Joalharia barroca do corAÇÃO
OU
Uma carta de amor encontrada no arquivo do email
Para além dos fantasmas, também a geografia e outras terrenas circunstâncias que nem vou nomear.
Tudo porque há paisagens certas que só se tornam visíveis quando, por obra de santo Rimbaud , o forasteiro, as imagens que constelam,
constelam-se para nós.
Como se as paisagens
-essas que não vimos-
fossem CALEIDOSCÓPIO em constante criação
e os cristais que nele se conjugam guardassem essas imagens únicas,
místicas,
sublimes,
diáfanas e
instáveis.
É (só) dessas que sinto falta.
Vivo em colossal estado poético
quando a tua presença me acompanha.
Ficam grandes os campos,
imensos os algodões,
Gostava (muito) que nos tivesses avistado assim.
Não te sei falar dos amores de verão,
forasteiro Primavera-Verão-Outono-Inverno e Primavera.
Ou sei, mas não quero.
Mas sei dizer-te que os dias hibernaram no meu corpo
que essa lentidão foi tudo o que precisava para suspender o meu pensamento
e que isso foi bom.
Ghosts,
eu e tu,
que giram e revivem dos sopros de alquimias subterrâneas de dois seres comuns e à deriva, por isso,estranhos e deleitados.
Secretos.
Vou.
Não sei (nunca) despedir-me de ti.
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