N.º de páginas: 725
Personagens favoritas: João Ega (sem dúvida, a mente mais brilhante de toda esta obra), Alencar (um poeta espectacular), Maria Eduarda (pela doçura com que é descrita), Afonso e Carlos da Maia.
Nota: 9/10 - Excelente
Patrícia
Lydo e Opinado: José Rodrigues dos Santos: viveu grande parte da sua infância em Moçambique, mais concretamente na cidade de Tete, onde conviveu de perto com a Guerra Colonial. Como foi viver enquanto criança no meio dos conflitos armados? E até que ponto isso o marcou?
José Rodrigues dos Santos: Quando se é criança aceita-se tudo com naturalidade, uma vez que não temos termos de comparação. Nesse sentido, foi uma infância normal.
LO: Que livros que leu o marcaram mais até hoje? Houve algum que tenha mexido de uma forma especial consigo? E o que está a ler actualmente?
JRS: O livro que mais gostei de ler foi "Of Human Bondage", de William Somerset Maugham. Estou a ler agora "O Pintor de Batalhas", de Arturo Pérez-Reverte.
LO: Publicou o seu primeiro romance, «A Ilha das Trevas», em 2002. Este foi de facto o primeiro que escreveu, ou antes disso, na sua adolescência, por exemplo, escreveu algumas histórias?
JRS: Na adolescência fiz apenas histórias de banda desenhada.
LO: Os seus romances dividem-se essencialmente em duas categorias: romance histórico, e policial/investigação. Qual é o género que lhe dá mais prazer escrever, e porquê?
JRS: Gosto dos dois e gosto de os variar. Se fizer só um género sinto-me aborrecido. Variar entre eles dá-me mais prazer.
LO: É difícil conciliar a vida pessoal, de escritor, e de jornalista?
JRS: Não, é fácil. Quem corre por gosto não cansa.
LO: Entre todos os livros que já escreveu, qual aquele que aconselharia a alguém que ainda não tivesse lido nada seu? Por qual começar?
JRS: É-me impossível dar um conselho certo porque tudo depende da pessoa a quem se dá o conselho. Para umas pode ser mais indicado um livro e para outras outro.
LO: O seu novo livro, Fúria Divina, fala acerca do Islão, e da Al-Qaeda. Exigiu muita investigação? E considera que o facto de ser jornalista lhe ajuda na altura de investigar, no começo dos seus romances?
JRS: Sim, exigiu muita investigação - como de resto acontece com todos os meus romances. Este não foi excepção. Mais do que o meu background de jornalista, na investigação ajudou-me mais o meu treino enquanto professor universitário.
LO: E, neste momento, já está a escrever num novo projecto? Se sim... será que pode adiantar se será romance histórico, policial, ou um novo género ainda não explorado?...
JRS: Tenho outros projectos em mão mas nada posso adiantar.
LO: Muito obrigado pela entrevista concedida, José Rodrigues dos Santos. Alguma última palavra ou mensagem para os leitores que o seguem e lêem os seus livros de forma assídua?
JRS: O verdadeiro poder está no conhecimento. E o conhecimento encontra-se encerrado nos livros. Um livro é uma janela para o mundo e quem a souber abrir pode conquistá-lo.
«1984 era um romance sobre o futuro próximo. Eu quis escrever alguma coisa oposta a isso, um romance sobre o passado recente que mostrasse como as coisas poderiam ter sido», explica Murakami.
«Isso é algo que poucas pessoas fizeram. Eu tinha essa sensação de que queria recriar o passado, em vez de reproduzi-lo. Questiono-me sempre sobre se o mundo em que estou é o real. Em algum lugar em mim, acho que há um mundo que pode ser diferente deste».
Ao ser questionado sobre se tinha sonhos tão complexos quanto os que descrevia nas suas histórias, Murakami diz que raramente sonha.
«Talvez eu tenha [sonhos complexos], mas não me lembro de nada. Quando acordo de manhã, tudo se foi», diz. «Em compensação, sonho muito acordado - noutras palavras, isso é escrever romances», acrescenta. Uma das questões que mais atraem a atenção do escritor japonês é a questão israelo-palestiniana.«Eu recebi o prémio [literário] Jerusalém recentemente e fui para Israel. Senti profundamente o sofrimento do povo judeu e palestiniano na terra de Jerusalém. Deve ser difícil para ambos viverem como indivíduos sem pertencer a um lado, a um dos sistemas.»
Andei à procura da presença da Ahab no mundo da internet, mas pelo que pesquisei ainda não tem nem site, nem blog, nem nenhuma rede social. Esperemos que não tarde muito, porque a internet é cada vez mais um meio importante para cativar novos leitores. ACTUALIZAÇÃO: Entretanto, um utilizador (membro da editora?), comentou o Lydo e Opinado, e disponibilizou o link do site da editora, que podem ver carregando aqui. Como se pode ver, o site ainda está em construção. Muito obrigado à pessoa que disponibilizou. Seguem-se as três capas dos livros e as respectivas sinopses.
Pergunta ao Pó - John Fante
Sinopse: «Publicado em 1939, Pergunta ao Pó é a história de Arturo Bandini, um jovem aspirante a escritor recém-chegado à Los Angeles dos anos 30. Lutando pela dura sobrevivência diária enquanto sonha com o sucesso literário, Bandini vai-se deixando fascinar pelo lado sórdido da cidade até se envolver com a esquiva e temperamental Camilla Lopez, uma empregada de bar mexicana. A paixão que a um tempo o arrebata transforma-se, pouco a pouco, numa destrutiva relação de amor-ódio que vai conduzir a um trágico desenlace.Pergunta ao Pó é uma obra marcante de um mestre da ficção americana do século XX e foi adaptado ao cinema por Robert Towne, que o classificou como o melhor romance alguma vez escrito sobre Los Angeles.»
Mensagem (Fernando Pessoa): 30 de Outubro
O Banqueiro Anarquista (Fernando Pessoa): 6 de Novembro
O Guardador de Rebanhos (Alberto Caeiro): 13 de Novembro
A Essência do Comércio (Fernando Pessoa): 20 de Novembro
Soneto já Antigo e outros Poemas (Álvaro de Campos): 27 de Novembro
Sobre a República (Fernando Pessoa): 4 de Dezembro
Prefiro Rosas, Meu Amor, à Pátria e outras Odes: 11 de Dezembro
Aviso por Causa da Moral e outros Textos (Álvaro de Campos): 18 de Dezembro
Liberdade e outros Poemas Ortónimos (Fernando Pessoa): 24 de Dezembro
Páginas do Livro do Desassossego (Bernardo Soares): 31 de Dezembro
Novo romance de um autor que já habituou os seus muitos leitores a aliar o prazer lúdico da leitura ao enriquecimento proporcionado pela relevância dos temas tratados e pela investigação rigorosa que os fundamenta. Depois de tratar a crise energética e os últimos avanços da ciência numa mistura extremamente hábil e subtil de ficção e realidade, José Rodrigues dos Santos traz-nos mais um tema escaldante da actualidade, num acontecimento editorial que dará muito que falar.