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quinta-feira, fevereiro 27, 2020


























Pátria

Vou te dizer, com todo o impudor,
Porque é que adoro cantar em português
Se nas palavras coloco o meu amor,
Gosto de tenham impacto no freguês.

De que me serve ter uma boa voz
Pisar o palco, voar mais além,
Para amargar no sentimento atroz
De que cantei mas não toquei ninguém?

Se é por receio da vulgaridade
Que em língua estranha se busca um outro aroma
Para entoar qualquer banalidade
Não vale a pena mudanças de idioma.

Gosto de ver uma lágrima a rolar,
Um riso aberto, uma chuva de emoções,
A cada verso que posso partilhar,
Olhos nos olhos, na língua de Camões.

Aníbal Raposo
Relva, 2020-02-27

quinta-feira, setembro 06, 2012


LIBERDADE

a casa
a vida
o som
e o verbo

estupida-
mente
simples
porque
os sonhei assim
e assim os quero

república livre
dos homens
de voo fácil

concha fraterna
da perene claridade

respiradouro
de ar imaculado
por debaixo da bruma

pátria
da utopia
e da quimera
território amado

deslumbramento de olhos
na imensidão das águas
e dos céus estrelados

Aníbal Raposo
Relva, 2012-09-06