazer e ale-
gria e em vivências de iniciação em práticas de letramento que levam à construção
de significados coletivamente” (SÃO PAULO, 2016, p.52). Observar e respeitar
diferenças em versões de uma mesma história ou em relatos/reportagens de cele-
brações de uma mesma data, como exemplo o Ano Novo, por diferentes povos/
comunidades/grupos (na China, em Israel, no Brasil, nos Estados Unidos), com-
parando-as e buscando apreciar e valorizar identidades e culturas nelas veiculadas.

33
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Tais atitudes constituem importante recurso para


Mais uma vez a abertura à diversi- o acolhimento à diversidade, para agir com flexi-
dade, para respeitar e valorizar as dife- bilidade e sem preconceito de qualquer natureza
renças, se faz presente.
e para o desenvolvimento da criticidade, reflexão
Elucidar tal questão é fundamental para
que os estudantes experienciem e cons-
e análise dos fatos.
truam tais saberes. Certamente, não é esperado que os estu-
dantes compreendam o significado de todas as
palavras, nem tampouco todas as passagens do
texto lido pelo professor. Mesmo assim, a roda de histórias estimula a imaginação
e a observação, a elaboração de hipóteses e análise das evidências, o interagir e
compartilhar saberes, o solucionar conflitos e o agir de modo colaborativo.
No entanto, temos que diferenciar a contação de histórias da leitura. As
histórias contadas remetem à oralidade, muitas vezes à oralização do texto escrito,
induzem à observação do leitor e à necessidade de recorrer à memória imediata
para assimilar o que está sendo lido. Ler um texto é outra coisa; trata-se de um
processo de interação efetiva entre quem lê, o que lê e como lê, em linhas gerais.
Quem lê olha para a página e nelas encontra espaço para a interlocução, empres-
tando a sua voz para o texto ser representado.
Estratégias de ensino de leitura podem começar a ser utilizadas em mo-
mentos de pré-leitura, da leitura e pós-leitura. Na fase de pré-leitura ou pré-tarefa
(pre-task), uma das estratégias a ser trabalhada nesse ciclo, em pequenos textos,
é a estratégia de predicting do tema/assunto. Pode-se também antecipar o tipo de
texto, as marcas das linguagens presentes no texto (linguísticas, lexicais, visuais,
etc.). O uso dessa estratégia permite que o conhecimento prévio dos estudantes
(da Língua Inglesa, da língua materna e outras línguas que o estudante use, conhe-
ça e/ou domine) seja ativado, possibilitando comparações e contrastes que irão
auxiliar a compreensão dos textos.
O trabalho com o léxico presente no texto, título, estrutura, por exemplo,
pode auxiliar na estratégia de skimming, utilizada durante a leitura, na qual os estu-
dantes podem desenvolver uma rápida “varredura do texto” para apreender o seu
significado, possibilitando a confirmação ou não do que foi previsto antes da sua
leitura. Após a leitura, podem ser desenvolvidas conversas a respeito do que o texto
apresenta, o início de um processo de reflexão crítica, que consiste em fazer com
que os estudantes possam ir além do que leram, procurando estabelecer diferentes
perspectivas de análise de um mesmo fato. Trata-se, portanto, de possibilitar, a
partir da leitura, um posicionamento abrangente, questionador e autônomo por
parte dos estudantes, uma preparação para o pensamento científico, crítico e cria-
tivo, estabelecido na Matriz de Saberes para o Ensino Fundamental.
É importante salientar que apesar da apresentação dessas estratégias em
momentos aqui definidos não há regra fixa para a sua utilização, ou seja, a es-
tratégia de antecipação pode perfeitamente ser utilizada no decorrer da leitura

34
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

para ajustes em relação ao que se previu anteriormente. Vale também dizer que
as estratégias têm validade em atividades e situações de contato com a “leitura
oral” ou a “leitura oralizada”. A consideração de aspectos referentes ao contexto
de leitura são muito importantes para que não se indique um “uso engessado”
dessas estratégias, um conceito padronizado e mecânico do comportamento lei-
tor para os estudantes.
Vale ainda acrescentar que a abordagem de leitura em classe ou extraclasse
pode ser desenvolvida como tarefa individual ou em grupos, com indicação da
divisão da leitura em pequenas partes após uma leitura geral do texto. Caso seja
proposta como tarefa extraclasse, a escolha de orientações para o desenvolvimen-
to da leitura é determinante para a execução da tarefa. Várias atividades em ma-
teriais didáticos, paradidáticos, blogs e sites de ensino de inglês para professores
estão à disposição dos professores interessados em propor/desenvolver “tarefas
ou projetos de leitura” com seus estudantes. Enfim, várias aplicações dessas estra-
tégias devem ser utilizadas nas atividades de leitura de textos em que a escrita se
faça presente, como também na compreensão de “textos orais ou oralizados”. As
estratégias utilizadas em contextos e práticas de uso variado das linguagens para a
construção de conhecimento(s) que abrangem, por exemplo, curiosidade, obser-
vação, atenção, percepção, interpretação, elaboração de hipóteses, imaginação
visam a aprendizagens significativas e formação de sujeitos com determinação e
autonomia de ação.
No Ciclo Autoral, cujo foco se volta principalmente para o trabalho coopera-
tivo e o intervir, novos textos e contextos, bem como a inclusão de novas estratégias
e propósitos de leitura devem ser contemplados. Dessa forma, no eixo da recepção
e experimentação busca-se ampliar as opções de leitura, contemplando as várias lin-
guagens e multimodalidades em práticas que promovam a criticidade e a autonomia
sobre o que ler, por que ler e como ler. Possibilitar e incentivar a liberdade de escolha
em função de interesses dos estudantes, com projetos e atividades que poderão ser
desenvolvidos a partir do uso dos recursos da Sala e Espaço de Leitura ou da Sala
de Informática e visitas a bibliotecas. Além disso, há uma gama de readers e textos
diversos na internet à disposição para leitura.
Nesse ciclo, no eixo da exploração e reflexão, experimenta-se - a partir das vi-
vências e práticas de leitura e do conhecimento prévio do funcionamento dos textos
(gêneros) nas várias esferas de atividades sociais da linguagem - a possibilidade de
contrastar e comparar textos, linguagens, vocabulário (envolvendo palavras ou ex-
pressões altamente previsíveis e aceitas em uma certa modalidade textual, por exem-
plo) e ampliar o estudo do funcionamento da língua escrita, refletindo sobre ela.
Cabe ao professor, por seu testemunho de conhecimentos, indicar sites,
vídeos, atividades que estejam fortemente ligadas aos compromissos próprios dos
ODS, pois vemos hoje que muitos jovens estão envolvidos com as causas sociais, e
a escola tem papel marcante nesse processo educativo.

35
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

No eixo da criação e transformação, podemos observar o caráter transfor-


mador da leitura e as possibilidades de abertura e diversidade a partir dela, deven-
do assim o professor propor ações como apreciar, fruir bens culturais diversos e
defender pontos de vista com segurança, ética e responsabilidade.
A utilização de outras estratégias como scanning, inferências, o trabalho
com o léxico relacionado ao tema/assunto do texto, o trabalho com cognatos e
com palavras desconhecidas são algumas estratégias de leitura que podem ser tra-
balhadas com os estudantes. É importante também não esquecer da recuperação
daquelas já exploradas anteriormente, que continuam importantes para
o domínio mais seguro da leitura.

No portal Outra dimensão importante em relação às habi-


do MEC, você lidades de leitura diz respeito aos conceitos de leitu-
encontrará uma ra intensiva e extensiva, especialmente neste último
CONEXÕES

série de exemplos ciclo. O primeiro conceito, o de leitura intensiva,


sobre o trabalho com geralmente trabalhada em sala de aula com a me-
estratégias de leitura
diação do professor, tem como principal orienta-
em Língua Inglesa e uma
variedade de situações ção o desenvolvimento da leitura integrada, na
sobre outros assuntos para maioria das vezes, ao conhecimento de outros
desenvolver em suas aulas. recursos (linguísticos, visuais, etc.) e à análise
Vale a pena conferir em e tratamento macroestrutural (estrutura do tex-
portaldoprofessor.mec. to como um todo e suas partes fundamentais)
gov.br/ e buscar “estraté-
e microestrutural dos textos (recursos lexicais,
gias de leitura em inglês”.
visuais e aspectos sintático-semânticos que dão
Programas da TV
Escola também se coesão e coerência ao texto).
dedicam ao tema Na leitura extensiva, o foco está nas práticas
com originali-
de leitura com o objetivo de despertar o interesse, a
dade.
fluidez e o contato com textos razoavelmente longos como
readers, artigos e reportagens em jornais ou revistas, em blogs
ou sites. Esses textos podem tanto ser propostos pelo professor em
acordo com os estudantes, como pelos estudantes, com o apoio e aval do pro-
fessor. Propiciar um leque de possibilidades de escolha garante uma leitura mais
próxima dos interesses dos estudantes.
As atividades de leitura extensiva podem ser desenvolvidas ao longo de
período maior, em casa ou na escola. O ponto fundamental nessa atividade é
a autonomia, a compreensão global, o ganho de ritmo na atividade de ler e o
prazer da leitura.
Por tratar-se de atividade de intervenção direta do professor, pode ser uma
boa oportunidade para o incentivo do uso do dicionário como auxiliar na com-
preensão de palavras desconhecidas no texto. O acompanhar e o compartilhar da
leitura pode desenvolver-se em rodas de conversa, diários de leitura (reading logs ou
reading journals), painéis, entre outros.

36
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

FOCO NA RECEPÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO

yy www.storybee.org – o site apresenta áudios de histórias contadas por famosos con-


tadores de história. Os áudios podem ser baixados e as histórias são organizadas por
faixa etária, abrangendo crianças entre 4 e 18 anos.
yy http://www.magickeys.com/books/farm/page2.html - audiobook ilustrado com a his-
tória “Animals on a Farm”.
yy http://www.magickeys.com/books/pirate/index.html - audiobook ilustrado com a
história “Pirate’s treasure”.
yy http://www.shelsilverstein.com/ - site com vídeos e planos de aula relacionados à po-
esia escrita pelo autor norte-americano Shel Silverstein, famoso por suas histórias e
poemas infantis.
yy http://www.africanstorybook.org/ - o site apresenta histórias escritas em diversas lín-
guas africanas que são traduzidas automaticamente para inglês e outras línguas, po-
dendo ser impressas gratuitamente em formato booklet.
yy http://www.storyarts.org/lessonplans/lessonideas/ - o site apresenta sugestões para
o trabalho com contação de histórias e também indica outros sites com recursos di-
dáticos. Vale a pena conferir!

FOCO NA EXPLORAÇÃO E REFLEXÃO

yy Para conhecer a vida de crianças ao redor do mundo, acesse


http://www.oneglobekids.com - o site traz histórias de crianças em diferentes partes
do mundo: como vivem, como são suas atividades na escola, suas rotinas diárias, em
diferentes idiomas. Há recursos livres para educadores e parte dos aplicativos disponí-
veis são gratuitos.
http://www.kidsgen.com/stories/ - o site apresenta histórias (algumas em vídeo) de
diferentes culturas (mitologia indiana, irlandesa, budista) e jogos. Há uma seção com
festivais e celebrações, com materiais educativos para download.
http://storyberries.com/ - o site apresenta histórias organizadas pela duração, por tipo
(contos de fada, aventura, histórias para dormir) ou por tema (empatia, comunicação,
bullying, dentre outros).
yy Para conhecer diversas estratégias de trabalho com a leitura, aplicáveis em diferentes
ciclos, acesse https://www.education.com/activity/ela/reading/

FOCO NA CRIAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

yy Para conhecer livros voltados para crianças entre 10 e 13 anos, acesse


https://freekidsbooks.org/reading-level/older-children/ - o site traz livros sobre diversos
temas e para diversas faixas etárias. Vários deles sobre temas relacionados às ciências
em geral. Podem ser lidos on-line ou baixados para impressão. Ao clicar em “More”,
você acessa atividades e versões de histórias em outras línguas.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

38
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Prática de Análise
Linguística

O eixo Prática de análise linguística tem por objetivo explicitar conteúdos


relativos a conhecimentos acerca da língua como um sistema, em que aspectos
voltados para o estudo do léxico, da sintaxe-semântica, da pronúncia, da prosódia
são analisados em contexto, com o intuito de ampliar o repertório linguístico dos
estudantes.
A escolha dos objetos de conhecimento e de seus respectivos objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para este eixo pautou-se em três critérios. Primei-
ramente, o da relevância em relação aos gêneros discursivos sugeridos para cada
ciclo, em segundo lugar, pelo potencial que apresentam para integrarem os objetos
de conhecimento de outros eixos, especialmente os da dimensão intercultural e,
por último, os conteúdos relativos às práticas de produção oral e/ou escrita.
São dois os princípios que norteiam o trabalho pedagógico com a análise
linguística para o componente: a contextualização e a percepção.
A contextualização diz respeito à análise dos modos como os sujeitos usam
a Língua Inglesa em contextos específicos de interação, observando o funciona-
mento da língua em uso e aplicando esse conhecimento nas vivências em sala de
aula, ainda que de forma inconsciente. Isto porque, para falar, conversar, explicar,
relatar, descrever, narrar, ou seja, agir no mundo por meio da linguagem, cons-
truindo gêneros discursivos orais ou escritos, o estudante precisa saber como en-
cadear itens lexicais, um após o outro, com rapidez, inteligibilidade e adequação,
de modo a dar sentido àquilo que quer enunciar.
Por sua vez, a percepção diz respeito à atenção dada aos fenômenos lin-
guísticos e a observação de suas regularidades, tomando consciência do funciona-
mento da língua como um sistema de regras, possibilitando ao estudante (re)criar
novos enunciados com o apoio desse conhecimento. Em outras palavras, a ob-
servação do funcionamento da língua e a sua aplicação, ainda que inconscientes,
bem como a reflexão consciente sobre a língua como um sistema de regras podem
ampliar o conhecimento dos estudantes sobre a Língua Inglesa.
O foco do trabalho pedagógico, nesse eixo, é o de possibilitar aos estu-
dantes o desenvolvimento de seu repertório linguístico no que diz respeito a itens
lexicais, às relações semântico-sintáticas entre eles e a outros recursos discursivos
empregados na interação linguística oral, escrita e multimodal em Língua Inglesa.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

No Ciclo de Alfabetização, em especial, e no Interdisciplinar, é importante


enfatizar o trabalho com itens lexicais, ampliando o conhecimento de expressões,
palavras, frases curtas (chunks), por meio das vivências em Inglês, dos gêneros es-
colhidos e das atividades, estimulando a memória em retomadas de conteúdos de
forma significativa.
Ao ler uma história em voz alta, o professor pode dramatizá-la usando fan-
toches e marcar, com uma entonação diferenciada, as personagens (ou ocorrências
tais como passos, ruídos) e ações vividas por elas na narrativa. Posteriormente, as
crianças podem construir suas personagens (com fantoches de dedos ou palitos de
sorvete) e brincar de contar a história junto com o professor, mostrando as perso-
nagens assim que escutam o professor apresentá-las (the wolf, the king, the witch, ou
outros). Desse modo, a retomada de itens lexicais – sempre de maneira contextuali-
zada, em diferentes atividades, em diferentes momentos de uma sequência didática,
favorecem a necessária compreensão linguística.

O CONCEITO DE ITEM LEXICAL E A IDEIA DE CAMPO

O conceito de item lexical amplia a noção de vocabulário de uma língua, não


mais entendido como uma lista de palavras isoladas, mas sim observando o aspecto
relacional entre elas, organizando-as em função de suas combinações e de como nossa
memória estrutura esse conhecimento. Nessa perspectiva, a ideia de campo é muito
esclarecedora, pois indica de que modo as experiências vividas por meio dos usos da
linguagem são armazenadas na memória. Ao apresentarem os três tipos de campo
existentes, Donnini, Platero e Weigel (2010) descrevem o campo lexical como:
[...] “palavras que derivam de um mesmo radical. Trata-se da ‘família’ de uma
palavra, por exemplo: corre, corrida, corre-corre, corredeira”. O campo semântico
é constituído a partir dos conceitos, dos significados que uma palavra pode ter. Por
exemplo, o campo semântico de “ganhar” engloba vocábulos como vencer (como em
ganhar um jogo), triunfar (ganhar uma disputa), receber (como em ganhar um pre-
sente) e economizar (como em ganhar tempo). Já o campo associativo diz respeito às
relações que estabelecemos entre as palavras, dada a nossa experiência prévia, levando
em conta fatores afetivos. Um campo associativo pode conter uma série de vocábulos
aparentemente aleatórios do ponto de vista linguístico. (p.56).
Itens lexicais organizados em diferentes campos incluem palavras tradicionalmen-
te relacionadas a temas específicos (materiais escolares, cores, vestuário, atividades
diárias, esportes); palavras usadas em combinações fixas, como upside down; frases
prontas como I think so, No way, I’m sorry; frases completas (que podem eventualmente
sofrer pequenas adaptações), por exemplo How old are you? Where are you from?; e estru-
turas lexicais fixas, usadas na composição de gêneros, por exemplo Once upon a time, ...
and they lived happily ever after.

Em todos os ciclos trabalhar com os itens lexicais e não com palavras


isoladas favorece a reflexão linguística, principalmente no Ciclo Autoral quando
o pensamento analítico pode comparar e contrastar, de modo mais complexo,
as regularidades da Língua Inglesa com os da língua materna. Por exemplo, ao

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

trabalhar com partes do dia, o professor deve insistir no uso de expressões como
in the morning, Monday morning, etc, por serem combinações de uso corrente na
língua. Se forem assim compreendidas pelos estudantes, posteriormente no Ciclo
Autoral será possível conversar com eles sobre o uso da preposição “in” em inglês,
bem como o uso de substantivos na função de adjetivos (no caso de Monday mor-
ning), ou nominal groups, construção típica da Língua Inglesa.
Ainda no Ciclo de Alfabetização e início do Interdisciplinar, sugerimos
que atividades lúdicas com foco em itens lexicais específicos sejam as dinâmicas
centrais do trabalho nesse eixo. Jogos e brincadeiras utilizando flashcards (como
jogo da memória, ou snap), bingo, meu mestre mandou (Simon says), telefone sem
fio (chinese whispers), batata quente (hot potato), tapinha (snap) são apenas alguns
exemplos de dinâmicas que favorecem o desenvolvimento do repertório linguístico
dos estudantes com foco no brincar e na oralidade, prioritariamente.
Especialmente no final do Ciclo Interdisciplinar e em todo o Autoral, ati-
vidades que envolvem a análise sintática da língua e das regras que abrangem a
formação de palavras e os tempos verbais em Inglês podem ser enfatizadas, sempre
de modo contextualizado e a partir de uma abordagem indutiva. Também uma
análise “contrastiva” com a Língua Portuguesa favorece a compreensão significa-
tiva de como a Língua Inglesa funciona. Neste sentido os estudantes são encora-
jados a não apenas reconhecerem formas e usos do inglês em diferentes gêneros e
contextos, mas principalmente recriá-los, transformando-os, buscando dar sentido
ao que desejam comunicar. Aqui, importa orientar a análise e reflexão linguística
também por meio de uma abordagem indutiva de ensino, ou seja, por meio de um
processo de indagação dos usos e das estruturas em contexto, de modo a levar os
estudantes a sintetizarem as regras de funcionamento da língua.
O enfoque no investigar, principalmente no Ciclo Interdisciplinar, potencia-
liza esse tipo de reflexão sobre a língua, desenvolvendo nos estudantes a metalin-
guagem necessária para a progressão dentro do eixo Prática de análise linguística
no Ciclo Autoral.

ABORDAGEM INDUTIVA
Na abordagem indutiva, os estudantes são levados a concluir ou sintetizar as
regras de funcionamento da língua por meio da análise e reflexão de seus usos, obser-
vando padrões de recorrência, semelhanças e diferenças. Trata-se de um diálogo que
pode ser estabelecido pelo professor e conduzido por ele, encorajando os estudantes
a descobrirem as respostas nos textos, ou ainda, no Ciclo Autoral, pelo estudo in-
dividual ou em pequenos grupos. Por exemplo, se o objetivo é sistematizar com os
estudantes a forma do passado simples de verbos regulares e irregulares em inglês, um
conjunto de questões nessa abordagem pode ser o seguinte:

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

1. O conto que acabamos de ler faz uma narrativa de eventos passados. Volte
ao texto e observe os verbos destacados em vermelho e em azul. Transponha
esses verbos para o quadro abaixo:

Verbs – base form Past form Verbs – base form Past form
arrive arrived Tell Told
live lived Run Ran
walk walked Eat Ate

2. Agora observe os verbos na coluna em vermelho. O que há de semelhante


entre eles?
3. Observe agora os verbos na coluna em azul. Eles seguem a mesma seme-
lhança dos verbos em vermelho?
4. A que conclusão você chega, comparando os verbos em vermelho e azul?
Como formamos o passado dos verbos em inglês? Com a ajuda do seu
professor, escreva uma explicação para a formação do Passado simples
em inglês.

As atividades lúdicas nesses ciclos também devem ser valorizadas, quer seja
nos momentos em que o repertório linguístico precisa ser aplicado de forma con-
textualizada, quer seja nos momentos em que precisa ser retomado, para compre-
ensão. Essas atividades, que podem envolver dinâmicas um pouco mais complexas,
devem ser enriquecidas com expressões da língua que dão maior “amplitude” aos
contextos de comunicação. Um exemplo de ocorrência dessa natureza é quando,
em uma situação de jogo se quer indicar quem inicia: os estudantes devem decidir
quem começa: tirar par ou ímpar (even or odds?), fazer o “joquenpô” (paper, scissors,
rock!) ou “Uni duni tê” (Eeny, meeny, miny, moe. Catch a tiger by the toe. If he hollers, let
him go. Eeny, meeny, miny, moe.) Uma atividade como jogo da velha (tic-tac-toe) ou o
“20 questions” pode ser usada para retomar aspectos relativos a diversas estruturas
linguísticas (como formação de perguntas e respostas, tempos verbais). Outras
brincadeiras como a forca (hangman), caça-palavras (word hunt), palavras cruza-
das (crossword puzzles), adivinhas (riddles) e diferentes quebra-cabeças (brain teasers)
também reforçam a memória do repertório lexical trabalhado em sala de aula e,
sobretudo riddles e brain teasers, estimulam o raciocínio lógico e a criatividade lin-
guística.
Outras atividades que trabalhem compreensão das estruturas sintáticas da
língua, como explicitar a ordem sintática das frases em Inglês (sujeito+verbo+pre-
dicado), podem auxiliar na ampliação do repertório dos estudantes.
No Ciclo Autoral, a ampliação e sistematização de aspectos sintáticos da
língua são favorecidas. Dessa forma, é mais eficiente trabalhar com os estudantes
o léxico por meio de collocations, ou seja, combinações entre palavras que são muito
recorrentes, intrinsecamente relacionadas aos contextos em que são utilizadas.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Conhecer outros processos de formação de palavras, contrastando esses


processos em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, dá condições para que os estu-
dantes recriem a linguagem na produção de textos orais ou escritos, multimodais,
bem como utilizem esse conhecimento para a interação com textos diversos. Veja
o relato da professora Benélia de Jesus da Silva sobre uma atividade de leitura de
texto em que a reflexão sobre collocations foi bastante enriquecedora para os estu-
dantes do 5º ano:

Estava trabalhando com estratégias de leitura, conversando com os estudantes


sobre como tentar adivinhar o significado de uma palavra usando as palavras que vêm
antes e depois dela. Um deles fez um comentário interessante: “em inglês isso acontece
muito, né professora - eles combinam as palavras e elas viram outra coisa”. E eu comen-
tei: E em português, isso não acontece? O estudante respondeu que não e então fiz uma
provocação: “Ué, se eu digo pra você assim: ontem na festa junina aqui da escola eu comi
um monte de pé-de-....?” E o estudante respondeu sem pensar: “... moleque, professo-
ra.“ E eu arrematei: “ Então, em português, a gente combinou pé + moleque e deu nisso,
um doce.” Ele arregalou os olhos, como se tivesse descoberto a América e então eu apro-
veitei e reforcei com as crianças que também podemos usar o conhecimento sobre como
a Língua Portuguesa funciona para entender como outras línguas funcionam, ajudando a
gente a ler um texto, por exemplo. Ganhei meu dia com essa turminha, viu!

Nesse ciclo e no Interdisciplinar, jogos


de tabuleiro também são muito eficientes para Ao trabalhar com jogos, o pro-
fessor evidencia saberes importantes
engajar os estudantes em vivências significativas
para os estudantes. Entre eles estão:
em inglês e fazê-los trabalhar com a reflexão e “agir com empatia, trabalhar em grupo,
análise linguística. Snakes and ladders e Jeopardy, criar, pactuar e respeitar princípios de
por exemplo, são bem tradicionais, e este últi- convivência, solucionar conflitos e de-
senvolver a tolerância à frustração (SÃO
mo pode, inclusive, ser estruturado a partir de PAULO, 2017, p.35).
uma abordagem cooperativa em jogos, promo- Tornar observável aos estudantes tais
vendo a participação de todos os estudantes de saberes é fundamental para que passem
modo equitativo. Uma estrutura típica dentro a vivenciá-los de forma consciente.
dessa abordagem é conhecida por Numbered-he- Após a realização dos jogos, além da re-
ads. Nesse design, os estudantes trabalham em flexão e avaliação sobre os conteúdos,
deve-se refletir também sobre tais atitu-
equipes e cada estudante recebe um número. des envolvidas no trabalho coletivo.
O material trabalhado no jogo pode ser tanto
linguístico quanto temático. O professor faz uma
pergunta às equipes (ou propõe uma tarefa) e os es-
tudantes devem trabalhar juntos para chegar à resposta/completar a tarefa. Todos
da equipe devem saber a resposta/fazer a tarefa porque ninguém sabe quem vai
ser chamado pelo professor para representar o grupo. O professor então sorteia/
escolhe um número-representante do estudante, que deve então responder a per-
gunta/executar a tarefa.

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Em suma, jogos e brincadeiras dentro do eixo Prática de análise linguística


devem ser utilizados para promover a ampliação do repertório linguístico dos es-
tudantes e desenvolver a metalinguagem necessária, construindo alicerces para as
próximas etapas.

FOCO NA AMPLIAÇÃO DE REPERTÓRIO LEXICAL

yy Para jogos, flashcards e outros materiais didáticos, acesse


http://www.english-4kids.com/games.html
http://www.hello-world.com/languages.php/?language=English
https://www.eslkidstuff.com/Gamescontents.htm

yy Para flashcards relacionados aos repertórios lexicais dos 1º ao 3º anos, acesse


http://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/flashcards - o link apresenta vários temas
que podem ser usados no Ciclo Interdisciplinar
http://www.learningchocolate.com/ - o site é uma plataforma de aprendizagem de
léxico on-line, que apresenta imagens e áudio para a aprendizagem de léxico organiza-
do em diferentes tópicos. Há atividades on-line do tipo “Arraste” e “Ouça e escreva a
palavra” que podem ser utilizadas em diferentes anos ao longo dos 2 ciclos.

FOCO NOS CICLOS INTERDISCIPLINAR E AUTORAL

yy Para conhecer brain teasers, acesse


https://icebreakerideas.com/brain-teasers/

yy Para grammar activities, jogos on-line e vídeos sobre estruturas linguísticas, acesse
http://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/grammar-practice
http://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/grammar-videos

yy Para criar caça-palavras e palavras cruzadas, acesse


https://www.puzzle-maker.com/CW/
http://puzzlemaker.discoveryeducation.com/CrissCrossSetupForm.asp

yy Para criar jogos de tabuleiro, acesse


http://boardgames.lovetoknow.com/Create_Your_Own_Printable_Board_Game
https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/crafts/board-game-template

yy Para imprimir o board do jogo Snakes and Ladders, dados e peões do jogo, acesse
https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/crafts/snakes-and-ladders

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Foto: Daniel Cunha - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Orientações Didáticas do Currículo da Cidade


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Língua Inglesa
Língua Inglesa

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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Prática de Produção de
Textos Escritos

Como enfatizado no eixo Leitura, a criança, ao ingressar no Ensino Fun-


damental, já teve contato com práticas de escrita diversas em Língua Portuguesa
e, por vezes, em outras línguas, especialmente em Língua Inglesa, dada a sua in-
teração com um vasto repertório de textos multimodais em cartazes e anúncios,
roupas, jogos e brinquedos, presentes no seu cotidiano. Em um centro urbano al-
tamente letrado como São Paulo, as crianças têm contato com a linguagem verbal
escrita em várias situações de comunicação, nos mais diferentes meios (como a TV,
a internet, livros infantis, por exemplo) e lugares (em casa, na rua, no shopping).
A exposição da criança à escrita, nesse caso, acontece também em inglês, presente
nas lojas (em que se vê escrito “sale”, por exemplo): na TV (em programas infantis
como “Backyardigans”, ”High Five”); nos brinquedos e personagens de histórias e
filmes, enfim, uma grande imersão da criança ao Inglês, fruto, especialmente, do
mundo globalizado e da indústria de consumo. Nesse sentido, podemos considerar
que as novas gerações, expostas à imensidade de textos multimodais e aos efeitos
desse processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regi-
ões do planeta que chamamos de globalização, têm, desde pequenas, a Língua In-
glesa incorporada ao seu dia a dia, de alguma forma. Assim o Inglês se faz presente
como referencial de comunicação de uma “cultura globalizada”, que transita, em
especial, pelas diversas esferas de atividades humanas e gêneros discursivos e, pela
indústria cultural, com reflexos no consumo e nas práticas sociais, assumindo, por-
tanto, a sua condição de língua franca e as perspectivas plurilíngues e multicultu-
rais nela indicadas.
Muitas vezes, a criança, sem o conhecimento do sistema de escrita alfabé-
tica, com um lápis na mão se põe a rabiscar, indicando a quem estiver por perto
que escreveu alguma coisa (chegando, inclusive, a nomear o que escreveu). Desse
modo, ela demonstra ter incorporado formas de comportamento já consolidadas,
por influência da sua interação com as práticas de letramento do seu convívio so-
cial, em família ou no seu entorno. Assim, a criança concebe a escrita como uma
“representação da fala”, relacionando-a ao registro da “comunicação oral” que,
por sua vez, é “indicadora” de sua realidade social, em que são representadas as
suas vivências e sentimentos.
A escrita como produção, no Ciclo de Alfabetização, é trabalhada apenas
em Língua Portuguesa, com a presença de atividades de introdução da criança ao

47
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

sistema alfabético e suas convenções - a alfabetização propriamente dita − e as


práticas de letramento, com foco no uso social da leitura e da escrita.
Em Língua Inglesa, o trabalho pedagógico com a escrita concentra-se nos
processos de letramento com foco na leitura. Isso não significa que a criança fi-
que à parte do mundo da escrita em Língua Inglesa. Cartazes, jogos, brincadei-
ras e outras atividades em que a ludicidade seja explorada auxiliam no processo
de construção do conhecimento da linguagem escrita. A criança constrói sentidos
interagindo com tudo o que está ao seu redor e, por isso, conviver e entender o
significado e as funções da escrita faz parte do processo de aprendizagem. Nesse
aspecto, o contato com todo tipo de material que possa estimular as crianças ao
convívio com o mundo letrado - como livros, revistas, jogos, anúncios e cartazes
com figuras e com palavras escritas – deve ser garantido nesse momento do proces-
so escolar, desde que contextualizado com as práticas planejadas pelo professor.
Ao ingressar no ciclo seguinte, o Interdisciplinar, com a alfabetização
consolidada, as crianças podem vivenciar um processo de aprendizado da escrita
em Língua Inglesa mais ágil e rápido. É importante salientar que é nesse ciclo que
os estudantes irão iniciar o processo de produção escrita em Língua Inglesa pro-
priamente dito, o que significa que serão novamente “alfabetizados” em outra
língua. Desse modo, a alfabetização em Língua Inglesa acontece no Ciclo Inter-
disciplinar, em que pesem as possibilidades de conhecimento do sistema alfa-
bético da língua, por alguns estudantes, antes desse período. Espera-se também
que, apesar da imersão nas atividades com foco na oralidade, no ciclo anterior,
os estudantes consigam, no Ciclo Interdisciplinar, desvencilhar-se da relação fo-
nema/grafema (o que iria, por exemplo, induzi-los a escrever “titcher” em vez de
teacher ou “buki” em vez de book). Para que isso efetivamente aconteça, um novo
processo de alfabetização, agora em Língua Inglesa, deve ser desencadeado, com
foco nos processos de letramentos já existentes e no desenvolvimento da consci-
ência fonológica com atividades que permitam ao estudante conhecer e refletir
sobre a sonoridade da palavra, ligando esse conhecimento a sua forma escrita.
Uma atividade como preenchimento de lacunas com ou sem opções (filling in the
gaps with / without choice) que envolva o reconhecimento da palavra escrita a partir
da sua escuta (em uma música ou outro tipo de texto oral), é um exemplo de
estratégia para o desenvolvimento da escrita em Língua Inglesa. Atividades que
envolvam a construção de frases por meio de figuras ilustrativas, a construção de
jogos de memória com palavras, jogo da forca, dominó de palavras e desenhos,
caça-palavras ou cruzadinha, também auxiliam no processo de aprendizagem da
escrita nas aulas de inglês.
Entretanto, vale salientar que a escrita é um processo cujo aprendizado, ao
longo da escolaridade básica, inclui pelo menos compreender o que é lido e escre-
ver de forma que os outros compreendam o que se escreve (admitindo-se, portan-
to, situações de hibridismo, plurilinguismo e de negociação de sentidos); conhecer
diferentes gêneros e modalidades de textos e fazer uso deles para ler e para escrever

48
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

(incentivando, assim, a multimodalidade e a exploração de diferentes formas e


usos, característica do processo investigativo do Ciclo Interdisciplinar).
Produzir um texto é, na verdade, fazê-lo circular. Observa-se, portanto, o
conceito de gênero vinculado à prática social, resultante dos hábitos, atitudes e
valores disseminados numa comunidade ou grupo social. Os gêneros assim conce-
bidos são aqueles que circulam nas esferas de atividades sociais da linguagem oral
ou escrita dos estudantes, ou seja, aqueles que circulam no entorno dos jovens e
com os quais estes estão familiarizados, incluindo-se nessa listagem também os
gêneros conhecidos pelos estudantes em Língua Portuguesa, que servirão de refe-
rência para a escrita em Língua Inglesa. Assim, atividades de escrita que partam
do conhecimento dos estudantes a respeito de algum gênero conhecido como um
convite, por exemplo, pode ser trabalhado como produção escrita bastante sim-
ples, apenas com o preenchimento do nome do convidado, quem convida, a razão
do convite (o evento), a data e local do evento e outras informações adicionais,
caso sejam necessárias.
Os gêneros são inúmeros e cada um deles possui o seu próprio estilo de
escrita e de estrutura composicional, que deverá ser trabalhada a serviço desses
gêneros e em relação ao contexto de comunicação.
Alguns exemplos facilmente reconhecidos e que podem ser explorados
como produção escrita no Ciclo Interdisciplinar são: bilhetes, recados e mensagens
(por WhatsApp, inclusive), e-mails, receitas, diário, manual de instruções, picture
dictionary (para consolidação de vocabulário), maquetes (como construir o mapa
da escola, nomeando os locais), pequenos sketches, histórias em quadrinhos, notí-
cias e relatos, regulamentos, lista de compras e/ou preferências. Em muitos desses
casos podem ser também integrados conteúdos trabalhados em outros compo-
nentes, com a presença de elementos gráficos auxiliares como figuras, desenhos,
gráficos, emojis, etc.
Um exemplo de atividade de produção integrada a outro componente do
currículo é a elaboração de um “picture dictionary” (como projeto individual ou de
grupo) com os temas/assuntos relacionados a componentes específicos (partes
do corpo, por exemplo, atividades de tempo livre e esportes), ou um pôster sobre
alimentação saudável em colaboração com a área de Ciências da Natureza. Em ati-
vidades desse tipo, os estudantes, além do desafio da produção escrita em inglês,
desenvolvem também outros saberes por meio da Língua Inglesa, contribuindo
para uma aprendizagem significativa com foco na formação integral.
No Ciclo Autoral, a produção escrita deve ter continuidade como atividade
processual, trabalhada a partir de gêneros. Em uma abordagem com foco no pro-
cesso, o estudante deve produzir um texto com oportunidade para muitas revisões
e com suporte de diferentes tipos de feedback: dele próprio como leitor e revisor de
sua produção ou de outras pessoas, como o professor, os colegas e outros leitores
que porventura tenham acesso ao que ele escreveu.

49
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Como salientado antes, os gêneros a serem trabalhados são, geralmente,


aqueles que circulam na sociedade, ou que são relevantes para a fase da puberdade
e adolescência, mais aproximados das vivências e interesses dos estudantes nesse
momento escolar, o que não excluiu outros textos, de acordo com os projetos e/
ou interesses dos grupos.
Privilegia-se o texto em sua totalidade e não como um conjunto de uni-
dades frasais em uma dada sequência. Os recursos linguísticos continuam a ser
utilizados a serviço do(s) sentido(s) que se quer produzir, cuja estrutura se orienta
a partir de um contexto de comunicação.
No momento de escolher temas adequados aos diferentes gêneros, o pa-
pel do professor é o de propor discussões sobre problemas que estão sendo de-
batidos na sociedade ou que precisam sê-lo. Sendo assim, os ODS, as questões
locais ou atuais, os problemas de convívio, as contradições sociais podem ser
foco de estudo.
O processo de produção escrita no Ciclo Autoral deve ser trabalhado em
etapas, com maior ou menor mediação do professor. Cada etapa pode desenvol-
ver-se a partir de atividades de escrita processual que recuperam momentos dife-
rentes do processo: a pré-escrita (ou planejamento da escrita), a escrita, a revisão
e a reescrita. Cada um desses momentos pode ser devidamente explorado, com a
inclusão de atividades de escrita orientada que irão funcionar como auxiliares para
a produção do estudante. Atividades que envolvam o planejamento do texto, com
definição dos elementos gráficos ou visuais que poderão compor a produção, são
um exemplo de atividade orientada.
Na verdade, as atividades de escrita processual recuperam as fases funda-
mentais para a produção escrita de qualquer texto, não importa a língua em que
é produzido. O primeiro momento, da pré-escrita ou de preparação para a escri-
ta, deve envolver um levantamento de ideias, um levantamento de dados históri-
cos, estatísticos ou entrevistas, seguido de um planejamento do que será escrito,
momento em que o estudante decide o que vai escrever em termos de conteúdo,
forma, elementos multimodais, características do papel, tipo de letra, cores, ilus-
trações, entre outros. A etapa seguinte é a do primeiro rascunho, complementada
pela leitura e releitura ao longo dessa escrita, com idas e vindas e eventuais reade-
quações e melhorias até a sua finalização. Novamente propõe-se uma nova leitura
que caracteriza a etapa de revisão para a produção final do texto (edição), a ser fei-
ta pelo próprio estudante, e poderá incluir também a leitura, avaliação e correção
desenvolvida por um colega ou pelo professor (ou mais de uma), em momentos de
interpretação e avaliação do que foi escrito por diferentes leitores.
Nesse processo, o professor tem um papel fundamental. É ele quem faz
indicações nos diferentes momentos do percurso para ajudar os estudantes na
continuidade da escrita, e não somente no produto final. Por isso retomamos um
aspecto importante na organização do ensino (movimento metodológico de or-

50
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

ganização da ação docente): é necessário que o professor trabalhe essas produ-


ções primeiro de maneira coletiva (sendo o modelizador e/ou escriba), depois em
grupos e duplas até chegar à atividade individual. Isso garante que os estudantes
vivenciem uma mesma atividade diversas vezes até realizá-la de forma autônoma.
Sobre o movimento
Enfatiza-se a importância das várias modalidades de pesquisas a serem metodológico de
aqui acionadas, utilizando dicionários, sites, banco de dados, entrevistas, docu- organização da ação
docente, ver Currí-
mentos históricos, georreferenciamentos, leis brasileiras. Neste momento, as ati- culo da Cidade de
vidades ganham forte potencial interdisciplinar. Os professores de Sala e Espaço Língua Portuguesa
de Leitura, de Informática Educativa e de outros componentes curriculares podem
auxiliar com exemplos de propostas para dar mais amplitude à produção de textos.
No Ciclo Autoral novos gêneros podem ser explorados em atividades que
desenvolvam a resolução de problemas, o pensamento crítico, científico e criativo,
a comunicação nos meios digitais, entre outros saberes que poderão ser comparti-
lhados em atividades de escrita coletiva, como elaboração de cartazes, construção
de blogs, histórias em quadrinhos, portfólios, dramatizações, vídeos entre outras.
O foco no intervir, característico desse ciclo, permite explorar gêneros como
contos e lendas (com propostas de alteração, ampliação, nova contextualização
da história, por exemplo); biografias (com exploração de personagens de relevân-
cia social/cultural/histórica para a comunidade/sociedade); notícias/comunica-
dos/ campanhas publicitárias nas mídias digitais (com proposta de criação de um
blog da classe/da escola/do entorno/da comunidade, tweets), cujos conteúdos po-
dem servir de referência para projetos desenvolvidos pelos estudantes em grupos,
integrados a outros conteúdos trabalhados na escola e/ou aspectos relacionados
à dimensão cultural e divulgados para novos leitores (da escola, da comunidade).
As atividades de produção escrita são também um espaço privilegiado para
explorar o uso do dicionário, consultar livros, sites e blogs sobre assuntos relacio-
nados com o tema escolhido para escrita; investigar sobre temas relacionados à
diversidade e identidade cultural (próprias do seu país e/ou de outros, relacionan-
do-as/contrastando-as, se for o caso). Integrar a leitura à escrita, especialmente
no Ciclo Autoral, é de fundamental importância para a ampliação de horizontes,
ideias e, em alguns casos, a desconstrução de preconceitos e o desenvolvimento de
valores éticos para a boa convivência de todos dentro e fora da escola. Além disso,
é na produção escrita que o estudante toma consciência e reflete efetivamente so-
bre o funcionamento da língua, empreendendo, de fato, uma análise linguística a
serviço do seu texto.
Nesse sentido, a análise linguística e a reflexão sobre os recursos linguísti-
cos a serem empregados na produção do texto precisam estar a serviço das prá-
ticas de linguagem. Esse processo é gradual e, à medida que o estudante vai per-
cebendo como a língua funciona, vai se tornando mais consciente, mais seguro e
mais crítico para utilizar os recursos que conhece/domina para se fazer entender
por meio da escrita. Importante é dar voz aos estudantes para que façam da escrita

51
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

um meio de exercer um protagonismo autônomo, crítico, cidadão e significativo


para eles enquanto estiverem na escola e, depois, fora dela.

FOCO NO CICLO INTERDISCIPLINAR

yy Para Picture dictionaries, acesse


http://www.pdictionary.com
http://capl.washjeff.edu/index.php
yy Para ferramentas de criação de tirinhas, acesse
https://www.bitmoji.com/
https://www.pixton.com/
http://writecomics.com/
yy Para criar posters, acesse
https://www.postermywall.com/

FOCO NO CICLO AUTORAL

yy Para trabalhar dicionários multilíngues on-line, acesse


http://www.linguee.com.br/?from=com
http://pt.bab.la/
yy Para trabalhar com ferramenta de apresentação on-line, acesse
https://prezi.com/login/
yy Para produção de questionários e jogos, acesse:
https://www.quia.com/web
yy Para produzir histórias, acesse
https://www.storyjumper.com/
https://storybird.com/
yy Para trabalhar com a criação de um mural on-line, acesse
https://padlet.com/my/dashboard

52
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Orientações Didáticas do Currículo da Cidade


53
Língua Inglesa
Língua Inglesa

Proposta de
Integração de Eixos
- Sugestões
A seguir você encontra sugestões de projetos – um por ano - nos quais
grande parte dos conteúdos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
presentes nos eixos estão integrados. Reforçamos que se tratam de sugestões,
podendo ser adaptadas, rearranjadas e/ou ampliadas em função das especifici-
dades do contexto escolar.

54
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa
Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Ciclo de Alfabetização 1º ano


Matriz de saberes Foco na Abertura à Diversidade - empatia pela diferença, criação de laços de amizade,
sentimento de pertencimento e ao mesmo tempo acolhimento à diversidade, dentre outros que
podem ser aprofundados

No de aulas 10 aulas

Atividade em foco Ouvir uma história, cantar uma canção infantil, participar de brincadeiras típicas de crianças
falantes de inglês como língua nativa ou língua adicional

Temas / Recursos - Paradidático The Grimm’s brothers (verificar acervo da escola) ou The Ugly Duckling (dis-
didáticos sugeridos ponível em https://www.youtube.com/watch?v=TyrmcD8Yml0 - ou https://www.youtube.com/
watch?v=IEje6W9aZqk Acesso em: 13 out. 2017)

- Canção infantil (rhyme): Old Macdonald had a farm (canção e atividades disponíveis em
http://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/songs/old-macdonald-had-farm)

- Brincadeiras: Mbube (Gana) e Kamensi Mpuku Ne (Congo)

Produto final: - Criar a maquete de uma fazenda e as famílias de animais, com legendas em inglês
sugestões
- Criar fantoches (em palitos de sorvete) para que as crianças contem a história em casa para
a família (irmãos mais novos, por exemplo), dizendo o nome dos animais em inglês

55
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo de Alfabetização 1º ano


The Ugly duckling 1 aula: Contar 1 aula: Brincar de 1 aula: Contar a
(ou) The Grimm’s a história para os hot potato com léxico história novamente e
brothers estudantes. relacionado à história cada vez que uma per-
da aula anterior. sonagem aparece, os
estudantes devem mos-
Construir com os
trar o animal. Iniciar o
estudantes fantoches
projeto: levantar com os
(palitos de sorvete)
estudantes as etapas
ou dobraduras com
para a construção
os animais da história
(materiais necessários
(duck, ducklings,
- reciclados, pintura,
tombcat, hen, swam,
desenho, e incluir os
por exemplo).
fantoches, que serão
construídos ao longo
das aulas).

Old Macdonald 1 aula: cantar a 1 aula: Brincar com 1 aula: Continuar a


canção com os estu- flashcards (jogo da produção da maquete,
dantes 1 vez, enfa- memória, por exem- incluindo agora os
tizando os sons que plo). Construir com os novos fantoches. Os
os animais fazem, estudantes fantoches estudantes podem ser
depois cantar mais (palitos de sorvete) ou organizados em grupos
uma vez, ir parando dobraduras com os ani- e se responsabilizarem
e pedindo para os mais da história (duck, pela construção de uma
estudantes fazerem ducklings, tombcat, parte da fazenda.
os sons dos animais. hen, swam, etc.).
Para finalizar, ativida-
de de colorir (uma
fazenda, animais de
uma fazenda, etc.) .

56
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo de Alfabetização 1º ano


Brincadeiras 1 aula: O assunto 1 aula: Bingo com 2 aulas: Finalizar a
infantis ao redor “Brincadeiras” pode vocabulário relativo a produção da maque-
do mundo ser apresentado animais. Em seguida, te, incluindo agora
perguntando para os estudantes vão os novos fantoches.
as crianças se co- conhecer mais uma Na última aula, os
nhecem brincadeiras brincadeira africana estudantes podem
com nomes de ani- (Congo) chamada cantar Old Macdonald
mais (por exemplo, a Kameshi Mpuku Ne (O novamente, brincando
roda do gato e rato). gato e o rato). com a maquete, e esco-
A brincadeira propos- lherem uma brincadeira
Professor: Para
ta aqui é a Mbube africana favorita para
conhecer a brincadeira,
(brincadeira típica de brincarem.
acesse
Gana, Africa). “Mbu-
be” significa chamar https://www.youtube.
o leão, uma vez que com/watch?v=vf-
“imbube” é uma das qUB4BlB_A
palavras para “leão”
no idioma Zulu. O
jogo é semelhante ao
nossa cabra-cega e
se encaixa tematica-
mente ao repertório
lexical central com o
qual os estudantes
estão trabalhando
(animais).
Professor: para
conhecer a brinca-
deira, acesse
https://www.youtube.
com/watch?v=F-
c52icTSPxI
https://www.youtube.
com/watch?v=mwJr-
P73y81g

57
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Foto: Daniel Cunha - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / SME

Língua Inglesa

Foto: Daniel Cunha - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo de Alfabetização - 2º ano
Matriz de saberes Foco em Responsabilidade e Participação (por exemplo, apreciar os espaços da
escola, usufruindo deles com cuidado, construir brinquedos com material reciclado, verificar a
limpeza e os espaços de convívio, dentre outros)

No de aulas 08 aulas

Temas / Recursos - Paradidático Callum, the caterpillar (ou) cenas do filme Toy story 1
didáticos sugeridos
- Canção infantil (Playing in the playground), disponível em http://learnenglishkids.
britishcouncil.org/en/songs/playing-the-playground

- Cenas do filme Toy story 1

- Música: You’ve got a friend in me (do filme Toy story 1)

Atividades em foco - Ouvir uma história, brincar apreciando os espaços da escola, cantar uma música em inglês

Produto final: - Compor um picture book (livro de fotos dos estudantes com seus brinquedos favoritos)
sugestões
- Construir brinquedos com material reciclado e apresentação para a turma

58
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo de Alfabetização 2º ano


Playing in the 1 aula: Trabalhar 1 aula: Retomar os 1 aula: Para
playground um repertório lexical nomes de brinquedos apresentar a história
(canção infantil) relativo a brinquedos no playground em Callum, the Caterpillar,
e / ou Callum, (para brincar fora, no inglês, usando perguntar aos estudan-
the caterpillar pátio da escola ou flashcards. Usar tes em quais lugares
(paradidático) playground). Cantar brincadeiras (jogo podemos brincar, além
com as crianças da memória, bingo, do playground. Contar
a canção: http:// hot potato, etc.) para a história para as
learnenglishkids. trabalhar o repertório crianças e trabalhar o
britishcouncil.org/en/ lexical com as repertório de cores e
songs/playing-the- crianças. elementos da natureza,
playground. valorizando-a.
Professor: no link Professor: verificar
acima, há ativida- no acervo da escola a
des que podem ser disponibilidade do título,
desenvolvidas na aula ou de algum outro com
(flashcards, ativida- temática semelhante.
des de colorir, entre
outras).

Uma cena de Toy 1 aula: Conversar 2 aulas: Em uma 2 aulas: A atividade


story 1 com as crianças sobre aula, você poderá central destas aulas
filmes que eles co- trabalhar com a é a apresentação dos
nhecem que falam de música You’ve got brinquedos que os
brinquedos. Trabalhar a friend in me para estudantes trouxeram.
com uma cena do explorar o tema da Cada um deve mostrar
filme Toy story 1 amizade. Posterior- o brinquedo, dizer o
mente, estabelecer que é, a cor caracterís-
Sugestão para o
uma comparação, com tica (Por exemplo: This
professor:
a ajuda das crianças, is my toy car. It’s Black
www.youtube.com/ sobre as histórias que and White). Durante a
watch?v=4X0ejht- eles conheceram nas apresentação, fotogra-
P7iA&list=PLa4h5w- duas últimas aulas: far os estudantes para
Z-tVCXhqSCZi1vs5s- contrastar o espaço de a produção do livro
3f3Exkmg3D&index=2 brincar, os nomes em (uma das opções de
inglês dos brinquedos. produto final). Propor
Levantar com as
Se a escola tiver um aos estudantes que
crianças um repertório
playground, levar as compartilhem seus
lexical de brinquedos
crianças para brinca- brinquedos com os
(para brincar dentro de
rem no espaço. Pedir amigos para brincar.
casa/da sala).
para os estudantes ob- Pensar aqui em uma
servarem o espaço e atividade inclusiva que
indicarem as cores dos possa envolver estu-
elementos da natureza dantes com alguma
e dos brinquedos do forma de deficiência.
playground.
Pedir para que os
estudantes tragam um
brinquedo favorito para
a próxima aula.

59
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo de Alfabetização - 3º ano
Matriz de saberes Foco em Empatia e Colaboração (por exemplo, trabalhar com grupo, agir com empatia,
criar, pactuar e respeitar princípios de convivência, fortalecer o sentimento de pertencimento
ao grupo)

No de aulas 9 a 10 aulas

Temas / Recursos - Nursery rhymes (Ten Green bottles)


didáticos sugeridos
- Fábula Africana (vídeo): Why Anansi has thin legs disponível em http://learnenglishkids.
britishcouncil.org/en/short-stories/why-anansi-has-thin-legs

- Desenho animado Nigeriano: Bino & Fino celebrate Nigeria Independence day disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=hxJ6Sn4Kr48

- Atividades relativas ao tema “festa de aniversário” (calendário de aniversários, convite para


festa) disponíveis em http://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/birthdays

Atividades em foco - Ouvir e dramatizar uma história


- Cantar e brincar
- Participar de uma festa de aniversário

Produto final: - Pôster com o calendário de aniversários dos estudantes em inglês


sugestões - Preparar uma festa de aniversário coletiva, para os aniversariantes do mês

60
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo de Alfabetização 3º ano


Ten Green 1 aula: Cantar e brincar 2 aulas: A atividade 1 aula: Propor
bottles com o rhyme Ten green central desta vivência é a brincadeiras para as
(nursery bottles. Como foco lexical, contação de uma fábula crianças retomarem o
rhyme) apresentar e trabalhar os africana, que narra a vocabulário trabalhado
e números cardinais. Esta história de anansi, figura nas aulas anterio-
Fábula aula é uma brincadeira importante no folclore res, principalmente
africana: Why com a canção 10 green africano. Para além do numerais ordinais (com
anansi has thin bottles. trabalho com aspectos jogo da memória, bingo
legs culturais do tema, a com continhas – adição
Sugestão para o
fábula possibilita retomar e subtração, entre
professor: Veja uma
vocabulário relativo a outros).
ideia para a dinâmica em
números e trabalhar e/
https://www.youtube.com/ ou retomar outros grupos
watch?v= tazUWUHUQDs lexicais, como alimentos
https://www.youtube.com/ e animais.
watch?v=hxJ6Sn4Kr48
Professor: Acesse a
história em
http://learnenglishkids.
britishcouncil.org/en/
short-stories/why-anansi-
-has-thin-legs

Bino & Fino 2 aulas: Em continui- 2/3 aulas: Organizar / 1 aula: Nesta aula a
celebrate dade ao trabalho com Planejar com as crianças vivência é a festa de
Nigeria a perspectiva cultural uma festa de aniversário coletiva de aniversário.
Independence africana, o desenho coletiva, para os aniver-
day animado Bino and Fino vai sariantes do mês. Eles
(educational apresentar a celebração deverão pensar em um
cartoon) do dia da independência convite (assinado pelos
da Nigéria (disponível em aniversariantes do mês
https://www.youtube.com/ e que deve ser entregue
watch?v=hxJ6Sn4Kr48) para os não aniversa-
riantes), preparar uma
É possível desenvolver
decoração simples ou
o vocabulário relativo a
fazer um cartão de
meses do ano e datas
presente de aniversário
a partir dessa vivência.
para os amigos.
Iniciar a construção do
calendário em um pôster Sugestão para o
(papel craft, por exemplo) professor: Ideias para
que poderá ser usado para o desenvolvimento do
registrar os aniversariantes trabalho estão disponí-
a cada mês. veis em
Sugestão para o http://learnenglishkids.
professor: Para mais britishcouncil.org/en/
ideias e materiais sobre writing-practice/birthday-
calendário, acesse http:// -party-invitation
learnenglishkids.british-
http://learnenglishkids.
council.org/en/crafts/birth-
britishcouncil.org/en/
day-calendar
crafts/birthday-card

61
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo Interdisciplinar - 4º ano
Matriz de saberes Foco em Abertura à diversidade (por exemplo, abrir-se ao novo, respeitar e valorizar
as diferenças e acolher a diversidade). Indicar algum tipo de diversidade afinada com a idade
e o repertório dos estudantes
Potencial Interdisciplinar: Geografia, Artes, Ciências, Educação Física

No de aulas 10 aulas

Temas / Recursos - Contos tradicionais /modernos:Three little pigs (paradidático ou vídeos) ou The true story of
didáticos sugeridos the Three little pigs disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AdLGWluImVs

- Brincadeira: What’s the time, Mr. Wolf?

- Roteiro de peça de teatro: Three little pigs ou The true story of the Three little pigs, disponí-
vel em https://www.dramanotebook.com/plays-for-kids/fairy-tale-plays-2/

Atividades em foco - Ouvir histórias – escolher aqui histórias de outros continentes – principalmente onde se fala
a Língua Inglesa, como da Índia ou de países africanos
- Imaginar e vivenciar papéis (personagens)

Produto final: - Recriar o final para uma história


sugestões - Encenar / dramatizar uma história (Three little pigs ou The true story of the Three little pigs)

62
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 4º ano


The three 2 aulas: Contar a his- 1 aula: Retomar a his- 1 aula: Brincar no pá-
little pigs e tória dos 3 porquinhos. tória com os estudantes tio/quadra com What’s
Brincadeira: e, de modo dialogado the time,Mr. Wolf?
Professor: Você com a turma, conversar
What’s the time poderá usar as Professor: Para
Mr. Wolf? sobre como as pessoas
estratégias sugeridas moram em diferentes conhecer a brincadeira,
neste caderno no eixo culturas/lugares. acesse https://www.
oralidade e outras de youtube.com/watch?-
sua preferência. Sugestão para o v=E4bvuLlF0_Y)
professor: Você
poderá usar o site http:// Atenção: Ensinar
www.kidcyber.com.au/ What’s the time? e a
houses-around-the-world/ expressão o´clock para
para explorar imagens a brincadeira.
dessas habitações e
conversar sobre o tema,
para posteriormente tra-
balhar, de modo lúdico,
com léxico relacionado a
tipos de casa, espaços
internos e organização, e
materiais de construção,
por exemplo. Como
registro da aula, as crian-
ças podem desenhar sua
própria casa e nomear
seu tipo e/ou partes que
ela contém.
Interdisciplinar
com Geografia: É
possível encorajar as
crianças a investigarem
outros modos de viver e
habitações na comunida-
de, na cidade, no país, e
organizar um cartaz com
essa pesquisa.
Interdisciplinar
com Ciências:
É possível promover
um bate-papo sobre a
questão da habitação,
resistência e fragilidade
de construções, materiais
sustentáveis para habi-
tações sustentáveis, que
poderá ser desenvolvido
com mais aprofundamen-
to, se conveniente.

63
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 4º ano


The true story 2 aulas: A atividade 1 aula: Nesta aula, as 1 aula: A atividade
of the Three central desta aula é atividades devem focali- central desta aula é pro-
little pigs (to perceber o ponto de zar objetos (mobília, por por aos estudantes que
Jon Sciesza) vista do lobo mau ao exemplo) que encon- recriem o final da história
ouvir sua versão da tramos na casa do lobo (na versão do lobo mau
história. mau, em sua versão ou na versão original),
da história. É possível por exemplo, por meio
trazer atividades lúdicas de desenho, pintura ou
para que os estudantes colagem, com legenda
reconheçam esse tipo simples, em inglês.
de vocabulário.
Interdisciplinar
com Artes: Se a op-
ção for pela dramatiza-
ção, o número de aulas
poderá ser maior, e os
ensaios poderão ser
diluídos ao longo de um
semestre, para compor
uma apresentação de
fim de ano na escola,
por exemplo.

64
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa
Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Ciclo Interdisciplinar - 5º ano


Matriz de saberes Foco em Resolução de Problemas e Empatia e Colaboração
Resolver problemas individuais e coletivos; interagir e dialogar com os demais, compartilhar
saberes; investigar, escutar, observar com atenção, trabalhar em grupo, respeitar as diferen-
ças, entre outros
Potencial Interdisciplinar: Matemática, Artes e TPA

No de aulas 10 aulas

Temas / Recursos - Filme: A blind story: short film


didáticos sugeridos Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4RUIwiwZeEI

- Imagens de diferentes escolas ao redor do mundo. Disponível em https://educacao.uol.


com.br/album/2015/09/30/fotografos-registram-salas-de-aula-em-varios-paises-do-mundo.
htm#fotoNav=11

- Site de jogos para aprender inglês www.gamestolearnenglish.com

- Diferentes plantas baixas de escolas

Atividades em foco - Assistir a filme


- Jogar, desenhar
- Investigar / Buscar informações para propor uma intervenção na escola

Produto final: - Construir a planta baixa da escola em escala com a ajuda do professor de Matemática,
sugestões com indicação de área, perímetro, formas geométricas encontradas, nomeando os locais
em inglês. Ela deverá conter uma proposta de melhoria para contemplar estudantes com
mobilidade reduzida ou alguma necessidade específica (por exemplo, no caso dos cegos ou
com baixa visão)
- Fazer um desenho da escola ideal ou da sala de aula ideal, nomeando os espaços em
inglês após visitarem virtualmente escolas do mundo anglófono
65
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 5º ano


Blind story: 1 aula: Na primeira aula, 1 aula: A ideia para o início 2 aulas: O foco desta
a short film a atividade central é ex- desta aula é retomar o filme aula é retomar e ampliar
(film) plorar a temática do filme: e verificar, de forma lúdica, o o vocabulário sobre a
um menino resolve um que os estudantes conse- escola por meio de jo-
teste de inglês de um jeito guem se lembrar, explorando gos. Você pode brincar
alguns detalhes. Para isso,
diferente influenciado por com os estudantes de
você pode propor perguntas
uma experiência anterior, como: Quem ajuda o cego a hangman, para iniciar
ao ver um cego atravessar atravessar a rua? As placas a aula, e depois propor
a rua. O filme não tem som no muro, atrás do menino na aos estudantes que
e você poderá apresentar a calçada, estão em qual lín- brinquem em duplas,
imagem inicial do menino e gua? Que cor é o vestido da revisando o vocabu-
ensinar a palavra blind aos professora? (Quais as cores lário da aula anterior.
estudantes, perguntando das carteiras na sala de aula, Amplie o vocabulário
se conseguem imaginar a etc.). Os estudantes assistem dos estudantes e
história do filme com base ao filme novamente para promova outros jogos
confirmarem as informações.
somente nessa imagem e (um caça-palavras,
Aproveite o link e converse
na palavra blind. Sugerimos com os estudantes sobre bingo, dominó, entre
que você vá mostrando alguns aspectos da cultura outros). Numa segunda
o filme em partes (que indiana e de comportamento aula, sugerimos que
você considera significa- (por exemplo, a ajuda dada você acesse o site
tivas para um trabalho de ao cego para atravessar a gamestolearnenglish
levantamento de hipóteses) rua), comparando-os com os e explore, em sala de
e ao parar em cada uma da nossa cultura / compor- aula ou no laboratório
dessas cenas, pergunte: tamento. Em seguida, a de informática, alguns
What’s next? Acolha as sugestão é dar ênfase à sala dos jogos disponíveis.
de aula no filme e caracterizá-
suposições dos estudantes, Vários deles são jogos
-la, comparando-a com a sala
verificando o que realmente de aula dos estudantes. Este de vocabulário e os
acontece e continue com é um link para trabalhar com estudantes poderão
o procedimento até o final os estudantes o vocabulário acessá-los para brincar
do filme. Para finalizar, relativo à mobília e disciplinas em casa.
você pode construir com os e materiais escolares. Para
estudantes um quadro na apresentar esse vocabulário,
lousa com algumas infor- você pode utilizar outros
mações sobre o filme: Title materiais (dos próprios estu-
(Blind story: a short film), dantes, da sala de aula, ou
flashcards) e usar estratégias
Characters (boy, mother,
de ensino de sua preferência.
students, teacher), Country:
(India), Place:(school, in Professor: Veja sugestão
the classroom), Activity in de materiais e atividades em
the classroom (surprise http://learnenglishkids.british-
test). Você também poderá council.org/en/word-games/
explorar outros elemen- school-things-1
tos presentes no filme,
http://learnenglishkids.
promovendo um bate-papo britishcouncil.org/sites/kids/
com os estudantes (por files/attachment/worksheets-s-
exemplo, o fato de fazer chool-v2.pdf
uma “prova surpresa” e a
reação dos estudantes). http://learnenglishkids.
britishcouncil.org/en/your-turn/
school?

66
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 5º ano


Schools 1 aula: O foco desta 1 aula: A atividade central 4 aulas: O foco
around aula é conversar com os destas aulas é explorar dessas aulas é planejar
the world estudantes sobre como a contextos escolares diver- junto com os estudantes
(web article) memória funciona, espe- sos ao redor do mundo. A a planta baixa da esco-
cialmente para aprender sugestão é utilizar algumas la, com uma proposta
uma outra língua. Você das imagens do link https:// de intervenção. Numa
pode retomar a cena do educacao.uol.com.br/ primeira aula, é impor-
filme em que o menino faz album/2015/09/30/fotogra- tante trabalhar com di-
a atividade de ligar palavra fos-registram-salas-de-aula- ferentes plantas baixas
à imagem e perguntar aos -em-varios-paises-do-mun- para que os estudantes
reconheçam o gênero
estudantes, por exemplo: do.htm#fotoNav=11
e as possibilidades de
porque ele ligou blind com
https://educacao.uol.com.br/ organização espacial de
a imagem do olho, e eye
album/2015/09/30/fotogra- uma escola, comparan-
com a imagem do cego? do-as. Depois, os estu-
fos-registram-salas-de-aula-
Pode ser bem interessante dantes podem trabalhar
-em-varios-paises-do-mun-
fazer os estudantes per- em grupos e investigar
do.htm#fotoNav=11
ceberem que as palavras um espaço específico
criam campos associativos Você pode imprimir as da escola, pensar em
e isto tem bastante relação imagens em A3, dispô-las como aquele espaço
com nossas vivências. O na sala de aula (na lousa, atende à diversidade de
bate-papo pode envol- nas paredes) e organizar estudantes na escola,
ver outras perguntas, uma atividade com uma as eventuais melhorias
por exemplo: É melhor tabela na qual os estudan- que ele pode ter, etc.
relacionar a palavra em tes precisam identificar: Sugerimos pelo menos
inglês com a imagem, ou country, number of students duas aulas para esse
a palavra em inglês com in the picture, classroom levantamento para que,
a palavra em português? furniture, uniform (yes/no), com as informações
Faz diferença? Quando school supplies, dentre trazidas pelos estudan-
fazemos brincadeiras para outras características que tes, a planta baixa seja
aprender as palavras é você queira destacar. Os executada a partir das
melhor? E brincadeiras informações coletadas e
estudantes comparam suas
da discussão/decisões
com palavras – facilitam respostas em grupos e
dos estudantes.
a aprendizagem? Em posteriormente você pode
seguida, proponha aos colocar a tabela com as Interdisciplinar
estudantes alguns riddles respostas em um pôster com Matemática:
(adivinhas) ou jokes para para os estudantes conferi- a integração com Mate-
trabalhar com esse rem. Para conversar com a mática poderá ser feita
assunto. turma, você pode perguntar: para desenvolver conte-
há algo que chamou sua údos relativos a formas
Professor: Veja opções geométricas, cálculo
atenção nessas escolas?
em http://learnenglishkids. da área de perímetro e
Como elas são diferentes?
britishcouncil.org/en/jokes/ desenho da planta baixa
Como seria estudar nessas
fish-school ou em escala.
escolas pra você?
http://learnenglishkids. Interdisciplinar
britishcouncil.org/en/jokes/ com Artes: a
spider-the-computer integração com Artes
poderá ser proposta
para auxiliar no desenho
e nas características da
planta baixa.

67
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo Interdisciplinar - 6º ano
Matriz de saberes Foco em Abertura à diversidade (por exemplo, abrir-se ao novo, respeitar e valorizar as
diferenças e acolher a diversidade)
Potencial Interdisciplinar: Língua Portuguesa, Geografia

No de aulas 7 a 8 aulas

Temas / Recursos - Música: Pela Internet (Gilberto Gil)


didáticos sugeridos Disponível em https://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/pela-internet.html

- Tira da Mafalda
Sugestão em Português e Espanhol disponível em http://soumaisenem.com.br/redacao/lingua-
-e-linguagem/o-estrangeirismo
http://www.tradutoradeespanhol.com.br/2013/08/extrangeirismos-na-lingua-portuguesa.html
- Tira do Baldo disponível em http://comicsidontunderstand.com/wordpress/wp-content/uplo-
ads/2016/01/baldo-spanglish.gif

-Textos em inglês presentes em diferentes suportes (bonés, camisetas, quadros, canecas,


letreiros de loja, entre outros)

Atividades em foco - Ler tiras


- Ouvir uma música
- Observar / Ler textos em Língua Inglesa em diferentes portadores

Produto final: - Produzir um cartaz com os resultados de pesquisa de palavras e expressões da Língua
sugestões Inglesa presentes em diferentes produtos e suportes

68
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 6º ano


“Pela 1 aula: A atividade cen- 1 aula: Nesta aula, a 2 aulas: Na primeira
Internet” tral desta aula é sensibi- sugestão é retomar o tema aula, a sugestão é
e lizar os estudantes para da aula anterior e trabalhar retomar a música da
Tira da o tema: a presença da a música “Pela internet”, aula anterior e provocar
Mafalda / Língua Inglesa em nosso de Gilberto Gil. É possível os estudantes com a
do Baldo cotidiano. Você pode preparar uma atividade do seguinte indagação:
começar com um bate- tipo filling in the gaps com as será que o inglês
-papo sobre expressões palavras em inglês e propor também influencia outras
e palavras conhecidas aos estudantes que escutem línguas? Apresente
dos estudantes, como hot a música e completem as então a tira da Mafalda,
dog, hamburger, game, e lacunas. Posteriormente, de forma contextu-
pedir para os estudantes você pode ampliar o assunto, alizada e converse
compararem tanto a convidando os estudantes sobre a temática com os
grafia como a pronúncia para identificarem palavras estudantes. Em seguida,
dessas mesmas palavras de outras línguas, presentes apresente a tira do Bal-
com o Português. Elas no texto, como o Iorubá, e do, contextualizando o
são diferentes? E no explorar o tema da mistura texto, e converse com os
dicionário de português? entre culturas e línguas. estudantes sobre o tema
Elas existem escritas do da “miscigenação” entre
Professor: Proponha
mesmo modo como em línguas, por exemplo:
também uma reflexão sobre
Inglês? será que a influência
o grande número de palavras
da Língua Inglesa em
Professor: Esta é uma usadas em português oriun-
outras línguas pode
boa oportunidade para das do inglês na área da
fazê-las “desaparecer”?
explorar a consulta ao computação, por exemplo.
Para a segunda aula,
dicionário bilíngue.
Para a aula seguinte, a sugestão é retomar
convide os estudantes para o convite feito na aula
trazerem objetos (camisetas, anterior e propor aos
bonés, cadernos, canecas, estudantes que mostrem
etc.) ou revistas e imagens aos colegas os objetos
que tenham alguma palavra e o que há neles de
e/ou frase em inglês impres- Língua Inglesa.
sa. Eles também poderão
anotar palavras e frases
presentes em qualquer lugar
/ objeto com o qual tenham
tido contato.

69
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Interdisciplinar 6º ano


Letreiros 1 aula: A sugestão para 1 aula: Nesta aula, o foco 2 aulas: Nestas aulas,
de loja essa atividade é apre- é começar a planejar com o trabalho é a organiza-
com texto sentar letreiros de lojas os estudantes o produto ção dos cartazes com as
em (e outras placas onde o final. A sugestão é que eles informações pesqui-
inglês Inglês esteja presente) e trabalhem em grupos e sadas pelos grupos e
destacar o uso do (‘) +s tenham a seguinte tarefa: posterior compartilha-
(caso genitivo) em Inglês, investigar, no supermerca- mento do trabalho com
das formas peculiares de do, produtos que tenham os colegas. Se possível,
escrever palavras, muitas palavras / frases em Inglês nos corredores da esco-
vezes misturando Inglês em seus rótulos/ nomes, la, para a comunidade
ou marcas. Você pode, escolar.
com Português, etc.
por exemplo, organizar a
Para a reflexão com os Interdisciplinar
pesquisa em: alimentos
estudantes, é importante com Língua Portu-
industrializados, artigos de
encorajá-los a pensar higiene, artigos de limpeza, guesa: outro projeto
sobre o conceito de alimentos e produtos para interessante pode ser
valoração: porque usar animais domésticos, etc. desenvolver, junto com a
um nome / expressão em Você também pode propor professora de Portu-
Inglês em um letreiro de aos estudantes que iden- guês, um trabalho sobre
loja? E em camisetas, tifiquem os produtos que empréstimos linguísti-
bonés e outros objetos? apresentam texto em outras cos, focando não apenas
línguas e posteriormente a Língua Inglesa, o
conversar sobre as razões Português, mas outras
pelas quais essa informa- línguas também.
ção está presente em tais
produtos.

70
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa
Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME

Ciclo Autoral - 7º ano


Matriz de saberes Foco em Responsabilidade e participação (por exemplo, respeitar e promover os
direitos humanos e ambientais, participar da vida cidadã)

No de aulas 9 a 10 aulas

Temas / Recursos - I am Malala (vídeo animação: discurso de Malala Yousafzai’s nas Nações Unidas).
didáticos sugeridos Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=9TxT6-uvJKQ

- Trecho do livro “Diário de Anne Frank”


Disponível em http://www.npr.org/books/titles/138709907/anne-frank-the-diary-of-a-young-gir-
l#excerpt

Para o professor: Sobre timelines e ferramenta de criação on-line


http://www.readingrockets.org/article/creating-timelines
http://www.teach-nology.com/web_tools/materials/timelines/

Atividades em foco - Assistir a um vídeo


- Ler trecho de uma autobiografia
- Produzir timelines

Produto final: - Produzir videobiografia para uma videoteca on-line a ser disponibilizada na escola ou
sugestões - Produzir timeline sobre personalidades relevantes para o mundo, o Brasil, ou a comunidade
(na área das ciências, da cultura, das artes, etc.) e disponibilizar para os estudantes da escola
(na biblioteca ou site da escola)

71
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Autoral 7º ano


“Anne – 1 aula: Uma sugestão 1 aula: Nesta aula, a 1 aula: Nesta aula, a
Diary of a para uma primeira aula sugestão é trabalhar um sugestão é retomar a
Young girl” é trazer imagens de trecho do diário de Anne narrativa de Anne Frank
(trecho do diferentes textos (auto) Frank. Após a necessária e explorar os verbos no
diário) biográficos (timeline, contextualização histórica passado simples, regulares
capas de livros biográ- sobre a escritora, sugeri- e irregulares, por meio
ficos, graphic novels), mos conferir em “Sunday, de jogos e brincadeiras.
poemas em português, June 14, 1942”, a partir do É possível, por exemplo,
inglês e outras línguas, segundo parágrafo, pois a organizar um jogo de
para os estudantes narrativa está prioritaria- tabuleiro (como snakes and
explorarem a macroes- mente no passado simples ladders, para trabalhar
trutura desses textos. e é um bom insumo para com esse aspecto linguísti-
Duas dessas imagens os estudantes do ponto de co, dentre outros que você
devem ser, primeira- vista temático, uma vez deseje enfatizar.
mente, a do livro de que ela descreve o dia do
Anne Frank, para criar o aniversário dela na escola.
link para a aula seguin-
Sugestão para
te. A segunda deve ser
o professor: É
uma timeline da ativista
possível conversar com
Malala Yousafzai.
a professora de Língua
Portuguesa e pedir/sugerir
que os estudantes leiam o
Diário de Anne Frank em
Português e verificar se, ao
professor de História, vale
tocar no tema da II Guerra
Mundial.

I am Malala 2 aulas: Nestas 1 aula: Nesta aula, o 1/2 aulas: Nestas aulas,
(videobio- aulas, a atividade foco é proporcionar vivên- o foco é trabalhar recursos
grafia) central é assistir à vi- cias de uso do passado linguísticos para fazer uma
deobiografia de Malala simples em inglês, na linha do tempo personali-
Yousafzai’s, ganhadora oralidade, por exemplo zada, simples, retomando
do prêmio Nobel da propondo uma pesquisa com os estudantes as in-
Paz. Por meio de sua em sala de aula sobre formações da aula anterior.
história, é possível con- a história de vida dos Algumas estruturas básicas
versar com as crianças estudantes. Em duplas, para essa atividade são: I
sobre direitos humanos eles podem entrevistar uns was born in (place) / I was
em geral, direito à aos outros, com perguntas born on (date). In (year) I
educação e desenvol- que serão apreendidas started school... / When I
ver as estratégias de como chunks: When were was .... I got my favorite
compreensão / escuta you born? Where were you toy/game. / I learned to
previstas para o ano. born? When did you get read and write when I
your favorite toy? When was…
did you start school?, etc.
As duplas devem anotar
as respostas dos colegas
para contar para um outro
amigo ou para comparti-
lhar com a turma toda.

72
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Autoral 7º ano


Projeto 2 aulas: Para essas
duas aulas, a sugestão
é pedir aos estudan-
tes que, em grupos,
escolham uma perso-
nalidade relevante para
a comunidade, para o
país, ou para o mundo
e pesquisem sobre ela
trazendo as informações
na aula seguinte. A ideia
é que eles produzam
timelines simples (que
podem ser feitas em
cartaz ou em ferramenta
on-line).
Professor: Veja
sugestões em Recursos
didáticos sugeridos.

73
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Foto: Daniel Cunha - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo de Autoral - 8º ano
Matriz de saberes Foco em Autoconhecimento e autocuidado (por exemplo, conhecer e cuidar de seu
corpo, sua mente, suas emoções, seu bem-estar e ter autocrítica)

No de aulas 10 aulas

Temas / Recursos - Vídeos:


didáticos sugeridos How much water do we use everyday disponível em https://www.youtube.com/watch?-
v=On9WRrFHVjY
Everyone, everywhere 2030: Grace’s story disponível em https://www.youtube.com/watch?-
v=wF_HlgnWEwU

- Música: The 3 R’s (Jack Johnson)


- Poema: “Water poem” (by Martin Kiszko) disponível em https://vimeo.com/85264600

Atividades em foco - Assistir a vídeos: nestas atividades é um bom momento para trazer os ODS 2030, como
conteúdo dos textos em Inglês assim como de inspiração para a pré-construção do TCA a ser
elaborado no ciclo.
- Criar e responder um quiz
- Ouvir uma música
- Ouvir / ler um poema

Produto final: - Criar um slogan para uma campanha publicitária sobre sustentabilidade / consumo de água
sugestões consciente ou algum dos 17 temas dos ODS
- Identificar um problema na escola (por exemplo, relacionado ao uso consciente da água, da
energia elétrica) e propor uma solução/intervenção criativa

74
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Autoral 8º ano


1 aula: Nesta aula, a 2 aulas: Uma 1/2 aulas: A ideia nesta
How much sugestão é trabalhar o sugestão para esta aula é trabalhar com a
water do we vídeo que apresenta o aula é retomar o vídeo música The 3 R’s, que
use everyday quanto se gasta de água e trabalhar com alguns propõe a conscientização
(vídeo) na produção de bens recursos linguísticos sobre a importância de
e de consumo, alimentos como quantificadores “reduce, reuse, recycle”.
The 3 R’s e tudo o que necessita- (How much, How many). Os estudantes podem ser
(song) mos para viver. Os estudantes podem convidados, por exemplo,
criar um questionário a criar um slogan sobre o
sobre o consumo de tema, que poderá ser usa-
água para os colegas de do para uma campanha
outra sala responderem sobre sustentabilidade
e depois analisarem as e consumo de água
respostas para dar um consciente.
feedback aos respon-
dentes, sugerindo
alguma mudança caso
necessário.

Everyone, 2 aulas: Nesta aula, 1 aula: Nesta aula, 1/2 aulas: Na data
everywhere os estudantes assistem os estudantes podem combinada, os estudantes
2030: a mais um vídeo para planejar a investigação deverão organizar as
Grace’s story ampliar a temática tra- dos problemas relacio- informações e/ou produzir,
(vídeo) balhada, focando agora nados ao consumo de com base nelas, uma
em como a falta de água água / falta de água na proposta de intervenção
e
afeta negativamente a comunidade / cidade e (na escola, por exemplo,
“Water vida de muitas famílias organizarem proposta de para reduzir o consumo
poem” na África. Posterior- intervenção, planejando de água) e posteriormente
mente, eles leem um como irão desenvolvê-la, compartilhar a proposta
videopoema sobre o etc. em rede social ou compar-
assunto, para comparar tilhar um post no site
Professor: Você
os dois textos. A ideia é, http://www.voicesofyouth.
poderá agendar uma
por meio desse trabalho, org/
data específica para que
encorajar os estudan-
os estudantes retornem
tes a investigarem se
com os resultados de
problemas semelhantes
pesquisa para finalizar o
também existem na
projeto
comunidade onde vivem
e de que forma lidam
com eles.

75
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Foto: Paula Letícia - Núcleo de Foto e Vídeo Educação / CM / COPED / SME


Ciclo Autoral - 9º ano
Matriz de saberes Foco em Autoconhecimento e autocuidado (por exemplo, conhecer e cuidar de seu
corpo, sua mente, suas emoções e seu bem-estar e ter autocrítica)

No de aulas 08 aulas

Temas / Recursos - Vídeo: Teens talk about Health disponível em https://kidshealth.org/en/teens/teens-talk-heal-


didáticos sugeridos th-vd.html?WT.ac=ctg#catpersonal-stories

- Músicas:
You’ve got a friend (James Taylor) ou
With a little help from my friends (The Beatles)

- Artigos:
Artigo médico para adolescentes
Opção 1, disponível https://kidshealth.org/en/teens/depression.html?WT.ac=ctg#
Opção 2, disponível https://kidshealth.org/en/teens/depression-tips.html?WT.ac=ctg#catfeelin-
g-sad

Atividades em foco - Assistir a vídeo


- Ouvir / Ler artigos
- Ouvir música

Produto final: - Produzir vídeo campanha para promover o cuidado com a saúde e o bem-estar físico e
sugestões mental

76
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Ciclo Autoral 9º ano


2 aulas: Na primeira 1 aula: Nesta aula, 1 aula: Nesta
Teens talk aula, a ideia é conversar a ideia é trazer as aula, a partir dos
about Health com os estudantes sobre falas dos adolescentes depoimentos, você
(video) saúde mental e física. Você para trabalhar com as poderá trabalhar
pode propor um bate-papo informações detalhadas com alguns recur-
com os estudantes sobre do texto. sos linguísticos
questões mais gerais ou apresentados nas
Sugestão para pro-
específicas da turma, mas é falas dos adoles-
fessor: É possível,
importante que, de alguma centes, por exem-
por exemplo, propor um
forma, esse bate-papo plo, have to para
jigsaw reading (cada es-
considere as enfermidades/ indicar necessida-
tudante fica responsável
condições especiais que os de. Os estudantes
por ler um depoimento
adolescentes vão apre- poderão pensar
para conhecer melhor e
sentar no vídeo (ashma, em conselhos
depois, em grupos, cada
diabetes, depression, para os adoles-
estudante compartilha
ADHD) e trabalhar com um centes em função
com os outros a história
vocabulário-chave para das condições
que leu). Aqui um cuida-
apoiar a escuta. apresentadas,
do necessário é evitar
usando “should”,
Na segunda aula, você que a sala toda se torne
e expressá-los
poderá usar diferentes espaço inadequado de
oralmente ou por
estratégias para trabalhar terapia em grupo, pois
escrito.
a compreensão do vídeo e os alunos se identificam
ampliar o vocabulário. muito com o tema.

With a little help 1 / 2 aulas: Nesta aula, a 1 aula: Retomando o 2 aulas: A


from my friends ideia é informar e conversar vídeo e a fala do adoles- ideia central
(música) com os estudantes sobre o cente com depressão, desse grupo de
que é depressão, sintomas você poderá conversar aulas é propor aos
e tratamento. Sugerimos com a turma sobre a estudantes que
2 opções (um texto mais importância do apoio dos criem um vídeo
curto e outro um pouco amigos, da família, no para encorajar os
mais longo). No caso do tratamento de qualquer adolescentes a
texto mais longo, é possível enfermidade e abordar cuidarem de sua
também trabalhar apenas questões relativas ao saúde e bem-
um excerto. Em ambos os bem-estar emocional na -estar. O projeto
casos, o foco é promover adolescência. pode ser feito em
uma reflexão com os grupos e nas duas
Professor: A música
estudantes sobre o assunto aulas eles deverão
poderá ser trabalhada
e encorajá-los a falar sobre planejar como
com estratégias de
ele de modo respeitoso e fazê-lo, organizar
compreensão de sua
melhor informado. um cronograma
preferência e que melhor
para desenvolvê-lo
Outros temas de saúde na atendam as necessida-
e apresentá-lo
adolescência podem ser des dos estudantes.
(em rede social,
trazidos dentro do ODS,
inclusive).
Saúde para todos.

77
Orientações Didáticas do Currículo da Cidade
Língua Inglesa

Referências

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas:
Pontes, 1993.
AMIGUES, René. O trabalho do professor e o trabalho de ensino. In: Machado, A. R. O ensino como
trabalho: uma abordagem discursiva. Londrina: EDUEL, 2004. p. 35-53.
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1999.
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Orientações Didáticas do Currículo da Cidade

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