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Rui Costa foi o primeiro “menino de ouro” da Luz. Depois veio João Vieira Pinto. Mas primeiro, primeiro foi Rui Costa. Lembro-me bem, em 1991, estava eu e mais de 120 mil num Estádio da Luz (a Velha Catedral) cheio como nunca para ver essa final do campeonato mundial de juniores Portugal-Brasil. Um Brasil que tinha Roberto Carlos, Élber, e muitos outros craques. Um Portugal que tinha Rui Costa, João Vieira Pinto, Figo, Peixe, Fernando Couto, etc.
O jogo foi emocionante. Foi para prolongamento. Foi para penalties. O último marcou-o Rui Costa. Foi golo. Correu para as bancadas de braços abertos – como o estou ainda a ver louco de alegria. Fomos campeões do mundo. Os Queiroz´s boys tinham atingido o topo do mundo.
Depois de penar um ano em Fafe, Rui regressava à Luz em grande. Fez parte de uma das melhores equipas do Benfica de sempre, com Futre, JVP, Paneira, Rui Águas, Isaías, Schwartz, Paulo Sousa. Um autêntico “dream team”.
Saiu para a Fiorentina, onde passou 7 anos, tempo demais. Um dia de Agosto, já lá vão 11 anos, eu e o meu filho João Pedro, então com 7 anos, fomos à Luz para ver o jogo de apresentação do Benfica com a Fiorentina de Batistuta. Bom, na verdade fomos ver o jogo para ver Rui Costa.
A poucos minutos do fim, vencia o Benfica por 1-0, Rui Costa recebe uma bola dentro da área, amortecida por Batistuta, “à saída de Preud´homme, fez golo. Foi o pior golo da sua vida”. E foi mesmo.
Vi-o chorar agarrado a Batistuta, cambaleando enquanto se dirigia para o centro do terreno. Nunca mais esqueci aquela imagem. O meu filho João Pedro, um dos maiores fãs de Rui Costa, nunca mais esqueceu aquela imagem.
O Rui, o nosso Rui, voltou, para marcar os melhores golos da sua vida.
Na passada quarta-feira, Luís Figo, feito jogador no Sporting mas com a carreira iniciada no Benfica, vibrou no banco dos suplentes com a vitória do “seu” Inter sobre o “seu” Sporting.
À vista de milhões de telespectadores, a imagem provocou uma pequena querela na blogosfera. Dou a minha opinião: Figo fez mal. Trago aqui o exemplo de Rui Costa, mas podia trazer o exemplo de muitos mais.
O profissionalismo não é incompatível com o afecto e o amor que se tem a um clube. Ficava bem a Figo ter-se recatado. Afinal, não se tratava da Final da Liga dos Campeões, nem sequer de uma meia-final, nem sequer, sejamos objectivos, de um jogo muito importante para o Inter.
Figo excedeu-se inútil e gratuitamente. Está-lhe na massa do sangue. É uma daquelas pessoas que não sabem o que é o sentimento, mas olha apenas para o lado económico. Foi assim que trocou Barcelona por Madrid. Foi assim que ainda no começo da sua carreira assinou pelo Benfica e pelo Sporting (já ninguém se lembra, pois não?). Foi assim que mais tarde assinou pelo Parma e pela Juventus, num processo que lhe ia custando a carreira.
Rui Costa e Luís Figo são dois excepcionais jogadores. Continuam a sê-lo. Mas são duas pessoas e duas personalidades totalmente diferentes. Eu continuo a preferir o Rui Costa.