Proposta Curricular - Anos Iniciais Ebm Arapongas
Proposta Curricular - Anos Iniciais Ebm Arapongas
Proposta Curricular - Anos Iniciais Ebm Arapongas
ZELIR NEZI
Vice-Prefeito Municipal de Indaial
JAIRO GEBIEN
Secretário Municipal de Educação
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CONSULTORIA PEDAGÓGICA
Daniela Tomio
REVISÃO
Coordenação Pedagógica do Ensino Fundamental
REVISÃO ORTOGRÁFICA
Célio Antonio Sardagna
DIAGRAMAÇÃO
Silvia Trentini Machado
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APRESENTAÇÃO
Pensar numa Proposta Pedagógica para a Rede Pública Municipal de Ensino de Indaial
é uma grande tarefa. Um compromisso de vários profissionais que buscam a identidade de
seu trabalho articulado com o currículo. Por sua vez, este documento norteia vivências
pedagógicas e traz simbologia e identidade para nossa rede.
Um documento alinhado com a Base Nacional Comum Curricular, a qual define direitos
de aprendizagem e competências gerais a serem desenvolvidas pelos estudantes em cada
modalidade da Educação Básica.
Com o objetivo de garantir os direitos de aprendizagem, buscando aprofundar e
atualizar nossas vivências e possibilitar uma reflexão crítica para capacidade de mudança da
nossa pratica, desenvolvendo habilidades, conhecimentos, valores e saberes que idealizam
uma escola de qualidade e preocupação com uma sociedade mais humanitária, tecnológica
e realizada.
Resultado de um trabalho contínuo, através de formações e discussões entre teoria e
prática, demanda de muito estudo, conhecimento, esforço e dedicação. A proposta
pedagógica traz referência a todos os profissionais da rede, que sonham e buscam por uma
educação pública diferenciada.
Uma Proposta Pedagógica que agora traz o objetivo de concretizar a sua prática, que
garanta aos nossos alunos o direito de aprender e reaprender, consecutivamente, que busca
explorar as competências por eles produzidas, baseado nos desafios de saber o que ensinar;
para que ensinar; como ensinar e como avaliar.
A gestão desta Secretaria Municipal acredita e prioriza todo o trabalho desenvolvido em
formação continuada na nossa rede municipal de ensino (somos frutos de uma história),
resultado de uma educação comprometida com a aprendizagem dos nossos alunos. A cada
novo ano um novo projeto de formação, que visa aprimorar a prática pedagógica em suas
múltiplas linguagens.
Acreditamos e defendemos o envolvimento e participação de todos na elaboração
desta Proposta Pedagógica, trazendo a Base Nacional Comum Curricular em diálogo com as
especificidades de nossa rede, permitindo que os profissionais dinamizem suas praticas, e se
sintam pertencentes a esse processo, que visa uma reorganização curricular, formação
continuada e reorientações do processo de ensinar e aprender.
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Somos todos sujeitos e autores deste documento. Gratidão a todos os momentos que
inspiram aprendizagem e desejos de que possamos diariamente proporcionar aprendizagem
e desenvolvimento humano a todos as nossas crianças, alunos, seres de vida.
Jairo Gebien
Secretário Municipal de Educação
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Que escola queremos? Responder a essa pergunta é tarefa que exige reflexão. No
movimento de construção da Proposta Curricular para o Ensino Fundamental da Rede
Municipal de Indaial, articulada às políticas nacionais, com o intento de assegurar a todos o
direito a uma educação pública, gratuita e de qualidade social, buscamos uma escola que
seja:
Inclusiva, dando condições para que todos e todas se desenvolvam, respeitando a
diversidade, cultivando atitudes solidárias e cooperativas, promovendo ações para a garantia
dos direitos de aprendizagem e, com isso, alcançar o sucesso pedagógico. Esta é uma escola
que respeita o diferente e valoriza o aprender de distintas maneiras, propiciando tempos e
espaços que incluam variadas formas de ser e de conviver nas relações com os
conhecimentos. Uma escola que oferece acessibilidade por meio da eliminação de barreiras
arquitetônicas, científicas e culturais, possibilitando diferentes espaços de aprender e acesso
à rede de informações e de comunicação, com a disponibilização de equipamentos e
programas adequados a cada tipo de dificuldade, transtorno ou deficiência que os estudantes
apresentam.
A escola é “um lugar em que nós podemos expressar toda criatividade nas aulas. É
um lugar mágico porque cada dia que um professor comparece à escola em vem para
ajudar a realizar o nosso sonho”. “Aprendo coisas novas e legais. Na escola faço
muitas amizades importantes. Recebo novidades que meus amigos me contam”.
“Todos os dias com meus colegas vou para estudar, brincar, praticar esportes e
compartilhar amizades. A escola é um lugar muito especial, pois um pouco da minha
vida passarei lá. É, no futuro, passarei na frente e lembrarei dela” (ESTUDANTES DE 6º
AO 9º ANO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS).
[...] Os currículos de ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais
da sociedade, da cultura, da economia e da clientela (BRASIL, 1996).
O currículo oculto é formado pelo conjunto de conceitos que não estão escritos, mas
que são reconhecidos pelo coletivo. Envolvem atitudes e valores transmitidos pelas ações
sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar. Fazem parte do currículo oculto a rotina, os
rituais, as práticas, as regras, os procedimentos, os modos de organização dos espaços e
tempos, a distribuição dos estudantes, os professores, os pais entre outros.
Compreende-se que o currículo não é estático, e está sempre aberto a mudanças,
orientado por valores universais, contemplando as relações sociais, e assim tornando a
escola um ambiente inclusivo, no sentido de que todos possam se desenvolver. Como
educadores, precisamos estar dispostos a questionar os nossos saberes e a discutir a função
social da escola, dentro dessa perspectiva de “currículo em movimento”, considerando a
necessidade pedagógica e política de definir os componentes curriculares comuns.
O currículo produz e é produzido na escola. Desejamos que as Diretrizes caminhem
para a construção de um currículo que contribua para formar sujeitos autônomos, éticos,
capazes de ajudar os estudantes a adquirir conhecimentos e habilidades necessários para a
convivência em sociedade.
lhe uma ação consciente no mundo imediato) e que contribuam para a expansão de seu
universo cultural.
Diante dessa realidade, acreditamos que seja necessário repensar os tempos e os
espaços escolares, trabalhando de um modo a que o professor e a escola possam
proporcionar o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade do estudante, as
modalidades de autodidatismo. Um modo seria organizar os espaços numa lógica de
aprendizagem baseada na pesquisa, na curiosidade, a exemplo dos projetos
interdisciplinares, o que daria lugar a uma diversidade de atividades que permitem tanto um
trabalho individual como em pequenos ou grandes grupos (grupos de interesses ou disciplinas
afins).
Outro aspecto a ser repensado seria o tempo de aula. Reduzir a fragmentação e
ampliar as jornadas de trabalho, para que o professor tenha mais tempo e,
consequentemente, mais contato com os estudantes, principalmente no que se refere aos
professores das áreas específicas, os quais, geralmente, têm aulas fragmentadas em três
aulas semanais de 45 minutos. Percebe-se, então, que a escola, conforme Arroyo (2004), é
também uma organização temporal. Por isso, o currículo pode ser visto como um
ordenamento temporal do conhecimento e dos processos de ensinar e aprender.
A organização dos tempos e espaços requer do professor um perfil capaz de inovar
suas práticas pedagógicas, de trabalhar em grupo, realizando um planejamento coletivo com
os demais professores, para trabalhar os conteúdos de maneira integrada, sendo pesquisador
em sua área e da atividade docente, buscando práticas que façam sentido para os estudantes.
E quanto ao espaço escolar, é comum ainda nos depararmos com salas de aula
organizadas da mesma maneira que na década de 70, em que havia um quadro negro na frente
da sala, e as carteiras enfileiradas, dispostas uma atrás da outra. As mudanças na escola
trouxeram outras tecnologias para dia a dia, as quais, muitas vezes, não têm alterado as
práticas cotidianas. Veem-se estudantes indo para salas de informática para realizarem uma
pesquisa, quando, na maioria das vezes, apenas copiam e colam, sem mesmo lerem e
compreenderem o que foi pesquisado.
A escola e os escolares sentem necessidade de mudanças de atitudes, de pessoas
inovadoras, que sejam capazes de promover o conhecimento com aquilo que possuem.
Transformar a sala de aula em um espaço de aprendizado implica modificar o layout das
carteiras, montar, na sala, murais com recortes do assunto que está em pauta, trazer
responsabilidade para turma, organizando a sala do jeito que lhes agrade e na qual se sintam
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bem. É preciso saber que a escola, em si, é um local de aprendizado, em que é possível
promover o conhecimento, seja na horta, no pátio, na sala informatizada, na biblioteca, no
parque, na quadra, enfim, em todos os espaços escolares. Bastaria o profissional ter iniciativa
e planejamento para utilizar estes espaços como aliados do processo de ensino e de
aprendizagem.
Importante, também, considerar que vivemos em uma sociedade multicultural e que
a demanda atual na nossa escola não é a mesma do século passado. Precisamos fazer dessa
escola “atual” um lugar político-pedagógico que contribua para refletir sobre a diversidade
cultural que a circunda e a constitui, sendo espaço de significar, de dar sentido, de produzir
conhecimentos, de desenvolver valores e competências fundamentais para a formação dos
sujeitos.
A palavra “culturas” corresponde aos diversos modos de vida, aos valores, aos
conceitos, às crenças, às leis, aos hábitos e aos significados compartilhados por diferentes
grupos e períodos históricos. Segundo Moreira e Candau (2008), a cultura identifica-se com a
forma geral de vida de um dado grupo social. Interessa o que a cultura faz, ao invés de
acentuar o que a cultura é. É nessa mudança, segundo os autores, que se efetua um
movimento que vai do “o que” para o “como”, concebe-se a cultura como prática social.
A diversidade compreende uma construção histórica, cultural e social das diferenças.
Essas diferenças ultrapassam as características biológicas e passam pela capacidade de o
homem adaptar-se ao meio social, no contexto das relações de poder.
Outra importante abordagem histórica sobre o conceito de cultura é o determinismo
geográfico, que prega que o meio determina as ações dos homens. Este pensamento gera uma
série de discriminações, pois acredita-se que as pessoas podem ser julgadas pelo local em
que vivem, como, por exemplo, as pessoas que vivem no centro da cidade são melhores ou
mais instruídas do que as pessoas que vivem nas periferias ou em determinados bairros.
Essas visões sobre a diversidade cultural geram uma série de conflitos que foram, e
ainda, são utilizados por muitas pessoas para justificar as discriminações.
Diante disso, constata-se que há certa dificuldade entre as pessoas em aceitarem o
diferente, o outro e esse processo de consequência do etnocentrismo, julgar a cultura dos
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outros com os parâmetros da sua, produz essa dificuldade em aceitar a diferença, e muitas
vezes isso causa hostilidade entre as pessoas, entre os grupos e entre as sociedades.
A escola precisa reconhecer e trabalhar com os conflitos gerados pelo etnocentrismo,
buscando passar pela aceitação da diversidade, conhecê-la e respeitá-la, em todos os
âmbitos da sociedade, iniciando pela escola.
A diversidade faz parte do desenvolvimento biológico e cultural da humanidade. De
acordo com Gomes (2008, p. 18),
Cientes de que a diversidade gera conflitos entre as pessoas, e nem sempre é vista,
valorizada e respeitada, essa mesma diversidade passa por diferentes contextos sociais e
culturais, e é influenciada pelas relações de poder e de dominação, sendo vista de uma
maneira tensa e ambígua de lidar com o diverso. As escolas precisam estar atentas, em seus
projetos e em suas práticas cotidianas, para não contribuir para reforçar as discriminações e
todas as formas de racismo.
É nos contextos sociais que a diversidade se constrói, e ela se torna algo mais intenso
quanto mais complexas se tornam as sociedades. O diferente aparece, torna-se visível.
A escola, hoje, recebe todo tipo de diversidade existente, pois as pessoas diferem em
suas experiências culturais, em suas personalidades, em seus modos de perceber o mundo e
em suas diversidades biológicas. Assim, a escola necessita de um currículo que atenda a toda
essa universalidade.
Assim, a diversidade se faz presente na escola, por meio das relações que são
estabelecidas pelos professores, alunos e funcionários, com diferenças étnicas, de idade e de
cultura. Então, na escola, é preciso desencadear reflexões sobre a diversidade.
No ambiente escolar, a diversidade deve ser discutida e debatida no currículo, no
cotidiano, nas práticas, pois ela faz parte da existência humana, e essa grande variedade de
diferenças se encontra nela mesma, e ambas podem viver um processo de fusão.
A produção do conhecimento escolar, resultado da prévia seleção dos conteúdos
curriculares, é perpassada pela diversidade, porém, não se trata apenas de incluir o tema
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diversidade no currículo. É necessário, sim, que cada educador tenha consciência das marcas
da diversidade que estão imbricadas nas diferentes áreas do conhecimento.
Diante do exposto, e conforme propõe Gomes (2008), é preciso que a educação cumpra
seu papel diante da diversidade, construindo práticas pedagógicas que possam valorizar e
respeitar as diferenças presentes na escola e na sociedade. Esta é uma maneira de superar
visões romantizadas sobre a diversidade cultural.
Avaliar faz parte das ações cotidianas das pessoas para a tomada de decisões. Mesmo
que sejam simples, é preciso ter princípios, critérios e instrumentos que sejam reconhecidos
pelos pares. A avaliação é, portanto, uma atividade que envolve legitimidade técnica e
política.
Compreendendo que a escola é um lugar que contribuirá para o desenvolvimento da
autonomia, da cidadania e de vivências democráticas, a avaliação, seja ela da instituição ou
da aprendizagem não pode ficar apenas sob a responsabilidade de uma única pessoa, de um
único profissional. Ela é uma responsabilidade tanto do profissional quanto da coletividade.
Compreende-se a avaliação como inerente aos processos cotidianos da escola, na
qual todos os sujeitos estão envolvidos. Nesse sentido, não pode ser levada como algo à parte,
isolado. Há a avaliação da aprendizagem dos estudantes, a avaliação da instituição e a
avaliação do sistema escolar, ou as chamadas avaliações em larga escala. Esses níveis de
avaliação necessitam estar em permanente troca.
Avalia-se para diagnosticar e para orientar o futuro. Nesse sentido, precisamos
caminhar para uma avaliação formativa, uma avaliação que acontece ao longo do processo e
que todos os sujeitos participam dela. Perrenoud (1999, p. 143) define a avaliação formativa
como “[...] um dos componentes de um dispositivo de individualização dos percursos de
formação e de diferenciação das intervenções e dos enquadramentos pedagógicos”. Outro
aspecto fundamental na avaliação formativa diz respeito à construção da autonomia. Nela, é
solicitado um papel ativo no processo de aprender. É preciso que o estudante perceba seu
processo, avalie sua aprendizagem, dialogue e interaja com suas construções e suas
necessidades. Para isso, é necessário que os estudantes participem de todo o processo,
conheçam e participem do planejamento, contribuindo para a definição de conceitos,
objetivos e maneiras de alcançá-los. Nessa perspectiva, a autoavaliação torna-se um
20
O conjunto das representações sobre o mundo que é construído pelos indivíduos não
é feito por meio de um exercício intelectual de aproximação à verdade – sua gênese encontra-
se na relação concreta e empírica que o sujeito mantém com os objetos, que, com auxílio da
linguagem, organiza- se em um contexto que é culturalmente determinado. Nos diferentes
cenários socioculturais, os indivíduos constroem as suas representações compartilhando
conhecimentos com seus semelhantes – poderíamos dizer que fazemos parte de um mundo
que é conceitual. Esse cenário é formado por elementos como o ambiente espaço-cultural e
seus indivíduos que ajustam representações compartilhadas, utilizando determinados
formatos interativos e tipos de discursos, originando uma trama interpessoal que se constitui,
conforme Rodrigo (1998), numa invariância ao mesmo tempo biológica e social.
Dessa maneira, as teorias não necessitam ser exatas, muito menos adequar-se a um
nível normativo exigido pela escola ou até mesmo pela ciência. Basta que as teorias
cotidianas sejam úteis e permitam a criação das explicações e previsões que facilitam e
viabilizam a adaptação dos indivíduos ao seu meio físico e social.
Cabe à escola o papel fundamental de promover um deslocamento do estudante,
imerso nas situações cotidianas e das informações perceptuais imediatas do senso comum,
para um modo de pensar distinto do pensamento cotidiano, tendo como referência as
características da ciência.
A escola, portanto, é o local em que os estudantes entrarão em contato com um
grande e variado conjunto conceitual, hierarquicamente organizado, a partir das diferentes
áreas do conhecimento que compõem o seu currículo. Este conjunto conceitual, em princípio,
deveria ampliar e transformar as relações dos estudantes com a sua realidade, ou seja,
transformar a forma e o conteúdo do seu pensamento.
Os processos de sistematização e a tomada de consciência estão intrínsecos à
aprendizagem conceitual, o que não ocorre nos processos de construção dos conceitos
espontâneos. De acordo com Vygotsky (2001, p. 2004), os conceitos espontâneos e os
conceitos científicos possuem processos construtivos que são opostos: os cotidianos partem
do concreto para o abstrato e os científicos do abstrato para o concreto. Os dois tipos de
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mutuamente e não são excludentes. São processos distintos, portanto, diferem quanto à sua
relação com a experiência do estudante e suas atitudes com relação aos objetos; logo, os
seus desenvolvimentos possuem caminhos diferentes.
PROPOSIÇÕES
Como já abordado, a prática desenvolvida em sala de aula pelo professor que objetiva
a aprendizagem significativa por parte dos seus estudantes é qualitativamente diferente da
que se baseia na simples transmissão do conhecimento e sua recepção passiva. Neste sentido
apresentamos a seguir, inspirados em pressupostos desenvolvidos por Vygotsky (1993, p.
2001), indicadores relacionados à dimensão psicológica dos estudantes, no que diz respeito
ao processo de construção dos conceitos em sala de aula:
escola, nos diferentes domínios do conhecimento, tendo como referências as práticas sociais
de leitura e de escrita.
C) Objetivo geral de aprendizagem: Para que aprender, ao longo de toda educação
básica, sobre o objeto de estudo do componente curricular? Com essa pergunta, formulamos
um objetivo geral de aprendizagem para cada componente curricular.
D) Objetivos de aprendizagem: Além dessa estrutura comum de escrita, organizamos
objetivos de aprendizagem para cada componente curricular, distribuídos por anos, do 1º ao
9º ano do Ensino Fundamental. Essa organização considerou as versões da BNCC 1 (2015), da
BNCC 2 (2016) e da BNCC última versão (2017). Nessa direção, em percursos formativos
continuados, os professores estudaram as três versões da BNCC para o desenvolvimento da
proposta do “o que aprender” ao longo do Ensino Fundamental.
Em nossa primeira versão, definimos, a partir dos objetivos de aprendizagem, o
conjunto de conhecimentos que, no mínimo, deveriam ser assegurados para a aprendizagem
dos estudantes. Estes já foram elaborados considerando objetivos mais amplos para os
percursos formativos, os quais reuniam conceitos, habilidades e atitudes. Nossa
compreensão é de que esses objetivos de aprendizagem não sejam abordados de forma
linear, mas sempre integrados ao entendimento de perguntas de estudo (nas sequências
didáticas, projetos ou outras modalidades de organização pedagógica).
No ano de 2018, com a homologação da BNCC (BRASIL, 2017), surgiu a necessidade de
revistar nossa Proposta, uma vez que
específicas para alguns alunos) que implique fazer uma avaliação pedagógica cuidadosa,
valorizar as potencialidades e não as limitações e dinamizar o currículo. Na prática
pedagógica diferenciada, todos os alunos exercitam o enfrentamento dos desafios e a
socialização dos conhecimentos com diferentes habilidades e/ou possibilidades.
O AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da própria
escola ou em outra escola de ensino regular, podendo ser realizado, também, em centro de
atendimento educacional especializado público ou privado, sem fins lucrativos, conveniado
com a Secretaria de Educação.
Nos casos de escolarização em classe hospitalar ou em ambiente domiciliar, o AEE é
ofertado aos alunos público-alvo da educação especial, de modo complementar ou
suplementar.
Anterior à implantação das salas de AEE e sentindo a necessidade de ampliar as ações
de inclusão e suporte aos professores e estudantes no que diz respeito à educação inclusiva,
foi implantada a Equipe de Apoio Especializado (EAE), que conta com profissionais das áreas
de Psicologia, Fonoaudiologia e Psicopedagogia. As ações dessa equipe abrangem toda a Rede
Municipal de Ensino. Os principais objetivos da Equipe de Apoio Especializado são:
O que são os letramentos? Para responder esta questão, apresenta-se uma reflexão
de Kleiman (2010, p. 381):
Dessa citação, podemos pinçar a definição de letramento cunhada pela autora nos
primeiros momentos de discussão sobre o tema aqui no Brasil: um conjunto de práticas
discursivas que envolvem os usos da escrita. Isso nos leva à própria história do letramento e
seus desdobramentos.
O termo letramento, no Brasil, entrou há pouco tempo no cenário nacional e, talvez
por isso, vem suscitado muitas discussões em torno de sua significação. Isso se deve ao fato
de que esse fenômeno ainda está em construção e os pesquisadores o percebem em seu
caráter polissêmico. As pesquisas que investem sobre letramentos concebem-nos como
fenômeno de natureza complexa.
Três perspectivas, por meio das quais pesquisas e ações pedagógicas vêm abordando
letramento, são explicitadas por Anderson e Irvine (1993): funcionalista; interpretativista e
letramento crítico. A primeira focaliza habilidades e técnicas em leitura e escrita, cujas ações
recaem sobre o indivíduo. A segunda considera o contexto social, mas pouco acentua as
relações desiguais, de poder, que envolvem práticas de letramento. Já o letramento crítico
discute a perspectiva da questão política do letramento, mas com inscrição e participação
histórica de cada sujeito.
Além disso, há de se levar em consideração que o conceito de letramento se liga à
teoria da enunciação, conforme contribuição de Goulart (2005), o que se aproxima da proposta
1
O que se apresenta aqui é parte da versão primeira de Projetos de letramentos: compreensões teóricas acerca
do tema, publicada na obra organizada por Heinig, Baú de práticas: socialização de projetos de letramento,
publicada pela Edifurb em 2013.
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aqui apresentada, uma vez que se compreende que o sujeito se constitui pela linguagem, na
interação, e esta se atualiza em cada prática de letramento. Para essa autora (2005, p. 6-7),
“constituir linguagem é formar sistemas de referências, a partir do que determinadas
interpretações sejam aceitas e valorizadas socialmente”. E prossegue: “A verdadeira
substância da língua é o fenômeno da interação verbal”. Com isso, assume que o signo se
expõe e se define em cada ato. Vale-se da noção de heteroglossia, considerando-a
fundamental à compreensão de letramento, porque remete ao fato de que qualquer signo,
enunciado, encontra o objeto a que se refere recoberto de sentidos, construído na história e
na cultura, ideologizado, por camadas de discursos.
Ainda que a separação de modelos de letramento, como formulados por Street (1995),
entre “autônomo” e “ideológico”, retomados por Soares (2000; 2003), Kleiman (1995), não seja
tão simples assim, um número significativo de pesquisas se inclina para o segundo, por uma
construção de linguagem que se assume, como fato social, com seus valores, crenças,
tradições, formas de distribuição de poder. Pelo modelo de letramento ideológico, é coerente
pensar nas complexidades sociais de uso da leitura e da escrita. Além de Street (1995), já
referenciado, Barton (2001) e Freire (1987) têm se debruçado sobre a problemática, ainda que,
no caso deste, não se encontre explicitamente esse termo. Street propõe o modelo ideológico
como alternativo para não se abordar letramento como uma tecnologia neutra, independente
do contexto social, como formulado pelo modelo autônomo. Este, segundo o autor, defende
que “o letramento terá efeitos sobre outras práticas sociais ou cognitivas”, mas disfarça as
suposições culturais e ideológicas sobre as quais se baseia e que são apresentadas como
neutras e universais.
Um conceito-chave para a compreensão de letramento é o de “eventos de
letramento”, o qual foi proposto por Heath (1982, p. 93), “como qualquer ocasião em que um
texto escrito faça parte da natureza das interações dos participantes e de seus processos
interpretativos”. Dentro dos Novos Estudos do Letramento, esse conceito é considerado
fundamental, porque focaliza uma situação específica, mas não pode ser empregado
isoladamente, pois se reduzirá apenas ao aspecto descritivo, o que isolará a maneira como
os sentidos são construídos. É nesse movimento que a teoria da enunciação vem se
mostrando pertinente, na contribuição de Goulart (2005). A objeção de Street (1995) se deve
ao fato de que há convenções e suposições ao redor do evento de letramento que permitem
o seu funcionamento. São essas convenções e suposições que dão conta do que efetivamente
constituem práticas de letramento. Para Soares (2003), as práticas de letramento tanto dizem
37
[...] o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
41
FONTE: Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (2019).
FONTE: As autoras
Outra vertente da prática pedagógica adotada pela Rede Municipal de Indaial são os
Projetos de Trabalho, que trazem uma visão diferenciada de conhecimento e currículo,
representando outra maneira de organizar o trabalho na escola. Os Projetos permitem uma
aproximação da identidade e das experiências dos estudantes, proporcionando uma
abordagem interdisciplinar dos conteúdos relacionando-os com os conhecimentos e saberes
produzidos historicamente no contexto social e cultural.
Segundo Hernández e Ventura (1998, p. 61),
44
FONTE: As autoras
45
A partir dessa perspectiva, Hernandez (1998), afirma que os Projetos de Trabalho são
uma concepção de ensino que pode ser aplicada em todas as áreas do conhecimento, mesmo
que algumas não favoreçam a busca e o tratamento da informação. Portanto, nessas áreas,
são realizados pequenos projetos, conectando conteúdos e atividades de outras situações
educativas e de outros projetos, com vistas a promover-se a superação da fragmentação do
saber.
46
LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenação: Profa. Dr.a Otília Lizete de Oliveira Martins Heinig
APRESENTAÇÃO
Esta discussão sobre concepções de linguagem não é nova. Surge no final da década
de 80 e vem ganhando espaço nos documentos oficiais como a Proposta Curricular de Santa
Catarina e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Mais recentemente, os documentos que
orientam o ensino fundamental de nove anos também elegem a linguagem como forma de
interação como concepção de linguagem a ser mobilizada para o ensino da língua portuguesa.
Isso é retomado e reforçado na Base Nacional Comum Curricular, que é o documento que
ratifica muitas das decisões teóricas e metodológicas que permeiam o documento que aqui
se apresenta, sempre tendo clareza de que a discussão com os professores antecede a BNCC
e parte das conclusões a que o grupo chegou durante as formações.
A compreensão maior em torno de língua portuguesa, como componente curricular
por natureza transdisciplinar, aponta para as práticas de linguagem, as quais são atividades
no discurso e formas de construção de sentidos, de interlocução e de expressão nas
linguagens – em modalidades como a escrita, a oral, a imagética, dentre outras – que
implicam diferentes modos de leitura, de escuta, de produção textual escrita, oral, digital.
Nessa perspectiva, adota-se uma concepção de linguagem como interação.
Para se chegar a esse posicionamento, foi necessário dialogar com as concepções
anteriores: “a linguagem como expressão do pensamento” e a “linguagem como instrumento
de comunicação”. Na primeira, a unidade de ensino era a palavra e, na segunda, a sentença.
Entretanto, para a comunicação diária, o sujeito faz uso da enunciação e toda a sua
complexidade, por isso a opção por uma concepção que considere o todo enunciativo, como
explica Geraldi (1984, p. 41), em seu texto inaugural sobre o tema: “[...] mais do que possibilitar
uma transmissão de informações de um emissor a um receptor, a linguagem é vista como um
lugar de interação humana. Por meio dela, o sujeito que fala pratica ações que não
conseguiria levar a cabo, a não ser falando; com ela, o falante age sobre o ouvinte,
constituindo compromissos e vínculos que não preexistiam à fala”.
Percebe-se, assim, que a eleição de uma unidade de ensino está atrelada a uma
concepção de linguagem, mas, além disso, há uma compreensão, dentro dela, do que seja
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língua e gramática. A primeira é um sistema dentro de qualquer concepção teórica, mas a sua
mobilidade é que se altera.
Assim, pode ser um sistema fixo ou em movimento, considerando todos os falantes,
suas contribuições diastráticas, diatópicas e diacrônicas. Quando se concebe a linguagem
como interação e a língua como um sistema em movimento, ou seja, incompleto, o ensino da
gramática padrão ganha um outro lugar nas aulas de Língua Portuguesa, pois, além da
estrutura construída ao longo de sua história, a língua conta com a contribuição de seus
falantes: tem-se, então, a perspectiva da análise linguística que será detalha posteriormente.
Para ancorar toda esta discussão, a proposta se apoia na discussão de Bakhtin;
Volochinov (1992, p. 127), para quem:
2
O conceito de campo/esfera, presente nas obras do Círculo de Bakhtin, se refere às diferentes manifestações
do homem em relação a sua atuação social e cultural. Ao se inserir em um determinado campo/esfera, o sujeito
passa a ser constituído pelas diversas vozes sociais que perpassam aquele campo. Na p. 29 da BNCC (2014),
esclarece-se que a área de linguagens foca os conhecimentos que se relacionam à atuação dos sujeitos em
práticas em distintos campos de circulação da linguagem, levando o sujeito a mobilizar diversos conhecimentos
49
A AL [análise linguística] não elimina a gramática das salas de aula, como muitos
pensam, mesmo porque é impossível usar a língua ou refletir sobre ela sem
gramática. Não há língua sem gramática, já nos lembram Possenti (1996) e Antunes
(2003). A AL engloba, entre outros aspectos, os estudos gramaticais, mas num
paradigma diferente, na medida em que os objetivos a serem alcançados são outros.
e a ampliar os recursos estilísticos e, por conseguinte, a construção de sentidos, o que leva à compreensão do
enunciado e da atuação do sujeito no mundo através de diferentes linguagens. Para além disso, a compreensão
dos campos de atuação e circulação da linguagem ajuda na organização ou agrupamento de objetivos e gêneros
discursivos nas diretrizes ou orientações curriculares.
50
3
“Este quadro [...] tem propósitos ilustrativos. Portanto, ao reduzir os fenômenos e enfocar apenas o que é
normalmente observado, ela não pretende abarcar a multiplicidade de procedimentos utilizados de fato em sala
de aula, inclusive a mescla de perspectivas [...]” (MENDONÇA, 2006, p. 207-208).
51
Na perspectiva adotada por Geraldi, a produção do aluno deve ser a orientação para o
trabalho com o texto do aluno, considerando os seguintes pressupostos:
1.o ensino da gramática somente tem sentido se for auxiliar o aluno e por isso partirá
do texto dele;
2.a preparação das aulas de análise linguística será a própria leitura dos textos
produzidos pelos alunos nas aulas;
3.para cada aula de prática de análise linguística, o professor deverá selecionar
apenas um problema;
4.a prática de análise linguística caracteriza-se pela retomada do texto produzido
para a reescrita no aspecto tomado como tema na aula de análise;
5.material necessário: textos dos alunos, caderno para anotações, gramáticas e
dicionários;
6.atividades em pequenos grupos ou grande grupo (GERALDI, 1984, p. 63).
Pode-se finalizar a orientação desse autor com a inclusão do seguinte princípio: partir
do “erro” para chegar à autocorreção, ou seja, à monitoria que é um processo metacognitivo
que consiste em acompanhar, de uma maneira reflexiva, a produção escrita.
O funcionamento da língua, que é compreendida como um movimento exercido pelo
falante, leva em consideração, além da estrutura que a sustenta, a cultura que a organiza, o
que aponta para a perspectiva de que a ação educativa, em língua portuguesa, parte do
reconhecimento da multiplicidade de linguagens que se distribuem entre os grupos sociais.
Retomando uma discussão profícua de Soares4 sobre a diferença e a deficiência,
destaca-se que, para a Sociolinguística e para a Antropologia, “[...] todas as línguas são
adequadas às necessidades e características da cultura a que servem, e igualmente válidas
como instrumentos de comunicação social” (SOARES, 1991, p. 39,). Então, é inconcebível
afirmar que uma língua ou variedade linguística é superior ou inferior a outra. Uma mesma
comunidade linguística não utiliza necessariamente uma língua uniforme e homogênea. Há
diferenças geográficas e sociais que provocam diferenciação linguística, originando os
falares ou dialetos regionais. Também a diferenciação social leva a variedades sociais:
dialetos sociais ou socioletos. Explica-se, assim, que a deficiência linguística rotulada pela
escola em relação às camadas populares se deve ao fato de se privilegiar o dialeto das classes
socialmente privilegiadas. Esse conceito “[...] tem servido para legitimar a discriminação que
na escola se faz dos alunos pertencentes às camadas populares: falantes de um dialeto não
padrão, esses alunos são considerados linguisticamente ‘deficientes’ e, em consequência,
também cognitivamente ‘deficientes’, apenas porque a escola julga sua linguagem em função
do dialeto de prestígio, único que considera ‘certo’ e ‘bom’” (SOARES, 1991, p. 43).
4
Algumas das discussões apresentadas no que tange ao eixo da oralidade e da leitura são fruto do trabalho para
as Diretrizes Curriculares do Munícipio de Brusque (2012), cuja consultoria foi de Heinig.
52
5
Algumas das discussões apresentadas no que tange ao eixo da oralidade e da leitura são fruto do trabalho para
as Diretrizes Curriculares do Munícipio de Brusque (2012) cuja consultoria foi de Heinig.
53
linguísticas que compõem uma turma, revelando a sua riqueza. Ainda que haja uma
valorização da escrita, pois se vive em uma sociedade grafocêntrica, um dos papéis da escola
é contribuir para a valorização da cultura falada, focando os gêneros orais nos primeiros
momentos da escolarização e retomando-os ao longo dos anos iniciais.
Segundo a BNCC (2016), há dimensões a serem destacadas, entre elas, a articulação e
as relações entre textos escritos e orais, a fim de compreender e produzir gêneros orais
considerando o seu planejamento e a situação enunciativa; formas de apresentar oralmente
o texto escrito levando em conta a função social, o interlocutor e os recursos multimodais; a
valorização da tradição oral, a fim de compreender as diferentes manifestações da língua e
sua cultura local.
Ao se falar em oralidade, é preciso também incluir a escuta, para que a interação seja
contemplada em seu todo. Por isso, é importante participar de práticas sociais em que os
turnos sejam considerados, que a escuta seja primordial, para a execução de uma tarefa ou
atitude, para a produção de sentidos, como em uma peça teatral ou mesmo um filme. Ouvir é
uma das ações do interlocutor para que possa interagir com o locutor para que haja uma
atitude responsiva ativa (BAKHTIN, 2003).
No que se refere à leitura, partimos da compreensão de Scliar – Cabral (1992, p. 129),
para a qual são quatro as fases principais da leitura: descodificação, compreensão,
interpretação e retenção da informação. O processamento da leitura6 tem início a partir da
intenção do leitor que busca o texto, a fim de atender a uma necessidade, como informação,
lazer, prazer estético. A seguir, ocorre a pré-leitura, na qual os conhecimentos prévios são
acionados para que os sentidos sejam atribuídos adequadamente. Na leitura propriamente
dita, ocorre o primeiro fatiamento no momento de fixação do olhar, precedido e seguido pelos
movimentos em sacada, por meio das pistas fornecidas pelo texto impresso e combinadas
com o conhecimento sintático internalizado. Assim, ocorre o reconhecimento e a
identificação das letras, das quais um certo número já é suficiente para a identificação da
palavra. Passa-se, então, à atribuição dos sentidos, articulados numa microestrutura,
arquivada na memória operacional, que vai guardando os sentidos articulados, a partir do
processamento das palavras e frases do texto. Entretanto, se o leitor se defronta com uma
palavra pela primeira vez, terá de atribuir o sentido tomando como base a informação
fornecida pelo texto impresso e/ou por processos inferenciais.
6
SCLIAR-CABRAL, L., 2003.
54
7
HEINIG, O. L. M., 2003.
55
a fim de que o seu interlocutor possa compreender o que foi escrito, até as escolhas
linguísticas que ajudam a alcançar os objetivos e sentidos pretendidos por quem produz o
texto.
LINHAS ESTRUTURANTES
OBJETIVOS GERAIS
• Fazer uso da linguagem escrita e oral sob diferentes formas, sempre adequadas ao
contexto em que estiverem inseridos os interlocutores.
• Ter domínio das habilidades necessárias para a expressão oral, leitura e produção
textual em/de diferentes gêneros discursivos.
• Dominar as operações psicolinguísticas/linguísticas e as unidades da linguagem.
56
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Construção do
EF01LP08 - Observar escritas convencionais,
Sistema Alfabético/
comparando-as às suas produções escritas,
Convenções de
percebendo semelhanças e diferenças.
escrita.
Construção do
EF01LP09 - Copiar textos breves, mantendo suas
Sistema Alfabético/
características e voltando para o texto sempre que
estabelecimento de
tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica,
relações anafóricas
57
ANÁLISE
LINGUÍSTICA/
SEMIÓTICA
(ALFABETIZAÇÃO) EF01LP16 - Conhecer as letras do alfabeto, a ordem
alfabética e sua utilização para guiar consultas a
agendas, catálogos, dicionários, entre outros,
relacionando-as a seus respectivos fonemas.
EF01LP17 - Relacionar elementos sonoros (sílabas,
fonemas, partes de palavras) com sua representação
Construção do escrita.
sistema alfabético e
EF01LP18 - Comparar palavras, identificando
da ortografia.
semelhanças e diferenças entre sons de sílabas
iniciais.
EF01LP19 - Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na
ordem das letras.
EF01LP20 - Observar o uso de letras maiúsculas em
nomes próprios e início de frases.
58
Segmentação de
palavras/
EF01LP23 - Reconhecer a separação das palavras, na
Classificação de
escrita, por espaços em branco.
palavras por número
de sílabas.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
60
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas,
contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas,
charge/cartum, dentre outros.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Segmentação de
palavras/
EF02LP19 - Segmentar corretamente as palavras ao
Classificação de
escrever frases e textos.
palavras por número
de sílabas.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas,
contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/
cartum, dentre outros.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Formas de
composição de EF02LP64 - Observar, em poemas visuais, o formato do
textos poéticos texto na página, as ilustrações e outros efeitos visuais.
visuais.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Segmentação de
palavras/ EF03LP23 - Identificar o número de sílabas de palavras,
Classificação de classificando-as em monossílabas, dissílabas,
palavras por número trissílabas e polissílabas.
de sílabas.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas,
contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/
cartum, dentre outros.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Conhecimento das
diversas grafias do EF04LP18 - Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo)
alfabeto/ em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).
Acentuação.
83
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas,
88
contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/
cartum, dentre outros.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Forma de
EF04LP81 - Observar, em poemas concretos, o formato,
composição de
a distribuição e a diagramação das letras do texto na
textos poéticos
página.
visuais.
Forma de
EF04LP82 - Identificar, em textos dramáticos,
composição de
marcadores das falas das personagens e de cena.
textos dramáticos.
90
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
temática e
paragrafação.
Conhecimento do
EF05LP14 - Grafar palavras utilizando regras de
alfabeto do
correspondência fonema-grafema regulares,
português do Brasil;
contextuais e morfológicas e palavras de uso
Ordem alfabética;
frequente com correspondências irregulares.
ANÁLISE Polissemia.
LINGUÍSTICA/
SEMIÓTICA EF05LP15 - Identificar o caráter polissêmico das
(ORTOGRAFIZAÇÃO) palavras (uma mesma palavra com diferentes
Conhecimento do
significados, de acordo com o contexto de uso),
alfabeto do
comparando o significado de determinados termos
português do Brasil.
utilizados nas áreas científicas com esses mesmos
termos utilizados na linguagem usual.
Conhecimento das
diversas grafias do EF05LP16 - Acentuar corretamente palavras oxítonas,
alfabeto; paroxítonas e proparoxítonas.
Acentuação.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de
textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas,
contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/
cartum, dentre outros.
PRÁTICAS DE OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
LINGUAGEM CONHECIMENTO
Forma de
EF05LP59 - Observar, em ciberpoemas e minicontos
composição de
infantis em mídia digital, os recursos
textos poéticos
multissemióticos presentes nesses textos digitais.
visuais.
97
ARTES VISUAIS
Coordenação: Profa. M.e Rozenei Maria Wilvert Cabral
APRESENTAÇÃO
Nesse sentido, percebemos a escola como lugar também de acesso às artes e o/a
professor/a como um/a mediador/a cultural. Essa concepção é importante na
educação do homem, porque a cultura não só interfere na sua humanização, como
também é definido por ela. (CARVALHO; FREITAS; NEITZEL apud NEITZEL; CARVALHO,
2016, p. 213).
[...] desvelar o que pensa, sente e sabe, ampliando sua percepção para uma
compreensão de mundo mais rica e significativa. Desvelar/Ampliar e propor desafios
estéticos são como poção mágica, pó de pirlim-pim-pim, na possível experimentação
lúdica e cognitiva, sensível e afetiva do poetizar, do fruir e do conhecer arte (MARTINS;
PICOSQUE; GUERRA. 2010, p. 120).
multiculturalista e é pós-moderna, por tudo isso e por articular arte como expressão e como
cultura na sala de aula (2007, p. 41). Os eixos interagem entre si, abarcando o pensamento
crítico do estudante, em uma dinâmica contextual sociocultural. O fazer artístico se refere à
produção, o que possibilita o desenvolvimento de um processo próprio de criação a ser
experienciado nas mais diversas linguagens artísticas. A leitura da imagem é investigação, é
descoberta, é o aguçar da criticidade. Não se pauta somente na obra de arte; é muito mais
abrangente, é leitura de imagem, é leitura de mundo.
A contextualização associa-se a um pensamento com ênfase em várias áreas do
conhecimento. Não se restringe a um único componente curricular. Para Barbosa (2007, p. 38),
“[...] contextualizar é estabelecer relações. Nesse sentido, a contextualização no processo de
ensino e de aprendizagem é a porta aberta para a interdisciplinaridade”.
Por meio da Estética do Cotidiano, é possível aproximar os estudantes do seu contexto
sociocultural, a partir de uma educação direcionada para o conhecimento sensível. Desse
modo, é possível abarcar, no ensino da arte, os territórios artísticos e estéticos presentes no
cotidiano das pessoas, permitindo acesso ao desenvolvimento cultural e promovendo
significações de valores estéticos cultuados em várias épocas e lugares. Para Richter (2008),
a estética do cotidiano considera o olhar estético trazido de casa, do meio familiar, sendo
importante atentar como cada um se organiza enquanto sujeito, para que haja maior
aproximação da escola com as diferentes culturas que fazem parte desse contexto.
A Cultura Visual é um atributo de linguagem no intuito da construção subjetiva do
humano. Em um contexto de massificação e pluralidade das imagens, utiliza-se a cultura
como uma síntese das representações contemporâneas que levam a repensar as narrativas
do passado. O professor se posiciona com a finalidade educativa de facilitar experiências
reflexivas e críticas.
Para Hernandez:
LEITURA
[...] LEITURA refere-se aos encontros (que costumo chamar de conversas) com obras
de arte e outras tantas construções simbólicas das culturas envolvendo, por
exemplo, desde espaços urbanos, meios de comunicação até objetos utilitários. Esse
eixo nomeia, então, a aprendizagem da experiência estética, que envolve também
nosso contato com formas da natureza (MACHADO apud BARBOSA, 2010, p. 65).
PRODUÇÃO
CONTEXTO
OBJETIVO GERAL
Espera-se que os/as estudantes, ao final de nove anos aprendendo Artes Visuais na
escola, sejam capazes de:
MAPA CONCEITUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SUGESTÕES METODOLÓGICAS
CONHECIMENTO
EF01AR01 - Conhecer e
experienciar as cores primárias, Estudo do Abstracionismo, Fauvismo e
Estudo das cores; Impressionismo.
compreendendo o processo de
pigmentos naturais e
aquisição das cores secundárias Estudo dos artistas Matisse, Renoir,
artificiais.
por meio da manipulação de Degas, Monet e Hassis.
pigmentos naturais e artificiais.
Brinquedos,
EF01AR08 - Vivenciar o lúdico em
brincadeiras, jogos, Pesquisa de diferentes culturas e
diferentes matrizes estéticas e
danças, canções e etnias.
culturais.
literatura.
108
OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SUGESTÕES METODOLÓGICAS
CONHECIMENTO
EF02AR02 - Distinguir cores Cores primárias e Estudo dos artistas Matisse, Mira
primárias e secundárias secundárias. Schendel, Mondrian, Kandinsky,
explorando recursos visuais, Aldemir Martins e Eli Heil.
Recursos digitais no
plásticos e digitais. processo de criação. Uso da sala informatizada.
Instalação.
EF02AR03 - Compreender a Arte
Contemporânea como produção Estudo do artista Henrique Schwanke.
Arte contemporânea:
artística da atualidade, criando
conceitos, Fotografia.
instalações, a partir de objetos
características e
que tenham relação com Estudo dos artistas Vick Muniz e
diferentes linguagens.
sustentabilidade e meio Isabel Mir.
ambiente, com ênfase no Meio ambiente e
desenvolvimento perceptivo, sustentabilidade. DVDs Siron Franco – Natureza e
criativo e imagético. Cultura e Encontro: Um processo de
Museus, galerias e alfabetização estético visual (DVDteca
EF02AR04 - Experienciar o demais espaços Arte na Escola).
processo criativo, de modo culturais.
individual, coletivo e Proposta pedagógica interdisciplinar
colaborativo, explorando com Estudos Sociais.
109
Pesquisa de texturas.
Exercícios táteis (caixa surpresa).
Organização de livro de texturas
(tecido, revista e papel).
Estudo do artista Bispo do Rosário.
Pesquisa sobre a textura das rendas
de bilro e crochês de família.
Pesquisa da Cow Parade (circuito das
vacas).
Exploração dos monumentos da
cidade.
Elementos da
visualidade: textura e Criação de jogos.
EF02AR06 - Conhecer elementos volume.
da cultura popular brasileira, Proposta pedagógica interdisciplinar
distinguindo bidimensionalidade Brinquedos e com matemática.
e tridimensionalidade. brincadeiras.
Estudo dos artistas Tomie Otake e
Arte popular. Guido Heuer.
DVDs Tomie Otake: o traço essencial e
O lirismo de Renina Katz, Impressões
de Carlos Vergara (DVDteca Arte na
Escola).
Estudo dos artistas populares Antônio
Poteiro e Mestre Vitalino.
Estudo do artista Cândido Portinari.
DVDs A Herança do Mestre Vitalino e
as Fábulas de Antônio Poteiro
(DVDteca Arte na Escola).
Estudo de artistas figureiros.
110
OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SUGESTÕES METODOLÓGICAS
CONHECIMENTO
EF03AR01 - Reconhecer a
identidade e diversidade cultural
mediante o estudo da produção Costumes, crenças, danças, culinária,
artística da cultura popular festas.
brasileira.
Arte e cultura popular Arte Naif.
EF03AR02 - Identificar e apreciar brasileira. Estudos dos artistas Alfredo Volpi e
as diferentes linguagens das
Djanira.
artes visuais, na cultura popular
brasileira, com ênfase no Festas populares.
desenvolvimento perceptivo,
criativo e imagético.
Elementos dos
EF03AR06 - Explorar os elementos quadrinhos; Quadrinhos brasileiros e a sua
da história em quadrinhos. relação com obras da pop-art.
Autores brasileiros.
Ferramentas tecnológicas.
OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SUGESTÕES METODOLÓGICAS
CONHECIMENTO
OBJETOS DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SUGESTÕES METODOLÓGICAS
CONHECIMENTO
ARTE - MÚSICA
Coordenação: Prof.ª M.e Melita Bona e Prof. Msc. Tiago Pereira
APRESENTAÇÃO
Nesse sentido, desde 2008, a partir da Lei nº 11.769/2008, que trata da obrigatoriedade
da música na Educação Básica, o ensino de música situa-se em um novo cenário, no qual se
intensificaram as discussões sobre a efetivação da música como componente curricular
obrigatório na escola, em todo o território nacional. Pesquisas no campo da neurociência
apontam para as contribuições do ensino da música na infância (CROSS, 2006; ILARI, 2003). O
conhecimento musical desenvolvido no espaço escolar ampliará os repertórios e a percepção
da diversidade estética do indivíduo e poderá habilitá-lo a fazer escolhas e exercitar o livre
arbítrio na fruição artística. A dimensão poética da imaginação sonora, estimulada por meio
da prática e da escuta musical, possibilitará a formação de um sujeito mais sensível e mais
humano, capaz de compreender o seu entorno, de modo crítico. Segundo Harnoncourt (1998,
p. 31), “[...] em que consiste a formação do ouvinte? Na educação musical adquirida na escola
e nos concertos aos quais ele assiste”.
Considera-se, assim, que a função primordial da educação musical na escola seja a
de formar indivíduos sensíveis à música e à paisagem sonora de seu entorno e, de acordo com
Amato (2012, p. 123), “[...] de propiciar um impulso cognitivo inicial, mas seguro, àqueles que
se motivem a prosseguir na prática musical, seja como amadores, seja como profissionais”.
Sob essa perspectiva, o componente curricular música, no contexto da Educação Básica, está
intimamente associado aos hoje chamados métodos ativos em educação musical. E, de
acordo com Figueiredo (2012), o que caracteriza os métodos ativos nos processos de ensinar
e aprender música é justamente
Este modo ativo no ensino de música – baseado nos pensamentos de uma série de
pedagogos musicais (Cf. MATEIRO & ILARI, 2012) –, busca romper com os modelos tradicionais
dos conservatórios de música, que vinculam o ensino de música ao aprendizado exclusivo de
um instrumento musical e seu conhecimento técnico. Este direcionamento mais aberto
entende o aluno como sujeito participante do processo de musicalização, e amplia o alcance
da educação musical – sobretudo para dentro da Educação Básica –, fomentando o professor
de música reflexivo e que possibilita a todos o acesso aos saberes musicais. E é com base
119
nessas premissas e nos documentos atuais que norteiam o ensino de Arte e Música na escola,
que se configuram as linhas estruturantes desse componente curricular.
LINHAS ESTRUTURANTES
PRODUÇÃO MUSICAL
ANÁLISE
A análise compreende a “[...] parte do estudo da música que toma como ponto de
partida a música em si, em vez de fatores externos. Mais formalmente, pode-se dizer que a
análise inclui a interpretação de estruturas na música” (BENT & POPLE, 2001, s.p., tradução
nossa). Em vista da música na escola, a análise envolve a compreensão do discurso musical,
a partir da escuta e do registro de forma crítica. Trata-se da capacidade de distinguir formas
e elementos constitutivos da música, nos diversos períodos históricos e seus contextos,
levando em consideração uma educação musical voltada ao princípio ativo. A análise
equipara-se também à dimensão da reflexão, pois é a linha estruturante que permite uma
121
OBJETIVOS GERAIS
FONTE: os autores
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
AVALIAÇÃO
EF01MU01 - Reconhecer o
espaço global e pessoal Pulsação, ritmo e Movimento corporal, explorando
explorando a pulsação o ritmo andamentos diversos. tempo e espaço.
e andamentos diversos.
EF01MU02 - Identificar as
propriedades do som, a partir Atividades diversas envolvendo
Propriedades do som: altura,
da escuta de sons naturais, escuta musical ativa para
duração, timbre e
culturais, de instrumentos identificar e reconhecer as
intensidade.
musicais e objetos sonoros propriedades do som.
diversos.
Ver:
NOVAES, I. Brincando de roda. Rio: Agir, 1986.
Revistas MEB (ABEM).
NICOLAU, Amanda C. R. et al. Fazendo música com crianças. Curitiba: UFPR, 2011. (Com CD).
PAZ, E. 500 canções brasileiras. Brasília: MusiMed, 2010.
125
EF02MU02 - Identificar a
Direção sonora: sons Elaboração de registros gráficos
direção sonora do ponto de
estáticos e em movimento. diversos dos sons.
origem do som.
EF02MU03 - Registrar
Movimentos sonoros Audição e registro de sons
graficamente movimentos
ascendentes, descendentes e ascendentes, descendentes e
sonoros ascendentes,
contínuos. contínuos.
descendentes e contínuos.
Ver:
CIAVATTA, Lucas. O Passo: Música e Educação. Rio de Janeiro, 2003.
NOVAES, I. Brincando de roda. Rio: Agir, 1986.
KATER, C.; LOBÃO, P. Musicalização através da canção popular brasileira: propostas de atividades
criativas para uso na escola. São Paulo: Atravez, 2001.
KATER, C. Era uma vez... uma pessoa que ouvia muito bem. São Paulo: Musa, 2011.
MARIANI, S. A música e o movimento. In: Pedagogias em educação musical. Teresa Mateiro e Beatriz
Ilari (Org.). Curitiba: IBPEX, 2011.
PAZ, E. 500 canções brasileiras. Brasília: MusiMed, 2010.
Revista MEB.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.
SCHAFER, Murray. A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual
estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: UNESP,
2001 [1977].
126
EF03MU01 - Identificar
Elementos rítmicos e Conhecer rituais africanos.
elementos rítmicos e
instrumentais da cultura Confeccionar instrumentos com
instrumentos musicais da
afro-brasileira. materiais alternativos. Criar
cultura afro-brasileira,
rituais inspirados nos
utilizando também recursos Ritos, movimento e dança. movimentos e danças africanas.
audiovisuais.
EF03MU03 - Identificar
Cultura europeia: Escuta musical ativa diversificada
características da cultura
compositores e obras focando em compositores e obras
europeia, seus compositores e
musicais. europeias.
obras musicais.
Ver:
BASTIÃO, Z. Apreciação musical expressiva: uma abordagem para a formação de professores da
educação básica. Salvador: EDUFBA, 2014.
BEYER, E.; KEBACH, P. Pedagogia da música. Experiências de apreciação musical. Porto Alegre:
Mediação, 2009.
MEDAGLIA, Júlio. Música em ação. Curitiba: Ludo, 2013.
Revista MEB.
SCHAFER, Murray. A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual
estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: UNESP,
2001 [1977].
127
Mapeamento e registro de
repertório musical local.
EF04MU02 - Conhecer Manifestações musicais
manifestações musicais locais (Indaial). Conhecer a cultura dos povos
locais. colonizadores de Indaial focando
Músicas, estilos e
em suas músicas, danças, estilos
EF04MU03 - Identificar instrumentos musicais dos
e instrumentos musicais. Festas
músicas, estilos e povos colonizadores de
tradicionais como: Terno de Reis,
instrumentos musicais da Indaial: poloneses, italianos,
Festa da Integração (rei e rainha
cultura local. alemães, portugueses, etc.
do tiro), Festa da Colheita e
outros.
Construção de instrumentos
musicais com materiais
alternativos.
EF04MU04 - Compreender a Propostas metodológicas que
Organologia musical:
classificação de instrumentos contemplem escutas de grupos
Cordofones, idiofones e
musicais. que exploram os objetos sonoros,
aerofones.
EF04MU05 - Construir objetos como Grupo Stomp, Grupo
Música com instrumentos Barbatuques, Orquestra de
sonoros, a partir de pesquisa
não convencionais. reciclados de Cateura, dentre
realizada.
outros.
Utilização de diferentes
tecnologias e recursos digitais.
EF04MU06 - Dominar e
Conhecer diferentes músicas,
executar um repertório Prosódia musical: texto-
criando repertório e identificando
musical explorando a relação melodia.
a relação texto-melodia.
texto-melodia.
Ver:
BRANDT, Isabel Mir; RIBEIRO, Maria José. Lendas e causos de Santa Catarina. Blumenau: Nova Letra,
2004. 80 p. il.
FRANÇA, C.; POPOFF, Y. Festa mestiça: o congado na sala de aula. Belo Horizonte: UFMG, 2011.
HENRIQUE, Luís L. Instrumentos musicais. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço de
Educação e Bolsas, 2004. xx, 481p, il.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.
SNYDERS, G. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez, 1994.
128
Ver:
ALMEIDA, B.; PUCCI, M. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2002. (Com CD).
CIT, Simone. Histórias da música popular brasileira para crianças. Brasília: MINC. Sem data. (Com
CD).
ELIA, R. Ritmos brasileiros. São Paulo: Scipione, 2012.
REIS, Inimair dos. Folias e folguedos do Brasil.
SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.
SODRÉ, Lilian Abreu. Música africana na sala de aula. Cantando, tocando e dançando nossas raízes
negras. São Paulo: Duna Dueto, 2010. (Com CD).
SOUZA, J. et al. Palavras que cantam. Porto Alegre: Sulina, 2006.
129
EDUCAÇÃO FÍSICA
Coordenação: Profa. M.e Patrícia Neto Fontes
APRESENTAÇÃO
8Movimento surgido no início da década de 80, que ficou mais tarde assim conhecido, reuniu uma série de
pensadores que ambicionavam livrar a Educação Física da condição de mera atividade pedagógica.
131
elemento fundamental de estudo desta disciplina específica (GONZÁLEZ; FRAGA, 2009). Entre
as convergências com os demais componentes dessa área, destacam-se os seguintes
objetivos comuns: a) ampliar as possibilidades de uso das práticas de linguagens; b) conhecer
a organização interna dessas manifestações; c) compreender o enraizamento sociocultural
das práticas de linguagens e o modo como elas estruturam as relações humanas (BRASIL,
2016).
Caberá à Educação Física tratar das representações e práticas sociais que constituem
a cultura corporal de movimento, estruturada em diversos contextos históricos, e de algum
modo vinculada ao campo do lazer e da saúde, como, por exemplo, as práticas esportivas, as
ginásticas, as lutas, as atividades lúdicas, as práticas corporais expressivas, entre outros, que
se firmaram ao longo dos anos como objetos de estudo próprios desta disciplina. Os saberes
produzidos pela experimentação das práticas, o conhecimento da estrutura e a dinâmica
dessas manifestações bem como a problematização dos conceitos e significados a elas
atribuídos (GONZÁLEZ; FRAGA, 2012) compõem os conteúdos nas suas dimensões conceitual,
procedimental e atitudinal.
9
Este referencial serviu de base para as discussões no processo de formação do coletivo de profissionais da
educação da Rede Municipal de Indaial na, permanente, construção da Proposta Curricular.
132
10
Kunz (2009, p.187), ao propor o Se-Movimentar Humano a partir de uma teoria fenomenológica do Movimento
Humano, destaca que não se pode excluir ou neutralizar os sujeitos envolvidos nas ações e muito menos as
concretas situações em que o movimento se realiza. Deve-se analisar o movimento humano sob a ótica de três
dimensões e suas inter-relações: 1) o ator, o sujeito que se movimenta; 2) uma situação concreta na qual os
movimentos se realizam; e 3) o significado ou os sentidos que orientam as ações e que abrem as possibilidades
de compreender melhor o conjunto de movimentos em desenvolvimento ou a serem desenvolvidos.
133
11
Os autores González e Fraga (2012) dão ênfases diferenciadas às dimensões dos conhecimentos da Educação
Física nas etapas escolares.
134
com que tanto a experiência prática como a dimensão social dessa prática corporal sejam
mais complexas.
A linha estruturante LETRAMENTO EM EDUCAÇÃO FÍSICA se entrosa e se sobrepõe às
demais, visto que as aulas de Educação Física se constituem como espaços que favorecem a
participação em práticas sociais, envolvendo linguagem corporal, leitura e escrita,
contextualizando saberes e experiências, ou seja, diferentes práticas de letramento. Como
exemplo, podemos pensar nos projetos citados anteriormente - “jogos que jogamos” e “jogos
da minha rua” – por meio dos quais os estudantes poderão produzir cartazes, textos e até
mesmo livretos explicando o desenvolvimento e as regras dos jogos vivenciados. Poderão
ainda organizar um campeonato na escola, criando cartazes, folders, páginas nas redes
sociais para divulgação e também estabelecer o regulamento desse campeonato.
O diagrama de organização curricular a seguir representa como as linhas
estruturantes agregam, fundamentam e articulam o desenvolvimento dos conteúdos do
componente curricular.
FONTE: os autores
135
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
determinada prática corporal, em uma dada região e época, ou os motivos pelos quais o
esporte masculino tem uma visibilidade e um tratamento midiático diferente do feminino.
Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhecimentos necessários
para os/as estudantes participarem, de forma confiante e autoral, de decisões e ações
orientadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como
referência valores favoráveis a convivência social. Contempla a reflexão sobre as
possibilidades que eles e a comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada prática no
lugar em que moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para tal, os agentes
envolvidos nessa configuração, entre outros, bem como as iniciativas que se dirigem para
ambientes além da sala de aula, orientadas a interferir no contexto em busca da
materialização dos direitos sociais vinculados a esse universo.
Inicialmente, serão apresentados os objetivos de aprendizagem que são comuns às
práticas corporais e, em seguida, os objetivos de aprendizagem específicos por práticas.
Os objetivos de aprendizagem não foram apresentados por anos e/ou ciclos, pois os
projetos escolares possuem autonomia para organizarem como as práticas corporais serão
tratadas nos diferentes anos escolares, levando em consideração a singularidade de qualquer
processo presente na escola e sua interdependência com as características da comunidade
local.
Partindo do princípio de que todas as práticas corporais podem ser objeto do trabalho
pedagógico em qualquer etapa da Educação Básica, a progressão dos conhecimentos da
Educação Física, ao longo dos anos escolares, podem considerar os elementos específicos
das diferentes práticas corporais, as características dos sujeitos e os contextos de atuação,
sinalizando tendências de organização dos conhecimentos que vão das esferas sociais mais
familiares às menos familiares, das temáticas mais frequentes às menos frequentes, das
práticas corporais mais corriqueiras às menos comuns, de um reflexão mais localizada a uma
mais universal.
138
GINÁSTICAS
GINÁSTICAS
12
As denominadas ginásticas competitivas foram consideradas como práticas esportivas e, por tal motivo, foram
alocadas no esporte junto com outras modalidades técnico-combinatórias. Essas modalidades fazem parte de
um conjunto de esportes que se caracterizam pela comparação de desempenho centrada na dimensão estética
e acrobática do movimento, dentro de determinados padrões ou critérios técnicos. Exemplos: todas as
modalidades de ginástica − acrobática, aeróbica esportiva, artística, rítmica, de trampolim −, como também as
provas de patinação artística, nado sincronizado, saltos ornamentais, entre outras.
13
Essa manifestação da ginástica pode receber outras tantas denominações como, por exemplo, ginástica
básica, geral, acrobacias, entre outras.
14
Prática corporal milenar que consiste em manipular um ou mais objetos arremessando-os ao ar de forma
alternada, em um movimento continuo, sem perder o controle ou mantendo-os em equilíbrio. Os jogos de
malabar caracterizam-se por sua dificuldade e beleza, desafiando o jogador (malabarista) a aprender técnicas
específicas, utilizando diversas partes do corpo, mas principalmente as mãos.
143
15
Essas práticas podem ser denominadas de diferentes maneiras, a exemplo de alternativas, introjetivas,
introspectivas, suaves. Exemplos: biodança, bioenergética, eutonia, antiginástica, método feldenkrais, yoga, tai
chi chuan, liang gong/ginástica chinesa.
144
LUTAS
LUTAS
Seu aspecto central e diferenciador em relação às anteriores é que a vertigem e o risco controlado
são determinantes em sua organização. Suas expressões e formas de experimentação corporal
estão centradas nas perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se
apresentam quando o praticante interage com um ambiente desafiador. Algumas dessas práticas
costumam receber outras denominações, como esportes de risco, esportes alternativos, esportes
extremos e, assim como as demais práticas, também são objeto de classificações, conforme o
critério que se utilize. Optou-se por diferenciá-las com base no ambiente de que necessitam para
serem realizadas: na natureza e urbanas. As práticas de aventura na natureza caracterizam-se por
explorar as incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do
risco controlado (exemplo: corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain bike,
rapel, tirolesa, arborismo). As práticas de aventura urbanas, diferentemente das anteriores,
exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas condições (vertigem e risco controlado),
durante a prática (exemplo: parkour, skate, patins, bike etc.). Reconhece-se, no entanto, que,
apesar das diferenças, algumas modalidades podem ser realizadas, tanto em um entorno como
em outro, o que aumenta a possibilidade de sua vivência.
PRÁTICAS CORPORAIS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
AVENTURA
DANÇAS
DANÇAS
ESPORTES
ESPORTES
Reúne tanto as manifestações mais “formais” dessa prática quanto as que lhe são “derivadas”. O
esporte, como uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande
presença nos meios de comunicação, caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um
determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de
regras (“formais”), institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações
esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das
modalidades em todos os níveis de competição. No entanto, essas características não possuem
um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o praticam, especialmente
quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da saúde. O envolvimento com
esse universo pode sustentar-se nos mais diversos interesses, aspecto central a ser considerado
nas aulas de Educação Física. Como toda prática social, o esporte é passível de recriação por quem
se envolve com ele.
As práticas “derivadas” dos esportes mantêm essencialmente suas características “formais” de
regulação das ações, mas adaptam as demais normas institucionais aos interesses dos
participantes, às características do espaço, ao número de jogadores, ao material disponível etc.
Isso permite afirmar, com bastante tranquilidade, que, por exemplo, em um jogo de dois contra
dois, em uma cesta de basquetebol os participantes estão jogando basquetebol, mesmo não
sendo obedecidos os 50 artigos que integram o regulamento oficial da modalidade.
16
Esportes de marca: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados registrados em
segundos, metros ou quilos (Quanto demorou? Quanto saltou? Quanto levantou?). Integram este grupo, entre
outras modalidades, a patinação de velocidade, todas as provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de
peso etc.
17
Esportes de precisão: conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um objeto,
procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento, comparando-se o número de tentativas
empreendidas, a pontuação estabelecida em cada tentativa (maior ou menor do que a do adversário) ou a
proximidade do objeto arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que o adversário conseguiu deixar).
Exemplo: bocha, curling, croquet, golfe, sinuca, tiro com arco, tiro esportivo etc.
18
Esportes de invasão ou territorial: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar a capacidade
de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro móvel) a uma meta ou setor da quadra/campo defendida
pelos adversários (gol, cesta, touchdown), protegendo simultaneamente o próprio alvo (meta ou setor do campo).
Exemplos: basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na
grama, lacrosse, polo aquático, rugbi etc.
19
Esportes de campo e taco: categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a bola lançada
pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases, ou a maior
distância possível entre as bases – enquanto os defensores não recuperam o controle da bola – e, assim, somar
pontos. Exemplo: beisebol, criquete, pesapallo, rounders, softbol etc.
148
20
Rede/quadra dividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou
rebater a bola em direção a setores da quadra adversária em que o rival seja incapaz de devolvê-la do mesmo
modo, ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em
movimento. Exemplos de esportes com rede divisória: voleibol, vôlei de praia, tênis, badminton, padel, peteca,
sepaktakraw. Exemplos de esportes com parede de rebote: pelota basca, raquetebol, squash.
21
Esportes técnico-combinatório: reúne modalidades nas quais os resultados da ação motora comparados
referem-se à qualidade do movimento segundo os padrões técnico-combinatórios (ginástica artística, ginástica
rítmica, nado sincronizado, patinação artística, saltos ornamentais etc.
149
Ainda que não tenham sido apresentadas como uma das práticas corporais
organizadoras da Educação Física na BNCC, nesta proposta curricular, é importante sublinhar
a necessidade e a pertinência de os/as estudantes terem oportunidade de experimentar
práticas corporais no meio líquido, dado seu inegável valor para a segurança pessoal e seu
potencial de fruição durante o lazer. Essa afirmação não se vincula apenas à ideia de vivenciar
e/ou aprender, por exemplo, os esportes aquáticos, em especial a natação em seus quatro
estilos competitivos, e, sim, à de experimentar “atividades aquáticas”. São, portanto, práticas
centradas na ambientação dos/as estudantes ao meio líquido que permitem aprender, entre
outros movimentos básicos, o controle da respiração, a flutuação em equilíbrio, a imersão e
os deslocamentos na água.
150
LÍNGUA INGLESA
Coordenação:
Profa. Elisana Flaviane Mendonça (2016)
Profa. Dr.a Cyntia Bailer (2017 e 2018)
APRESENTAÇÃO
O cenário do ensino de língua inglesa no Brasil tem sido influenciado por muitas
mudanças ao longo dos anos, e tem se colocado em uma posição de muita relevância no que
tange à formação de um cidadão que, por estar inserido em um mundo social cada vez mais
globalizado e plural, sente a necessidade de comunicar-se em inglês, seja por finalidades
profissionais, estudo, entretenimento. Todavia, proporcionar ensino de qualidade e que vá ao
encontro das necessidades dos estudantes, continua sendo o desafio da escola dos dias
atuais, ao passo que, se lidar com as mudanças da sociedade, englobando o âmbito familiar,
a heterogeneidade, diferenças de níveis econômicos e de letramentos.
Desse modo, discussões relacionadas ao ensino do componente língua estrangeira
não são recentes, pois já podem ser vistas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Mais
recentemente pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), esta preocupação novamente
aparece. As discussões para a construção da proposta para o município de Indaial iniciaram
muito antes da publicação da BNCC, e perduraram por um percurso contínuo de formação na
rede. O documento trouxe uma série de conceitos à baila e proporcionou discussões
importantes em relação à superação de uma visão tecnicista de língua inglesa, esta
puramente limitada a explicações gramaticais ou à repetição de frases descontextualizadas,
para priorizar uma perspectiva discursiva, ao colocar ênfase na produção de sentido por parte
dos estudantes, independentemente de seu nível de conhecimento da língua, em dado
momento.
Qualquer língua na modalidade falada ou escrita tem sua razão de existir calcada na
comunicação, que nasce a partir da interação, responsável por proporcionar a troca de ideias
e a construção de sentidos para o que está sendo comunicado. Com base nesses aspectos,
ensinar língua inglesa deve proporcionar aos aprendizes situações reais de comunicação, que
tenham ênfase em aspectos pessoais e sociais, e que tenham relevância para o estudante.
Partindo desse pressuposto, esta Proposta Curricular assume que o processo de
ensino e aprendizagem deve possibilitar essas situações reais de comunicação, nas quatro
152
LINHAS ESTRUTURANTES
O estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos o acesso aos saberes linguísticos
necessários para engajamento e participação, contribuindo para o agenciamento
crítico dos estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as
possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de
conhecimentos e de continuidade nos estudos.
maneira, o texto perdeu seu caráter único, fechado, engessado. Pode-se, agora, questionar o
texto, dialogar com ele, relacioná-lo a outros textos. Como consequência, a aprendizagem
também muda, pois os leitores não são mais prisioneiros de um prisma único do autor que
escreveu o texto, mas podem interagir com outros textos, imagens e sons, em contextos
interativos, colaborativos. Assim, saber inglês
DIAGRAMA
Relações socio/
interculturais e
comunicação
Conhecimentos
linguísticos a partir dos
Multiletramentos
eixos Oralidade, Leitura
e Escrita
FONTE: os autores
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Língua Inglesa: 1° ao 5º ano
LÍNGUA INGLESA: 1° AO 5° ANO
OBJETOS DO CONHECIMENTO
Língua Inglesa: 1° ano
LÍNGUA INGLESA: 1° ANO
• Vocabulário e expressões:
• What’s your name?
• I am...
• What’s your last name?
• My last name is...
• How old are you?
• I am....
• Where are you from?
• I am from...
• Vocabulário relativo aos animais do zoológico.
• Trabalho com os verbos to eat, to drink, to like e relacionar com o tema alimentação
saudável (junk food x healthy food).
• Trabalho com esportes, o verbo play, e o verbo can em sua forma afirmativa e
negativa.
• Trabalho com músicas.
162
• Vocabulário e expressões:
• What’s your name?
• I am...
• What’s your last name?
• My last name is...
• How old are you?
• I am...
• Where are you from?
• I am from...
• Vocabulário relativo à operação matemática: plus, minus, divided by, times, equal.
• Vocabulário relativo às refeições com os verbos to eat, to drink e to like.
• Vocabulário relativo ao mundo fashion com o verbo to wear.
163
MATEMÁTICA
Coordenação:
Profa. Maria Adélia Bento Schmitt
Profa. Dr.a Rosinéte Gaertner
APRESENTAÇÃO
Defendemos que a Matemática estudada em sala de aula deve ter conexão com a
realidade na qual o estudante está inserido. Porém, este argumento não deve servir de
restrição para o aprofundamento de conceitos matemáticos abstratos, pois “diante de
alguma nova questão que as antigas soluções não resolvem, o passo dado é na direção da
generalização, do acréscimo de conceitos que, ampliando concepções abstratas,
eventualmente, abarcam noções anteriores como casos particulares” (BRASIL, 2014, p. 91).
A Matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino
deve ser meta prioritária do trabalho docente. Nessa perspectiva, para que a escola
acompanhe o processo de desenvolvimento humano, deve-se conceber uma nova dinâmica
para a mobilização de saberes matemáticos interligados com a realidade social atual,
fazendo-se, assim, a construção e a apropriação de um conhecimento pelo estudante, que se
servirá dele para compreender e transformar sua realidade.
Essa mobilização de saberes interligados com a realidade social exigirá que o estudo
da Matemática no Ensino Fundamental deverá propiciar aos estudantes a construção de
conhecimentos que lhes permitam reconhecer problemas, buscar e selecionar informações,
testar hipóteses, validar soluções, tomar decisões, usando adequadamente a linguagem
matemática, ou seja, desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade
matemática.
A adoção de abordagens metodológicas diferenciadas, tais como a resolução de
problemas, a modelagem matemática, a etnomatemática, o desenvolvimento de projetos
didáticos e de sequências didáticas ou outras opções metodológicas, permeadas por ações
de investigação, incentivos à criatividade e à análise reflexiva, possibilitarão o acesso aos
conhecimentos matemáticos fundamentais que envolvem conhecimentos historicamente
produzidos e organizados neste documento em cinco eixos: Geometria, Grandezas e Medidas,
Estatística e Probabilidade, Números e Operações, Álgebra e Funções.
Levando-se em consideração os apontamentos feitos nos parágrafos anteriores,
definem-se, então, como objeto de estudo da Matemática como componente curricular do 1º
ao 9º ano do Ensino Fundamental as quantidades e as formas, as relações entre elas e as suas
inserções no mundo. Nas quantidades, encontram-se todos os conjuntos numéricos e suas
operações com as diferentes formas de representação (numérica, geométrica, gráfica,
algébrica), suas propriedades e relações. Nas formas, o desenvolvimento de uma visão
geométrico-espacial é essencial para a compreensão do espaço físico no qual o indivíduo vive.
O conhecimento de figuras geométricas, por exemplo, permitirá a apropriação do espaço e a
166
possibilidade de nele intervir. A exploração das relações entre os conceitos dos diferentes
campos da Matemática (numérico, algébrico, geométrico, gráfico etc.) possibilitará conexões
entre eles, como, por exemplo, representar e medir os comprimentos de uma dependência
de uma casa. Tem-se por pressuposto que perceber, compreender e aplicar a matemática no
mundo em que vive, por meio de inserções em situações reais no estudo em sala de aula
preparará o estudante para atuar como cidadão crítico na sociedade.
Ao preparar o estudante para a vida em sociedade, não poderá ser desprezada a
importância da tecnologia digital presente na sua vida, nos dias atuais. O uso das tecnologias
digitais (calculadora, celulares, computadores, tablets, entre outros) em sala de aula é visto
como uma ferramenta essencial para se obter o aprendizado dos conteúdos matemáticos,
pois a organização de atividades que utilizem calculadora, ou softwares matemáticos, ou
pesquisa na internet ou nas redes sociais, pode ser feita como um modo de investigar,
explicar, desenvolver e aplicar conteúdos matemáticos.
LINHAS ESTRUTURANTES
LETRAMENTO EM MATEMÁTICA
INVESTIGAÇÃO
DIAGRAMA
FONTE: os autores
168
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Matemática: 1° ano
MATEMÁTICA: 1° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
necessária essa ação, por meio de desenhos, croquis, plantas baixas, mapas e
maquetes, desenvolvendo noções de tamanho, de lateralidade, de localização,
de direcionamento, de sentido e de vistas.
EF01MA12 - Identificar e descrever, em linguagem verbal e não-verbal, a
localização de pessoas e objetos no espaço (sala de aula, pátio da escola,
parque, entre outros), considerando um ponto de referência, utilizando termos
que se referem à posição, como direita, esquerda, em cima, embaixo,
explicitando o referencial.
EF01MA13 - Relacionar e descrever figuras geométricas espaciais (cones,
cilindros, esferas e blocos retangulares) a objetos familiares do mundo físico.
EF01MA14 - Identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e
triângulo) em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em
contornos de face de sólidos geométricos.
Matemática: 2° ano
MATEMÁTICA: 2° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
Matemática: 3° ano
MATEMÁTICA: 3° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
Matemática: 4° ano
MATEMÁTICA: 4° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
EF04MA29 - Identificar entre eventos cotidianos aqueles que têm maior chance
de ocorrência, de modo a reconhecer características de resultados mais
prováveis, sem uso de frações.
EF04MA30 - Ler, interpretar e comparar dados representados em uma tabela
simples, tabela de dupla entrada, gráfico de barras, de colunas ou pictóricos,
PROBABILIDADE E envolvendo informações oriundas de outras áreas de conhecimento, e produzir
ESTATÍSTICA um texto a partir de suas observações.
EF04MA31 - Coletar, classificar e representar dados de uma pesquisa que
envolva variáveis categóricas ou numéricas, considerando populações além do
universo da sala de aula, organizar os resultados e representa-los por meio de
listas, tabelas, gráficos de colunas simples, incluindo o uso de tecnologias
digitais.
179
Matemática: 5° ano
MATEMÁTICA: 5° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
EF05MA01 - Ler, escrever e ordenar números naturais (até a ordem das centenas
de milhar) e números racionais na forma decimal, utilizando como recursos a
composição e decomposição e a reta numérica. Avaliar a aproximação de um
número decimal para o número natural mais próximo.
EF05MA02 - Reconhecer, ler, representar e entender o significado de frações
(menores e maiores que a unidade), associando-as ao resultado de uma divisão
ou à ideia de parte de um todo, utilizando a reta numérica e representação
geométrica.
EF05MA03 - Comparar e ordenar números racionais positivos (representações
fracionária e decimal), utilizando frações equivalentes, relacionando-os a
pontos na reta numérica.
EF05MA04 - Identificar frações equivalentes na forma algébrica e geométrica.
EF05MA05 - Associar as representações percentual e fracionária (10%, 25%, 50%,
75% e 100% respectivamente à décima parte, quarta parte, metade, três
NÚMEROS quartos e um inteiro), para calcular porcentagem, utilizando estratégias
pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira,
entre outros.
EF05MA06 - Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com números
naturais e com números racionais, cuja representação decimal seja finita,
utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e
algoritmos.
EF05MA07 - Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com
números naturais e com números racionais cuja representação decimal é
finita, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo
mental e algoritmos.
EF05MA08 - Resolver e elaborar problemas simples de contagem envolvendo o
princípio multiplicativo, como a determinação do número de agrupamentos
possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com todos os
elementos de outra coleção, por meio de diagramas de árvore ou por tabelas.
CIÊNCIAS
Coordenação: Profa. Dr.a Daniela Tomio
APRESENTAÇÃO
definir quais são os objetivos de aprender Ciências da Natureza e esta resposta implica
primeiramente pensarmos sobre o que é ciência? para nos ajudar a entender que ciência é
essa que as crianças, os adolescentes e os jovens e adultos que frequentam as escolas
municipais de Indaial precisam aprender? Tais perguntas são relevantes, uma vez que os
sentidos que atribuímos como professores/as à natureza da ciência e ao papel do cientista
são reforçados aos estudantes com o que e como dizemos sobre ciência e tecnologia e nas
escolhas didáticas que fazemos.
[...] construir atitudes de reflexão sobre os mitos da ciência, suas verdades sempre
contestáveis e sua suposta neutralidade; compreender os múltiplos fatores que
condicionam os procedimentos e metodologias científicas; compreender que as
relações sociais que se estabelecem e se desenvolvem dentro da comunidade
científica também são organizadas a partir de interesses, tensões e conflitos;
relacionar os efeitos sociais das descobertas científicas com seus dilemas,
contradições, interesses, influências, controle e limitações; e reconhecer como os
avanços científicos e tecnológicos podem contribuir para a promoção da qualidade
de vida e da cultura, sem deixar de compreender os problemas advindos desses
avanços (BRASIL, 2014, p. 145).
Assim, parece-nos que uma compreensão de ciência e dos objetivos para o seu ensino
na escola precisa considerar as interações recíprocas da Ciência com a Tecnologia e com a
Sociedade – CTS. E é nessa perspectiva que surge o movimento denominado CTS para
refletirmos os processos educativos na escola:
democraticamente de processos que envolvam decisões para uma vida mais sustentável
(TOMIO, 2012).
OBJETIVO GERAL
Em síntese, buscamos como objetivo que os/as estudantes, ao final de nove anos
aprendendo Ciências na escola, sejam capazes de:
LINHAS ESTRUTURANTES
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO
Também, esta linha estruturante tem relação com um dos eixos da Base Nacional
Comum Curricular, que em sua essência reúne as diferentes formas de praticar a
contextualização do ensino de Ciências da Natureza:
Contextualizar o que aprender busca contribuir para evitar-se um ensino com foco na
transmissão de conceitos isolados, distantes da realidade dos estudantes e que não valoriza
seus saberes. Contrariamente a isso, ao partirmos de contextos nas aulas de Ciências,
buscamos incentivar o estudante à aprendizagem e ao desenvolvimento de conceitos,
habilidades e atitudes para a construção de uma visão de ciência crítica como um processo
social e que lhe permite ampliar a sua leitura de mundo, criando possibilidades de interação
com a realidade, de modo mais significativo.
PRÁTICAS INVESTIGATIVAS
das atividades, bem como a sua posterior reflexão, discussão e relato. Essas estratégias têm
como objetivo principal o desenvolvimento de um estilo de pensar científico, que têm caráter
investigativo, questionador, criativo, coletivo e crítico.
Esta linha estruturante está em consonância com a Base Nacional Comum Curricular,
em relação ao que preconiza para o percurso formativo dos estudantes do Ensino
Fundamental, para que lhes seja assegurado “[...] o acesso à diversidade de conhecimentos
científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais
processos, práticas e procedimentos da investigação científica.” (BRASIL, 2018, p. 319).
aprendizagem e o cuidado dos seres humanos entre si e com o meio em que vivem (BRASIL,
2012). As aulas de Ciências podem ser ricas oportunidades para contribuir para uma escola
sustentável.
No ensino de Ciências, ler e escrever são tarefas que perpassam todas as atividades
de aprender conhecimentos científicos. Por isso, é fundamental que nos planejamentos
tenhamos uma intencionalidade para o trabalho com a linguagem científica.
Pensar nas aulas de Ciências os processos de ler e escrever na direção de
letramentos, como já discutido no texto inicial dessa Proposta, implica ir além do livro
didático e abordar uma infinidade de textos veiculados na sociedade para leitura, como os
folders de campanhas sanitárias, as embalagens de produtos, os textos de divulgação
científica de revistas e internet, os excertos de originais de cientistas, dentre outros. O
funcionamento da leitura desses textos em aulas de Ciências pode possibilitar aos estudantes
interpretarem que existem diferentes formulações de sentidos para um mesmo objeto e
sobre seus modos de produção, confrontando-os com as suas próprias formas de explicação
e como foram produzidas. Desse modo, como professores, precisamos discutir com os
estudantes alguns itens, a saber: Qual é a função social desse texto? Quem escreveu esse
texto? Como é organizada a escrita desse texto? Que sentidos podemos construir sobre o que
estamos estudando, a partir da leitura desse texto?
Da mesma maneira, escrever em aulas de Ciências prescinde da reflexão de questões
como: O que escrever? Para que escrever? De que modo escrever? Quem será (além do
professor de Ciências) o leitor? Com isso, observamos que escrever não significa responder
questionários ou atividades de cópia, mas sim uma escrita que contribua para os processos
de aprender e para a formação do estudante autor.
É importante compreendermos que ler e escrever não se restringem às práticas
escolares; são, sobretudo, práticas sociais e, por isso, fundamentais para que os estudantes
possam ser membros participativos da cultura, uma cultura tecnocientífica e letrada. Desse
modo:
- a escrita não é um processo dissociado do conhecer, por isso, diferente de “aprender
a ler e escrever nos primeiros anos da escola, para depois aprender Ciências nos outros
191
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
UNIDADES DE CONHECIMENTO
Ciências: 1° ano
CIÊNCIAS: 1° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
Ciências: 2° ano
CIÊNCIAS: 2° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
EF02CI01 - Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro etc.) são feitos
os objetos que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados
e com quais materiais eram produzidos no passado.
EF02CI02 - Associar os recursos naturais aos objetos/materiais fabricados pelo
ser humano, relacionando suas propriedades, usos e problemas quando
empregados de forma inadequada.
EF02CI03 - Classificar os diferentes tipos de resíduos (lixo) produzidos em casa
e na escola, distinguindo a matéria prima/recursos naturais que são
produzidos.
EF02CI04 - Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de
MATÉRIA E uso cotidiano, tendo em vista algumas propriedades desses materiais
ENERGIA (flexibilidade, dureza, transparência etc.).
EF02CI05 - Diferenciar objetos de seu cotidiano, agrupando ou separando, de
acordo com suas origens, as suas características, para que servem ou a partir
de experimentação de outras formas de classificá-los.
EF02CI06 - Discutir os cuidados necessários à prevenção de acidentes
domésticos (objetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, produtos de limpeza,
medicamentos etc.).
EF02CI07 - Reconhecer a importância da água para a sobrevivência de todos os
seres vivos, estabelecendo relações com a hidratação, alimentação e higiene.
EF02CI08 - Reconhecer a importância do solo para os seres vivos, estabelecendo
relações com o equilíbrio do ambiente natural e as atividades humanas.
Ciências: 3° ano
CIÊNCIAS: 3° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
Ciências: 4° ano
CIÊNCIAS: 4° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
EF04CI01 - Identificar misturas (exemplo: café, suco...) na vida diária, com base
em suas propriedades físicas observáveis, reconhecendo sua composição.
EF04CI02 - Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando
expostos a diferentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
EF04CI03 - Caracterizar os estados físicos (líquido, sólido e gasoso) que
diferentes materiais apresentam.
EF04CI04 - Investigar diferentes práticas de produção e de transformações de
MATÉRIA E materiais pelas indústrias, relacionando o uso de recursos naturais, fontes de
ENERGIA energia e resíduos produzidos na fabricação.
EF04CI05 - Concluir que algumas mudanças causadas por aquecimento ou
resfriamento são reversíveis (como as mudanças de estado físico da água) e
outras não (como o cozimento do ovo, a queima do papel etc.).
EF04CI06 - Reconhecer o papel dos microrganismos decompositores no ciclo da
matéria orgânica na natureza e na produção de adubo para agricultura.
EF04CI07 - Investigar o processo de compostagem e sua importância na
reciclagem de matéria orgânica.
Ciências: 5° ano
CIÊNCIAS: 5° ANO
UNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICA
GEOGRAFIA
Coordenação: Profa. Dr.a Karina Rousseng Dal Pont
APRESENTAÇÃO
O poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916 – 2014), com sua poesia, pode nos
auxiliar a refletir sobre os sentidos da escola e da educação, no contexto sociocultural que
nos encontramos. A noção de experiência e de formação apresentadas pelo escritor são um
convite a nos questionarmos sobre o que se aprende na escola, e de que maneira se ensina.
Ao longo do ano de 2014, este foi o convite realizado aos professores e professoras de
Geografia da Rede Municipal de Indaial: problematizar e ressignificar a Proposta Curricular do
município para o ensino de Geografia. Este texto reverbera parte do que foi lido, conversado e
discutido, ao longo desses encontros.
205
Nesse sentido, a poesia pode ser tomada aqui como “um gosto pela desobediência à
regra”, ou uma forma de “escapar da racionalidade dos códigos da escrita enquanto sistema
de pensamento”, como afirma o escritor moçambicano Couto (2011). E assim, nos
aproximamos daquilo que desejamos para essa escola do século XXI: um espaço aberto para
tecer outras formas de ensinar e educar, criar linhas que escapem do que limita e prescreve
a formação discente. Nessa perspectiva, o encantamento com as palavras e a criação de
sensibilidades imagéticas que a poesia de Manoel de Barros nos traz abre outras perspectivas
de reflexão sobre o espaço geográfico e as formas de nos relacionarmos com os lugares,
paisagens e territórios que construímos em nossos cotidianos escolares.
Alves (2014, p. 110) afirma que
[...] dessa forma, entendemos que os currículos desenvolvidos nas escolas não se
limitam ao que é oficialmente decretado, mas, incluem também, as tessituras
cotidianas, em redes de significações, negociações e ressignificações de
compreensão do mundo, da natureza, dos seres humanos, com suas tantas
necessidades e possibilidades.
Talvez, por aqui, possamos iniciar as reflexões sobre as questões atuais que envolvem
as formas de ensinar e aprender Geografia na escola. É preciso, antes de adentrarmos nas
discussões específicas da área, lembrar uma questão fundamental: para qual escola e para
quais sujeitos estamos queremos criar nossas práticas de ensino? E qual é o lugar que damos
a essas reflexões em nosso cotidiano de trabalho e de formação? Lembrando que partimos de
uma perspectiva de formação na qual o sujeito se abre ao conhecimento, e se coloca em
revelação, sem se render a um modelo de formação, e carregando em si uma noção de
incompletude. De acordo com Macedo e Gomes (2014), podemos mobilizar, com esse “modelo
faltante” de formação, sonhos e desejos que possam permear uma educação para criação, e
uma formação que não deixe desaparecer as singularidades criativas de seus sujeitos, em
seus processos de subjetivação do/no mundo.
Assim, podemos nos apropriar daquilo que Alves (2014) sugere, de uma formação
curricular que se dá no/com e pelo cotidiano escolar. Criado e recriado pelos sujeitos que
neles atuam diretamente, ou seja, professores(as), alunos(as), coordenação pedagógica,
direção e todos que da escola fazem parte.
As pesquisas no ensino da Geografia estão se apropriando também dessas
perspectivas, a partir do princípio que o espaço geográfico, objeto de análise desta disciplina,
é construído e reconstruído por todos nós que vivemos nele. Portanto, faz-se necessário que
nossas práticas de ensino aproximem cada vez mais os(as) alunos(as) desta compreensão. A
206
Geografia. Essa palavra aparece escrita em uma obra de domínio público, denominada
“Geografia”. Inconteste a importância dessa disciplina na formação de toda pessoa. Valem-se
desse momento os professores de Geografia da Rede Municipal de Ensino do município de
Indaial – SC para fazer constar neste documento que a Geografia busca formar um cidadão
crítico, conhecedor inicialmente da realidade que o cerca. Segue, ainda, com preocupações
em fazer com que os conhecimentos geográficos, em escala macro, sejam abordados,
conduzindo o aluno a perceber que deve ter uma compreensão de mundo, seguido de uma
interpretação do que estiver ao seu redor, indo da escala local à global. Para tanto, é preciso
que fique claro que o principal objetivo da Geografia, enquanto ciência, seja a conscientização
de que não pode haver separação entre sociedade e natureza, pois a ação antrópica é parte
do todo e não pode jamais ser deste dissociada do meio físico.
A Geografia proposta a ser ensinada deve derivar de uma concepção científica em que
o espaço geográfico é produzido e organizado pelo homem. Conceber a Geografia como estudo
da organização do espaço pelas comunidades humanas significa estudar as relações que os
homens desenvolvem no e com o meio: pressupõe o conhecimento de como os homens, em
suas relações com outros homens, se apropriam da natureza, pensam, produzem e organizam
o espaço ao longo dos tempos.
Para que os anseios anteriormente apresentados se concretizem, é necessário que se
faça um trabalho adequado, utilizando-se de diversos procedimentos e recursos tecnológicos
existentes, possibilitando que os alunos se insiram de fato em suas realidades. Dentre as
matrizes teóricas utilizadas para que se cumpram as aspirações perseguidas, ironicamente,
embora se viva no século XXI, e tanto se fale em “inclusão digital”, o livro didático continua se
apresentando como uma ferramenta de grande valia, pois, em face da riqueza visual que
muitos destes apresentam, oferecem ao aluno a possibilidade de observar algo que há pouco
tempo, pela falta de recursos (insuficiência/inexistência de livro didáticos a todos os alunos),
em muitas escolas, os diversos conteúdos explanados por professores, povoava o imaginário
apenas de forma abstrata.
LINHAS ESTRUTURANTES
RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA
A Geografia é uma área da educação que se baseia no uso de imagens para lidar com
os conceitos que atuam em suas análises e explicações sobre o espaço geográfico, seu grande
objeto de estudo. Assim, é sabido que, em sala de aula, não podemos contar apenas com as
imagens que os livros didáticos apresentam, ao mesmo tempo em que os estudantes estão
cada vez mais abertos e conectados a imagens, audiovisuais e músicas com maior
intensidade. Nesse sentido, podemos buscar aproximar, em nossas práticas, o uso dessas
diferentes linguagens como obras de arte (fotografias, pinturas, instalações, vídeo-arte etc.),
músicas do repertório juvenil, filmes, séries de TV, novelas, propagandas, com o intuito de
209
combater essas imagens únicas que os livros didáticos insistem em apresentar sobre o
espaço e fazer com que as leituras de mundo possam derivar desses suportes, abrindo-se
mais à criação, às sensibilidades e construindo outros modos de pensar a Geografia e o
espaço.
✓ Obras de arte em sala de aula: outras possibilidades de leitura espacial;
✓ Música e o cotidiano: rap, funk e as questões sociais;
✓ Cinema e televisão: narrativas intercessoras da/na realidade atual.
LETRAMENTO EM CARTOGRAFIA
OBJETIVO GERAL
ESPAÇO GEOGRÁFICO
sistemas naturais pela técnica e tecnologia, Santos (2006) considera o espaço geográfico
como resultado dessas alterações, ao longo do tempo.
Compreende-se que essas alterações tomadas pelo modo de produção capitalista foram de
formas desiguais, levando a configurações socioespaciais heterogêneas. “No mundo de hoje,
é frequentemente impossível ao homem comum distinguir claramente as obras da natureza
e as obras dos homens, e indicar onde termina o puramente técnico e onde começa o
puramente social” (SANTOS, 2006, p. 65).
Acentuado pela globalização, reconhecer as estruturas que definem os modos de
produção e mudanças espaciais, que são intrínsecas ao desenvolvimento social desigual,
torna-se o grande desafio ao ensino de Geografia, pois esta é “[...] a única disciplina a
possibilitar o acompanhamento das transformações recentes de forma integrada”
(STRAFORINNI, 2004, p. 51). Sem negar a realidade em que os estudantes se encontram
inseridos, temos no espaço geográfico a possibilidade de levá-los a construir entendimentos
sobre o espaço produzido pela sociedade, e fazer com que eles se percebam como atuantes
e participantes do espaço que estudam.
LUGAR
[...] o lugar em que se vive permite a cada uma conhecer sua história e entender as
coisas que acontecem, compreender que no espaço em que se vive existem
condições adversas; que os lugares são espaços construídos e que resultam da
história das pessoas e dos grupos sociais que vivem ali; que permite se reconhecer
como sujeito, percebendo sua identidade e pertencimento; os vínculos afetivos que
os ligam com o lugar, com as paisagens [...]. Isso exige conhecer a história. Nesse
sentido, as explicações sobre o que acontece no lugar em que vivem não dependem
apenas do lugar e das pessoas que estão ali, mas que têm interferências vindas de
outros lugares, que podem ser compreendidos como região, a nação e o território.
tem de ser entendido como um ponto de encontro de lógicas locais e globais (STRAFORINI,
2004).
PAISAGEM
REGIÃO
conceito de região no mundo contemporâneo? Uma categoria que nasceu atrelada apenas à
descrição e enumeração dos fenômenos naturais, hoje, a sua manutenção como um conceito
de valor nas análises geográficas necessita obrigatoriamente considerar o cenário político,
econômico e humano, a fim de repensar esse conceito, para contemplar um mundo complexo
e múltiplo.
TERRITÓRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Geografia: 1° ano
GEOGRAFIA: 1° ANO
Geografia: 2° ano
GEOGRAFIA: 2° ANO
Geografia: 3° ano
GEOGRAFIA: 3° ANO
Geografia: 4° ano
GEOGRAFIA: 4° ANO
Geografia: 5° ano
GEOGRAFIA: 5° ANO
HISTÓRIA
Coordenação:
Profa. Dr.a Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato
Profa. Dr.a Cintia Régia Rodrigues
APRESENTAÇÃO
22
Pesquisa diagnóstica realizada com os educandos de história durante o ano letivo de 2014, com base em
questões incluídas em um roteiro (Anexo1). Todos os professores e professoras, participantes do curso aplicaram
com suas turmas por amostragem. Em reuniões de trabalho, estes profissionais socializaram os resultados do
diagnóstico aplicados em cada turma e escola. A lista de Instituições e de professores e professoras, que
realizam a pesquisa diagnóstica estão no final deste documento. O grupo reuniu em uma produção textual, com
destaque no “recorte” do objeto de estudo da Ciência Histórica e uma apresentação do Componente Curricular
da História.
221
de maneira isolada. Nessa perspectiva, outros grupos são significativos nos estudos
históricos, como a investigação e a pesquisa, contando com a participação de crianças,
mulheres, velhos, trabalhadores e etc., em eventos considerados como fatos da ciência
histórica.
A partir desse conceito de sujeito histórico, no campo da sala de aula de História,
temos outro fator indispensável para a produção do saber histórico escolar: o tempo histórico.
Este pode ser entendido no “sentido de tempo que envolve alguma consciência de duração”
(WHITROE, 1993, p. 19). Estamos, aqui, destacando as diversas temporalidades, e, pode-se usar
o exemplo de nossa atualidade, como a noção de um tempo tecnológico, ou ainda a noção de
níveis de duração relacionados à percepção de mudanças ou de permanências. Dessa
maneira, caberia o estudo e o pensamento de outras formas de experiência do tempo, de
maneira mais complexa no sentido temporal (HARTOG, 2014), o que significa elaborar uma
crítica aos modos tradicionais de se pensar o tempo histórico, apenas por meio de
identificações do tempo linear ou cronológico. Também se estuda o tempo cronológico, mas
se pretende o estudo do tempo histórico de uma maneira mais ampla – o que acarretaria
outras experiências temporais, permitindo a aproximação do saber histórico escolar com o
cotidiano e as diversas relações sociais vivenciadas pelos estudantes e professores. Então,
vislumbra-se, aqui, que os conceitos temporais adquiridos pelos estudantes estão
relacionados ao desenvolvimento de sua linguagem, corroborando a concepção de que a
palavra representa um mundo de relações e significações (BELTRÃO, 2000).
Portanto, retomo que o estudante, ao adquirir linguagem histórica ou narrativa
histórica, se interliga com o estudo do tempo histórico e suas diversas temporalidades, o que
permite apreender novas relações temporais, e assim ampliar sua capacidade de
conceituação temporal. Ainda, quando o estudante começa a perceber que a experiência do
tempo tem relação consigo mesmo, torna-se possível o desenvolvimento da Memória. Assim,
o sentido da memória no estudante envolve sua própria experiência, sendo que, a partir do
seu próprio desenvolvimento, percebe-se que também tem relação com a memória de seus
entes familiares, e, posteriormente, com a memória coletiva ou social, formando os elos
genealógicos e geracionais, entre tantos outros. Aqui, a memória individual ou coletiva pode
ser utilizada como fonte histórica na escrita de determinada pesquisa, orientada pelos
professores com os estudantes.
A noção de memória funciona como um meio à produção do conhecimento histórico
escolar que se interliga com a construção do patrimônio histórico, este último compreendido
223
LINHAS ESTRUTURANTES
o historiador Holien Gonçalves Bezerra, esta perspectiva pode ser compreendida a partir do
seguinte dizer:
Parece ser primordial valorizar o conhecimento prévio dos alunos, como dito, seria
um modo de aprimorar sua formação conceitual como agentes construtores da história, que
têm função social em nossa sociedade em constantes mudanças temporais. Inclusive, é
importante perceber as diferenças como um fator de valorização do multiculturalismo que
envolve a sociedade brasileira. Nesses aspectos, o estudante poderá perceber-se enquanto
sujeito histórico, independentemente do local em que está inserido, relacionando-se com
grupos tanto locais quanto regionais, nacionais e internacionais.
Nesse campo conceitual da Educação Histórica, durante o percurso de escrita e
debates do grupo da Rede Municipal, surgiram vários questionamentos, como: quais práticas
têm a disciplina de História no currículo do Ensino Fundamental dos anos finais? Qual é o
objeto de estudo desse campo de conhecimento a ser apropriado pelos estudantes? Como os
estudantes produzem suas narrativas históricas? O que entendem por local? Em que medida
esse local possui relações com o nacional, regional e internacional? Qual regime de
temporalidade os professores utilizam para distinguir anterioridade, posterioridade e
simultaneidade? Compreendem o que é e utilizam as fontes históricas? Refletem sobre as
transformações sociais e culturais? Quais concepções de história têm apreendido? Que tipo
de aprendizagens históricas têm sobressaído? De quais categorias de análise apropriam-se
para contar sua história? A partir dessas problemáticas levadas pelos docentes aos
estudantes entende-se a Didática e aprendizagem de História com a responsabilidade de
trazer aos estudantes visões críticas, em vista de que se tornem reflexivos, criativos,
solidários, justos, e que consigam realizar debates éticos, ainda com atitude participativa,
enfim, possam agir na construção dos atuais e futuros cidadãos do século XXI e serem
atuantes como sujeitos históricos.
Portanto, a disciplina de História tem a função de auxiliar os estudantes na tomada de
decisões individuais e coletivas, para sentirem-se parte fundamental como sujeitos
225
Refletindo sobre a noção de tempo histórico como múltiplo, e sendo ele um dos
recortes de estudo do campo da História, deve-se ultrapassar o conhecimento prévio que o
estudante demonstra na sala de aula. Assim, com referência ao diagnóstico realizado com os
estudantes, percebe-se neles uma grande influência e valorização da mídia, a qual gera um
saber fragmentado e superficial. Eles, em seu tempo extracurricular, dedicam várias horas do
seu cotidiano para as novas tecnologias, sendo os conteúdos midiáticos, em certa medida,
sensacionalistas, o que reforça o trabalho do docente em confrontar este conhecimento
midiático com outras fontes, documento ou narrativas.
Para o estudante compreender a cultura mediada (e representada pelas mídias),
torna-se imprescindível, pois cada vez mais a cultura está acessível aos espectadores jovens.
Assim, entende-se que o objeto de estudo da História ganha visibilidade quando se infere
sobre a noção de tempo com uma atribuição histórica inserida nela mesma. O grupo
questiona: que tipo de memória está sendo produzida na sala de aula? Que tipo de
consciência histórica está sendo produzida? Queremos saber que intervenções os
historiadores/professores precisamos fazer? Sabemos que a mídia produz uma duração que
esfacela a linearidade passado/presente/futuro, introduzindo a duração o sentido de
velocidade e ausência de presente, colocando o instante em destaque. Além desse consumo
midiático, que outros consumos nossos alunos possuem e que podem trazer sentido de
pertencimento, ou melhor, quais elos genealógicos e de pertencimento se tem construído?
Todas estas foram problemáticas debatidas em relação aos novos arranjos familiares
identificados e às novas socializações, que fazem parte da aprendizagem do estudante.
É importante, então, que o estudante tenha acesso às diferentes fontes históricas, e
que se aproprie da noção de documento, para desenvolver sua própria competência narrativa,
226
Como o autor infere, na questão da autonomia do cidadão como uma função leitora,
a Rede Municipal de Indaial se propõe trabalhar na prática curricular as diferentes fontes,
documentos, memórias, narrativas, que se fazem presentes nos mais diversificados
contextos sociais e culturais como, por exemplo, nas comemorações e cerimônias cívicas e
políticas; nas exposições e museus; na produção dos diversos artefatos culturais; na
227
imprensa escrita e midiática; nos gêneros musicais; nos ritmos, letras, melodias e
instrumentos musicais; na literatura; nos jogos eletrônicos, com enredos e tramas de caráter
histórico e sociocultural; nos textos bíblicos; nos álbuns familiares de fotografias; nos livros
didáticos de História. Assim, o letramento, em História, assume que a sua finalidade é a
aprendizagem histórica.
É a partir das interpretações das fontes e documentos construídos na sociedade,
entendidos como artefatos culturais únicos, que mostram as mais diferentes nuances da
história, que o letramento histórico tem como base a aprendizagem histórica. Assim, o grupo
pode relacionar, a partir dessa competência narrativa, uma formação histórica mais ampla e
complexa, estando em constante diálogo com os contextos e historiografias produzidas pelas
sociedades atuais. Todo este enfoque curricular visa enfrentar o desafio de conhecer a
história local, regional, nacional, internacional, global ou conectada, e ainda os estudantes
se perceberem como sujeitos de sua própria história, por meio do conhecimento histórico,
não superficial, não factual e não tão somente memorialista.
Para tanto, a ação de interpretar fontes e documentos em História está intimamente
ligada aos conceitos de tempo e memória, ou melhor, à duração do “sentir o tempo” que está
ligado ao sentido de pertencimento que ativa a consciência histórica de um determinado
momento histórico interpretado. Entende-se por consciência histórica uma representação do
passado em um inter-relacionamento com o presente, sempre norteado por conceitos de
mudança temporal e por reivindicações de veracidade. Nota-se que é a partir dos
conhecimentos da história humana inseridos no “sentir o tempo” partilhado com a
emergência da noção de múltiplas temporalidades e da noção de consciência histórica que
se cria a possibilidade de compreender as formações, processos e discursos sociais e
culturais, para a formação de uma “outra” aprendizagem histórica do/a educando/a, na qual
se possibilita (re)significar os antigos saberes e produzir novos, perante este jogo das
múltiplas temporalidades sociais e culturais. Portanto, pensar na prática em sala de aula a
aprendizagem histórica é reconhecer a “consciência” de sua própria história, enquanto uma
prática cultural carregada da função do letramento histórico. Apresenta-se, a seguir, uma
maneira de operar a avaliação da proficiência dos estudantes em História:
1. Situar-se (identificação)
2. Estabelecer relações
3. Generalizar e comparar
DIAGRAMA
FONTE: Os autores
230
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Espera-se que os estudantes de cada ano, ao final de nove anos aprendendo História
na escola, sejam capazes de:
História: 1° ano
HISTÓRIA: 1° ANO
UNIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICAS
História: 2° ano
HISTÓRIA: 2° ANO
UNIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICAS
História: 3° ano
HISTÓRIA: 3° ANO
UNIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICAS
História: 4° ano
HISTÓRIA: 4° ANO
UNIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICAS
História: 5° ano
HISTÓRIA: 5° ANO
UNIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
TEMÁTICAS
ENSINO RELIGIOSO
Coordenação: Profa. M.e Simone Riske Koch
APRESENTAÇÃO
[...] é, antes de mais nada, um fato: existe uma grande variedade de culturas que é
possível distinguir rapidamente a partir de observações etnográficas, mesmo se os
contornos que delimitam uma determinada cultura se revelem mais difíceis de
identificar do que, à primeira vista, poderia parecer.
humanos e cultura da paz” (BRASIL, 2017, p. 435). A prática pedagógica, para ser eficaz,
necessita não apenas de uma organização do conteúdo a ser desenvolvido para e com o
educando; seu desafio é ir além, atingindo relações de abertura e respeito que promovam a
autonomia na construção do saber. Para tanto, o Ensino Religioso, assume a pergunta, a
pesquisa e o diálogo como princípios mediadores e articuladores dos processos de
observação, identificação, análise, apropriação e ressignificação de saberes.
A Rede Municipal de Ensino de Indaial contempla em todo o currículo do Ensino
Fundamental aulas de Ensino Religioso, conforme estabelece a legislação. As aulas nos Anos
Iniciais são desenvolvidas pelos/as professores/as regentes, ou seja, profissionais
habilitados em Pedagogia. Nos Anos Finais, por profissionais com formação em Ciências da
Religião – Licenciatura, uma vez que compreendemos que “a complexidade do fenômeno
religioso, com suas faces e variantes, exige do professor de Ensino Religioso grande
capacidade de superação de incontáveis agentes integrantes de sua formação, em sua
condição de pessoa imersa num contexto e num cotidiano civilizado” (OLIVEIRA et. al., 2007, p.
65).
Desse modo, este documento se orienta a partir da caminhada histórica do Ensino
Religioso em Indaial e no Brasil, da legislação vigente e da Base Nacional Comum Curricular
(BRASIL, 2017).
SER HUMANO
MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS
OBJETIVO GERAL
DIAGRAMA
245
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ensino Religioso: 1° ano
ENSINO RELIGIOSO: 1° ANO
LINHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ESTRUTURANTES
LINHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ESTRUTURANTES
LINHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ESTRUTURANTES
LINHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ESTRUTURANTES
LINHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ESTRUTURANTES
INFORMÁTICA PEDAGÓGICA
Coordenação: Profa. Doutoranda Juliana de Favere
APRESENTAÇÃO
23 Nas escolas que contemplam a fase final de Educação Infantil, também serão considerados os conteúdos de
Informática Pedagógica.
253
LINHAS ESTRUTURANTES
OBJETIVO GERAL
Espera-se que os/as estudantes, ao final do Ensino Fundamental, sejam capazes de:
PLANEJAMENTO
METODOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
EDUCAÇÃO
INFANTIL
4º E 5º 6º AO 9º
LINHAS ESTRUTURANTES OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM CONCEITUAIS
1º AO 3º ANO ANO
ANO
CONTEÚDOS CURRICULARES
AVALIAÇÃO
DIAGRAMA
Com base na organização desta proposta, criou-se uma imagem representativa do que
configura a Informática Pedagógica para o município de Indaial.
No diagrama a seguir, organizado na forma de um “funil” “redemoinho”, elencaram-se
as principais palavras e imagens que expressam o nosso trabalho. Esse formato circular, em
expansão, inicia com base no trabalho coletivo entre professor regente e professor de
Informática Pedagógica, e mostra que o uso das MTDs é um processo construtivo que está em
constante movimento e faz parte da escola. As palavras que foram indicadas representam o
modo como esta proposta compreende o uso das MTDs no ensino e aprendizagem, a partir de
prática interdisciplinar, que tenha o foco na pesquisa, coautoria e autonomia, relacionada
com a sociedade, conforme indicam as linhas estruturantes.
265
FONTE: os autores
ANEXOS
ESCOLA:
PROFESSOR(A):
DISCIPLINA: Informática Pedagógica
TURMA(S):
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
METODOLOGIA: ( ) Atividade ( ) Projeto ( ) Sequência Didática ( ) Software educativo ( ) Outra:
DATA E AULA(S)
Tema: ________________________________
Linha(s) estruturante(s):
( ) Desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras, de comunicação e audiovisuais
para emprego com autonomia.
( ) Letramento científico e digital: Investigação, seleção e interpretação de informações.
( ) Relação com a sociedade e emprego das tecnologias digitais e da ética digital.
( ) Aprendizagem do uso das mídias, tecnologias e aplicativos digitais.
Objetivo(s): _____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Conteúdo(s): ( ) Conceitual(is) ( ) Procedimental(is) ( ) Atitudinal(is)
Recurso(s) utilizado(s): ___________________________________________________________
Desenvolvimento: _______________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Avaliação: ( ) autoavaliação ( ) processual ( ) outra(s):
Objetivo(s) foram alcançado(s): ( ) totalmente ( ) parcialmente
268
HVirtua https://jogoseducativos.hvirtua.com/
Digipuzzle https://www.digipuzzle.net/pt/jogoseducativos/index.htm
Atividade.Digital https://atividade.digital/ed/views/busca_atividades.php
Atividades
Pedagógicas e https://www.imagem.eti.br/
Educacionais
ABCya https://www.abcya.com/
PHET - Simulações
Interativassem
https://phet.colorado.edu/pt_BR/
Ciências e
Matemática
Jogos do Só
https://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php
Português
269
Jogos do Só
https://www.somatematica.com.br/jogos.php
Matemática
Jogos Só Língua
https://www.solinguainglesa.com.br/jogos.php
Inglesa
https://escola.britannica.com.br/se%C3%A7%C3%A3o/jogos/2100/2
Escola Britannica
110
https://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/cruzadas1/i
nicial_exercicios.html
https://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/cruzadas1/a
Websmed
tividades_jogos_educativos/inicial_jogps.html
https://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/wenceslau/pagina
s/professores/aline_informatica.htm
MultiRio http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/interaja/jogos-educativos
IBGE – 7 a 12 https://educa.ibge.gov.br/criancas/brincadeiras-2.html
BebeLÊ https://www.bebele.com.br/
Plenarinho https://plenarinho.leg.br/index.php/diversao/jogos/
Divertudo https://www.divertudo.com.br/semplugin.html
Iguinho https://iguinho.com.br/jogos.html
Zuzubalândia https://zuzubalandia.com.br/jogos.html
Sol https://www.sol.eti.br/
Estudamos https://www.estudamos.com.br/
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270
ANEXO E – Sites para criar Jogos Online e/ou Atividades Interativas Digitais
Wordwall https://wordwall.net/pt
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ClassTools https://classtools.net/
Liveworksheets https://www.liveworksheets.com/
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271
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Lingualeo https://lingualeo.com/pt
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Google
Museu Histórico da
Imigração Japonesa https://www.bunkyo.org.br/br/museu-historico/
do Brasil
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OUTROS
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FONTE: os autores
274
FONTE: os autores
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