Quando a gente tem filhos, receita prática e fácil na cozinha é essencial. Aqui se bate aquela vontade de comer um doce (algo que no meu caso acontece constantemente desde a gravidez) tenho uma daquelas receitas deliciosas e vapt-vupt que a gente tanto gosta. Esse brownie tem só cinco ingredientes, não precisa de batedeira, não faz lambança e fica maravilhoso! Já fiz tantas vezes que não demoro nem 15 minutos no processo todo. Portanto, aí vai! E se você tiver aquele ovo de Páscoa sobrando aí em casa, ainda dá pra aproveitar pra essa receita!
Brownie mais fácil do mundo
1 barra de chocolate meio amargo (170g)
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 xícara e 1/4 de açúcar
4 ovos
1 xícara de farinha de trigo
Em um bowl de vidro, coloque o chocolate picado (ou basta quebrar os quadradinhos) e a manteiga e derreta no micro-ondas (use a função derreter chocolate), misture de vez em quando. Depois de derretido, adicione os ovos e o açúcar, misture com um fouet (aquela colher aramada). Por último, adicione a farinha. Se quiser, coloque castanhas para completar. Forno pré-aquecido 200°, e fique de olho porque é rápido. Corte em quadrados e se joga!
Coloquei amendoas e chocolate branco derretido em cima da massa antes de ir pro forno.
terça-feira, 22 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Um filme de nós cinco
Poucos dias depois do nascimento do Francisco, tivemos uma oportunidade única de registrar um pouco da nossa rotina, a nossa casa e o nosso dia em família em filme. No fim da minha gravidez, conversei com a Lídia, leitora querida do blog que tinha acabado de abrir uma produtora de vídeo e queria fazer uma filmagem com a gente, sobre fazer um vídeo para capturar os primeiros dias na vida do bebê, uma coisa natural, nós cinco sem muita maquiagem ou firula, mas com certeza algo que a gente gostaria de relembrar no futuro e ver com a família toda no melhor clima "lembra como a gente era quando o Francisco nasceu?". E não é que deu certo?
Então, no nosso primeiro sábado em casa como cinco, a Lídia apareceu aqui com o Paulo, marido dela e super diretor, que é o homem atrás das câmeras, pra gente começar a filmagem. Os dois são pais de um menino lindo de 1 ano e entendem muito bem a dinâmica de uma família, além de terem uma sensibilidade artística incrível. A Lídia, além de editora dos vídeos, ainda por cima é pedagoga e brincou muito com Maria e a Bella inventando brincadeiras para não cansar as duas e tendo uma paciência de anjo com a situação toda. Nos sentimos em casa mesmo, cercado de amigos, e não de câmeras e fios, como num fim de semana tranquilo. Foi lindo e o resultado, mais lindo ainda.
Família Moderna: Ensaio from Infante Filmes on Vimeo.
A Infante Filmes, comandada pelo Paulo e pela Lídia, fica em Belo Horizonte, mas eles têm disponibilidade de viagem, inclusive para Brasília. Eba! Eles fazem não apenas ensaios lindos de família, mas também festas, batizados, comemorações com um olhar mais moderno e original. Vale a pena conferir o trabalho deles aqui e fiquem por dentro das novidades na página deles do Facebook para fazer um orçamento [email protected]
Então, no nosso primeiro sábado em casa como cinco, a Lídia apareceu aqui com o Paulo, marido dela e super diretor, que é o homem atrás das câmeras, pra gente começar a filmagem. Os dois são pais de um menino lindo de 1 ano e entendem muito bem a dinâmica de uma família, além de terem uma sensibilidade artística incrível. A Lídia, além de editora dos vídeos, ainda por cima é pedagoga e brincou muito com Maria e a Bella inventando brincadeiras para não cansar as duas e tendo uma paciência de anjo com a situação toda. Nos sentimos em casa mesmo, cercado de amigos, e não de câmeras e fios, como num fim de semana tranquilo. Foi lindo e o resultado, mais lindo ainda.
Família Moderna: Ensaio from Infante Filmes on Vimeo.
A Infante Filmes, comandada pelo Paulo e pela Lídia, fica em Belo Horizonte, mas eles têm disponibilidade de viagem, inclusive para Brasília. Eba! Eles fazem não apenas ensaios lindos de família, mas também festas, batizados, comemorações com um olhar mais moderno e original. Vale a pena conferir o trabalho deles aqui e fiquem por dentro das novidades na página deles do Facebook para fazer um orçamento [email protected]
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Amamentação, a revanche e a livre demanda (Parte 1)
Aqui estou eu, pessoas! Consegui um tempo na vida que acontece por aqui para escrever um post que está na minha cabeça há semanas, mas obviamente o computador está cada vez mais distante de uma mãe de três em adaptação. Porém, vamos aproveitar o tempo disponível, certo?
Amamentar não é fácil. Ponto. Eu amamentei as meninas durante 7 meses e três semanas e foi uma luta. Eu não tinha me preparado pra isso, li uma coisa ou outra na gravidez, mas sempre pensava que era "instintivo", que eu e elas íamos saber o que fazer. Mas não foi bem assim. Como bebês pré-maturos, elas tinham dificuldade para sugar, acabaram recebendo complemento no hospital e eu super mal informada deixei, não procurei um pediatra antes para me orientar, e elas demoraram para pegar no peito e eu sofria. Fomos pegando o jeito com o tempo, mas continuei complementando. No fim de tudo, fiquei com o sentimento que poderia ter feito mais e dessa vez eu sabia que ia ser diferente. Estava preparada para fazer o que a amamentação mais nos exige: entrega, e as meninas me ensinaram isso da primeira vez.
Mama, Fran-chico, mama
Acho que antes de começar a contar como tem sido a minha experiência com o Francisco, precisamos definir uma coisa: livre demanda. Eu me lembro muito bem quando eu ouvi essa expressão, nos primeiros dias no hospital com as meninas, a minha concunhada perguntou: "o pediatra disse para vocês que era pra alimentar de três em três horas ou livre demanda?". Eu olhei pro Marco, ele pra mim, e os dois sem ideia do que aquilo significava ou se o médico tinha falado qualquer coisa do tipo. Pensei: "livre demanda é dar de mamar sempre que o bebê quiser? Então tô fazendo isso". Mas não estava. E livre demanda é muito mais do que isso. É dar de mamar quando o bebê tem fome, quando ele chora, quando ele não tem fome mas quer o peito, uma hora depois de ter mamado, meia hora depois de ter mamado, quatro horas depois de ter mamado, ou independente de quanto tempo ele passou sugando o peito, é não contar as horas (ainda que às vezes a gente conte, é tentar não se importar com elas)
* Para os futuros pais de gêmeos que passam por aqui, fica a dica do que não fazer: com as meninas a gente fez uma tabela com o nome de cada uma para anotar a hora que cada uma mamou e quanto tempo. Eu achando que estava fazendo a coisa mais maravilhosa e esperta do mundo, e achava que ia dar de mamar pra uma e esquecer da outra, mas isso foi um grande erro e atrapalhou muito. Estava focada na fome, na engorda e não no afago, em deixar o leite fluir. Não recomendo ou aconselho fazer tabela.
Com o Francisco estava tão confiante, pensava muito na amamentação durante a gravidez, que senti que até meu peito estava diferente. Fiz um pouco de preparação, mexendo nos mamilos depois do banho, mas não fiquei obsessiva. Quando ele nasceu, foi para a UTI por causa de um desconforto respiratório e nesse primeiro momento já perdi o que eu tanto queria: amamentar na primeira hora de vida. De novo a história se repetia, mais um bebê longe de mim logo depois do nascimento. Fomos visitá-lo e ele estava com a sonda, ele ia ficar mais um tempo em observação porque precisava fazer um exame de sangue pois tinha chance de infecção por conta da bolsa rota, procedimento de hospital. De tarde, tiraram a sonda e eu coloquei ele no peito. Ele deu umas sugadinhas e eu fiquei super feliz. Deixei ele lá com a boca no bico o quanto eu podia. Me falaram que podia voltar em três horas para tentar de novo (olha o tal do tempo lá).
Quando eu voltei, tentei dar o peito de novo e depois a enfermeira pediu pra gente sair um pouco porque ela ia dar o complemento. No caminho, encontrei com o pediatra que disse que ele ia ter alta, tudo ok com os exames. Yay! Demorou pra ele subir pro quartove ainda deram mais um complemento. A enfermeira que levou ele (que é leitora do blog e minha seguidora no instagram, olha que lindo!) me avisou que estava programado mais dois complementos. Nãaooooooooo. Falei pra ela que não queria e ela me apoiou. Ninguém apareceu de madrugada. Ufa. Afinal, se desse complemento ele não ia pegar o peito, oras. A fome é o que ajuda no tal do instinto, que existe sim, mas precisa de um empurrão nosso.
Nessa primeira madrugada juntos, tentei dar o peito depois de umas três horas e ele gorfou feio. Não insisti, achei que ele deveria estar cheio daquele complemento. Deixei ele no meu colo e dormimos mais um pouco assim. No meio da minha jornada como mãe descobri que colo era bom e ajudava na descida do leite, ajudava a fluir. Nada de "ele vai ficar mal acostumado no colo", e lá ficamos nós. Até que só quando estava amanhecendo ele pegou mesmo no peito. E depois foi indo e foi lindo.
Nos dias seguintes meu bico feriu e o peito doeu, mas continuei porque sabia que era assim mesmo, tinha que "calibrar" a coisa toda. O remédio era o próprio leite que eu passava no bico sempre depois das mamadas. Depois o leite desceu, não me lembro quantos dias depois, mas não demorou. E aí venho um outra novidade. Francisco passou uma madrugada toda sem mamar direito, sugava e parava, lutava contra o peito. Fui logo achando que podiam ser gases. Não acordava ele quando ele dormia quatro horas seguidas, mas nesse dia fiquei preocupada porque ele não tinha mamado e estava dormindo muito. Liguei pra minha parteira para me orientar e ela matou a charada. Como o leite desceu, meu bico inchou e mudou o formato, por isso ele tinha que se reacostumar a sugar. Que alívio. Como já sabia o que era foi só insistir um pouco, usei em alguns momentos a concha de amamentação pra dar formato no bico, que ele voltou a pegar. Ufa.
Tivemos altos e baixos, como todas as mães têm. Alguns dias fico mais cansada e desanimada, cheguei a ficar tensa antes de colocar ele no peito algumas vezes porque doía, mas respirei e tentei deixar fluir, afinal era aquilo que eu precisava fazer, eu precisava alimentar meu filho. Em alguns dias, como um bom guloso, ele mama muito, de hora em hora, durante muito tempo em cada peito. E tudo bem, isso é livre demanda. Sei que talvez não seja fome, mas vontade de ficar perto. Em algumas ocasiões ele começou a dar umas reclamadas de leve e já pensei "ih, são gases" ou "por que ele está mamando loucamente desse jeito?". Aí lembrei de um texto do pediatra espanhol Carlos González que eu li há muito tempo atrás e resolvi ler de novo. E vi que estava no caminho certo.
E temos ficado assim. Não tenho ideia de quantas em quantas horas ele mama, às vezes meia hora, mas já chegou a ter cinco horas. É claro que é cansativo, ainda dói vez ou outra, e como bom terceiro filho eu não atendo o Francisco no primeiro chorinho ou barulho que ele faz no berço, mas estou sempre ali disponível com peito e amor. Sem contar as horas, apenas livremente.
Amamentar não é fácil. Ponto. Eu amamentei as meninas durante 7 meses e três semanas e foi uma luta. Eu não tinha me preparado pra isso, li uma coisa ou outra na gravidez, mas sempre pensava que era "instintivo", que eu e elas íamos saber o que fazer. Mas não foi bem assim. Como bebês pré-maturos, elas tinham dificuldade para sugar, acabaram recebendo complemento no hospital e eu super mal informada deixei, não procurei um pediatra antes para me orientar, e elas demoraram para pegar no peito e eu sofria. Fomos pegando o jeito com o tempo, mas continuei complementando. No fim de tudo, fiquei com o sentimento que poderia ter feito mais e dessa vez eu sabia que ia ser diferente. Estava preparada para fazer o que a amamentação mais nos exige: entrega, e as meninas me ensinaram isso da primeira vez.
Mama, Fran-chico, mama
Acho que antes de começar a contar como tem sido a minha experiência com o Francisco, precisamos definir uma coisa: livre demanda. Eu me lembro muito bem quando eu ouvi essa expressão, nos primeiros dias no hospital com as meninas, a minha concunhada perguntou: "o pediatra disse para vocês que era pra alimentar de três em três horas ou livre demanda?". Eu olhei pro Marco, ele pra mim, e os dois sem ideia do que aquilo significava ou se o médico tinha falado qualquer coisa do tipo. Pensei: "livre demanda é dar de mamar sempre que o bebê quiser? Então tô fazendo isso". Mas não estava. E livre demanda é muito mais do que isso. É dar de mamar quando o bebê tem fome, quando ele chora, quando ele não tem fome mas quer o peito, uma hora depois de ter mamado, meia hora depois de ter mamado, quatro horas depois de ter mamado, ou independente de quanto tempo ele passou sugando o peito, é não contar as horas (ainda que às vezes a gente conte, é tentar não se importar com elas)
* Para os futuros pais de gêmeos que passam por aqui, fica a dica do que não fazer: com as meninas a gente fez uma tabela com o nome de cada uma para anotar a hora que cada uma mamou e quanto tempo. Eu achando que estava fazendo a coisa mais maravilhosa e esperta do mundo, e achava que ia dar de mamar pra uma e esquecer da outra, mas isso foi um grande erro e atrapalhou muito. Estava focada na fome, na engorda e não no afago, em deixar o leite fluir. Não recomendo ou aconselho fazer tabela.
Com o Francisco estava tão confiante, pensava muito na amamentação durante a gravidez, que senti que até meu peito estava diferente. Fiz um pouco de preparação, mexendo nos mamilos depois do banho, mas não fiquei obsessiva. Quando ele nasceu, foi para a UTI por causa de um desconforto respiratório e nesse primeiro momento já perdi o que eu tanto queria: amamentar na primeira hora de vida. De novo a história se repetia, mais um bebê longe de mim logo depois do nascimento. Fomos visitá-lo e ele estava com a sonda, ele ia ficar mais um tempo em observação porque precisava fazer um exame de sangue pois tinha chance de infecção por conta da bolsa rota, procedimento de hospital. De tarde, tiraram a sonda e eu coloquei ele no peito. Ele deu umas sugadinhas e eu fiquei super feliz. Deixei ele lá com a boca no bico o quanto eu podia. Me falaram que podia voltar em três horas para tentar de novo (olha o tal do tempo lá).
Quando eu voltei, tentei dar o peito de novo e depois a enfermeira pediu pra gente sair um pouco porque ela ia dar o complemento. No caminho, encontrei com o pediatra que disse que ele ia ter alta, tudo ok com os exames. Yay! Demorou pra ele subir pro quartove ainda deram mais um complemento. A enfermeira que levou ele (que é leitora do blog e minha seguidora no instagram, olha que lindo!) me avisou que estava programado mais dois complementos. Nãaooooooooo. Falei pra ela que não queria e ela me apoiou. Ninguém apareceu de madrugada. Ufa. Afinal, se desse complemento ele não ia pegar o peito, oras. A fome é o que ajuda no tal do instinto, que existe sim, mas precisa de um empurrão nosso.
Nessa primeira madrugada juntos, tentei dar o peito depois de umas três horas e ele gorfou feio. Não insisti, achei que ele deveria estar cheio daquele complemento. Deixei ele no meu colo e dormimos mais um pouco assim. No meio da minha jornada como mãe descobri que colo era bom e ajudava na descida do leite, ajudava a fluir. Nada de "ele vai ficar mal acostumado no colo", e lá ficamos nós. Até que só quando estava amanhecendo ele pegou mesmo no peito. E depois foi indo e foi lindo.
Nos dias seguintes meu bico feriu e o peito doeu, mas continuei porque sabia que era assim mesmo, tinha que "calibrar" a coisa toda. O remédio era o próprio leite que eu passava no bico sempre depois das mamadas. Depois o leite desceu, não me lembro quantos dias depois, mas não demorou. E aí venho um outra novidade. Francisco passou uma madrugada toda sem mamar direito, sugava e parava, lutava contra o peito. Fui logo achando que podiam ser gases. Não acordava ele quando ele dormia quatro horas seguidas, mas nesse dia fiquei preocupada porque ele não tinha mamado e estava dormindo muito. Liguei pra minha parteira para me orientar e ela matou a charada. Como o leite desceu, meu bico inchou e mudou o formato, por isso ele tinha que se reacostumar a sugar. Que alívio. Como já sabia o que era foi só insistir um pouco, usei em alguns momentos a concha de amamentação pra dar formato no bico, que ele voltou a pegar. Ufa.
Tivemos altos e baixos, como todas as mães têm. Alguns dias fico mais cansada e desanimada, cheguei a ficar tensa antes de colocar ele no peito algumas vezes porque doía, mas respirei e tentei deixar fluir, afinal era aquilo que eu precisava fazer, eu precisava alimentar meu filho. Em alguns dias, como um bom guloso, ele mama muito, de hora em hora, durante muito tempo em cada peito. E tudo bem, isso é livre demanda. Sei que talvez não seja fome, mas vontade de ficar perto. Em algumas ocasiões ele começou a dar umas reclamadas de leve e já pensei "ih, são gases" ou "por que ele está mamando loucamente desse jeito?". Aí lembrei de um texto do pediatra espanhol Carlos González que eu li há muito tempo atrás e resolvi ler de novo. E vi que estava no caminho certo.
E temos ficado assim. Não tenho ideia de quantas em quantas horas ele mama, às vezes meia hora, mas já chegou a ter cinco horas. É claro que é cansativo, ainda dói vez ou outra, e como bom terceiro filho eu não atendo o Francisco no primeiro chorinho ou barulho que ele faz no berço, mas estou sempre ali disponível com peito e amor. Sem contar as horas, apenas livremente.
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