imagem gentilmente cedida pela carolina - a casa real
olha,
- e as vozes a reluzirem a queimadura
do apelido
olhar para trás e encadear-me
com a fundura dos armários
onde guardo as versões
pretéritas (dementes)
que me compunham
as cinco balas sentidas.
Dos que guardam fotos, indumentarias
ou dinheiro antigo não tenho pudor,
tenho pena.
Olha,
- sou em lágrimas a abrir as cavidades
do lacrado onde estão estados
dentro, o atingir da loucura em variações
memoriais.
O brilho reflectindo-me os braços
tocando os pólipos dos extremos: ou publico
ou desisto.
- o desistir é um ofício muito burocrático
opto por rodar as válvulas gratuitas mais uma vez,
um poema chegado aqui
pela cesariana provocada por um daqueles
feixes
púrpuras arrumados no armário.
Aqueles que ainda não tiverem encontrado
a entrada para o laço de carne
onde guardam a insanidade,
é porque nunca se contorceram na
sua própria dor.
- rapaz ou rapariga, lê isto como quem sopra na
labareda que te fará desencadear a combustão
anestésica da
criação.
Agora,
todos estes suplícios de papelote farão
acordar o silêncio central
que vos
corroíam a vontade
de gritar:
olha.
Com olhos de cheiro sinto. O mármore da íris aquece. "Aqueles que ainda não tiverem encontrado
ResponderEliminara entrada para o laço de carne
onde guardam a insanidade,
é porque nunca se contorceram na
sua própria dor. "
- que maravilha!
pungente, feérico, muito bom.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
uma exortação, quase. um poema intenso, como é habitual por aqui. beijos
ResponderEliminarOnde chega a intensidade parte a sensibilidade.
ResponderEliminarAmbos têm muita de ambas.
muito bom como sempre
ResponderEliminarMuito (sempre) agradecido.
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