Outro dia eu perguntei pro Francisco o que ele mais gostava
de Campo Grande;
Ele pensou um pouco e disse “brincar com a Maria e a
Isabella”.
E, de fato, é isso que ele mais tem feito.
Chove lá fora? Banho de chuva.
Muito calor? Banho de mangueira.
Todo dia, ou um, ou outro.
Brincam de muitos faz de conta, principalmente de gatinho e cachorro, Batman, Mulher Maravilha e Batgirl e, ultimamente, de Drácula depois que o Francisco viu Hotel Transilvânia.
Ver os três juntos brincando foi definitivamente o melhor desse ano tão rude com todo mundo. É claro que eles brigam, e com a mudança, as brigas, justamente por causa desse convívio intenso deles três, ficaram mais fáceis. Mas, com o tempo, temos aprendido muito. Muitas vezes respiro fundo (aliás, várias vezes por dia) e tento ensinar eles a fazerem o mesmo. "A mamãe ficou com raiva agora, mas eu não bati em ninguém, certo? Estou conversando com você". Por aqui a gente não usa o "pedir desculpas", nada contra, mas é que ele pode soar muito vazio e é facilmente banalizado, e mesmo assim ele vem naturalmente pelas crianças, sem ser forçado. O que a gente sempre tenta é o diálogo, entender porque o outro está zangado, porque bateu e resolver a situação. À vezes sinto que estou num eterno gerenciamento de conflitos e é isso mesmo que temos pra hoje e sempre, garotas e garotos.
Mudar nunca vem fácil, todos sabemos disso. Eu me mudei muito quando era criança, meu pai era militar e a cada dois anos estava em outra cidade. Teve suas vantagens e desvantagens, é claro. A melhor era conseguir me adaptar bem à situações novas, pelo menos era o que eu achava. Pensei que ia tirar essa mudança de letra, mas a vida sempre te leva pra outras portas. Pras crianças também foi difícil e isso me tirou um pouco do foco, mas nada como o tempo para acalmar nossos corações. Foi ótimo ter colocado eles na escola logo, assim a gente conheceu outras pessoas e eles fizeram amigos. Demorou umas semanas para eles se acostumarem com o espaço, com a casa nova e era difícil acompanhar o ritmo deles, nenhuma brincadeira durava mais do que 10 minutos, uma agitação sem fim. Mas eles foram se acalmando e percebendo que a casa deles era aqui.
Ainda estamos no processo. Ainda sinto muita falta de Brasília, da minha família, dos amigos, do apartamento, daquele sentimento de pertencer que faz toda a diferença na vida da gente. Mas é só o começo em Campo Grande e acho que temos muita coisa para aprender e para aproveitar. Acho que no fundo foi bom mudar, sacudir um pouco as coisas e descobrir novos caminhos.
Esses dias sentei e fiz as metas para 2017 e estou empolgada com as novas páginas.
Que as crianças continuem brincando e crescendo juntas livres.
Que eles saibam que sempre terão um ao outro.
Que a gente sempre saiba que a verdadeira mudança tá aqui dentro.
Ver os três juntos brincando foi definitivamente o melhor desse ano tão rude com todo mundo. É claro que eles brigam, e com a mudança, as brigas, justamente por causa desse convívio intenso deles três, ficaram mais fáceis. Mas, com o tempo, temos aprendido muito. Muitas vezes respiro fundo (aliás, várias vezes por dia) e tento ensinar eles a fazerem o mesmo. "A mamãe ficou com raiva agora, mas eu não bati em ninguém, certo? Estou conversando com você". Por aqui a gente não usa o "pedir desculpas", nada contra, mas é que ele pode soar muito vazio e é facilmente banalizado, e mesmo assim ele vem naturalmente pelas crianças, sem ser forçado. O que a gente sempre tenta é o diálogo, entender porque o outro está zangado, porque bateu e resolver a situação. À vezes sinto que estou num eterno gerenciamento de conflitos e é isso mesmo que temos pra hoje e sempre, garotas e garotos.
Mudar nunca vem fácil, todos sabemos disso. Eu me mudei muito quando era criança, meu pai era militar e a cada dois anos estava em outra cidade. Teve suas vantagens e desvantagens, é claro. A melhor era conseguir me adaptar bem à situações novas, pelo menos era o que eu achava. Pensei que ia tirar essa mudança de letra, mas a vida sempre te leva pra outras portas. Pras crianças também foi difícil e isso me tirou um pouco do foco, mas nada como o tempo para acalmar nossos corações. Foi ótimo ter colocado eles na escola logo, assim a gente conheceu outras pessoas e eles fizeram amigos. Demorou umas semanas para eles se acostumarem com o espaço, com a casa nova e era difícil acompanhar o ritmo deles, nenhuma brincadeira durava mais do que 10 minutos, uma agitação sem fim. Mas eles foram se acalmando e percebendo que a casa deles era aqui.
Ainda estamos no processo. Ainda sinto muita falta de Brasília, da minha família, dos amigos, do apartamento, daquele sentimento de pertencer que faz toda a diferença na vida da gente. Mas é só o começo em Campo Grande e acho que temos muita coisa para aprender e para aproveitar. Acho que no fundo foi bom mudar, sacudir um pouco as coisas e descobrir novos caminhos.
Esses dias sentei e fiz as metas para 2017 e estou empolgada com as novas páginas.
Que as crianças continuem brincando e crescendo juntas livres.
Que eles saibam que sempre terão um ao outro.
Que a gente sempre saiba que a verdadeira mudança tá aqui dentro.