A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol - Crítica

Esta semana fiquei completamente rendida a um dos melhores escritores de sempre (pelo menos na minha opinião). Depois de ter tentado ler Sputnik, meu Amor e não ter dado uma grande importância à obra, surge agora um livro de eleição da parte de Haruki Murakami.

A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol é uma história envolvente, realista, comovente, sonhadora, um livro que rende o leitor logo no primeiro parágrafo. Sendo um escritor japonês e já que tenho estado com bastante atenção à cultura, às tradições, a um país de tanta diversidade, surge agora esta excelente obra que ainda me interessa mais por um país em expansão mundial.

Para além da história, as personagens e a personalidade das mesmas cativa o leitor. Depois desta obra fascinante, dedicarei as minhas próximas compras literárias a Haruki Murakami e a George R. R. Martin, ao qual também me mantenho interessada.

Nº de páginas: 141

Livros de referência: Suptnik, Meu Amor, Kafka à Beira-Mar, Crónica do Pássaro de Corda.

Nota (0/10): 10 - Perfeito!

Patrícia

O Mundo de Sofia - Excerto.

"(...)
- Eu falei do meu primo de quatro anos. Não me parece que tenha muitas crianças com quem jogar, pelo menos fica muito contente quando o vou ver. Uma vez disse-lhe que tinha de me apressar para voltar a casa e sabes o que me respondeu?
- Diz!
- «Ela é estúpida», disse ele.
- Sim, isso é verdadeiramente um exemplo do que entendemos por racionalização: o rapaz queria dizer que segundo ele era estúpido que tivesses que te ir embora, mas não queria admiti-lo. Por vezes, acontece também que «projectamos».
- Traduz.
- Quando projectamos, transferimos para outros características nossas que tentamos recalcar. Uma pessoa muito avara, por exemplo, está inclinada a dizer que os outros são avaros. Uma outra pessoa que não quer admitir para si mesma ter interesse por sexo, será talvez a primeira a irritar-se porque os outros têm fixação pelo sexo.
- Compreendo..."

Não sei porquê, mas foi o excerto deste livro que mais me marcou até agora. Por isso, decidi partilhá-lo com vocês. Deus queira que não se identifiquem com ele da mesma maneira que eu.

Sara

Nobel da Literatura 2009

Eu não sou definitivamente a melhor pessoa para falar acerca do Nobel da Literatura, porque sinceramente pouco entendo dos escritores que já ganharam este prémio. O que quero dizer com isto é que, da lista dos mais de cem já distinguidos com este prémio, ao longo dos últimos cento e tal anos, só dois ou três é que conheço de nome, e de nenhum li nada. Noto uma certa tendência de ser atribuído o prémio a autores que não estão na ribalta. E também a já idosos, com uma vasta obra.

Por essas razões, o prémio Nobel afasta-se um pouco daquilo que eu acho que deveria ser (na minha idealização, seria mais uma distinção por um determinado romance, e não por uma obra; e o número de leitores também interessaria!).

José Saramago é o nome que mais significa para mim, mas apenas por ser o único português. Nunca li nada dele, mas tenciono fazê-lo nos próximos meses, ainda não sei bem com que livro.

Quanto ao vencedor deste ano, adianto desde já com 100% de certezas que irei errar no meu prognóstico (até porque nem são prognósticos - digamos que são apenas a minha atribuição do Nobel, dentro dos limites dos livros que li este ano).

Então, o Nobel da Literatura 2009 vai, sem que pense duas vezes, para Haruki Murakami, por "Sputnik, meu Amor" e "A Sul da Fronteira a oeste do Sol"; mas também para mais dois! George Orwell, por "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", e para George Martin, pelas mais que maravilhosas "Crónicas do Gelo e do Fogo".

Sei que vou errar... mas vá, pode ser que a organização nos surpreenda! :) Saberemos algures para meados de Outubro.

Tiago

Próximo autor a ser entrevistado para o Lydo...

José Rodrigues dos Santos - Em Novembro/Dezembro, com entrevista exclusiva, no Lydo e Opinado

Brisingr - Crítica

Confesso que foi um grande sacrifício para mim continuar a ler este livro, quando cheguei por volta das páginas quatrocentos e tais. Sempre gostei da escrita de Christopher e confirmo-o ao ler os outros dois livros desta saga. Mas, neste volume, ele exagerou um bocado nas descrições e nos pormenores. Chegavam a ser tantos que eu tinha de ler a mesma frase três vezes para conseguir visualizar alguma coisa na minha cabeça. E não é só isso que torna o livro vagaroso de se ler… É também o facto de Christopher se ter lembrado, de repente, de escrever um quarto livro. Ou seja, este livro é quase um “monte de palha” só para irmos comprar o último. Existem imensos capítulos que não têm qualquer tipo de interesse e que só nos apetece saltar à frente.
Felizmente, obriguei-me a ler o livro até ao fim e até gostei do resultado. Só a partir da página seiscentos e tais é que o livro começa a ganhar alguma acção e acabamos por descobrir o porquê do título do livro. No entanto, acho um bocado chato termos que ler tantas páginas, sem muito interesse, para chegarmos até ali.
De todos os livros da saga, o mais chato até agora – e também o maior, senão me engano. No entanto, que venha o quarto pois eu não vou descansar enquanto não souber o final desta maravilhosa história de Cavaleiros e Dragões.

N.º de Páginas: 800 (sem contar com o guia de pronunciação, etc.)

Personagens Preferidas: Eragon (por não perder a humildade ao longo desta aventura), Saphira (pela maravilhosa ligação que tem com o seu "pequenino"), Oromis (pela sabedoria e bravura), Glaedr (pela surpresa que me fez), Roran (pela coragem fora do normal), Katrina (pela doçura) e Nasuada (pela força feminina).

Nota de 0 a 10: 5,5

Sara

A minha biblioteca...

Bem, ontem comecei a olhar para a minha biblioteca e a pensar seriamente nas minhas hipóteses de leitura. Ia de Juliet Marillier até Stephenie Meyer, passando por P.C. Cast e Kristin Cast e terminando em Nora Roberts. Continuava indecisa entre tanta escolha.

Foi então que abri a estante dedicada aos livros com alguns aninhos e descobri o livro que se encontra à vossa esquerda. Se me recordo, tenho-o desde o oitavo ou nono e nunca lhe prestei grande atenção. Não pelo conteúdo da obra em si, mas sim pelo interesse em outros livros que foram aparecendo.

É bom reler ou mesmo reparar em livros que temos em casa e não damos grande atenção. Uma obra tem que ser apreciada mais que uma vez pois existem sempre pormenores que escapam.

E vocês? Estão a pensar reler alguns livros?

Patrícia

Recentemente adquiridos!

Cada vez que olho para a minha estante dos livros fico completamente... Nem sei! Apetece-me devorar aquilo tudo já hoje e não parar de ler enquanto não acabar os livros que me faltam devorar. A verdade é que, nos meus anos, deram-me bastantes livros, tais como Nómada, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro e o Amanhecer. Depois, o Tiago emprestou-me o Mundo de Sofia e passei-o logo para primeira prioridade para o poder entregar o mais rápido possível - não gosto de ficar demasiado tempo com as coisas das outras pessoas.

Ontem à noite cheguei a casa e encontrei duas surpresas em cima do meu baú: Marcada e Os Maias. Só de pensar que tenho aqueles livros todos, na prateleira, à minha espera... Mas claro que Os Maias têm prioridade, por causa da escola... Apesar de ser um dos livros que me apetece ler no fim.

Desejem-me boas leitoras pois este ano estou recheada delas!

Sara

Observação: Este é o post nº100 do Lydo e Opinado!

Concurso Literário «Heart's Blood»!

O fórum Mundo Marillier, a comunidade portuguesa de leitores de Juliet Marillier (já tão falada aqui no blog, e da qual publicámos uma entrevista exclusiva ao blog!), está a organizar um concurso literário, cujos três primeiros lugares vão receber uma das cópias acima do novo livro desta autora - e autografadas! As imagens representam, respectivamente, as edições americana, inglesa, e australiana.

Heart's Blood é o mais recente romance de Juliet Marillier. A sinopse está disponível em inglês no site da autora, e passo a colocá-la aqui, para terem uma ideia do que é o livro. Quem quiser ler um excerto, o primeiro capítulo, carregue aqui.

A haunted forest. A cursed castle. A girl running from her past and a man who’s more than he seems to be. A tale of love, betrayal and redemption…

Whistling Tor is a place of secrets, a mysterious wooded hill housing the crumbling fortress of a chieftain whose name is spoken throughout the district in tones of revulsion and bitterness. A curse lies over Anluan’s family and his people; the woods hold a perilous force whose every whisper threatens doom.

And yet the derelict fortress is a safe haven for Caitrin, the troubled young scribe who is fleeing her own demons. Despite Anluan’s tempers and the mysterious secrets housed in the dark corridors, this long-feared place provides the refuge she so desperately needs.

As time passes, Caitrin learns there is more to the broken young man and his unusual household than she realised. It may be only through her love and determination that the curse can be lifted and Anluan and his people set free...

Quem já leu algum livro de Juliet Marillier, sabe que o seu estilo nos agarra e nos prende à sua fantasia. Quem ainda não leu, deverá fazê-lo rapidamente, porque são daqueles livros cujas palavras e cenas, de tão melódicas, fazem com que nos imaginemos lá, no meio das florestas, do mar... e porque não começar por este livro - só têm é de compreender inglês, porque as cópias autografadas que serão dadas como prémio vêm, obviamente, nessa língua.

Acedam ao fórum Mundo Marillier (carregar no nome), inscrevam-se, e encontrarão todas as indicações respectivas ao concurso lá. Esta é uma oportunidade que não deves perder! Um livro novo, grátis e autografado por Juliet Marillier? Não, não mesmo!...

Tiago

11 de Setembro - Dois novos livros muito ansiados!

Dia 11 de Setembro, a Saída de Emergência vai lançar para o mercado dois livros que têm sido há muito esperados, de públicos diferentes (ou não). De um lado temos o segundo volume da saga "Casa da Noite", o qual o primeiro, "Marcada", tem sido um dos mais comentados pelos visitantes aqui no Lydo e Opinado: "Traída", dos autores P.C. e Kristin Cast.

Do outro lado, temos o oitavo volume das crónicas que muitos consideram como as melhores de sempre da fantasia contemporânea: O Mar de Ferro, de George R. R. Martin, tem feito muita gente dirigir ataques (injustos) à editora, pela lentidão dos lançamentos. Agora é que eles vão ver o que é esperar, visto que o autor ainda não acabou o quinto volume na língua original (9º e 10º em Portugal), e não vai ser nos próximos seis meses que vamos ler mais. Se calhar só daqui a um ano!

É um 11 de Setembro com grandes novidades editoriais, pelas quais já muita gente estava à espera!

Tiago

Opinião a meio da leitura d'Os Maias

A minha opinião acerca d'Os Maias, de Eça de Queirós, e embora estando eu a apenas metade do livro, é uma clara desilusão. E vão-me perdoar as muitas pessoas que gostaram de ler esta obra. Existem livros que fazem o nosso género, e existem livros que não o fazem. Este, muito concrectamente, não faz o meu. A acção desenrola-se como se de uma telenovela se tratasse - as conversas são fúteis e demasiadas, o enredo não é emocionante - antes pelo contrário, demasiado parado - e tenho de fazer um esforço para pegar no livro cada vez que sinto que devo ler mais um pouco.

Alimento a esperança da segunda metade ser um pouco melhor, mas a verdade é que o romance que é considerado uma das melhores obras de sempre escritas em língua portuguesa está a ser visto aos meus olhos como uma história de ricos, de paixonetas, sem qualquer rumo à vista.

Novamente, peço que me perdoeem os amantes desta obra. Porque ainda me falta ler metade, a minha opinião pode mudar...

Tiago